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Significa que a lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o acusado.
Súmula 711 - STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a
sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
P. Quem tem a competência para aplicação da lei penal nova mais favorável?
Súmula 611 - STF: transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo das execuções a
aplicação de lei mais benigna. Assim:
Durante o Processo em 1º Grau Em grau de Recurso Transitada em julgado a
sentença condenatória
Cabe ao Juiz do Processo de Cabe ao Tribunal de JUstiça Cabe ao Juízo das Execuções
Conhecimento penais.
P. É possível a combinação de leis penais pelo Juiz para beneficiar o réu? Exemplo: um indivíduo praticou
tráfico de drogas sob a égide da Lei 6.376/1976. Por ocasião da sentença, já havia sido editada a Lei
11.343/2006. Poderia o juiz combinar as duas leis, aplicando a pena cominada na Lei 6.376/1976 (mais
benéfica) com a causa de diminuição prevista no § 4º da Lei 11.343/2006.
Prevalece o entendimento de que não pode, pois o Juiz estaria legislando. Assim, na prática, o Juiz tem
que aplicar a Lei que, individualmente, seja mais favorável ao réu.
Súmula 501 – STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da
incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da
Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de
sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao
fato praticado durante sua vigência.
Leis Intermitentes (Temporárias ou Excepcionais).
Leis Intermitentes
É gênero do qual são espécies:
Leis Temporárias Leis Excepcionais
São as normas cujo prazo de vigência vem São normas editadas para serem aplicadas durante
determinado no próprio texto (Autorrevogação). uma situação ou período de excepcionalidade.
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,
ainda que outro seja o momento do resultado.
Tempo do Crime.
O CP adota a Teoria da Atividade.
P. Se um agente, pouco antes de completar 21 anos, atira na vítima, que fica 02 semanas internada e morre
quando o agente já tem completado 21 anos. Esse agente se beneficiará da menoridade relativa do CP, art.
651?
SIM, pois como explicita o art. 4º, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão.
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Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e
regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Territorialidade – Territorialidade Temperada.
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CP, Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I - ser o agente menor de 21, na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença.
pública ou a serviço ˪ No território nacional: ˪ Em espaço internacional:
brasileiro. espaço aéreo ou mar espaço aéreo
˪ Onde quer que se territorial brasileiro. internacional ou alto-mar.
encontrem.
Atenção! São consideradas Atenção! Não são Não são consideradas extensão
extensão do território nacional. consideradas extensão do do território nacional, nem
território nacional, apenas aplica-se a lei brasileira.
aplica-se a Lei Brasileira
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde ser produziu ou deveria
produzir-se o resultado.
Vide: CPP, art. 69, 70 e 71…
Teoria da Ubiquidade (ou Mista) (CP, art. 6º)– crimes praticados no Brasil, mas com
resultado no Exterior, ou vice-versa (abrange o território de 02 países)
Nesses casos, aplica-se Teoria da Ubiquidade (ou Mista): nos termos do CP, art. 6º, esse crime será
considerado praticado tanto no Brasil como no estrangeiro.
Aspectos relativos a aplicabilidade do: CP, art. 6º e CPP, art. 69 e 70, Competência, serão tratados no
Resumo do CPP, art. 69 e 70.
Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída
pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes
condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora
do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
Casos de Extraterritorialidade condicionada (CP, art. 7º, II c/c §2º): o agente somente é
punido segundo a lei brasileira se houver o concurso das seguintes condições:
a) Entrar o agente em território nacional.
b) Ser o fato punível também no país em que foi praticado.
c) Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição.
- Não ter o agente (segundo a Lei mais favorável):
d) sido absolvido no estrangeiro
e) sido perdoado no estrangeiro.
f) cumprido pena no estrangeiro
g) extinta a sua punibilidade.
5. Que, por tratado ou convenção, o brasil se obrigou a reprimir.
Nesse incide o: Princípio da Justiça Universa: Bem jurídico de Interesse Transnacional.
6. Praticado por brasileiro.
Nesse incide o: Princípio da Nacionalidade Ativa: autor brasileiro.
(CP, art. 7º, II c/c §2º) (CP, art. 7º, II c/c §3º):
a) Entrar o agente em território nacional. h) Não foi pedida a sua extradição
b) Ser o fato punível também no país em que foi i) Foi negada a sua extradição
praticado. j) Houve requisição do ministro da Justiça
c) Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a
lei brasileira autoriza a extradição.
- Não ter o agente (segundo a Lei mais favorável):
d) sido absolvido no estrangeiro
e) sido perdoado no estrangeiro.
f) cumprido pena no estrangeiro
g) extinta a sua punibilidade.
Pena cumprida no estrangeiro
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil
pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando
idênticas.