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Esquema para a dissertação

Cap. 1 ou intro?) Discussão teórica e filosófica da modernidade, a construção do sujeito e de uma norma
sexual

Iniciar com uma fotografia: descrevê-la, perguntar-se pelo fotografado, que ele faz? Onde vive? Respostas
muito rápidas. Perguntar-se o que propicia esse fotografado se apresentar dessa forma. Que influências
atuam sobre ele?

A ordem moderna: os sujeitos e os corpos passam a ser construídos, disciplinados e regrados por saberes-
poderes-verdades e instituições universalizantes (Foucault). Também suas condutas: a modernidade cria as
normas de comportamentos e de vivências: Moral Burguesa do individualismo e necessidade de distinção
pelo corpo (Sennett, Souza e Goblot) (Dumont?). A moda [modelo] de vestuário como objeto privilegiado
para marcar posições de distinção e individualismo barreira/nível (Goblot, Lipovetsky)

Moda também é distintora de sexos (Souza, Goblot e Harvey). Sec. XVIII e XIX como época do ordenamento
do mundo por binarismos e o principal deles é masculino/feminino baseado no corpo enquanto sexo
(Laqueur e Butler), moda organiza e torna corpo/imagem nesse binarismo.

Sexualidade como questão central para uma modernidade subjetivante sciência sexualis: Confissão [moda
como confissão – linguagem que expressa uma verdade de si oculta – classe, raça, gênero, idade, e
pensamento] – dispositivo da sexualidade – Cria-se as figuras/objetos de saberes: homossexual, criança
onanista, adulto pervertido... por inversão cria-se a heterossexualidade e a figura do homem e da mulher
ideais/hegemônicos (Foucault). Mesmo discurso que cria as figuras das aberrações sexuais também cria o
homem como masculinidade: Identidade masculina – e não as vivências individuais.

Masculinidade enquanto ideal de identidade e coletividade entre homens (sujeitos do sexo masculino) é uma
configuração que apenas pode ser pensada na modernidade.

[Atestar a limitação da teoria de Connell 1) ao propor uma masculinidade hegemônica, já que essa
configuração apenas é possível num contexto ocidental e moderno; 2) Suas categorias não abrangem a
pluralidade ao serem todas relacionais a um centro de forças hegemônico; 3) Se a sociologia é retroalimentar
(Giddens) e os discursos, poderes/saberes criam sujeitos (Foucault), então suas categorias ao rotular e
classificar correm o risco de criar sujeitos].

A masculinidade vai se modelando a partir da época – o território para a criação de determinados tipo de
condutas (Connell e Kimmel) – Que tipo de homem pode ser criado em um solo específico de modernidade,
subjetividade e individualismo? Masculinidade mais racional e calculada (Connell e Kimmel); Soldado, Pai,
Homem de corpos dóceis... (Foucault e Witoslawski)

O que está em jogo? Subjetivação em macroescala – biopoder – Sexualidade como questão de estado/nação:
gestão de vida/morte (História da Sexualidade – Foucault). Evolucionismo, eugenia e melhoramento da raça
(Mezomo).

Cap. 2) Discussão histórica e subjetiva da modernidade: os anúncios e as crônicas de Curitiba.

Iniciar com a poesia/crônica de ferrãzinho (Olho da rua 1909): compra um chapéu e passa a ser bem visto
socialmente. Descrever e questionar.
Modernidade multidimensional, como deslocamento espaço/tempo – a convenção é aplicada a todos
(Giddens e Anderson); Periférica (Sarlo) [negar: Ideia de que a modernidade em Curitiba não é consequência
da modernidade mundial mas parte constituinte desse contexto – Foco em Curitiba será apenas pela
disponibilidade e circunscrição das fontes].

Rápido contexto da modernização no contexto amplo e em Curitiba (+-1890-1916) - Tempos de mudanças,


continuidades e paradoxos: 1) Fenômeno socioeconômico: industrialização e urbanização. (Historiografia
curitibana dos 90 e Sevcenko). 2) Fenômeno técnico: Luzes e máquina (Brandão). 3) Fenômeno linguístico:
Florescer de novas palavras ideias e ideais (novo, moderno, chic...) (Brandão, Berberi; Sevcenko; Hershmann
e Pereira).

Criação de um circuito editorial e jornalístico trazido pelos intelectuais (Miskyw, Le Rider e Sarlo).

Chegada de novos produtos industrializados, o nascimento da propaganda e da crônica como veiculadoras


dos valores de modernidade e civilidade – criação de gostos (Kaminski) e desejo de uma sociedade civilizada
(Victor). Periódicos como um conjunto integral de discursos veículos de “propaganda”[propagar] (De Lucca).
Desejo de criar uma nova cidade a partir de hábitos [de consumo] de novos homens (Machado).

Consumo, publicidade e capitalismo enquanto mecanismos de subjetivação (Lipovetsky, Guattari, Sant’anna,


Debord, Sennett). Ideia de vender/comprar modos de vida: se o consumo é dos mesmos produtos então os
homens devem ser os mesmos.

Metodologia de análise do discurso e método His da Sex. (Mills, Foucault, his da sex)

Análise de anúncios: vetor: Corpo: saúde e do vestuário (Mezomo, Souza). As propagandas e anúncios
publicitários estabelecendo normas sociodiscursivas que buscam criar um modelos socialmente sancionados
de “sujeitos modernos masculinos”.

Corpo é alvo da propaganda, já que é aconselhado a ser a fachada do homem [a fotografia será a
apresentação dessa fachada]

Crônicas como gênero hibrido e moderno – Populares no BR – Velocidade na escrita (Cândido; Berberi).

Fixação de pontos de vista/leituras, paradoxos e contradições intelectuais sobre a nova ordem moderna e
seus homens. Multiplicidade nos estilos de masculinidade mesmo que a norma se pretenda universal
(Análise das Crônicas).

Estabelecimento dos valores de moda e saúde (com os anúncios) e retidão de valores (com as crônicas).
Objetivo/paradoxo final dos discursos: construir/controlar corpos, gêneros, identidades, modos de ser e agir.

Veremos então de que forma todo esse arcabouço é apresentado e modificado nas fotografias.

Cap. 3) Dimensão histórica, teórica e filosófica da fotografia

Iniciar com uma propaganda de Volk: perguntar por todas as técnicas e apetrechos, o porque seria tão
interessante e excitante. Se pôr nos olhos de um leitor da época.

3.1) Breve História da Fotografia.


O nascimento da fotografia e as técnicas de produção no século XIX : história, química e técnicas. (Albumen,
Lissovsky, Vasquez, artigos e livros variados)

Surgimento do gênero “carte de visite” e “cabinet potrait” no “mundo” (Disderi e Nadar) e em Curitiba (Volk)
(Leite, Lissovsky, Disderi).

Técnicas utilizadas por Volk e pelos fotógrafos da época (entrevistas Casa da Memória).

3.2) Dimensão subjetiva da Fotografia de estúdio e a criação imagética dos sujeitos modernos.

A modernidade como a época das “imagens de mundo”– Mundo é transformado em imagem para um
homem/sujeito que garante a inteligibilidade dos entes via representação (Descartes e Heidegger). Esse tipo
de episteme centrada no sujeito e que pede por representação (e a ordem burguesa da distinção) são o solo
necessário para o surgimento da fotografia e do retrato fotográfico (Lissovsky).

A fotografia de estúdio como o encontro entre a modernidade subjetivante/individualizante com a


modernidade enquanto fenômeno de progresso técnico (Benjamin).

“isso não é um homem”: Foto e suas múltiplas possibilidades de compreensões: 1) como verdade pura,
tradução da verdade e dos sentimentos via imagem (melhor visão para a compreensão dos ideais da época,
pior alternativa teórica). 2) Como representação da verdade ou de traços do real (Dubois, Mauad, Kossoy e
semiótica). 3) Como linguagem e como Discurso: Dentro de uma ordem seleciona e promove o represetável e
o irrepresentável (Austin, Foucault e Mills). Nesse campo trabalha como exercício de Performance
(Mangeneau e Butler); processo de simulação (Baudrillard). (trabalhar sempre com duas dimensões: objeto
de análise e visão de mundo da época)

Subjetividade/sexualidade se constrói a partir da confissão e da escrita de si (Foucault). A fotografia seria


uma forma moderna de impor-se uma verdade de si – via imagem do corpo como confissão.

Ritual moderno de ir fotografar: 1) presentear com carte de visite ou 2)guardar um álbum de fotografias
(Lissovsky, Corbain, Vida Privada)

O retrato fotográfico como desejo de cristalização do movimento e das classes, identificação de sujeitos,
criação de modelos universais-imagéticos – Ideia da Imagem-verdade: Foto como instituição – Propagadora
de Poder, Saber e confissão (Mills e Foucault). Caráter distintor e repressor da fotografia (Fabris, Lavelle,
Lissovsky).

Cap. 4) Análise das Fotografias de estúdio

Reapresentar a mesma imagem do primeiro capítulo e questionar sobre suas questões técnicas e de
composição.

O “retrato de estúdio” na história: (influência da pintura, modelos europeus e adaptações nacionais e locais)
(Catálogo MASP)

Circuitos de composição da foto de estúdio (intenções do fotógrafo, do fotografado, do leitor, da câmera e


dos valores)(Martins, Lissovsky, eu). Foto visa programar o comportamento do receptor (Flusser).
Análise das fotografias dos Volk e contemporâneos (1887-1918) (Prisma Corpo: Masculinidade e gênero,
moda e vestuário, modernidade e civilidade/valores): Presenças e ausências, apresentável e não
apresentável. Contradiscursos e resistências.

Fotografia de estúdio tenta estabelecer uma identidade fixa – além de demonstrar/circular o modelo com
que as pessoas organizam suas posições de gênero na sociedade. Ideal retroalimentar. Com isso (re)cria
sujeitos ao mesmo tempo que sofre resistências e modificações dos mesmos (Benjamin, Giddens).

Conclusão: O Homem como “soberano submisso (homem), expectador olhado (foto)”: Paralelos entre os
ideais de “sujeito masculino moderno” e do “sujeito masculino da fotografia”.

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