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Abstract
This article is based on work developed in a small clothing factory in the city of
Maringa in the northwest part of the state of Parana with the objective of creating
indicators for measuring the performance of the production line between January of 1998
and April of 2001. The primary emphasis is on estimation of linear equations that
represent the behavior of the firm along the periods considered, as well as to make
predictions of future behavior. To this end, indicators were created to measure this
performance from primary data, collected in the firm. The indicators are based on seven
measurement criteria: efficiency, effectiveness, productivity, quality, innovation,
profitability, and quality of life. Results are discussed.
1 - Introdução
A região de Maringá - no noroeste do Paraná - é uma região muito promissora para
implantação de micros, pequenas e médias empresas, como as do ramo de confecção.
Entretanto, com a implantação do Mercosul a concorrência com produtos de outros países
sul americanos se acirrou nos últimos anos, obrigando essas empresas a se modernizarem
rapidamente. E sendo a Informática o sinônimo mais empregado para significar
modernização, as empresas estão cada vez mais utilizando esse recurso para agregar valor
aos seus produtos, agilizando os processos in line, off line e on line. Entretanto, a
automatização via computador deve ser bem planejada de modo que o valor percebido pelo
empresário possa ser quantificado, uma vez que a automatização pura e simples de
processos numa empresa não garante agregação de valor ao produto se não for bem
implantada e com indicadores que possam quantificar seu desempenho ao longo de um
período produtivo, como feedback para seus gestores. GIAMATTEY [1998, p.1] diz que:
2 - Metodologia
usado para considerarmos duas hipóteses: H0:ρ=0 (não existe autocorrelação entre os
resíduos) ou H1:ρ≠0 (existe autocorrelação). Segundo DIAZ [2000] existem quatro áreas
que definem os possíveis valores para o parâmetro d em que se pode basear para verificar a
existência de autocorrelação entre os resíduos. Os resultados obtidos mostraram que em
todas as estimações esse parâmetro conservou-se dentro da faixa de valores permitidos,
validando as estimações; o mesmo aconteceu com o parâmetro t-statistic .
4 - Resultados obtidos
Os modelos propostos para a Taxa de Produção Diária, Receita Bruta e Lucro por Peça
foram, respectivamente, os seguintes:
Após terem sido feitas dezenas de estimações foram encontrados os parâmetros βs ótimos,
resultando em três modelos econométricos para a medição do desempenho: Taxa de
Produção Diária (TXPRD), Receita Bruta (REC) e Lucro por Peça (LUCPP).
Receita Total Bruta. Entretanto, com relação às horas extras, o melhor resultado
explicativo para o desempenho está no fato de que essas horas (adicionais) de trabalho
influenciaram mais que as horas normais. Essa diferença acentuada entre os coeficientes de
horas extras e horas normais de trabalho pode ser explicada (em parte) pelo fato de a
empresa trabalhar muito em função de horas extras, e que devido à uma melhor
remuneração salarial sobre essas horas e ainda alavancada pela remuneração extra para
uma produção acima de 60% (e acordo com a política da empresa), os empregados podem
estar trabalhando mais “entusiasmados”, o que influenciaria positivamente a receita. Os
resultados da estimação mostram que para cada aumento de 1 hora normal de trabalho a
receita aumenta em cerca de R$ 7,86, e para cada hora extra a mais esse incremento na
receita é de R$ 32,74. Com relação à produção total esta influência é tal que para cada
peça produzida a mais é gerada uma receita extra de R$ 6,29.
A Equação 4 mostra os resultados obtidos para a estimação que mede a performance
da empresa em termos do critério Lucratividade (em lucro/por peça- LUCPP), explicado
pela receita por peça (RECPP), pela taxa de produção com mão-de-obra total (TPMOT) e
pelo índice de remuneração do pessoal (IREMP). Os resultados confirmou o que era
esperado: o lucro por peça é influenciado positivamente pela receita por peça e pela
produção por empregado, e negativamente pelo índice de remuneração do pessoal. O
modelo apresentou a seguinte situação: para cada R$ 1,00 de receita por peça produzida, o
lucro por peça é de aproximadamente R$ 0,38; para cada peça produzida (por empregado)
o lucro em cada peça é de cerca de R$ 0,01 e com relação ao índice de remuneração do
pessoal, para cada ponto percentual de aumento nesse índice ocorre uma perda aproximada
de R$ 0,32 em cada peça.
6 - Conclusões e Recomendações
Este artigo focalizou os resultados obtidos pela pesquisa realizada numa empresa de
confecções situada na região de Maringá - noroeste do Paraná –, na medição de seu
desempenho ao longo de um período de quarenta meses: de Janeiro de 1998 a Abril de
2001. Esse desempenho foi medido por onze indicadores operacionalmente definidos em
função de vários dados primários, reais, coletados na empresa e tratados estatisticamente
com uma ferramenta de software. Os resultados foram discutidos em função do que se
obteve quantitativamente pelos indicadores e por estimativas da performance representadas
por modelos econométricos, obtidos com a referida ferramenta. Em função dos resultados
obtidos chegou-se à conclusão de que a empresa pesquisada apresentou, de um modo geral,
uma boa performance no período considerado, em termos de produção, receita e lucro.
Essa performance pode ser prevista por três equações econométricas, obtidas através de
estimações com uma ferramenta estatística. Entretanto, apesar dos modelos obtidos
apresentarem resultados satisfatórios, quanto aos parâmetros estatísticos, é interessante, em
trabalhos futuros, pesquisar modelos econométricos não lineares para comparação com os
obtidos no presente trabalho, no sentido de se estabelecer modelos mais gerais e que
possam oferecer previsões mais aproximadas do processo produtivo. Assim, com um
conjunto de indicadores mais representativo e com modelos econométricos mais gerais, a
empresa passará a contar com uma tecnologia de informação ligada ao seu processo
produtivo, muito mais eficiente nas tomadas de decisão.
FIOD NETO, Miguel; LAPA, Jair dos Santos; QUEIROZ, Antônio Diomário; MAZO,
Evandro Minuce; BULATY, Guilherme Felipe dos Santos; SILVA, Rachel Wõhlke.
Indicadores de Produtividade para micros e pequenas empresas – Florianópolis,
PPGEP, 1999.
HILL, Carte; Griffiths, HILL, William; JUDEGE, George. Econometria, São Paulo,
Editora Saraiva, 1997
MATOS, Orlando Carneiro de. Econometria Básica - Teoria e Aplicações, São Paulo,
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PEREIRA, Marcelo Farid; SILVEIRA, João Serafim Tusi; LANZER, Edgar Augusto.
Indicadores de desempenho técnico de uma empresa de confecções frente a
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TSP International. Time Series Processor: User’s Guide and Reference Manual,
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