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KÁTIA BRASIL

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O novo chefe do CMA (Comando Militar da Amazônia), general Luis Carlos


Gomes Mattos, disse que "é motivo de preocupação" o acordo entre EUA e
Colômbia para o aumento da presença militar americana em uma área
estratégica de segurança na Amazônia, próxima da fronteira do Brasil.
O Exército brasileiro tem 26.300 homens na região. "Qualquer coisa que
aconteça próxima às nossas fronteiras é motivo de preocupação, e a
recíproca é verdadeira", disse.
"Qualquer coisa que nós fazemos próxima das nossas fronteiras causa uma
certa preocupação naquele país fronteiriço, mesmo que tenhamos excelente
relacionamento."
Segundo o acordo militar entre os EUA e a Colômbia, 1 das 3 bases aéreas
que os aviões americanos poderão usar ficará na região colombiana de
Apiay, a cerca de 50 km (em linha reta) da divisa com a chamada Cabeça de
Cachorro, no noroeste do Amazonas. O governo brasileiro respeita o acordo,
mas quer garantias de que a atuação militar americana se restrinja ao
território colombiano.
Luis Carlos Gomes Mattos, 62, assumiu o comando do CMA em abril, no lugar
do general Augusto Heleno. Foi chefe do Departamento de Ciência e
Tecnologia e vice-chefe do Estado-Maior do Exército.
Ele disse que há nas unidades militares na fronteira brasileira dispositivos
que podem impedir um eventual transbordamento do conflito na Colômbia,
caso a "soberania" brasileira seja afetada. "O que significaria afetar a nossa
soberania? Adentrar o nosso território, ações no nosso território. Aí nós
teríamos outra providência", afirmou o general.
"Enquanto isso não acontecer, nós estamos vigilantes na fronteira. E esse é o
motivo de estarmos aqui. E esse é o motivo pelo qual a estratégia nacional
de defesa prevê a vinda de mais tropas para a Amazônia."
Sobre a justificativa da Colômbia para o acordo com os EUA -combater o
narcotráfico e a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia)-, o general Mattos disse que nos últimos anos houve vitórias
significativas do Exército colombiano. Ele atribui as vitórias ao apoio da
tecnologia americana.
"Se esse grupo está encurralado hoje, ele pode crescer. O tipo de combate
que esse grupo trava com as tropas do governo é um combate irregular,
então isso pode evoluir rapidamente, a não ser que ela seja completamente
eliminada, e ela não está completamente eliminada. Acredito que [esse
aspecto justificaria a presença dos EUA] sim", afirmou o general.

Encontro nos EUA


O Departamento de Estado americano anunciou ontem que a secretária
Hillary Clinton receberá hoje o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, para
discutir a questão das bases. Os dois países chegaram a um acordo na sexta,
mas ele ainda passará por revisão técnica antes da assinatura.

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