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G LO B A L I Z AÇÃO E G LO C A L I ZA Ç Ã O : P R O B L E M A S P A R A P A Í S E S
E M D E S E N VO L V I M E N T O E I M P L I C A Ç Õ E S P A R A P O L Í T I C A S
SUPRANACIONAIS, NACIONAIS E SUBNACIONAIS
Marc Humbert
7.1 I NTRODUÇÃO
“Globalização” é um termo que tem sido amplamente empregado pelos
cientistas sociais. A quantidade de livros publicados em inglês com a palavra
“global” é um bom indicador desse consenso de se analisar a mesma realidade
com o mesmo vocabulário. O número era zero em 1940, 82 em 1950, 303 em
1960, 1.766 em 1970 e 4.496 em 1980 (Worthington, 1993, p. 177), quando
eu comecei (ver, por exemplo, Humbert, 1981) a enfatizar a necessidade dos
estudos de economia e política do desenvolvimento de lidarem com a seguin-
te restrição: a produção passível de ser qualificada como sendo “industrial”
deve ser, em toda parte, inserida no sistema global ou mundial, um sistema
que era, e ainda é, envolvido em uma incessante evolução tecnológica. Entre as
implicações dessa preposição, duas são de extrema importância, mas são por
demais inquietantes para obterem um reconhecimento mais amplo dos cien-
tistas que estudam temas associados ao desenvolvimento:
• a desconexão da produção industrial com o “capitalismo” ou o “centro”
é uma ilusão, pois a indústria faz parte de um sistema mundial ou
global;
• a tentativa de copiar a estrutura de uma economia industrial ultra-
passada é tolice, pois a indústria não é uma estrutura, mas sim uma
dinâmica, isto é, a construção de uma trajetória de mudança técnica
e evolução estrutural.
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(...) agora é possível começar a ver as indústrias de uma forma mais complexa, como
sistemas envolvendo uma mistura de instituições, algumas privadas e algumas
públicas (...). A orientação aqui deve ser entendida não como uma alternativa para
um foco nas empresas, ou no clima macroeconômico, mas como um nível de
análise situado entre essas duas dimensões e que seja complementar a ambos.
(Nelson, 1991, p. 19)
Isso representa claramente um forte apoio para a análise da indústria em
termos de mesossistemas.
A maior parte das indústrias líderes, que estão redesenhando o mundo
industrial por meio da sua evolução e das suas interações, tem algumas caracte-
rísticas em comum. Elas são intensivas em tecnologia e possuem redes que
cruzam fronteiras; suportam uma competição acirrada entre algumas poucas
empresas gigantes que disputam mercados mundiais; o comércio internacional
e o comércio intrafirmas representam uma grande parte da produção e crescem
rapidamente; os fluxos internacionais de investimento são crescentes; não ape-
nas as joint ventures, mas também as alianças e os acordos internacionais são
cada vez mais numerosos; os governos atuam de forma a incentivar a transfor-
mação do aparato de produção localizado em seu território, atraindo o investi-
mento estrangeiro direto, subsidiando alguns atores locais, elaborando políti-
cas estratégicas para o comércio, a indústria e a tecnologia e assim por diante.
Toda indústria apresenta essas mesmas características gerais, mas cada
uma com um tempero especial no âmbito mundial. Isso é ilustrado, no caso
dos fluxos internacionais de capital, pelo notável paradoxo vis-à-vis a teoria
ortodoxa de comércio internacional. Em vez de fluxos de capitais intranacionais
entre uma indústria e outra, em busca de maiores taxas de lucro, dentro de um
quadro de imobilidade internacional do capital, as empresas estão se concen-
trando em seu negócio principal e são as fontes de investimento internacional
em seus próprios negócios. Assim, as empresas químicas estão investindo, no
âmbito mundial, em materiais químicos e é muito raro que uma empresa in-
vista em indústrias distintas do seu próprio negócio, dentro do seu país. Existe
algum tipo de lei internacional trabalhando para cada uma dessas indústrias
e, portanto, elas formam mesossistemas no âmbito mundial e interações en-
tre esses distintos mesossistemas moldam a trajetória tecnológica e industrial
mundial.
O que significa hoje em dia o termo industrial? A sua definição – isto é, as
características das estruturas e interações do aparato de produção necessárias
para que uma sociedade seja denominada industrial – evoluiu ao longo dos
anos, décadas, séculos. No nível mais elevado de complexidade temos o mesos-
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FIGURA 7.1
UMA ABORDAGEM PARA A ANÁLISE DA INTERAÇÃO ENTRE O SISTEMA INDUSTRIAL
GLOBAL E O SISTEMA SOCIAL NACIONAL.
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FIGURA 7.2
NÍVEL DE INDUSTRIALIZAÇÃO COMO RESULTADO DA ARTICULAÇÃO A O SISTEMA
INDUSTRIAL GLOBAL.
Na realidade, a maioria dos países não está no nível zero, nem no nível
um, mas entre os dois, e todos os países estão trocando de lugar, alguns em
ascensão ou catching-up, outros declinando ou se desindustrializando.
Quando um país compreende que é na arena global industrial que a tec-
nologia e a indústria mais atualizadas estão disponíveis, ele se predispõe a en-
trar nessa arena. A promoção neoliberal da globalização é um claro apelo ao
desmantelamento de todas as barreiras para que o aparato produtivo de qual-
quer país se torne aberto ao ingresso de qualquer ator do sistema global, e para
que todos os países se tornem plenamente integrados ao sistema industrial
global.
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FIGURA 7.3
T RAJETÓRIAS DA INDÚSTRIA MANUFATUREIRA ENTRE 1970 E 1990.
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1988). As dinâmicas endógenas podem obter algum sucesso, mas, após algu-
mas décadas, a lacuna entre o aparato produtivo de determinado Estado-nação
e a média do sistema industrial global se alarga tanto, que a regulação social
não consegue manter o país fechado: as forças internas demandam um melhor
desempenho do aparato produtivo e a abertura é requerida como solução. En-
tretanto, a abertura por si só não é uma solução; traz uma ilusão e uma “depen-
dência lastimável” (ibid.). Ingressar no sistema industrial global não é simples;
a melhor analogia é entrar em uma arena de touros, e não subir a um palco
para receber aplausos e flores. O sistema industrial global, produz brisas fres-
cas, mas também tempestades; e um aparato produtivo frágil será parcialmen-
te destruído e se tornará incapaz de desempenhar o seu papel dentro do siste-
ma social, e ninguém no mercado global irá cuidar da sociedade órfã.
Os países que obtiveram algum sucesso não apenas abriram suas econo-
mias. Ao contrário, conforme mostrado por Rodrik,
(...) as economias que tiveram sucesso foram aquelas cujos governos fizeram uma
grande variedade de coisas não apenas bem-feitas, mas simultaneamente. Eco-
nomias bem-sucedidas são aquelas que combinaram um certo grau de abertura
com políticas favoráveis ao investimento, à estabilidade macroeconômica, e ao
gerenciamento prudente dos fluxos de capital. Os países que privilegiaram apenas
um desses fatores tipicamente viram as suas economias cambalearem no longo
prazo. A lição é simples, mas é freqüentemente desconsiderada (...) os políticos
precisam compreender que a integração na economia mundial por si só provavel-
mente não trará crescimento a longo prazo (...). As nações em desenvolvimento
têm de se engajar na economia mundial de forma que isso esteja de acordo com os
seus próprios termos e condições, e não de acordo com os termos impostos pelo
mercado global ou pelas organizações multilaterais. (1999, p. 19)
O contexto macroeconômico é muito importante, pois a abertura é pri-
meiramente uma política comercial, mas a industrialização é primeiramente a
habilidade de produzir com tecnologia de fronteira. Dessa forma, além das
observações macroeconômicas de Rodrik, é importante considerar o que é dito
sobre a tecnologia. De acordo com Archibugi e Iammarino,
(...) a globalização da inovação requer, portanto, uma expansão do portfólio de
políticas públicas (...) são necessárias políticas públicas para uma gama muito mais
ampla de assuntos, para que os países possam melhor explorar as oportunidades
associadas com a globalização da inovação e diminuir os riscos dos perdedores e
ganhadores. (1999, p. 333)
De acordo com Diaz (1998), a dimensão tecnológica é, conforme assina-
lamos em nosso quadro teórico, crucial, e esta também é a opinião de autores
como Nelson e Pack:
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dos. De forma mais geral, a figura 7.4 mostra a correlação entre as duas variá-
veis para uma amostra de 23 países com um R2 testado para 0,1%. Isso signi-
fica que as duas variáveis são relacionadas, mesmo sendo difícil estabelecer a
natureza da relação.
FIGURA 7.4
RELAÇÃO ENTRE PATENTEAMENTO E A TAXA DE CATCHING-UP (1973-1992).
Fonte : dados do NSF e Maddison, 1995: 47 in Diaz, 1998: 289.
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FIGURA 7.5
T RAJETÓRIAS DE CATCHING-UP EM GASTOS COM P&D (1981-1994).
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Importação de tecnologia do
Sistema Industrial Global
Elevada Baixa
+ -
Fortes
+
90
æ æ70
80 60 ç
ã æ ç
70 50 80
å æ ç
60á á50 90
å40 40æ
FIGURA 7.6
T AXONOMIA DA QUALIDADE DAS CAPACIDADES SOCIAIS PARA A MUDANÇA TÉCNICA .
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90
å80á á70 70
å ä å
60 80 60
å ä å
50 90 50
å
40
FIGURA 7.7
T AXONOMIA DO DINAMISMO DAS CAPACIDADES SOCIAIS PARA A MUDANÇA TÉCNICA .
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ou “mais fortemente”. Para aqueles que nunca haviam tocado em massa de pão
antes, compreender as capacidades necessárias para trabalhar a massa do pão era tão
difícil, que os engenheiros tiveram de compartilhar a experiência passando horas
junto aos padeiros experimentando trabalhar a massa do pão. O conhecimento
tácito foi internalizado via colocação de costelas especiais dentro da caixa de massa
do pão. A combinação ocorreu quando o conceito “esticar girando” e o conheci-
mento tecnológico dos engenheiros se juntaram para produzir um protótipo da
padaria caseira. (1995, p. 105)
Neste caso, podemos observar que o ambiente dentro da empresa era
importante. Havia pelo menos um artesão: um mestre de padaria. De forma
geral, não apenas para o início de um projeto, mas até para o nascimento de
uma empresa, o ambiente circundante é muito importante. Teece e Pisano
(1994, p. 550) explicam que “algumas rotinas e competências podem ser atri-
buídas às forças locais ou regionais que moldam as capacidades das empresas
nos estágios iniciais de suas vidas”. Malecki (2000) insiste – e eu concordo
inteiramente com ele – em que “a cultura local é crucial” em muitos processos
de mudança técnica; isso se dá pela natureza tácita do conhecimento e a neces-
sidade de compartilhar linguagem, confiança e, acima de tudo, o sentimento
de pertencer à mesma comunidade. Ele considera que
(...) as forças locais e regionais, de fato, continuam a moldar as capacidades das
empresas ao longo do tempo (...). A natureza tácita do conhecimento e a qualidade
local do conhecimento tácito contribuem para a sua “aderência” e permitem que a
comunicação e colaboração interempresas ocorra de forma fácil e barata. Mais
importante ainda é o papel da confiança (Ebers, 1997; Lane e Bachmann, 1998).
Para poder comunicar o conhecimento tácito, mesmo que parcialmente, um eleva-
do grau de confiança mútua e compreensão é normalmente necessário. Isso envol-
ve o compartilhamento de linguagem, valores e cultura. O aprendizado – espe-
cialmente aquele baseado no conhecimento tácito – ocorre de forma mais fácil e
tem maior probabilidade de ocorrência em regiões localizadas, nas quais capacida-
des localizadas se desenvolveram ao longo do tempo. Essas capacidades incluem
particularmente os dotes institucionais – um conceito de difícil demonstração
empírica, mas crescentemente aceito nas pesquisas sobre sistemas nacionais (e regio-
nais) de inovação. (2000, p. 75-76)
O escopo do local e o seu limite geográfico não são evidentes. Jaffe e Traj-
tenberg (1999, p. 130), estudando os fluxos de conhecimento na forma de
citações em pedidos de patentes apresentados por novos solicitantes, a fim de
avaliar se a proximidade do solicitante aumenta a probabilidade de obter uma
citação, descobriram que “no geral, os resultados confirmam nossas descober-
tas anteriores de que existe uma significativa localização geográfica dos fluxos
de conhecimento”. Mas deve ser observado que, neste caso, a localização é
“nacional”.
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N OTA S
1“A variação nesses distintos sistemas nacionais de inovação fornece uma motivação a mais para
a cooperação tecnológica internacional. (...) A ligação aos sistemas de inovação estrangeiros via
alianças internacionais de cooperação dá às empresas acesso a uma gama mais ampla de soluções
para problemas tecnológicos (...) ao mesmo tempo, entretanto, a participação em parcerias
tecnológicas internacionais pode reforçar as fraquezas inerentes a cada sistema nacional de
inovação. Acresce que o maior conhecimento das tendências internacionais gera uma força pró-
competitiva, no sentido de imitação de formas e práticas institucionais bem-sucedidas, o que
pode comprometer o equilíbrio funcional dos sistemas nacionais. Os sistemas nacionais de
inovação são, dessa forma, conectados uns aos outros via pressões simultâneas de reforço e
deslocamento. A análise desse entrelaçamento complexo de sistemas sociais e desenvolvimento
tecnológico dentro de um sistema global nos impele a reconsiderar as bases sobre as quais as
vantagens competitivas nacionais são construídas e sustentadas.” (Bartholomew, 1997, p.
262)
2Cassiolato (1999, p. 188): “A importância de políticas industriais e tecnológicas para acelerar
o uso eficiente das tecnologias de informação e comunicações deve, dessa maneira, se constituir
em prioridade fundamental. Sem elas, a participação das economias em desenvolvimento no
processo de internacionalização continuará sendo passiva e dependente”.
3De acordo com Cohen, 1998, reproduzindo uma declaração de um funcionário argentino e
citado por Rodrik (1999, p. 9).
4 Cardoso, Wall Street Journal (15 de dezembro, 1995, p. A1), citado em Rodrik (ibid.).
5 A regulamentação macroeconômica e o comportamento das empresas em mercados globais,
incluindo processos de multinacionalização, são muito importantes, ainda que o cerne seja a
tecnologia. De acordo com Rodrik (ibid.), a regulamentação macroeconômica ainda é possível;
para Bartlett e Goshal, tornar-se um player global ainda é possível: “Uma vez liberta do repuxe
gravitacional do seu mercado doméstico, o próximo grande desafio para a empresa multinacional
emergente é escolher uma estratégia para ingressar no mercado global. Aparentemente, as
desvantagens do ingresso retardatário são extensas. Estudiosos do gerenciamento de empresas
concluíram que a predominância dos gigantes globais é enraizada no seustatus de primogenitura.
(...) Existem, entretanto, notáveis vantagens em ingressar com algum atraso. As empresas
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R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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