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ANTROPOLOGIA FORENSE
1 CONCEITO DE ANTROPOLOGIA................................................................................................... 3
2 IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................... 3
3 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL E IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA ................................................... 5
3.1 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL .......................................................................................... 5
3.1.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESPÉCIE .......................................................................................... 5
3.1.2 IDENTIFICAÇÃO DA RAÇA ............................................................................................. 6
3.1.3 IDENTIFICAÇÃO DO SEXO ............................................................................................. 8
3.1.4 IDENTIFICAÇÃO DA IDADE .......................................................................................... 11
3.1.5 DETERMINAÇÃO DA ESTATURA .................................................................................. 12
3.1.6 IDENTIFICAÇÃO PELOS DENTES: .................................................................................. 13
3.1.7 IDENTIFICAÇÃO PELO DNA ......................................................................................... 13
3.1.8 PALATOSCOPIA .......................................................................................................... 14
3.1.9 QUEILOSCOPIA ........................................................................................................... 14
3.1.10 IDENTIFICAÇÃO POR SUPERPOSIÇÃO DE IMAGENS ..................................................... 14
3.1.11 SINAIS QUE AUXILIAM NA IDENTIFICAÇÃO ................................................................. 16
3.2 IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA ............................................................................................ 166
3.2.1 ASSINALAMENTO SUCINTO ...................................................................................... 177
3.2.2 FOTOGRAFIA SIMPLES .............................................................................................. 177
3.2.3 FOTOGRAFIA SINALÉPTICA ....................................................................................... 188
3.2.4 RETRATO FALADO .................................................................................................... 188
3.2.5 SISTEMA DATILOSCÓPICO DE VUCETICH ................................................................... 188
4 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 266
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ATUALIZADO EM 11/04/20171
ANTROPOLOGIA FORENSE
Caros alunos e alunas Ciclos, elaborei este material me baseando principalmente em questões
voltadas para os cargos da área jurídica. Percebi que o nível das questões direcionadas aos médicos-
legistas e peritos são bem diferentes das apresentadas para Delegados e Promotores. O material está
bastante completo e supre perfeitamente o estudo para cargos jurídicos.
1 CONCEITO DE ANTROPOLOGIA
Atenção para não confundir identificação com “reconhecimento”, método previsto no CPP.
Reconhecimento é o método que a polícia utiliza na fase inquisitiva (fase de Inquérito). Blanco lembra
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As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
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que o método reconhecimento é falho, pois é subjetivo, pessoal, e depende de vários fatores como
memória, visão e emoção de quem vai reconhecer.
O método da identificação é objetivo, técnico e científico, sendo mais preciso. Por isso, o
perito não deve reconhecer, mas sim identificar (O exame no DNA, o exame na arcada dentária, não
são processos de reconhecimento, mas sim de identificação);
#PARAFIXAR – Reconhecimento é uma afirmação de um parente ou conhecido. Não é um método
seguro, científico. É diferente de identificação, que é um procedimento técnico, cientifico para
determinar a identidade
#CAIUEMPROVA
–Na prova para a PC-RO, em 2012, foi considerada CORRETA a seguinte alternativa: Os fundamentos
técnico-biológicos utilizados em um método de identificação capazes de conferir-lhe credibilidade são
unicidade, imutabilidade, praticabilidade e classificabilidade.
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-Para o concurso de Perito Federal, em 2013 , considerou-se INCORRETO: A imutabilidade, uma das
condições para que um método de identificação seja considerado aceitável, consiste em que
determinado elemento utilizado para identificação seja específico a um indivíduo e diferente dos
demais.
Esse conceito é de unicidade.
Sendo o elemento identificador de uma pessoa registrado e arquivado, futuramente ele será
novamente colhido e registrado, se houver necessidade de identificação. Em seguida, os dois registros
serão comparados. Logo, o processo de identificação possui 3 fases:
1ª - Registro do elemento característico
2ª - Registro do mesmo elemento no momento em que se quer identificar
3ª - Comparação dos dois registros
Se não houver registro prévio do elemento característico, ou, se esse elemento não puder ser
obtido a partir de algum material da própria pessoa ou de familiares (como o DNA), para servir de 1º
registro, não servirá para identificação por não haver possibilidade de comparação!! Todo método de
identificação é comparativo.
Através do estudo dos ossos e do sangue, possibilita diferenciar restos humanos de restos de
outras espécies. Obviamente, antes de qualquer outro procedimento, a principal preocupação é a
identificação da espécie.
Quanto aos ossos, pode ser feita de duas formas:
Macroscopicamente - pela morfologia dos ossos ou dos dentes. Importante destacar a
clavícula, pois sua forma em “S” não se repete em nenhuma outra espécie animal.
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Microscopicamente - pela mensuração dos canais de Havers e dos osteoplastos. Os
canais de Havers são mais largos e em menor número nos humanos e mais estreitos,
redondos e numerosos os outros animais.
Quanto ao sangue, se for da espécie humana, ao ser submetido aos testes, indicarão o tipo
sanguíneo.
São várias as dificuldades para estimar a cor da pele pelo esqueleto. Isso porque, além dos
tipos fundamentais, há uma enorme miscigenação. Desta forma, tal identificação possui valor relativo.
Os tipos étnicos fundamentais são: caucasianos, mongólicos, indianos, negroides e
Humano Animal
FORMA Oval Circular
LARGURA Mais largo Mais estreito
DENSIDADE Menos denso Mais denso
SOM À PERCUSSÃO Som abafado Som metálico
Importante não se assustar com tanta informação. Ao se verificar como é cobrado o assunto
para os cargos da área jurídica, percebe-se que não há muito aprofundamento nos detalhes. Para
promotor de justiça nunca foi cobrado antropologia. Para Delegado, há apenas cinco questões,
havendo dificuldade apenas na do RJ, que veremos adiante. Cumpre observar que a maioria das
questões cobram a identificação datiloscópica, que estudaremos. Segue um exemplo de questão de
Delegado onde cobrou-se identificação de raça.
#CAIUEMPROVA – Delegado de GO – 2013 - Em Antropologia Forense, os ângulos faciais (Jacquart,
Cloquet e Curvier) são determinantes para: A) Altura B) Idade C) Sexo D) Raça.
Gabarito: Letra D
É a bacia (pelve) que fornece os caracteres diferenciais mais importantes. A bacia feminina
tem constituição mais frágil que a do homem e maiores os diâmetros transversais; a grande e a
pequena bacia, mais largas, o sacro mais baixo e côncavo somente na sua metade inferior, o ângulo
sacrovertebral mais fechado (107º), o forame obturador maior e triangular e o ângulo subpubiano
amplo, com cerca de 110º. A inclinação da sínfise vertical é menos pronunciada na mulher. As
dimensões verticais da bacia masculina sobrepujam as correspondentes da bacia feminina. A partir da
puberdade, o ângulo formado pela diáfise femoral e o plano dos côndilos é de 80º para o homem e de
76º para a mulher, conforme Sterwart e Washington.
O crânio e o tórax propiciam elementos de presunção. O crânio feminino tem a fronte mais
vertical, a articulação frontonasal curva, saliências ósseas e as apófises mastoides e estiloides menos
desenvolvidas que o crânio masculino. Modo geral, aceita-se a capacidade do crânio feminino
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correspondendo a nove décimos da capacidade do masculino. O tórax na mulher tende à forma
ovoide, mais achatado no sentido anteroposterior, e no homem, à forma conoide. Na mulher, a
capacidade torácica é menor e as apófises transversas das vértebras dorsais mostram-se mais dirigidas
para trás.
HOMEM MULHER
Bacia (PELVE) mais estreita e mais funda Bacia mais larga e menos funda
Crânio mais espesso Crânio menos espeço
Tórax é cônico Tórax é ovoide
Dimensões musculares maiores Dimensões e as inserções musculares menos
pronunciadas
Sacro mais alto O sacro é mais baixo
Malares mais salientes São mais delicados. Extremidades articulares são
de menores
#CAIUEMPROVA:
- Na PC-PIAUI, em 2012, foi considerado CORRETO: A melhor estrutura óssea para se fazer o
diagnóstico diferencial do sexo, quando se analisa uma ossada, é a bacia.
-Para a prova da PC-ES, em 2013, considerou-se CORRETO: Para a investigação do sexo no esqueleto,
as partes que mais fornecem subsídios de valor são a pélvis e crânio.
Para a prova de Delegado do RJ, especificamente, o nível das questões de medicina legal se
assemelha ao das de médico legista, como é possível verificar na questão acima. Para facilitar o
entendimento da questão, colocarei uma tabela diferenciando crânio masculino e feminino:
HOMEM MULHER
Fronte mais inclinada para trás Fronte mais vertical
Glabela salientes Glabela não saliente
Articulação frontonasal angulosa Articulação frontonasal curva
Rebordos supra-orbitários rombos Rebordos supra-orbitários cortantes
Apófises mastóides proeminentes Apófises mastóides menos desenvolvidas
Crânio mais pesado Crânio mais leve
Mandíbula mais robusta Mandíbula menos robusta
Cristas de inserções musculares mais Cristas de inserções musculares menos
acentuadas pronunciadas
Côndilos occipitais longos e delgados Côndilos occipitais curtos e largos
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No cadáver, as medidas são tomadas em decúbito dorsal, por dois planos verticais que
passam pelo vértice e pela planta dos pés. Deve-se deduzir 16mm da medida total, correspondente ao
achatamento natural dos discos intervertebrais sobre as cartilagens intra-articulares, e, no esqueleto
em posição normal, deve-se aumentar, nessa medida total, 6cm correspondentes às partes moles
destruídas.
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Para fragmentos de ossos, a estimativa de estatura tradicionalmente baseia-se na
antropometria através da medição de ossos longos (fêmur, tíbia, fíbula, úmero, ulna e rádio) e na
análise posterior dos dados encontrados, comparando-os com tabelas originadas de estudos
específicos.
É possível também estimar a estatura através dos dentes, usando-se a técnica de Carrea.
#CAIUEMPROVA – Para Delegado de Polícia de RO, em 2009, foi considerada CORRETA a seguinte
afirmação: Identidade médico-legal é o conjunto de características apresentadas por um indivíduo que
o torna único. Julgue os itens com base na identificação médico-legal. Medidas de dimensões de ossos
longos e comparações com tabelas podem dar ideia da estatura de indivíduos quando vivos.
Importante principalmente nos carbonizados e esqueletizados. É possível desde que haja uma
ficha dentária prévia, que permita comparação. Ademais, os dentes também podem fornecer material
para a análise do DNA.
O DNA é uma molécula orgânica que contém a informação que coordena o desenvolvimento e
o funcionamento de todos os organismos vivos, sendo o responsável pela transmissão de
características hereditárias de cada espécie. Muito utilizado nas perícias de investigação do vínculo
genético para corpos desconhecidos, paternidade e análise de vestígios em locais de crime. Tem um
grande grau de unicidade, pois é praticamente impossível duas pessoas com DNA igual. Ademais, sua
probabilidade de acerto é de 99,99%. A probabilidade de existirem duas pessoas com o mesmo DNA é
de um em trilhões.
A variabilidade do DNA, que permite identificar o indivíduo se houver material para confronto,
está presente nas células de todos os tecidos. Já foi perguntado na prova da PC-SP, em 2014: está
presente em todas as células do corpo.
Como qualquer método de identificação, é necessário que haja registro prévio de DNA do
indivíduo que se quer identificar, para que haja a comparação. Uma vantagem do DNA em relação a
outros métodos é que, na ausência de material do próprio indivíduo, a análise de material dos
familiares pode suprir.
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3.1.8 PALATOSCOPIA
Identificação pelo estudo das pregas palatinas (céu da boca), desde que haja molde prévio,
como em qualquer outro método de identificação. Não havendo elementos dentários, é outra boa
opção.
3.1.9 QUEILOSCOPIA
Apesar de não ser um método seguro, pode ser usado quando falhar os métodos mais
significativos. Consiste na superposição de fotos do indivíduo tiradas em vida sobre a foto do esqueleto
do crânio. Destaca-se a altura de implantação das orelhas.
#CAIUEMPROVA – Delegado RJ – 2012 - A identificação de uma pessoa se define como um conjunto de
características que individualiza a pessoa, tornando-a diferente das demais. Sob esta óptica, o exame
de DNA, embora moderno e com alto grau de confiabilidade, não é suficiente para a determinação da
identidade, pois via de regra, essas análises são realizadas utilizando-se como material de comparação
amostras de familiares, sendo assim um método capaz de gerar o grau de parentesco e, não a
identidade propriamente dita, ou seja, pode determinar se um indivíduo é filho de alguém, mas não
qual dos filhos. Outras técnicas, científicas, ao contrário do exame de DNA, podem, isoladamente,
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conferir a identidade a um cadáver, considerando a preexistência de parâmetros de comparação. Entre
essas técnicas, estão: Gabarito: foi considerada correta a alternativa que dizia: impressão
dactiloscópica, arcada dentária e sobreposição de imagens. Apesar de terem recorrido bastante desta
questão, a Funcab não anulou e apresentou a seguinte justificativa: Obviamente não existe uma única
técnica científica de identificação que possa atender a todo e qualquer caso em que morte é
verificada. As técnicas que são usualmente utilizadas, como a impressão dactiloscópica e o exame de
arcada dentária, são válidas para a imensa maioria dos casos como meio de produção de prova de
identificação. Os sinais particulares, tais como tatuagens, cicatrizes, amputações e estigmas
profissionais não seguem aos princípios básicos de identificação que são: a unicidade, imutabilidade e
praticidade. Não é possível, do ponto de vista científico, conferir identidade a um indivíduo
unicamente por ele possuir determinada marca ou tatuagem. Os sinais particulares, embora incapazes
de, por si só, identificar o indivíduo, geralmente tem relevância como critério de exclusão no processo
de investigação médico-legal. Segundo Greco, o reconhecimento “Consiste em fazer-se a identificação
por meio de comparação empírica, sem utilizar nenhuma técnica de base científica.” Desta forma,
configura uma técnica subjetiva que não apresenta possibilidade de comprovação analítica por
diferentes pessoas em diferentes lugares. A sobreposição de imagens fotográficas e radiológicas
associada aos fundamentos de prosopometria é uma técnica científica aceita internacionalmente há
muitos anos, tendo servido inclusive para a identificação de nazistas foragidos. Esta técnica está sendo
cada vez mais utilizada devido ao acesso aos avanços no campo da computação gráfica. Como citado
no enunciado da questão, a existência de registros radiológicos prévios da pessoa, permite a sua
identificação através da sobreposição de radiografias. As mais utilizadas nesta situação são as
radiografias do crânio, dos ossos longos, dos dentes e da face, em particular dos seios paranasais.
Referências: 1. BLANCO, R. S. Apostila de Medicina Legal. Rio de Janeiro, 2000; ps. 368-369. 2. FRANÇA,
G. V. Medicina Legal. 6ª Ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Cap. 3, ps. 49-53. 3. GRECO, R.
Medicina Legal a Luz do Direito Penal e do Direito Processual Penal. 10 Ed. Rio de Janeiro, 2011; Cap. 2,
p. 40. 4. HERCULES, H.C. Medicina Legal – Texto e Atlas. 1ª Ed., São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 4, ps.
31- 35.
É realizada um anotação da estatura, da raça, da idade, da cor dos olhos e do cabelo. Utilizado
É uma fotografia de frente e de perfil, com redução fixa de 1/7. Foi preconizado por Bertillon e
utilizada na forma de superposição de imagens, comparando-se detalhes mínimos. Assim como a
fotografia simples, é prova de valor relativo, devido aos inconvenientes que estudamos anteriormente.
Obtido por meio de pormenores relatados pelas testemunhas, com utilização de fichas e
programas de computadores, contendo vários modelos de partes importantes da fisionomia. É feita
uma descrição dos caracteres antropológicos, morfológicos e cromáticos da face, em assinalamento
sucinto de frente e perfil direito da fronte, nariz e orelha, supercílios, cabelos, barba, bigode, rugas,
tatuagens, cicatrizes, nevos, verrugas, pálpebras, órbitas, olhos e sua cor, tudo codificado em
expressões convencionais: pequeno, médio e grande. Feito isso, é possível o perito traçar o retrato
falado.
Atenção aluno Ciclos, pois este é o método de identificação que mais cai em prova.
Primeiramente, é preciso sanar uma questão que causa confusão para alguns candidatos. Não
podemos confundir Papiloscopia com Datiloscopia.
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Papiloscopia é a ciência que estuda as papilas, que são saliências, de natureza neurovascular,
situadas na parte superficial da derme, estando os seus ápices reproduzidos pelos relevos observáveis
na epiderme. A Papiloscopia é gênero, dividida em quatro partes:
Quiroscopia: processo de identificação por meio das impressões palmares
Podoscopia: processo de identificação por meio das impressões plantares;
Poroscopia: processo de identificação por meio dos poros das papilas dérmicas;
Datiloscopia: processo de identificação humana por meio das impressões digitais.
Gabarito: Letra A
Agora que diferenciamos, vamos dedicar nossos estudos à datiloscopia. A datiloscopia estuda
as impressões digitais, que são vestígios e marcas deixadas pelas polpas dos dedos graças à substância
gordurosa secretada pelas glândulas sebáceas em quase todos os locais de crime e em objetos os mais
variados, como a superfície lisa de vidros, espelhos, copos, móveis, louças e faianças, armas, facas,
frutas, folhas de plantas, luvas.
A datiloscopia apresenta algumas vantagens:
Unicidade: não há duas impressões digitais iguais.
Imutabilidade: Queimaduras de 1.º e 2.º graus, aplicação de acetona, formol e
corrosivos, atritos da pele determinados por profissões, limagem dos dedos não
destroem as cristas papilares, bastando 48 horas de repouso para que as impressões
reapareçam, sem que tenham sofrido qualquer alteração.
Perenidade: O desenho digital se forma no sexto mês de vida intrauterina e se
mantém inalterado durante toda a vida, inclusive após a morte, até que venha a
putrefação. É possível até a identificação de um cadáver já em estado adiantado de
putrefação, desde que se consiga recolher a impressão de um ou mais dedos, ou
fragmentos de impressão
Classificabilidade: cria uma sequência alfanumérica, que possibilita a busca em
arquivos com milhões de fichas.
Baixo custo: com apenas uma ficha de papel e tinta é possível obter impressões
papilares.
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#CUIDADO - Outra diferenciação importante a ser feita é entre desenho digital e impressão digital.
Olhando-se diretamente a polpa dos dedos, vê-se o desenho digital. Entretanto, o sistema de Vucetich,
que veremos a seguir, diz respeito ao desenho impresso, isto é, a impressão digital, que é reverso do
desenho digital.
Desenho digital
Impressão digital
Arco: ausência de delta. Representado pela letra A nos polegares e pelo número 1 nos
demais.
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#CUIDADO - Não esquecer que o sistema de Vucetich considera a impressão digital. Se o delta estiver à
direita do desenho digital, na impressão digital ele estará à esquerda!! Logo, será um caso de presilha
externa!!! Se a prova der o desenho digital você tem que inverter para conseguir a impressão
digital!!!! Ou seja, se o delta era na direita, passa a ser na esquerda.
Importante o aluno estar ciente também das anomalias e suas formas de representação:
Importante saber também o que é a Sindrome de Nagali. Trata-se de uma doença em que
não há impressões digitais. Não há cura. A pessoa não tem impressões digitais e tem dificuldade em
segurar objetos.
Sobre esse assunto foi visto tudo que costuma ser cobrado para cargos jurídicos. Bons
estudos.
4 BIBLIOGRAFIA