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Sumário
1. Introdução
2. Simples Nacional
3. Aspecto Trabalhista
3.1 - Obrigações Trabalhistas Não Dispensadas
3.1.1 - Folha Mensal De Pagamento
3.2 - Obrigações Trabalhistas Dispensadas
3.2.1 – Contratação De Aprendizes
3.2.2 - Contribuição Sindical Patronal
3.2.3 – Comunicar Ao Ministério Do Trabalho E Emprego A Concessão De Férias Coletivas
3.3 - Segurança E Medicina Do Trabalho
3.4 - Fiscalização Do MTE
3.5 – Demais Obrigações Trabalhistas
4. Enquadramento No Simples Nacional
5. Aspecto Previdenciário Das Empresas Optantes Pelo Simples Nacional
5.1 - Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) – Somente o Anexo IV
5.2 – RAT – Somente O Anexo IV
5.3 - Contribuições Destinadas A Outras Entidades (Terceiros) – Todos Os Anexos Dispensados
5.4 – FAP – Fator Neutro (1,0000)
5.5 - Empresas Enquadradas No Anexo V – Fator “R”
5.6 - Mão-De-Obra Própria Utilizada Na Execução De Obra De Construção Civil - Empresas No Simples Nacional
5.7 - Códigos Utilizados Na GPS
5.8 - Atividades Concomitantes
5.8.1 - Folhas De Pagamento Separadas
5.8.2 - CPP Das Atividades Concomitantes
5.9 - Retenção Previdência Dos 11% (Onze Por Cento)
5.10 - Retenção Previdenciária De 3,5% (Três Inteiros E Cinco Décimos Por Cento)
5.10.1 - Responsabilidade Solidária
6. Desoneração Da Folha De Pagamento
6.1 – Atividades Do Anexo IV
6.2 – Atividades Concomitantemente (Anexos I A III E V)
7. Responsabilidade Pelas Contribuições Sociais
8. FGTS
9. GFIP/SEFIP
9.1 - Empresas Enquadradas Nos Anexos I, II, III E V
9.2 - Empresas Enquadradas No Anexo IV
9.3 - Empresas Enquadradas Nas Atividades Concomitantes
9.3.1 - Fatos Geradores De Contribuições Previdenciárias Ocorridos Até 31 De Dezembro De 2008 - Anexos I A III,
Simultaneamente Com Atividades Tributadas Na Forma Dos Anexos IV E V
9.3.2 - Fatos Geradores De Contribuições Previdenciárias Ocorridos A Partir De 1º De Janeiro De 2009 - Anexo IV
9.3.3 - Fatos Geradores De Contribuições Previdenciárias Ocorridos A Partir De 1º De Janeiro De 2009 - Anexos I A III E V
9.4 - GFIP/SEFIP Sem Movimento
9.5 - GFIP/SEFIP Competência 13
9.5.1 - Competência 13 – Sem Movimento
9.6 - Conectividade Social ICP (Certificação Digital)
9.7 – Penalidades
9.7.1 - Multa
1. INTRODUÇÃO
A Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, com as alterações posteriores, sendo a última
pela Lei n° 12.792, de 28 de março de 2013, a qual instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da
Empresa de Pequeno Porte. E estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e
favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, as pequenas empresas constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País devem receber tratamento diferenciado
(Artigo 170, inciso IX).
“Através da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro (DOU de 01.12.2011), o Comitê Gestor do
SIMPLES NACIONAL consolidou todas as Resoluções do SIMPLES NACIONAL voltadas para os
contribuintes, contemplando inclusive as alterações introduzidas pela Lei Complementar nº 139/2011”.
Nesta matéria, trataremos sobre os aspectos trabalhista e previdenciário das empresas enquadradas no
SIMPLES NACIONAL.
2. SIMPLES NACIONAL
Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios”.
Observação: Matéria completa sobre o SIMPLES NACIONAL, vide Bol. INFORMARE n° 2/2014 –
IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE – SIMPLES NACIONAL.
3. ASPECTO TRABALHISTA
Não estão dispensadas as microempresas e as empresas de pequeno porte dos seguintes procedimentos
(Artigo 52 da LC n° 123/2009):
d) apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS
(Última Portaria do MTE nº 2.590/2009);
A IN RFB n° 971/2009, artigo 47, inciso III, estabelece que a empresa e o equiparado, sem prejuízo do
cumprimento de outras obrigações acessórias previstas na legislação previdenciária, estão obrigados a
elaborar a folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados
a seu serviço, de forma coletiva por estabelecimento, por obra de construção civil e por tomador de
serviços, com a correspondente totalização e resumo geral, nela constando:
a) afixação de Quadro de Horário de Trabalho em suas dependências (Art. 74, “caput”, da Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT);
b) anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro (Art. 135, parágrafo
2º, da CLT);
e) comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas (Art. 139, parágrafo
2º, da CLT).
O artigo 51, inciso III, da LC n° 123/2006, estabelece que as microempresas e as empresas de pequeno
porte são dispensadas de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de
Aprendizagem;
b) as entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a educação profissional.
As ME e EPP optantes pelo SIMPLES NACIONAL ficam dispensadas, na forma do § 3º do art. 13 da Lei
Complementar nº 123/2006, do pagamento das demais contribuições instituídas pela União.
O artigo citado acima dispõe que as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo
SIMPLES NACIONAL ficam dispensadas do pagamento das contribuições instituídas pela União. Ficando o
entendimento que esta dispensa abrange, também, a Contribuição Sindical Patronal (Constituição
Federal/1988, artigo 149).
A Coordenação Geral de Relações do Trabalho do MTE, através da Nota Técnica CGRT/SRT 02/2008,
dispõe sobre a dispensa do recolhimento da Contribuição Sindical Patronal pelas ME e EPP optantes pelo
SIMPLES NACIONAL.
Nota: Ressaltamos que o assunto é polêmico, então, recomenda-se que cada empresa analise a
questão, decidindo recolher ou não a Contribuição Sindical conforme entendimento firmado pelo seu
departamento jurídico.
A Lei Complementar nº 123/2006 dispõe sobre o tratamento especial das microempresas, empresas de
pequeno porte e do SIMPLES NACIONAL, e em seu artigo 51 menciona quais as obrigações trabalhistas
que estão dispensadas. Com isso o Auditor Fiscal do Trabalho (AFT) deverá não notificar o empregador
para apresentar documentos relativos a tais obrigações.
O artigo 55 da LC n° 123/2006 dispõe sobre a fiscalização no que se refere aos aspectos trabalhista,
metrológico, sanitário, ambiental e de segurança, das microempresas e empresas de pequeno porte, que
deverá ter natureza prioritariamente orientadora, quando a atividade ou situação, por sua natureza,
comportar grau de risco compatível com esse procedimento.
“Art. 55. A fiscalização, no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental e de
segurança, das microempresas e empresas de pequeno porte deverá ter natureza prioritariamente
orientadora, quando a atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com
esse procedimento.
§ 1º Será observado o critério de dupla visita para lavratura de autos de infração, salvo quando for
constatada infração por falta de registro de empregado ou anotação da Carteira de Trabalho e
Previdência Social - CTPS, ou, ainda, na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à
fiscalização.
§ 2º (VETADO).
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica ao processo administrativo fiscal relativo a tributos, que se
dará na forma dos arts. 39 e 40 desta Lei Complementar”.
Observação: Orientamos a máxima atenção ao que se refere à dispensa das obrigações trabalhistas,
para que as empresas não estejam sujeitas às penalidades.
“Lei nº 8.036/1990, artigo 15 - Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados
a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente
a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na
remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se
refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de
1965”.
“Art. 13. LC n° 123/2006. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento
único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:
§ 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impostos ou
contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será
observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
Além das obrigações já citadas, o empregador também deverá cumprir com as determinações
trabalhistas, como: além de registrar a CTPS, fazer as devidas anotações no livro ou ficha de registro de
empregado, pagar o 13° salário, as férias, o aviso prévio, o descanso semanal remunerado, entre outras
obrigações.
Para melhor compreensão das obrigações das contribuições previdenciárias das empresas enquadradas
no SIMPLES NACIONAL, segue abaixo os Anexos I, II, III, IV e V:
a) Anexo I (Comércio);
b) Anexo II (Indústria);
d) Anexo IV:
As atividades do Anexo IV, conforme o § 5º-C do artigo 18 da Lei Complementar nº 123/2006, são as
seguintes:
d.1) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada,
execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores;
e) Anexo V (Serviços).
Observação: Matéria completa sobre o SIMPLES NACIONAL, vide Bol. INFORMARE n° 2/2014 –
IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE – SIMPLES NACIONAL.
As empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL estão sujeitas ao recolhimento unificado de diversos
tributos, tanto de competência federal, estadual como municipal, através do documento único de
arrecadação do DAS (Documento de Arrecadação do SIMPLES), conforme artigo 13, inciso VI, da Lei
Complementar nº 123/2006.
“IN RFB n° 971/2009, Art. 198. As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional, no que se refere às
contribuições sociais previstas no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, serão tributadas da seguinte forma:
I - as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores referidos no inciso I do art. 195
serão substituídas pelo regime do Simples Nacional;
II - as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores referidos no inciso II do art. 195
serão recolhidas segundo a legislação aplicável aos demais contribuintes e responsáveis; e
III - as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores referidos no inciso III do art.
195 desta Instrução Normativa serão proporcionais à parcela da receita bruta auferida nas atividades
enquadradas no Anexo IV da Lei Complementar nº 123, de 2006, em relação à receita bruta total
auferida pela empresa.
§ 2º A contribuição devida na forma do inciso III do caput incidente sobre o décimo terceiro salário
corresponderá ao resultado da multiplicação do valor da contribuição calculada conforme o disposto no
art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, pela fração, cujo numerador é o valor anual acumulado, nas
competências de janeiro a dezembro, da receita bruta auferida nas atividades enquadradas no Anexo IV
da Lei Complementar nº 123, de 2006, e o denominador é o valor anual acumulado, nas competências
de janeiro a dezembro, relativo à receita bruta total auferida pela empresa, observando-se o seguinte:
III - na competência janeiro, uma vez apurada a receita bruta referente à competência dezembro do ano
anterior, a ME ou a EPP deverá efetuar o cálculo do valor devido da contribuição na forma do caput deste
parágrafo, comparando-o com o recolhimento efetuado na forma do inciso I, descontado o valor relativo
aos acréscimos legais, e recolher o valor encontrado das possíveis diferenças da contribuição devida ou
compensá-las”.
A Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) está inclusa com os demais impostos e contribuições, por
meio do Documento de Arrecadação do Simples (DAS), conforme dispõe o artigo 13, inciso VI, da Lei
Complementar nº 123/2006. Porém, existe exceção, que mesmo empresas optantes pelo Simples
deverão efetuar o recolhimento previdenciário patronal (CPP), ou seja, somente as empresas
enquadradas no ANEXO IV tem o recolhimento dos 20% (vinte por cento), conforme legislação abaixo.
“Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de
arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:
VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de
que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da
empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do
art. 18 desta Lei Complementar;
§ 5º-C. Art. 18. Sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 17 desta Lei Complementar, as atividades de
prestação de serviços seguintes serão tributadas na forma do Anexo IV desta Lei Complementar,
hipótese em que não estará incluída no Simples Nacional a contribuição prevista no inciso VI do caput do
art. 13 desta Lei Complementar, devendo ela ser recolhida segundo a legislação”.
De acordo com o artigo 12, inciso VI da LC n° 123/20016 estabelece que o Simples Nacional implica o
recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, da Contribuição Patronal
Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei
nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que
se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei
Complementar.
“Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23,
é de:
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do
trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado
médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado
grave”.
As ME e EPP optantes pelo SIMPLES NACIONAL (anexos I, II, III, IV e V) estão dispensadas das
contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional e demais entidades
de serviço social autônomo (Lei Complementar nº 123/2006, artigo 13, § 3º).
“§ 3º As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam
dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições
para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical,
de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo”.
Empresas optantes pelo Simples não possuem FAP calculado. (informações obtidas no site da Receita
Federal do Brasil).
Para os contribuintes individuais equiparados a empresa (profissionais liberais, produtor rural pessoa
física), identificados pela matrícula CEI, o FAP é, por definição, igual a 1,0000 .
Em conformidade com o ADE Codac nº 3/2010, O FAP será informado no SEFIP com duas casas
decimais. Então, os contribuintes individuais equiparados à empresa, informarão no SEFIP FAP igual a
1,00.
A consulta ao FAP é exclusiva para CNPJ, não sendo possível consulta ao FAP para matrícula CEI.
Observação: Informações obtidas no Site da Receita Federal e da Previdência Social, conforme no site
www.previdencia.gov.br, FAP, Perguntas Frequentes; ADE Codac nº 3, de 18./01/2010.
As empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL, que obtiverem receitas, sujeitas ao Anexo V da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, devem calcular (mensalmente) a relação entre a
folha de salários incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração e a receita
bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração (r).
O Anexo V contempla alíquotas variando entre 8% (oito por cento) e 22,9% (vinte e dois, vírgula nove
por cento), conforme a apuração do fator “r” (Anexo V da Lei Complementar nº 128/2008) e tem um
tratamento diferenciado em relação aos outros Anexos, especialmente em decorrência da necessidade
de apuração desse fator.
Nas receitas sujeitas à aplicação de alíquotas do Anexo V, o fator “r”, para fatos geradores ocorridos a
partir de 1º de janeiro de 2009, deverá ser apurada a relação entre a folha de salários, incluídos
encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração e a receita bruta total acumulada nos
12 (doze) meses anteriores ao período de apuração (r), conforme demonstrado abaixo, lembrando
cálculo do fator “r” feito mensalmente (Resolução CGSN nº 51/2008, artigo 8º).
r = Folha de salários, incluídos encargos, nos 12 meses anteriores ao período de apuração / Receita
bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração
Observação: Informação sobre fator “r”, vide Bol. INFORMARE n° 38/2012, em assuntos
previdenciários.
A obra de construção civil destinada a uso próprio, executada por empresa optante pelo SIMPLES, bem
como a obra executada por associação desportiva que mantém clube de futebol profissional, por
agroindústria e por produtor rural é considerada estabelecimento NÃO abrangido pela substituição
tributária, conforme estabelecido na Instrução Normativa que dispõe sobre as normas gerais de
tributação previdenciária e de arrecadação(IN RFB n° 971/2009, artigo 393).
“IN RFB n° 971/2009. Art. 393. As contribuições sociais incidentes sobre a remuneração de mão-de-obra
própria utilizada na execução de obra de construção civil, inclusive a destinada a uso próprio, por pessoa
jurídica optante pelo SIMPLES de que tratava a Lei nº 9.317, de 1996, associação desportiva que
mantém equipe de futebol profissional, agroindústria ou produtor rural, não são abrangidas pela
substituição de contribuições sociais que lhes é atribuída em virtude de lei, ficando o responsável pela
obra sujeito às contribuições previstas no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, bem como às destinadas a
outras entidades ou fundos.
§ 1º O disposto no caput se aplica às empresas optantes pelo Simples Nacional, salvo quanto às
contribuições devidas a outras entidades ou fundos, de que são isentas nos termos do § 3º do art. 13 da
Lei Complementar nº 123, de 2006.
§ 2º A isenção das contribuições sociais estende-se à obra executada por pessoa jurídica de direito
privado beneficente de assistência social isenta, desde que destinada a uso próprio”.
A obra executada nestas situações deve ser informada conforme as instruções estabelecidas no subitem
4.2 do SEFIP 8.4. O campo Simples deve conter a informação “não optante”.
As informações relativas ao pessoal administrativo das empresas optantes pelo SIMPLES devem ser
prestadas em outra GFIP/SEFIP (outro arquivo), com a informação de “optante” no campo Simples, e
código 150, obrigatoriamente.
“Elabora-se a GFIP com dois códigos (150 e 155) quando a empresa tem contratos de empreitadas
parciais (código 150) e empreitadas totais (código 155). No caso das construtoras enquadradas no
Simples Nacional deverão obrigatoriamente informar o pessoal administrativo no código 150, pois neste
caso a empresa é isenta da contribuição previdenciária referente às Outras Entidades (Terceiros)”.
A empresa que possuir FPAS 507 e que edificar obra própria, tendo informações relativas à Opção pelo
Simples, ao Código de Outras Entidades ou à Alíquota RAT distintas das informações da obra, deverá
elabora GFIP/SEFIP com código 150, para informar os dados e trabalhadores não referentes à obra, e
GFIP com código 155, para informar os dados e trabalhadores referentes à obra. (Manual SEFIP 8.4,
Capítulo IV – Orientações Específicas, item 4.5, em “Notas”).
Observação: Conforme informações extraídas do Manual SEFIP 8.4, Capítulo III – Informações
Financeiras, item 1.2.1 (quando utilizar cada código) letra “g”, segue abaixo as situações em que a GFIP
é elaborada com dois códigos 150 e 155. Informações extraídas do Manual SEFIP 8.4, Capítulo IV, item
4.5 – Orientações Específicas, em “Notas”.
Conforme IN RFB n° 925/2009, segue abaixo os códigos utilizados na GPS para recolhimento das
empresas enquadradas no SIMPLES NACIONAL:
a) Código 2003 - as ME ou EPP optantes pelo Simples Nacional, enquadradas nos Anexos I, II, III e V,
usam esse código para o recolhimento das contribuições previdenciárias em GPS.
b) Código 2100 - as EPP ou ME optantes pelo Simples Nacional, enquadradas no Anexo IV, usam esse
código para o recolhimento das contribuições previdenciárias em GPS.
Atividade concomitante é aquela realizada por trabalhador cuja mão-de-obra é empregada de forma
simultânea em atividade enquadrada no anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em um
dos Anexos I, II, III e V (artigo 193, inciso II, da IN RFB n° 971/2009).
As empresas optantes pelo Simples Nacional que exercerem atividades concomitantes terão
recolhimento previdenciário patronal proporcional à parcela da receita bruta auferida nas atividades
enquadradas no Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006, em relação à receita bruta total recebida
pela empresa.
“IN RFB n° 971/2009. Art. 195. As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional deverão elaborar folha de
pagamento mensal, nos termos do inciso III do art. 47, destacando a remuneração dos trabalhadores
que se dediquem:
Sobre a Folha de Pagamento do Anexo I, por exemplo, não será devida contribuição patronal
previdenciária (CPP), pois é paga através do DAS.
Já sobre a Folha de Pagamento do Anexo IV, deverá haver a contribuição patronal previdenciária (CPP =
20% + RAT), apenas excluindo a contribuição às Outras Entidades/Terceiros.
A tributação sobre a Folha de Pagamento das Atividades Concomitantes deve ser feita
proporcionalmente à receita recebida na atividade dos Anexo I e às atividades do Anexo IV.
De acordo com a Instrução Normativa nº 971/2009, artigo 191, a partir de janeiro de 2009, as
empresas do SIMPLES NACIONAL, enquadradas nos ANEXOS I, II, III e V, estão desobrigadas à
retenção de 11% (onze por cento) em suas prestações de serviço, mediante a emissão de Nota Fiscal,
fatura ou recibo de prestação de serviço.
Somente as empresas enquadradas no ANEXO IV é que estão sujeitas à retenção dos 11% (onze por
cento) em suas prestações de serviço, conforme Instrução Normativa citada no parágrafo anterior.
“O artigo 191 da IN RFB nº 971/2009 dispõe que as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional que
prestarem serviços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada não estão sujeitas à retenção (11%,
(onze por cento)) referida no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre o valor bruto da Nota Fiscal, da
fatura ou do recibo de prestação de serviços emitidos, conforme algumas exceções citadas abaixo:
a) ME ou a EPP tributada na forma dos Anexos IV e V da Lei Complementar nº 123, de 2006, para os
fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2008; e
b) ME ou a EPP tributada na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123, de 2006, para os fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009".
Observação: Matéria sobre retenção, vide Bol. INFORMARE nº 12/2013, em Assuntos Previdenciários.
5.10 - Retenção Previdenciária de 3,5% (Três Inteiros e Cinco Décimos por Cento)
Conforme a IN RFB Nº 1.436/ 2013, artigo 9º, no caso de contratação de empresas para execução de
serviços relacionados no Anexo I, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei
nº 8.212, de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento)
do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, observando-se os seguintes períodos:
b) de Teleatendimento.
c) do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da Classificação Nacional
de Atividades Econômicas - Versão 2.0 (CNAE 2.0).
“a) que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados,
enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0; e
b) de construção civil de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE
2.0;
§ 1º Serão aplicadas à retenção de que trata o caput, no que couber, as disposições previstas nos arts.
112 a 150 da Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009.
§ 2º Aplica-se o disposto neste artigo apenas aos serviços listados nos arts. 117 e 118 da Instrução
Normativa RFB nº 971, de 2009, que estiverem sujeitos à CPRB.
§ 3º O valor retido na forma do caput somente poderá ser compensado pela empresa contratada com
contribuições previdenciárias de que trata a Lei nº 8.212, de 1991.
§ 4º No caso de contratação de empresas para prestação de serviços a que se refere a alínea "c" do
inciso III, no período de 19 de julho a 31 de outubro de 2013, o percentual da retenção será de 3,5%
(três inteiros e cinco décimos por cento) somente se a empresa contratada optar por antecipar a sua
inclusão na tributação substitutiva de que trata o art. 1º”.
De acordo com o artigo 9º, § 7º da IN RFB n° 1.436/2013, no caso de retenção para fins de elisão de
responsabilidade solidária, a retenção continuará sendo de 11% (onze por cento).
Esteja sujeita, mesmo que parcialmente, à contribuição previdenciária incidente sobre a folha de
pagamento, na forma prevista no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de
2006; e
Sua atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada na forma
prevista no art. 17 da IN RFB n° 1.436/2013, esteja enquadrada nos grupos 412, 432, 433 ou 439 da
CNAE 2.0.
1. Às empresas optantes pelo Simples Nacional tributadas na forma dos Anexos I e III da Lei
Complementar nº 123, de 2006, não se aplica a contribuição previdenciária substitutiva incidente sobre
a receita bruta prevista na Lei nº 12.546, de 2011.
2. Essa contribuição, porém, é devida pelas microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo
Simples Nacional que recolhem com fundamento no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123, de
2006 (Anexo IV), desde que a atividade exercida esteja inserida entre aquelas alcançadas pela
contribuição substitutiva e sejam atendidos os limites e as condições impostos pela Lei nº 12.546, de
2011, para sua incidência. Reforma da Solução de Consulta SRRF06/Disit nº 70/2012”.
“Artigo 19, § 1º, IN RFB n° 1.436/2013. A Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) que
esteja de acordo com as condições previstas no caput e exerça, concomitantemente, atividade
enquadrada no Anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em um dos Anexos I a III e V, da
Lei Complementar nº 123, de 2006, contribuirá na forma prevista:
I - no art. 1º, com relação à base de cálculo referente à parcela da receita bruta auferida nas atividades
enquadradas no Anexo IV da Lei Complementar nº 123, de 2006, à alíquota de 2% (dois por cento); e
II - nos Anexos I a III e V da Lei Complementar nº 123, de 2006, com relação às parcelas da receita
bruta relativas às atividades listadas nesses Anexos.
I - a receita bruta a que se refere o inciso II do art. 2º, será considerada a receita recebida no mês, no
caso de empresas optantes pelo Simples Nacional que tenham optado, na forma regulamentada pelo
Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), pelo regime de caixa de apuração de receitas;
II - a CPRB deverá ser informada, por meio do Programa Gerador do Documento de Arrecadação do
Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D), disponível no Portal do Simples Nacional na Internet, no
endereço eletrônico<www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional>;
III - o recolhimento da CPRB deverá ser realizado mediante DARF, na forma definida no inciso III do art.
4º.
A Instrução Normativa RFB nº 971/2009, em seu artigo 190, dispõe que as ME e EPP optantes pelo
Simples Nacional são obrigadas a arrecadar e recolher, mediante desconto ou retenção, as contribuições
devidas:
a) pelo segurado empregado, podendo deduzir, no ato do recolhimento, os valores pagos a título de
salário-família e salário-maternidade;
d) pelo produtor rural pessoa física ou pelo segurado especial, incidentes sobre o valor bruto da
comercialização de produto rural, na condição de sub-rogadas;
e) pela associação desportiva, incidente sobre a receita bruta decorrente de contrato de patrocínio, de
licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e de transmissão de
espetáculos desportivos, quando forem as patrocinadoras; e
f) pela empresa contratada, incidentes sobre o valor bruto da Nota Fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviço mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, na forma dos artigos 112 e 145.
8. FGTS
A empresa optante pelo Simples Nacional está obrigada de proceder a Contribuição para o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, ou seja, não está excluída desta obrigatoriedade trabalhista,
devida na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a Legislação
aplicável às demais pessoas jurídicas (Artigo 13, § 1º, inciso VIII, da Lei Complementar nº 123/2006).
“Art. 13. LC n° 123/2006. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento
único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:
§ 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impostos ou
contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será
observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
9. GFIP/SEFIP
Desde a competência janeiro de 1999, todas as pessoas físicas ou jurídicas sujeitas ao recolhimento do
FGTS, conforme estabelece a Lei n° 8.036, de 11 de maio de 1990, e Legislação posterior, bem como às
contribuições e/ou informações à Previdência Social, conforme disposto nas Leis nºs 8.212/1991 e
8.213/1991 e Legislação posterior, estão obrigadas a recolher e informar a GFIP/SEFIP.
Deverão ser informados os dados da empresa e dos trabalhadores, os fatos geradores de contribuições
previdenciárias e valores devidos ao INSS, bem como as remunerações dos trabalhadores e valor a ser
recolhido ao FGTS.
De acordo com o artigo 196 da IN RFB n° 971/2009, as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional
deverão informar mensalmente, em GFIP, a remuneração dos trabalhadores, destacando-a por
estabelecimento, na forma dos incisos I a III do art. 195, de acordo com as regras estabelecidas no
Manual da GFIP.
“Art. 195. As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional deverão elaborar folha de pagamento mensal,
nos termos do inciso III do art. 47, destacando a remuneração dos trabalhadores que se dediquem:
I - exclusivamente, a atividade enquadrada nos Anexos I a III e V da Lei Complementar nº 123, de
2006;
Observação: IN RFB n° 925/2009 orienta o preenchimento do SEFIP, para os subitens “9.1” a “9.3.3”,
desta matéria.
De acordo com a IN RFB n° 925/2009, as atividades dos Anexos I, II, III ou V, o SEFIP deverá ser
preenchido conforme abaixo:
c) na geração do arquivo a ser utilizado para importação da folha de pagamento deverá ser informado
“2100” no campo “Cód. Pagamento GPS”;
As contribuições devem ser recolhidas em GPS com os códigos de pagamento e valores determinados
pelo SEFIP (IN RFB nº 925, de 06 de março de 2009, artigo 4°, § 2°).
A Instrução Normativa RFB nº 925, de 06 de março de 2009, em seus artigos 3º ao 5º, determina
situações referentes ao recolhimento de empresas nos Anexos I, II, III, IV e V, conforme informações a
seguir.
Na geração do arquivo a ser utilizado para importação da folha de pagamento, deverá ser informado:
O sujeito passivo deverá preencher a GPS com os valores efetivamente devidos, utilizando os códigos:
b) “2011”, para recolhimento das contribuições incidentes sobre aquisição de produto rural de produtor
rural pessoa física;
As contribuições devem ser recolhidas em GPS com os códigos de pagamento e valores apurados pelo
SEFIP (Instrução Normativa RFB nº 925/2009, artigo 4º).
Na geração do arquivo a ser utilizado para importação da folha de pagamento deverá ser informado:
O sujeito passivo deverá preencher a GPS com os valores efetivamente devidos, utilizando:
a) os códigos “2003”, para recolhimento das contribuições incidentes sobre folha de pagamento;
b) “2011”, para recolhimento das contribuições incidentes sobre aquisição de produto rural de produtor
rural pessoa física;
A empresa está obrigada à entrega da GFIP ainda que não haja recolhimento para o FGTS, caso em que
esta GFIP será declaratória, contendo todas as informações cadastrais e financeiras de interesse da
Previdência Social, de acordo com a IN RFB n° 925, 06.03.2009, artigo 9º, abaixo:
“Instrução Normativa RFB nº 925, de 6 de março de 2009, artigo 9º, que produz efeitos a partir de 04
de dezembro de 2008, normatizou o assunto determinando que o sujeito passivo deverá apresentar
GFIP com indicativo de ausência de fato gerador - GFIP sem movimento - na primeira competência da
ausência de fatos geradores, dispensando-se a sua transmissão para as competências subsequentes até
a ocorrência de fatos geradores de contribuição previdenciária”.
Observação: Matéria completa sobre o assunto, vide Boletim INFORMARE n° 49/2013, em Assuntos
Previdenciários.
A GFIP da competência 13 deve ser utilizada exclusivamente para prestar informações à Previdência
Social referente a fatos geradores das contribuições previdenciárias do décimo terceiro salário, não
havendo, portanto, recolhimento de FGTS, ou seja, trata em particular das informações à Previdência
Social.
A partir do ano de 2005, é obrigatória a entrega de GFIP/SEFIP para a competência 13. A partir da
versão 8.0, o SEFIP está habilitado para o cumprimento desta obrigação. Para os anos de 1999 a 2004,
é facultativa a entrega de GFIP/SEFIP para a competência 13.
O último prazo para transmitir a informação referente à competência 13 no SEFIP é até o dia 31 de
janeiro de cada ano, conforme estabelece o Manual SEFIP 8.4, Capítulo I – Considerações Gerais, item
“6” (prazo para entregar e recolher).
Observações:
Informações obtidas no Manual SEFIP 8.4, Capítulo IV, item 9 “COMPETÊNCIA 13”.
Matéria completa sobre GFIP/SEFIP COMPETÊNCIA 13, vide Boletim INFORMARE n° 01/2014, em
assuntos previdenciários.
Na falta de fatos geradores na competência 13, as empresas que não possuem empregados no ano-base
específico, mesmo com a não ocorrência de fato gerador do Décimo Terceiro, deverão também enviar
GFIP/SEFIP (sem movimento) da competência 13 com ausência de fato gerador (SEFIP Negativa),
obedecendo às disposições contidas no Manual SEFIP 8.4, item 5 do Capítulo I do Manual da SEFIP, para
o código 115.
Observações:
a) As GFIPs referentes à competência 13 (treze), ou seja, referente ao décimo terceiro salário devem ser
enviadas todos os anos, ainda que não tenha movimento durante o ano.
b) O GFIP/SEFIP deve ser distinto para os fatos geradores referentes à competência 12 (mês de
dezembro) e competência 13 (décimo terceiro salário).
c) Mesmo a empresa que possui apenas Prolabore deve entregar a SEFIP de Competência 13, pois trata
de informações exclusivas à Previdência Social.
O Conectividade Social ICP, ou seja, o novo canal substitui o antigo Conectividade Social, que era
instalado no computador para envio de arquivos e recebimento de relatórios, como também o aplicativo
web “Conexão Segura”, utilizado para fazer a comunicação de afastamento do empregado, entre outras
tarefas.
Com a nova versão o aplicativo é totalmente WEB, tendo como necessidade um navegador de Internet,
sendo o seu acesso somente através de autenticação mediante uso de certificação digital padrão ICP-
BRASIL.
“1 Estabelece o canal eletrônico de relacionamento Conectividade Social com acesso por meio da
certificação digital no padrão ICP - Brasil para uso pelas empresas que possuam a partir de 11
empregados vinculados.
3 Por deliberação do Agente Operador do FGTS fica prorrogado o prazo de validade dos certificados
eletrônicos expedidos em disquete regularmente pela CAIXA, sendo sua revogação ou suspensão
condicionada a prévia emissão de comunicado”.
“Conforme a Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 29 de novembro de 2011 Art. 72.
A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional poderá ser obrigada ao uso de certificação digital para
cumprimento das seguintes obrigações: (Lei Complementar n º 123, de 2006, art. 26, § 7 º)
II - emissão da Nota Fiscal Eletrônica, quando a obrigatoriedade estiver prevista em norma do Conselho
Nacional de Política Fazendária (Confaz) ou na legislação municipal.
§ 1 º Poderá ser exigida a utilização de códigos de acesso para cumprimento das obrigações não
previstas nos incisos do caput . (Lei Complementar n º 123, de 2006, art. 2 º, inciso I e § 6 º; art. 26, §
7 º)
§ 2 º Para entrega da GFIP e recolhimento do FGTS, quando o número de empregados for superior a 2
(dois) e inferior a 11 (onze), poderá ser exigida a certificação digital desde que autorizada a outorga de
procuração não eletrônica a pessoa detentora de certificado digital. (Lei Complementar n º 123, de
2006, art. 2 º, inciso I e § 6 º; art. 26, § 7 º)”.
9.7 – Penalidades
Estão sujeitas a penalidades as seguintes situações (Manual SEFIP versão 8.4, Capítulo I, item 12):
c) transmitir a GFIP/SEFIP com erro de preenchimento nos dados não relacionados aos fatos geradores.
Os responsáveis estão sujeitos às sanções previstas na Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, no que se
refere ao FGTS, e às multas previstas na Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e alterações posteriores,
no que tange à Previdência Social, observado o disposto no Decreto n° 3.048, de 06 de maio de 1999.
Aplicada a multa pela ausência de entrega/transmissão da GFIP/SEFIP, ainda que o valor desta multa
seja recolhido, permanece o impedimento para a obtenção de CND e para a emissão da Certificação de
Regularidade perante o FGTS, sendo obrigatória a transmissão da GFIP/SEFIP com as informações, bem
como a quitação da GRF.
Somente se considera corrigida a infração pela entrega da GFIP/SEFIP com omissão do fato gerador
quando houver o envio de GFIP/SEFIP com a totalidade dos fatos geradores correspondentes à
competência (fatos declarados anteriormente mais os omitidos).
9.7.1 - Multa
O contribuinte que deixar de apresentar a GFIP no prazo fixado ou que a apresentar com incorreções ou
omissões será intimado a apresentá-la ou a prestar esclarecimentos e sujeitar-se-á às seguintes multas
(Lei nº 8.212/1991, artigo 32-A, com alteração da Lei nº 11.941/2009):
a) de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas;
b) de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante das contribuições
informadas, ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após
o prazo, limitada a 20% (vinte por cento).
Para efeito de aplicação da multa, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do
prazo fixado para entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de
não-apresentação, a data da lavratura do auto de infração ou da notificação de lançamento.
a) à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento
de ofício; ou
b) a 75% (setenta e cinco por cento), se houver apresentação da declaração no prazo fixado em
intimação.