Sie sind auf Seite 1von 18

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA EXATAS E TECNOLÓGICAS


ENGENHARIA ELÉTRICA
CET1230 - ACIONAMENTOS ELÉTRICOS

Dimensionamento de motor e sistema de transmissão

Aluno: André Silva Santos – 201120185


Professor: Matheus Garcia Soares

ILHÉUS – BAHIA
2018
INTRODUÇÃO

Na engenharia é comum a aplicação de motores, e em muitos casos


comparar as exigências da carga com as características do motor. Muitas aplicações
podem ser acionadas por mais de um tipo de motor e normalmente a seleção de um
motor exclui outro.

A seleção do motor, com respeito ao rendimento, conjugado, isolação, grau


de proteção mecânica dentre outros, deve ser feita após uma análise cuidadosa,
considerando-se custo inicial, capacidade da rede fator de potência, conjugados
[4]
requeridos, exposição da máquina a ambientes agressivos .

Obter a eficiência energética significa utilizar processos e equipamentos que


sejam mais eficientes, reduzindo o desperdício no consumo de energia elétrica,
tanto na produção de bens como na prestação de serviços, sem que isso prejudique
a sua qualidade.

A utilização correta dos motores elétricos aumenta a eficiência do sistema e


acaba por reduzir custos com manutenção, troca de equipamentos bem como o
consumo de energia elétrica.

No presente trabalho busca-se elucidar as etapas desenvolvidas para a


seleção de motores, tipos de acoplamentos devido as cargas a serem acionadas.

Estima-se que aproximadamente 40% dos motores operam abaixo de 50% da


sua capacidade nominal e por isso o projeto e a seleção destes equipamentos deve
ser muito criteriosa e assertiva, levando-se em conta todos os dados relacionados à
carga acionada (aplicação) e a instalação [2].

Os motores elétricos são responsáveis por mais de 68% do consumo de


[2]
energia elétrica na indústria segundo o balanço energético nacional de 2015 .
DESENVOLVIMENTO

Para a correta seleção do motor a mesma deve satisfazer as exigências


requeridas pela aplicação especifica. O motor deve, basicamente, ser capaz de:

 Funcionar com os valores de rendimento e fator de potência dentro da faixa


ótima para qual foi projetado.
 Acelerar a carga rapidamente para que o aquecimento não venha danificar as
características físicas dos materiais isolantes em seu interior;
 Funcionar no regime especificado sem que o ambiente possa vir a provocar a
destruição do mesmo;

Inicialmente deve-se atentar para o tipo de motor a ser utilizado, dependendo das
características da aplicação obtidas por um estudo prévio, pode-se basear na figura
7 em anexo, disponibilizada pela WEG©, para a seleção do motor.

O motor deve ser selecionado respeitando as características da carga a ser


acionada, a força exercida pelo motor para acionamento da mesma é chamada de
conjugado.

O motor de indução tem conjugado igual a zero na velocidade síncrona. À


medida que a carga aumenta, a rotação do motor vai caindo gradativamente, até um
ponto em que o conjugado atinge o valor máximo que o motor é capaz de
desenvolver em rotação normal. Se o conjugado da carga aumentar mais, a rotação
do motor cai bruscamente, podendo chegar a travar o rotor. Representando num
gráfico a variação do conjugado com a velocidade para um motor normal, vamos
obter uma curva com aspecto representado na figura 1[4].

: Conjugado nominal ou de plena carga - é o conjugado desenvolvido pelo motor à


potência nominal, sob tensão e frequência nominais.

: Conjugado mínimo - é o menor conjugado desenvolvido pelo motor ao acelerar


desde a velocidade zero até a velocidade correspondente ao conjugado máximo. Na
prática, este valor não deve ser muito baixo, isto é, a curva não deve apresentar
uma depressão acentuada na aceleração, para que a partida não seja muito
demorada, sobreaquecendo o motor, especialmente nos casos de alta inércia ou
partida com tensão reduzida.
: Conjugado com rotor bloqueado ou conjugado de partida ou conjugado de
arranque - é o conjugado mínimo desenvolvido pelo motor bloqueado, para todas as
posições angulares do rotor, sob tensão e frequência nominais.

: Conjugado máximo - é o maior conjugado desenvolvido pelo motor, sob


tensão e frequência nominal, sem queda brusca de velocidade. Na prática, o
conjugado máximo deve ser o mais alto possível, por duas razões principais: 1) O
motor deve ser capaz de vencer, sem grandes dificuldades, eventuais picos de
carga como pode acontecer em certas aplicações, como em britadores, calandras,
misturadores e outras. 2) O motor não deve arriar, isto é, perder bruscamente a
velocidade, quando ocorrem queda

Figura 1 - Curva conjugado x rotação

Conforme as suas características de conjugado em relação à velocidade e


corrente de partida, os motores de indução trifásicos com rotor de gaiola são
classificados em categorias, cada uma adequada a um tipo de carga. Estas
categorias são definidas em norma (ABNT NBR 17094 e IEC 60034-1), e são as
seguintes: Categoria N Conjugado de partida normal, corrente de partida normal;
baixo escorregamento. Constituem a maioria dos motores encontrados no mercado
e prestam-se ao acionamento de cargas normais, como bombas, máquinas
operatrizes, ventiladores. Categoria H Conjugado de partida alto, corrente de partida
normal; baixo escorregamento. Usados para cargas que exigem maior conjugado na
partida, como peneiras, transportadores carregadores, cargas de alta inércia,
britadores, etc. Categoria D Conjugado de partida alto, corrente de partida normal;
alto escorregamento (+ de 5%). Usados em prensas excêntricas e máquinas
semelhantes, onde a carga apresenta picos periódicos. Usados também em
elevadores e cargas que necessitam de conjugados de partida muito altos e corrente
de partida limitada.

As curvas conjugado x velocidade das diferentes categorias podem ser vistas


na figura 2.

Figura 2 - Curvas Conjugado x Velocidade, das diferentes categorias

ESPECIFICAÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS

Para o acionamento de uma carga, é de suma importância conhecer o


conjugado requerido pela carga e a rotação que esta carga deve ter em condições
nominais, e conhecer também o tipo de acoplamento para o correto
dimensionamento.

A potência do motor é dada por:

Onde:

= Potência nominal do motor em Watt;

= Rendimento do acoplamento;

= Rotação da carga em rps;

= Conjugado nominal do motor em Nm.

O rendimento do acoplamento é dado por:

= Potência transmitida a carga em Watt;

= Potência nominal do motor em Watt.

Na tabela 1 temos o rendimento de alguns tipos de acoplamento mais utilizados.

Tabela 1 - Rendimento de acoplamentos

Tipo de acoplamento Faixa de rendimento (%)


Direto 100
Polia com correia plana 95 – 98
Polia com correia em V 97 – 99
Engrenagem 96 – 99
Acoplamento hidráulico 100
O conjugado da carga média é dado por:

Onde:

= Conjugado da carga média

= Conjugado inicial

= Conjugado nominal

O conjugado resistente médio da carga referido ao eixo do motor é dado por:

O conjugado motor médio é dado por:

Onde:

= Conjugado de partida

= Conjugado máximo

O tempo de aceleração é dado por:

Onde:

= Momento de inércia do motor

= Momento de inercia da carga referida ao eixo do motor


O tempo de aceleração tem que ser menor que 80% do tempo de rotor bloqueado.

EXEMPLO: [8]

Determine quais motores devem ser acoplados a um ventilador que possui as


características apresentadas a seguir e na figura 3:

V = 440V

f = 60Hz

Partida Direta

Atmosfera industrial

= 1780rpm

= 20kgm

Acoplamento direto

Curva conjugado x rotação (figura 3) Figura 3 - Curva conjugado x rotação

Conjugado nominal para a condição (A) = 320Nm

Conjugado nominal para a condição (B) = 270Nm

SOLUÇÃO:

Condição (A)

Número de polos:

, Logo teremos um motor de 4 pólos

Potência nominal
Como a potência comercial imediatamente superior é de 75kW, foi escolhido o motor
de 75kW.

Conjugado resistente médio

Da figura 3 tem-se:

Conjugado motor médio

Considerando o motor de 4 pólos de 100cv, da figura 8 temos os dados a seguir:

Tempo de aceleração:

Da figura 8 temos

= 20kgm² pois o acoplamento é direto.

Daí

Logo o motor especificado cumpre os requisitos, tornando-se aplicável a condição


(A)
Condição (B)

Número de polos:

, Logo teremos um motor de 4 polos

Potencia nominal

Como a potencia comercial imediatamente superior é de 55kW, escolhe-se o motor


de 55kW.

Conjugado resistente médio

Da figura 3 tem-se:

Conjugado motor médio

Considerando o motor de 4 pólos de 100cv, da figura 8 temos os dados a seguir:

Tempo de aceleração:

Da figura 8 temos

= 20kgm² pois o acoplamento é direto.


Daí

Logo o motor especificado cumpre os requisitos, tornando-se aplicável a


condição (B).

Tabela 2 - Motores dimensionados para o exemplo 1

Especificação do motor Especificação do motor


condição (A) condição (B)
Motor trifásico de indução Motor trifásico de indução
Rotor de gaiola Rotor de gaiola
Potencia: 75kW/100cv Potencia: 55kW/75cv
4 pólos 4 pólos
Tensão: 440V Tensão: 440V
Frequência: 60Hz Frequência: 60Hz
Carcaça: 250 S\M Carcaça: 250 S\M
Grau de proteção: IP55 Grau de proteção: IP55

Transmissão por conectores flexíveis

Os conectores flexíveis (correias) são elementos de máquinas destinados a


transmitir movimento e potência, quando a distância entre os eixos condutor e
conduzido for muito grande, de forma que a transmissão por contato direto se torne
impossível ou antieconômica. As correias são os conectores flexíveis de maior
utilização na indústria. Servem para transmitir potência entre eixos através do
abraçamento de duas ou mais polias [5].

As correias são usadas para transmitir a força motriz com elevado rendimento
com grande variedade de reduções, dispensando o uso de lubrificantes. A correia
em V consiste de uma estrutura de fio, base e lona, com características de grande
resistência e flexibilidade destinadas a transmitir potência [6].

A força é transmitida da polia para a correia e da correia para a polia por meio
de aderência entre as superfícies. Nas correias em V temos o efeito de cunha e a
força radial é transmitida através das faces da correia [3].

Figura 4 – Duas polias acopladas por uma correia


A velocidade linear v de uma correia é a mesma para todos os pontos
periféricos, pois não há escorregamento. Assim da figura 4 temos:

Onde é o raio da polia motora, é o diâmetro da polia motora, sua


velocidade angular em rad/s e é a sua velocidade angular em rpm.
Analogamente, para a polia movida, temos:

Onde é o raio da polia motora, é o diâmetro da polia motora, sua


velocidade angular em rad/s e é a sua velocidade angular em rpm. Comparando
as equações acima, obtemos a relação diâmetro versus velocidade angular em rpm:

Desta relação, podemos afirmar que a rotação de uma polia e o seu diâmetro
são grandezas inversamente proporcionais.
Por definição, o torque (M) é igual ao produto da força tangencial pelo raio da
polia, isto é:

Considere um motor de potência de P dada em cv o qual possui uma rotação


n dada em rpm. Se acoplarmos uma polia de raio r1, sua rotação = n. Além disso,
podemos deduzir uma expressão para a força tangencial na extremidade da polia
acoplada ao motor. De fato,

Sendo a rotação do motor em rpm, o raio da polia motora em m,


potência em cv e a força em newtons (N). Admitindo que não há deslizamento da
correia entre as polias motora e movida, então a força tangencial é a mesma ao
longo da correia [7].

Transmissão por engrenagens

As engrenagens são parte fundamental de qualquer sistema mecânico.


Caixas de redução e outros sistemas de transmissão de movimento fazem uso das
engrenagens na maior parte dos casos. Encontramos engrenagens numa infinidade
de sistemas que devem transmitir movimento. Elas podem ser usadas tanto para
alterar o tipo de um movimento (aumentando a força ou a velocidade) como também
o próprio plano e sentido em que ele é realizado [1].
Observe pela figura 5 que, enquanto uma das partes do batedor gira num
sentido, a outra parte gira no sentido oposto quando elas estão conectadas uma na
outra diretamente e giram no mesmo sentido quando conectados por uma correia da
mesma forma que no sistema de polias.

Figura 5 - Sistema de engrenagens

Com o uso das engrenagens é possível mudar também o plano de giro, como
pode ser visto na figura 6.

Figura 6 - Sistema de engrenagens

A transmissão de potencia se dá pela lei de conservação de energia, onde um


dos elementos executa trabalho sobre o outro, em uma determinada taxa.
Aparentemente, toda potencia é transmitida, mas a realidade mostra que parte dela
é perdida pelo deslizamento entre os dentes. O que se deseja nem sempre é a
[1]
redução ou aumento de velocidade e sim a transmissão do torque .

A relação de transmissão torque velocidade das engrenagens é análoga à


relação das polias.
CONCLUSÃO

Muitas vezes, a aplicação de motores está inadequada, é comum encontrar


motores sobredimensionados, operando com baixa porcentagem de carga, ou ainda,
motores subdimensionados, operando com cargas acima do especificado,
implicando em baixa eficiência e redução de vida útil, foi de suma importância para
nossa formação o desenvolvimento deste trabalho, pois nos dá base para o correto
dimensionamento de motores elétricos levando em consideração os fatores
determinísticos para o sistema a ser montado.
REFERENCIAS

[1] Braga, Newton C. Polias e engrenagens. Disponível em:


<http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/110-mecatronica/robotica/12092-polias-
e-engrenagens-mec189> Acesso em: 11 de janeiro de 2018

[2] ANEEL. ANEEL estimula troca de motores elétricos para promover


eficiência energética. Disponível em: <
http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2015/11/aneel-estimula-troca-de-motores-
eletricos-para-promover-eficiencia-energetica Acesso em: 14 de janeiro de 2018

[3] ELETROBRÁS. Acoplamento motor carga. Disponível em: <https://static-cms-


si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Acoplamento.pdf> Acesso em: 10 de
janeiro de 2018

[4] FRANCHI, Claiton Moro. Acionamentos elétricos. 2. ed. São Paulo: Érica, 2007.

[5] LINO, Paulo Sérgio Costa. Correias e Transmissão de Potência. Disponível


em:<https://blogdaengenharia.com/wp-content/uploads/2013/05/PoliaseCorreias.pdf
> Acesso em: 9 de janeiro de 2018

[6] MECANICA BLOG. Correias e polias. Disponível em: <http://mecanica-


blog.blogspot.com.br/2010/05/correias-e-polias.html> Acesso em: 10 de janeiro de
2018

[7] SARDÁ, Alexandre Augusto. Elementos mecânicos flexíveis. Disponível em:


<http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM129/Prof.%20Pescador/elementos%20flexivei
s.pdf > Acesso em: 11 de janeiro de 2018

[8] WEG INDÚSTRIAS S.A. Centro De Treinamento de Clientes – Módulo 1:


Comando e Proteção. Disponível em: <https://www.scribd.com/document/3396690
98/Modulo-1-Comando-e-Protecao-pdf> Acesso em: 11 de janeiro de 2018
ANEXOS

Anexo 1

Figura 7 – Seleção de motor por tipo de carga


Anexo 2

Figura 8 – Características típicas dos motores

Das könnte Ihnen auch gefallen