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Castelo Mourisco: Ciência, Saúde e Política

O Castelo da Fundação Oswaldo Cruz (ou Castelo Mourisco), hoje aberto para visitação, foi
projetado pelo médico – sanitarista Oswaldo Cruz com o intuito de abrigar laboratórios, que por
sua vez eram utilizados para a fabricação de soros e vacinas e na ampliação dos conhecimentos
sobre as epidemias que assolavam o Brasil no século XX (especificamente o estado do Rio de
Janeiro).

A história começa em 1900, quando é fundado o Instituto Soroterápico Federal, que tinha como
objetivo fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica. Em 1902, Oswaldo Cruz assume a
direção geral do Instituto, e neste mesmo ano Pereira Passos, mais novo prefeito do Rio de
Janeiro, começa uma ampla reforma urbana, com o objetivo de organizar e sanear a cidade.

Em 1903, Oswaldo Cruz torna-se o novo Diretor Geral de Saúde Pública, com a missão de
realizar uma reforma sanitária na cidade propondo um código sanitário, e desvia verbas da
saúde para a construção do Castelo Mourisco, mas nunca declarou esta obra como privada, uma
vez que visava o bem social. O castelo da fundação recebe este nome (Mourisco) devido à sua
arquitetura no estilo neo-mourisco, que busca a antiga arte árabe. Foi projetado pelo arquiteto
português Luiz de Moraes Júnior, com base em desenhos de Oswaldo Cruz, começando a sua
obra em 1904. Os produtos e a mão-de-obra eram estrangeiros, apenas a madeira era brasileira.
Uma obra cara e luxosa, decorada com azulejos, mosaicos e vitrais muito detalhados. Toda essa
beleza tinha um propósito: chamar atenção dos que desembarcavam no porto da Baía de
Guanabara.

O Instituto tinha difíceis missões, pois além de ter de tomar medidas de saúde, teria de
romper alguns mitos sociais. Surgiram as vacinas contra a febre amarela e a varíola, e o soro
contra a peste bubônica, também chamada de peste negra. Contudo, apenas essas medidas não
bastaram para o extermínio das doenças, pois existiam certos pré-conceitos, mitos da população.
Pode-se tomar como exemplo a peste bubônica: as pessoas não acreditavam que a doença era
transmitida pelas pulgas dos ratos, já que esses animais conviviam com elas. Então Oswaldo
Cruz inventou o vulgarmente conhecido como “comprador de ratos”, para o qual eram vendidos
os ratos que habitavam as casas populares. Entretanto, esta medida piorara a situação, já que as
pessoas passaram a criar ratos com o propósito de aumentar sua renda. Logo, Oswaldo Cruz
agiu de forma autoritária: Interditava as casas e em seguida aplicava venenos fortes para matar
os ratos, e quando isto não era suficiente demolia-as, conseguindo assim erradicar a doença. O
mesmo acontecia com a febre amarela, ninguém acreditava que um mero “mosquitinho” era o
transmissor da doença. Mas o “caso” com mais repercussão foi o da varíola, com a Revolta da
Vacina. Nenhum cidadão queria a Vacinação Obrigatória do novo Código Sanitário, então em
10 de novembro de 1904, a população saiu às ruas protestando contra. Tudo isto por ignorância,
uma vez que não sabiam sobre a atuação da vacina no organismo humano, e ainda, o medo de se
tornar cobaia para atender interesses políticos.

Desde sua inauguração, a fundação contribui com a tecnologia e o desenvolvimento científico.


Oswaldo Cruz impulsionou não só a tecnologia na saúde pública, mas também em todo o campo
tecnológico do Brasil, já que é uma das mais famosas e importantes no desenvolvimento do país.

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