Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
dos Santos
Doutora em Psicobiologia pela Universidade
Fabiana Silva
Ribeiro
Federal de São Paulo (Unifesp) com período de
intercâmbio acadêmico pela University of Durham,
Inglaterra. Especialista em Psicologia da Infância
pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Aluna de graduação em Psicologia da
Docente de Graduação e Pós-Graduação da
Universidade Estadual Paulista, Unesp/Assis. Estagiária do
Universidade Estadual Paulista (Unesp, campus
Laboratório de Neuropsicologia da Unesp/Assis. Bolsista
de Assis), coordenadora do Laboratório de
da Fapesp 08/54970-2.
Neuropsicologia da Unesp/Assis. Bolsista de
produtividade em pesquisa do CNPq.
RECOMENDAÇÕE S
PARA PROFESSORES
SOBRE O
“TR ANSTORNO
DA MATEMÁTICA”
Introdução
O
Brasil participa da Olimpíada Internacional de Matemática
desde 1979, uma competição que avalia conhecimentos de
Ensino Médio em Geometria, Teoria dos Números, Álgebra
e Análise Combinatória. Conquistou, até 2009, um total de
81 medalhas, sendo sete de ouro, 18 de prata e 56 de bronze, ocu-
pando a 16ª colocação no ranking mundial. Em 2010, foi o primeiro
país ibero-americano convidado a participar da Romanian Masters in
Mathematics, competição internacional que reuniu os participantes dos
países com melhor desempenho em matemática. Nesta competição,
três estudantes da equipe brasileira conquistaram medalhas de bronze
(Olimpíada Brasileira de Matemática1).
Isto mostra que, se de um lado, fatores como o mito de que a
matemática é difícil, que o ensino da matemática geralmente utiliza
métodos pedagógicos pouco voltados para as experiências da criança, 1 Conforme
Assessoria de
entre outras críticas tradicionais ao ensino formal; que a diversidade e a Comunicação
desigualdade econômica, cultural e social de nosso país tornam impos- da Secretaria
sível um ensino uniforme entre os estados e municípios; de outro lado, da Olimpíada
Brasileira de
podemos ser otimistas, pois os resultados destas competições mostram Matemática.
que os brasileiros são habilidosos para a matemática. Disponível em:
É importante ressaltar que estes conhecimentos de conceitos mate- www.obm.org.br/
opencms/
máticos, muitas vezes pouco estimulados e valorizados nos primeiros releases/
anos escolares, são fundamentais para as escolhas profissionais futuras e Release_
para o avanço tecnológico do país. Romanian_
Master.pdf.
O objetivo deste artigo é apresentar informações sobre o desenvolvi- Acessado em
mento das habilidades matemáticas e sobre o Transtorno da Matemática, 15/03/10.
Capacidade
da Memória Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4
Operacional
Contagem verbal,
Aproximação de
estratégias de Escrita de
Aproximação, cálculos,
Habilidade contagem, contas,
Comparação Pensamento
recuperação impar/par.
aritmético.
de fatos.
Zareki
12
11
10
Idades
9
8
7
6
0 20 40 60 80 100
% de acer to
Escore A Escore Total
Gráfico 1. Resultados obtidos por crianças de 6 a 12 anos no Total e no Escore A da Zareki-R, N=202.
Zareki
10 CDA
10 SDA
10
Idades
9 CDA
9 SDA
9
0 20 40 60 80 100
% de acer to
Gráfico 2. Resultados obtidos por crianças de 9 a 10 anos CDA e SDA no Total e no Escore A da Zareki-R.
Conclusão
Agradecimentos
Referências bibliográficas
1. Shalev RS. Developmental dyscalculia. J Child Neurol. 2004; 19: 765-771.
2. Silva PA, Santos FH. Discalculia do Desenvolvimento: Avaliação da representação
numérica pela ZAREKI-R. (no prelo).
3. Haskell SH. The determinants of arithmetic skills in young children: some observations.
Eur Child Psy. 2000; 9(Sup.2): 77-86.
4. Geary DC. From infancy to adulthood: the development of arithmetical abilities. Eur
Child Adolesc Psy. 2000; 9 (Sup.2): 11-16.
5. Geary DC. Reflections of evolution and culture in children’s cognition: implications for
mathematical development and instruction. Am Psy. 1995; 50(1): 24-37.
6. Dellatolas G, von Aster M, Willardino-Braga L, Meier M, Deloche G. Number
processing and mental calculation in school children aged 7 to 10 years: transcultural
comparison. Eur Child Adolesc Psy. 2000; 9(Sup.2): 102-110.
7. Von Aster MG, Shalev RS. Number development and developmental dyscalculia, Dev
Med Child Neurol. 2007; 49: 868-873.
8. Santos FH, Kikuchi RS, Ribeiro FS. Atualidade em discalculia do desenvolvimento. In:
Atualização em transtornos de aprendizagem. São Paulo: Artes Médicas; 2009.
9. Von Aster M, Dellatolas G. Zareki-R - Batterie pour l’evaluation du traitement des
nombres et du calcul chez l’enfant. Paris: ECPA, 2006.
30 • Revista Sinpro-Rio • Maio 2010 • www.sinpro-rio.org.br
O Desafio de Educar
10. Santos FH, Paschoalini B, Molina J. Novos instrumentos para avaliação de habilidades
matemáticas em crianças. In: Sennyey AL, Mendonça LIZ, Schlecht BBG, Santos EF,
Macedo EC, editores. Neuropsicologia e Inclusão. São Paulo: Artes Médicas; 2006. p.
69-80.
11. Santos FH, Silva PA. Avaliação da discalculia do desenvolvimento: uma questão
sobre o processamento numérico e o cálculo. In: Sennyey AL, Capovilla FC, Montiel
JM, editors. Transtornos de Aprendizagem da avaliação à reabilitação. São Paulo: Artes
Médicas; 2008. p. 125-137.
12. Santos FH, Silva PA, Dias ALD, Ribeiro FS, Frigério MC, Dellatolas G, et al. Number
processing and calculation in Brazilian children aged 7-12 years. J Neuropsychology.
submetido.
13. Dehaene S. The Number Sense. Oxford, UK: Oxford University Press, 1997.
14. O’Hare AE. Dysgraphia and dyscalculia. In: Whltmore K, Hart H, Willems G, editors.
Clinics in Developmental Medicine, no. 145. London: Mac Keith Press; 1999. p 96-118.
15. Silva PA, Santos FH. Prejuízos específicos em habilidades matemáticas de crianças com
transtornos de aprendizagem. In: Montiel JM, Capovilla FC, editores. Atualização em
transtornos de aprendizagem. São Paulo: Artes Médicas; 2009. p. 57-71
16. Cantlon JF, Platt ML, Brannon EM. Beyond the number domain. Trends in Cognitive
Sciences. 2008; 13 (2): 83-91.
17. Gross-Tsur V, Manor O, Shalev RS. Developmental dyscalculia: Prevalence and
demographic features. Dev Med Child Neurol. 1996; 38: 25-33.
18. American Psychiatric Association. Manual Diagnóstico e Estatístico em Doenças
Mentais, Quarta Edição, Texto Revisado, 2002.
19. Organização Mundial da Saúde. Classificação de transtornos mentais e de
comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre:
Artes Médicas; 1993.
20. Rosselli M, Matute E, Pinto N, Ardila A. Memory abilities in children with subtypes
of dyscalculia. Dev Neuropsychol. 2006; 30(3): 801-18.
21. Landerl K, Bevan A, Butterworth B. Developmental dyscalculia and basic numerical
capacities: a study of 8- 9-year-old students. Cognition. 2004; 93: 99-125.
22. Landerl K, Fussenegger B, Moll K, Willburger E. Dyslexia and dyscalculia: Two
learning disorders with different cognitive profiles. J Exp Child Psychol. 2009; 103:
309-324.
23. Von Aster M. Developmental cognitive neuropsychology of number processing
and calculation: varieties of developmental dyscalculia. Eur Child Adolesc Psy. 2000;
9(Sup.2):42-57.
24. Heilman KM, Valenstein E. Clinical Neuropsychology, Fourth Edition. Oxford:
Oxford University Press; 2003. 744 p.
25. Shalev RS, Manor O, Kerem B, Ayali M, Badichi N, Friedlander Y, et al. Developmental
dyscalculia is a familial learning disability. J Learn Disabil. 2001; 34:59-65.
26. Alarcon M, Defries JC, Gillis-Light J, Pennington BF. A twin study of mathematics
disability. J Learn Disabil. 1997; 30: 617-623.
27. Shalev RS, Manor O, Gross-Tsur V. Developmental dyscalculia: a prospective six-year
follow-up. Dev Med Child Neurol. 2005; 47: 121-125.
28. Kaufmann L, Vogel SE, Starke M, Kremser C, Schocke M. Numerical and non-
numerical ordinality processing in children with and without developmental dyscalculia:
Evidence from fMRI. Cog Dev. 2009; 4: 486-494.
29. Kucian K, Lonneker T, Dietrich T, Dosch M, Martin E, Von Aster M. Imparied neural