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O iluminismo destruiu o mito do jurista como anjo da justiça.

Mas criou e difundiu um


novo mito. O legislador iluminado, escolhido pelo próprio povo para fazer leis
racionais, simples e claras, que todos possam entender e aplicar automaticamente.

A nossa linguagem é parecida com a areia movediça do deserto. Os significados das


palavras são instáveis e múltiplos e dependem do entendimento das pessoas que se
comunicam em determinado momento.

Alguns pensam que o significado dado às palavras depende do interesse dos


poderosos, que denominam “verdadeiro” àquilo que lhes convém. Outros que tudo
depende do acaso. Outros, por fim, dizem que o entendimento das palavras é
influenciado pelo papel social que a pessoa exerce em determinada situação.

O professor Wendelin é de opinião de que não se pode resolver questões polêmicas


crendo que exista uma solução certa, contida nos sagrados textos jurídicos e
religiosos. Não crê que alguém poderá encontrar um dia a verdade, separar o justo
do injusto e fixar o sentido das normas jurídicas. Mesmo assim, diz ele, o Poder
Judiciário deve resolver os conflitos com determinação e presteza para pacificar a
sociedade.

A decisão do juiz, segundo Ulpiano, deve ser considerada como verdade. No direito
isso é um privilégio exclusivo dos juízes.

O positivismo jurídico ensinou que o direito depende da vontade do legislador, sendo


aleatório e mutável. O realismo jurídico demonstrou que o direito realmente aplicado
(direito em ação) não depende das palavras do legislador. Tampouco depende dos
livros dos doutrinadores. Depende única e exclusivamente da vontade do juiz que dá
sentido às palavras dos legisladores e dos doutrinadores, podendo mesmo invertê-
las por completo. Considera que o direito é um instrumento para melhorar a vida
social.

Enfim, sugere deixar impunes os Denunciantes Invejosos. Considera que o regime


dos Camisas Púrpura foi eleito pela vontade popular e tinha seu apoio. Seu chefe
era elogiado até por intelectuais, muitos até se filiaram ao partido. Hoje são tratados
como traidores e criminosos. Mas na época quem seguia suas orientações seguia
leis formalmente em vigor e consideradas legítimas por uma maioria da população.
O direito é muito maleável. O que é legal hoje amanhã pode não ser mais, e vice
versa.

Qualquer que seja a condenação dos Denunciantes, esta punição não ressuscitará
os mortos da ditadura. Não lhe faz sentido continuar um círculo de violência e
sofrimento. Não devemos crer que o novo governo é sempre o portador da luz da
verdade. Nem acreditar que a aplicação do direito depende da vontade dps
legisladores e dos doutrinadores.

OPINIÃO DO PROFESSOR DO WENDELIN W endelin, acred ita que não haja o


justo e o injusto, existe apenas aquilo que vive na co nsciência de cada um.
A lém de criticar o primeiro idealista, critica também o subjetivismo moral e
imoral, pois acredita que e las são relativas, na qual mudam seus valores
conforme o dominante. Para W endelin, valor positivo é d ireito justo e valor
negativo é direito injusto. Assim, ele defende a ideia de que nã o seja
necessário p unir os Denunciantes Invejosos, po is não se constrói um novo
direito limpo e justo baseando – se em vingança

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