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Citações que podem ser usadas na contextualização dos meus trabalhos

 “Os salários urbanos eram mais baixos: em 1900 uma lavadeira recebia por volta de
mil-réis diários e os subalternos da Diretoria Geral de Saúde Pública, aproximadamente
75 mil-réis mensais (Silva, 1988, p. 132-3). A situação dos marinheiros era
extremamente crítica: em 1910 uma primeira classe (a mais alta hierarquia da
categoria), como todas as gratificações, recebia aproximadamente 15 mil-réis mensais
(Relatório do Ministério da Marinha, 1909, p.177). Por outro lado, tomando-se, para o
custo de determinados gêneros alimentícios, o ano de 1889 como índice 100, verifica-
se que em 1912 o preço do arroz nacional era 200, do importado 400, do bacalhau 200,
do feijão nacional 163, do importado 161, da carne-seca 300, do açúcar 200, da banha
importada 200 e da farinha de trigo 170 (apud Luz, 1961, p. 137), ou seja, pode-se supor
que no período houve uma elevação média de 221% de aumento no custo de vida, isto
sem contar, por exemplo, que nas maiores cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, a
crise habitacional era crônica e os aluguéis exorbitantes”. O Brasil Republicano –
Economia Cafeeira, Urbanização e Industrialismo, de José Miguel Arias Neto, p. 215;
 “É fundamental destacar que a história não é um movimento linear e progressivo de
transformações. Na vida humana há sempre o elemento da imprevisibilidade e da
surpresa, que torna difícil, senão impossível, afirmar que tal evento determinou outro
acontecimento. Essa imprevisibilidade faz com que a história seja sempre
indeterminável, múltipla, plural e dialética, com suas mudanças e transformações, mas
também com suas permanências. Evidentemente, ao se narrar determinado
acontecimento, é preciso levar em conta que há uma memória do vencedor (um
indivíduo, uma família, um partido, uma classe social), que se reproduz a partir de uma
narrativa triunfante, normalmente construída por ele próprio, acerca de seus atos. Essa
versão muitas vezes é aceita como verdade até que uma revisão historiográfica da
questão demonstre que as coisas não se passaram exatamente como contadas”. O Brasil
Republicano – Economia Cafeeira, Urbanização e Industrialismo, de José Miguel Arias
Neto, p. 224;
 “Em instigante estudo sobre os inícios da República, José Murilo de Carvalho discorda
da afirmação de Aristides Lobo (ministro do interior do governo provisório de 1889) de
que o povo assistira ao 15 de novembro bestializado. No lugar do bestializado emerge
– na linguagem sedutora, quase sedutora do cientista político – a imagem charmosa do
bilontra, espertão, o velhaco, o gozador, o tribofeiro, imagem que se refez
posteriormente sob o conceito de ‘malandragem’. (...) Contraposto ao tipo ideal de
‘burguês’ individualista e associativo, o bilontra é o cidadão que não foi. Está fora da
política, assim como suas associações religiosas e de auxílio mútuo, as festas, o samba,
o carnaval e o futebol”. ”. O Brasil Republicano – Economia Cafeeira, Urbanização e
Industrialismo, de José Miguel Arias Neto, p. 225-6;
 “A resposta encontra pelas classes trabalhadoras durante a Primeira República a um
sistema levava a exclusão social e política está em parte no mundo associativo criado.
O associativismo nesse período das classes trabalhadoras em geral, e da classe operária
em particular, se expressa através de uma rede extremamente diversificada e rica de
associações. Sociedades recreativas, carnavalescas, dançantes, esportivas, conviviam
lado a lado com sociedades mutualistas, culturais e educativas e, também, com
sociedades profissionais, classistas e políticas. Em que medida toda e qualquer
sociedade composta por trabalhadores, independentemente de seus objetivos, expressa
identidade de classe ainda é objeto de controvérsias. Há aqueles que associam a
identidade operária a formas de ação coletivas e associações que reivindiquem seu
caráter de classe (Batalha, 1991-1992), ao passo que outros vêem em toda sociedade
composta por trabalhadores, inclusive clubes de futebol, uma forma de identidade
classista (Pereira, 2000, p.255-280)”. O Brasil Republicano – Formação da Classe
Operária e projetos de Identidade Coletiva, de Cláudio H. M. Batalha, p. 180;

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