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Conferência Nacional do Esporte aprova a Carta de

Brasília

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Publicado em Domingo, 06 Junho 2010 14:00

Os participantes da III Conferência Nacional


do Esporte aprovaram neste domingo (6) a
Carta de Brasília, que sintetiza as ações e
metas do segmento para os próximos dez
anos. Reunidos em Brasília de 3 a 6 de junho,
os conferencistas debateram 10 eixos
temáticos que regem o esporte brasileiro.
Todas as propostas foram discutidas em
grupos de trabalho e aprovadas na plenária
final, ocorrida no sábado (5) à tarde e na
manhã deste domingo. A Conferência teve
etapas municipais, estaduais regionais e livres
em todos os estados e no Distrito Federal. Veja a íntegra da Carta de Brasília: Por um time
chamado Brasil! Esta III Conferência Nacional do Esporte, a maior já realizada no
segmento, expressou a inteligência coletiva e foi o ápice de um processo de consolidação de
importantes consensos iniciado em sua primeira edição, em 2004, e mantido na segunda
conferência, em 2006. A primeira definiu os fundamentos da Política Nacional do Esporte
com foco no desenvolvimento humano; a segunda propôs uma nova estrutura para o
Sistema Nacional de Esporte e Lazer e teve como marco a conquista da Lei de Incentivo ao
Esporte. A III Conferência consolida as conquistas anteriores e avança para a efetivação do
esporte como direito social, conforme preceitua a Constituição Federal, que também
determina que cabe ao Estado oferecê-lo como política pública. Esta Conferência ocorre em
um momento especial para o nosso país. O povo brasileiro já deu inúmeras provas de sua
genialidade e criatividade ao superar barreiras na história e ocupar espaços internacionais
nas artes, nas ciências, na tecnologia de ponta, nas questões ambientais, na gastronomia,
nas comunicações, nas políticas públicas de saúde e de educação, na indústria, sobretudo a
de petróleo, petroquímica e de biocombustíveis. No campo esportivo, a comunidade
internacional, sob diversos ângulos, volta seus olhos para o Brasil. Os Jogos Pan e Parapan-
americanos de 2007, os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa do Mundo em 2014 e os
Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 são símbolos desse novo olhar do mundo sobre o
nosso país. O momento abre novas oportunidades para o esporte brasileiro. E isso só é
viável porque o Brasil passa por um momento raro de distribuição de renda e combate à
pobreza; trilha um caminho de crescimento e de estabilidade econômica, de confiança para
investimentos, de ampla democracia e incontestável reconhecimento da comunidade
internacional. O esporte faz parte deste cenário promissor, como demonstra a participação
inédita de 219 mil brasileiros e brasileiras de 3112 municípios de todas as unidades da
federação para debater o Plano Decenal proposto para esta III Conferência Nacional do
Esporte. A comunidade esportiva nacional compreendeu o chamamento à discussão dos
desafios para os próximos dez anos. Aqui reunidos - mulheres e homens de todas as
gerações, negros e negras, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, trabalhadores, pessoas com
deficiências e com mobilidade reduzida, idosos, estudantes, profissionais de educação física
e de outras áreas, atletas, técnicos, dirigentes e gestores esportivos -, todos construindo o
Plano Decenal de Esporte e Lazer que será um poderoso instrumento de mobilização da
comunidade esportiva e - temos convicção - se converterá em lei no Congresso Nacional
para ratificar o anseio da sociedade brasileira. Aprovamos o Plano Decenal de Esporte e
Lazer "10 pontos em 10 anos para projetar o Brasil entre os 10 mais" que ratifica a
necessidade de um Sistema Nacional de Esporte e Lazer lastreado em recursos que tornem
sustentável um projeto de longo prazo. Significa também promover a inclusão social e o
desenvolvimento humano por meio de programas socioesportivos; institucionalizar o
esporte educacional; atingir resultados inéditos nas competições e assim projetar o Brasil
no ranking do alto rendimento; incrementar nossa infraestrutura esportiva; modernizar e
valorizar o futebol como identidade cultural do Brasil; ampliar o leque de modalidades para
diversificar a prática esportiva no país; qualificar a gestão do esporte e do lazer; e
aproveitar o potencial econômico-social dos grandes eventos, porque eles contribuem com
o projeto de desenvolvimento nacional gerando milhões de empregos, aumentando a renda
do trabalhador e propiciando o renascimento de áreas urbanas, a melhoria da qualidade de
vida, a oferta de perspectivas à juventude e o fortalecimento do respeito do mundo por
nossa pátria. O Plano Decenal ganha força a partir da valorização do trabalhador da área,
especialmente o profissional de educação física, garantindo postos de trabalho;
estabelecendo a criação de políticas de formação continuada e permanente, de
desenvolvimento científico e tecnológico e de acompanhamento e avaliação dos programas,
resultando na profissionalização cada vez maior da política esportiva no país. Esse conjunto
de ações e metas consolidam os programas sociais de esporte e lazer do Ministério do
Esporte como política de Estado e avançam rumo à universalização do acesso ao esporte e
ao lazer como direito de todos os cidadãos brasileiros. O esporte nos ensina que as vitórias
são fruto de construções coletivas, de ideias amadurecidas, de planejamento contínuo, de
papéis definidos, de metas objetivas, de gestão eficiente, de políticas amplas. Se os desafios
são enormes, maior é a nossa capacidade e espírito de luta. Reunidos no cinqüentenário de
nossa capital, nós, delegados, delegadas e participantes da III Conferência Nacional do
Esporte somos inspirados pelo sonho da construção de Brasília, forjada em concreto, feita
de poesia, sacrifício e trabalho de brasileiros de todas as partes. Com esse exemplo,
fortalecemos nossa determinação em construir uma nova década em que o esporte e o lazer
sejam vividos pela população como direitos. Queremos todo o povo jogando, torcendo e
brilhando, vestido com a camisa desse time chamado Brasil. Brasília, 06 de junho de 2010
Delegados e delegadas da III Conferência Nacional do Esporte

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