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10 de julho de 2015

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vezes o valor do relatório, à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos
termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98

BARGANHAS DA BOLSA
Como achar os melhores negócios?


Olá, meu nome é Bruce Barbosa e estou feliz em anunciar que me juntei ao time da
Empiricus para trazer ainda mais valor (perdoem o trocadilho) aos relatórios de
Barganhas da Bolsa.

Gostaria de começar por definir o que iremos procurar e para onde direcionaremos
nosso foco de análise. É isso mesmo, ao melhor estilo Charlie Munger (sócio de
Warren Buffet na Berkshire Hathaway), nosso objetivo é procurar pelos melhores
negócios existentes – e nos tornarmos sócios deles a preços atraentes.

Neste exercício, vamos constantemente nos perguntar qual é a melhor empresa que
conhecemos e usá-la como benchmark para analisar outras oportunidades. A dupla
Buffet-Munger usa Coca-cola em suas análises; nós estamos à procura de nossa
empresa camisa 10, o Pelé da bolsa brasileira.

Mas essa busca nunca nos levará a investir 100% em uma só empresa. Setores e
empresas têm riscos diferentes e passam por altos e baixos. Além de que o preço de

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entrada é importante (não só porque define o tema do relatório) e determinante
para atravessar momentos mais difíceis de mercado.

Nosso objetivo não é apenas o de recomendar investimentos, mas ajudar o investidor


a entender por que escolhemos as empresas que escolhemos. Afinal, é muito
importante estar confortável com suas aplicações para conseguir retornos de longo
prazo acima da média.

Já faço uma ressalva desde o princípio. Value investing tem muitas vertentes e muitas
vezes seus seguidores fazem apostas em empresas que pareceriam diametralmente
opostas pelo simples motivo de enxergarem a oportunidade de maneira diferente.

Será inclusive interessante discorrer sobre os diferentes estilos de investidores em


uma futura oportunidade.

Nós iremos focar nos ensinamentos do “Mago de Omaha” e seu fiel escudeiro
“Charlie”. Seguem abaixo as características que nós e eles procuramos em nossos
investimentos.


Negócio com comprovado poder de gerar lucros - não nos interessamos por
“turnaround”

A estratégia de Buffett é comprar empresas em situação difícil, mas não fatal. A


empresa precisa necessariamente ter algum problema para que não seja negociada a
múltiplos altíssimos, mas este problema não pode comprometer drasticamente a
capacidade da empresa gerar valor aos acionistas.

Obviamente saber o que é algo passageiro de algo fatal demanda que estudemos
profundamente o business da empresa com o intuito de entender quais são suas
vantagens competitivas e como a estratégia permite gerar valor acima de seu custo
de capital sem que competidores entrem em seu mercado diluindo o retorno.

Na maioria das vezes, iremos procurar por empresas já consolidadas em seu


mercado. É condição essencial que o negócio possua barreiras de entrada ou defesas
contra entrantes – patente, marca, baixo custo de produção, distribuição, entre
outros. E é ainda melhor se as defesas da companhia sejam fortalecidas com o tempo.

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Negócio que tenha bons retornos sobre o patrimônio investido (ROE) com
pouca ou nenhuma alavancagem

Como Charlie comenta recorrentemente em seus textos e discursos: uma empresa


que tenha que reinvestir grande parte de seus lucros não interessa. O que eles
procuram é empresas que gerem caixa e não tenham muita necessidade de reinvestir
esse dinheiro de volta no negócio – o famoso fluxo de caixa livre no jargão do
mercado.

Munger dá o exemplo de uma revendedora de tratores – todo o lucro da loja é


reinvestido não para crescer, mas em novos tratores que ficam empacados em
exposição na loja. Muito melhor é um negócio que gera retornos sem a necessidade
de alto reinvestimento.

Imbatível é o negócio que gera bastante caixa livre e reinveste para crescer os lucros
a altas taxas de retorno, gerando resultados cada vez maiores e acionistas cada vez
mais satisfeitos.

O ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido ou “Return on Equity”) consegue unir


as duas coisas – o ROE pode ser alto tanto em uma empresa que tenha um equity
reduzido (a empresa não demanda muito capital para operar), quanto por uma
empresa que tenha lucros altos (mesmo tendo que arcar com maiores investimentos
em ativos fixos a empresa é capaz de gerar somas interessantes).

Por exemplo, Vale ou a Petrobras necessitam de grandes investimentos para operar –


navios, minas, poços, plataformas, etc... e não têm nenhum controle sobre o preço de
venda de seus produtos finais. Empresas de commodities são assim, o mercado define
os preços dos produtos e só sobra à empresa produzir com os menores custos para
gerar receita. Isso as leva a ter ROEs por vezes abaixo do custo de capital.

Como todos sabemos (e o Governo Brasileiro, mais que o usual) tomar dívidas é
ótimo e facilita temporariamente nossas vidas. Para empresas é a mesma coisa,
enquanto não existem crises ou problemas maiores. Como vamos confiar nosso
suado dinheiro a gestores de empresas, preferimos escolher os que são bastante
conservadores e tenham uma cabeça de buscar lucros no longo prazo. Não vamos
procurar por crescimento alavancado por dívidas.

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Da mesma forma, pretendemos ter capital disponível para perseguir oportunidades
quando outros estão desesperados para vender. A única maneira de conseguir este
objetivo é sempre ter dinheiro em caixa quando as oportunidades surgirem.


Negócio simples, de fácil entendimento e que não esteja sujeito a grandes
mudanças

Aqui cabe um aviso claro aos navegantes das águas turbulentas do mercado
financeiro. É muito importante se manter dentro de seu círculo de competência.

Se o maior investidor de todos os tempos não se mete a tentar entender muitas


empresas e setores, não iremos contrariá-lo e procurar por novos mercados e
promessas longínquas.

Por isso preferimos empresas com histórico consistente e gestão responsável e


conservadora. Na maioria das vezes iremos procurar por empresas já consolidadas
em seu mercado – e também em mercados que não sofram muitas mudanças.


Preço interessante – a Barganha

Há muitas formas de avaliar o valor intrínseco de um ativo – seja ele uma empresa,
apartamento, título de dívida etc... e nenhuma delas é 100% perfeita.

O trabalho de valuation demanda do analista não só sinceridade intelectual e


diligência, como também um pouco de arte. Não nos comprometemos a prever o
futuro e nem tentaremos fazê-lo, mas diante de probabilidades e payoffs podemos
escolher o melhor caminho a seguir.

O preço é muito importante na tomada de decisão por um motivo que Buffett


aprendeu desde cedo com seu guru Benjamin Graham – a famosa margem de
segurança.

Posso afirmar com toda convicção que já errei e vou errar mais vezes em meus
investimentos. E como o investidor inteligente minimiza em sua análise a possibilidade
de errar? Da mesma forma que o engenheiro civil introduz em seu projeto a
possibilidade de que seus cálculos não sejam tão precisos como esperava – com uma
margem confortável de segurança.

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Construir pontes e selecionar investimentos não têm tantas similaridades –
principalmente no que se refere à precisão -, mas a margem de segurança mantém
tanto pontes como investidores em pé e prontos para mais um dia de trabalho.


Nosso compromisso

Focaremos a análise nos fundamentos e resultados das empresas. Essa decisão poderá
levar a perdas de curto prazo, pois o mercado (segundo Graham) é como um
maníaco depressivo que todos os dias bate à sua porta e oferece um preço para seus
ativos. Na maioria dos dias não faremos nada e aguardaremos ansiosamente para que
o mercado nos forneça uma oportunidade.

A maioria dos investidores procura informações nas mudanças de preço diárias dos
mercados, mas nós sabemos que preço e valor muitas vezes diferem.

Procuramos por empresas com pequena variabilidade de resultados. Obviamente


todas as empresas incorrem em riscos, mas estes riscos intrínsecos se refletirão nos
preços que estaremos dispostos a pagar.

Focaremos em ações que gerem Alfa no jargão - de empresas que podem gerar valor
em uma economia em expansão, mas serão mais defensivas no caso de uma crise. O
índice Bovespa é bastante dependente de empresas Beta – Vale e Petrobras, por
exemplo. Entretanto o peso delas vem caindo, melhorando a composição do índice.

Por fim, apesar de uma renda fixa bastante alta, ainda encontramos empresas que
conseguem gerar retornos bem interessantes, em setores sólidos.

Entendemos a complexidade de entregar nosso compromisso assim como assumido


pelo título deste relatório. Mas entendemos que definir seus objetivos é o primeiro
passo para alcançá-los. Vamos trabalhar ao máximo para trazer à discussão
oportunidades nos momentos que estas aparecerem e esperamos, junto com nossos
leitores, crescer e gerar valor consistente ao longo do processo.


Nosso canal de discussão

Convido nossos assinantes a participarem, com críticas e sugestões, através do email


que criamos especialmente para isso: barganhas@empiricus.com.br. Não conseguimos

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responder a todos os comentários, mas abordaremos as dúvidas mais representativas
nos relatórios seguintes.


Pão de Açúcar

Esta semana, as ações de Pão de açúcar sofreram bastante com notícias de possível
envolvimento da empresa com membros do governo na época da compra das Casas
Bahia em 2010.

As notícias são bastante negativas para PCAR e acreditamos que o mercado já vinha
descontando as ações com receio do envolvimento da empresa em corrupção. Nos
preocupamos muito com o envolvimento de empresas com pessoas politicamente
expostas, mas este não parece ser um caso endêmico. Lembrando que o comando da
empresa foi transferido de Abílio Diniz, na época, para o varejista francês Casino
atualmente. E a nova liderança pode estar aproveitando a oportunidade para arrumar
a casa.

É possível que fundos de investimento estejam liquidando suas posições com receio
de risco de imagem, mas vemos com bons olhos a CBD tomando as rédeas da
investigação.

Grandes corretoras gringas são os principais vendedores do papel, podendo apontar


para a saída de um investidor estrangeiro. Após negociar acima de 100 reais em maio
a CBD entrou em promoção e já negocia abaixo de 67. Em PE histórico, a empresa
volta ao nível de 2005.

Pensando pragmaticamente, a business da empresa continua bastante resiliente. Tudo


bem que ela tenha seus probleminhas no Extra, venha sofrendo alguma compressão
de margens, maior exposição via VVAR e os competidores estejam de olho em seus
clientes, mas o mercado de supermercados no Brasil ainda e muito pulverizado dando
bastante espaço para os grandes comerem o almoço das redes menores. Lembrando
que a empresa divulgará dados de vendas no próximo dia 13.

Enxergamos PCAR como um ativo premium e com preço bastante atrativo abaixo de
R$ 70. Como diria Buffet, o investidor deve comprar ações como faz compras no
supermercado, PCAR está em promoção, aproveite!

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OPORTUNIDADE DE LONGO PRAZO

Ao custo simbólico de 12 parcelas de R$ 44,90 - simbólico, pois embute um


desconto gigantesco - você terá a chance de assinar o Barganhas da Bolsa para o
resto da vida, sem quaisquer despesas adicionais.

De minha parte, reforço também o compromisso de assinar essas linhas por


décadas a fio. Será um enorme prazer.

Para acessar o link promocional, clique aqui.

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Track Record

Carteira de Barganhas - Trades Ativos


Ativo Data Entrada Preço Entrada Preço Atual Var Teto

BVMF3 12/fev/2015 8,79 11,59 31,85% 11,00

FLRY3 12/mar/2015 13,75 18,21 32,44% 15,50

VLID3 11/dez/2014 39,09 49,75 27,27% 50,00

COCE5 26/fev/2015 38,48 39,80 3,43% 42,00

ITUB4 15/jan/2015 33,23 33,66 1,29% 40,00

GUAR4 25/06/2014 64,23 57,81 -10,00% 70,00

LEVE3 28/mai/2015 21,90 21,8 -0,46% 24,00

TECN3 19/mar/2015 6,25 5,82 -6,88% 8,00

PCAR4 19/fev/2015 90,55 66,8 -26,23% 100,00

PRBC4 16/abr/2015 10,97 9,4 -14,31% 12,00

ABCB4 04/dez/2014 13,05 10,50 -19,54% 14,00

Carteira de Barganhas - Trades Concluídos


Data Data Preço Preço
Ativo Var Teto
Entrada Fechamento Entrada Fechamento

ABRE3 29/jan/2015 OPA 10,00 12,33 23,30% -

(*) As recomendações da carteira pressupõem um horizonte mínimo de carregamento de 24 meses, e um


horizonte ideal de 36 a 60 meses.

(**) Os valores de teto representam pontos máximos aceitáveis para entrada no papel (não confundir com
preço-alvo).

(***) Os preços de entrada são baseados no fechamento anterior à data de entrada e ajustados de forma a
contabilizar eventos de custódia (dividendos, JCP, grupamentos, desdobramentos, bonificações e
subscrições).

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Rodolfo Amstalden, CNPI*

Gabriel Casonato, CNPI-P


Analistas responsáveis
Bruce Barbosa

Olivia Alonso

Disclosure


Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário, não
pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem autorização expressa. O
estudo é baseado em informações disponíveis ao público, consideradas confiáveis na data de publicação. Posto
que as opiniões nascem de julgamentos e estimativas, estão sujeitas a mudanças.

Este relatório não representa oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros.
As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o debate entre os
analistas da Empiricus e os destinatários. Os destinatários devem, portanto, desenvolver também suas próprias
análises e estratégias.

Informações adicionais sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros
aqui abordados podem ser obtidas mediante solicitação.

Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17º da Instrução
CVM nº 483/10, que as recomendações do relatório de análise refletem única e exclusivamente as suas
opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente.

*O analista Rodolfo Amstalden é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no
Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.

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