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DESENHO LINEAR

OU ELEMENTOS DE

GEOME~RIA PRÁTICA
(

POPULAR
seguido~ de algumas noções de
AGRIMENSURA, ESTEREOMETRIA E ARQUITETURA
para \ISO das
para \ISO das
Escolas primArias
Escolas primárias eB normais,
normais, dos dos Liceus
PCBUS ea Colégios,
Colágl 8, d6s
dos Cursos
Cursos de
de adultos,
adultos,
a em
am geral
geral dos
dos .arti stas ea operarias
arti stas operaflos em
em qualque!
qualquer ramo
ramo de
da indústria
indústria
PELO
PELO

Dr. :ABÍL
ABÍLIOIO .CESAR
CESA R BORGES
BOR GES
BARÃO DE MACAÚBAS
MACAÚBAS
E~.l)i1'eloJ
Ex.D iretol': Geral
Gera l dos 'Esl. u
Estudos d,;,t Província
- dos da Pro ,'íocia da Baía,
Dai .. , ex-membro do do Conselho
Couselho Superior
Superior
d o lInstrução
de ns uç.ão ddaa Côrte, Sócio efetivo do ru!ti~ulo
8qcio eCc.tivo Instituto I1i.stórico
Histórico e GcográCico
Geográfico
Drabile iro, e cor1-'cspoDd
Brasileiro, cor.respondente das SOciedados
eote daa Sociedades Geográficas
Geográfica s
de
de Pa rfs, ddee J)rtnelas
Paris, Bruxelas c do'de Buenos 4-ires, Sociedade ddos
Aires, da Sooiedade OI Ami.gos
Amigo" da
da lInstrução
o.truçio
popull.t.r
Popular de Mo otevidfu , ela
Montevidéu, da Soçedade
Sociedade llaridieose para oo d~nYolvim
Parisiense paJ'l enlo
desenvolvimento
da
da io.trução
instrução pri roá r'., Rundador
primária, Fundador da -.,;ocicdade
Sociedade Propagado
Propagadorara
dou.laBt.ruçã
da Instrução O do
do Rio de de JaDe
Janeiro, Colégio Abílio Jdo
i ro, do Col.sglo Distrito
o Dis Federal
trito Fed, e ral
ee do de de Bnoocena,
BarLacena, etc.

PRIMEIRA PART
PRIMEIRA PARTE
E

29.a EDIQAo
EDIQAO DESTINADA ESPECIAlM~NTE
DESTINADA ESPECIALI AS ESCOLAS
IENTE AS ESCOLAS PRIMARIAS

LIVRAR
LIVRARIA
,
I,A FRANC
FRANCISCO ALVES
ISCO ALVES
1G6,
1G6, RUA
RUA DO
DO OUVIDOR 166 - - RIO
, 1,66
OUVIDOR, RIO DE
DE JANEIRO
JANEIRO

292. Rua
s. PA
S.

Rua Libero
ULO
PAULO
Libero Badar(í
Badar6
BELO HORIZON
BELO
.
HO.RIZOl'lTE
Rua Rio de Janeiro, 655
Rua
TE

:1942
NA1R Y~"IEGA:
Expresapes ArItmética>!
.I()AO R;Bfi RO:
G;psmáilc:s POl"t.uijuêss -
DESENHO LINEAR
ou

PR1MEIRA PARTE

NOÇõES
NOÇ6ES ~RELl MI N A RE8
PRELIMINARES

Desenho linear, também chamado geométrico, é


a arte de representar por m eio de linhas os contornos
das superfícies dos corpos.
Divide-se em:
Desenho linear de figuras planas, quando trata
da repre,s entação das figuras das superfícies planas; e
Desenho
D. linea1'
e senho lin de sólidos,
em' de sólidos, quando
quando trata
trata da
da í'epre.
i'epre- ,
sentação
enlação dasdas formas
formas ouou 'ddas figuras dos
as figuras dos corpos
corpos nQno
eSpaçQ.
espaço.
,t
Espaço éé aa extensão
Espaço extensão in indefinida
definida ouou ilimitada
ilimitada quque~
abr ange oo üniverso,
abrange universo, onde onde sese acham
acham todos
todos os
os eorpos.
corpos.
Quando ifalaI110S
Quando a LaI).10S de de um
um çorpo em geometri
corpo em geometria isto..
a isto
..é,é, d,o
do co·
corpo geomét1'ico
rpo geon.étl sólido, nM
ou sóhdo,
jico ou não çogita m'os da
cogitamos da1i
matéria
lUa léria dede que.
que êleêle éé formad
formado,o, mas somente
as som da po],'Ção.
ente da porção . I
do espaço, li~
do espaço, limitada
i tç. da em todos os
m todos os sentidos,
sentidos, Cfl)e
qúe êleêle
ocup
ocupa. a. I
-2-

Em qualquer
Em qualquer corpo
corpo distinguimos:
distinguimos: fQrrY1-Gr,.
forma. tamanho
.
tamanho
ou grandeza,
ou grandeza, ee posição.
posição.
Dois corpos
Dois corpos podem
podem ter
ter as
as formas
formas mais
mais djferentes
diferentes
possíveis ee terem,
possíveis terem, entretanto,
entretanto, oo mesmo
mesmo tamanho
tamanho ou ou
grandeza. Assim,
grandeza. em modelagem,
Assim, em modelagem, com
com a.a mesma
mesma r[uan-í{uan-
tidado de
.tidade de massa,
massa, rnodelamoi')
modelamos objetos
objetos de
de formas
formas as as
mais variadas.
mais variadas.

Volume de
Volume de um
um sólido
sólido é aa medida da porção
porção de
espaço que
espaço que êle
êle ocupa.
ocupa. r
Todo corpo tem três dimeh ~õ es: ,iC'
dimensões: !(fO~p1·tmento,
olimp" Fnento,
ou espessura.
espessura. · I
largura ee altura ou I
I
I
exterior de um corpo, ali
Superfície é o exterior
Superfrcie o limite,
OÚ a
entre oo corpo
entre corpo ee ao espaço
espaço indefinirlo
indefinido que
que oo cerca.
cerca.
As superfíC'ies
superfícies só têm du duas
as dimensões: compri-
mento e
mento e largura.
largura.
Como não teín tem espessura, superfície não existe
espess ura, a superUcie
separadamente
separadamente dos dos corpos.
corpos. Assim dizemos: aa ~upeI'­
Assim dizemos: ti tlpe,r -
fície
fíci e dede, úma
lima tábua, de uma bola, bol a, ded umaum a garrafa,
garrafa,
etc.. A imagem mais
de uma superfície
uma
UlUa bolha
bolha de
ma is aproximada que se pode obter
superfíci e éé uma folha de papel finíss imo
de sabão.
sa·b ão. ' j
~ mo ou ,
II

A superfície de um corpo pode pode ser: plana,


lJZana, curva,
c1lrva, II
quebrada
queb rada ee mista.
mista.
E' plana
plana si se pode pode traçar sôbre ell\el3t uma
uma linha linha
reta em
'reia em qualquer
qualquer direção.
direção. I'

em

porções
E'
E' curva
em qualquer
E'
curva si não
qualquer direção.
E' quebrada
porções de
n ão se
d'ireção.
queb'r ada quando
se pode
pode traçar

quando composta
de superfícies
tr aça r nela

composta de
superfícies planas.
planas.
nela uma

de duas
uma réta

duas ou ou mais
reta

m ais
I
E'
E' mista
mista quando
quando composta
composta dede porções
por ções dede super-
super-
fícies
fícies planas
p lanas ee porções
porções de superfíci es curva~.
de superfícies CUrVaí8.
. A A superfície
superfície ta' m bém tem:
também tem : forma,
forma, tamanho
'tamanho ee pú- po -
sição.
sição.
- 28-

Quando duas retas se cortam formam quatro qua.tro ân-


ópo~tos pelo vértice. Assim,
gulos que são dois ,a dois opostos
na figura abaixo o ângulo CBA vértice '
eBA é oposto pelo vértiçe
ao ângulo DBE e' o ânB'ulo
âng'ulo ABE é oposto pelo vértice
ao ângulo DBC. '

A c

E D
Os ângulos opostos pelo vértice são iguais.
Para proceder à medida dos ângulos
ângulós u$a-se
usa-se o ins-
tl')Jm ~ nto chamado transferidor.
trumento transf er.idor, (Veja pago 4)"
4), '

QUESTIONÁRIO
Que é ângulo?
Que é,
QUê é vértice
vértioe do ângulo?
Que é abertura de ' um ângulo?
Como se designa um ângulo isolado?
Como podem ser os ângulos quanto à natureza dos dóis
seus lados? ,
Que é ângulo retilíneo? curvilíneo?
curvi\ineo? mistilíheo?
mlstilineo? .
Que é ângulo
ângul,? convexo? ,côncavo? cpncavo-cO!:~exo'l '
c ôncavo? côncavo-convexo?
Como se designa precisamente
precisamente, um ângulo ret~hneo'?
angulo' retilíneo"?
De que depende a grandeza dos ângulos? ângulos'?
Como se designam os lados de um ângulo? ângulo']
Que . são ângulos adjacelltes?
adjaceqtes? I
Duas retas do mesmo plano, como pode~ póde;m s'er
ser ' ,/?
Que são retas paralelas?
paralelas ']
Que são retas concutrentes?
vetas concurrentes?
Que são retas perpendiculares 1'/
Que são retas oblíquas 1'I
-3-

Area éé aa medida
Area medida de de uma
uma superfície.
superfície,
Todas
Todas as ~ u'pe[1fícies são
as superfícies são limitadas por linhas.
limitadas por linhas,
A Z,inha
A l'inha pode
pode. ser
ser ainda
ainda considerada
consid erada como
como aa in-
in-
rseção de
terseção de duas
duas superfícies.
superfícies :
A
A linha
lipha só tem uma dimensão: comprimento.
uma dimensão: comprimento,
'l'alfUbém se chama comprimento à grandeza
Também grand eza ou
tamanhp da
tamanho da linha.
linha, .' .
Todas as linhas são limitadas por pontos. ponto~,
O ponto também se considera como a interseção
linhas,
de duas linhas.
O ponto
pon to não tem dimensão alguma; só tem pu-
si ção,
sição.

Figura geométrica é qualquer conjunto


conjunl,o de pontos,
Ilinhas, superfícies
inhas , super fícies ou COI'pOS
corpos geométricos.
geométricos,

Figura geométrica plana é aquela em que todos


pontos pel'
os pont.os pertencem
tencem ao m mesmo
esmo plano; o círculo, a
eLipse,
elipse, a par &.bola são figuras plana
parábola planass,.

cujos.. pontos não estão


,. Figura reversa é aquela cujos
situados ·no
todos situados no mmesmo
esmo plano; a hélice (rosca de
um
um saca-rolhas
saca-rolhas)) por
por exemplo.

A Geometria
A Geometria é aa parte parte dada Matemática
Matemática que que estuda
estuda
aa mmedida
edida Lindireta da extensão,
nd'i r eta da extensão, isio
isto é,é, dos
dos compri-
compri-
mentos
me das linh
n bds ' das linhas, das áreas
as, das áreas das
das superfícies
superfícies ee dos
dos
vol umes dos
vaIumes dos sólidos.
sólidos. .
Os
Os instrumentos
instrumentos que que,, comummente
comummente se se empl'egam
empregam
nno desenho linear
o desenho linear siio: régua, oo U
são: aa régua, tê, esquadro, oo
}, oo esquadro,
tií'a compasso ee oo transferidor.
-lin has, oo compasso
tira-linhas, lmnsferidor.
-4-

IrJi:
'* ,
I
,.
. ;
!IH
IIL

Tira-linhas
E
L

Co mpas~o
Compasso

Transferidor
UI,
5 -
-5

QUESTIONÁRIO

, I I
Que é desenho linear?
Que outro "llOme
nome tem?
Que é desenho de figuras planas?
, Que é desenho
~escnho de sólidos?
•Que
Quê é espaco?
Qu ~ é um corpo geométrico
Que geométx ico ou sólido? s'ó lido?
Quantas ,dimensões
dimensões tem um sólido?
Que é volume , de um corpo? ,
Que é superfície?
Quantas dimensões tem a superfície'? superfície?
Como I pOdém
podem ser as superfícies?
superfície plana?
Que é superfícíe plana ? .
Que é' superfície curva?
Que éé, superfície
superfícíe quebrada?
, Que é superfície mista?
mi,s ta? ' I'
Que áFea?
Que~ é área? ~ ,
Que é figura geométrica plana?
Que é figura rev.ersaJ
rey.~.\',8!\ ,?
0,8 instrumentos m
Quais os ais ' empregados no desenho
mais
linear?
-6-

CAPITULO I
CAPlTULO

Do ponto e das linhas em geral

o ponto geométrico não tem dimensão alguma,


porém, representamo-lo tocando com a ponta de um
instrumento
instrum ento (lapis, pena, ' giz) sôbre qualquer
qualqueJ.' super-
fície,
fície. '

xA

Quanto mais fina fôr a ponta do dnstrumento


instrumento
mais a figura se aproxima do verdadeiro ponto,
ponto.
Também figun~mos
'l'ambé'm figuramos o ponto
pont.o pela interseção de
duas linhas,
linhas.
Quando um 'ponto
p onto se move êle gera umt1
umt:l. linha,
linha.
E'
E-' o que acontece quando deslocamos a ponta
ponta, do lapis
sôbre uma folha de papel.

/r ...--.......
//~"'_." .. ·~ .. ·......
............ , .. '::,~:~:::.:;;:"
···:~::.:::::,.

lO I ••~.·"
.- :.... ,.... /'.
~t:)",(o~f;""
\.i /".
'"""'- ....~..'
....,..1f···..·
"......
\.
\ '. "'.'0
··,•••••.. ~.,~~".f.• ·..11í~ .. ..............

Linha. é, portanto, uma sucessão de pontos em


Linha
qualquer
qualqqer direção.
\ s linhas têm uma só dimensão que é o compri-
As
m ento ; não têm largura, nem espessura.
menta; espessura,
~ - 7 -

As linhas podem ser representadas no d~senho


(h~ senho
geométrico de quatro modos: por um traço chew, por
um traço pontuado, por um traço interrompido e por
um traço misto. '

traço cheio
eh.io ~ .

• • -c.
.. -
..
e
traço pon-
pon-
tuado
.............
....... ....... . -'. o o o ......... • o"
o·e

inter· -
traço inter- - - - ~ - •
rompido

traço
traço misto
-..:....,..... _-_.
_ .. _ ,. -- ',' --_ .. _.
_._- -. - _. - ' - ' - .. --
- ... _._-_.-

Quanto à direção dos seus pontos, ou àà sua


sua. na-
sâo retas ou curvas.
tureza, as linhas são curvas,

A Linha reta é a mais simples de todas as linhas


,A litthas
e dela
dela. temos uma
\lma idéia aproximada em um fio bem
esticado.
esticado, .

o instrumento de que nos servimos no desenho


.I geométrico para traçar
traçar as linhas
linh as retas óé a régua.
régua,
, Podemos prolongar uma reta reta indefinidamente
indeiinidamente
nos seus dois sentIdos; pOl'
paC' ISSO
isso dizemos que 'aa reta
é ilimitada. •
-8-
I
Designamos
Designamosuma umalinha
linhareta
retamarcando
marcandodois
doispontos
pontos
sôbre istobasta
sôbreelaelae eisto bastapara
paradeterminá-la
determiná-laporque
porqueporpor

B
AA
A reta AB

! •
dois
dois pontos
pontos quaisquer
quaisquer sósó sese pode
pode fazer
fazer passar
passar'uma
uma
linha reta.
linha reta. ! t I

Seml-reta éé aa reta
Semi-reta reta limitada
limitada num
num sentido.
s~(l tido. O
O pon-
pon-
toto que
que limita
limita aa semi-teta or~{}, em da
sem i-veta éé aa origem s m~-reta.
dá semi-reta.

'' A
A
O~F--------~--------~------
O~,----~--------------~---
Semi-reta
Semi·reta OA

I
Assim, n~
Assim, na. figura
figura acima,
acima, temos
temos ·' aa sem
semi-reta OA,
l-reta OA)
isto é,é, uma
is uma t'eta
reia 4ue
que passa.
passa pelos
pelos pon,tos
pontos O e A, o. mas
'A, Ililas
que só
que só pode
pode ser
ser. prolongada
prolongada nono sentido
sentido de de OO para
para A. A.

Segmento de
Segmento' reta éé aa porç.ão
de reta porção de
de rreta compreen-
eta compreen-
dida entr'e
dida entr'e' Idois
dois pontos.
pontos _ OsOs pontos
pontos . qu
_que limitam oo
e limitam
segmento chamam-se
segmento chamam-se extremidades
extremidades do do segmento.
segmento.
Assim na
Assim na figura
figura abaixo
abaixo está
está oo segmeuto.
segmento,da da reta
reta li-
li-,
I

A~~--~------------------~
Segn,.entoABAB
Segm.ento
I .

I't a do pe'}
. mitadp
m pelos tosAe
pontos
os pon J). e1J
.·B. ·S'I Si . e:rmo~
/'
quisermos
r qUls d eSlgn I
' . á -,9
designá-)o
diremos:oI osegmento
díremos: l AB.
segmento >AB. .,

. I
-9-

me's ma
Na me'sma reta podemos marcar uma infinidade
de segmentos. sôbr~ .' a
Na figura abaixo marcamos sôbre
mesma reta os segmentos AB, CD EF,
BP, etc.

,I ..'
A B c D E F
f

I
Linha quebrada ou ' poligonal é a linha
linh ljL formada
de segmentos de r etas
et s consecutivos ~as não perten-
consécutivos mas
centes à mesma reta. . I

Linha
L inha quebrada

l.in.ha
I ourva é aquela de que nenhum~
Linha curva nenhuma norção,
Ilorção,
por menor que seja,
séja, é reta. Toda linha que não fôr
nem reta, nem ' quebrada,
quebrada; é forçosamente curva.
curva :

"
:'
"
Linhas curvas
cu rvas

.. "
Entre dois pontos dados não
.
s~ pode traçar
n~b se traça'r senão-
uma linha reta;
·ümp. entretanto" podem ser
r eta; ,entretanto, sei' traçadas
traçad;as li-
Geometria Prática
PrAtica. I, 2
PRÓLOGO DA SEGUNDA ' EDiÇÃO
~ I DA
DA
I "

PRIMEIRA PARTE

Atendendo às sensatas observações de muitos profes-


sores, e de alguns COlegas
dd álguns Colegas educadores e Inspetores de ins-
trução, sôbre ser o meu compêndio de Geometria Popular
demaiS para ter a '·conveniente aplicação 110
extenso demais no geral
escolas, e ser nelas profusamente distribuído, visto
das lescoJas,
como 'nasnas mesmas noderia ser regularmente
mes mas escolas só poderia
utilizada a p r~ meira meta<;l,e
primeira metade dêle, resolvi
resolví dar sob o título
titulo
de Primeira parte um extrato da obra exclusivamente
apropriado às escolas primárias de todos os graus, o qual,
apropJ'iado
pelo seu preço ínfímo,
[leIo ínfimo, pudes~e
pudesse fàcilmente penetrar até
nas escolas d,a,sdas mais longínquas e menos favorecidas
promovendo no espírito
aldeias, promovenuo povo a mais salutar
€',spirito do p.ovo
disciplina.
e proveitosa discipl,ina.
Tão necessário-
l1ão nec essário· é o estudo da aritmética para as mais
comuns trausações
COmuns transações da vida,
vida como o da geometria para o
inteligência.
desenvolvimento e para a têmpera da intéligência.
Foi esta coconvição iIlduzi~l a publicar a Geo-
qúe me induziu
vição q&e
metria Prática Popular; e é~ ainda a mesma convicção que
me leva a dar esta segunda edição da primeira parte
da mesma.
EE aa este
este respeito
respeito folgo
folgo de
de consigllar
consignar aqui
aquí as
as segulnl
sCHuintl'
palavras do
palavras do distinto
distinto pedagogista
pedagogista oriental
oriental Dr
Dr.. .Jacub VII-
Jacob VII-
rela,, extraídas
feIa extraídas da da sua
sua :íimportantíssima dissertação
m p orlantissima dísserln lida
çãu lld
no Congresso
no Congresso Pedagógíco
Pedagógico de de Buenos
Buenos Aires:
Aires:

"A geometria
"A dá àà mente
geometria dá mente dodo aluno
aluno un,
um elevado
elevado eon-
con-
ceito da aplicabilidade das teorias científicas,
ceitó da aplicabilidade das teorias científicas, encami- encami-
nhando-a ee llabituando-a
nhando-a habituando-a àà raciocinação
raciocinação metódica
metódica ee 16-
ló-
gica, desapaixonada
gica, desapaixonada ee tranquila,
tranquila, que
que conduz
conduz aa umum efei-
efei-
útil"..
to útil"
to
Para mais
Para mais desenvolvimento
desenvolvimento sô.
sôbre as vantagens
b re as vantagens dêstc
dêste
ensino, ainda
ensino, ainda com
com meninos
meninos analfabetos,
analfabetos, envio leitor àà
envio oo leitor
introdução da
introdução da primeira
primeira edição.
edição.

Rio de
Rio de Janéiro,
JaneIro, Julho
Julho de
de 1882.
1882.

BARÃO DE
BARÃO DE MACAÚBAS.
MACAÚBAS.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

oo livro
livro queque ora
ora ofereç.o
ofereç.o ao
ao povo brasileiro éé produto
povo I?rasileiro produto
de uma
de uma oonvicção
convicção que que data
data já
já dede cêrca
cêrca dcde vinte
vin.te ee dons
dOllS
anos, isto
anos, isto é,é, desde
desde queque cdmecei
comecei aa estudar
estudar asas questões
questões rc-re-
lativas ao
lativas ao ensino
ensino da da mocidade;
mocidade; convicção
convicção queque tem
tem sempre
sempre
crescido ee se
crescido se fortalecido
fortalecido maismais ee mais
mais com
com aa própria
própria
experiência, e com o conhecimento das
experiê\1cia, e com o conbecimento das conquistas feitas conquistas feitas
pela ciência
pela ciência pedagógica
pedagógica nos nos paizes
paízes adiantados,
adiantados.
Já em
Já em 1856,
1856, quando
quando diretor
diretor geral
geral dos
dos estudos
estudos da da
Província da Baía, em um projeto
Província da Baía, em um, projeto de lei de reorgani-de lei de reorgani-
zação do
zação do ensino
ensino provincial,
provincial, queque meme incumbiu
incumbiu dde formu-
e formu-
lar oo então
lar então Presidente
Presidente daquela
daquela Provincia
Provincia Dr, Dl'. Alvaro
Alvaro
Tiberio de 'Moncorvo e Lima, de honrosa memória, ee
Tiberio de Moncorvo e Lima, de honrosa memória,
que foi
que foi pelo
pelo mesmo
mesmo apresentado
apresentado àà rrespectiva Assembléia
espectiva Assembléia
legislativa, consignava
legislativa, consignava eu, eu, COD:l
com aa rehabilHação
rehabilitação geral
geral dodo
professorado primário, a obrigação
professorado primário, a obrigação positiva do ensinopositiva do ensino
dodo desenho
desenho linear
linear ou ou geométrlco
geométrico em em todas
todas asas escolas
escolas
públicas, tanto
públicas, tanto das das 'cidades
cidades cÜ'mo
como das das vilas
vilas ee aldeias,
aldeias.
Depois, em
Depois, em 1875,
1875, no no relatório
relatório que que apresentei
apresentei ao ao
Exmo. Sr.
Exmo, Sr. Consoo
Conso. Cansansão
Cansansão do do Sinimbú,
Sinimbú, ilustre
ilustre sucessor
sucessor
daquele na
daquele na administração
administração da da Provincia,
Província, discorri
discorri longa-
longa-
mente sôbre
mente sôbre aa conveniência
conveniência de de sc
se propagar
propagar pelo
pelo povo
povo
o ensino do
o ensino do desenho. desenho.
-- V I I-I -
VIU

Depois no Ginásio Baiano'Baiano,, e afinal AbíUo,


afinal no Colégio Abílio,
dei o maior desenvolvimento
dei desenvolvimento possível
possível já ao desenho
propriamente dito, já já ao
ao desenbo
desenho geométrico (1), (1), fun
funda-
da-
essencial daquele, e, na
mento essencial na ' instrução primáriH,
primária, dis-
ciplina a meu ver tão tão principal, como como qualquer das das que
que
a constituem;
constituem; mais mais dodo que
que todas fácilfácil de aprender,
aprender, além
de utilíssima, p~rque
de utilissima, porque esclarece
esclarece e dá dá têmpera ao espírito
sem fatigá-lo, .enriquecerido-o
sem enriquecendo-o com com numerosíssimas idéias
exatas de de usual
usual e constante aplicação prática, e desper-
tando nos meninoS
' tando meninos aa faculdade da obse,rvaç.ão,
observaç.ão, e portanto
gõsto de aprender
o gôsto aprender.. .
vantagens que teem
As vantagens teem colhido meus meus discípulos,
discípulos,
ainda os os mais
mais tenros,
tenros, os
os próprios
próprios analfabetos,
analfabetos, do estudo
do desenho geométrico, levaram-me a ambicionar a gló-
concorrer para
ria de COncorrer para su'a
sua geral
geral difustio
difusão no Brasil: e esta
razão principal do
é a razão do apareci~,ento
aparecimento do do presente
presente livro,
que, sisi me
me não cegam os afetos de de comp:ilador,
compilador, há-de serser
manuseado com com grande proveito,
proveito, lanto
tanto nas escolas, como
como
n.a s oficinas
n,as oficinas e nas famílias, porque porque nele se instruirão fà-
cilmente meninÜ's
menino-s e adultos em em muitas
muitas cousas que nin-
guém devedeve hoje ignorar, sobretudo os os artistas e operários
em todos os os gêneros de indústria.
Sei que oo ensino do desenho
Sei desenho linear
linear acha-se consi-
gnado nôs no·s regulamen~os
regulamentos da da instrução pública,
púhlica, sisinão
não de
todas, de quasi todas as Provincias
Províncias do Império; mas sEd sei
igualmente, e ninguém
iljlualmente, ninguém o ignora, que na na generalidade
generalidade dasdas
escolas tal ensino se não dá dá absolutamete, ou ou é dado semsem
desejados, seja porque a maior parte dos mestres
os frutos desejados,
não possu
não possuee as habilitações necessárias, seja porque aos aos
habilitados falece
habilitados falece' a dedicação e o convencimento da

(1) Em
(1) Em ambos
ambos os os estabelecimen
estabelecimentos fiz desenh
tos . fiz desenhar em ggrande
ar em rande
nas paredes das
das [lulas
a ula s todas
todas aas figuras
s fi g uras d@ do desenho
desenho geométrico,
geométrico,
dotei com modelos
e a ambos dotei modelos de ttodos
odos os os sólidos
sólidos ggeométricos.
eométricos.
E' oo que deveria
E' deveria fazer-se
f a zer-se em todas as escolas escolas e em
em todas
todas as
as
casas dede educaç:ão.
educação.
-lX
-LX - -

importância de
importância de semelhante
semelhante ensino,ensino, sejaseja enfjm
enfim (e(e estaesta éé
aa pprincipal causa), porque
rincipal causa), porque careoem
carecem as
J
as esoolas
escolas de de com-
com-
pêndios apropriados
pêndios apropriados ee em em profusão.
profusão.
No intuito
No intuito de de comunica
comunicar 11 aa todos
todos minpa
minha convicção
convicção
de que o desenho geométrico, por
de que o desenho geométrico, por sÔbre ser uma disci-' sôbre ser uma disci-'
plina fácil
plina fácil dde ensinar ee de
e ensinar de aprender,
aprender, éé d.e de incontesta'Vej
incontestavel
necessidade para
necessidade para os os progressos
progressos gerais gerais dede umum povo,
povo, Ira.s-
tras-
ladarei para
ladarei para aqui aqui algumas
algumas das das notas
notas queque tenho
tenho tomlldo
tornado
nas minhas
nas minhas leituras
leituras sôbre
sôbre êsteêste interessante
interessante conhecimento
conhecimento
que, de alguns anos
que, de alguns anos a esta parte,
grandes ce'ppequenas,
a esta
se empenham,
parte,
empenham, como
as as nações
como que
civilizadas,
nações civilizadas,
que áá porfia,
porfia, em em
grandes equenas, se
propagar pelos
propagar pelos povos.
povos.
OO ensino
ensino do do desenho
desenho geométrico
geométrico pode pode ee deve
deve come-
come-
çar ao mesmo tempo que o da
ç.ar ao mesmo tempo que Q da escrita; pois as figurasescrita; pois as figuras
geométricas não
geométricas não são
são mais
mais difídific~is
c~is de de traçar
traçar do do queque as as
letras do
letras do alfabeto.
alfabeto. EE todos todos os os corpos
corpos que que rodeiaI)l
rodeiam os os
meninos
menin os nãonão apres
apresentam
entam linhas linhas ee superfícies
superfícies que que êlesêles
podem desenhar
podem desenhar sôbre sôbre aa ardósia
ardósia ou ou sôbre
sôbre oo papel?
papel?
Também, nos
Tal1)bém, nos ppaíses
aíses em em que que adiantada
adiantada vai vai aa ins-ins-
trução ppopular,
trução opul ar, éé hOje hoje oo desenho
desenho linearlinear um um ramo
ramo parti-
parti-
cular ddÓ
cular ensino elemen
ó ensino elementar, desde as
tar, desde as salas
salas dede asilo
asilo ee os os
jardins da
jardins da infância,
infância, até até asas escolas
escolas de de adultos;
adultos; prestando-
prestando-
sese admiravelmente
admiravelmente às às lições
lições das das cousas,
cousas, porque
porque supre
supre as as
explicações que
explicações que aa ppalavra
alavra éé impotente.
impotente para para dar;
dar; ee sendo,
sendo,
sisi bem
bem compreendido
compreendido ee razoavelmente
razoavelmente ensinadó,ensinado, um um
auxiliar prestimoso da escrita e
auxiliar. prestimo so da escrita e seu complemento nu- seu complemento na-
tutural.
ral.
Ao deixar
Ao deixar aa escola
escola primária
primária deveriam
deveriam os os meninol>
meninos
saber tanto de desenho como d e escrit r , isto é, escrever
saber tanto de desenho como de escrita, isto é, escrever
uma idcia
uma ideia ou ou umum objecto
objeto por por meio
meio de de linhas
linhas ee sombras
sombras
como
com sabem fazê-lo
o sabem fazê-lo porpor meiomeio da da escrita
escrita abstrata
abstrata ordi-ordi-
nária.
nária.
Cousa singular!
Cousa singular! Não Não há há menino
menino que que não
não ,t tente dese-
ente dese-
nhar as
nhar as ideias
ideias queque lhe
lhe passam
passam pelo pelo tenro
tenro cérebro.
cérebro. EstasEstas
idéias são
idéias são rabiscadas
rabiscadas cOm com um um desaso
desaso illgêuuo,
ingênuo, ~ue ç:ue atesta
atesta
-x
- x-
-

uma iendênc1.,
uma tendêncin real real ee uma uma necessidade
necessidade natural,
natural, que que aa
educação. deveria
educação deveria desenvolver
desenvo.lver em em vezvez de de sufocar,
sufo.car, como co.mo.
infelizmente açontece
infelizmente aço.ntece na na maior
maior parte
parte dos do.s casos.
caso.s.
OO desenho
desenho. éé tuna
uma escI'ita
escrita nãonão. abstrata;
abstrata; ee os o.S meninos
menino.s
que tão
qt1e tão. aa contra
co.ntra gôsto,
gôsto., ee sósó forçados,
fo.rçado.s, sese prestam
prestam aa fazer fazer
as linhas
as vulgarmente pauzinhos,
linhas,, vulgarmente pauzinhos, ee os o.S primeiros
primeiros traços traços
C.a escrita,
C-a escrita, certamente
certamente se se ocupariam
ocupariam sem sem tan tanto constran-
to constran-
gimento em
gimento em traçar
traçar as as figuras
figuras dos·
dos. objetos
objetos seusseus conheci-
conheci-
dos, os
dos, os quais
quais em em suma,
suma, não não sese compõem,
compõem, como como aa escrita,
escrita,
sinão de
sinão de linhas
linhas I'etas
retas ee curvas.
curvas. Da mesm~ sOl'te
Da mesm~ sorte que que
aprendem êles a escrever mais
aprendem mais ouou menOs
menos bem, não (wm- com-
preendo porque não chegariam a dese,
preendo desenhar,
n har, como escre-
vem.
ven).
Nas escolas primárias não se deve pensar em formar
artistas nem industriais, assim como não se tI'ata trata de for-
mar nas mesmas ccalígrafos,alígrafos, literatos e sábios; porém do
mesmo modo que se ensinam os elementos do . cálculo
(sem comparação mais difícil), difícil) , ddee par com a leitura e
com a escrita, quiséramos que também aos ads meninos :.se :Se
énsinasse a ler um desenho.,
, ensinasse de6enho, isto é, a compreender
compre ender oo' sen-
tido dos caracteres
carácteres figurativos
figul'ati vos de <rue o mesmo se com-
põe, e a escrevê-lo.,
escrevê-lo, isto é, a reproduzir por si próprios p-róp rios
esses mesmos caracteres reunidos reimidos diversamente
diversamente para ex-
primir
p,rimir um'um objeto,
objeto, como
como escrevem
escrevem uma uma palavra por p'0r meio
meio
das
das letras
letras do do alfabeto.
alfab eto . I
Para
Para sese chegar
chegar aa êste
êste resultado
resultado éé indispensável
indispensável pros- pros-
crever
Crever de de uma
uma maneIra
maneira absoluta
absoluta aa cópia
cópia maquinal
maquinal de de mo-
mo-
delos,
delos, como
como se se pratica
pI'atica atualmente,
aluaI mente, ee substituí-la
substitui1Ía por por uma
uma
cópia
oópia inteligente,
inteligente, que que leva
leva p0UCO
p 0t1CO aa pouco
pouco oo discípulo
discípulo aa
exprimir
exprimir suas suas próprias
p r óprias idéias.
idéias . I I

OO que
que sese diria
diria dede uma
uma escola
escola emem quequ ~ oo mestre,
mestre, para para
ensinar
ensinai' oo cálculo,
cálculo, se se lembrasse
lembrasse de de mandar
mandar copiarcopia·r pelospelos
discipulos
discípulos páginas
páginas ee páginas
páginas de de pro.blemas
problemas já já resolvidos?
resolvidos?
Poderiam
Poder:iam deixar
d eixar os os discípulos
discípulos de de tomar-se
tloma r-se de de tédio,
t édio,
ee até
até' de
de ódio,
ódio, pot
pot um um trabalho
trabalho que que instintivamente
instintivamente sua sua
-- XIIII--
X

vezes oo que
vezes que uma
uma longa
longa explicação
explicação não não faria
faria compreender
compreender
sinão imperfeitamente,
sinão imperfeitamente, será será comcom facilidnde
facilidude en entendido
ten dido
pela inteligência
pela inteligência menosmenos preparada,
preparada, diantediante de de Uma
uma figu figura
ra
ainda que
ainda que toscamente
toscamente fe)ta.feita.
M. Philbl'ick,
M. Philbrick, superintendente
superintendente do do ensino
ensino em em Boston,
Boston,
no seu
DO seu relatório
relatório de de 1874
1874 exprim
exprime-se assim:
e-se assim:
"A natúreza,
"A natúreza, oo fím fim ee aa utilidade
utilidade do do desenho,
desenho, como como
um ramo da educação, ainda são
um ramo da educação~ ainda são muito irnperfeitamente muito imperfeitamente
compreendidos ee aprec~ados
comPreendidos apreciados I neste neste país.
país. Olha-se
Olha-se geral- geral-
mente oo descJ)ho
mente desenhó como como uma uma a.rtarte~ de
de prazer,
prazer, 4e de 1ll,edíocre
medíocre
utilidade prática
utilidade prática permitida
permitida sómenteSOmente aos aos estudantes
estudantes ,aa
quem resta
quem resta algum
algum tempo
tempo dep/ois
depois de de umauma instrução
instrução sun- sufi-
ciente nas
ciente nas cousas
cousas maismais úteis.
úteis.
"Si recentemente
"Si recentemente se se tem
tem feito
feito nesta
nesta cidade
cidade lesforços
.esforços
para espalhar
para espalhar oo conhecimento
conhecimento do do desenho,
desenho, éé porqueporque co- co-
meça-se, m(ls
meça-se, mas cocomeça-se apenas, aa considerá-lo
meça-se apenas, considerá-lo como como um um
ramo essencial
ramo essencial da da educação
educação geral geral em em ' 'todos
to dos os os gra~s,
graus, ee
como aa base
como base de de toda
toda instruçã.o
instruçã,o técmca
técnica ou ou in,dustrial.
industrial. I
"Começa-se aa percebeI'
"Começa-se perceber que que êleêle éé ullJ~
uma cousa
cousa útil útil em
em
todas as
todas as espécies
espécies de de trabalho
trabalho ee em em todas
todas as as condições
condições da da
vida; que
vida; que constitue
constitue uma uma linguagem
linguagem mjl.ismais própria
própria aa repre- repre-
sentar aos
sentar aos olhos
olhos os os ohjetos
objetos do do que
que oo fariam,
fariam as as p'âl,a:vras,
palavras
ainda as
ainda as 'mmais bem escolhid,as;
ais bem escolhidas; que que éé oo inelbOl:
melhor meio meio de de
desenvolver aa faculdade
desenvolver faculdade da da observação,
observação, ee de de crearcrear oo
gôsto do
gôsto do belo
belo na na natureza
natureza ee nas nas obras
obras d'arte;
d'arte; Iqueque éé in- in-
dispensável
dispensável ao ao arquiteto,
arquiteto, 'ao 'ao graVado!',
gravador, ao ao esculto'
escultor, ao me-
J:" , ;tO me-
cânico ee aos
cânico aos operarias
o'perarios em em geral;
geral; queque enfim
enfim dá dá ao ao 'olho
olho
ee àà mão
mão uma uma educação
educação de de que
que todos
todos teem
te em necessidade.
necessidade.
"O depenho,
"O de,senho" dizia
dizia Pestalozzi,
Pestalozzi, éé um um auxiliaI'
auxiliar muito muito
útil para
útil para se se ensinar
ensinar aa escrita;
escrita; êle êle s,será para os
e rá para os mestres
mestres
um meio
um meio excelente
excelente de de tornar
tornar suas suas lições
lições maismais claras,
claras,
e compensará largamente, facilitando
e compensará largamente, facilitando o estudo d·a s outras o estudo das outras I
matérias, oo tempo
matérias, tempo que que se se lhe
lhe tiver
tiver consagrado.
consagrado.
"Como aa importância
"Como importância do do desenho,
desenho, tanto tanto para
para oo de- de-
senvolvimento das faculdades humanas, quanto ~ara oo
senvolvimento das faculdades humanas, quanto para
- XIn-

,
progresso industrial,
progresso industrial, torna
torna-se se dede dia
dia em em dia
dia melhor
melhor com- com-
prendido. seu
prendido. seu ensino
ensino iráirá encontrando
encontrando menos menos oposição.
oposição.
"E' ·um
I "E' 'um fatofato bem
bem conhecido,
conhecido, que que na na Inglaterra
Inglaterra os os
produtos das
produtos das manufaturas
manufaturas lecm teem aumentado
aumentado prodigiosa-
prodigiosa-
mente de
mente de valor,
valor, graças
graças ao ao sistema
sistema de de educação
educação artistica
artistica
ali inaugurado
ali inaugurado há há vinte
vinte ee cinco
cinco anos.
anos.
"Os hOlnens
"Os homens mais mais competentes
competentes na na indústria
indústria est.ãoestão
acordes em
acordes em recoreconhecer
nhecer que que oo Mass
Massachussetts
~chussetts não não pode
pode
manter sua
manter sua categoria
categoria comdcomo Estado
Estado marmfatureiro,
manufatureiro, si si não
não
favorecer 'aa cultura
favorecer cultura do do desenho
desenho em em todas
todas as as escolas
escolas pú- pú-
blicas" ..
blicas"
1';1. Walter Smith
M. Walter Smith insiste
insiste muito
muito sôbre
sôbre aa conveniência
conveniência ·.
de encarregar
de encarregar os os professores
professores ordinários
ordinários das das lições
lições do do
desenho.. Os
desenho Os discíPllJos
discípulos crêemcrêem dificilmente
difícilmente na na 'sua
sua pró-
pró-
pri'a aptidãp
pria aptidão para para um um conhecimento,
conhecimento, que que seu
seu mestre
mestre não não
poude adquirir
poude adquirir em em grau
grau sufici
suficiente
ente ppara ensiná-lo.
ara ensiná-lo.
Muito sem
Muito sem ~azão
razão tem-se
tem-se julgado
julgado qu que era preciso
e era preeiso ser-ser-
se artista
se artista parapara en::;inar
ensinar oo desenho,
desenho, quando
quando se se não
não ' exige,
exige,
nem Um
nem um orador
orador I(aru para ensblUr
ensinar retórica,
retórica, nnem em um um acrobala
acrobata
papa ensinar
palia ensinar ginástica
ginástica.. Convém
Convém considconsiderar
erar oo desenho
desenho
como uma
como uma linguagem,
linguagem, que que exprime
exprime nossas
nossas percepções
percepções por por
meio de
meio de liphas,
linhas, sombríls
sombras ee cõres,côres, do do mesmo
mesmo modo modo por por
que as
que as exprimi
exprimimos mos porpor meiomeio de de palavras
palavras ee frases.
frases. '
OO desenho
desenho éé em em verd;Ide,
verdade, aa muitosmuitos respeitos,
respeitos, uma uma
língua; da
língua; da forma,
forma, tendo
tendo somente
somente duas duas letras
letras -- aa linhalinha ,
reta ee aa linha
reta linha curva,
curva, -- que que sese combinam
combinam como como se se com-
com-
binam os
binam os caracteres
caracteres alfabéticos
alfabéticos nas nas palavras
palavras escritas.·
escritas.'
Há entretant.o
Hã entretanto esta esta diferença:
diferença: -- ao ao passo
passo queque aa pa-pa-
lavra escrita
lavra escrita sugere
sugere oo nomenome e.e oo pensamento
pensamento do do objeto,
objeto,
oo desen~o
desenho apresenta
apresenta oo próprio,
próprio objeto.
objeto.
OO del'enho
desenho ee aa escrita
escrita procedem
procedem da da mesm
mesma faculdade,
a faculdade.
aa faculdade
faculdade da da imitação;
imitação; ee oo 'desen,ho,
desenho, mais mais simples
simples cm em
seus elementos do que a escrita, é por
se'u,s elemei'Itos do que a escrita, é por isso mesmo aqui- isso mesmo aqui-
sição mais
sição mais ..fácil.
fácil.
- XIV-
XIV-
I ,

Tem sido amplamente demonstrado, acrescenta o eX1 ex


perimentado professor, que toda toda pessoa queq ue aprende à I
pode aprender o desenho; e que os dous conh -
escrita pode
prestam mutuo apoio: o sucesso em uma jé
cimentos se prestam é
indicação certa do sucesso no outro.
iQdicação •. ,
O único meio de tornar geral a instrução no desenho
O
'Valter Smith, e estender sua influên-
industrial, diz M. Walter
cia sôbre todos os produtos, é ensinar o desenho elemen-
tar a todos os meninos sem .exceção.
exceção.
Para aperfeiçoar '0o gôsto em um u m povo é mister de- de-
senyolver o amor do belo no espirito infância. Este e
espírito da infância,. é
com efeito o único meio de modificar seriamente o esta-
,com
do intelectual de um um pais; e os cursos de adultos não serão
jamais eficazes, sinão quando neles se tI:ata.r tratar de com-
I pletar ou desenvolver uma primeira ,instrução, isto é, de
construir sôbre fundamentos solidamente assentados,assentados.
desenho geométrico é a única base verdadeira do
"O desenho,
desenho
desen ho artístico 00ou industrial.
"Um bom sistema de desenho, ainda quando não tem
"'Um t em
por fim si sinão artístico, deve tOQ'lar
não o resultado artistico, to mar a geome-
' desde o00 princípio
tria por guia 'desde principio até ao fim',
fim.
"Tal tem sido a prática dos maioreS maiores mestres e das
melhores escolas da Europa: prática que tem a sanção
França e da Inglaterra"
oficial da França Inglaterra"., '
A educação ~o do olho e da mão, o desenvolvimento do
gôsto pelo , hábito do desenho, adquirido desde as pri-
meiras idades nos jardins da infância, di~ diz M,M. 'I:homaz
Thomaz
presidenté do Baard
Richeson, presidenle Board afof directors da cidade de
S. Luiz nos Estados Unidos da América do Norte, com-
S, I
pletados pelo ensino do desenho elementar nas escolas do
primeiro grau, e do desenho industrial nnas as do segundo
(grammar schaal),
Sc1100l) , bastarão para fazer Uma uma revolução
nas manufaturas dé de nosso .país;
,pais; e poderão daqui a alguns
anos elevar de modo notável o valor dos produtos na-
auos
cionais.
'- xv-

longe poderia eu ir ainda ' nestas reflexões sôbre


Muito .longe
\
utilidadee do ensino do desenbo,
a grande utilidad desenho, mas não devendo
aI n'gar
ai ngar demais esta introdução, encerro-a transcrevendo
as \seguintes
seguintes notáveis palavras dê de 1\1.
M. Bouisson no seu iro- im-
portante
po r,elatório ao 'ggoverno
' tante r,elatório' overno francês a respeito da Ex,.J Ex..J
posição
po FiladeIfia: ,
ição universal de Filadelfia:
preciso que a França defenda sua proeminência
"E' predso
at~ agora não contestada nas artes,
até artes. Ela dispõe de rec!lr-
recur-
sos imensos, que deve fecundar por um ensino primário
I bem concebido".
"Entre nós, como por toda parte, não basta possuir
excelente's professores especiais de desenho; não basta
,excelente'
possuir bons cursos e boas escolas; é necessário que todos
os preceptores e todas as preceptoras estejam hibililudos hibilitados
a dar a toda a população escolar o primeiro ensino .do
desenho" .,
"A França, que depois das suas ddesgraças
' ''A entregou-
esgraças elltregou-
se ao trabalho .com com uma euergia
energia notável, devedey<! dedicar-
se com igual ardo,' ardor ao ensino do desenho, ec rclemperuli
rctempcraJ:'
suas fôrças produtivas nas fontes da arle. arte.
"Por meio de um ensino geral da arte do desenho
abrem-se duas estradas: uma, que favoreée favore~e o desenvol-
vimento do góslo gôsto e da habilidade artisticas,
artísticas, a outra, que
torna o povo capaz de apreciar o bbelo elo em suas formas
diversas.
"Criam-se dêsse modo a um tempo a oferta e a pro-
cura; lavra-se o campo, e planta-se a semente, que dará
a mel'se
me,sse fntura;
futura; faz-se o aauditório
uditório e o orador; -~ o pú-
blico que jülga,julga, e o artista que produz",
produz".
Agora duas palavras sôbre o pensamento que <rue presi-
diu ao plano dêste livro.
Compondo-o deterdeterminadamente
minadamente para servir à difusão
do ensino do desenho geométrico, e paTa °
para com o mesmo
levar por toda parte noções , ger'ais gel'ais das ciências e artes
que a êles se prendem, tais como a cosmografia, a agrimel1- agrimen-
- XVI-

sura,
Sllra, a estereometria e a arquitetura, distribuí distribui
e gradualmente as matérias, de modo moqo que pudesse o liv o
ao mesmo I tempo ~empó convir
convii' às escolas
escoJas primárias e ,norma norma s.s,
aos colé~ios, e ' enfim
a9s liceus e colé~ios, enfi,m a todos ~u~ntos - home s
todo,s q;uantos
comer~ialltes, lavradores, ope
e senhoras, industriais J comerciantes, á-
opefá-
rios, etc. - não havendo havelldp recebido uma instrução instvução I/ri- pri-
mária
, completa, desejarem. instruir-se m ~smos, lin-
insU:ui'r-se por si mesmos,
dependentewente
dep endentemente, de mestres, nestas matérias mqtédas tão interes-
santes
sant<,s e de tal1ta
tanta utilidade prática
práiíca em todas as a.s posições
~ociais.
sociais. I ' , 1f . I I I I
A primeira
primeil'a parte é destinada
destinada, aos
aos' dous primeiros
prImeil'os anos
da instrução -primária; segundá e
primária; e a segunda e os dous .primeiros
primeiros
capitulos da terceira
ca,vflulos terceii a aos terceiro e quarto
quaJ.;to anos da d~ meSma
mesma
.lnsLt ruç.ao
instruç.ão - .r ' • I I I
" !
• A terceira e quarta partes cabem particularmente nas
escol~s normais,
escolas secuhf:iária~ dos
ÍlOrmais, ,ee em geral nas classes secundária& do~ ,
equcação, quer público,s,
institutos de eq.ucação, públicos, quer privados
privados.. I
desenvolvimento do livro procureI
Enfim, no desenvolvimen'to seguir,
procurei segui!',
quanto coube em minhas fôrç.f\s; fôrç.as, uma marcha naturalmen-
natlWalmen-
te progressiva, procedendo ppasso subindo lddoce-
asso a passo, su1iindo oce-' ,
mente,
me' n te, como por degrâusdegraus insensiveis, das idéias .mais mais
simples às m~is m!!is complicadas, e usando sempre de uma
linguagem calculadamente concisa' sing~la, e clara)
concisa,, singela, clara, de
modo que qualquer pessoa do }?OVO, povo, sabendo ~peI1ias apenas
ler, pudesse t10 no mesmo encontrar uma instrução fácil em
cousas, Cq~lO
COllsas, como eu acima disse, de tanta utilidade prátiça prática
em todas as posições sociais. sociai$.
,,
Paris, Dezembr:o,.~e
Dezembro de 1878.
1878 .

ABILlO CESAR
ABILIO CESAR BoRG:ES
BORG,ES
CARTAS
DOS
J I /'

Srs. Engenheiro Dr. André Rebougas, e literato


,.José de Bessa e Menezes,
Menexes, de Lisboa

SóBRE ESTE I,-IVRO


SOBRE LIVRO

'.
Fever~iro ,; de 187!J.
Rio de Janeiro, 7 de Fevereiro; 1879"
,
Ilmo. 8.,r.
llmo. Sr. Dr. Abllio
Abílio Cesar Borges.

Meu caro 'amigo,


amigo. Sa,úde,
Saúde, etc.,
. ,
Recebi ' e li com I a maior s'atisfação
satisfação o belo livrinho
que enviou-me, cOlP
com o título .?e Desenho linear, ou Ele-
, de Dese.nho
mentos de geometria prática,
prática popular, seguido
Ileguido de algumas
algumaS!
agrimensura, estereometria e'
noções de agrjmensura, e arquitetura.
O Andrezinho já apoderou-se dêle, e está ·ffazendo
azendo , na
l~usa exercícios de desenho
lousa desen~o linear c9mcom esse santo entu-
siasmo característico da infância.
Principiei a simpatizar com o seu livrinho logo na
introdução.
I Encontrei aiaí idéias, qqe
que desde muito profaso
profago BO
no en-
II sino da Escola politécnif!a uas colunas do Novo Mu.
politécnica e nas Mundo
n do
e da Revista Industrial. I
-- XVIII-
XVIIT - t;~ ~

Meus artigos, Educação Técnica do Novo


Meus ~o N(j)vo Mundo, Je
outubro de 1875, e Generalização do ensino de desen desenrAoo
em o Novo Mundo de Novembro Nove~bro e Dezembro de 18 8,
1818,
reslituir-Ihe-ão o prazer, que me deu com a leitura 1110
restituir-Ihe-ão do
prefácio dos seus elementos de Geometria prática pi'ática po- 0-
pular. /
Sabe perfeitamente
perfeitamentê quanto ,é é . grato reconhecer
reconhecer, true que
não sese está isolado
isolad.o no combate contra a desídia e a ro-
tina.
Antes da fundação do ,Liceu Liceu de ArtesArtés e Ofícios por I
Bithencourt da Silva, a mocidade brasileira brasilei 'a não l tinha
ensino algum popular do belo. : .o
ensitio' O ILiceu
Liceu esforça-se
esfo ça-se , para I
suprir esta deficiência no Rio de J an~iro,
d,e Ja n eiro, e seu r vrinho
seJ. livrinho
vai estender a propaganda a todo o Brasil, B~asil, a principiar
pela escola primária. I '

O desenho linear é o ABC do belo. Evidentemente


cumpre queÇ,!~~ . seja ensinado
ensin~do nas escolas primárias.
pl'lmárias. Pessoa
d:;v;;
algum à deve ignorá-lo.
algumà I 'I
Falar, escrever e desenhar, todo todo o homem deve sa-
ber; são os três 'meios
meios de comunicar idéias. Ser incapaz
de transmitir as formas, que viu ou que imaginou é uma
deficiêneia
deficiência fatal. I -

Educar é preparar a criança no bom, no. no. justo e no


belo.
Deus coloco~
colocou em seus coraçõezinhos as sementJs, sementes
dessas três sublimes árvores; mas, por certo, a semente semente"
que primeiro germina, e a' a de mais fácil cullura~
cultura, é a do
belo.
A criança tem horror a tudo que é feio, disforme e
assimétrico. O qualificativo feio é para os Il,le,ninos meninos o
pior de todos. ! I
Com a educação II,OS
Com nos- habituamos a encarar, sem mos-
tras de
tIlas de rrepugnância,
epugnância, pessoas feias e defeituosas, m mas
ks aos
isto éé impossivel:
meninos isto impossível: aoao ver
ver J<[ualque,
qualquerr deformi
deformidadedade
seu instinto
seu instinto do belo revolta-oS!! imediatamente" t
revolta-se imediatamente.
! I
\ - XXIX-
- IX-

se~
\ o seu' livrinho é excelente propaganda. Ensina Ensin'a si-
multana:rnente
ffillta,namente ao mestre mestre' e ao aluno. As séries de per-
gu~tas
gu i tas e os quadros sinóticosinóticos em seguida ~a, cada liç.ão lição
, mo~tram
mostram claramente aos professores como devem ensinar. ensin,ar.
Ser~ indispensável
indisp ynsável que as·as escolas primárias tenham
tennam sé--
ries de modelos preparados
preparad'o s para todas
todas as lições. Os Es-
, tados-Unidos,
tado~-Unidos, a Suíça, a Bélgica, a França Fr:ança e a Alemanha
Alem íl nha
• fornecem hoje boje coleções ,utilissimas,
utilíssimas, e por preços insigni-
insigl)i-
ficanles.
ficantes.
, grande~ vantagens dos seus Elementos de
Uma das grande~
g ~ ometria prática popular é a riqueza em figuras . bem
geometria
regularmente lítografadas.
litografadas. A coleção final é, prinéipal-
principal-
mente,
nen te, preciosa.
Nesta ., primeira edição escaparam alguns enganos,
que será facíllimo remediar na segunda; algumas defi-
niç.ões
niJ.ões . poderão, também ser aperfeiçoadas, pondo-as de
I acôrdo com O o ensino da geometria superior.
superior .
oitavo livro, de que faz doação à mocidade
. E' êste o oHavo
brasileira; com certeza é o !pais mais importante, e ' o qrie
que vai
benefícios à educação
• produzir maiores beneficios educa,ç ão pOPlllar
p opular .
Necessitamos educar esta nação para o trabalho; es-
tamos cansados de ouvir discursos. discursos . .Já
J á vai, mercê de
Deus, passando oO> período da verbiagem; necessitamos res-
peus,
tituir à ciência positiva, à agricultura e à indústria os
talentos, q'ueque se esterilizavam nas egoísticas lutas ç'ue ~e de-
nominavam - política.
t livrinho será um grande guia da infância para
Seu livrinho
províncias ,da
as provincias da indústria e do trabalho em geral.
Faço cordiais votos para que os Elementos de geo-' geo-
metria prâtica
metria prática popular ainda tenham muHos muitos irmãos
igualmente úteis à mocidade brasileira, que já tanto lhe
deve.
afeiçoado patrício e amigo.
Creia-me sempre Ilfeiçoado amigo .
André Re.bouças.
A.ndré Rebouças. '
- xx-

Rio de Janeiro, 9 de Fevereiro

llmo. Sr. Dr. André Rebouças.

Meu 'caro amigo,


Meu 'caro ami~O, I , ,
II Iii I "'I
, . !
Quando ao seu autorizado juízo· subma!;!. o )ll~U
juizo submeti m'?u livr'-
livri-
uho; ou porque me cegava o amor próprio,
nho, porque I
p Jõprio, ou I,>orque
me não
ijão mentia a conciência,
conciêilcia, dehi
dele tinha eu já opinião tal,
cc;>nt~va com os seus aplausos; mas, cODfesso,
que quasi contava confesso,
muito longe estava de esperar que o meu amigo Ievasse leiV:1sse
a sua generosidade até o ponto (le de me escrever aquela
c~rta, . que é uma verdadeira
preciosa carta,. verd(ldeira patente, garantidora
garalüidora
no sucesso ' do livrinho poispoi s bem sei,
s,ei, e I sabem-no todos,
da severidade do seu caráter
carA ter de cidadão e de homem da
ciência, e da sua esquivanç.a,
'ciência, esquivança, sinão repugnância, em fa-
zer recomendações de favor em cousas do ensino.
Aperto~lhe
Aperto-lhe a mão agradecido, e subscrevo-me com
particular e's tima e distinta consideração,
estima I "

I
Seu ' amigo afetuoso e obrigadíssimo,
obrigadíssimo;

Amuo
ABILIO C.

P. S. - A propósito do que me disse dó do seu Andre- ,


zinho" peço-lhe
zinl:to" peço-Ihe que leia :1a carta junta que h~ pouco
<lue há poucP re- I
cebi de um ilustrado
cebí ilu's trado amigo de Lisboa, 11,a
n.a qual se me re-
fere um episódio parecido com êsse êske de seu sobrinho.
II
I~~" I ,t i I 'I' -XXI-

I II: I ,t,} I
II'
; i I h ·i II. I,
J •

I,! f

caro Amo. e llmo. Sr.


Meu , car?
r I, ' I" .
AMUo Cesar T;3orges,
Dr. Abílio Borges,
I !' ,I
II J Da parte I de V.
I J ,molrte S
s.a.', recebI
recebí o livro de ~ua I
sua composi.ção
composlçao
Desenho LInear
- Desenlio Linear ou Elementos de Geotnef:iria Geometria Prática
Prdtica
POpular ~'
l?opular - eorJquecid0
enriquecido de lisonjeira dedicatória, tanto
l/I mais para aagradecer,
gr !Jd~cer, tíue
q'ue não a justi.ficando
justificando méritos cor- cor·
I:e~pondentes:
respondentes; me ' é segura fiança, fiança da instintiva anUzade amizade
e s~mpaUa
simpatia que tive a , fortuna inspirar~lhe, e tã,o
fortlln!l; de i'nspirar-Ihe, tão lar-
~am
gamenteant~ , 4e
de todo o coração lhe ~he rretribuo
etribuo .
Precioso livrinho é êste de que
, Precioso- <rue me fez possuidori
possuidor!
I I '
E dobradamente estimâvel
estimávçl é êle, e lhe são devidas
honras e festas de hoa boa vinda, que r aríssimosndssimos no BrasilBra's il
são os setisseus similares. I I
j' I 'Porque?
P brq Je'1 I ' . , I
I I Engenho,
Engt\nb'o, excelência de ' aptidões, af.ectuoso af·e ctuoso senti·
sen'ti-
mento
menta pelo p e10 berço natal, nada ai falta. I

J Todos os brasileiros se extasiam na contemplação do


~menso 'gigante
imenso gigante a cujos pés corre o ,Prata Prata e banha aà ca· ca-
beça no Amazonas. '
just0 desvanecimento ' é êsse no filho amante, que
E justo
vê .as rasgadas
rasgadas' proporções da pátria, as suas infindas
inexhauriveis campinas,ampinas, os seus áureos rios-mares, a suas
topeta'n do os astros tI .
a lti vas serranias topetando
·altivas
Eu mesmo,
fuesmo, - efeitos porventura do meu m.eu entranhado I

~mor por
amor pOI! essa terra,
terra, onde propicias me correram os me-
lhores
lhores anos anoS da vida, - às vezes, atentando atentan do no passado.,
'passa do,
cismando no precipite revolutear tevollltear do ,mundo e da sacie.
dade,
dade, no descambar sucessivo sHcessivo dos dos velhos impériosimp érios ee .o
o I

seu ressugir
ressugir constante,
con tante, nem nem ' sempre
sempre no no mesmo
me$mo continen·
continen- I
te.
te, em novas
no'vas ee vigorosas nações ~ações com
com formas
for:t;nns c aspir ações
aspirações
, civilizadoras
civilizaG,oras diferentes,
IUferentes, vejo, vejo, ~- emem longínquo
longínquo porvir
porvir éé
I e~l1to, mas
certo, mas envolto
elIvolto emem luz,
luz, -- oo Brasil
Brasil grande
grande na na exten-
exten-
-- XXII-

são, população, comércio, indústria, artes, ciências, e


principalmente grande pelo patriotismo de seus filhos, f,ilhos,
'dar' por sôbre as Antilhas a mão à União Americana, dous
colossos num colosso, realizando a fraterniza,ção das
raças saxônia e latina levando à humanidade
hunlanidade inteira a
sua benéfica e irresistível influência.
En'ca~1tadora
Encantadora visão!
Mas é fado nosso - devanear, sonhar maravilh maravilhas as
alcançáveis,
alcallçáveis, e nada tentar afim de converter o fantasioso
imaginar em realidade palpável. f{j

Porque,
Porqll,e, meu amigo, de ânimo decidido,
decidid,o, obreiros do
progresso, não correm os brasileiros ~eguill-Ihe I o pa-
brasilei,:;os aa, seguir-lhe
triótico exemplo, encaminhando já a pátria aos altos altps e
sorridentes destinos que a aguardam?
aguardam ? I
~1avan~fl para I
São aqueles livrinhos 'aa mais possante alavanca
giganttl, o mais poderoso meio de encurtar o es-
erguer o gigantEi,
paço que medeia entre o lutuoso estado presente e ltão
eStado preseute t ão
grandioso futur o.
futuro.
Bem haja o meu amigo, que compreendendo ser a ins-
trução do povo que levanta as nações, povoando os de-
sertos e arrancando à terra os seus mais recônditos te-
dedicou-lhe o labor contínuo dos anos,
souros, (lEidicou-lhe anos juvenis, e e
consagra-lhe a madura reflexão do ' homem encanecido
no I estudo, ofertando-lhe obras didáticas de inestimável
valor. I
Bem haja o meu amigo pelos gostosos momentos qlle que
me proporcionou com a leitura do seu precioso livrinho.
Não sei ao que nele dar a preferência, si à excelên-
exposição ; o que sei
cia do método ou à simplicidade da eX'posição;
é ser aquele livrinho um verdadeiro tesouro.
Quando eu vir no Brasil todos os ramos do saber
humano postos assim ap ao alcance das crianças, princi- '
piarei a contar com a realização da minha sedutora
piareI
visão.
Mas, ai de nós!
No Brasil, como .em Portugal, nada se consegue sem
m erecerão , favor obras 'tais
o , influxo governamental; e merecerão tais
que só venturas hguard,flm
aos estadistas brasileiros, ql1e aguardam da
eleição de donsdous graus com eleitores
eleitores... ~em 'gl'a'duação
.. , licm graduação
eleiç,ão ,Ido
de cultivo intelectual algum, da eleição do lêrço,
têrço, dando
m inorias...
representação às minorias ... sem têrço, nem tuinoriasminorias
DES ENH O LINEAR
DESENHO LIN EAR
OU ELEMENTOS
OU ELEMEN TOSDE
DE

GEOMETR1A PRÁTICA
I

POPULAR
seguido~
seguidos de
de algumas
algumas noções
noções de
de
AGRIME NSU RA,, ESTEREOMETRIA
AGRIMENSURA ESTEREOMETRIA EE ARQUITETURA
ARQUITETURA
para \ISO
para \ISO das
das
e8colas
Esco las primãrias
primArias ee normai
normais,
s, dos
dos Liceus
Liceus e8 Colégios,
Colégios, dós
d s Cursos
Cursos de
de adultos,
adultos,
e em geral
em geral dos artistas
dos artistas ee operarias
op erarlos em
em qualque!
qualquer ramo
ramo de
da indústria
indústria
PELO
,
ABIL IO .CESAR
Dr. ABÍLIO CESA R BORGES
BOR GES
BARÃO DE MACAÚBAS
MACAÚBAS
Ex~D il'etol'
E".Di relo Geral
r
<feral dos
dOI Eal.u
Estudosos da Província Ud Dal~,
Pro 'dncia da Baía, ex-membro
e.;s.-membro do do Conselho
Conselho Superior
Superior
do [ ~tru.ç~o da CÔr
de Instrução te, Slfio
Côrte, Sócio efct ivo do ~lUti'ulo
efetivo Instituto I1i.stórico
Histórico ce Geográfico
Geográfico
Brn~ileiro, e cor:rcspqDd
Brasileiro, correspondente Sociedades GcogrliCica
eot.e das Sociedados Geográficass
de
de PiU"Íll, Bruxelas c de B~ooa
Paris, de Bru1elas; Buenos Ai:ros,
Aires, dai.
da SoGicJ
Sociedade
ude dos Ami.gos da
Q!5 Amigos da IIDlStruçãO
u1ll"oçio
Popular
Popular de de Montevidé
M_ootevidéu,u , da Soc.icdade
Sociedade Pari.!:)'eoae
Parbicnse pa para
ra oo dcacu
desenvolvimento
yoh -i. wento
da
da iostrução
instrução primária,
primária, Fundador
Fundador dll da Sociedade
Sociedade Propagado
Propagadora ra
da
da 1l1s ruçiO do
Instt.rução do Rio dede JJaneiro,
a neiro, do
do Colpgio
Colégio AbUio
Abílio do do Dist-l'ito
Distrito Federal
Federal
ee do de BarLaeena
do de Barbacena,, elc.
etc.

PRIM
PRIMEIRA
EIRA PART
PAR'TE
E

29.
29.aa fOl9
EDIQAO
10 , DESTINAD
DESTINADA ESPECIALM~NTE
r\ ESPECIALI AS ESCOLAS
IEIITE AS ESCOLAS PRIMARIAS

LLIVRARIA
lv;RARJI A FRANC
FRANCISCO ALVES
ISÇlO ALVES
166, RU A DO
RUA DO OUVIDOR , 166
OUVIDOR, 166 - - RIO DE
RIO DE JANEIRO
JANEIRO
BELO HORlZQl'1
BBl.O HO.RIZONTE
TE
s. PA ULO
PAULO
Rua RRio
Rua de· Jane
io de Janeiro, 655
iro, 655
292. R u a Libero Badarli
Badaró
:1942
1;842
fND~CE
Pags.
PUÓLOGO DA S EGUN DA
SEGUNDA EDIQÃO
EDIÇÃO V

I NTRODUÇ~;;'O . . ' ..... O' •••••••••••••••••••••••• • ••••


VII

CARTAS .........................
• • o .. . .......... . o •• o ••••• XVII

Noções pl" Ejliminares


preliminares 1

CAPíTULO
CAPí TULO I
Do ponto
pqnto e das linhas em geral .. 6

CAPíTULO li
II
Posições das linhas retas . . ..••••••.•..•
Bbsições 13
"
I' das linhas
!ias linha)s curvas . .• .......
. ......•. 14

CAPíTULO
CA,PfTULO III
Dos
pos ângulos
âng os e das pOSições
posições relativas
j'elativas das linhas 17
IDos
Dos ângulos
ân gulos quanto àà. natureza dos seus lados 17
Dos ângulos l'etilínios
retilí mos .....
.. ... .. .... .... . .
.. . ... 19
posições
Posições relativas das linhas .. . .. . ...•
., •... , ..• . 21
Dos ângulos quanto à sua grandeza .•... ..• . • 23
Particularidades das linhas retas .• . • •. • . ...••. o •• o •• ' 30

CAPiTULO
CAPíTULO IV
Dos
008 polígonos
poligonos ..
..., . o
31

CAPíTULO V
Dos triângulos
t r iâllgu los •••••••••• ~ •• J ••••••••••••••••••••••••• 36
- 104
CAPíTULO VI
Pags.
Dos quadriláteros ... . .... , ...
. . .. .. " ........
.. ....... ...1•. •...
•••.....
• • , • •. .
••. •. 41
Particularidades
iPl;\r t!clll ar ~~a(\e!l dos paralelogramos ...... .. ... . ..... . 43
CAPf'f'ULO VII
Das figuras formadas por linhas curvas ............. . 46
Da circunferência;' do círculo ..... , ....... ... . , .. . .. . 46
Da elipse .. ", . . , .. "." ,., ........ ... ... . ....... . .. . 54
Da oval ... . ............ .. . .... : ...... '............... . 56
i
Da espiral ...................... . ......... . ....... . . . 5r
Da p,a rábola .... . .. . ............ " .. . .. ... . ..... . ... ... . . 57
Ela hillérbole ......... . ......... ···· i ................ . 58

CAPíTULO VIII
Dos sólidos 62

CAPíTULO IX
Dos sólidos de aresta, ou poliedros .... . .. ! .......... 65
Dos prism<1.s ................. . ...... . ... . ........' . . . 66
Das pirâmides ...... . . ...... . ......... .. '. . . . . . . . . . . . . 67
pi~· ãJD.icle . ..
Troncos de prisma e dee pi;âmide .. ... . .. .. .. ... .• .. .
............... I 68

CAPíTULO
CAPIT LO X
Dos sólidos redol,ldos 72
Do cilindro 72
Da hélice . .. .. ......... .... .. .. .. ..... .. .. .. . ...... . . 74
Do cone .................. . ..... ,..... .. ...... ..... ..,.. 74;
Da esfera ... .. ..... . ...... . .. . ... . ... ' . . . . . . . . . . . . . . . 76
Do elipsóide . . ...... .... ... . ............. L .• . ' ..•• '" • 79
Do ovóide ...... .. .. . .. . ...... . .. . ... . ... . .. .. .. . .. .. 80
Secções por nlanos ............... '. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Desenvolvimento das superfícies dos sólidos ...... . .. . 8ó
EXERCíCIOS GRÁ.I!'ICOS •• . •.• . •.•.• • ••.••.•.••••••••• • •• • 87

,
N'. 3.283
N. - Oficinas Gráficas da Livraria :!<'rant'isco Alves
-: 10-
nhas curvas em número ilimitado; é o que se vê na
nhas CUl'va·s
figura em número ilimitado j é o que se vê na
seguinte:
í'igura seguinte:

~B
Verifica-se, ainda, fàcilmente, que de todas as
Verifica-se,
linhas que ligamainda,
dois fàcilm
pontosente,
A e B,que de todas
a reta as
é a menor.
linhas que ligam
Por isso se diz dois
que pontos e B, éa areta
a linhaA reta é a menor.
menor distância
Por, isso dois
entre se diz que ea quando
pontos linha reta a menor disttlncia
nosé referimos à distancia
entre
entredois l)onlos
dois pontose quando
é sempre nosaoreferimos
segmentoà de distancia
reta que
entre dois Assim
as une. pontos aé distância
sempre aoentresegmento
A e B de é oreta que
segmento
un e . Assim a disltlncía entre A ~ B é o segmento
as AB.
AB.
Linha mista é a linha formada de · uma ou mais
Linha de
porções retasé ea de
mista linha
umaformada
ou mais de uma ou
porções de mais
curvas.
porções de retas e de uma ou mais porções de curvas.

Linha fechada é aquela cujas extremidades se


Linha fechada
confundem ' é aquela'
no mesmo pontocujase. porextremidades se
isso, abrangem
confundem no mesmo
completamente pônto e.
uma porção de por isso, abrangem
superfície. O círculo,
completamente uma
a oval, a elipse sãoporção
linhas de superfície. O círculo,
fechadas.
a oval, a elipse são linhas fechadas.
Linha aberta é aquela cujas extremidades não se
no émesmo
Linha aberta
confundem aquelaponto
cujas e,extremidades
por isso, nãonãolimita
se
confundem no mesmo
completamente uma ponto
porção e.,deporsuperfície.
isso, não Alimita
hipér-
completamente urnaa 'porção
bole, a parábola, espiral de
sãosuperfície. A hip ér-
linhas abertas.
bole, a parábola, a. espiral são linha.s abertas.
-- X
XII--

consclencja lhes
consciênc,ia lhes bradaria
bradaria ser, ser, além
além de de bruta
brutamente
mente mate-
mate-
rial, de
rial, de todo
todo vão?
vão?
OO melhor
melhor processo
processo que que sese pode
pode empregar
empregar para para inte-
inte-
ressar prontamente,
ressar prontamente, não não umum somen
somente, porém todos
te, porém todos os os dis-
dis-
cípulos de
cipu)os de uma
uma classe,
classe, consiste
consiste em em sese executar
executar em em grande
grande
no quadro
no quadro preto
preto os os traços
traços das das figuras,
figuras, dede sorte
sorte que
que aque-
aque-
les que
Jes que devem
devem fazê'-las,
fazê'-las, depois,
depois, vejam-nas
vejam-nas traçar
traçar previa-
previa-
mente pelos
mente pelos mestres,
mestres.
I OO modêlo
modêlo se se d'desenvolve
e senvolve assimassim diante
diante dos
dos olhos
olhos dosdos
discípulos; oo professor
distipulos; professor chama chama aa atenç,ão
atenç,ão dos seu~ ouvi~­
dos seu~ ouvin-
tes para
tes para os os pohtos
pontos mI mais excita-lhes a cu-
a is interessantes; excita-lhes
riosidade, e provoca entre êles a emulação pelas expli-
riosidade,
i nterrogações a um e a outro,
cações e pelas interrogações outro. ;,
Chegam assim os discipulos
Ch'egam discípulos com pouca pouca fadiga, ce
se'm perceberem o caminho percorrido,
quasi se'm' p,ercorrido, a receber
pelos olhos e pelos
pelns peloS' ouvidos as lições que lhes foram da-
das pela imagcm
imagem e pela palavra.
"o. desenho
"O deseIJho geométrico, diz o distinto professor de
desenho de máquinas da Escola politécnica de París, Paris, M.
Tronquoy, se tem tornado de ae uma utilidade tão geral, que que''
deve fazer parte do ensino público ein em todos os graus.graus,
"Dizem que o desenho é a linguagem do engenheiro; engenheiro;
seria
seria dos
dos pro gessos da
progessds da mecânica
mecânica ee das das artes,
artes, ç'ue
c;:ue teem
teem ''
conexão
conexão com com as as ciências
ciências matemáticas,
matemáticas, oo conhecimentp
conhecimento
do
d9 desenho
desenho geométrico
geométrico éé tão tão indispensável
indispensável ao ao engenheiro
engenheiro
ee ao
ao arquiteto
arquiteto como
como ao ao artista
artista ee aoao operário;
operaria; ee éé útil,
útil, pelo
pelo
menos,
lAenos, ao ao homem
homem do do mundo,
mundo, que que nãonão quer
quer ser
ser comple-
coulple-
tamente
tamente estranho
estranho ao ao desenvolvimento
desenvolvimento industrial
industrial de de seu
seu
tempo.
tempo.
"Dizem
"Dizem que que oo desenho
gesenho éé aa linguagem
linguagem do do engenheiro;
engenheiro;
seria
seria mais
mais justo
justo dizer-se
dizer-se que que êIe
êle deveria
deveria serser aa linguagem
linguagem
dede todo
todo mundo",
mundo" .
Em
Em verda'de desenho éé em
verda'd e oo desenho em muitas
muitas circunstâncias
circllnstâncias oo
único
único meio
meio de de expor
expor uma uma idéia
idéia claramente
clará mente ee com com preci-
preci-
são,
sã.o, porque
porque chega
cbega ao ao espírito
espírito falando
falando aosaos olhos; muita~
olhos; ee muitas
1 '
--lI2 -
~2-

• Quantos pontos são necessários para determinar Uma


reta?
Que éé semi-reta?
semi·re ta'?
, I Que éé segmento
segmen to de de retFl?
rctfl'?
Que é linha quebrada?
Que é linha curva?
Entre' dois pontos quantas retas se podem trlÍçar?
traçar'?
podem traçar'!
Entre dois pontos q uantas curvas se podem traçar'!
Que é distância entre dois pontos?
Que é linha mista?
Que é linha fechada?
Que é linha aberta?
Que é ponto de interseção?
Que é li ~ha plana?
Que é linha reversa?

I
Quadr
Quadroo sinótlc
sinóticoo das linhas

I Reta
Reta
, I Quebrada
Quebra ou Poligon
Poligonal
d-a ou al
Curva
Curva
AA LINHA
LINHA PODE SER Mista
PODE SER Mista.
Fechad
Fechada a
. Aberta
Aberta
Plana .,
Plana
Reve.rsa
Reversa
Cheio
. {CheiO
Pontua
Pontuado
do
oo ifRAÇO
TRAÇO PODE SER Interro
PODI;: SER Interrompido
mpido
{
,., Misto
Mi~o
,
-13 --
-13

" CAPITULO II'


CAPITULO II

Posições das
Posições das linhas
linhas

POSIÇÕES DAS
POSIÇÕES DAS UNHAS
LINHAS l\ETAS
RETAS
I
, I
/ Uma
U ma reta,
reta pode
pode ocupar
ocupar três
três 'posições: horizontal,
posições: horizontal,
vertical ee ,inclinada.
vertical inclinada.
"

Horizontal
Horizontal poslçao em que aa. reta segue a
é a posição
direção da superf(íci,e
superfície da ás'ua
água traiHluila;
trailquila; e é por isso
também chamada lmha linhà de nivelo
nivelo

Vertlaal é aa- posição em que a reta segue aa. direção


Vertical
do 'fiq
fio a prumo, ou da queda de um corpo. .'

ii,
-14-
-14 -
Inclinada é a posição que não é horizontal, nem
Inclinada é a posição que não é horizontal, nem
vertical.
vertical.

POSIÇÕES DAS LINHAS CURVAS


POSIÇÕES DAS LINHAS CURVAS

As linhas curvas, . segundo a direção da abertura


emAsrelação
linhas ao
curvas,. segundopodem
observador, a direção
ser: da aberturaou
cdncavas
. 11mconvexas.
relação ao observador, podem ser: cdncavas ou
convexas.
Linha curva côncava é aquela cuja abertura está
Linhapara
voltada curvao côncava é aquela
observador, como cuja abertura está
a seguinte:
voltada para o ob.servadoI', como a seguinte:

,i
·. ..,-, 15-
15 -

Linha curva
Linha convexa éé aqUt~
curva convexa aquelala cuja
cuja abertura
abertura está
está,
voltada em
voltada em sentido
sentido contrário"ao
contrário "ao dodo observador,
observador, como
como
aa seguinte;
seguinte:

r I

Três pontos, pelo menos, são precisos para para: se


determinar
de ei'minar si a curva é côncava ou convexa.
Si a mesma linha curva é ora côncava, ora con- cOli-
vexa, ela se diz sinuosa. Os pontos
pont.os em que ela passa
de côncava para ,Convexa
convexa e vice-versa chamam-se
pon~os de inflexão da curva.
pontos curVa.

Na
Na figura acima, AA B,
figura acima, B, C
C são
são pontos
pontos de.
de inflexão
inflexão
..
- 16--

I , .. QUESTIONARIO
QUESTIONARIO

Quanta s poslçoes
Quantas posiçõe s pode
pode ocupar
ocupar uma
uma reta?
Qual éé aa posição
Qual poslçao horizontal?
horizon tal'?
• . • Qual
Qual éé aa posição
posição vertical?
vertica l?
Qual éé aa posição
Qual posição inclinada?
inclina pk ?
Como se
Como se considera
conside ra aa posição
posição dede uma
uma curva?
Que éé curva
Que curva côncava?
côncav a?
Que é curvacurva convexa?
convex a?
Que éé ' linha sinuosa?
sinuosa ?
Como se chamam os pontos em que aa concavidad concav idac
sinuosa s ,se
das linhas sinuosas s e muda em convexidade
convex idade ee vicE
vic
versa?
versa?
Quanto
Quantoss pontos são necessários
necessá rios para se determin,
determ int
si a curva é côncav
côncavaa ou convex
convexa'1a? ..

. ,

Quadr
Quadroo 81n6t10
sln6tlco das poslç6
0 das posições das linhas
es das linhas
,
. ~ Inclina
~
da
Inclinada
POSIÇÕE
POSIÇÕESS DS
DE UMA
UMA RETA
RETA Horizontal
. Horizo ntal, .
..Vertica
Verticall

POSIÇÕE S DE
POSIÇÕES DE uMA CU~VA ~~ Convex
UMA CURVA Convexaa
(( Côncav
Côncavaa
-17
-17 ·- - I

CAPITtJLO
CAPITULO III
III

Dos ângulos
Dos ângulos ee das
das ·pos.lções
posições relativas
relativas das
das linhas
linhas

Angulo éé aa. figura


Angulo figura formada
formada por duas linhas que
partem de um mesmo ponto.
partem
lados do ângulo são as linhas que o formam.
Lados

Vértice do ângulo é o ponto donde partem os


lados.

Abertura do ângulo é o maior ou menor afasta-


mento dos seus lados
lados..
colocár uma le-
Para designar um ângulo basta colocar lle-
tra no seu 'vértice.
vértice. Assim dizemos:

oo ânllulo
â~u1o Ao.
"

oo ângulo
ângulo BB

oo ângulo
ângulo CC

DOS
DOS ANGULOS
ANOUL05 QUANTO Á NATUREZA
QUAN.TO À NATUREZA DOS
DOS SEUS
SEUS LADOS
LADOS

Quanto ature~á dos


Quanto àà ature.zá dos lados
lados pOdem
podem os
os ângulos
ângulos
ser
ser retilineos,
retilineos, cc ' vilineos
vilineos ee mistilineos.
mistilineos.
-18'
- :\<8'- -

Angulo retlllneoé éa afigura


Anguloretillneo figura formada
formadapor
porduas
duasse-
se
mi-retas que têm a mesma
mi-retas que têm a mesma origem.origem.

'/

Angulo curvllrneo éé oo formado


Angulo curvilíneo formado por
por linhas
liuhas curvas
curva!
Angulo mistilíneo éé oo formádo
Angulo mistilíneo formado por
por uma
uma curva
cl!lrva •
uma semi-reta.
uma semi-reta. .
Os ângulos curvilíneos podem ser: cóncavo~
côncavo~
côncavos-convexos.
convexos e cóncavos-convexos.
CurviHneo cõncavo,
Curvilfneo côncavo, quando a concavidade do
lados é para dentro do ângulo; como no seguinte:

\c
I
, I'

lados éé para
lados
,I

Curvilíneo convexo,
Curvilineo
para fora
fora do
C "

quando aa concavidade
convexo, quando
do ângulo;
ângulo; como
como no
concavidade dtdi
no s,eguinte:
seguinte:
-- 1199-;-
-

Curvilíneo côncavo-convexo, quando um lado é


côncavo para dentro e outro para fora; como no se-
guinte:
g'uin te: '~',
," ,

Os ângulos mistilíneos
misWíneos podem ser: convexos ec
cóncavos, conforme
corlforme a concavidade do lado curvo é
para dentro ou para fora
fOl'a do ângulo.

An~ul.
Angulo mistilineo
mloUllnoo oon'oxo -J
Angulo mistilíneo
mlstiHneo côncavo

DOS ANGULOS
ANGlJLOS RETILÍNEOS
RETILÍN EOS

Para se designar precisamente um ângulo


ân gulo reti-
líneo
lín eo são
são nnecessárias
ecessárias três letras: uma
um a no vértice ' ce
uma em um pontopont:o qualquer de cada um dos lados.
- '20-

Assim
Assim éé que no ângulo
que nO Angulo seguinte
seguinte lemos:
lem.os: dngulo
dngulo ÁVB,
ÁVB
isto
isto é,é, enunciamos
'enunciamos asas três
três letras
letras dizendo
dizendo sempre
sempre aE
do 'Vértice
do vértice emem segundo
segundo lugar.
lugar.

S /.:quisermos
quisermos indicar os lados do ângulo diremos
dirémos :,
o lado VA e o 'ladó VB,
lado VE.
Na figura seguinte em que há mais de ' um ân· ãn,
guIo com O
81110
.
o mesmo vértice, é fácil distinguir cada uu
UII

dos demais.
dos demais. Basta
Basta enunciar: ãng~lo MAG:
enunciar: âng~lo ângl
MAG, ângt
lolo dAH,
GAH, ângulo.
ângulo. HAD.
HAD.
A'A grandeza
gra.ndeza de
de um um ângulo
ângulo não depende do
'não depende do con:
COIr
primentodos
Rrimento dos seus
seus' la.dos
lados eesim d~ sua
sim da sua.maior
maior ou
oumene
mem
abertura..
a.bertura..
" -- 221-
1- . I

,• Os
Os lados 'do ângulo podem
.
podem ser prolongados ' in-
definid<:).mente.
defínid6>mente.
adjaoentes quando têm à
Dois ângulos são adjacentes o mes-
mo vértice e um lado comum, os outros dois ficando
de uma parte e de outra
oútra do lado comum. Na figura
abaixo os ângulos BAC
BAC e CAD são
são adjacentes.,
adjacentes, O lado
lado

~
'.' 13
A ' 1?l '1 ' C
~,

. lJ

AC é o lado comum; os lados AB


AC AB e AD
AD chamam-se
lados exteriores.

"
POSIÇÕES
POSIÇÕES RELATIVAS
RELA'l'IVAS DAS
DAS LINHAS
LINEtAS

Duas
Dua.s retas situadas
sltuadas no mesmo plano são para-
lelas ou càncurrentes.
cónourrentes.

Retas paralelas são duas ou 'Ou mais


rnais retas que, es-
tando no
no mesmo plano, se podem pOdem prolongar'
prolongar indefí-
indefi-
aidamente sem que lll~nGa
nidamente sem nl..\noa $e
Se encontrem
encontram .

./

" ., Quando dl,las


d'tlas retas são varalelas,
paralelas, os pontos de 'cada.
·cada.
uma se conservam sempre a iç'ual

igua~ distância da outra.
• • I 'III I
- 22-

Retas concurrentes 'são


Retas concurrentes são aquelas
aquel,as que,
que, prolonga-
prolonga-
das suficientemente,
das suficientemente, sese encontram
encontram_ou ou sese cortam.
cortam,

\1
. I

Retas
Retas concurrentl!s
concurrentl!s

. "

Quando duas retas se ,cortam,


c ortam, elas formam qua-
. tro .,ângulos
ângulos adjacentes
adj aoentes dois a dois.
dois,
Si. todos os 'ângulos resultantes da interseção ele
• Si
duas retas forem iguais entre si, as duas retas são
perpendiculares.
perpendiçulares.

D oo

" .B
.B
Retas perpendicul"res
Reta. perpendiculares

(,
~.
Um~
Umar!lta.
reta é,é, pO)8,
pO)fl, perpendioular
perpendioular aa nutra
outra Risi forma
forma
com essa outra'
com essa outra ârngulos
â ngulos adjacentes
adjacentfls iguais,
iguais.
, . -23
- 2 3- -

Uma reta
reffa é obliqua aa; outra si ,· formar 'com
' com esta
ângulos adjacentes desiguais. As duas retas se dizem
obliquas.

Retas oblíquas
oblÍquas
• I ,..

,.
"

Convém não confundir a perpendicular com a


.convém
vertical.
Vertical é uma direção - a do fio a prumo, em-
vulgarmente reta ve'
bora se diga vulgarmenlereta vertical
rtical para exprimir
que a reta está na direção vertical.
I' A
A perpelldicula!'idade existe entr~
perpendicularidade exi.ste entre d';las
duas retas,
de.sde que formem angulos
desde ângulos adjacentes iguais;
Iguais; depen-
de, portanto, somente da posição de uma em relação
.i'!. outra, não importando a posição de cada uma c~m­

sidt;rada
sid rada isoladamente. Assim, duas retas podem ser
perpendiculares e nenhuma se achar na direção da
vertical .
vertical.

À SUA GRANDEZA'
DOS ANGULOS QUANTO À GRANDEZA

Os ângulos quanto ' à sua grandeza dividem-se


retos, agudos ee obtusos.
em relos,
) -~4-

Angulo reto tem os ladosperpen-


reta é aquele , que tem, lados pex-pen-
diculares,
dicular es, como na figura sE1guinte
s ~gJlin te em
em' que o lado DE
é perpendicular ao lado EF e vice-versa.
vice- er,sa.

Li
E
, "

Angulo agudo é aquele cujos lados são oblíquos


obLlquos'
e tem a abertura men.or
menor que
qUj3 a d.o
do ângul.o
ângulo ret.o;
reto; c.om.o
como
na figura seguinte;
seguinte:
• I

,
• I
.
I
II

obt~so é aquele
. Angulo obtuso
<: I

aqueJ.e em que os lados são


sãp.\
.
também
t.ambém .oblíquos
oblíquos mas
ma.s tem a · abertura mai.or
maior, que ,, a I
do ângul.o
ângulo reto;
retio ; como .oo seguinte;
se&,uinte:
I

.·1
/.
I I
_I
--.:.-.-..,.II. . ,I
- 25-

Dois
Dois 'ângulos
'ângulos 'são' complementares, ou
são complementares, ou um
um éé com-
com-
plemento' do
plemento do outro,
outro, quando
quando retinidos
reunidos ou
ou somados
somados dão
dão
um ângulo
um ângulo relo;
reto; como
como na
na ,fi8'Ul'a
·fi!3·ura seguInte
seguinte em
em que
que os
os
I
B
B
I '
E>
D · , ,I ••

I'

"'---_ _~_ C
"'--_~_""':"'_ C
A

ângulos
Ctngulos CAD e DAB são complementares,
complementares. Com efeito,
efeito,
êsses dois 'ângulos
â ngulos reunidos dão o ângulo
ânglllo reto CAB.
CAB,
Dizemos,
Dizemos,. ainda,
aiuda" que o ângulo
âng'ulo CAD é o complemento
com plemento
ângulo DAB e vice-versa.
do âng'ulo
, Dois ângulos são suplementares quando q~ando soma-
dos
dÇls ou
ou, reunidos dão
flão dois ângulos retos
retos;j como na fi-
gura
~ura seguinte:
seguin te:

M , ,

A----~~-----N
--~------~----------N ;.
-26-

ângu~os MV
Os ângulos MVA A ee MVN são suplementares por-
que
qu e reunidos dão dois dojg retoS.
r etoS. Dizemos, então, eIltão, que o
ângul9
ãng'ulq ll'1V sURI~mento do ângulo MVN e
illVA é o suplemento e. více-
vice-
versa. , .
v8rsa !J/ .
SiVvários
S Yvários ângulos
ânglilo,S estiverem
e!; tivcrem em tõrno tôrno de de um pon-
pon..,
to (vértice
(vért4ce dede todos êles)
ê\es) e situados do mesmo lado latlo
de uma reta,
reta, êsses ângul
f~ngulosos somados
so~nados valem
vfl.lem dois retos.
r etos.
E' o que mostra a figurafig'ura seg·uinte
ses' int,r:: em
en:1 que os ânfrulos
âúgu~os
em
cm tornó
to.rn Ó de O,
0, do mesmo
mQsmo lado de AB, somados, dão
doi ~ retos
os dois re'tos AOP e POB. .

p .
,,

~\~
A··..:. ---- ' - .0.--------- B

iI.
Ü.
sf' vários ângulos estiver
Finalmente, sf estiverem
em num pla-
no em
'm tôrno de um ponto, êsses âl'
ângulos
l gulos todos soma-
equivalem
dos eq uivalem a quatro retos; como na figura se-
I guinte em que todos os ângulos que ,se se ' acham em
- 2 7- -
-27

tôrno do
tôrno do ponto
ponto OO equiva,lem
equivalem aosaos quatro
quatro retos
retos pontua-
pontua-
dos.
dos.
Dois ou
Dois ou mais
mais ângulos
ângulos de de lados
lados paralelos
paralelos sãó
são
iguais'" suas
iguais suas aberturas-
aberturas estiverem
estiverem no
no mesmo
mesmo sentido
sentido
ou em
ou em sentidos
sentidos opostos.
opostos.

AAV .~
AAV~, Angulos de lados paraielos
Angula. (iguais)
paraidos (ig'laisJ
'----\
'---\
..

Dois ângulos
ân gulos de lados paralelos si têm as aber-
turas voltadas
voltad as para sentidos diferentes,
di ferentes, mas '· não
opostos, são desiguais; como os seguin tos:
tes:

, i hh

~ L
.~
. ~""'--J'- .f : ,
!I l
" C'
Ang~los de
Angulos de lados
lados paralelos (suplement~res)
?aralelas (suplementares)

F,sses
Rssp-s ângulos
âng'ulos são
são suplementares.
suplementares.

Angulos
Angulos opostos
opostos pelo
pelo vértice sÃo dois
vértice sií.O dois ângulos
âng1llos
t.ais qll P- os
tais q\lf-: os lados
l<idos de um são
de 'um são os
os prolongamentos
prolongamentos dos
dos
lados do
lados do outro.
outro.
I I
- 29-

divio.em os ângulos quanto à grandeza?


Como se dividem
ângulo reto? agudo?
Que éé ângulo ngudo? obtus<\?
obtusC\?
Que são ângulos complementares?
Que são
sao ângulos suplementares?
Quanto vale
vale aa'soma
soma, dos ângulos
âry.gulos formados em
fOTl11ad!os em tôrno
tôrno dede
um ponto do mesmo
mesmo lado de uma reta? reta?
Quanto
Quapt,o vale
vale aa soma dos ângulos
ângulos dêde umUlI\ plano
plano formados
fórmados
em tôrno de um ,ponto?
de um ponto?
Que
Que são 'ângulos
ângulos opostos
opostos pelo vértice?
vértice? ,I
Dois ângulos
DOIS ânguI,os opostos
opúljtos pelo "érti ~ e, que
pelo vértice, que são
são entre
entre si?
si?
Dois
Dois ou
6u mais
mjlis ângulos
ângulos de
de lados
lados paralelos,
paralelos, queque são
são entre
entre
si?
si? Quando
Quando são
são iguais?
igUaiS? Quando
Quando sãosão suplementares?
suplementares?
COlIl que
Com que instrumento
instru.menlo sese faz
faz aa ,medid&.,
medida do,s dOs ângulos?
ângulos?

Quadro
Quadro. sinótico
si",6tic:o dos
dos ângulos
ângulos ee das
das posições
posições
relativas
relativas das
das linhas
linhas
Retilineos
Retilineos
Curvilinieos
CurvilhHeos
Mistilíneos
Mistilíneos
QUANTO ' AOS
QUANTO AOS LADOS
LADOS
Côncavos
Côncavos
Convexos
Convexos
\\ Côncavo-convexos
Côncavo-convexos

~
Retos
Retos
QUANTO À
QUANTO À GRANDEZA
GRANDEZA Agudos
Agudos
Obtusos
Obtusos
I
"
' Opostos
Opostos pelo
pelo vértice
vértice
\\ Adjacentes
Adjacentes
DOIS
DOIS ÂNGULOS
ÂNGULOS PODEM
PODEM SER
SER ( Compleméntares
,

I
Compleméntares
Suplementares
Suplementares
Paralelas
Paralelas
DUA,5
DUAS. RETAS
RETAS NO
NO MESMO
MESMO
PLANO,
PLANq pODEM
pODEM SER
SER Concurrentes í
Concurrentes ~ Perpendiculares
Perpendiculares
{{ Oblíquas
Oblíquas '
- 30-
·- 30-

Particularidades
p'articularidades das
das linhas retas

i.
1. De
De ' um
um ponto
pOli to tomado
tomado sôbresôbre uma
uma reta
reta ou ou fora
fora
dela
dela só se pode traçar
se 'pode traçar uma
uma perpendicular
perpendicular aa essa essa reta.
reta.
2. Uma perpen dicular e, uma
perpendicular ump' oblíqua à mesma
r eta devem forçosamente encontrar-se.
reta en contrar-se. I

. 3. Si de um ponto pon~o fora da qa reta tirarmos


tirarmos um uma a
perpendicular
peri)endicular e diversas oblíquas à mesma reta: a
perpendicular será menor do que qualquer qua lquer . das
da.s oblÍ-
obli-
quas; as oblíquas que se afastarem afastar em igualmente
igqalro ente da
perpendicular serão iguais; entre duas oblíquas obl íquas a que
mais
ma,.is se afastar será a maior. Do mesmo lado da per-
pendicular não pode haver, h aver, portanto, duas oblíquas
iguaLs..
iguais
4. A distância de um ponto qualquer qu alquer a uma
reta é dada pela perpendicular traçada dêsse ponto
sobre a reta e limitada por esta. .
5.
5. A perpendicular ao meio
;meio de um segmento de
reta tem todos os seus pontos a igual distância distânc ia das
seg'mento. A pe,rp
, extremidades do scg"mento. perpendicular
ertdicular ao meio
chama-se mediatriz do seg-
segmen to de reta cháma-se
de um segmento
mento.
mento.
6. Duas
fi. Duas ouou mais
mais perpendiculares
perpendiculares à mesma mesma re~a reta
são
são paralelas
paralelas entre
entre si.
si.
Partes de
7. Partes
7. de paralelas
paralelas compreendida:;;
compreendidas entre entre pa-pa-
' r'aleIas
ralelas são
são ig"uais
iguais entre
entre s· i.
si.
S. De
-8. De umum ponto
pon to dado
dado só só se
se pode
pode h'açar uma
traçar uma
paralela
par alela aa uma
uma reta.
reta.
" 11111
1 -- 3 1-
31-

'CAPITULO
:CAPITULO IV
IV
Dos
Dos polígonos
pollgonos

PoHgono éé uma
PoHgono uma 'porção de pl~no
porção de pl Çl.no completamente
completamentE!
"
limitada
limitada por
por porções
porções de
de retas
retas e dede curvas.
curvas.
Do
Do mesmo
mesmo modo
modo que
que os ~ngulos, podem
os ângulos, podem osos polí-
polí-
gonos
gonos ser
ser ret'ilineos, cur'Vil'h~eos ee mistilíneos;
retilineos, curvilíneos mistilineos j como
como
I os
os seg'uintes:
seg·uinles:
, ,

Chamam-se
Chamam-se lados lados do
0 -0
do polígono
polígono as as porções
porções de de re-
r e-
tas ou
,tas ou de de curvas
curvas queque oo limitam.
limitam.
Aqui,
Aquí, entretanto,
entretanto, só só nos
nos refer iremos aos
referiremos aos polígo-
polígo-
nos
nos retilíneos;
retilineos; de de modo
modo que polígono para
que polígono para nós
nós será
será
uma
uma porção
p0rção do do plano
plano limitada
limitada por por' uma
uma llinha
inha quebra-
quebra-
da
da fe,
fe,cchada.
hada. PorPor isto
isto éé que
que também
também chamámos,
chamámos, no no
capitulo
capitulo I,I, aa linha
linha quebrada
quebrada de de poligonal.
poligonal.
Cada
Cada segmento
segmento da da linha
linha poligonal
poligonal éé um la(~ o do
um laelo do
polígono,
polígono. . ,
Os
Os ângulos
ângulos formados
form ados pelos
pelos lados
lad os dodo,.polígono
polígono são são
ângulos
dngulo s elo pol-íguno ee os
do polígono os vértices
vél'tices dêsses
dê'Sses ângulos
ângulos
também
LambélP se se chamam
chamam vértices
vér'tices elo
do polígono.
poUgono.
Os
Os ângulos
ân gulos dosdos polígonos
polígonos podempod em ser:ser: salientes
salientes
ou reentrantes.
ou 1'eent1'Ctntes.
Angulos
Angulos salientes
salientes sãosão os os que
que teemteem os os vértices
vértices
para
para forafora elolo polígono.
polígono. Angulos
Ang'ulos reentrantes
reentrantes os os queque
teem
teem os os vértices
vértices para
paI a den
dentl'o.
tro .
Os
Os polígonos
pOlíg0110s podem
podem ser: sim}Jles ou
ser: simples ou estrelados.
estrelados.
-32 -
I
PoHgono simples é. aquele em que a linha polí-
poli-
gonal não passa mais de uma vez pelo mesmo ponto.
pOJ?to.
polfgono simples pode ser: convexo ou não
Um polf8'ono
convexo.

D G
Polígono simples Polígono simples Polígono
PoHgooo estrelado
convexo não convexo

PolIgono simples convexo é aquele que tem io-


to-
dos os ângulos salientes.

Poligono oonvexo, também chama- '


PolIgono simples não convexo,
do côncavo,
célnaavo, é O
o que tem ângulos salientes e reentran-
, teso
tes. ' I,' "
PolIgono estrelado é o polígono
polígono' em que,
que a linha
poUg'onal
poligonal passa mais de uma vez pelo mesmo ponto, ponto
isto é, no polígono estrel~do hâ
polís'ono estrelado l~dos não ,conse-
há lados conse-
cutivos
llutivos que se co,rtam. II
Designa-se um polígono pelas
petas letras colocadas
nos seus vértices enunciando-as
enunoiando-as em ordem, quer di- dí-
- 33 ~
3.3-
'I
zer acompanhando rigorosamente od caminho percor-
rido ~ela
pela linha poligonal.
poligonal . Assim, na figura acima,
po)ígono,
, lemos: polígono A BCDE, polígono EFGH, polígono
lJKLM. I

Pel-imetro ou contôrno do polígono ,é a soma dos


Perímetro
compribentos dos lados do polígono.
comprimentos ,
10rdinàriamente denOlp inamos os polígonos
Ordinàriamente denominamos polígonps pelo
número
ll,úmero de se'll,
seusS lados.
lados. Assim é que dizemos - polí- PQlí-
lados,, polígono de quatro lados, ou de '
gono de três lados-
lad os, etc.
cinco, de seis, dezesseis lados, etc .
Ma~ há doze polígonos que teem
Mas 't eem nomes especiais
e são os seguintes:

Triângulo,
Trià.ngulo, ou polígono de 3 lados
lado. ,
Quadrilát ~o, ou"
Quadrilátero, ou" "4
"4" ~;~t:~~,'
Decágono, o~u pol~~ol).Q
Enehono, ou polígono
ou " ~e l~ la?,os
de 9 lados
"10"
Pe\ntágono,
Pentágorlo, ou " 5 Endecágono, ou u" 11
, Hexágono, ou " 6 Dodecágono,
Dodecágono, Ouou "» 12
12
Heptágono, ou " 7 Pentadecágono, ou "
Pentade\2ágono, "15
"IS
Octógono, ou .," 8 Icoságono, Ou
Ou " • 20
..

.
, Os polígonos podem ser ainda: _ equiláteros,
,
equidngulos,
equjdngulos,
, regulares
reg1.tlares e irregulare,
s.
irregulares.
,

PolIgono equilátero é o que tem todos os lados


Poligono
jguais.
iguais.

PolIgono equiângulo é o ' que tem todos os ân-


Poligono
gul<jls 'iguais.
gulQsiguais.
Um polígono pode ser equilátero e não n ão ser equi-
ângulo e pode ser equiângulo sem ser equilátero. Ve- Ve-
remos no capítulo
capitulo dos quadriláteros que o retângulo
retâl1gulO
é um polígono equiângulo mas nâo não equilátero; o lo-
lo-
équiláte,ro mas não equiângulo.
sango é um polígono equilátero
,
-'- 34-

Polígono regular é o que tem todos os lados e


Poligono
todos ,os ângulos iguais en tre si. O polígono
enLre poligo;no reg'ular é
ao mesmo tempo equilátero e equiângulo.
equ iângulo.

Potigono
P olígono regular
regular convexo
conv exo Polígono
Polígono regular
regular estrelado
estrelado
"
Poligono irregular éé oo que
Pollgono irregular que não
não tem
tem todos
.
todos osos la-
la-
dos
dos ee todos
todos os os ângulos
â~l gulos iguais.
iguais,. .
Chama-se diagonal oo segmento
Cham a-se diagonal segm ento de de reta
reta que
que llga
lIga
dois
dois vértices
vé,rtic es não
n ão consecutivos
con secvtivos dodo polígono.
polígono.
Na
Na figura
figura abaixo
abaixo traçámos
traçámos as as duas
duas diagonais
diagonais do
do
polígono
polígono RPQN
RPQNM M qúe que partem
partem do do vértice
vértice P.
P.

R...-_-;.P
R P
II , '
,,
II

II
II , ,
"
\ ,,
II
I \
,
\
II
I ,
II ,
\

I
I
M~--"
I

Area do
Area do polígono
poliS'ono éé aa medida
medida da
da superfície
slaperfície do
do
polígonu.
polígonu.
-- 35
35-- , '

QUESTIONARIO
QUESTIONÁlUO . ,

Que éé poUgono?
0ue polígono?
Quanto àà natureza
Quanto natureza dosdos lados como
como podem
podem ser os
os
polígonos?
polígonos?
Que éé polígono
Que polígono retilíneo?
retilíneo?
Que são
Que são lados do polígono?
são ângulos
Que são ângulos do polígono?
podem ser os ângulos do polígono?
Como podem
Que são
são ângulos salientes? e reentrantes? -
Que é polígono simples? '
Que é polígono estrelado?
Que é pollgono
Qúe polígono simples convexo?
Que é polígono simples não convexo ou côncavo?
Como se designa um poUgono?
,Como polígono?
Que é perímetro de um polígono?
denominaI;ll os poIígonos?
Como se denominam polígonos?
Quantos polígonos teem nomes particulares?
Quais os'
os nomes de tais poligonos?
polígonos?
Que é polígono equilátero?
Que é polígono equiânguJo
equiângulo ?
Que é polígono regular?
Que é polígono
poligoIÍo irregular?
Um polígono
p olígono pode ser equilátero sem ser equiângu-
lo? E o contrário, pode ser? ser ?
Que é diagonal?
Que é área ,de
de um polígono?

Quadro sinótico dos poHgonos


polrgono8
QUANTO ÁÁ NATUREZA
NAT UREZA {
'
{MRehhneos
t"l'
Misti~í~eos
IS, l,lIlC OS
DOS LADOS
DOS LADOS Cur.v~llI1eos
Cur,v~lilleos
Rehhn eos
Simples
Simples
Convexo
Convexó I
I N~o
]J~ convexo
convexo ou
ou côncavo
côncavo
POLíGONOS
POLÍGONOS RETI-
RETI- Estrelado
E strelado
" 'LiNEOS
LÍNEOS Equiláteros
Equiláteros
Equiângulos
Equiângulos
Regulares
Regulares
Irregulares
Irregulares
- 36-

CAPITULO"

Dos triângulos
t.riângulos

.
Triângulo ou Trilátero é o
Trlângolo 'ou O polígono de três
pblígono ,de lados
tr,ês ,lado!l
e três ângulos,
ân'gulos, iisto
sto é, uma porção de plano limitado
por três linhas que se'se i cortam
portam duas a duas.
dua ,
Todo
'l'odo triâ.ngulo
triângulo tem três lados, três ângulos ee, .tl·ês
três
vértices.
vértices, • '
Seg'undo au ' natureza dos lados podem os
SeS'undo 05 triângu-
los : ser retil'íneos, curvilineos
relilíneos, cUl'vilineos e mistilineos.
mistiUneos,

I ti
I

I ••
• I· .

retlllneo é o que tem todos os lados


Triângulo retilineo
retos.

curvlHneo é o que tem todos os lados


Triângulo curviHneo
curvos.

mistlHneo é o que tem lados curvos, c


Triângulo mlstllfneo
retos
retas.. .
Só consideraremos aquí
aqui os triângulos
triàng'ulos retilíneos.
37' -
- 37-

Altura do triângulo éé a perpendicular traçada de
AltUIl8
um vértice sôbre ·' o lado oposto ou o seu prolonga-
mento.
ment.o.

,,
c

~---...::o.B
~---..;:,.B
A Base
Base do triângulo éé o lado sõbre
sôbre o qual se traçou
a altura.
altur(!.. .
J
Num triângulo,
triângulo, qualquer lado pode ser conside-
rado como base. :Podemos,
Podemos, portanto, traçar três
t.rês altu-
ras' em
eln um triângulo.
triângulo : " . .
Segundo o comprimento relativo dos lados podem
equiláteros, isósceles e escal~nos.
os triângulos ser: eqúiláteros, escal nos. ..
1
. f~rlângulo ro é o que tem os três lados
T riângulo equiláte,
equilátero
iguais.
19uals. I

/.

I l'
~riangul0
~riangulo equilátero com suas três ~It\lras
Irês alturas

o triânB'ulo
triângulo equilátero.
equilátj3l'o é também equiângulo.
- 38-
38 -

Triângulo > isósceles é o que tem ' dois lados lado!>


iguais. No triângulo isósceles. chama-se. base o• lado
isõsctiles. chama-se, l~do
diferente.

I
Triângulo escaleno éé, o-
o' que tem os três lados
desiguais. •

,.
I

I
..• Segundo a grandeza
BTandeza dos ângulos, podem os tri-
ostri-
ângulos ser: retdngulos, acutdngulos e obtusdngulos.
optusdn!?ulos.
I ,
Triângulo retângul
retângulo reLo.
o é o que tem um ângulo reto.

I,

lad~s que
No triângulo retângulo os lados qlle formam o
calelos e oooutr(j)
ângulo reto chamam-se catetos hipolenusa.
outro hipotenusa.
A hipotenusa
hipolenusa é sempre o maior lad~ .
maiOl' lado.
-.- 39-
39-

Triângulo acutângulo éé oo que


Triângulo acut.ângulo que tem
tem os
os três
três ângu-
ângu-
los agudos.
\ los agudos.

Triângulo obtusângulo é o que tem um ângulo


obtuso. 1
obtpso·

Verifica-se fàcilmente que um triângulo


triângulo tem
sempre
sempr'e dois ângulos agudos. O terceiro ângulo é que
pode ser agudo
agudo também,
também, reto ou obtuso.
O triângulo
triângulo éé oo único
único paI ígonú que
polígonú que não
não tem
tem
diagonais.
diagonais.

QUESTIONÁRIO
QUESTIONARIO

Que éé triângulo?
Que triângulo?
Quantos
Quantos lados,
Jados, quantos
q'llantos ângulos
ângulos ee quantos
quantos vértices
vértices
tem
tem un_
UD_ triângulo?
triângulo?
Como
Como se se dividem
dividem osos triângulos
triângulos segundo
segundo aa natureza
natureza
dos
dos seus
seus lados?
lados?
-- 44U-
U-

Que é~ triângulo retilíneo'1


retilíneo? ,•
Que é triângulo curvilíneo?
Que é triângulo mistilíneo?
Que é altura do triângulo?
. Quee é base do triângulo?
, Quantas alturas trjâhgulo?
Qu
se pode traçar num ,triângulo?
t riângulo '?
Como se dividem os triângulos segundo a grandeza gra l~ deza
dos seus lados?
Que é triângulo equilátero?
equilátero'? I
Que
Qpe é triângulo
triângu)ó isósceles?
Que é triângulo escaleno?
Corno se dividem
Como dividem Os tri~ ngulos segundo a grandeza
os triângulos
dos seus ângulos? .
Que é triângulo retângulo?
retângule?
Que nomes especiais têm os lados do triângulo re-
tângulo?
Que é triânfNlo
triângulo acutângulo?
Que é triângulo obtusângulo?
obtus'ã ngulo?
Quantos ângulQs
.Quantos ângulqs retos pode ter t ~ r um triângulo? e é
quantos obtusos?

,. /

Quadro slnótIco
slnótlco dos trlângl,llós
trIângulos
I

Retilíneos
QUANTO Á
Á NATUREZA DOS LADOS Curvilíneos
Curvilineos
{
Mistilíneos

Equiláteros
QUANTO À
Á GRANDEZA DOS LADOS
LAJ;lOS , Isósceles
{
.. Escalenos
Retângulos .•
QUANTO À
'QUANTO Á GRANDEZA
GRANDEZ .... DOS ÂNGULOS
!1Obtusângulos
Acutângulos
- 41

CAPITULO VI

Dos quadriláteros

C~ama-se quadrilátero ao políg'ono


Chama-se polígono de .quatro
q uatro
,\ ladqs.
ladoS'
I
. •
Os
ôs I quadriláteros
quadl'iLáleros dividom-se
divid m-sc em: /
, I 1
Quadrll~teros simples quando não
. Quadriláteros t miados
não te lados
paralelo~ .
paralelos.

qual1d~ '· teem dois lados paralelos.


! J Trapézios quando
I . I
Paralelogramos quando teem
tcem os lados paralelos
I dois
. a
dOIs d018
' .
a. dois. ,
t• !,\uI1 trapé~io
Num cba:rpa~- se bases os lados par{t-
11 lIt chamam-se
lrapi$.zio para- o-
'lelos.
lelos. r '

':
• ' I

Altura do trapézio é aa: perpendicular baixada de '


Altura"do
uma base à outra. '

~
.

m
.
:
1 :

I
. t

I :

. .
'
C
!
Geometria Prática s8
!
-42-
(
. Os trapézios
tt'apézios podem
pod em ser:

eso~lenos quando os lados não para-


Trapézios escalenos
lelos são desiguais e não teem ângulos retos.

Trapézios retângulos quando um dos lados não


paralelos é perpendicular às bases.
I

Trapézios
Trapézios. simétricos ou isósceles
Isósceles quando os
09 la-
dos não para~elos
paralelos
.
~ão iguais.
são
i • t

No paralelogramo, qualquer lado pode ser to-


No
mado para base.
base . Chama-se, então,
então, altura do pallale-
parale-
logramo
wgramo a perpendicular traçada de uma base {,
outra.

Os paralelogramos dividem-se em: r-


I \
III.
sirJIples quando tetm apenas o
Paralelogramos simples
!I !
lados paraldos
paralelos dois a dois.
-'43 -
....
)1
Retângulos
Retângulo8 - são paralelogramos que te~m os
,..)
quatro ângulos retos.
1/
~osangos
Losangos .,..- paralelogramos que teem os quatro
lados iguais.
"

GIuando os' ângulo


Quadrados - quando ângulo~~ são todos retos
e os lados todos iguais entre si.
I I .,
it I
t ' ,

~~, , '
B
~.'ttl~l~
I ,

retangu~o é o quadrilátero
Podemos dizer que o retangulo
equiâng ulo ; o losango é o quadrilátero
equiângulo; quadI:ilátero equilátero;
equilátero ; e "
o quadrado ê é o quadrilátero
quadl'ilátero regular.
Um quadrilátero, qualquer que qUE) êle seja, tem só
duas diagonais. As diagonais nos quadriláteros ligam liga,n
dois vértices
vérLices opostos.

Particularidades dos paralelogramos


Partl(lularldades

1. Em todo paralelogramo: os lados opostos são


i.
iguais e paralelos; os âng'ulos
ângulos opostos sã,o
são iguais.

2. As diagonais dos paralelogramos


paea.! logl'amos simples são
desiguais ée coelam-se
cortam-se obllquametlte
obliquamente ao Dle
meio.
io. A maior
quee se opõe aos ângulos obtusos.
diagonal é a ql1, obtusos .
. ti
-46- 'I
CAPITULO VII I.
Das figuras formadas por linhas curvas

".
As figuras
,As
'
ftguras formadas
.
forroadas por lmhas
" \ .
linhas curvas ' mais usa-
,
das ' tomam os nomes de de:: circunferên cia, elipse,
circunfer(}ncia, eli'/{se, oval,
pardbola, hipérbole ,e hélice.
espiral, pGl1'ábola, hélt"ce.

II I' OIRCUNF)':RI1:NCIA1E DO CÍRCU


DA CIRCUNFERÊNCIA CÍRC LO ~q i

Circunferência é uma linha c,llrva,curva, plana, fechada


cujos
cu~os pontos
poutos se , acham todos a igual distância de um '
ponto interior chamado
pOiI lio ,inteljior eh l11ado centro.
e, tro. . ,,/. I /. ' •
l}rp uma circunferência
Em pode-se notar:
circunferênc ia podfl-se nota. ': O' centro,
cl!n l.1'o ,
os arcos,
arcoS, as cordas, as {l echa : os ' didmet1'os,
fl echas, di(},melros, as se-
mi-circunf erências, as secantes e as tangentes.
mi-cir'cunferências,
,! I 1
,

Cent.ro é o ponto
Centro
.! I 'I
~nterior que dista igualmente de
pont:o interior
J 'I t
'
I

todos os pontos da circunferência.


Cit;CUllferênc ia.
Raio é o segmento de reta que qUe liga
ljga o cen tro a um
centro
ponto qualquer
qualqucr' da circunfe;rência.
circunr e.r ência. ,
• I '

Arco é qualquer
q alquer porção da circunferência.
cirpunferência.
,
90rda é o segmen
Corda to de
segl ento dei reta que liga exhl~
pga as extremi-
dades
dad es de
de, um arco.
ar:co.

Flecha é o 9 segmen
segmentoto de reta que
que, liga o meio da
, corda
corga ao meio
m e io do arco.
ar o. " I I
Toda fl
1'0da flecha
ec'ha prolongada para
pa,ra o interior do círculo
círco lo
va
vaii ter ao centro.

Diâmet.ro éé' uma


Diâmetro urna corda ,que centro da
q ue passa pelo I ceptro
• circunferên cia. Todo
ci OUl ferênaía. diâm e ~ro divide
T0do diâmetro dividéaa circunferên-
cia em duas 'partes
partes iguais chamadas semi-circunfe-
'rências;
r ências!
-47 -.
Semi-circunferêncla é, portanto,
Semi-oirounferênoia porfanto, a metade de
uma circunferência.
circun ferência. ,
O diâmetro é a maior ' corda que se pode traçar
cm uma circunferéncia
circunferénciae 'e é igual a dois raios.
Uma
L! ma reta não pode cortar a , circunferência
oircunferência em
mais uede dois pontos.
ponto,s .
I

Secante é qualquer reta que corta a circunferên-


Seoante circurrferên-
eia.
cia. '
M

Tangente é qualqu qualquer ~r re'ta


reta que, traçada fóra do
círculo,, toca iia cirt;unferência
círculo t::ireunferência em um só ponlo ponto .
O ponto em que a tangente toca a cirounferência
circunferência
chama-se ponto de contaclocontacto ou de tangência.
tangência , •
A ~angente
tangente a um lIn~ I círculo êé perpendicula.r
perpendicular adao raio
que passa ponto de contacto
passê} pelo ~onto contacto..
Na f~gura
figura acima, C é o centro cenko da ci rclinfc rê~cia ;
circunferência;
a curva AFJG1HB
AEGIHB é uma semi-circunferência; os seg-
- 48-

mentos
:me tos ' de reta CA, CB OB e OE são raios; as curvas
cur.vas AE,
EG, GI, etc.
etc.! são arcos; o segmento
&egmento de reta
r eta GH é aa.
corda do arco G/H;GlH; IJ lJ éa
é 'a flecha
fle cha dêsse arco;
a.r'Co; AB é
d.iâm~t'ro; a
um diâmetro; 8i reta KL
f(,L é uma secante; a reta MN
uma tangente cujo . ponto de contacto
çujo ,ponto contaoto é B. Vê-se, pela
' figura, que a tangente MN é perpendicular ;' ao a,o, raio
CB que passa pelo ponto
CE poilto' B.
Duas circunferências traçadas
traçaaas no , mesmo plano
l?lapo
ser ,: exteriores, . interiores, tangentes ou se-
podem ser:
cantes.
,
A reta que liga os centros
oentl,'os de duas
dUé\-s circunferên-
ci cU'nferên-
cias ohama-se linha dos centros.
eias chama-se centras'.
I
, I
Circunferências exteriores são aquelas ~m que a 1
aqu elas t3m
' linha
lin,ha dos centros é maior
maáor do que
que' a soma dosdqs seus
.. raios.

, I' I
Circunferências interiores são aquelas em que a
linha dos centros é 'menor
m enor do que ' a diferença dos seus
raios; neste ' caso uma
um.a circunferência está dent~o da
es'tá dentro
outra. il I I' I '(li.'
"1; .
u t ra.. ,\\,i
Si as cirounferêú.cias
circunferências te em o mesmo
tee:r,n Ihesmo centro, cha-
mam-se concêntricas, ~ , .rie~te
neste casocaso, a linha dos cen-
cel!l.-
, I .
- 411-
, tros é nula; e si os centros são difer~ntes, as circun-
são diferentes,
ferências chamam-se excênt1'icas.
exc13nlricas.
I

I
Circunferências tangentes são
S'ão . aquelas que ' 's6

têm
têlil um ponto comum,
uFl 'ponto comum" chamado
chaml;do . de contacto.
centacto.
I

c
extériQrment~ quando a linha dos
São tangentes exteriormente
centros é igual à soma 8eu~ raios; e tangentes
soma. dos seus
interiormente quando a linha dos centros é igual
igjlal à
diferença dos raios. .
,
Circunferências secantes são aquelas que se cor-
tam. Duas circunferências
tam. nuas oirc unferências só se podem
pudem cortar em doi,
doiss
, I
:
- 50-

Neste caso a llnha


pontos. Nesf,e linha dos centros é menor menor; do
soma dos dois raios e maior do que a sua dife-
que a som1j. di fE'-
rr.ença.
ença.
Verlpcamo~,
Verificamo::;, então, qua,quà, à proporção que , a~ linha liph a
cen tros vai diminuindo,
dos ce:nLros diminuindo; as circunferências
eircun fer 1 ncias são:
exteriores, tangentes exteriormente,
exteriormen te, :;;ecantes.
secantes, tangen-
tes intflriormente,
,tElS interiormellte,
,
interiores
I
e,
e. concêntricas.
corlGêhll'ica s. .
A circunferên
,A circunferência cia foi dividida em 360 partes iguais
chamad
chamadas as graus. I ' .I '
~omi- c ircl!lnferênci~ tem,
1
A
A semi-circunferência teln, portanto, 1801 0 graus.

o , quadrante,
O quadrant'e J que él
é a quarta parte 'da circunfe-
clrcunfe-
rênc
rê1jl, ia, tem
OOP1 90 gmus.
graus. I I • I
, • I
A medida dos arcos, con;1O a uos
arcos) assim como úos ângulos,
ángulos,
se faz fàcilmenk
fàcilmente 'com
com o transferidor.
transfel'idor.
I I' I

Círculo é a porção de plano limitada por uma cir-


cunferência. '

, ' .
As partes que distinguimos
distin guimos em um Círculo
cíi'culo são:
semi-circulo,
semi-drculo, seg;mento
seg(nu!nlo circular, zona
zona. circular, sector
circular e corda.
corda. ''I
14 I
Semi-circulo
Sem i-circulo réé a metade
metad e de um círculo. O diâ-
divide o I círculo em dois semi-círculos.
metro divide. serrii-círcuJo8. '
- 51-

Segmento circular é a pÕl'ção


Segmento circular pôrção do círculo compre-
endida entre um
um arco ec a corda respectiva.
respectiva.

,~'
II ..

/l \
.
I
I
I :

\ ..~'..... ,.,1
/

Semi-círculo
Semi·clrculo S~gmenlo circular
Segmento circular

Zona cIrcular é a porção


Zona circular porção de
de, círculo compreen-
dida
diçla entre
entre duas cordas
cOI!r1as paralelas.
paralelas .

Sector é .a
a porção de círculo compreendida entre
e~tre
dois raios.
raios .
, I .

é a porção de Círculo
CorÔa é'
Corôa circulo compreendida entre
duas' circunferências
circun erências concêntricas.

.
.
/'
/

'1" .. ".,".

o o
/
,'''

i.·f \i;
\

··.., , ;
•\, .•..-'
I

\" - -- ...... -
I Zona
Zona circular
circula~ Sector circular
circu]ar Corôa
I • ",
u~ 'polígopo
Um polígono está circu~ferêncja
está inscrito na circunferência
quando os seus
S us vértices são pontos da circunferên-
cia e os seus lados são coroas.
cordas.
-52 -
I
Um polígono oi1'cun~c rito a uma circunferên-
pOlígono está circunscrito circunferên
quàndo os seus lados são tangentes à circunfe·
cia quando circunfe-
rência.

.
p~' o :,
PoFgonos
Pol'gonos circunséritos Polígono~
; olígonos inscritos
II
Qtland~ o polígono está inscrito' na circunferên·
Quando GirCUnferên j
cia
eis dizemos
dizemos que a circunferência cürcu~s cr~lfl ac
circunf;erência está circunscrita ae
polígo o; quando um polígono está circunscri~o
polígono; circ;uqscrito àà
circunferência dizemos que a circunferência
oÍl'cunferência está ins-
{ns,
crita no polígoll0
polígono.. . . ,

QUESTIONÁRIO
QUESTIONARIO
' r'
Que é circunferência?
Que Cll'CUn '' ~ ?'
ercucla • r
Que - é centro
cen tro da ' circunferência?
circ\:inferência?
Que
@ue é -raio?
'raio?
ue é arco?
Sue é corda?
corda ?
ue é flecha?
A flecha prolongada por onde vai passar?
e çli m etro 'fi
Que é diâmetro?
Que é semi-circunferência?
I
-
seJ;Ili·circunferêncía '1
Que são circunferências
circunfel.'êncías interiores?
Que são circunferências secantes?
, Qual a corda mais longa que se pode traçar tr açar em um
circulo?
circulo?! -
Que é linha dos centros?c entros? 1
Que são circunferências tangentes?
Que são circunferências
circimfel'êI:1,cil\s interiores?
, Que são circunferências exteriores?exteriores 1
Que são circunferências secantes 'I1
-- 5
53-3-

~

Que
Que éé círculo?
círculo?
Que
Que' diferença
diferença ha ha entre
enlre círculo
círculo ee circunferência?
circunferência?
Em
Em quantas
quant as partes
partes foi
foi dividida
dividida aa circunferência
circunferência ee
como
como se se chamam
chamam essas essas partes?
partes?
Que
Que éé semi-círculo?
semi-drc.ulo? I
Que
Que éé segmento
segmento circular?
circular?
Que
Que éé ZOna
zona circular?
circular?
Que
Que éé coroa?
cQroa ?
, Quando
Quando se se diz
diz que
que um
um polígono
polígono está
está inscrito
inscrito na
na cir-
cir-
cU J;lfer ência .,
cunferência?
Qlland,o
QU(j ndo éé queque um
um polígono
polígono está circunscrito àà .,éir-
está circunscrito cir-
cunferência?
cuuferência" •
I I ,,

Quadro
Quadro sinótico olrcunferênclas ee dos
sir:lótico das circunferências dos'' c[rculos
orroul08
I

oO centro
centro
O
O raio
raio
OO arco
arco
NAS
NAS CIRCUN:FERÊN-
OIRCUN:FERÊN- A corda
A corda
CIAS
crAS HÁ
HÁ QUE
QUE NOTAR:
NOTA.R: ~ r flecha
A' flecha
Oo diâmetro
diâmetro
AA semi-circunferência
semi-circunferência
·A
,A sesecante
cante
AA tangente
tangente
Exteriores
Exteriores
I I Ínteriores
Interiores
DUAS
ID1JAS CIRCUNFERÊN-
CIRCUNFERÊN- Tangentes
CIAS
elAs PODEM
PODEM SER:
SER: ·Secantes
'Secantes "
Concêntricas
E~cêntricas
Excêntricas
III" I
- 54-

DA ELIPSE

Elipse é uma linha curva plana, fechada, na qualq al


a soma das distâncias
€Iistâncias de qualquer de seus pontos a
dois pontos fixos situados no
np interior, chamados focos
focos,:
é sempre a mesma. .
fixo~1 ou fócos, são
Nesta elipse os dois pontos fixo~,
Nesta
FJ e F.
E .

A r-"~--:+--~-l B

A soma das distâncias do ponto M a E e a F P é


ME + MF. Pois bem: para qualquer ,Outrooutro ponto da
curva que se tome. lia soma das ç1isLâncias
cUJ;'va 4istâncias dêle aos
pontos E e F seráel'á sempre
semp'r e igual a ME + MP.
MF.
N
Naa elipse }1odemos dois eixos
p,odemos notar: o centro, os do'Ís
(maior e menor), os vé-rtices,
vértices, os dois focos e os raios
raio ~
vetores.
A reta que passa pelos dois focos e limitada pela
curva é o eixo maior da elipse.
elipse." No meio do eix(i)
eixo maipr
maior
está o cent'ro p erpend~cular ao eixo maior
centro da elipse; a perpendicular mai(i)11
que passfj,
pa,ss pelo centro e está limitada pela curva curva: é o
eixo menor da elipse. As extremidades dos dois eixos
j
vértice~. Os segmentos de reta
chamam-se vértices. ,
l'eta que ligam
- 55 - """ ... 1,',""
55-
\ ~

qada
ada ponto da curva aos dois focos focós chamam-se raios '
vetores.
v I tores.
Na ce tro i AB
Na figura acima, O é o centro; A B é o eixo maior
ec CD o eixo menor;
me nor ; os pontos A" B,8 , C e D são os v'r-v r-
tioes; E E e li'
F são os focos;
fOGos; ME cMFc MF sãQ~ãQ raios
r aios vetores.
O eixo maior de urna uma el ipse é igual à soma das
elipse
distânClàs ~e
distâncIas pe um
Um ponto
p.on to qualquer da mesma elipse aos I
focos, isto é, ig'ual
igual à soma dos raios vetores.
Cada um dos {lixoseixos da elipse divide-a
di'{ide-a em duas
semi-elipses. I I I

I Traça-se uma uma' elipse


eli.pse de ' diversos modos, sendo
mais .fácil
fácil o que se segue, empregado pelos jardinei- •
ros.
Sôbre
Sôpre uma reta indefinida fincam-se
hncam-s dois pregos,
dbis
clois alfinetes
a1tinetes ou duas ' estacas em em. dois ' pontos , quais-
qu ~l'. Estes pontos são os focos da el
quer. ipse qUe
elipse que vamos
traçar. Fixa-se em cada foco uma das extremi
h'açar. Fixa-sc' extremidades
dad es
de um fio de comprimento naturalmente maior do
que a distânCIa focal. DepOIs, DepoIs, com um lapis ou uma urna
ponteira. de traçar, estende-se bem
ponteira.' b em o fio em todos 0,5 os
s~ntid~s I fazendo escorreg'ar
sentidos escorregar a pouta
pOllta sôbre ob plano.

Uma reta que só toca lia elipse em um ponto é


tangente àà. elipse. A figura abaixo mostr'a
mostra que a tan-
~an­
gente à elipse forma ângulos iguais com os raios ve-
tores que se encontram no ponto de contacto,
contacto.
-56-

Traça-se uma figura muito parecida com a elips


meio de quatro arços de círculo concordados, co
pOI'
a ieguinte:

.. .. ,,
:
A~_____" ~'.~'M~·__~N~·~/____~B
. '.

Esta figurll- se chama falsa elipse.


.
DA OVAL

, Chama-se p,lan~ fechada


Chu.ma-s~ oval à curva plana cdnípõsta
fechad a composta
de uma semi-circunferência,
I de uma sem i-circu nferên cia, dOIs
dOIS grandes
grande s arcos e um
pequeno
pequeno I arco
arco de
de círculo. se u nome vem do fato
círculo. O seu fa.to I
\ -57~

dessa curva ' reproduzir o contôrno de um ovo. Na


filguraabaixo a oval se compõe da semi-circunferên-
cia. AÇB, dos grandes arcos AE e BF e do pequeno
ar o EDF. .
A reta AB que serve de diâmetro da semi-cir-
cunferência é o eixo menor, a reta CD é o eixo maior
da oval.

DA ESPIRAL

Es piral é a linha
, Espiral curva. plana
liJ1ha Curva l?lana . cujos pontos se
afastam progressivamente de um ponto interior'. interior. Há
várias
vári.a s espécies de espiral;
espiral i damos abaixo a espiral de
dois centros.
t

A espiral pode ter dois 'ou mais centrqs. - ,

DA ,PARÁBOLA
:(>ARÁBOLA

I I
uma curva plana
Parábola é 'uma plan a aberta ,cujos
cujos pontos
p01).tos
s.e acham igualmente afastados de um ponto fixo
se
chamado fo co e de um
foco umaa reta fixa chamada diretrizl
diretriz.,
I I
-58- I
A parábola tem um eixo: é a perpendicular la
diretriz que passa pelo' foco. O ponto em que a cun1a
coNa o eixo chama~se verltce da lJÇlrábola, /
I

.:
.
r--··· . ·. ~: Q\
: /~:;
. / .0 '
.~: /~~
t;---- Fd;;-·---··----··· .. ······ ,
~i.

oO s-egmento
segmento de reta que figa qua
qualquer
quer ponto da
curva ao foco chama-se raio velar.
curva' vetor.

DA HIPÉRBOLE

A hipérbole é uma curva plana, composta de dois


ramos que se desenvolvem em sentidos opostos. O
ramOs O
que carac~eriza
caracteriza a hipérbole é ser sempre a mesma
diferença das distân,ciRs
a difer.ença distâncias de qualquer de seus
seuspon-
pon- .
tos a dois pontos fixos chámados
chamados focos.
hipérbole traçada na pago 59 os dois focos são
Na hipéIlbole
F
P e F'. Meçamos a distância qúe
P'. ,M€lçamos que vai de M aos dOIs
dois fo-
cos e façamos a diferença entre ,essas distânc~as. Si
essas distâncias.
I
\ . - 59-
\ .
\ .
fifermos a mesma cousa em relaçao a qualquer outro
p~n.to da curva., verificaremos que essa diferença não
vafla.

Além dos focos,


focos , notamos na hipérbole:
hipérbol e : os dois
eixos e os raios vetores.
Os eixos .da<la hipérbole chamam-se: eixo transver-
so e eixo
e'Íxo não transverso. Eixo transverso é a reta que
passa, pelos focos. Eixo não transverso é a Iperpendi-
cular ao eixo transverso que divide a distância focal
ao meio.
meio .
Raios velores
vetores são
s&o os segmen tos de reta que li-
segmentos
gam qualquer ponto _da da hipérbole aos dois focos.
I Na figura acima, a reta FF' é o eixo tl'aI).sverso,
transverso,
a reta CD é o eixo não transverso; MF MP e MF'
MP' são os
raios etores do ponto M. ,
vaias vetores .
Finalmente os pontos V e V' em eU), que a curva cor-
ta o eixo transverso
kaJilsverso são os vértices da hipérbole.
60 -

QUESTIONARIO

Que é elipse?
; II'I' , I
I
'Q uantos focos tem a elipse?
'Quantos I
II
Que é centro ( da elipse?
Quantos
Quantos eixos
Que
eixos tem
~ixo maio,r?
Qu e é eixo
elipse ?
tem ali elipse?
maior ? e eixo
eJiplle?
eixp -mmenor?
n'or?
I

I
I I I
r
I'
I r
Que são
sãd vértices da dá elipse?
elipse ?
A que éé igualo
igua} o 'eixo
fe; xo maior da d a elipse? , ' ' 1'
!lIlIlIl

Como se J;lode
Com,o I?ode traçar uma elipse? I.
Cada eixo como
Cadá co~o divide a elipse? elip e? .'
Que ângulos forma tang~nte' ,àà elipse com
fo,rll(a a timgente cOm os raio ral
(j'ue
Cl"UC se encontram
e contram 110 no ponto ~ de co,ntacto?
contacto? •
Que são raiQs vetores?
vetares? • ,
Que é falsa elipse?
Que é oval?
oval'?
Quantos eixos tem iia oval?
Que 'éé espiral? ,
Quan tos centros pQde
Quantos pode tertcr a espiral?
Que é parábola?
Quc
Que é foco da parábola? e diretriz?
QUe
Quantos vértices 'tem pa,oábola?
tem a parábola?
Que é raio
r aio vetor?
vetar?
Quantos
Quant os eixos tcmtem a parábola?
p:uábo]a?
hipérho~e
Que é hipérbole?
Quantos ra
Quajltos ramos
mps temteul afi hipérbole?
b ipérbol ?
Quantos
(2riantos focos? quantos eixos?
fO GOS? 'quantos eixos1 ,
tr~ns verso' ?
Que é eixo transverso? ,
Que é eixo 'não não transverJo
transverso?? 'I
Ql,lC são raios vetores da hipérbole?
, Que hip,é rbole?
Quantos vértices tem IIa hipérbole?
hipérbole?' I
- 6:1..-

, Quadro sinótico
sln6tico das outras ' figuras formadas
formada$ por
linhas curvas

I
o
O centro
i oO eixo lJIaior
w aior
NA ELIPSE NOTAM-SE:
E,LIPS E N OTAM-SE:
I, O eixo menor
(~'~ Os focos I
. Os vértices
Os raios
r aios vetores
vetares
I

A semi-circulJferência
semi-circunferência
Dois grandes
grand'ls arcos .,
NA OVAL NOTAM-SE: Um pequeno arco
j
) O eixo maior .
,. O eixo menor
m e ~or
I

A ' diretriz
O foco
NA PARÁBOLA
P ARÁBOLA NOTAM-SE: O ei?to
O eixo
) O vértice
Os raios
raiQs vetores
Os dois ramos
Os dois focos
NA HIPÉRBOLE NOTAM-SE:
NoTAM-SE: ()s
OS dois eixos
eixps
I
Os dois vértices
Os raios vetores
vetares
- 62-

CAPITULO VIII

. Dos sólidos

geométrico ou sólido, como fi


Corpo geométrico 'ficou
cou dito nas
preliminares,
preliJn qualquer
i.n al'es, é qu porção compl
a lquer poeção completamente
eta mcute limi-
espaço.
tada do espaço. .
dividem-se
Os sólidos divid em :
em-se cm:
Sólidos de aresta
aresta ou poliedros - aqueles
aquel es que
superfícies planas.
são limitados por superfíC'ies planas.
Sólidos redondos - os qu
quee são limitados por su-
perfícies
perfí ~ ies curvas..
Clirvas
Sólidos mistos - os que são
são limitados por pla-
nos e superfícies curváS.
nos curvas.
Diedro ouou ângulo diedro éé a fin-ura
figura fOl'll
formada
IaOa por
planos limita
dois planos limi tados\ reta comum.
dos por uma ['eta comum .
planos~ que .forma
Os dois plallo formam diedJ;o G
m o diedllo chamam-se
[)amam-se
r do diedro; aa rreta
aces do
faces comum às duas
eta comum duas faces é a
diedro.
aresta do diedro,
aresta
Designa-se um um diedro 'porpor duas leíras
letras colocadas
nna aresta. Na
a aresta. Na fifig'ura abaixo os
gura a.baixo os planos
planos 111 e N se en-
contram formando oo diedro AB. .

ou ângulo sólido é a figura


Angulo poliédrico ou
por três ou
formada por ou mais ângulos planos que têm um
- 63-
,
~

mesmo vértice, dois ângulos consecutivos quaisquer


não estando no mesmome smo plano.
Cada ângulo plano
pla no que forma .o ,o ângulo sólido é
uma face do ân ângulo sólido;: os lados dos
gulo sóHdo ~la ­
(los ângulos pla-
nos são 'as as areslas
arestas do ângulo sólido; finalmente, o
vértice comum a todas as faces é o vertice vJrl'Íce do ângulo
sólido.
Designa-se um ângulo
Desiq-na-se âng'ulo políédrico por uma letra
colocada DO no seu vértice. "
Um
, m ângulo
ânB'ulo poliédrico
poliéd rico tem tantas faces quantas
arestas .
. A figura abaixo representa o ângulo poliédrico V
f' guraabai:xo
cinco
com , cili co faces e cinco faces são os ãn-
éiD co arestas. As fac!:ls ân-

,
Angulo poliédrico Triedro
I

gulos plplanos A VB, BVC, CVD, DVE e E


auos flVBj EVA;
VA ; as arestas
são V
sãp ~J4.,
A, VB, VC, VD e ~E. ' I'; I
Os
Us ângulos poliédricos mais simples são aaqueles
queles
que têm três !facesfaces e três arestas r- - chamam-se
tl1iedro~,
triedros. I

Trledros
Triedros são, portanto, ângulos sólidos de três
faces.,
faces
-64-

QUESTIONÁR~O
QUESTIONÁRIO

Que é sólido ou corpo geométrico?


Como se dividem
dj.videm os sQlidos?
sólidos?
d~ 'aresta
Que ., é sólido de a esta ou poliedro? '
Que éé' sólido redondo?
Que,
Que. é sólido misto?
di~dF o ou ângulo diédro?
Que é um diédro giédro?
Que são faces t).~édr0 r e aresta?
fac es do díédro? resta?'
Como se designa um diédro?
Que é ângulo sólido
só}' do ou poliédrico?
poliédricq?
Que são faces
Qu'e ffices do ângulo sólido?
• Que ~sãoão arestas
aresias do ângulo
ângu)o sólido?
sóllido?
Que é ,vértice pol~édrico?
vértice do ângulo poliédrico?
Como
COll,lo se designa um ângulo sólído? Sólid,o?
Quais são os ângulos
â)lgliJos poliédricos mais
Que são triedros?
tdeliros? '•

OB SERVAÇ .~O: -
OBSERVAÇÃO: ppdem ser rep
O sólidos não podem r esen~
represen~
tados por
lados linhas de t1m
pop )inhas 4m modo assaz claro ee fàcilmente
fo.cilmcnte
compreensível para as inteligências
eonwreensivel inteligê lcias infantis ou adultos
meno
--1
cultivados., r
me no cultivadps. 'tI, _/
tod ~s as escolas possuir modelos de
Devem, pois, todas
madeira,, cartão ou metal, sem os quais não será
madeira ens~-
sera ' o ensj-
no tão fácil, proveitoso e ameno, como convém. • I
I II ,I 1 • ' . I I t r I III.
- 65-

CAPITULO IX-
CAPITULO
Dos sólidos de aresta, ou poliedros
dearest~,

Poliedros são
são corpos limitados por porções de
planos.
Nos poliedros as
Nos as faces são polígonos quaisquer.
Si o poliedro tiver
tiyer todos os ângulos
â ngulos sólidos iguais
entre si e suas
suas fac es forem
faoes fors1J1 polígonos regulares
regulares'' iguais,
iguais,
chama-se poliedro regular. .

Poliedro regular 'retraedró

No poliedro regular r.egular as arestas


arestf}s são todas iguais.
iguais .
Os nomes dos poliedros dependem depéndem do númeronúmero de
faces
faces' que êles tiverem. Assim os poliedros de 4, 5, 6,
I , 7,8,
7, 8, 10,
ment~:
mente:
tO, i2, 15, 20, etc.
12, i5, etc. faces chamam-se,
t etra.~ dro, pentaedro,
tetraedro,
chamam-se, respectiva-
pentaedro, hexaedro,
hea;aedro, . heptaedro,
h eptaedro,
octaedro,
octaedrq, decaedro,
deoaecll'o, I dodccaedro,
dodecaedro, pentadecaedro, ico-
saedro . etc.
saedro,
, O · poliedro mais simples simVles. é o tetraedro
tetraf1dro ou ,polie-
polie-
I dro
dr ,de de quatro faces. ~s faces do tetraedro
faces . As tekaedro sãosãó todas
todas
II ·iri.al;1gl;llares,
triangulares. I I
I 'FJu t1'8 os diver~s
-Entre divorS\ls poliedros
p oli edros que existem, distin-
guem-se os prismas e as pírâmid~s. pírdmid~s .
- 66-

DOS PRISMA!,;

Prisma é o poliedro em que duas


du as faces são polí-
gonos iguais e paral~los
paralelos (chamadas
(ch amadas bases do prisma)
e as outras são paralelogramos
pal'a]elogr.amos (chamadas faces la-
terais do prisma).
prisma ) .
Os prismas são retos ou oblíquos, regulares ou
irregulares.

Prisma reto é o que tem as arestas laterais per-


pendiculares às bases.
bases .
Arestas laterais de um prisma são as que ligam
uma base à outra.

obliquo é aquele cujas arestas laterais


Prisma oblíquo
são oblíquas às bases.

Prisma reto pentagonal


.
Prisma oblíquo
obliquo

Prisma regular é o prisma reto cujas bases são


polígonos regulares.
I

Altura do prisma é a distância que vai de uma


base a outra.
OR prismas tomam nomes
nom es diversos conforme as
bases; assim dizemos: Prisma triangular, quadran-
gular, pentagonal, hexagonal, etc., conforme êle tenha
-.67
- .67 -

para bases triângulos, quadriláteros,


quad riláteros. pentágonos, he-
xágonos, etc.
Si as bases do prisma forem paralelogramos êle I
toma o nome de paralelepípedo.
páral lepipedo. No paralelepípedo,
portanto, todas as faces ::;ão
::ião paralelogramos.
paralelog-r'amú!:i.

Paralelepípedo

Si as arestas do paralelepípedo forem perpendi-


culares, o paral ~lepípe do é reto .

.
Paralelepípedo
Pa rale lepíptdo retângulo
retâ ngulo

I I Si as bases
buses do paralelepípedo
par'alelepípedo reto forem retan-retan ~
gulos, retdngulo. O paralelepípedo
guios, o paralelepípedo é reldngulo.
retângulo temtem' todas as ffaaces re tan g u~are s e por isso
ces retangulares
também é chamado bloco retangular.
,
DAS PIRÀ.M
PIf\A. [DJ<:S
([lk:S

I Pírâmide é o poliedro em que uma face é um


Pirâmide 4Jll po-
lígono qualquer (ch,ama
,líg0I10 (chamada
da base da pírâmide)
pirâmide) eG as
tLS
outras faces (chamadas faces laterais
laterrais da pírâmide)
I?lrâmide)
triângulos
são triâng (vért~ce
ul os que têm um vértice comum (vértwe
da pírâmide).
pírâm jde).
,1 I •
I I - 68-
\ 1I I

~ AUura da pírâmide
Altura da pírâmide é,
é aa perpendicular
perpendicular baixada
baixada do
do
vértice sôbre
vértice sôbre oo plano
plano da
da base.
base.
I
regular éé aquela
Pirâmide regular
Pirâmide aquela !lue
que tem
tem para
para base
base um
um
polígono i'egular
polígono regular ee cuj
cuja
a 'aaltura cai no
ltura cai no centro
centro dêsse
dêsse
,
polígono.
119ono. I '
po I
,
1
I
I J
,
Na
Na pirâmide regular
regular todas as faces
faces laterais são '
tri"ângulos isósceles iguais ,ee todas as arestas laterais
triâhgulos
também são iguais entre si. ."
I ,..

Pirâmide Pirâmide regular quadrangular


I'
• • I
As.
As, pirâmides, como os prismas, torpam nomes
n0!llcs
diversos, conforme as suas bases. Assim dizemos: p'i-
p'Í-
7'dmide
1'dmide triangular, quimdrangular,
(Juandrangular, pentagonal, hexa-
hexá-
gonal, octogonal, etc.,
gonal"octogonal" eto., oonforme a base for um triân-
triân -
gulo, um
uni quadrilátero, um pentágono, um
\lU! hexágono.
um octógono, .etc
etc..,

"'RONCOS
"'RONCOS DE
DE PRISMA
PRISMA EE DE PIRÂMIDE
DE IplRÂMIDE
, .
Tronco de prisma é aa porção
de prisma porção de prisma compre-
compne-
endida entre
entre ..uma
uma das
das bases
base,s do pri~ma 'e
do' prisma e um
um plano
plano
não
não ' paralelo às bases
paralelo às bases ee queque corte
corte todas
todas as as arestas
arestas do
do
, prisma.
prisma.
, '
T~on()o de
Tronoo pirâmide éé aa porção
de pirâmide porção de pirâmid~ com-
<;lê pirâmide com-
p~eendida entre
preendida enire aa '' base
base ee umum plano qualquer que
plano 'qualquer que
corte
corte todas
todas as
as arestas
arestas laterais
laterais da
da pir.âmide.
pir4-mide.
- 69-

A base
Baso da, pirâmide
da pirâ mili, primitiva
pl' imitiva e o polígono que
qué
re~ulta do corte
resulta cOl'te da ponta
ponl da ua pírâmide são as bases
do tronco.
,do troncltl.

Tronco de prisma 'Tronco de pirâmide ,de


de bases paralelas

! ,
., ·As
A s bases , do tronco de pi
pirâmide
t âmide podem ser para-
pal'a-
ler'as
leJ'as ou não.
não,
I

OB8EFi.V~ÇÃO
OBSERV:AÇÃO
I" !

I \ De todos os políedros,
poliedros) somente cinco podem ser
saber : o tetraedro, o he.
regulares, a saber:
'I,regulares; "Caedro" o .oactae.
he:r:aedro, ctae-. ,
dro, o dodecaedro, e o icosaedro.
,I ,
.) 1.0 O tetraedro regular,
1.°0 rj:lgular, cujas quatro
qUOit,ro faces
facoR são
siio
triângulo~
triâl1lgulos equiláteros
equ.iláteros
:, ' i t " ' I
2.° O hexaedro regular, também , chamado cubo
cuj,as s~is faces são quadrados.
cujfiS seis • I •

I ' 3.° O octaedro regular, cujas oito faces são


I trjâng'ulO!~
triângulos equiláteros.
equHátcros. í
I

I 4.° O dodecaedro
doijecaedro regular, cujas doze faces são
pentágonQs regulares.
,pentágonQs
,
'I ' , 5.° O icosaedro regular, cujas vinte faces são
I triângulos
t,bângulos
, equiláteros.
-70-

QUESTIONARIo.

Que são poliédros?


Que é poliédro rregular?
egular?
Como Sese denominam poliédro~?
den(l)minam os poliédros?
Qual é o poliédro mais simples?
Que é um ' prisma? .'
Que são bases do pl'isma? e faces laterais?
Que é prisma reto',
reto?
Que é prisma oblíquo?
prisma, 6blíquo?
Que é 'prisma
prisma regulat?
regular?
Que é alt ura do prisma?
altura
Como se denoniinam
denominam os prismas?
Que
Q~c é paralelepíp edo?
paralelepipe;dd? , I
Que é paralelepípedo
paralele'pipedo reto?
rcto?
Que é paralelepípedo ret ângulo?
retângulo?
Que é bloco retangular?
pirâm~de? I '•
Que é pirâmide?
da
[ Que é base da pirâmide?
aitur~ da pirâmide?
., Que é altura pirâmid~?
Que é pirâmide regular?
as
Como se ' denominam ás pirâmides?
Na pirâmide
pirâmid'e regular que forma têm as faces laterais?
laterailj?
Que é tronco de prisma?
Que é tronco de pirâmide?
Que são
sãó bases do tronco de pirâmide?
.i , ;
- 71 -

Quadro slnótloo
slnótlco dos sólidos

\ Poliedros
os SOLIDOS GEOMÉTUicos
GEOMJhuICOS PODEM
PODEM SER
SER I Redondos
Mistos

{( Faces ,
, Arestas
NOS POLIEDROS NOTAM-SE?
NOTAM-SE? Vértices
Angulos diedros
Angulos poliedricos

os
" í Prismas
OS POLIEDROS
POLIEDROS PRINCIPAIS) p'
PRINCIPAIS, P" d
'd A •

\ lraml
u'am1 es

~
~ Retos
OS .PRISMAS
, OS PRISMAS PODEM
PODEM SER
SER l Oblíquos
Oblíquos

Regulares
Irregulares
os
OS PRISMAS
PRISMAS EE AS
AS PIRÂMIDES
PIRÂMIDES Triangulares
PODEM SER Quadrangulares
Pentagonais
, Hexagonais. etc.

, (Tetraedro (4 faces triangulares)


OS POLIEDROS
os POLIEDROS ,Hexaedro (6 (6' faces quadradas) •
REGULARES
REdu LARES Octaedro (8 faces triangulares)
SÃO:
SÃ,O:
) Dodecaedro ,. (12 , faces pentagonais)
?( Icosaedro (20 faces triangulares)
-72-

CAPITULO X
Dos sólidos redondos

num~rosos corpos'
Entre os numerosos corpos desta espécie distin-di ~tln-
• guem-se os sólidos redondos de revolução, os quais
l3ão
são gerados ou produzidos por fig'1lras figuras ;planas
planas giran
girando do
em torno de puma ma reta. Esta reta chama-se op ama-se eixo
eix o de
tJ,e
revolução.
revolução. . ( !
Os principais
prinoipais sólidos
só idos de r,evol
revolução
ução são: o cilindro,
cili dro,
oo' cone,
con e, aa esfera, o elipsóide o"(óide. t i , I .
elips ói d'e e() o ovóide.

DO CILINDRO
OILINDRO I \I I 1ft
I

Ant.e~ de definir o cilindro,


Antes oilindro, vejamos o que tM~a
qúe 1éé uma
superfície
superrfície cilíndrica. I)
cllinClrica .éé I a~ superfície
Superfície I cilíndrica
Superrioie sup,~rfície gerada
ge'r ada I por
uma
u'ma reta (chamada
reta. (cha ge'rat'riz) que se move 'no
mada geratriz) no espaço
conservando-se sempre
sempt
~ ,.
e paralela a si mesma. t'

Geração da superfície cilíndrica

No seu movimento, a geralI'iz segue geralmente


urna curva que é a diretriz da superfície cilindrica.
- 73 --
-73

Cilindro
Cilindro éé QQ sólido
sólido limitado
limitado por
por uma
uma superfície
superífcie
cilíndrica
cilindrica fechada
fecbada ee por
por dois
dois planos
planos paralelos
paralelos que
que
cortam
cortam aa .superfície
.superfície cilíndrica.
cilíndrica. Estes
Estes planos
:planos são
são as
as
bases do
:bases do cilindro.
cilindro.

Cilindro

Altu1'a do
Altur'a do cilindro
cilindro éé aa distância
distân cia que
que vai
vai de
de uma
uma
base
base àà outra.
outra.
Conforme àà diretriz
" Conforme direkiz dada superfície
superfío-ie cilíndrica
cilíndrica éé
uma
uma circunferência,
circunferênCia, umauma elipse,
elipse, uma
uma oval,
oval, etc.,
etc., oo
cilindro tem
,cililjl.dro tem o9 nome
pome dede cilindro
oilindro circular,
circular, elíptico,
elíptico,
oval, etc.
oval, etc.

Cilindro circula r r eto

Chama-se cilindro
Chama-se cilindro de de revolução
revolução ou ou cilindro
olllndro cir-
cir-
cular reto ao
cular reto ao sólido
só lido gerado
I!l'rn.do pela
p ela revolução
revo luçã.o .completa
co ropl~ta de
de
um
um I retâng-ulo
r etânlil"ulo em
em tôrno
torno de de um
um dede seus
seus lados.
lalios . O
O lado
lado
fixo
fixo dodo retângulo
r etân gul o éé oo eixo
eix o do
do cilindro;
cil indro; oo lado
lado paralelo
paralelo
ao
ao eixo
eixo descreve
descreve aa superfície
superfície cilíndrica,
cilíndri·ca, que
que aquí
aqui sese
Geo.metrÍa Prática
Geo.metria p râ.hca ••
74 -

chama superfície
superficie lateral do cilindro. Finalmente,
Finalmente os
dois outros lados do retângulo descrevem dois cír- cir-
culos que são as bases do cilindro de revolução
['evolução .
No cilindro circular 1'010
reto o eixo, a geratriz e a
altura são iguais.

DA HELICE

Hélice é uma curva reversa


roversa formada por uma
reta que se enrola sôbre uma superfície cilíndrica
fechada.

Hélice ce objetos usuais com forma Um caule que se


de hélice desenvolve em
hélice
bélice

A parte da hélice que corresponde a uma volta


completa chama-se espira.
As roscas
rbscas de parafuso, de saca-rolhas, certas
molas, têm a forma de hélices.

DO dONE
CONE

Chama-se superfície cônica à. superfície gerada


Chama-!:le superficie
por uma reta que se move no espaço conservando sem-
-75
-75 --

pre
pre umum ponto
ponto fixo.
fixo. Este
Este ponto
pont,o fixo
fixo chama-se
chama-se vértice
vértice
ee aa reta
ret.a que
que se
se desloca,
desloca, geratriz
geratriz da
da superfície
superfície cônica.
cônica.

I No
No seu
sôbre
seu movimento,
sôbl'e uma
movimento, aa geratriz
uma curva
curva que
que se
geratriz se
se chama
chama diretriz.
)oia geralmente
se aa )oia
diretriz.
geralmente

Geração de superfície cônica

A
A stlpt1l'fície'
SUpt11'ficie" cônica,
cônica, como
como se
se vêvê da
da figura,
figura, se
se
I compõe
compõe de
de duas folhas opostas
duas folhas opostas pelo véT~ice.
pelo vértice.
I
Cone éé oo sólido
Cone f;ólido limitado
Ijmitado por
por uma
uma superfície
superfície cô-
cô-
nica
nica fechada
f echada ee por
por um
um plano
vlano se cante. Este
secante. Este plano
plano tem
tem
oo..nome
nome de base do
de base do cone.
cone.

Cone Cone de revoluçãa ·


-76-

Os cones se denominam de acôrdo com as bases.


Si a base é um círculo, uma elipse, ou uma oval, etc.,
teremos um cone de base circular, eliptica, oval, etc.

Altura do cone é a perpendicular baixada do vér-


tice do cone sôbre o plano da base.

Cone de revolução ou cone reto de base circular


é o sólido gerado pela revolução completa de um tri-
ângulo retângulo em tôrno de um dos catetos. A hi-
potenusa é aI geratriz da superfície cônica que aquí
se chama superf'Lcie lateral do cone. O ·cateto em
tôrno do qual o triângulo gira é o eixo do cone. O ou~
tro cateto gera o círculo da base.
A altura do cone de revolução cai no centro da
base, pois é o próprio eixo do cone.

D1 ESFERA

Chama-se superfície esférica à superfície gerada


por uma semi-circunferência que faz uma revolução
completa em tôrno do respectivo diâmetro. Pela pró-
pria definição, vemos que todos os pontos da super-
fície esférica estão equidistantes do centro da semi-
circunferência geratriz, o qual, por isso, é chamado
centro da ester'a. . ,.
- 77-
-77-
Esfera é o sólido
Esfera sóli do gerado por um semi-círculo que
faz uma revolução
revolução completa em tôrno tôrno do seu diâme-
tro.
tro .
diâm etro do
O diâmetro do círculo gerador da esfera é o eixo· eixo'
da esfera. As extr.emidades do :eixó eixb chamam-se polos.
Sempre
Se.m pre que um plano corta cortá uma esfera, qual-
quer
Q,uer que
que seja a direção . dêsse plano, a secção toma
a fdrma
forma de um círc.ulo.
círculo. Si o plano passa pelo centro
da esfera cj,rculo é máximo. Si o plano
esfe:ra Q círculo plano se cante não
secante não
passa
paS$a pelo
p elo centro, cil'pulo é menor.
cen trol o circulo I
I ' I r
I Crrculos ,náximos são,
Ciréu.los máximos são; portanto,
portanto aqueles I cujos
planos passam
passam pelo centro
centro da esfera. Estes
Estes círculos
têdl o mesmo
têm m ésmo raio
ra io da esfera e dividem-na em duas
iguais ou hemistéri~s.
partes iguais hemisférios.
t .

Círculos máximos

Circulos menores ão aqueles cujos planos não


Crrculos menores
passam
pas am pelo pelo centro
cen tro da esfera. círcuJos têm
esfera. Estes círculos têm
sempre raiosr a' os menores
m en ores que o dada esfera e dividem-na
divid ~ m-na
em
eml partes
p a r es desiguais
desjguais ., ,
, " . Vejamos
Vejam?~ como COrD,? se
s~ denominam
denomina.m as as. diversas
d~ ersas porções
~orções
I'
ô,~ superfície
da sup er flC le esférica
I porções da esfera.
es éNca e,
es fera.
e,.' em seguida,
.'.
se,g'l.l1da, as diversas
I
dIversas

I I N Naa superfície
s uperfície esférIca consideraremos: a zona,
esfênca consideraremos;
a calota luso.
calota ee O'O" fuso.
, • II l
-78 -

superfÍ~ie esférica compre-


Zona é a porção da superfície
endida entre
enke .ddois
ois planos paralelos.
paralelos,
I
Calota é a porção da superfície
superfí cie esférica compre-
endida
endida. entre dois planos paralelos um dos quais é
tangente à esfera
esfera..

.. - ....
':- .....
:~..
".

Zona esférica
....,
~
:

'.
,
,:
.
"
.'
Calota
,.,l
·~
,,'
:' .

··.. ( -

".. ... ~. .

Fuso
.
..
.
.:
."'"
.'
"" .

;'
..

,.
.

Fuso é a porção da suporfícsuperfícieie esférica compre-


endida enft·o
entre dois sem semi-círculos
i-círculos máximos que têm o
diâmetro comum. I
Naa esf
N esfera
era consideraremos as seguintes porções:
o hemisfério,
hemisfé1'io, o segmento .esférico,
e sférioo, a cunha esférica
e o seCtor
secto1' ·esférico.
esf éTico . .

Hemisfério é a metade da esfera.

esférloo é a porção da ·' esfera compre-


Segmento esférico
endida 0entre
11 tre dois planos paralelos.
paraI los. I

Como já sabemos, um plano corta a esfera de-


terminando
termina ndo sempre um . círculo; de modo que o seg-
mento osférico
esférico fica limitado por dois círculos cha-
bases
mados bas es e ppela
ela zona compreendida entre as duas
bases. . ,
Si 1,lm
~m dos planos fôr fór tangente à esfera, o seg-
mento
m ento tem só s6 uma base e chama-se, então, segmen-
to de uma base b·ase ou segmento extremo.
ext1'emo.
-79 -

o segme»to
segmento cxkemo
extremo é limitado por um circulo
~ por uma calota.

.!,I:I ~I::~~.
,,;i;~~~;:'
.
...
I :
,\ .
, ,::
..,
..'...................
"............ .
• Segmento c.f
esférico
él"Íco Segmentos
Segmen tos extremos

Cunha esférica é a porção da esfera'


esfera compreen-
uompreen-
dida entre dou8 ' semi-círculos
eJ;lke dom! máximos que têm o
serni-CÍrculos máxim'Os
diâmetro comum.
A cunha esfél'ica
esférica é limitada por dois semi-cír-
culos e pelo fuso que êles determinam na superfície
esférica.

--.......,..
'~
'-'i7,
,I/~. -f) ....., .
···
'''''''-''
•, rI
v"
1
·
.-, ·
~
,,, ..... .. _..... ..'..,JI
\

-- "
,-'
Cunha esférica
.....

Sector esférica
esférico
"'--'
.#

esférioo é a porção da esfera compreen-


Sector esférico
Seotor
dida entre
llbre uma c'alota
calota e a superfície cônica
cõnica que tem
o vértice no centro
vérbl ce )10 pel~ cir-
cerüro da esfera eé é limitada pela
cunferência
. cunfer'ên cia da base da calota.

DO ELIPSÓIDE
Y.;UPSÓIDE

o elipsóide mais
ma is empregado, a saber, o elipsói-
saber. O
de de revolução é um sólido produzido ou gerado pela
I
- 80-

revolução completa
campleta de uma elipse em '·tõrno
tôrno de um
e~xos; como na figura seguinte em que se
de seus eixos;
I
~~~ , i, ~

\
pode considerar a elipse AEBF. girando em torno de
AB ou de EF.

DO OVOIDE
• f

Ov61~e é o sólido gerado pela revoluç~o cbmpleta


de uma semi-oval em tôrno do eixo maior, Na figura
seguinte podemos considerar um ovóide gerado pela
revolução da .s emi-oval em tôrno de AR.

OBSERVAÇÃO - O ensino dos s6lidos ch'amados de revolu-


ção não. será. bem compreendido .sem ,os respectivos modelos
de' madeira, metal ou cartão,
• I
- 81-

Partlcu larldades
particularIdades

SECÇÕES POR
SECÇÕES POR PLANOS
PLANOS

OsOs sólidos
sólidos redondos,
redondos, particularmente
particu larmen te os os de
de revo-
revo-
lução, quando
lução, quando cortados
cortados por por planos
planos em
em diferentes
diferen tes di-
di-
reções, apresentam,
reções, apFese otam, nas nas respectivas
respect ivas secções,
secções, curvas
c~rvas
. diversas
I JJá
.
diveI1sas ee curiosas.
curiosa s. 'I .
sabemo s que
á sabemos que aa ' secção
secção da
.
'
da esfera
esfera por
por um

um plano
plano
qUBil quer éé sempre
qualquer sempre circu1ar.
circuia r.
I ,I Os ps sólidos que resultam
resulta m da secção
secção de um um cilin-
oilin-
dro de revolução
dro revolução por um um plano
planp não paralelo
paralel o àsàs bases
bases
ch amam- se troncos
chamam-se troncos de cilindrocilindro ouou· cilindros
cilindros trun-
trun-
cados.
cados .
. . A porção çlo cómpre endida , entre a sua
<;1.0 cone compreendida sua base
base
e uma secção sécção plana qualquer
qualqu er chama
chama-se-se tronco
t.ronco de de
I cone
cpne 0U ou cone trunca do.
truncado.
I

Trollco
Tronco de
de cilindro
cilindro Tronco de
Tronco de cone
cone de
de !lases
bases paralelas
paralelas

I
As
As secções
secções dede um
um cilindr
cilindro de revoluç
o de revolução
ão por por pla-
pla-
nos
nos paralel os às
paralelos às bases
bases são
são circulal
circulares; mas, sisi os
'!3s; mas, os pla-
pl'a-
~lOS
nos secante s não
secantes não forem
forem paralel
paralelos
os às às bases,
bases, as
as secções
secções
II ~eserão
rão qlíptica
____s.____ ._L ___".
elípticas.
-~
-8282-
-

Já as
Já as secções
secções do
do cone
cone podem
podem sep
ser dede quatro
quatro espé-
espé-
cies
cies conforme
conforme aa direção
direção do
do plano:
plano: 1.°)
1.°) si
si oo plano
plano fôr
fôr
paralelo
paralelo àà base,
base, aa secção
secção éé um
um círculo;
círculo; 2.°)
2.°) si
si oo plano
plano
cortar
cortar todas
todas as
as geratrizes
geratrizes do
do cone,
cone, mas
p-las não
não fôrfôr pa-
pa-

Secções
Secções côn
cõnícas
icas

raleIo
raleIo àà base,
base, aa secção
secção éé uma
uma elipse;
elipse ; 3.°)
3.°) sisi oo plano
plano
fôr
fôr paralelo
4.°)
paralelo aa uma
4.°) finalmente,
uma gera
finalmente, 'si
geratriz,
triz, aa secção
si oo plano
plano que
secção éé uma
que corta
uma parábola;
corta oo cone
j)arábola;
cone de de revt/-
re:vu-
I
lução
lução encontra
encontra ambas
ambas as as folhas
folhas da da superfície
superfície cômeu,
CÔllWll,
aa secção
secção éé uma
uma hipérbole.
hipérbole.

por
O círculo,
O
por isto,
círculo, aa elipse,
elipse, aa hipérbole
chamadas secções
isto, chamadas secções cónicas.
cónicas.
PjábO~a são,
hipérbole ee a.a p1tfábola
)
são, I
I
- 83-

QUESTlON,UUO
QUESTIONAHIO
,
Que são
Que são sólidos
sólidos redondos?
redond os?
Que nomes
Que nomes tomam tOlllalll os
os principais
princip ais córpos
córpos redondos?
redond os?
Que éé superfície
Que superfi cie cilíndrica?
cilíndr ica?
Que éé cilindro?
Que cilindr o? •
Que éé cilindro
Que cilindr o de de revolução?
revoluç ão?
Que éé hélice?
Que hélice?
Que éé espira
Que espira da da hélice?
hélicerl
Que éé superficie
Que superfí cie cônica?
cônica '?
Que éé cone?
Que cone'?
Que é cone de de revolução?
revoluç ão?
Que é superficie
superfi cie esférica?
esférica ?
, Que é esfera?
esfera '1
e e~xo ,da
Que ' é eixo esfera'? e 'centro?
da esfera? c entro? e polos?
palas?
Que são círculos
circula s máximo
máximos? s?
Que são circula
circuloss menores
menore s
igua~ o raio dos círculo
A que é igualo círculoss máximos'l
máximo s 'I
Que é , zona?
Que é calota?
Que
Que é fuso?
Que
Que éé hemisfé
hemisfério?rio?
Que
Que '' éé segmen
segmento to esférico
esférico?'l
Que
Que éé segmen
segmento extremo
to extrem ou de
o ,ou de uma
uma base?
Que
Que éé cunha
cunha esférica
esférica
Que
Que éé sector
Como
Como pode
Como
Como pode
Qualqu
sector esférico
pode ser
pode ser
er secção
esférico?
ser gerado
?
gerado oo elipsóid
ser gera'tío
elipsóide?
gera':lo oo ovóide?
ovóide?
e? I
Qualquer secç.ão plana
p lana de
de umauma esfera
esfera que
que forma
forma tem?
tem?
Que
Que forma
forma tem tem aa secção
secção de de umum cilindr
cilindro por UOl
o por um pla-
pla- ,
no'
no não
não padlle!
paralelo o àà base?
base?
Quais
Quais as as secções
secções cônicas
cônicas que que conhec
conhece?e?
Quando
Quando aa secção secção c'Ônica
cônica éé um um circulo
círculo??
Quando
Quando aa secçãosecção cônica
cônica éé uma uma elipse?
elipse?
Qua'nd,o
Qua'nq.o aa secção-
secção cÔJ;lica
cônica éé umauma parábo
parábola?
la?
Quando
Quando aa secção
secção cônica
cônica éé umauma hipérbo
hipérbole?
le?
-84 -

Quadro
, sinótico dos sólidos redondos

Cilindro
Cone
Gone
os SÓLIDOS' RED?~l1OS
OS SÓLlDOS' REDONDOS MA1S
MAIS Esfera I
'. COMUNS SÃO:
COMUNS SAO: ) Elipsóide
ElipsóHle I

Oyóide
OvóÁde

í Bases
N
NOO CILINDRO
CILINDRO DISTING UE)\1-SE: (Superfície lateral .

I , ,
. ' / ,.~
~ Base .
DISTIN GUEM-SE: 1 Superfície
NO CONE DISTINGUEM-SE: !
\ Super f"ICle ' lateral
la' t'era1
I

I II' Zonas
Zdnas '
I I\S
AS DIVERSAS PORÇÕES DA SUPERFfcIE
SUPERFÍCIE ) Calotas
I ESFÉRICA
ESI' ÉRICA SÃO:
SÃO: I Fusos
Fusos

,
I
I\S
I
I I
I

AS ' DIVERSAS
i

OIVF.RSAS PORÇÕES
' I

I
DA
Ponç'õ'Éls 'DA
, ,

1, Hemisférios
HemiSf~riOS
I

Segmentos esféricos

"
ESFERA
ESl' ERA SÃO:
SAO:
, 1Cunhas esf.éricas
esfériças
Sectores eSférico~
esféricoS\
Jf
1
I ". • /
- 8~-

Desenvolvimento das
Desenvolvimento das superfícies
superficles dos
dos sólidos
sólidos

Cl;J arn9>- se desenvolvimento


Chama-se dcsenv olvim ntÇl ·'da da superfície
sllperfí cie de
de umU1;n
sólido oo traçado
sólido t ri,\Q-ado feito
fei to sôbre
sôbr uma um a superffçic
super!'l ic plana,
plana taltq,l
eo m'o uma
com·o uma folha olh a dede papel,
;papel, das das superfícies
suverfj ci es planas
planas ouou
curvas} que
curvas, qu e limitam
l imitam oo mesmom~s,lIlO sólido;
sól ido; de
de mode
mode que,
que,
reun iclas depois
reunidas d epois as as diferentes
diferen t!:}s partes
pad!:}s do do traçado,
traçadQ , do-
do-
brando -a s ou
brando-as ou enrolando-as,
en rol a;l1clo- Çl.S, obtem-i:je
ob tem-se aa forma
forma do (~o só-
só-
lido desenvolvido.
lido lilesel1Volvido , I
Ars figuras
As s~guinLcs representam:
qg uras seguintes rCl?l'csel'ltarn :
AA
AA
AA
1.', aa superfície
1.",
2.2.aa, ,
3. a ,
,
superfície desenvolvida
-- 86-

desenvolvida de
86-

de um
um cubo.
cubo.
ttetraedro.
etraedro.
pirâmide
I
AA
3.a,
4.8a, ,
4. .. ""
pirâmide quad,·angular.
cilindro.
cilindro.
AA 5.
5.aa,,
" " cone.
cone.

EE assim
assim para
para todos
todos os
os sóIido~
sólidos (1)
(1)..
OO desenvolvimento
desenvolvimento da. da superfíci
superfície de uma
e de uma esfera
esfera
não se
se pode
pode fazer
fazer sináo
sinão decompontlo-a
decompondo-a em em fu sos,
fusos,
na iffigura
como se vê na igura
, I
seguinte:
seguinte: II

FIM

~ l ) Oo professor
(1) profes sor deve p o s~ uh' em
deve possuir em car tãoo os
partã os desenvolvI-
desenvolv i-
mentos
m entos dos d ,?s diferentes
dllere ntes sólid os. pPa ra
spHdOs. r a melhor
m e h or fazer
fa ze r cotnpreender
pO'lnpreender
aos
aps discípulos
dlsoÍpulos ,esta inter e sa n t~ parte
GRt a interessante p, rte ' do
do ensino
ensino do do desenho.
desenho .
Sem
Sem tais IS modelos,
m odelO", é quasi
Auasi impossível
impossíve l aos ,,"os meninos co~pre­
meni nos aa cOIJlPre-
ensão
el1sã o dos
dos desenvolvimentos
deseT,lyolvl m en tos dos
d bs sólidos.
sólidos.
--,. X
xxrn - -,
XIII

representadas, da eleição di r et a...


direta ... com desvios na cons-
tituição, e não sei quantQs
quantos sistemas mais?
Não merecem não.
Verá, meu erudito amigo; continuarão a gastar-se
milhões e milhões com armamentos, afim de que argen-
tinos e paraguaios não pisem impunemente um Ull). palmo das
ínvias
ínviaf:! florestas do Brasil; mas, êsse iinimigo nimigo que está no
seu seio, quegue lhe rói as entranhas, mil vezes veze~ mais tterr,Í-
errí-
vel que os iimaginários
maginários ameaçador
ameaçadores es das fronteir
fronteiras,as, - a
ignorância,
ignorâpcia, - engendradpra de todos os vicios, de to dos
todos
os males, campeará livr em~nte sem
livremente ~em ninguém
ningu,é m tentar si-
quer espantá-la! .
E, no entanto, era combatenão-a
combatendo-a que melhor se pro-
I vava o amor da dfl liberdade, o amor da pátria, o amor de
si mesmo; pois ainda ain da contra o inimigo
inimig'o externo é o ensi-
no do 1?ovo
povo mais poderosa arma que as metralhadoras e as
co~mlças.
couraças. . .'
Não importa!
Trabalhar educando o povo nlIo não é só promover a feli-
C,i dade da pátria, é recomendar-se
cidade re,comendar-se às bênçãos, aos aplau-
sos da posteridade. Avante!
Tenha fé; o seu livrinho ha de fazer caminho.
entretecera coroas e cantara hinos,
E, - eu que lhe entreteceI;a
soubera cantar e coroas enh"estecer
si hinos soubel'a entrestecer - deixe-me
dizer-lho já: nada há novo na sua obra, e nela é tudo
dizer-ll;to
novo.
novo" .
Nada há novo, porque todas aquelas' figuras são ve-
conhecidissimas, e o que escreveu é a repetição
lhas, conhecidíssimas, I"epetição do
que já cem vezs foi dilo; dito; e é tudo novo, para brasileiros
por.tugueses ao menos, pela ,ssimplicidade
e por,tugueses implicidade com que q ue o
pensamento se enuncia, a natural sucessão das figuras figura ~
exata demonstraç.ão
e a 'exata demonstração do exemplo, levando-me isso a
dizer, acabada a leitura do formoso li livrinho:
vrinh0: - não há
mais necessidade de professores de desenho linear!
rnais
li
E assim é.
Tenho
Tenh aqui um
o aqui um menino, meu parente, principiando
os seus estudos de instrução primária, e dei-lhe Os os Ele-
EI'e-
mentos de, de Geometria Prática pop,u[ar popular para os ler atenta-
mente e estudar com com vagar. ' Passados poucos dias, per-
guntei-Ihe:
guntei-lhe:
. - Leu?
Leu?
I.
-- XXIV-
XXIV -

-- Li,
Li, sim sim senhor,
senhor, mas 'mas sósó estudei
estudei até'O
até meio
meio da <;I,a 2.·
2,"
parte,
parte. '
-- EE entendeu
entendeu bem bem •
Ora, quem
-- Ora, quem não não entende
entende aquilo!
aquilo/
Abri livro, ee fiz-lhe
Abri oq livro, fiz-lhe algumas
algumas perguntas.
perguntas, Respon-
Respon-
deu-me perfeitamente: '
deu-me perfeitamente , I ,
Muní-o
Muni-o dos dos precisos
precjsos instrumentos;
instrumentos; dei-lhedei-lhe oo livro
livro ee
pedi-Lhe aa reprodução
pedi-lhe reprodução de de algumas
algumas figuras.
figuras, Em Em poucos
p oucos
minutos,
rt;linutos, lendo,
lend o, movendo
moyendo afi régua com~asso, I deu-me
régua ee oo compasso, deJl-me
al1 figuras
t as figuras pedidas,
ped,idas, feitas
feitas pelo
pele processo indi~ado no
processo indicado no
•' livraI
livrol . II '
Mais
Mail' brilhante
brilhante prova prova das das' vantagens
vantagens de de um
um método
método
não
não aa teve
teve ainda
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ninguém!I II
Mas,
Mas. oo Cabo Cab,q das
das Tormentas
TorIhenta,s não não foi
foi dobrado
dobrado àà pri- pri-
meira ~entativa; os
meira tentativa; os fios
fios telegráficos
telegraficos que q e enfeixam
enfeixam hojel:io~~ oo
mundo
mundo não não são são oo resultado
resultado de de rápido
rápido ensaio;
ensa, o; nem
pe;m, Iaa es-es-
tátua
tátua de de Moisés
Moisés saiu saiu acabada
acabada de de um
um jato
jato das mão~ ,de
das mão:;; d~
Miguel
Mi guel Angelo.
Angelo, IJ

Nada
Nada haverá,
h:!Verá, pois,
pois, no no seu importante ee proveitosís-
Se!l importante pfoveitosís-
I sim
SiUlO o livrinho
livrinho aa ampliar
ampliar oo texto,texto, serão
serão asas melhores
melhores todastodas
as
as definições,
definições,' corretas
corretas todastodas as as figuras,
figuras, nenhuma
nenhuma estaráestará
deslocada,
desloca dI}, nada nada ganhará
ganhará com com alguns
alguns exemplos
exemplos mais,
Vlais l na-na-
da absolutamente haverá
da absolutamente haverá aa alterar
aJterar ém em novas
novas edições?
edições?
I Pesar
Pesar tenhotenbo eu eu queque me me faleça
faleça , competência
competência para para re- re-
solver
splver taistais questões,
questões, oo que que grato
grato lhe lhe fôra
fôra atente
ate,ntc aa mo- mÇ>- "
destia
destia queque muitomuito oo mérito
mérito lheIpe realça
realça ee sobretudo
sobretudo porque
porque
com
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melhor lhe ,l he provara
provara aa maior
maior estima
estilna ee aa mais
mais altaalta
consideraç.ão com
consideraç.ão com que que sousou , •

DeV.
De V. s.a
S.'

Amigo certo
Amigo certo e,e

JosÉ
JosÉ DE
DE BESSA
BESSA EE MENEZES.
MENEZES.

Lisboa,
Lisboa, 66 de
de Janeiro
Janeiro de
de 1879.
1879.
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