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N.° 107 — 10-5-1991 publicado no Didrio do Governo, 1.* série, n.° 20, de 24 de Janeiro de 1974 ‘As autoridades competentes designadas por Portu gal vém indicadas em aviso publicado no Didrio do Go- verno, 1.* série, n.° 10, de 13 de Janeiro de 1975. Secretaria-Geral do Ministério, 10 de Abril de 1991. — O Chefe do Servico Juridico e de Tratados, Ant6nio Salgado Manso Preto Mendes Cruz, MINISTERIO DA EDUCAGAO Decreto-Lei n.° 172/91 de 10 de Maio ‘A gestdio democratica dos estabelecimentos dos ensi: ros basico € secundario constitul uma referéncia impor- tamte na evolucdo da escola portuguesa. Os principios de participacdo e de democraticidade que a inspiram alteraram profundamente as relagdes no interior da escola, favoreceram a sua abertura & mudanca ¢ des: pertaram nos professores novas atitudes de responsa- bilidade. A Lei de Bases do Sistema Educativo, em acordo com 0 artigo 77.° da Constituigio da Reptiblica Por- uguesa, reitera 0 valor desses principios e refere expl citamente a sua extensdo a todos os intervenientes implicados no processo educativo. Em consequéncia, a propria lei prevé a alteragtio dos modelos de gestao vigentes, de modo a satisfazerem as exigéncias agora definidas. Paralelamente, a reforma do sistema educa- tivo pressupde uma inseredo da escola na estrutura da administragdo educacional que obriga & transferéncia de poderes de decisio para 0 plano local. O Decreto- -Lei n.° 43/89, de 3 de Fevereiro, j se integra no con. junto das medidas da reforma educativa, garantindo particular relevancia a escola como entidade decisiva nos planos cultural, pedagégico, administrativo e finan- ceiro e conferindo-Ihe nessas vertentes vasta autonomia, Finalmente, a experiéncia acumulada durante estes, 15 anos de gestdo democratica recomenda algumas alte- rages no modelo vigente, de modo a conciliar o intra sigente requisito de democraticidade com as necessarias exigéncias de estabilidade, eficiéncia e responsabilidade. Resta estabelecer 0 ordenamento juridico dos éredos de direcgdo, administragao € gestao dos estabelecimen- tos de educacao pré-escolar e dos ensinos basico ¢ secundario, conforme determina o artigo $9.° da Lei de Bases do Sistema Educativo. presente diploma define um modelo de direc¢ao @ gestdo que, nas suas linhas conceptuais, € comum a todos os estabelecimentos de educagdo e de ensino, mas ‘que se concretiza em modalidades especificas, Introduz © conceito de area escolar para os esbelecimentos de educacao pré-escolar ¢ do 1.° ciclo do ensino basic, com a dupia acepedo pedagdgica ¢ administrativa, per mitindo agregar lugares de monodocéncia destes hiveis educativos ¢ respondendo jé a estrutura da nova rede escolar prevista, diploma concretiza os principios de representati- vidade, democraticidade e integragao comunitaria. Efe tivamente, no conselho de area escolar e de escola, atra- vés do processo de eleigdo, encontram-se representados os intervenientes na comunidade escolar, competindo a este redo colegial as fungdes de direccao. JA REPUBLICA — I SERIE- 2521 A estabilidade ¢ a eficiéncia da administragdo e ges- 140 so garantidas por um drgdo unipessoal, o dire: tor executivo, designado através de concurso pelo con- selho de area escolar ou de escola, perante quem é responsével. Os dreaos de direcgdo, administracdo © gestdo so ainda apoiados por drgaos consultivos € por servicos especializados de natureza técnico-pedagégica e admi- nistrativa. ‘O modelo agora instituido pretende assegurar_& escola as condi¢des que possibilitam a sua integragao tno meio em que se insere. Exige 0 apoio e a participa- 10 alargada da comunidade na vida da escola. Esta- belece claramente os varios niveis de responsabilizacéo, quer perante o conselho de area escolar ou de escola, quer perante a administragao educativa. Garante, simul- taneamente, a prossecugao de objectivos educativos nacionais e afirmagao da diversidade através do exer- cicio da autonomia local ¢ a formulacdo de projectos educativos préprios. Confere estabilidade aos drgdos de gesto no quadro de um cuidado equilibrio de poderes que assegura a maxima democraticidade do sistema a sua inequivoca representatividade local. Situa a escola numa nova dimenséo de liberdade e de responsabili- dade, essencial 4 realizagdo da reforma educativa. Foram ouvidos 0s érgios de governo préprio das Regides Auténomas dos Acores ¢ da Madeira, 0 Con- selho Nacional de Educacdo ¢ 0 Conselho Consultivo da Juventude. Assim: No desenvolvimento do regime juridico estabelecido pelo artigo 45.° ¢ pela alinea d) do n.° 1 do artigo 59.° da Lei n.° 46/86, de 14 de Outubro, ¢ nos termos da alinea c) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigao, 0 Governo decreta o seguinte: CAPITULO 1 Disposigdes gerais Artigo 1.° Odjecto 1 —O presente diploma define o regime de direc- do, administracao e gestéo dos estabelecimentos de educagao pré-escolar ¢ dos ensinos basico ¢ secundirio. 2—A estrutura de gestdo dos estabelecimentos de ensino em que, nos termos da lei, se leccionem, con- juntamente, o 1.° ¢ 2.° ciclos ou 05 1.°, 2.° e 3.° ciclos, do ensino basico seré definida em decreto regulamentar, Artigo 2.° Ambito O presente diploma aplica-se aos estabelecimentos de educacdo ¢ de ensino publicos. Artigo 3.° Detinigdo de coneeitos 1 — Para os efeitos do presente diploma, entende- se por: a) Escola — estabelecimento de ensino do 2.° 3.° ciclos do ensino hasico ou do ensino secun- rio. ou estabelecimento de educagio pr -escolar ou do 1.° ciclo do ensino basico nao integrado numa area escolar; Area escolar — grupo de estabelecimentos de educado pré-escolar e ou do 1.° ciclo do ensino basico, agregados por areas geograticas, que dispdem ‘de dredos de direcgao, adminis tracdo © gestéo comuns; ©) Administragdo educativa — servigos e organis- ‘mos centrais ¢ regionais do Ministério da Edu- cacao. 4 2 — Salvo disposigdo em contriio, 0 estabelecido no presente diploma para a escola e seus drgdos aplica se, com as devidas adaptagdes, a area escolar € res- pectivos drados Artigo 4.° Direcsio, administragdo « gestio — Os estabelecimentos de educagao pré-escolar € do 1.° ciclo do ensino basico organizam-se em areas escolares, com érgdos préprios de direcgao, adminis- tragdo e gestao. 2 — No 2.° ¢ 3.® ciclos do ensino basico ¢ no ensino secundario a direccao, administracao € gestao sao asse- guradas por drgaos proprios de cada estabelecimento de ensino, Artigo 5.° Orgios ¢ servigos 1 — Os érgaos de direccao, administrag&o e gestio dos estabelecimentos de ensino e das areas escolares so os seguintes: 4) Consetho de escola ou conselho de area escolar; b) Director executivo; ©) Conselho pedagdgico: @) Conselho administrativo; e) Coordenador de micleo, nos estabelecimentos agregados em areas escolares. — 05 estabelecimentos de educagao pré-escolar e do 1,° ciclo do ensino basico so agrupados em areas escolares, a definir por portaria do Ministro da Edu- cacao, tendo em conta critérios de gestdo pedagdgica, nomeadamente © niimero de alunos, 0 nimero de luga- res docentes ¢ a dispersdo geografica dos nticleos nelas, integrados. 3 — Cada estabelecimento de educagao pré-escolar ou do 1." ciclo do ensino bisico agregado em area escolar constitui um miicleo, ainda que coexistam num mesmo edificio, ao abrigo’ do disposto no n.° 1 do artigo 40.° da Lei n.° 46/86, de 14 de Outubro, Antigo 6.° Estabelecimentos aio agrupados — Os estabelecimentos de educagdo pré-escolar € do 1.* ciclo do ensino basico que, pela sua dimensio, justifiquem a existéncia de érgios préprios de direc: ‘sao, administracdo e gestdo podem nao ser integrados em areas escolares, sendo designados por escolas. 2— A aplicagdo do disposto no niimero anterior depende de despacho do Ministro da Educagao, exa- _DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 107 — 10-5-1991 rado sobre proposta fundamentada da direcgao regio- nal de educacdo competente 3 — Nas escolas referidas no presente artigo 0 con- selho de area escolar toma a designacao de conselho de escola. 4 — Salvo disposigdo em contrario, © para efeitos deste artigo, 0 disposto no presente diploma para as areas escolares e seus drgdos aplica-se, com as devidas adaptagdes, as escolas referidas no n.® 1 ¢ respectivos orgaos. CAPITULO I Orgios de direcsio Artigo 7.2 Consshos de escola de dren escolar Os conselhos de escola e de area escolar so os Orgios de direccao, respectivamente, da escola e da area escolar, ¢ de participagdo dos diferentes sectores da ‘comunidade, responsdveis, perante a administragdo edu- cativa, pela orientagao das actividades da escola ou area escolar, com vista ao desenvolvimento global e equili- brado do aluno, no respeito pelos principios constitu- cionais ¢ pelos principios consagrados na Lei de Bases do Sistema Educativo. Artigo 8.° Competéncias 1 — Compete, genericamente, ao conselho de escola: 4) Eleger 0 respectivo presidente de entre os repre- sentantes dos docentes que o integram; b) Eleger o director executivo, destitui-lo ou reno- var 0 seu mandato; ©) Aprovar o regulamento interno da escola; @) Aprovar 0 projecto educativo da escola; e) Aprovar os planos plurianual ¢ anual de acti- vidades da escola; A) Aprovar 0 projecto de orgamento anual da escola; 8) Apreciar os relatérios trimestrais de situacdo; h) Aprovar o relatério anual de actividades; )) Aprovar o telatério das contas de geréncia; J) Definir 0s prinefpios que orientam as relagdes da escola com a comunidade, com Ses € organismos com respnsabil matéria educativa e com outras escolas, nacio- nais ou estrangeiras; 1) Definir os critérios de participagaio da escola em actividades culturais, desportivas e recreativas, bem como em acgdes de outra natureza, a que possa prestar colaboracdo; m) Estabelecer os critérios de realizacdo de activi- dades de apoio aos valores culturais locai ‘n) Actuar, no Ambito das suas atribuigdes, como redo de resolugdo de conflitos entre ‘outros Srgaos da escola; 9) Aprovar as normas ¢ critérios de acrdo social escolar, dentro dos limites fixados pela lei; p) Determinar a aplicagdo de penas de suspensao de nove dias a um ano a alunos, na sequénci de processo disciplinar; @) Apreciar e decidir os recursos interpostos das decisdes do director executivo previstas na ali- nea b) do n.° 3 do artigo 17. ° 107 — 10-5-1991 1) Exercer as demais competéncias fixadas na lei ou no regulamento interno da escola. 2 — As deliberagdes referidas nas alineas a) a f) do niimero anterior so tomadas por maioria absoluta dos membros do conselho em efectividade de fungdes, sem prejuizo do disposto no n.° 1 do artigo 22.° 3 — O conselho de area escolar deve prever a adap- tagdo dos documentos referidos nas alineas c), d) ¢ e) do n.° 1 as necessidades de cada niicleo, garantindo a sua individualidade. Antigo 9.° Composicio 1 — 0 conselho de escola dos estabelecimentos onde se ministra o ensino secundario € composto por: @) Nove representantes dos docentes, sendo um docente da educagao recorrente, quando exist +b) Trés representantes dos alunos do ensino secui dario, designados pela associagao de estudan- tes OU, caso esta no exista, cleitos para o efeito; ¢) Um representante do pessoal nao docente; d) Dois representantes da associagdo de pais ¢ encarregados de educacdo ou, caso esta nao exista, dois representantes dos pais e encarre- gados' de educacdo elcitos para o efeitos e) Um representante da cdmara municipal; A) Um representante dos interesses sécio-econd- micos da regido; g) Um representante dos interesses culturaiy da regiao. 2—O conselho de area escolar e 0 consetho de escola dos estabelecimentos de ensino onde nao é minis- trado 0 ensino secundario € composto por: 4) Sete representantes dos docentes, sendo um da educagdo recorrente, quando exista; b) Um representante do pessoal nao docente; ¢) Trés representantes da associagao de pais ¢ encarregados de educac&o ou, caso esta ndo exista, trés representantes dos pais e encarreg: dos de educacao eleitos para o efeito; @ Um representante da camara municipal; e) Um representante dos interesses. sécio-econd. micos da regiao; A) Um representante dos interesses culturais da regido. 3 — No conselho de area escolar das areas em que se encontram agregados estabelecimentos de educacao pré-escolar ¢ do 1.° ciclo do ensino basico a represen- tago dos educadores de infancia e a representagdo dos professores do 1.° ciclo so proporcionais ao respec- tivo nuimero, mas nunca inferiores a um, 4 —O director executivo € 0 presidente do conse- Tho pedagégico participam nas reunides do conselhio de escola, sem direito a voto Artigo 10° Alleragio da composicto do conselho de escola 1 — Nao sendo designados os representantes dos interesses s6cio-econémicos e dos interesses culturais da regido, no prazo de 15 dias apés a designagao dos res- DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 2523 tantes membros do conselho de escola, deve ser comu- nicada a direcgdo regional de educagéo competente a omissao verificada, a fim de serem promovidas as dili- géncias adequadas. 2 — Na impossibilidade manifesta de ser assegurada a representagdo dos interesses sécio-econdmicos ¢ dos interesses culturais da regido ou enquanto ndo forem designados estes representantes, € de cinco o nimero de representantes do corpo docente no conselho de area escolar ¢ no conselho de escola dos estabelecimentos de ensino dos 2.° ¢ 3.° ciclos do ensino basico e de sete no conselho de escola dos estabelecimentos de ensino secundario. 3 — Se apenas um dos representantes dos interesses referides no numero anterior nao for designado, o niimero de docentes nos conselhos de area escolar ¢ de escola dos 2." € 3.” ciclos do ensino basico € de seis € de oito no conselho de escola do ensino secundario. Antigo 11." Mandato dos membros do consetho de escola 1 — Sem prejuizo do disposto nos niimeros seguin- tes, 0 mandato dos membros do conselho de escola tem a duragao de quatro anos. 2 — O exercicio do cargo de presidente do conselho de escola tem a duragdo de um ano. 3 — O mandato dos representantes dos alunos, pais e encarregadios de educagdo tem a duracao de um ano, 4 — A mudanga de escola dos representados do pes- soal docente, do’ pessoal ndo docente ou dos alunos, bem como a alteragdo na representacdo da autarquia local e da associagao de pais, determina a cessagao do mandato dos respectivos representantes ¢ a correspon- dente substitul Artigo 12.° Respomal fade dox membros do consetho de escola Os membros do conselho de escola respondem civil- mente perante a administragdo educativa nos termos gerais de direito, sem prejuizo do disposto no n.” 5 do artigo 15.° do presente diploma Antigo 13.° Cessacin dos mandatos dow membros do consetho de escola 1 — 0 mandato dos membros do conselho de escola pode ser dado por findo pelo director regional de edu- cacao da respectiva area, na sequeéncia de procedimento disciplinar, com fundamento em aplicagao de pena de multa ou superior, no caso dos funcionarios ou agen- tes, ou pena de suspensao superior a oito dias, no caso dos alunos. 2 — A falta de comparéncia injustiticada a trés reu- ides seguidas ou cinco interpoladas do conselho de escola origina a perda do mandato. 3 — O mandato dos membros do conselho de escola pode ser dado por findo apés comunicagdo fundamen- tada ao presidente do mesmo drgio com a antecedén: cia minima de 30 dias ou, no caso do presidente, apos comunicagao fundamentada ao conselho de escola com a amecedéncia minima de 43 dias. 4 — O mandato dos membros do conselho de escola pode ainda cessar nos termos do disposto non." 4 do artigo 11° 2524 Antigo 14.° Exetcicio de fungdes apos 2 cessapio do mandate 1 — Os membros do conselho de escola assegurario © exercicio de fungdes até a tomada de posse dos novos titulares, designadamente nos casos previstos nos n.° 3 © 4 do artigo 13.° 2 — Nos casos previstos nos n.°* 1 e 2 do artigo 13.° do presente diploma, os membros do conselho de escola cessam imediatamente fungdes. Artigo 15.° Funclonamento 10 conselho de escola retine, ordinariamente, duas vezes por periodo escolar e, extraordinariamente, sempre que seja convocado pelo respectivo presidente, por sua iniciativa, por solicitacdo da maioria dos res- pectivos membros ou a requerimento do director exe- cutive. 2—O conselho de escola apenas pode deliberar quando estiverem presentes mais de metade dos seus membros em efectividade de fungdes. 3 — Sem prejuizo dos casos em que a lei ou regi- mento exijam maioria qualificada, as deliberagdes so tomadas por maioria simples de votos. 4 — Das reunides do conselho de escola sdo lavra- das actas, sendo admitidas declaragdes de voto devi damente fundamentadas. 5 — Os membros do conselho de escola so solida- riamente responsaveis pelas deliberagdes tomadas, excepto se fizerem consignar em acta a sua discordan- cia ou nao tiverem estado presentes. CAPITULO IIL Orgaos de administracio e gestio SECGAO I Director executive Antigo 16.° Administragio gestio 1 —0 director executivo € 0 érgao de administra- so ¢ gestéo do estabelecimento de ensino nas areas cul- tural, pedagégica, administrativa e financeira, respon- svel perante a administragao educativa pela compatibilizacdo das politicas educativas definidas a nivel nacional, com as orientagdes do conselho de escola, tendo em vista niveis de qualidade de ensino que satisfacam as aspiragdes da comunidade escolar 2 — O director executivo € coadjuvado no exercicio das suas fungdes por adjuntos, em niimero a fixar no despacho previsto no n.° 2 do artigo 49.%, de acordo com 0 numero de alunos, 0 niimero de lugares docen- tes e 0 regime de funcionamento da escola. 3 —0 director executivo designa o adjunto, que o substitui nas suas auséncias ¢ impedimentos. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 107 — 10-5-1991 Artigo 17.° Competéncias 1 — Das proposas elaboradas pelo conselho pedagé- gico nos termos previstos no artigo 32.° do presente diploma compete ao director executivo submeter a aprovacao do conselho de escola: a) O regulamento interno da escola; +) O projecto educativo da escola; ©) Os planos plurianual e anual de actividades da escola — Compete ainda ao director executivo: a) Executar e fazer executar as deliberagdes do conselho de escola; +) Submeter & aprovacdo do conselho de escola 0 projecto de orgamento anual; Propor 4 aprecia¢ao do conselho de escola rela- torios trimestrais de situacdo da actividade desenvolvida; d) Submeter & aprovacao do conselho de escola 0 relatério anual de actividades; €) Submeter & aprovacao do conselho de escola 0 relatério das contas de geréncia; A) Incentivar no plano executive a participagao dos diferentes sectores da comunidade escolar, no respeito pelo regulamento interno, pelo pro- jecto educativo e pelo plano anual de activida- des da escola, disponibilizando os meios neces- sarios a uma eficaz prossecugdo das atribuigoes da escola nos planos em que se desenvolve a respectiva autonomia; Promover ¢ dinamizar iniciativas de cardcter cultural, desportivo, recreativo e outras, de acordo com os critérios estabelecidos pelo con- selho de escola; A) Promover a articulagéo dos regulamentos de funcionamento das estruturas e Orgdos de coor- denagdo ¢ orientagdo educativas previstos no presente diploma; 1) No plano executivo, superintender nas activi- dades da escola, de acordo com a legislagao vigente € as orientagdes do conselho de escola; J) Promover e dinamizar vias alternativas de orga- nizagao escolar, mediante critérios dinamicos flexiveis na distribuigdo dos recursos; }) Garantir a instrumentalidade dos meios admi- nistrativos e financeiros face a objectivos edu- cativos © pedagégicos; ‘m) Operacionalizar a informacdo, de modo que esta se encontre sempre disponibilizada ¢ ao ser- vigo da comunidade; n) Elaborar ¢ submeter & aprovago do conselho de escola as normas e critérios da aceao social escolar, nos termos da alinea 0) do'n.° 1 do artigo 8.°; 0) Exercer as demais competéncias fixadas na lei ou no regulamento interno da escola, 2 3 — Em matéria disciplinar relativa a alunos com- Pete ao director executivo: 4) Determinar a aplicagdo de sangdes ndo suspen- sivas ou exclusivas; 4) Determinar, sob proposta do conselho de turma, a aplicacdo de penas de suspensao até ito dias, ndo podendo aplicar pena superior & proposta. N.° 107 — 10-5-1991 Artigo 18.9 Designacio do director executive 1 —0 director executivo é, obrigatoriamente, um docente profissionalizado, pertencente a nivel de ensino ministrado na escola a que concorre, com, pelo menos, cinco anos de bom e efectivo servigo, devendo possuir formagdo especializada em gestdo pedagégica ¢ admi- nistragdo escolar, nos termos a definir por portaria do Ministro da Educagao. 2—O director executivo é seleccionado mediante concurso, promovido pelo presidente do conselho da escola. 3 — O concurso referido no nimero anterior obedece a processo proprio ¢ regulamentacdo especifica, sendo aberto por aviso a publicar na 2.* série do Didrio da Repiiblica e publicitado através de érgdos de comuni- cago social de expansio nacional ¢ local e na escola onde 0 lugar é posto a concurso. 4 — Com vista a permitir a escolha do director exe- cutivo, 0 conselho de escola designa de entre os seus ‘membros uma comissao que elabora proposta de seria- go dos candidatos que, verificados os requisitos exi- Bidos, retinam as necessarias condigdes de adequagao a0 exercicio das fungoes. 5 — Na impossibilidade de seleccionar o director exe- cutivo nos termos referidos nos niimeros anteriores, cabe ao director regional de edueacdo proceder 4 res- pectiva designagao. Antigo 19.° Adjuntos Os adjuntos so nomeados pelo conselho de escola, de preferéncia de entre os docentes da escola, mediante proposta do director executivo Artigo 20.° Mandato do director executive dos adjuntos 1 — © mandato do director executivo tem a dura- do de quatro anos, com dispensa total do exercicio de fungdes lectivas, passivel de renovagao por mais um mandato, sem concurso. 2—O director regional de educagdo competente pode autorizar o exercicio de fungdes lectivas pelo director executivo, a requerimento do. proprio. 3 — Na situagdo prevista no n.° 5 do artigo 18.° 0 mandato do director executivo tem a duragao de um 4— A duragdo do mandato dos adjuntos coincide com a duragio do mandato do director executive. Artigo 21.° Responsabilidade do director executive 1 —O director executivo, no cumprimento do res- pectivo mandato, é responsavel perante 0 conselho de escola, devendo pautar a sua actuacao por principios de zelo, eficiéncia ¢ eficacia. 2 — 0 director executivo, no exercicio das suas com- mente responsavel perante a raclo educativa pela gestdo pedagdgica, admi- nistrativa, financeira e patrimonial da escola. DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-A 2525 Artigo 22." Cesacio do mandato do director exccutivo € dos adjuntos 1—O mandato do director executivo pode cessar quando assim for deliberado, no final do ano lectivo, por mais de dois tergos dos membros do conselho de escola, com fundamento em manifesta desadequagao da respectiva administracdo ¢ gesto, baseada em fac- tos provados ¢ informagées devidamente fundamenta- das, oriundas dos intervenientes no processo educativo, 2'— O mandato do director executivo pode cessar em qualquer momento por incumprimento dos respectivos deveres, gerais ou especiais, nos termos do Estatuto Disciplinar dos Funciondrios e Agentes da Administra- a0 Central, Regional ¢ Local 3 — O mandato do director executivo pode ser dado por findo pelo consetho de escola, a solicitagao do inte- ressado, por motivos devidamente justificados, em requerimento apresentado com a antecedéncia minima de 45 dias ‘4 — Os adjuntos sao livremente € a todo o tempo exonerados pelo director executivo, mediante comuni- cago fundamentada ao conselho de escola. Artigo 23.° Exercicio de fungies apés # cessagio do mandato 1 —0 director executivo e os respectivos adjuntos assegurardo 0 exercicio das suas fungdes até & tomada de posse dos novos titulares, designadamente nos casos previstos no n.° 3 do artigo anterior. 2— Nos casos previstos nos in. 1 ¢ 2 doar tigo 22.°, 0 director executivo € designado pelo direc- tor regional de educagdo competente pelo periodo necessario a escolha de novo titular pelo conselho de escola. Artigo 24.° Delegagdo de competéncias As competéncias atribuidas nos termos legais a0 director executivo podem ser por este delegadas nos res- pectivos adjuntos de acordo com o disposto na porta- ria prevista na alinea d) do n.° 1 do artigo 49.° SECCAO II Conselho administrative Artigo 25.° Consetno administeativo © conselho administrativo ¢ 0 drgao deliberativo em matéria de gestdo administrativa e financeira da escola, nos termos das disposigbes legais em vigor. Artigo 26.° ‘Competénciay Compete, genericamente, ao conselho administrative autorizar a'realizacdo e pagamento das despesas, nos termos legalmente previstos, ¢ acompanhar ¢ verificar a legalidade da gestdo administrativo-financeira da escola. 2526 Artigo 27.9 ‘Composicio © conselho administrative ¢ composto pelo director executive, que presidiré, e por: a) Um dos adjuntos, para o efeito designado; b) Chefe dos servicos de administragao escolar. Artigo 28.° Fonclonamento 1—O conselho administrativo reine, ordinaria- ‘mente, uma vez por més e, extraordinariamente, sem- Dre que seja convocado pelo respectivo presidente, por sua iniciativa ou por solicitago de qualquer dos seus membros. 2 —O conselho administrativo apenas pode delibe- rar quando estiver presente a maioria dos seus mem- bros em efectividade de funcdes. 3 — As deliberacdes sio tomadas por maioria de votos, dispondo o presidente de voto de qualidade. 4— Das reunides do conselho administrativo so lavradas actas. 5—Os membros do conselho administrativo sa0 solidariamente responséveis pelas deliberagdes tomadas, excepto se fizerem consignar em acta a sua discordan- cia ou se ndo tiverem estado presentes. SECGAO HII Coordenador de nicleo Artigo 29.° Coordenador de niicleo 1 — Na area escolar a coordenagao da actividade de cada niicleo € assegurada por um coordenador, eleito pelo respectivo pessoal docente. 2—O mandato do coordenador de micleo tem a duragdo de quatro anos. Artigo 30.° Competéncias Compete, genericamente, a0 voordenador de nicleo: 4@) Planificar, programar e coordenar as activida- des educativas do micleo; ») Cumprir ¢ fazer cumprir as orientagdes do director executivo e exercer as competéncias por este delegadas; Promover o debate entre os docentes do nticleo dos assuntos de natureza pedagdgica e disci- plinar; .d) Promover a colaboragdo dos interesses locais e dos pais e encarregados de educagao para a rea- lizagdo de actividades educativas; €) Recolher ¢ veicular as informagdes necessérias respeitantes aos alunos e suas familias; J) Promover a divulgacdo ¢ troca de informagio sobre os assuntos de interesse para o micleo. _DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.* 107 — 10-5-1991 CAPITULO IV Orgio ¢ estruturas de orienta SECGAO 1 Consaho podagogico Artigo 31.° 6 10 de orientagio educativa © conselho pedagdgico € 0 drgio de coordenagao ¢ orientago educativa, prestando apoio aos drgdos de direccdo, administracao e gestéo da escola, nos domi- nios pedagégico-diddctico, de coordenacdo da activi- dade ¢ animago educativas, de orientagao e acompa- nhamento de alunos ¢ de formagao inicial e continua do pessoal docente € ndo docente. Artigo 32.° Competéncias Compete, genericamente, ao conselho pedagégic 4) Eleger 0 presidente de entre os docentes que 0 integram; ) Elaborar e propor o regulamento interno da escola; ©) Elaborar € propor o projecto educative da escola; 4) Elaborar propor os planos plurianual e anual de actividades da escola; e) Emitir parecer sobre 0 projecto de orgamento anual da escola; J) Elaborar submeter a aprovacao do conselho de escola 0 plano de formacdo e actualizagao do pessoal docente € néo docente, bem como, acompanhar a respectiva concretizagdo; Elaborar proposta ¢ emitir parecer nos domi- nios da gestao de curriculos, programas e acti- vidades de complemento curricular; ‘hy Elaborar proposta ¢ emitir parecer nos domi- nios da orientagao, acompanhamento e avalia- ‘40 dos alunos, bem como da gestdo de apoios educativos; i) Emitir parecer, por sua iniciativa ou quando solicitado sobre qualquer matéria de natureza pedagégica; Exercer as demais competéncias fixadas na lei 0u no regulamento interno da escola. 8 d Artigo 33.° Composigio 1 — Nas areas escolares 0 conselho pedagégico € composto pelos seguintes membros: a) Representantes dos docentes; 4) Director executivi ©) Dois representantes da associacao de pais ou encarregados de educagdo ou, caso esta ndo exista, dois representantes dos pais ¢ encarre- gados de educagao, eleitos para o efeito: ) Coordenadores de niicleo. N.2 107 ~ 10- 2 —O niimero de representantes dos docentes refe: ridos na alinea a) do numero anterior, num maximo de trés ou cinco, consoante o niimero de docentes em fungdes na area escolar seja inferior ou superior a 50, é fixado pelo conselho da area escolar, sob proposta do director executivo. 3 — Por solicitacdo do director executivo, a equipa de educagio especial e os servigos de psicologia e orien tagdo participardo, sem direito a voto, nas reunides cuja matéria o justifique. 4 — Nos estabelecimentos do 2.° ¢ 3.° ciclos do ensino Basico ¢ do ensino secundario o conselho peda- gdgico € composto pelos seguintes membros: a) Director executivo; }) Chefes dos departamentos curriculares; ©) Coordenadores de ano dos directores de turma; ) Chefe do departamento de formacao; e) Dois representantes da associagdo de pais encarregados de educagdo ou, caso esta nao exista, dois representantes dos pais ¢ encarse- gados da educagao, eleitos para o efeito; A) Tres representantes dos alunos do 3.° ciclo, designados pela associagao de estudantes ou, caso esta nao exista, eleitos para o efeito, nos estabelecimentos em que se ministre 0 2.° 3." ciclos do ensino basico; Dois representantes dos alunos do ensino secun- dario e um representante dos alunos do 3.° ciclo do ensino basico, designados pela associagdo de estudantes ou, caso esta nao exista, eleitos para o efeito, nos estabelecimen- tos em que se ministre 0 3." ciclo do ensino 0 € 0 ensino secundario; representantes dos alunos do ensino secun- dario, designados pela associacao de estudan tes ou, caso esta ndo exista, eleitos para o efeito, nos estabelecimentos onde se ministre exclusivamente esse nivel de ensino; vel pelos servigos de psicologia e orien: 2 5 — Na designagdo dos representantes dos alunos referidos no miimero anterior devem ser tomados em consideragao 0s trabalhadores-estudantes, sempre que no estabelecimento se leccionem cursos nocturnos. Artigo 34.° 40 du composigio 1 — Por iniciativa do seu presidente ou de um tergo, dos seus membros, a composi¢ao do conselho pedago- gico pode ser alargada a outros membros do corpo docente da escola, em fungdo de interesses de natureza pedagégica, mediante deliberagao da maioria simples dos membros do conselho em etectividade de funcoes. 2—Os membros designados a que se refere o numero anterior nao podem exceder 10% dos docen- tes com assento no conselho pedagdgico nos termos do artigo 33.° Artigo 35." Funcionamento 1 — 0 consetho pedagdgico reine, ordinariamente, duas vezes por periodo escolar e, extraordinariamente, sempre que seja convocado pelo respectivo presidente, DIARIO DA REPUBLICA 1 SERIE-A por sua iniciativa ou por solicitagéo da maioria dos res- pectivos membros. 2 — O conselho pedagogico reine com a presenga de mais de metade dos seus membros em efectividade de fungées. Sem prejuizo dos casos em que o regimento exija maioria qualificada, as decisdes do conselho peda- g6gico so tomadas por maioria simples de votos, dis pondo o presidente de voto de qualidade. 4 — Das reunides do conselho pedagogico sio lavra- das actas, sendo admitidas declaracdes de voto devi- damente fundamentadas, seecAo I Estruturas. de orientagdo educativa Artigo 36.° Hstraturas de orientagio educativa 1 — As estruturas de orientagio educativa que cola- boram com o conselho pedagdgico no exercicio da res- pectiva competéncia 40 as seguintes: 4) Departamento curricular; ) Chefe de departamento curricular; ©) Conselho de turma; @ Coordenador de ano dos directores de turma; ©) Director de turma; A) Director de instalagdes; 12) Servigos de psicologia e orientayao; 4h) Departamento de formacao. 2 —As estruturas previstas nas alineas g) ¢ /) do niimero anterior so objecto de regulamentagdo por portaria do Ministro da Educagao. Artigo 37.° Departamento cursicular 1 — Ao departamento curricular pertencem todos os professores que leccionem a mesma disciplina ou area disciplinar ow fagam parte do mesmo grupo de docéncia, 2— Por despacho do Ministro da Educagao sao definidas as disciplinas ou grupos de docéncia que podem compor cada departamento curricular. Artigo 38.° Chote de departamento curricular 1 — 0 chefe de departamento curricular é eleito de entre os professores que pertencem ao departamento, 2. — Em termos a definir pelo regulamento interno da escola, é criado em cada departamento um conse- Iho de delegados de disciplina. Antigo 39." Consetho de twee 1 — conselho de turma € constituido pelo diree- tor de turma, pelos professores de turma, por dois representantes dos alunos, no 3.° ciclo do ensino basico 2528 € no ensino secundério, sendo um deles designado pela associagdo de estudantes e 0 outro eleito pelos alunos da turma, e por dois representantes dos pais e encar- regados de educacdo, a designar pela associagio de pais, sendo um deles representante dos pais ¢ encarre- Bados de educagdo da turma € 0 outro da direcgao da associagao de pais. 2 — Caso nao exista na escola associagdo de estu- dantes ou de pais e encarregados de educagdo, os repre- sentantes referidos no mimero anterior serao eleitos de entre, respectivamente, os alunos ou os pais ¢ encarre- gados de educagdo da turma. 3. — Nas reunides do conselho de turma para ava- liagéo periédica dos alunos é vedada a presenga dos representantes dos alunos e dos pais ¢ encarregados de educacao. Artigo 40.° Coordenadores de direetores de turma © coordenador de ano dos directores de turma é eleito de entre os directores de turma de um mesmo Artigo 41.° Director de arma © director de turma ¢ escolhido pelo director exe- cutivo de entre os professores da turma. Artigo 42.° Directores de in ages Os directores de instalagdes sao escolhidos pelo direc- tor executivo, CAPITULO V isposicdes comuns Antigo 43.° Regimento 1 —Os Grgdos colegiais previstos no presente diploma elaboram os seus préprios regimentos, defi nindo as respectivas regras de organizacao ¢ funciona- mento no Ambito das disposicdes legais em vigor. 2 — O regimento é elaborado ou revisto nos primei- ros 30 dias do mandato do érgio a que respeita Artigo 44.° Designacio intercalar de novos membros ‘A designacdo de novos titulares dos drgaos previs- tos no presente diploma, por efeito da cessacéo do mandato dos anteriores titulares, far-se-4 pelo prazo necessario & conclusdo do mandato, Artigo 45.° Regulamentacio do processo eletoral Os Srpaos previstos no presente diploma em cuja composigio se encontrem representantes eleitos regu- DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 107 ~ 10-5-1991 lardo 0 correspondente processo eleitoral em sede do espectivo regimento, sem prejuizo do disposto no artigo seguinte. Artigo 46.° Principios gerais A regulamentacdo do processo eleitoral respeitard obrigatoriamente os seguintes principios gerais: 4@) Corpos eleitorais distintos, constituidos, respec- tivamente, pelo pessoal docente e nao docente em servigo efectivo na escola; b) Sufrdgio directo ¢ secreto; ©) Voto presencial; @) Eleigdo segundo 0 sistema de representagdo pro- porcional, pelo método da média mais alta de Hondt; €) Convocacdo das assembleias eleitorais pelo pre- sidente do drgdo respectivo em exercicio ou por quem o substitua legalmente; A) Divulgacdo piblica da convocatéria das assem- bleias eleitorais, contemplando: 1) Normas praticas do processo eleitoral; 2) Locais de afixacdo da identificacao dos candidatos; 3) Hora e local ou locais de escrutinios; 8) Método de composicao das mesas das assem- bieias eleitorais; Periodo de votacao nao inferior a seis horas, a menos que antes tenham votado todos os elei- tores; Abertura piiblica das urnas, sendo lavrada acta, assinada pelos membros da mesa; J) Homologagao da eleigao pelo director regional de educacdo competente. A) Artigo 47.° ade 1 —0 pessoal docente ¢ ndo docente a que tenha sido aplicada pena disciplinar superior a repreensio no pode ser designado ou eleito para os drgdos e estrutu- ras previstos no presente diploma nos cinco anos seguintes ao termo do cumprimento da sancao. 2 —O disposto no numero anterior nao ¢ aplicével, a0 pessoal docente e nao docente reabilitado nos ter- mos do disposto no artigo 84.° do Estatuto Discipli- nar dos Funcionarios ¢ Agentes da Administragao Cen- tral, Regional e Local. 3 — Os alunos a quem tenha sido aplicada sangao disciplinar igual ou superior as da exclusiva competén- cia do conselho de escola ndo podem ser designados ou eleitos para os érgdos ¢ estruturas previstos no pre- sente diploma nos trés anos seguintes ao termo do cum- primento da sangao. CAPITULO VI Disposigdes finais e transitérias Artigo 48.° Acompanhamento ¢ avaliagio 1— Por portaria do Ministro da Educagdo sera criado um conselho de acompanhamento da implemen- N.° 107 ~ 10-5-1991 tagdio do novo modelo de direcedo, administracio € ges- t80 dos estabelecimentos de educagdo pré-escolar ¢ dos ensinos basico © secundario. 2 — Ao conselho referido no numero anterior com- pete ainda proceder & avaliagao do presente modelo de direccdo, administragao ¢ gest4o durante os seus trés primeiros anos de vigéncia, apresentando, semestral- mente, relatérios de avaliagao e propostas de correc- go que entenda necessiiias Antigo 49." Regulamentasio 1 — Serdo objecto de regulamentac: do Ministro da Educagdo: por portaria 2) A definigao das areas escolares; 1b) A formacao especializada do director executivo; ©) O processo de concurso para recrutamento ¢ seleccdo do director executivo; d) As competéncias especiticas dos érgaos ¢ das estruturas de orientagao educativa; €) A designagao dos representantes dos interesses sécio-econémicos e culturais da regiao nos con- selhos de escola e area escolar 2 — Serio ainda objecto de despacho do Ministro da Educagao: 4a) Fixagdo do mimero de adjuntos do director exe- cutivo; b) Regras especificas de funcionamento dos 6rg4os ¢ estruturas previstos no presente diploma. Artigo $0." Remuneragies 1 — A remuneracdo do cargo de director executivo, € dos respectivos adjuntos é fixada no decreto regula- mentar a que se refere o artigo 60.° do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infancia ¢ dos Professo- res dos Ensinos Basico e Secundario, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 139-A/90, de 28 de Abril, no quadro dos niveis remuneratérios aplicaveis aos cargos dirigen- tes da Administragao Publica. 2 — As remuneragées ou outras regalias compensa- trias pelo exercicio de fungdes dos membros dos Orgaos € estruturas previstos no presente diploma sao estabelecidas por decreto regulamentar, sem prejuizo do disposto no artigo 80." do Estatuto da Carreira de Edu- cadores de Infancia ¢ dos Professores dos Ensinos Basico e Secundario. Antigo 51° Normas transitérias 1 — Os delegados escolares e os presidentes dos con- selhos directivos ou comissdes instaladoras em exerci- cio s80_responsiveis pela adopcao das providéncias necessarias & execugdo do disposto no presente diploma, designadamente: a) Convocayao das eleigdes para os representan- tes no conselho de area escolar e no conselho de escola; DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 2529 b) Promogao da designacao pelas respectivas ins- tituigdes dos representantes no conselho de area escolar € no conselho de escola; ©) Convocacao da primeira reunigo do consetho de area escolar ¢ do conselho de escola para eleicdo do respectivo presidente; @) Disponibilizacdo dos meios necessirios com vista ao recrutamento ¢ selecgao do director executivo. 2 — Nos trés anos subsequentes a entrada em vigor do presente diploma nao € exigido 0 requisito de for. macdo especializada referido no n.° 1 do artigo 18.°, embora 0 conselho de escola possa estabelecer tal requi- sito como condigao de preferéncia 3 — Até A criacao do lugar de chefe dos servigos de administragdo escolar, nas areas escolares, 0: membro do conselho administrative previsto na alinea b) do artigo 27.° sera designado pelo director regional de edu: cagdo competente. 4 — As estruturas de orientagdo educativa previstas nas alineas a) € 6) do n.° 1 do artigo 36.° € nos arti gos 37.° € 38.° do presente diploma serio introduzi das nas escolas, progressivamente, por deliberagao do conselho de escola, sob proposta do director executivo. 5 — Até & aplicag3o do disposto no nimero ante- rior os lugares previstos na alinea b) do n.° 4 do artigo 33.° so ocupados por delegados de disciplina, nos ter- mos da lei em vigor. Artigo 52." Aplicagao 1—A aplicagdo do regime previsto no. presente diploma a toda a rede de estabelecimentos de educa- G40 pré-escolar e 0s ensinos basico e secundario efectuar-se-d, progressivamente, em regime de experién- cia pedagégica, na sequéncia da cessacao dos manda: tos dos delegados escolares, directores ¢ encarregados de direcgao dos jardins-de-infancia e escolas primaias e dos membros dos conselhos directivos das escolas pre- paratérias e secundarias, 2—Para além das condigdes estabelecidas no ntimero anterior, no primeiro ano apés a sua entrada em vigor © regime previsto no presente diploma s6 & aplicavel aos estabelecimentos onde existam legalmente constituida: a) Assoviagdo de pais e encarregados de educagi nos estabelecimentos do 2.° € 3.° ciclos do ensino basico; 1b) Associagdes de estudantes ¢ de pais ¢ encarre- gados de educacao, nos estabelecimentos do ensino secundario. 3 —Anualmente, sob proposta dos ditectores regio- nais, serdo definidos por despacho conjunto dos Minis- tros das Finangas € da Educasao as areas escolares ¢ ‘8 estabelecimentos de ensino em que, verificados os requisitos estabelecidos nos numeros anteriores, sera aplicado progressivamente © regime de experiéncia pedagégica previsio no n.° 1 do presente artigo. 4 — Nos estabelecimentos em que, por forca do dis- posto nos mimeros anteriores, ndo se aplicar o regime previsto no presente diploma mantém-se os érgios & estruturas educativas ao abrigo da legislacdo vigente & data da entrada em vigor do presente decreto-lei.. Antigo $3.° Norma revogatéria A aplicagao do regime previsto no presente diploma a toda a rede de estabelecimentos de educagdo pré- escolar ¢ dos ensinos bésico e secundario determina a revogacio de toda a legislacdo, geral ¢ especial, que disponha em. sentido contrario, designadamente dos seguintes diplomas: 4) Decreto-Lei n.® 769-A/76, de 23 de Outubro; b) Decreto-Lei n.° 191/77, de 11 de Maio; ©) Portaria n.° 674/77, de 3 de Novembro; @) Portaria n.° 677/77, de 4 de Novembro; e) Decreto-Lei n.° 214789, de 30 de Junho; | @ DIARIO DA REPUBLICA Depisico legal n.* 8814/85 ISSN 0870-9963, 3 IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, E. P. AVISO Por ordem superior ¢ para constar, comunica- se que ndo serdo aceites quaisquer originais des- % tinados ao Didrio da Republica desde que nao tra- gam aposta a competente ordem de publicagao, assinada € autenticada com selo branco. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A on N.° 107 — 10-5-1991 A) Artigo 41.° do Decreto-Lei n.° 361/89, de 18 de Outubro, na parte referente as delegagdes escolares; 8) Portaria 'n.° 1016/89, de 23 de Novembro. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 21 de Fevereiro de 1991. — Anibal Antonio Cavaco Silva — Vasco Joaquim Rocha Vieira — Lino Dias Miguel — Luis Miguel Couceiro Pizarro Beleca — Luts Francisco Valente de Oliveira — Roberto Artur da Luz Carneiro. Promulgado em 19 de Abril de 1991 Publique-se O Presidente da Reptiblica, MARIO SOARES. Referendado em 23 de Abril de 1991. O Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. PORTE f PAGO i 1 — Prego de pagina para venda avulso, $850: preco por linha de anincio, 1548. 2 — Os prazos de reclamayao de faltas do Ditirio da Repiiblica para © continente © regides auténomas cestrangeiro so, respectivamente, de 30 © 90 dias & data da sua publicacao PRECO DESTE NUMERO 165900 ra 1 Manvel de V if

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