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Resumo
Neste trabalho procurou-se investigar como as estratégias eleitorais e de atuação parlamentar dos deputados federais
moldam-se conforme as preferências dos eleitores em relação à provisão de bens públicos locais. Nesse sentido, foi
estudada a relação entre desempenho eleitoral de deputados federais e a autoria de emendas passadas e futuras ao
orçamento que tragam recursos a determinados municípios brasileiros. Mais especificamente, analisou-se primeiro
se o fato de o município ter sido importante na eleição de um candidato a deputado faz com que esse município seja
beneficiado com mais emendas na legislatura. Segundo, investigou-se se deputados que tentam a reeleição são
favorecidos eleitoralmente em municípios que foram agraciados por suas emendas na legislatura anterior. Os
resultados indicam que os políticos tendem a adotar estratégias de beneficiamento aos municípios que foram
importantes na suas eleições e que eleitores votam mais em candidatos que trouxeram recursos as suas localidades.
Contudo, dado que o distrito eleitoral relevante para eleição de deputados é o estado tal comportamento dos eleitores
não é suficiente para aumentar as chances de reeleição desses deputados.
Palavras-chave: voto, emenda orçamentária, deputado federal
Abstract
This article aims to investigate the strategies of politicians seeking to maintain and expand their political capital,
and the voter’s preferences over the strategies used by the politicians. In this sense, we study the relationship
between electoral performance of Brazilian congressmen and authorship of past and future amendments to the
federal budget. More specifically, we first analyze whether municipalities that were important in the election
of a candidate are benefited with more amendments in the legislature. Second, if deputies seeking reelection are
supported by municipalities that were benefited by amendments in the previous legislature. Our results indicate that
politicians tend to favor municipalities that were important in their elections and that voters vote for candidates who
have brought more resources to their localities, but such a behavior of voters is not enough to increase the chances of
re-election.
Keywords: voter’s preference, pork barrel, politician’s strategies.
1
As 50a, 51a, 52a e 53a legislaturas correspondem aos períodos 1995-98, 1999-2002 e 2003-06 e 2007-10
respectivamente.
2 Dados
Os dados utilizados neste trabalho são de duas fontes distintas. Os dados de votos,
eleitorado e informações dos candidatos foram obtidos junto ao TSE (Tribunal Superior
Eleitoral). Dados referentes ao orçamento federal, especificamente a execução de emendas
orçamentárias, foram obtidos por meio da Câmara dos Deputados, da onde também foram
coletadas informações a respeito da história política do parlamentar.
O estudo abrange quatro ciclos orçamentários, 1995-1999, 1999-2003, 2003-2007 e
2007-20112 e as eleições brasileiras para o cargo de deputado federal de 1994, 1998, 2002, 2006
e 2010. Foram coletados dados referentes à execução das emendas orçamentárias individuais
propostas pelo parlamentar. O destino destes recursos podem ser programas nacionais, regionais,
estaduais ou municipais. Atenção especial foi dada às emendas em que o destino geográfico é um
município do distrito eleitoral do deputado.
Ao longo deste trabalho será considerada como medida para o valor monetário executado
da emenda a conta registrada nos dados orçamentários como liquidado, corrigido para que o total
executado não ultrapasse o limite de cada deputado segundo as regras para proposição de
emendas.
Deputados Federais
A cada eleição 513 vagas são preenchidas na Câmara Nacional. Dos parlamentares
eleitos nas eleições 1994, 1998, 2002 e 2006, 75, 73, 77% e 73% concorreram novamente ao
cargo na eleição seguinte, respectivamente3. Na tabela a seguir estão ilustradas características
dos deputados federais que serão alvo de estudo neste trabalho.
[Inserir Tabela 1]
Como se pode observar, em torno de três quartos dos deputados eleitos concorrem
novamente ao cargo na eleição seguinte. Este grupo de parlamentares se difere dos deputados
2
A execução orçamentária de 2011 não foi utilizada.
3
Taxa de reeleição calculada pelos autores com base nos dados do TSE.
que não tentam a reeleição em alguns aspectos, como porcentagem de votos nominais adquiridos
no distrito eleitoral e valores executados de emendas. Os deputados que não apresentam
candidatura para a próxima eleição são aqueles que, em média, obtiveram maior votação no
distrito eleitoral. Este resultado é observado em todos os períodos considerados. Com exceção da
legislatura 2007-2011, os deputados que se candidatam à reeleição apresentam maior valor
executado em emendas municipais. Possivelmente, deputados que optam por não participar da
eleição seguinte também são aqueles que se ausentam com mais frequência da Câmara para
assumir outros cargos na esfera política, sendo assim, têm menos possibilidade de emendar o
orçamento. Uma segunda hipótese é que por não terem interesse em se reeleger, estes
parlamentares abrem mão de utilizar este tipo de política pública para fins eleitorais.
Emendas Orçamentárias
[Inserir Figura 1]
4
Tal regra passou a ser seguida em 1996 na elaboração do orçamento com execução em 1997.
No primeiro período de execução orçamentária analisado observa-se acentuada
preferência dos deputados em executar projetos com foco municipal. Os recursos repassados
para programas de domínio nacional, regional e estadual não apresentam valores significantes
neste período. De 1999 a 2003 cresce a quantidade e valor de recursos direcionados aos estados.
Nos quatros anos orçamentários seguintes, as emendas individuais com destino estadual
ultrapassaram as emendas municipais em valor total executado. Na 53a legislatura, as emendas
estaduais representam 77% do valor total executado, enquanto que as emendas com foco nos
municípios ficam com menos de 20% do total executado. Contudo, devido ao aumento ao longo
dos anos do valor total disponível por parlamentar, embora a porcentagem em emendas
municipais tenha diminuído da 50a a 53a legislatura, o valor executado com destino para os
municípios apresenta crescimento, no ciclo 1995-1999 foi de 2,2 milhões em reais de 2010 e no
último período orçamentário o total em emendas parlamentares individuais municipais chegou de
3,14 milhões em reais de 2010.
Emendas individuais para projetos de abrangência nacional apresentam crescimento na
última legislatura, atingindo 8% do total executado. Emendas com destino regional apresentam
baixo número e valor nos quatro ciclos orçamentário analisados. Naturalmente, espera-se que o
político direcione recursos para sua área de influência ou interesse. Dado que para a eleição de
representantes na Câmara Federal os distritos eleitorais são as unidades federativas do país, a
constatação de que os parlamentares têm preferido direcionar emendas pontualmente, escolhendo
programas com atuação em um município ou em um estado, contribui para o argumento de que
eles consideram a alocação de recursos importante para a obtenção de votos junto ao eleitorado.
Considerando as emendas com destino municipal propriamente, sabe-se que o
parlamentar tem liberdade para alocá-las em qualquer município do país, mesmo que este seja
localizado fora de seu distrito eleitoral. Contudo, se o objetivo do político é maximizar sua
votação, seria razoável observar os congressistas alocando emendas nos municípios do estado
pelo qual eles concorrem à eleição. De fato, do total de emendas individuais municipais
executadas de 1996 a 2007 apenas 1,29% foram direcionadas a municípios fora do estado pelo
qual o deputado autor da emenda foi eleito. Neste mesmo período, considerando somente as
emendas municipais de deputados que concorrem à reeleição, verifica-se que apenas 1,02% são
executadas em municípios fora dos estados pelos quais os parlamentares se candidataram a
reeleição. Estes dados reforçam a idéia de que os parlamentares consideram os recursos
orçamentários importantes para acessar seus eleitores e, portanto, direcionam a grande maioria
das emendas para municípios do estado que representa seu distrito eleitoral.
[Inserir Figura 2]
[Inserir Tabela 2]
3 Estratégia Empírica
A primeira proposta deste trabalho é analisar como funciona a alocação dos recursos
orçamentários nos municípios do distrito eleitoral do deputado. Para tanto, é considerada a
seguinte equação:
em que i, neste caso, refere-se ao deputado federal, m indica município, t é um índice de tempo
que representa temporalmente tanto a eleição em que o deputado foi eleito, quanto o período da
legislatura do parlamentar, p refere-se ao partido do eleito, c denota efeito fixo e , o erro. A
variável dependente, y, será o valor por eleitor de emendas executadas no município m de autoria
individual do político i ou, posteriormente, uma variável indicadora igual a um, se o deputado
executou emendas no município e zero, caso contrário.
A matriz X contém variáveis explicativas que variam conjuntamente para deputado e para
município. Entretanto, algumas variáveis mudam ao longo do tempo, sendo estas, porcentagem
de votos nominais obtidos no município e igualdade entre os partidos do deputado e do prefeito
do município. Enquanto outras não variam ao longo das legislaturas e referem-se à história
política prévia local do parlamentar no município. A matriz D representa variáveis dos
parlamentares, tais como número de município efetivos que o deputado concorreu e quantidade
de legislaturas anteriores e também características do deputado fixas ao longo do tempo, como
sexo e experiência política anterior em outros cargos. A matriz M retrata variáveis dos
municípios, tais como número de candidatos efetivos no município.
A equação acima é estimada utilizando o método de Mínimos Quadrados Ordinários
(MQO), Modelo de Efeito Fixo (FE) e o modelo Tobit, assumindo que o valor de emenda por
eleitor é censurado em zero. Para investigar os fatores que afetam a probabilidade de o
parlamentar propor emenda a um município será empregado o modelo Probit. Para ver detalhes
da especificação desses modelos, consulte Wooldrige (2002).
Regressão Descontinua
5
Os suplentes são considerados como não eleitos, mesmo sabendo que existe a possibilidade de que estes candidatos
tenham assumido o cargo de deputado federal em momentos posteriores.
Sendo assim, tem-se um experimento quase-natural que determina quais municípios terão
candidatos associados eleitos ou não.
O segundo modelo a ser testado neste trabalho traz as emendas como variável explicativa.
Procurando investigar se a política de pork barrel no Brasil, através da distribuição aos
municípios de recursos orçamentários, é um meio de atrair votos. O modelo a ser testado será,
em que i, agora, refere-se ao deputado federal que concorre à reeleição. y representa votos
nominais adquiridos pelo deputado i no município m.
Note que os votos em t+1 são observados apenas para os deputados que se candidatam
novamente a eleição seguinte e que a quantidade de recursos orçamentários aplicados no
município pelo parlamentar durante sua legislatura será uma das variáveis explicativas.
4 Resultados
Pelos resultados abaixo, a votação obtida no município tem forte impacto sobre a decisão
do parlamentar em direcionar emendas. Aumentar a participação na votação total do município
em um ponto percentual eleva os recursos recebidos por meio de emendas parlamentares
individuais em aproximadamente 38 reais por eleitor. Isso comprova que os parlamentares
tendem a recompensar seus eleitores pelos votos adquiridos, direcionando emendas para os
municípios em que apresentaram forte presença política.
Pela Tabela 3 percebe-se que considerando as emendas direcionadas pelos parlamentares
aos municípios com valor executado maior que zero, a maior parte é executada em municípios
em que o deputado é associado (ver definição do conceito acima), ou seja, foi um dos candidatos
efetivos no município. Entretanto, também se observa alocação de emendas em cidades em que o
parlamentar não está entre os mais votados. Assim, adicionalmente a estratégia de favorecer os
municípios em que o deputado obteve suporte eleitoral, também existe uma buscar por novos
eleitores.
[Inserir Tabela 3]
Quanto maior o número de municípios efetivos que o deputado concorre, menor o valor
executado de emendas no município, ou seja, deputados que apresentaram votação mais dispersa,
em geral, direcionam menores quantias os municípios. A estratégia destes políticos pode ser de
pulverizar os recursos entre um maior número de cidades e como consequência, o valor alocado
em cada município se reduz. De fato, o gráfico abaixo mostra que, considerando as emendas
municipais executadas pelos deputados, o valor médio por município tem relação inversa com o
número de municípios efetivos que o deputado apresentou votação. Parlamentares com valor
médio distribuído por município mais elevado são aqueles que obtiveram votação concentrada
em um número menor de localidades.
[Inserir Figura 3]
[Inserir Tabela 4]
Ser do mesmo partido do prefeito eleito na eleição intermediária contribui para a
proposição de emendas. Resultado semelhante foi encontrado por Silva (2009), contudo, aqui o
impacto não é muito elevado. Pertencer ao partido do governador não apresenta coeficiente
favorável. Por outro lado, pertencer ao partido do presidente contribui para a execução de
emendas, resultado esperado, uma vez que a execução de emendas depende da aprovação do
Executivo.
Além da relevância das variáveis para escolha do deputado sobre a quantidade de
recursos a serem direcionados para uma região, também mensura-se como elas influenciam na
decisão de investir ou não recursos em um município, independente das quantidades repassadas.
[Inserir Tabela 5]
Regressão Descontinua
[Inserir Tabela 6]
[Inserir Tabela 7]
Os resultados ao explorar a descontinuidade do sistema de representação proporcional
corroboram os encontrados anteriormente. Quanto maior o número de candidatos associados ao
município eleitos, maior a vinda de projetos para a cidade. Esta evidência é comprovada em
municípios com menor número de candidatos efetivos. Em localidade com grande competição
eleitoral, a adição de um associado eleito não contribui para a vinda de recursos, já em
localidades em que a concorrência é reduzida, ter um candidato associado eleito tem forte
influência para determinar a alocação de emendas. Neste caso, um candidato eleito associado ao
município aumenta em torno de R$14,00 o valor por eleitor recebido por meio de emendas
individuais.
Pelos modelos testados anteriormente não ficou claro como a competição eleitoral no
município afeta a quantidade de emendas orçamentárias recebidas. Os resultados evidenciam que
depende da quantidade de candidatos efetivos do município. A diversificação dos votos em
localidades cuja competição intramunicipal é reduzida não seria uma boa estratégia para atrair
recursos do orçamento. Por outro lado, municípios cujos eleitores optaram por variados
concorrentes, a competição eleitoral parece positiva para a atração de recursos. Neste caso, não
deve existe dominância de um candidato em particular e uma vez que os candidatos associados
eleitos não se interessam em direcionar emendas, pelo coeficiente positivo e significativo da
variável número de candidatos efetivos, conclui-se que os parlamentares eleitos em geral tendem
a aplicar emendas nestes municípios, possivelmente em busca de eleitores ainda não
conquistados.
[Inserir Tabela 8]
[Inserir Tabela 9]
5 Conclusões
O primeiro objetivo deste trabalho foi examinar fatores que afetam a escolha dos
deputados federais em aplicar emendas orçamentárias individuais em um município, assim como
verificar se os recursos investidos impactam sobre o desempenho eleitoral dos incumbentes que
se candidataram à reeleição. Para tanto, foram adotadas estratégias empíricas diversas.
Primeiramente, utilizam-se dados de todos os deputados federais eleitos nos municípios do
distrito eleitoral pelo qual ele foi eleito. Os resultados apontam que a votação prévia obtida no
município apresenta forte impacto sobre a quantidade de emendas orçamentárias aplicada na
localidade e também na probablidade do parlamentar direcionar recursos ao município. Esta não
é a única estratégia dos congressistas, contudo, pode-se concluir que os políticos recompensam
seus eleitores.
Foi utilizada regressão descontínua para investigar melhor a alocação de emendas nos
municípios. Os resultados indicam que os efeitos dependem do nível de competição eleitoral no
município. Em municípios com reduzido número de candidatos que efetivamente apresentaram
votação, um candidato efetivo eleito contribui bastante para a vinda de recursos. O mesmo não
pode ser concluído para os municípios com alta competitividade eleitoral. Em cidades com esta
característica, diversos deputados parecem aplicar recursos, possivelmente na busca de atrair
eleitores ainda não conquistados.
Uma segunda contribuição do trabalho é a análise de possíveis canais que impactem na
votação do deputado. Conforme esperado, emendas orçamentárias executadas apresentam efeito
positivo sobre os votos nominais obtidos pelo deputado autor da emenda no município para o
qual os recursos foram investidos. Ao dividir os municípios entre aqueles que o deputado foi um
dos candidatos efetivos e aqueles em que não foi, verifica-se que emendas destinadas a eleitores
que não compõe a base eleitoral do parlamentar apresentam maior impacto sobre o desempenho
eleitoral.
Entretanto, ao analisar a importância das emendas para o sucesso eleitoral dos deputados
federais não ficou comprovada que a execução de emendas orçamentárias ajudam a aumentar as
chances de reeleição. Sendo assim, a provisão de recursos por meio do orçamento federal faz
parte da manutenção da relação que o candidato estabelece com o município e pode ser
instrumento eleitoral importante para a conquista de novos eleitores, mas não é determinante
para o sucesso eleitoral do político.
Por fim, acredita-se que novos resultados foram adicionados para a discussão a cerca do
uso de políticas públicas para benefício eleitoral do parlamentar.
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Tabela 1 – Características dos deputados federais eleitos segundo eleição e por divisão entre os que concorrem à reeleição e os que
não concorrem.
El ei tos em 1994 El ei tos em 1998 El ei tos em 2002 El ei tos em 2006
Nã o Nã o Nã o Nã o
Todos os Tentou tentou Todos os Tentou tentou Todos os Tentou tentou Todos os Tentou tentou
el ei tos reel ei çã o reel ei çã o Di ferença el ei tos reel ei çã o reel ei çã o Di ferença el ei tos reel ei çã o reel ei çã o Di ferença el ei tos reel ei çã o reel ei çã o Di ferença
Tentou Reel ei çã o 0.75 - - 0.73 - - 0.77 - - 0.73 - -
(0.019) (0.020) (0.018) (0.020)
Percentua l voto no 0.03 0.03 0.04 -0.01*** 0.03 0.03 0.04 -0.01*** 0.03 0.03 0.05 -0.02*** 0.03 0.03 0.04 -0.01***
di s tri to el ei tora l (0.001) (0.001) (0.003) (0.001) (0.001) (0.003) (0.004) (0.003) (0.01) (0.001) (0.001) (0.003)
Número efeti vo de 11.12 11.19 10.92 0.26 11.73 12.24 10.34 1.90* 13.95 13.79 14.51 -0.72 14.18 14.37 13.68 0.69
muni ci pi os (0.481) (0.548) (1.002) (0.513) (0.613) (0.921) (0.64) (0.698) (1.51) (0.652) (0.753) (1.302)
Emenda muni ci pa l no 3.66 3.92 2.87 1.05*** 4.59 4.79 4.04 0.75*** 4.85 5.08 4.11 0.97** 5.47 5.53 5.30 0.23
di s tri to el ei tora l (0.088) (0.095) (0.019) (0.107) (0.127) (0.193) (0.178) (0.213) (0.297) (0.254) (0.297) (0.489)
Ida de 47.59 47.32 48.41 -1.09 48.41 48.14 49.14 -0.99 49.83 49.46 51.06 -1.60* 51.11 50.49 52.78 -2.29**
(0.431) (0.48) (0.948) (0.411) (0.471) (0.831) (0.44) (0.495) (0.949) (0.485) (0.567) (0.923)
Sexo femi ni no 0.06 0.06 0.06 0.00 0.06 0.06 0.06 0.00 0.08 0.07 0.13 -0.07*** 0.09 0.09 0.09 0.00
(0.011) (0.012) (0.021) (0.01) (0.012) (0.02) (0.012) (0.013) (0.031) (0.013) (0.015) (0.024)
Ens i no s uperi or 0.78 0.79 0.77 0.01 0.79 0.79 0.78 0.01 0.75 0.76 0.70 0.06* 0.74 0.73 0.78 -0.04
compl eto (0.018) (0.021) (0.037) (0.018) (0.021) (0.035) (0.019) (0.021) (0.042) (0.019) (0.023) (0.036)
Legi s l a tura s a nteri ores 1.00 1.00 1.02 -0.02 1.25 1.19 1.41 -0.22** 1.39 1.34 1.56 -0.22* 1.49 1.47 1.54 -0.08
(0.059) (0.068) (0.122) (0.06) (0.069) (0.12) (0.064) (0.072) (0.144) (0.072) (0.085) (0.137)
Já foi verea dor 0.25 0.29 0.15 0.14** 0.34 0.36 0.28 0.09 0.37 0.40 0.28 0.12* 0.46 0.47 0.43 0.04
(0.026) (0.032) (0.037) (0.03) (0.036) (0.05) (0.033) (0.039) (0.057) (0.037) (0.044) (0.067)
Já foi prefei to 0.23 0.20 0.33 -0.13** 0.21 0.21 0.22 -0.01 0.19 0.20 0.18 0.01 0.32 0.31 0.36 -0.05
(0.024) (0.025) (0.06) (0.022) (0.026) (0.042) (0.022) (0.026) (0.041) (0.031) (0.035) (0.062)
Já foi deputa do es ta dua l 0.57 0.57 0.57 0.00 0.52 0.48 0.62 -0.14* 0.58 0.59 0.56 0.03 0.64 0.64 0.62 0.02
(0.046) (0.054) (0.081) (0.044) (0.05) (0.092) (0.048) (0.056) (0.089) (0.046) (0.054) (0.089)
Já foi governa dor 0.05 0.04 0.10 -0.06*** 0.05 0.03 0.09 -0.06*** 0.05 0.04 0.11 -0.07*** 0.06 0.03 0.13 -0.10***
(0.012) (0.012) (0.035) (0.011) (0.01) (0.031) (0.012) (0.011) (0.035) (0.013) (0.011) (0.038)
Já foi s ena dor 0.02 0.02 0.03 -0.01 0.02 0.02 0.03 -0.01 0.02 0.01 0.05 -0.04** 0.04 0.03 0.06 -0.02
(0.008) (0.009) (0.015) (0.008) (0.008) (0.02) (0.007) (0.007) (0.02) (0.01) (0.012) (0.022)
Obs erva ções 513 385 128 513 375 138 513 394 119 513 375 138
Tabela 2 – Estatística do valor total recebido de emendas individuais por municípios.
Mediana Média Desvio Padrão Min Max Obs
50ª Legislatura 219702.31 422577.38 790573.15 0.00 17091258.25 5019
51ª Legislatura 204901.16 471800.41 1101343.12 0.00 26022076.19 5513
52ª Legislatura 103528.92 491020.14 1634764.97 0.00 44197094.63 5565
53ª Legislatura 0.00 563935.19 3351993.11 0.00 150070329.22 5565
Nota: Apenas municípios da base de dados eleitoral. Valores em reais de 2010.
30
20
10
Percent
52 53
30
20
10
0
0 10 20 30 0 10 20 30
Emendas individuais com destino municipal (em milhões)
Graphs by Legislatura
52 53
6
4
2
0
N
ota: Excluído o Distrito Federal.
Figura 3 – Dispersão Número de municípios efetivos que o deputado obteve votação por valor
médio recebido pelos municípios em que o deputado apresentou emenda com valor executado
maior que zero.
Figura 4 – Distribuição da idade dos candidatos considerando candidatos na
margem.