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A PEDAGOGIA DO SOFRIMENTO (SALMO 119.

65-72)
Sofrimento é uma daquelas palavras que preferimos não pronunciar; falamos
em dificuldades, lutas... mas sofrim... não gostamos! O dicionário define o
termo como padecimento resignado e paciente, mas, honestamente, são
poucos os que sabem sofrer assim. Quando somos acometidos por sofrimento
gememos, reclamamos, ficamos irados, e até fugimos. Contudo, o salmista nos
afirma claramente que, no tratamento de Deus, o sofrimento é pedagógico.
Aceitar o sofrimento como parte do processo de Deus lapidando nosso caráter
é uma evidência prática de que conhecemos a Deus, confiamos em sua
bondade e estamos sensíveis à obra santificadora do seu Espírito em nós. Pelo
menos cinco vezes nesta porção do Salmo 119 o autor evidencia a bondade de
Deus, demonstrando sua plena convicção que o Senhor é confiável e que está
seguro em Suas mãos, mesmo em circunstâncias desfavoráveis. Tal confiança
é a lente pela qual ele avalia o sofrimento: “Antes de ser afligido, andava
errado, mas agora guardo a tua palavra.” (v. 67). Avulnerabilidade que
encaramos em meio ao sofrimento nos faz sair em busca de referenciais
seguros para “recalcularmos a rota”. Então, não há melhor oportunidade para
nos apropriamos das verdades das Escrituras. É exatamente o que o salmista
diz ter experimentado: “...ensiname os teus decretos.” (v. 68b). É na Palavra
que encontramos orientação, consolo e ânimo para não sucumbirmos às
dificuldades.
O sofrimento também nos ensina a preciosa lição da dependência, pois nos
expõe a extremos em que os recursos humanos de nada valem. Perdas,
traições, enfermidades, privações... nos devolvem à posição de criaturas à
mercê do Criador. Daí, caminhamos amparados por Ele e descobrimos o
alcance da Sua graça que nos salva, nos educa e nos sustenta (cf. 2Co 12.9;
Tt 2.11, 12).
Se nem mesmo Jesus, sendo Deus, foi poupado do sofrimento, ficamos sem
argumentos para rejeitá-lo em nossa vida. Assim como disse Tiago,
precisamos reconhecer o seu valor para provar a nossa fé e produzir em nós
caráter íntegro (cf. Tg 1.2ss). Para isso, devemos aprender a sofrer sem
ansiedade, sem murmuração, sem autocomiseração e sem dureza de coração.
Isto te soa como “missão impossível”? Apresente-a ao Senhor e clame por
socorro!
De igual modo, precisamos ensinar os nossos filhos a sofrerem. É natural que
os pais se empenhem para pouparem os seus filhos e queiram dar a eles
privilégios que pessoalmente não puderam desfrutar. Porém, se tal proteção for
supervalorizada deixa de ser espiritualmente saudável. Se privarmos os nossos
pequenos dos sofrimentos naturais da infância (correção, frustração, negativas,
limitações), roubamos deles a oportunidade de se reconhecerem dependentes
de Deus e pecadores carentes da Sua graça, além de impedi-los de
contemplarem as maravilhas da Lei do Senhor trazendo orientação e
significado às suas vidas.
Oremos: Senhor, ensina-nos a reconhecer o sofrimento como instrumento
adequado nas Tuas bondosas mãos para nos conformar à imagem de Jesus.
Em dias difíceis dirige-nos, consola-nos e anima-nos pela Tua Palavra. Que
encontremos, na dependência da Tua graça, poder para lutarmos quando nada
mais nos for favorável, confiando que és soberano, sábio e bom em todo
tempo. Amém!

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