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CAPÍTULO 2

CÁLCULO DE FALTAS SIMÉTRICAS


Prof. José Wilson Resende
Ph.D em Sistemas de Energia Elétrica (University of Aberdeen-Escócia)
Professor titular da Faculdade de Engenharia Elétrica
Universidade Federal de Uberlândia

Uma das mais importantes informações quando do planejamento


de um sistema, é o valor da corrente de curto-circuito que circula nos
diversos pontos de uma rede elétrica. Essas correntes são utilizadas,
dentre outros aspectos, para:
a) Os dimensionamentos dos transformadores de corrente que
alimentarão os diversos tipos de relés;
b) Para calibração dos relés de sobrecorrentes, relés diferenciais, etc.;
c) Dimensionamento de disjuntores.

A seguir são ilustradas situações de curto-circuitos que podem


ocorrer no sistema, independentemente de suas classes de tensão.
Ea Ea
Ia Ia
Z Z

Eb Eb
Ib Ib
Z Z

Ec Ec
Ic Ic
Z Z

CURT O CIRCUIT O CURT O CIRCUIT O


T RIFÁSICO BIFÁSICO

Ea Ea
Ia Ia
Z Z

Eb Eb
Ib Ib
Z Z

Ec Ec
Ic Ic
Z Z

CURT O CIRCUIT O CURT O CIRCUIT O


BIFÁSICO - T ERRA MO NOFÁSICO

Não se pode, a priori, estabelecer qual dos diversos tipos de curto-


circuito mostrados acima é o mais severo. De um modo geral, os
curtos-circuitos trifásicos apresentam maiores níveis de corrente, mas
28
há situações em que estes níveis são superados por aquelas dos
curtos-circuitos monofásicos.

A figura abaixo mostra curtos-circuitos envolvendo água e solo.

A próxima figura mostra um curto-circuito envolvendo uma


superfície de concreto:

Para o profissional que trabalha na área de sistemas de potência,


não só as correntes de curto circuito são importantes, mas também
como, e em que proporção se dará a distribuição destas correntes pelos
componentes da rede.
É a partir desta análise que se desenvolve o processo de
coordenação e seletividade da proteção, minimizando, assim, os
desligamentos descoordenados e as interrupções desnecessárias.

Neste capítulo será mostrada a forma de cálculo para o curto


trifásico simétrico, o qual, por ocorrer igualmente nas três fases, mantém
o circuito balanceado, mesmo durante esta falta.

2.1 – CÁLCULO DA FALTA TRIFÁSICA:


29

Para efetuar os cálculos das correntes de curto-circuito, será


necessário a determinação do circuito equivalente de Thevenin, visto a
partir do ponto da falta. Para tal, os seguintes procedimentos devem ser
seguidos:
a) Determina-se a impedância total entre o ponto do curto-circuito e os
geradores, com estes em repouso (as fontes de tensão são curto-
circuitadas): esta impedância é denominada de impedância de
Thevenin ( Z T )
b) Em seguida calcula-se a Tensão de Thevenin ( ET ), que é a tensão
no ponto de curto, estando o circuito sem carga antes da ocorrência do
curto.

A partir da impedância e da tensão de Thevenin (obtidos nos itens “a” e


“b”), a corrente de curto será calculada por:
ET Vn / 3
Ifalta = = (2.1)
ZT ZT

Onde Vn = é a tensão de Thevenin, entre linhas.

O processo descrito pode ser um pouco trabalhoso. No entanto, para


estudos de curtos, as seguintes simplificações podem ser feitas, sem
grandes prejuízos à qualidade dos resultados:
1) Todos os geradores geram a mesma f.e.m., tanto em
magnitude como em fase. Isso fará com que, em todas as barras, a
tensão seja sempre a mesma.
2) O sistema é considerado sem carga, ou seja, a impedância de
Thevenin não considera as impedâncias das cargas.

O valor da corrente total de curto (Ifalta = Icc), em uma barra,


usualmente é denominado de nível de curto, ou nível de defeito
daquela barra. Muitos preferem mencionar, além da corrente de curto, a
potência associada a essa corrente. Para tal, basta usar a seguinte
equação:
Vn2
Potência de Curto: SF = 3 . Vn . Ifalta = (2.2)
ZT
OBS: A unidade usual da potência de curto é [MVA].

Para valores em pu, se a tensão base for a tensão nominal do sistema,


a equação (2.2) torna-se:
30
2
1
SF = pu (2.3)
ZT ( p .u .)
Se for considerada a Potência Base, em [MVA], como sendo “m”, tem-
se:
1 m
SF = xm= ( MVA ) (2.4)
ZT ( pu) Z T ( pu)

∴Como se vê, a potência de curto-circuito, em [MVA], pode ser


calculada simplesmente dividindo a Potência Base, “m”, [MVA] pela
Impedância de Thevenin (pu).

2.2. - Sequência de cálculo para o cálculo da corrente de curto:

Diante do que já foi mostrado até aqui, para se obter a corrente de


curto de um sistema, pode ser adotada a seguinte seqüência de
cálculos:
a) Estabelecer um diagrama unifilar do sistema, com todas as
impedâncias em uma base convenientemente escolhida.
b) Reduzir toda a rede à uma impedância simples, entre o ponto de falta
e o neutro do sistema.
c) Cálculo do nível de curto-circuito ou corrente de curto-circuito no
ponto de defeito.
d) Se outras informações são requeridas sobre a circulação de corrente
em partes individuais do circuito (como a circulação de corrente em
partes individuais do circuito ou as tensões pós-falta nas barras), as
diversas partes da rede devem ser montadas e os fluxos de corrente
calculados.

2.3 - Escolha de disjuntores:


A corrente de falta determinada pela equação 2.1
ET Vn / 3
(Ifalta = = )
ZT ZT
é a corrente simétrica e não inclui a componente contínua.
Assim, na determinação da corrente que um disjuntor deve
suportar imediatamente após a ocorrência da falta (chamada corrente
instantânea inicial do disjuntor), recomenda-se multiplicar a corrente
simétrica, obtida pela eq. 2.1, pelos seguintes fatores de multiplicação:
a) Para tensões acima de 5 KV: 1,6
b) Para tensões iguais ou inferiores a 5 KV: 1,5
31
Por outro lado, no cálculo da corrente que passa pela câmara de
extinção do disjuntor, durante a abertura do mesmo, a qual é
denominada de corrente nominal de interrupção, os fatores de
multiplicação sugeridos para que a componente contínua seja
considerada, dependerão da velocidade do disjuntor. Em geral, adotam-
se os seguintes valores:
Disjuntor cujo tempo de abertura é 8 ciclos (ou mais lentos): multiplicar a
corrente simétrica, por 1,0
Idem, idem, 3 ciclos: 1,2
Idem, idem, 2 ciclos: 1,4

IMPORTANTE:
Para a obtenção da corrente inicial do disjuntor, as reatâncias a serem
consideradas para as máquinas síncronas presentes no diagrama de
impedância serão as reatâncias subtransitórias.
Por outro lado, para o cálculo da corrente nominal de interrupção,
as reatâncias das máquinas deverão ser aquelas compatíveis com o
tempo de abertura do disjuntor. Assim, para um disjuntor cujo tempo de
abertura é de 8 ciclos, as reatâncias das máquinas poderá ser a do tipo
permanente.
No entanto, para um disjuntor de tempo de abertura entre 2 e 5
ciclos, as máquinas deverão ser representadas por suas reatâncias
transitórias.

2.4 - Exemplos práticos

1º Exemplo:
Considere o sistema apresentado na figura abaixo, onde todos os
dados já se encontram em pu nas bases de 13,8 kV (gerador e
linhas) e 230 kV (alta tensão do transformador) e 100 MVA. Admita a
chave S aberta e calcule o curto-circuito trifásico na barra F;
Z L1 = Z L2 = j 0,2 pu Z L1 = Z L2 = j 0,2 pu

Z L0 = j 0,4 pu Z L0 = j 0,4 pu

G F S

G
21

Z G 1 = Z G 2 = j 0,1 pu Z T 1 = Z T 2 = Z T 0 = j 0,05 pu

Z G0 = j 0,05 pu 1φ
32
ESQUEMA TRIFILAR:
I cE F I cD

c XE XD

I bE I bD
b

3I0
I aE I aD
a

I aF

A corrente de curto (Ia1) é calculada dividindo-se a tensão da fonte pelo


somatório das impedâncias até o ponto de falta F, ou seja:
EaN 1∠0
Ia1 = = = − j 3,333pu = 3,333∠ − 90pu
Z1 0,3∠90

Logo, as correntes nas 3 fases serão:


Ia = 3,333∠-900 pu, Ib = 3,333∠1500 pu, Ic = 3,333∠300 pu
A figura a seguir mostra o diagrama fasorial das correntes para o curto-
circuito trifásico.

(+)

I bF = 3,333 pu I cF = 3,333 pu

30 0 30 0

EIXO DE
REFERÊNCIA

I aF = 3,333 pu

Observe que, no curto-circuito trifásico, as correntes estão defasadas de


1200 entre si. Por esta razão, esta falta é considerada simétrica.
__________________________________________________________
33
2º Exemplo:
Na figura a seguir, tem-se uma parte de um sistema de potência. Os
valores das impedâncias mostradas estão todas na base de 16 KV e
a potência base é a nominal do equipamento. Pede-se:
a) Calcular a falta no ponto “F”
b) Calcular o valor de um reator a ser inserido entre o disjuntor e a
barra “A”, para que o disjuntor possa ter apenas 250 MVA de
capacidade de curto-circuito.
c) Para o caso “b”, calcular as contribuições dos geradores.

Solução
⎧M base = 10 MVA
Escolhendo como bases ⎪⎨
⎪U
⎩ base = 33KV (ladoda AT )
2
⎛ Ua ⎞ Mb 10
Gerador de 20 MVA: Zb = Za ⎜ ⎟ . = j0,12 = Zb = j,06pu
⎝ Ub ⎠ Ma 20
Gerador de 15 MVA: Zb = j0,10 . 10/15 = j0,067
Gerador de 25 MVA: Zb = j0,12 . 10/25 = j0,048
Gerador de 30 MVA: Zb = j0,15 . 10/30 = j0,05
Gerador de 50 MVA: Zb = j0,18 . 10/50 = j0,18
332
Linha aérea: considerando que Zbase = = 108,9 [OHM]
10
Então a impedância da linha, em pu, será: Z = j0,75/108,9 = j0,0069 pu
Transformador de 20 MVA: Zb = j0,06 10/20 = j0,03 pu
34
Transformador de 15 MVA: Zb = j0,05 10/15 = j0,033 pu

As figuras a seguir ilustram a seqüência de redução do circuito a uma


única impedância, entre a referência (neutro) e o ponto de falta (F):
35

Redução de toda a rede a uma


impedância simples, entre o
ponto de falta e o neutro do
sistema:

a) Nível de Curto-Circuito:
1 1
SF = ( pu) = = − j45,25
ZT j0,0221
U2 m 10
Potência de Curto-Circuito: SF = MVA = = 452,5MVA
Z T ( pu) 0,0221

b) Limitação do curto-circuito em 250 MVA:


Esta potência de 250 MVA, transformada em pu, na base de 10 MVA
corresponderá a 250/10 = 25 pu.

Para esta potência, a correspondente corrente de curto será:


30
S cc( pu )
Icc(pu) = = − j25pu
1pu
Sendo a tensão entre N e F igual a 1,0 pu:
Pela Lei de Ohm:
1,0
Icc = = − j25 → X = 0,0179 pu
j(0,221 + X)

Sendo Zbase = 108,9Ω, a reatância “X”, em (Ω) será:


X = j0,0179 . 108,9 = j1,95(Ω)

c) Para determinar a contribuição de cada um dos geradores, para o


curto no ponto “F” após colocação do reator, o circuito deverá ser
reconstruído a partir da reatância final:

Aplicando a equação: VNA =1-Z.Icc entre os terminais do neutro e a


barra “A”:
VNA =1-j0,021 . (-j25) = 1 -0,525

Reaplicando a mesma equação (VNA =1-Z.Icc), agora para os ramos dos


geradores:
I1 = (1-VNA)/j0,09 = [1 - (1- 0,525)]/j0,09 = -j6,1388 (pu)
I2 = (1-VNA)/j0,10 =[1 - (1- 0,5525)]/j0,10 = -j5,525 pu
I3 =(1-VNA)/j(0,0162 + 0,025) =
[1 - (1- 0,5525)]/ j(0,0162 + 0,025) = -j13,410 pu
OBS: I1 + I2 + I3 -j 25pu
I1 = contribuição do gerador “1”
I2 = contribuição do gerador “2”
I3 = soma das contribuições dos geradores “3”, “4” e “5”.
31
Calculando-se a tensão entre o ponto de Neutro (N) e o ponto X:

VNX= 1- I3 . j0,01612 = 1-j,13,410 x j0,0162 = 1- 0,2172 pu.

Agora as correntes nos ramos dos geradores 3, 4 e 5 podem ser


calculadas:
I4 = (1 - VNX)/j0,036 = -j6,345 p.u. (gerador 3)
I5 = (1 - VNX)/j0,05 = -j4,4484 p.u. (gerador 4)
I6 = (1 - VNX)/j0,0714 = j3,02605 p.u. (gerador 5)
__________________________________________________________

3º Exemplo:
Um barramento de 11,8 KV, é alimentado por 3 geradores
síncronos cujos valores nominais e reatâncias são:
G1: 20 MVA; X’ = 0,08 pu; G2: 60 MVA; X’ = 0,10 pu ;
G3: 30 MVA; X’ = 0,09 pu
Calcular a corrente e os MVA de defeito quando ocorre um
curto trifásico no barramento. Admitir UB = 11,8 KV e MB = 60 MVA.

Solução:
N
N
1 2 3

L L L
11,8 KV L L L
j 0,24 j 0,1 j 0,18
F
F F
2
⎛ 11,8 ⎞ ⎛ 60 ⎞
X’(1)b = j0,08 ⎜ ⎟ . ⎜ ⎟ = j0,24 pu
⎝ 11,8 ⎠ ⎝ 20 ⎠
32
⎛ 60 ⎞
X’(2)b = j0,10 ⎜ ⎟ = j0,10pu
⎝ 60 ⎠
⎛ 60 ⎞
X’(3)b = j0,09 ⎜ ⎟ = j0,18pu
⎝ 30 ⎠

A reatância equivalente, entre N e F é:


1
X’eq = = j0,054 pu
1 / 0,24 + 1 / 0,10 + 1 / 0,18

m 60MVA
A potência de curto será: SF = = = 1111 MVA
Z T ( pu) 0,054

6
E a correspondente corrente de curto: IF = SF = 1111 . 10 = 54300(A )
3
3U n 3 . 11,8 . 10
__________________________________________________________
4o Exemplo:
No sistema da figura, o nível de curto-circuito na barra
de 132 KV é de 1000 MVA, quando os disjuntores A e B estão
abertos. Calcular o curto, para um curto-circuito sólido no ponto F
(lado de 11 KV do transformador de 33/11 KV mostrado).
Para esta falta, calcular a corrente que flui no gerador de 45
MVA e em cada trafo de 60 MVA, 132/33 KV, no lado de 132 KV. Os
dados dos geradores estão na base de tensão de 33 kV e na base
de potencia de cada um deles.
33
Solução:
Será tomado:
UB = 33 KV e NB = 30 MVA, no lado de 33 kV do sistema.
As diversas reatâncias dos geradores, linhas e transformadores serão:
30
XG2 = XG1 = 0,12 pu; XG3 = 0,15 = 0,10pu
45
XL1 = XL2 = 5/(33)2/30 = 5/36,3 = 0,138 pu
XL3 = 6/36,3 = 0,165 pu; XL4 = 8/36,3 = 0,22 pu

Determinação da reatância do sistema de 132 KV:


132 2
Zbase = = 580,8Ω
30
132 2
Z sist = = 17,42Ω
1000
Zsistema = 1322 /1000 = 17,42 Ω ∴ Xsist(pu) = 17,42/580,8 = 0,030 pu
30 30
X T 4 = X T 5 = j 0,12. = 0,06 pu ; X T 6 = j 0,10. = 0,30 pu
60 10
Com as reatâncias nas mesmas bases:

Simplificações:
XT4 // XT5 = 0,06 . 0,06/0,12 = 0,03 (a)
(XT4 // XT5) + Xsist = 0,03 + 0,03 = 0,06 (b)
2
(XL1//XL2) = (0,1380) /2 . 0,138 = 0,069 (c )
(0,12) 2 0,06 . 0,10
(XG1//XG2)//XG3 = / /0,10 = = 0,0375 (d)
2 . 0,12 0,16
34
O circuito equivalente ficará:

Convertendo o “delta” formado pelas barras 1, 2 e 3 em um “Y”:

Somando as impedâncias em série:

O resultado final será:


35
1 1
Finalmente, a corrente de falta será Ifalta = = = − j2,40pu
Z T j0,417

SF 72 MVA
em ampéres: =
Ifalta = = 3779,13A
3Vn 3 . 11KV
m 30MVA
A correspondente potência de curto será: SF = = = 72 MVA
ZT 0,417

Cálculo das correntes em G3, T4, T5


Pela figura abaixo, as correntes em T4 e T5 (isto é, nas reatâncias
XT= j0,06pu) serão IB/2. Assim, para a determinação dessas correntes,
deve ser calculada a corrente IB

Na figura abaixo:

⎧ I A = − j 2,4 − I B

Tem-se que: ⎨
⎪1 − 0,0626 . I = 1 − 0,093 I
⎩ A B

Resolvendo-se o sistema acima: IA = -j1,436 pu; e IB = -j0,964 pu


36
∴Logo, as correntes nos trafos T4 e T5 serão:
IB/2 = 0,964/2 = -j0,482 pu

Cálculo da corrente em G3 (IA3):


Considerando que IA = -j1,436 pu, da figura abaixo pode ser escrito:
: VN1 = 1-IA . j0,0375 = 1-(-j1,436 . j0,0375) =1 - 0,05385

Finalmente, da figura abaixo:

Para o ramo do gerador G3, tem-


se que:
VN1= 1-IA3.XG3

Considerando que
VN1=1-0,05385

Então
IA3=
1 − V N1 1 − (1 − 0,05385)
= = − j 0,5385 pu
X G3 j 0,10

__________________________________________________________
5o Exemplo:
Um gerador de 25 MVA, 13,8 KV, X”d = 15% é ligado, por meio de
um transformador, a uma barra que alimenta 4 motores idênticos.
Cada motor tem X”d = 20% e X’d = 30% numa base de 5 MVA, 6,9 KV.
Os valores nominais do transformador são 25 MVA, 13,8/6,9 KV, com
reatância de dispersão de 10%. A tensão na barra dos motores é 6,9
KV, quando ocorre a falta no ponto “P”. Para a falta especificada,
determine:
1. A corrente subtransitória na falta.
30
2. A corrente subtransitória no disjuntor “A”.
3. A corrente inicial no disjuntor “A”.
4. A corrente que deve ser interrompida pelo disjuntor, em 5 ciclos.
j 1,0
L
j 1,0
j 0,15 j 0,10 L

MOTORES
13,8 / 6,9 KV L L j 1,0
L
j 1,0
GERADOR L

AP

Solução:

Para uma base de Mb = 25 MVA e Ub = 13,8 KV, a corrente Base será:


25MVA
Ibase = =2090 [A]
3. 6,9 KV
Para estas bases, as reatâncias do transformador e do gerador não serão
alteradas:
X trafo = j0,10pu; X gerador → X”d = j0,15
]
As reatâncias dos motores, por estarem na base de 5 MVA devem ser
alteradas:
X motores
25
→ Reatância subtransitória: X”d = j0,20 = j1,0
5
25
Reatância transitória X’d = j0,30 = j1,5
5

Solução para o item 1: falta em P:


O circuito elétrico para o período subtransitório será:
N N

I M1 I M2 I M3 I M4 T"
IG
L Z "TH = j 0,125
L j 0,25 L j 1,0 L j 1,0 L j 1,0 L j 1,0

F P
1 1
Isso dará, para a corrente total de curto: I” = = = − j8,0 pu
Z ,,TH j0,125
∴Em amperes: I” = 8 x 2090 [A] = 16720 A
31
Solução para o item 2: Corrente subtransitória no disjuntor “A”:
Através do disjuntor “A” passa apenas a contribuição do gerador e de 3 dos
4 motores:
Contribuição do gerador: IG = 1/j0,25 = -j4,0 pu
1
Contribuição dos motores: IM1 = IM2 = IM3 = − j1,0 pu
j1,0
Assim a corrente total subtransitória no disjuntor “A”é:
-j7 x 2090 A = 14630 A

Solução para o item 3: Corrente inicial do disjuntor “A”:


1,6 x 14630 A = 23450 [A]

Solução para o item 4: Corrente a ser interrompida em 5 ciclos, pelo


disjuntor “A”:
Substituindo-se a reatância subtransitória dos motores pela reatância
transitória (X’d), ter-se-á o seguinte circuito:
N N

IG I M1 I M2 I M3
L Z T = j 0,15
L j 0,25 L j 1,5 L j 1,5 L j 1,5 L j 1,5

P P
A corrente de curto, após 5 ciclos do início do curto é:
1
x 1,1 x 2090 A = 15326,67 [A]
j0,15
Pelo disjuntor A, no entanto, passará uma corrente menor (a contribuição
do gerador e de 3 dos 4 motores):
1
IG = x 1,1 x 2090 = 9196 [A]
j0,25
1
IM1 = IM2 = IM3 = x 1,1 x 2090 = 1532,67 [A]
j1,5
Finalmente, a corrente pelo disjuntor “A“ será:
Idisj”A” = IG + 3(IM1) = 13794 [A]
_________________________________________________________
6o Exemplo:
Um gerador de 625 KVA; 2,4 KV, com X”d = 0,08 pu é ligado a
uma barra através de um disjuntor, como mostra a figura a seguir.
Ligados através de disjuntores à mesma barra estão três motores
síncronos de valores nominais 250 HP, 2,4 KV, fator de potência 1,0,
rendimento 90%, com X”d = 0,20 pu. Os motores estão funcionando a
32
plena carga, fator de potência unitário e tensão nominal, com a carga
igualmente distribuída entre as máquinas.
a) Faça o diagrama de impedâncias com as impedâncias marcadas em
pu numa base de 625 KVA, 2,4 KV.
b) Determine a corrente inicial eficaz simétrica em pu na falta e nos
disjuntores A e B, para uma falta trifásica no ponto P. Simplifique os
cálculos desprezando a corrente anterior à falta.
c) Repita o ítem (b) para uma falta trifásica no ponto Q.
d) Repita o ítem (b) para uma falta trifásica no ponto R.
e) Determine o valor de corrente inicial que pode ser esperado, para
qualquer falta trifásica, nos disjuntores A e B.
M1
A
G M2
R Q
M3
P
B

Gerador: 625 KVA, 2,4 KV, X”d = 0,08 pu


M1 = M2 = M3: 250 HP; 2,4 KV, fp = 1,0; n = 90%; X”d = 0,20

a) Diagrama de Impedâncias:
⎧ M B = 625 K V A


⎪ U = 2 ,4 K V
⎩ B
Reatâncias:
Gerador → X”d = 0,08 pu
A potencia dos 3 motores, em KVA, será
250HP x 746
→M= = 207,222 KVA ;
0,9 x 1,0
Passando a reatância X”d dos motores para a base de 625 KVA:
2
⎛ 1⎞ 625
X”d novo= 0,20 . ⎜ ⎟ . = 0,6032 pu .
⎝ 1⎠ 207,222
O diagrama de impedâncias será:
33
b) corrente inicial eficaz simétrica em pu na falta e nos disjuntores A
e B, para uma falta trifásica no ponto P.

A impedância equivalente, vista do ponto “P” será assim obtida:


1 3 1
• O inverso desta impedância será: = + = 17,47 pu .
Z PN 0,6032 0,08
• Logo a impedância será: ZPN = 0,0572 pu
1
∴A correspondente corrente de curto será: IF = = − j17,47 pu
Z PN
A parcela desta corrente, que passa pelo disjuntor “A” (Iger) será:
1
Idisj.A = = − j12,5 pu
j0,08
A corrente que passa pelo disjuntor “B” será a corrente dos dois motores
mais a corrente do gerador:
1 2
Idisj.B = + = − j15,82 pu
j0,08 j0,6032

c) Corrente inicial eficaz simétrica em pu na falta e nos disjuntores A e


B, para uma falta trifásica no ponto Q:
A impedância total ainda é a mesma vista do ponto P. Assim, pelo disjuntor
“A” a corrente será a mesma anterior:
1
IdisjA = = j12,5 pu
j0,08
Pelo disjuntor “B”, no entanto, agora circulará apenas a corrente oriunda do
motor 3:
1
IdisjB = = I M 3 = − j1,658 pu
j0,6032
34

j 0,6032
L
I G
A j 0,6032
L L
j 0,08 Q j 0,6032
L
B
I M3

d) Repita o ítem (b) para uma falta trifásica no ponto R.


3
IdisjA = IM1 + IM2 + IM3 = = -j4,973 pu IdisjB = IM3 = -j1,658 pu
j0,6032
j 0,6032
A L
IG
I M1 j 0,6032
R
L L
j 0,08 I M2 j 0,6032
P L
B
IF I M3

e) Maior valor de corrente inicial que pode ser esperado, para qualquer
falta trifásica, nos disjuntores A e B.
As maiores correntes de curto trifásicas para o disjuntor “A” ocorrem para
faltas entre o disjuntor A e a barra. Nesta condição toda contribuição do
gerador passará por ali (-j12,5 pu).
Para o disjuntor “B” a pior condição é um curto no ponto “P” (ou qualquer
outro ponto entre o disjuntor “B” e o motor M3). Nesta hipótese, pelo
disjuntor “B” passará a corrente de curto vinda dos motores M1 e M2 e do
gerador: IM1 + IM2 + IG = -j15,82 pu.
_________________________________________________________
7o Exemplo:
O gerador do sistema abaixo participa da alimentação de um grande
sistema metropolitano que pode ser representado por uma barra
infinita. O gerador tem valores nominais de 60.000 KVA, 12,7 KV, X”d
= 0,20 pu. Cada transformador trifásico tem valores nominais de
75000 KVA, 13,8∆-69Y KV, X = 8%. A reatância da linha de
transmissão é de 10 ohms.

Uma falta trifásica ocorre no ponto P (entre o disjuntor B e o


transformador do gerador).
35
Para este curto, determine as correntes subtransitórias e iniciais
(incluindo a componente contínua) nos disjuntores A e B.

Solução:
Para as grandezas base será assumindo:
MB = 75 MVA; UB = 13,8/69 KV

Determinação das reatâncias na mesma base:


2
⎛ 12,7 ⎞ 75
Gerador= 0,20 ⎜ ⎟ . = 0,212 pu
⎝ 13,8 ⎠ 60
Transformadores T1 e T2: Xt = 0,08 pu

Linha:
ZB = 692/75 = 63,48Ω; ZL(pu) = 10/63,48 = 0,158 pu

Representação do sistema (no caso, uma barra infinita) :


U2 12,52
Em OHMS: Zsist = = = 0 [OHM]
M M→∞
0 0
Em pu : Zsist(pu) = = 2
= 0 pu
Z B 13,8 / 75

Assumindo-se que a tensão no ponto P, antes da falta, é de 69 KV tem-se


que:
• A corrente no disjuntor A será:
1
Idisj”A” = = -j3,425 pu → Iinicial. = 1,6 x j3,425 = -j5,479 pu
j0,292
• No disjuntor B a corrente será:
1
Idisj”B” = = -j4,20 pu → Iinicial = 1,6 x 4,2 = -j6,72 pu
0,238
Nos lados de baixa tensão a corrente base será: Ibase =
. 3
7510
= 3137
. ,77 A . Com esta corrente base, as correntes de curto que
3 . 13,8
36
saem do gerador e do sistema infinito também podem ser obtidas em
amperes.
2.4 - Cálculos sistemáticos de curto-circuito

Os cálculos de curto-circuito em grandes sistemas elétricos tornam-se


impraticáveis quando feitos manualmente. Nesses casos, torna-se
necessário sistematizar uma maneira que possa ser programada em
computador. A figura abaixo, relativa a um sistema de 3 barras, será
utilizada para mostrar o desenvolvimento de uma técnica geral, que pode
ser aplicada a qualquer sistema elétrico de “n” barras.
G1 ~ G2
~

1 L1 2

L2 L3

3
F

Como já mencionado diversas vezes anteriormente, para cálculos de


curtos, as capacitâncias das linhas podem ser desprezadas. Tem-se assim
um diagrama de reatâncias mais simplificado, como a seguir ilustrado:
37

A corrente de curto total será:


1
If = = − j 9,85 pu
j 0,1015

O cálculo da contribuição dos dois geradores poderá ser feito através dos
circuitos da figura a seguir mostrada, conforme abaixo descrito:

Na etapa “d” da próxima figura calcula-se VNN’:


VNN’ =1 - j0,0682 (-j9,85) = 1 - 0,6718 pu

Na etapa “c” da mesma figura obtém-se a corrente do gerador G1 (IG1):


IG1 = (1-VNN’)/j0,1833 = [1-(1-0,6718)]/j0,1833 = -j3,665 pu

A corrente do gerador G2 será:


IG2 = IF - IG1 = -j(9,85 - 3,665) = -j6,185 pu
38

(a) (b) (c) (d) (e)


N N N N
I G1 I G1 N
I G2 I G2 j 0,075 j 0,1083
L j 0,15 L j 0,075 L L L j 0,1833 L
L j 0,0682
j 0,15 N' L j 0,1015
L 2 N'
1 j 0,10 2 1 I G1 I G2
L L L L j 0,033 L
j 0,10 j 0,10 j 0,033 L j 0,0333
3 N' F
3 3
F
I F = I G1+ I G2
L j 0,033 F
F
3 I F = I G1+ I G2
F
Com o auxílio das correntes de curto nos geradores e da etapa (b) da
figura, os afundamentos de tensão causados nas 3 barras, devido a este
curto, poderão também ser obtidos:
∆VN1 = - j0,15 (-j3,665) = -0,55 pu
∆VN2 = - j0,075(-j6,185) = -0,463 pu
∆VN3 = - j0,1015 (-j9,85) = -1,00 pu

Estes valores constituirão o “vetor tensão de barra de Thevenin”:


⎡ ∆ VN1 ⎤ ⎡− 0,550⎤
[ VT ] = ⎢⎢∆ VN 2 ⎥⎥ = ⎢⎢− 0,463⎥⎥
⎢⎣ ∆ VN 3 ⎥⎦ ⎢⎣ − 1,00 ⎥⎦

Com auxílio da figura abaixo as correntes em cada linha podem, agora,


também ser determinadas:

∆ VN 2 − ∆ VN1 0,087
I21 = = = − j0,87
j0,1 j0,1
∆ VN1 − ∆ VN 3 0,45
I13 = = = − j4,50
j0,1 j0,1
∆ VN 2 − ∆ VN 3 0,537
I23 = = = − j5,37
j0,1 j0,1
39
Correntes e tensões pós-falta:

a) Tensões:
Antes da falta, as tensões entre as barras e a referência “N” são
tomadas como sendo de valores iguais a 1,0 pu. Com o surgimento da falta
no barramento “3, as enormes correntes provocarão grandes quedas de
tensão. Isso faz com que as tensões não mais tenham os valores de 1,0 pu.
As novas tensões, nos 3 barramentos, serão as seguintes:
[ ]
V1f = V10 + ∆ VN1 = [1 − 0,550] = 0,450pu
V f = [V
2
0
2 + ∆ VN 2 ] = [1 − 0,463] = 0,537pu
[ ]
V3f = V3 + ∆ VN 3 = [1 − 1] = 0,000pu
0

b) Correntes:
Será assumido que, antes da falta, as correntes são desprezíveis. Logo, os
valores finais serão:
If = -j9,85 pu
I 1f = I G1 = I G0
1 + I G1 = 0 − j3,665 = − j3,665 pu
f

I 2f = I G0 2 + I Gf 2 = 0 − j 6,185 = j 6,185 pu
f
I13 = I13
0
+ I13
f
= 0 − j4,5 = − j4,50 pu
f
I 23 = I 023 + I 23
f
= 0 − j5,37 = j5,37 pu
f
I 21 = I 021 + I 21
f
= 0 − j0,87 = − j0,87 pu

Na prática é muito provável que se desejasse estudar os curto-


circuitos também nas barras 1 e 2. Assim, toda a rotina anterior deveria ser
repetida, tanto para a barra 1 como para a barra 2! Este fato, combinado
com a impossibilidade de se usar, manualmente, os métodos de redução
de circuitos em grandes sistemas (com muitas linhas, transformadores,
barras, etc.) conduziu ao uso do computador digital.
40
Cálculos de curtos trifásicos através de computador:

Para utilizar o computador nos cálculos de curto-circuito é necessário


desenvolver procedimentos sistemáticos. A técnica de “redução de
circuitos”, usada até aqui só pode ser usada em sistemas pequenos.
A seguir será apresentada uma técnica de maior generalidade, isto é,
aplicável a um sistema de “n” barras:

1. As tensões pós-falta serão dadas por:


V bus = Vbus + VT
f 0
(I)
Onde:
⎡V10 ⎤ ⎡1⎤ ⎡ ∆V N 1 ⎤
⎢ ⎥ ⎢1⎥ ;
0
V bus = ⎢V20 ⎥ = ⎢⎥ VT = ⎢⎢ ∆V N 2 ⎥⎥
⎢V30 ⎥ ⎢⎣1⎥⎦ ⎢⎣ ∆V N 3 ⎥⎦
⎣ ⎦

2. Obtenção de VT:

VT = [Zbus] . [If] (II)


Onde:
[Zbus] = matriz de impedância, 3x3, da rede anterior.
⎡ 0 ⎤
[I ] = ⎢⎢ 0
f ⎥
⎥ ( III ) OBS: -If = corrente “injetada” na barra 3.
⎢⎣− I f ⎥⎦

Levando (II) em (I):


f
Vbus = Vbus
o
+ Z bus .I f (IV)

Para um sistema de “n” barras, o vetor corrente de falta será:


⎡ 0 ⎤
⎢ . ⎥
⎢ . ⎥
⎢ ⎥
If = ⎢− I f ⎥ corrente total na barra “q” para um curto na barra “q”
⎢ . ⎥
⎢ . ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 ⎥
⎣ ⎦
Assim expandindo a equação (IV) :
⎡ Z 11 ... Z 1n ⎤ ⎡ 0 ⎤
⎡V 1 f ⎤ ⎡V 10 ⎤ ⎢ . . ⎥ ⎢ '. ⎥
⎢ . ⎥ ⎢ . ⎥ ⎢ . ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ . . . ⎥ ⎢ ⎥
⎢ . ⎥ ⎢ . ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢V q f ⎥ = ⎢ V q0 ⎥ + ⎢ Z q 1 . Z qn ⎥ . ⎢ − I ⎥
⎢ . ⎥ ⎢ . ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ f

⎢ . . ⎥ ⎢ . ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ .
⎢ . ⎥ ⎢ . ⎥ ⎢ . ⎥ ⎢ . ⎥
⎢V f ⎥ ⎢V 0 ⎥ ⎢ . . ⎥ ⎢ ⎥
⎣ n ⎦ ⎣ n ⎦ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ Z n 1 ... Z n n ⎥⎦ ⎢⎣ 0 ⎥⎦
41
Separando-a em diversas expressões:
( V1 ) V1f = V1o − Z1q . I f ⎫

............................... ⎪

( Vq ) Vqf = Vq0 − Z qq . I f ⎬ (V)

............................... ⎪
(( Vn ) Vn = Vn − Z nq . I f ⎪⎭
f 0

Por enquanto a corrente If é desconhecida. Generalizando este


desenvolvimento para um curto circuito não sólido (ou seja, onde haja
impedância Zf), a tensão pós-falta na barra em curto, pode ser expressa
por: Vqf = Zf . If (VI)
Isso está ilustrado na figura abaixo:
SISTEMA
barra " q "
I f
f
Vq Zf

Levando (VI) em (Vq) e tirando If:


Vq0
If = (VII)
Z f + Z qq
Assim, “If” está determinado pois “V 0q ” é conhecido (≅ 1,0pu). Os
valores de “Zf” e “Zqq” (impedância de Thevenin, a ser retirada da matriz de
“Zbus”) também são conhecidos.
Finalmente, levando (VII) em (V) obtém-se as seguintes equações
finais para as tensões pós-falta nas barras:
⎧ f Z iq
⎪ Vi = V i
0
− . Vq0 i≠q
⎪ Z f
+ Z qq
⎨ f
(VIII)
⎪V f = Z
. Vq0
⎪ q Zf + Z
⎩ qq
42
Para um curto-circuito sólido (Zf = 0) as equações (VII) e (VIII) se tornam

⎪I f = V 0 / Z
⎪ q qq
⎪ f
⎨Vq = 0 (IX)

⎪V f = V 0 − Z iq . V 0 i≠q
⎪ i i
Z
q
⎩ qq

Notas Importantes:
1. As tensões pré-faltas, V 10 e Vq0 podem ser obtidas pelo programa do fluxo
de carga ou, como anteriormente, podem ser tomadas como iguais a 1,0
pu.
2. As impedâncias “Ziq” e “Zqq” são retiradas da matriz [Zbus], a qual, por sua
vez, é obtida pela inversão da matriz de admitância de barra [Ybus].
Obs.: Se os cálculos forem feitos através de um computador digital, as
admitâncias das L.T. (e quaisquer outras admitâncias), não precisam ser eliminadas.
3. A análise mostrada forneceu, até aqui, a corrente de falta If na barra em
curto e as tensões pós-falta em todas as demais barras não em curto
e naquela em curto.
No entanto, para o estudo ficar completo, ainda é preciso conhecer os
valores das correntes pós-falta em todos os ramos da rede:
f f
V1 1
Z1 V V Vv

Z1 q Zv u
Zq u
f
Vq = 0 q u f
Vu

No sistema ora estudado, a corrente pós falta é I fvu e pode ser dada
pela equação (X):
VV − VU
f f

I VU =
f
(X).
ZVU
43

Fluxograma para o cálculo de curto-circuito, em computador digital:


Ler:
1) Matriz Admitância Y
2) Dados pré-falta (tensões
de barra e correntes de
linha)

Forme Ybus

Calcule Zbus

Calcule:
1) Corrente de falta: If
2) Tensão pós-falta de bar-
ra: V if
3) Corrente pós-falta de li-
nha: I fvu

Aplicação:
Recalculando-se o curto na barra 3 para o sistema de 3 barras, utilizando o
fluxograma anterior, tem-se:

Matriz admitância:
44
1 1 1
y11 = + + = − j26,67
j0,15 j0,1 j0,1
1
y13 = y31 = = j10
+ j0,1
1 1 1
y22 = + + = − j33,33
j0,075 j0,1 j0,1
−1
y12 = y21 = = j10
j0,1
1 1
y33 = + = − j20,0
j0,1 j0,1
−1
y23 = y32 = = j10
j0,1

⎡ y11 y12 y13 ⎤ ⎡− j26,67 j10 j10 ⎤


Ybus = ⎢ y 21 y 22 ⎥
23 ⎥ =
⎢ j10 − j33,33 j10 ⎥
⎢ ⎢ ⎥
⎢⎣ y 31 y 32 y 33 ⎥⎦ ⎢⎣ j10 j10 − j20⎦⎥

Invertendo-se Ybus (inverter esta matriz é a maior dificuldade deste


cálculo,) obtém-se a matriz Zbus. Se o sistema possuir muitas brras, Isso
requerá muito tempo e muita memória do computador.
⎡ j0,073 j0,0386 j0,0558⎤
Zbus = ⎢ j0,0386 j0,0558 j0,0472 ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ j0,0558 j0,0472 j0,1014 ⎦⎥
1 +
Nota: Recorde-se que a Inversão da matriz A é: A-1 = A
A
Onde:
⏐A⏐ = determinante de A; A+ = matriz adjunta

As tensões pós-falta e a corrente de falta obtidas pelas equações (IX)


serão:
Z iq 0 Z13 j 0,0558
Vif = V10 − Vq = 1,0 − . 1,0 = 1 − x 1 = 0,450 pu
Z qq Z 33 j 0,1014
Z 23 j0,0472
V2f = 1,0 − . 1,0 = 1,0 − x 1 = 0,535 pu
Z 33 j0,1014
Vqf = 0 ; V 3f = 0
If = V 0q / Z qq = 1,0 / j0,1014 = − j9,86 pu
Para comparações, o cálculo “manual” inicial forneceu:
45
V 1f = 0,450 pu; V2f = 0,0 pu e I = 1/j0,1015 = -j9,85 pu
f

Uma vez montada a matriz Zbus, pode-se obter os valores das correntes de
curto e das tensões nas barras para as hipóteses de curtos em qualquer
barra.

Por exemplo:
Barra 1 em curto:
If = 1/Z11 = 1/j0,073 = -j13,7 pu
V 1f = 0
Z j0,0386
V 2f = 1,0 − 21 . 1,0 = 1 − . 1 = 0,471 pu
Z11 j0,073
Z j0,0558
V 3f = 1,0 − 31 . 1,0 = 1 − . 1 = 0,236 pu
Z11 j0,073

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