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2 – Alma lisa
B – CURVA DE PRESSÃO
Após o propelente ter sido inflamado pela cápsula, são formados gases da
pólvora incandescente e a pressão dentro do cartucho cresce muito rapidamente. Num
período muito pequeno de tempo, a pressão interna é grande, bastante para empurrar o
projetil para a frente. No início deste movimento, o projetil atinge o começo do
raiamento e deve ser forçado neste raiamento antes de passar no cano. Este forçamento
requer alguma energia e, por isso, há um pequeno retardo no movimento do projetil
enquanto este está sendo engrazado.
O engrazamento se realiza a uma pressão relativamente baixa, mas a pressão
dos gases continua a crescer à medida que mais pólvora se queima e fornece mais gases
para empurrar o projetil dentro do cano.
À medida que a pólvora continua a queimar, a pressão continua a subir. Este
aumento torna-se mais rápido com o acréscimo da pressão e temperatura em torno do
propelente incandescente. Quando o projetil se move no cano, o espaço dentro do qual
estão confinados os gases aumenta e a pressão tenderia a cair se não fosse pelo fato de
que com pólvoras progressivas a proporção do aumento da pressão sobrepõe esta
tendência. Após o trajeto de algumas polegadas, é atingido o ponto de pressão máxima,
e a pressão começa a cair, como é mostrado na figura.
Se todos os grãos do propelente queimassem uniformemente, a pólvora já estaria
completamente queimada pouco depois de ter sido passado o ponto de pressão máxima
e o restante do movimento do projetil no cano seria causado pela expansão dos gases.
Enquanto a pólvora está queimando, a temperatura no cano poderá atingir 2500
ou 3000 ºF e a pressão máxima ser de até 60.000 lb/pol2. Esta pressão e temperatura
vão caindo, de modo que, na ocasião em que o projetil atinge a boca, a pressão é de
somente 5.000 ou 10.000 lb/pol2 e a temperatura dos gases caiu bastante.
É possível converter-se cerca de 30% da energia da pólvora, para o movimento do
projetil. Uma larga proporção dos 70% remanescentes está contida na energia dos
gases quentes e outra grande porção está na quantidade de pólvora não queimada
lançada fora da boca. Cerca de 30% é perdida no aquecimento do cano.
PRINCÍPIOS MOTORES
O funcionamento das armas automáticas podem ser classificadas nestes cinco grupos:
1.1.1 Organização – Nestas armas o cano A é fixo; e a culatra móvel C, ao invés de estar,
como nas armas ordinárias, fixada à caixa do mecanismo (M) ou ao cano A, por um
processo qualquer de ligação, fica simplesmente encostada à parte posterior do cano, por
efeito da distensão da mola recuperadora R, que, pela sua parte, tem o seu ponto de apoio
fixo na caixa do mecanismo M.
OBS.: O cano A fica ligeiramente afastado da culatra C.
1.1.2 Funcionamento
1º tempo – Uma vez realizado o disparo, a força do recuo, aplicada à culatra, impele esta
peça para a retaguarda, produzindo-se, então, em conseqüência desse movimento, as
seguintes operações: a abertura da arma, a extração, a ejeção do estojo, a montagem do
dispositivo de percussão e a compressão da mola recuperadora.
2º tempo – a distensão da mola recuperadora impele a culatra para a frente, resultando
daí: a introdução de um cartucho na câmara, o fechamento, e, se a arma estiver organizada
para o tiro contínuo, a percussão.
Vantagem:
• a simplicidade de organização.
Incovenientes :
• Em primeiro lugar, entendendo que a culatra, justamente por ser desaferrolhada
ou livre, começa a recuar no mesmo instante em que se produz o disparo, é de
temer que antes de o projetil haver transposto a boca do cano, já o estojo tenha
desocupado a câmara, resultando daí, necessariamente, um jato de gases para trás,
perigoso para o atirador, e uma perda de velocidade inicial, capaz de diminuir a
tensão e o alcance da trajetória.
• Outro inconveniente das armas de culatra desaferrolhada está em exigirem elas o
emprego de munição que satisfaça a determinadas condições especiais de
organização. O estojo, por exemplo, deve ser particularmente resistente, e,
ademais, não pode ser senão de forma cilíndrica.
• Modificar o regime de desenvolvimento das pressões na arma.
FUNCIONAMENTO:
1º tempo – O cano e a culatra, que lhe está aferrolhada, recuam conjuntamente,
comprimindo cada uma a sua mola recuperadora. Por outro lado, o dente do gatilho T
levanta-se e a culatra vem prender-se a ele, pelo entalho de disparo K.
2º tempo – O cano desprende-se da culatra e, impelido pela mola de recuo P, avança,
realizando-se no curso desse movimento a extração e ejeção e a abertura da arma. Ao
chegar à posição inicial, o ressalto S do cano atua no jogo de alavancas, e, fazendo com
que se abaixe o dente do gatilho, liberta a culatra.
3º tempo – Impelida pela sua mola R, a culatra é levada para a frente, até tomar contato
com a parte posterior do cano, efetuando-se nesse movimento a introdução de um
cartucho na câmara, o fechamento, o trancamento, e, se a arma estiver organizada para o
tiro contínuo, a percussão.
Incovenientes:
• possibilidade de se aquecerem consideravelmente.
• limitação da velocidade de funcionamento, atendendo a que o conjunto móvel é
tanto mais moroso, quanto maior é a massa desse conjunto.
De todas elas, as mais numerosas são as da primeira categoria; e, em todas elas, o cano é
fixo.
( A cabeça do êmbolo pode achar-se igualmente adiante do evento; e, neste caso, o ponto
de apoio fixo e o sentido da distensão da mola recuperadora são outros).
2.1.2 FUNCIONAMENTO:
1º tempo – Uma vez realizado o disparo, a culatra, que está ligada ao cano, não se pode
deslocar imediatamente. Mas, logo que o projetil tenha ultrapassado o evento, uma parte
dos gases, atravessando-o, penetra no cilindro de gases e, atuando na cabeça do êmbolo,
este se projeta vivamente para a retaguarda, produzindo o destrancamento da culatra e
levando-a consigo até o fim do seu retrocesso. Durante esse movimento, realizam-se a
extração, a ejeção, a montagem do dispositivo de percussão e a compressão da mola
recuperadora. (Quando a cabeça do êmbolo é colocada adiante do evento, o movimento
do êmbolo efetua-se em sentido contrário ao que fica exposto).
2º tempo – Repelido pela mola recuperadora, o êmbolo avança (ou recua, se a cabeça é
adiante do evento), produzindo-se, então, a entrada de um cartucho na câmara, o
trancamento e , se a arma estiver organizada para o tiro contínuo, a percussão.
2.2.3 – FUNCIONAMENTO:
1º tempo – Uma vez realizado o disparo, e assim que o projetil transpõe a boca do cano,
os gases invadem a copela G e projetam-na para a frente, resultando daí, em virtude do
giro da alavanca BC, em torno do ponto D, a abertura da culatra, e, ao mesmo tempo, a
compressão da mola recuperadora R
2º tempo – A distensão da mola recuperadora R reconduz todas as peças aos seus lugares.
(As operações realizadas durante cada tempo destes são idênticas às que se realizam nos
tempos correspondentes da metralhadora modelo 1907, ou de Saintetienne).
2.3.1 – ORGANIZAÇÃO –
O cano A é fixo e a culatra C lhe está ligada por um dispositivo especial de trancamento.
O estojo do cartucho B é dotado de um alojamento de cápsula muito extenso, no fundo
do qual se encontra a cápsula D.
2.3.2 – FUNCIONAMENTO:
1º tempo – Uma vez realizado o disparo, uma parte dos gases, passando pelo evento, vem
atuar na cápsula, e a projeta para a retaguarda; a cápsula comunica este movimento ao
percursor, que, pela sua parte, recuando, provoca o destrancamento da culatra e a sua
propulsão para trás, cabendo a este, então, a realização das diferentes funções da arma.
2º tempo – A mola recuperadora R, que fora comprimida durante o primeiro tempo,
distende-se no segundo, efetuando o fechamento da culatra.
Incovenientes:
• fuga de gases para a retaguarda,
3.1 – ORGANIZAÇÃO – Nas armas que funcionam por forçamento do projetil no cano,
a culatra é substituída por uma peça de fechamento fixa C, que faz corpo com a caixa do
mecanismo M. O cano A, que é móvel, mantém-se em contato com a peça de fechamento,
graças à pressão da mola recuperadora R, que tem o seu ponto de apoio fixo em P, da
caixa do mecanismo.
3.2 – FUNCIONAMENTO:
1º tempo – Quando o projetil começa a progressão, arrasta o cano em seu movimento
para a frente, fazendo com que se comprima a mola recuperadora R. O estojo, que fica
retido pela garra do extrator de encontro à peça de fechamento C, é extraído e ejetado.
2º tempo – A distensão da mola recuperadora R reconduz o cano à sua posição normal,
isto é, para a retaguarda, vindo a câmara encamisar ou cobrir o novo cartucho transportado
pelo mecanismo de alimentação, e fechar-se, em seguida, de encontro à peça fixa C.
inconvenientes.
• a ejeção,de maneira toda especial.
• A introdução do cartucho na câmara.o cartucho fica fixo e a câmara é que o vem
cobrir, funciona com grande irregularidade.
4.2 – FUNCIONAMENTO:
1º tempo – Uma vez realizado o disparo, toda a arma recua, excetuando a luva, que se
mantém em seu lugar, por inércia, comprimindo a mola P, de encontro ao respaldo F.
2º tempo – A mola P arremessa a luva para a retaguarda, e esta, vencendo as restantes
peças em velocidade, em seu comum movimento de recuo, destranca a culatra e a arrasta
consigo, determinando a extração, a ejeção e a compressão da mola R, até o momento em
que se choca no batente H.
3º tempo – A mola R, distendendo-se, reconduz todas as peças aos seus lugares.
5 – ARMAS MISTAS