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ESQUEMA DE SINCRONISMO
AUTOMÁTICO APLICADO EM
GERADORES SINCRONOS
DISTRIBUÍDOS
São Carlos
2015
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4
RESUMO
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ABSTRACT
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Sumário
1 Introdução ............................................................................................................ 9
1.1. Geração distribuída ...................................................................................... 10
1.2 Incentivo às formas alternativas de geração ................................................. 12
1.3 Sincronismo entre geradores ........................................................................ 13
1.4 Objetivos ...................................................................................................... 14
2 Máquina Síncrona .............................................................................................. 17
2.1 Sincronização e paralelismo entre geradores ............................................... 17
2.2 Características de operação de uma máquina síncrona ............................... 18
2.3 Potência de sincronismo ............................................................................... 19
3 Controle de geração em sistemas de potência ............................................... 21
3.1 Regulação primária....................................................................................... 21
3.2 Regulador com queda de velocidade ............................................................ 22
4 Esquema de Sincronismo ................................................................................. 25
4.1 Valores de kpv, kiv, kpf e kif ........................................................................... 26
5 Sistema simulado .............................................................................................. 29
5.1 Turbina a Vapor e Regulador de velocidade ................................................. 31
5.1.1 Parâmetros do bloco da turbina a vapor e regulador de velocidade ....... 32
5.1.2 Entradas e saídas .................................................................................. 34
5.2 Sistema de excitação e regulador de tensão ................................................ 35
5.2.1 Parâmetros do bloco regulador de velocidade ....................................... 35
5.2.2 Entradas e saídas .................................................................................. 37
5.3 Bloco PLL para detecção de frequência (Phase-Locked Loop) ..................... 38
5.3.1 Parâmetros do Bloco PLL ...................................................................... 39
6 Controladores PI para conexão de DJ1............................................................ 41
7 Condições para fechamento do disjuntor de conexão ................................... 47
7.1 O Relé 25 ..................................................................................................... 47
7.2 Condições para fechamento do disjuntor ...................................................... 50
7.3 Condições de pós fechamento ..................................................................... 53
8 Testes para validação dos estudos .................................................................. 57
8.1 Teste 1: Potência das cargas constante. ...................................................... 57
8.2 Teste 2: Acréscimo de 10% à potência total do sistema. .............................. 65
8.3 Teste 3: Acréscimo de 10% nas cargas no instante antes da conexão. ........ 70
8.4 Teste 4: Acréscimo de 10% nas cargas no instante após a conexão. ........... 76
9 Conclusões ........................................................................................................ 85
10 Referências Bibliográficas ............................................................................ 87
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8
1 Introdução
Desde o início do uso da energia elétrica o crescimento da demanda de
potência acentua-se mais. Tal fato sempre foi acompanhado por novas tecnologias e
metodologias para que os sistemas elétricos de potência conseguissem acompanhar o
crescimento de tais demandas.
9
velocidade coincidentes com os valores de tensão, frequência e ângulo daqueles
gerados pelos geradores principais.
Como já dito no tópico anterior, houve algumas motivações que levaram aos
investimentos em geração distribuída (GD). De fato há muitas vantagens, quando
considerados os custos finais da energia, para implementar-se a GD.
- Não é planejada centralmente, isso faz com que possa ser planejada conforme
as necessidades do local (o que gera muitos benefícios).
Afora as vantagens das grandes centrais geradoras, como o fato destas manterem
uma reserva de potência maior e possuírem um custo mais baixo de energia, há
algumas vantagens da GD que se tornaram atrativas atualmente por proporcionarem
menor impacto ambiental, são estas [1]:
10
de cana. A Figura 1 mostra a parcela de participação da geração através de usinas
termoelétricas (UTE) e a Figura 2 mostra o crescimento nas colheitas de cana, é este
o potencial existente para a cogeração utilizando bagaço de cana-de-açúcar [4].
Fonte: [4]
Por fim alia-se tudo isso ao protocolo de Kyoto, firmado com o intuito de reduzir as
emissões de CO2, o qual teve a adesão de quase a totalidade dos países
desenvolvidos (e que mais emitem gases intensificadores do efeito estufa).
11
Todos estes argumentos apresentados anteriormente fizeram com que surgissem
novas tecnologias e novas alternativas para se efetuarem melhorias no sistema de
transmissão e distribuição. Dentre tais novas alternativas tecnológicas está a
possibilidade de operação ilhada. Atualmente, a operação ilhada tem sido vista como
uma boa alternativa para centros consumidores que são supridos também por
pequenas centrais, entretanto, se as tendências se confirmarem e as pequenas
centrais passarem a suprir uma parcela ainda mais significativa, então existirá uma
necessidade maior para operações ilhadas.
Fonte: ANEEL.
12
Em consideração à energia solar fotovoltaica, há um grande potencial para a GD
no Brasil. Embora haja locais mais apropriados para a construção de usinas solares,
estes são menos restritos (diferentemente das eólicas, que dependem dos ventos
sazonais).
- No caso de uma unidade geradora ter excedido sua capacidade por ocasião da
inserção de novas cargas, isso vai demandar a entrada de um novo gerador (como um
termoelétrico) para suprir a demanda.
13
O sincronismo entre dois geradores depende dos valores de tensão, frequência e
fase, o sincronoscópio irá avaliar tais valores desempenhando uma função semelhante
a de lâmpadas ligadas entre o barramento e o gerador. Tal sincronismo é necessário
no paralelismo entre geradores, pois pode ocasionar problemas que serão discutidos
mais adiante.
1.4 Objetivos
Além disso, o gerador de baixa potência utilizado será uma máquina síncrona com
uma turbina a vapor, tal máquina foi escolhida devido à aplicabilidade da mesma, pois
a cogeração térmica através de usinas de açúcar e álcool tem participação significativa
na matriz energética brasileira, como foi mostrado na Introdução deste trabalho.
14
Por fim, a partir destes conceitos será construído um sistema utilizando o
SimPowerSystems do Matlab, para estudar o funcionamento deste sistema como um
todo, obtendo os resultados no ponto de conexão e no gerador.
15
16
2 Máquina Síncrona
Como dito, um ponto essencial para o entendimento do sistema é a máquina
síncrona, visto que a mesma é majoritariamente utilizada na geração distribuída, e
este trabalho aborda a sincronização de um gerador síncrono operando ilhado.
17
A frequência do barramento deve ser idêntica à velocidade de rotação do
gerador (propriamente adaptada, dependendo do seu número de polos).
A fase do gerador deve ser idêntica à fase do barramento, além disso, a
sequência de fases deve ser a mesma (o que geralmente é feito durante a
instalação do mesmo).
Fonte: [6]
𝐸𝑉
𝑃𝑖 = cos 𝛿 (1)
𝑋𝑆
18
Matematicamente, a potência máxima ocorre quando o ângulo 𝛿 é igual a 90º, a
partir deste ponto a máquina se desestabilizaria e perderia o sincronismo. Entretanto,
devido ao fato deste valor de ângulo ser crítico, a máquina é operada em valores
consideravelmente inferiores ao mesmo, sendo que a máquina somente alcança seu
valor máximo de potência através do aumento gradual das cargas a ela conectadas.
2δ
ϴ
ISY
Er
V
Fonte: [6]
19
Isso significa que o barramento entregará potência ao gerador, fazendo com que o
mesmo volte ao sincronismo com os valores estabelecidos pelo barramento.
Isso explica o porquê é possível reconectar um gerador que esteja dentro de certo
limite de tensão, frequência e fase com o barramento, pois, desde que mantidos
limites seguros, o barramento garantirá o sincronismo. Entretanto, caso tais valores
sejam muito diferentes, a potência de sincronismo gerada fará com que exista um
grande transitório gerado pela mesma no gerador, o que traz danos devido ao
estresse mecânico gerado pelo conjugado em decorrência da potência instantânea,
assim como danos elétricos pela corrente adicional induzida.
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3 Controle de geração em sistemas de potência
O sistema em estudo compreende, basicamente, um gerador, alimentando cargas,
que será sincronizado e conectado ao sistema. Uma das partes fundamentais do
funcionamento deste sistema são os controles de tensão e frequência do gerador.
Em uma análise inicial, pode-se pensar em um sistema para regulação que, dado
um aumento da carga, terá uma diminuição na frequência. Portanto, deseja-se um
sistema que somente cesse a variação da admissão (ΔA), sendo esta a saída, quando
a frequência (ΔF) retornar rigorosamente ao valor original, sendo esta a entrada.
Sabendo-se que esta é a característica de um integrador matemático, pode-se então
montar a função de transferência a seguir:
𝑘2
∆𝐴 = − ∆𝐹 (2)
𝑠
21
transferência resulta em um valor tendendo ao infinito (lim𝑠→0 𝐹𝑇 = −∞). Com isso
conclui-se a inadequação deste regulador para sistemas com várias cargas e
geradores.
𝐺1
∆𝑃𝐺 = − Δf (3)
1 + 𝑠𝑇1
𝐺1 ∆𝑓
∆𝑃𝐺 = (4)
1 + 𝑠𝑇1 𝑠
−𝑠𝐺1 ∆𝑓
∆𝑃𝐺𝑟𝑝 = lim 𝑠∆𝑃𝐺 (𝑠) = lim
𝑠→0 𝑠→0 1 + 𝑠𝑇1 𝑠
22
1
𝐺1 = (6)
𝑅
1
∆𝑃𝐺𝑟𝑝 = (∆𝑓)𝑟𝑝 (7)
𝑅
1
𝑃𝐺 − 𝑃𝐺0 − (𝑓 − 𝑓0 ) = 0 (8)
𝑅
1 𝑃𝐺 − 𝑃𝐺0 𝑃
[ ]= = −1 = 𝑃. 𝑡 = 𝑊 (9)
𝑅 𝑓 − 𝑓0 𝑡
Com isso, fica claro que 1/R tem as dimensões de energia (W/Hz, ou, mais
comumente, MW/Hz), e é chamado de Energia de Regulação da Máquina. Este
parâmetro pode ser ajustado para o funcionamento de cada unidade geradora.
∆𝑃𝐺 1 + 𝑠𝐶𝑇𝑟 1
=( )( ) (10)
∆𝐴 1 + 𝑠𝑇𝑟 1 + 𝑠𝑇𝑠
23
C – Proporção do torque desenvolvido no elemento de alta pressão, com
valores típicos de 0,25 a 0,5.
Com isso, tem-se os dois controladores que serão úteis para o controle do
gerador distribuído. O regulador isócrono, como mencionado anteriormente, será útil
para a operação ilhada do gerador. Já o regulador com queda de velocidade será
utilizado após a conexão com o sistema, visto que tal gerador deverá compartilhar as
cargas anteriormente ilhadas.
24
4 Esquema de Sincronismo
O método que será utilizado e estudado neste trabalho em questão, baseia-se no
artigo [7]. Nele, são utilizados controladores PIs, um para controle de fase e
frequência, e outro para controle de tensão. A malha de controle da frequência e fase
está representada na Figura 8.
Fonte: [7]
25
desejado de rotação (ωref) e o valor real de rotação (ω). A saída deste bloco vai para o
bloco Turbina.
Fonte: [7]
26
Tabela 1 - Parâmetros do Controlador PI para Tensão.
Nas tabelas, é possível perceber que alguns valores de kpv, kiv, kpf e kif estão
destacados. Estes valores foram escolhidos pelos autores de [7], que realizaram
diversas analises a fim de determinar as constantes que produzissem os melhores
valores de sobressinal e tempo de subida. Nos testes feitos neste trabalho, foi possível
notar que tais valores produziram bom desempenho do sistema, e por isso foram
utilizados.
27
28
5 Sistema simulado
A fim de estudar os fenômenos em questão, ou seja, os transitórios no ponto de
conexão durante a obtenção do sincronismo, e após o fechamento do disjuntor de
conexão, será construído um sistema no software SimPowerSystems [9]. O diagrama
unifilar do sistema está representado na Figura 10 a seguir:
T1 T2 Gerador
Carga 7
29
DJ1: Disjuntor 1
DJ2: Disjuntor 2
30
5.1 Turbina a Vapor e Regulador de velocidade
Fonte: [9]
Fonte: [9]
31
na caldeira é constante em 1,0 pu. Frações de F2 a F5 são utilizadas para distribuir a
potência da turbina entre os vários estágios dos eixos.
Fonte: [9]
32
Figura 14 - Parâmetros do bloco "Steam Turbine and Governor" no SimPowerSystems
33
que será determinada mais adiante, e influenciará na distribuição de carga entre os
geradores. A zona morta, neste caso, será nula, pois, com este valor, nenhuma
oscilação oriunda do bloco somador será rejeitada.
34
Tr5-2 : Vetor de saída contendo os torques, em pu, transmitidos pelas massas de 5 à
2.
Fonte: [9]
𝑉𝑓 1
=
𝑒𝑓 𝐾𝑒 + 𝑠𝑇𝑒
35
Figura 16 - Parâmetros do bloco "Excitation System" no SimPowerSystems
36
Transient gain reduction (redução do ganho de transiente): São as
constante de tempo Tb e e Tc, ambas em segundos, do sistema de primeira ordem
representando o compensador do primeiro defasamento.
37
5.3 Bloco PLL para detecção de frequência (Phase-Locked Loop)
Vale citar que, embora o PLL possa ser utilizado para detecção de fases, o
mesmo não servirá para este uso neste trabalho, pois, por facilidade, as fases já serão
obtidas do bloco “Three Phase V-I Measurement”, como explicado anteriormente.
Fonte: [11]
Embora o PLL possa ser utilizado para efetuar o sincronismo, neste trabalho
ele será utilizado somente para medição da frequência.
38
5.3.1 Parâmetros do Bloco PLL
Phase (fase em graus): fase utilizada como valor inicial na estimação dos
dados.
39
Saída 1: Frequência.
40
6 Controladores PI para conexão de DJ1
Para efetuar o sincronismo do gerador com o sistema na conexão serão utilizados
controladores PI inseridos nos controles de frequência e tensão do gerador distribuído.
O método de sincronismo a ser utilizado foi apresentado no item 2.3 [7].
Em ambos controladores existe um bloco zona morta (dead zone), isso é feito
para que o controle de sincronismo pare de atuar quando houver valores muito
próximos entre a tensão e frequência do sistema e do gerador ilhado. Os valores
41
utilizados (que cessam a saída) foram entre 0,00417 e -0,00417 para a frequência e
entre 0,025 e -0,025 para a tensão. Tais valores foram escolhidos, pois representam a
metade dos valores parâmetros de tolerância para a conexão (tais parâmetros serão
discutidos no item 7).
42
Figura 21 - Bloco de controle da frequência no SimPowerSystems utilizado no gerador.
43
Figura 22 - Bloco de controle da tensão no SimPowerSystems utilizado no gerador.
44
Sendo assim, o gráfico a seguir exemplifica qual o sinal enviado pelas malhas
de controle de sincronismo: um sinal cujo valor é 0 até o instante 20 segundos, e volta
a ser 0 no instante próximo a 25 segundos (devido ao fechamento do disjuntor).
45
46
7 Condições para fechamento do disjuntor de conexão
Um ponto importante para o funcionamento e proteção do sistema são as
condições nas quais se deve fechar o disjuntor de conexão. Dois pontos importantes
para o entendimento destas condições serão apresentados neste capítulo, sendo
respectivamente, o relé de checagem de sincronismo, e as normas que ditam as
condições de fechamento.
7.1 O Relé 25
A fim de aprofundar os estudos acerca do funcionamento de religamento da
conexão entre duas máquinas síncronas, deve-se estudar também o funcionamento e
características dos relés ANSI 25, cuja denominação é relé de verificação de
sincronismo ou sincronização. Tal relé é largamente utilizado para conexão de usinas,
pois este permite a conexão apenas perante o sincronismo. Na Figura 24 há um
exemplo de como este relé é aplicado na rede:
47
Figura 24 - Exemplo de aplicação do relé 25.
P+jQ
Sistema
DJ Sistema Ilhado
Principal
25
Relé de Sincronismo
48
Figura 25 - Exemplificação da decisão de sincronismo no relé.
Fonte: [7]
Tensão 4V
Fonte: [14]
49
Figura 26 - Diagrama de blocos exemplificando a checagem de sincronismo do relé 25.
Limites do ângulo de fase
Monitoramento
das Tensões
Limites de Tensão
Fonte: Adaptado de [14]
Com isso, todas as massas que integram o gerador terão que alterar sua
velocidade e posição para se manterem em sincronismo com o estabelecido pelo
sistema.
50
geradores. As normas do IEEE C50.12 e C50.13 dão as especificações que
determinam que “Geradores devem ser designados para operações que, em caso de
sincronismo dentro dos limites a seguir, não deve haver necessidade de reparo ou
inspeção...”[12].
51
lógica que opera o fechamento deste disjuntor. Tal lógica consiste na garantia dos
limites operacionais estabelecidos pela norma anteriormente explicitada. A porta AND
existente garante que somente haverá o comando para o fechamento do disjuntor
caso todas as condições sejam estabelecidas. Um ponto em comum em todas as
condições é a existência do operador de relações, que somente produzirá saída em
nível “1” booleana, caso a “primeira entrada” seja menor ou igual a “segunda entrada”,
vale notar que na entrada de todos os operadores relacionais existe uma constante e
um bloco que aplica o valor absoluto da diferença entre dois valores. Esta comparação
entre o valor absoluto da diferença de dois valores e uma constante é que garante as
condições estabelecidas para fechamento. A seguir está a explicação de cada uma
destas comparações e como as mesmas atuam:
52
7.3 Condições de pós fechamento
Assim como dito no decorrer deste trabalho, esta norma estabelece que as
condições a serem descritas devem ser encontradas no ponto comum da conexão,
entretanto, os dispositivos utilizados para alcançar estes pontos de operação, podem
estar localizados em um lugar qualquer do sistema de potência considerado. Além
disso, esta norma estabelece que pode haver mais de um recurso distribuído no ponto
de conexão, embora o sistema estudado neste trabalho envolva apenas um recurso no
ponto de conexão.
53
Tabela 4 - Limites de tensão pós conexão
V < 50 0,16
50 ≤ V < 88 2,00
V ≥ 120 0,16
Fonte: [13]
54
central geradora distribuída. Entretanto, uma estimativa deste tempo entre aquisição,
obtenção e atuação não será estudada neste trabalho. O que será adotado como
crítico são os tempos de 0,16 s contidos na norma.
Com isso, todo o controle para conexão está feito, assim como os limites para
operação do sistema, no item a seguir serão apresentados os resultados das
simulações.
55
56
8 Testes para validação dos estudos
A fim de validar os estudos feitos serão conduzidos alguns testes utilizando o
software SimPowerSystems. Com isto, espera-se obter um funcionamento do sistema
dentro dos parâmetros estabelecidos.
57
Figura 28 - Tensões no ponto de conexão
58
Como explicado, a metodologia adotada nas simulações faz com que os
controladores para o sincronismo somente comecem atuar após 20 segundos. Esta
margem foi adotada com segurança para garantir que o gerador já esteja em regime
permanente.
Quanto aos resultados obtidos pela frequência, fica claro que a mesma possui
pouca variação, mantendo-se durante todo o tempo em valores que podem ser
considerados como 1pu.
59
aproximadamente. Os níveis máximos e mínimos de tensão atingidos estão dentro do
esperado, considerando que a tensão deve permanecer entre 0,88 e 1,1 pu, como
estabelecido pela norma.
60
Figura 32 - Fase 2 no ponto de conexão
61
Quanto às três fases, pode-se notar também que não há transitórios de grande
amplitude. Uma ressalva deve ser feita a fim de explicar descontinuidades no gráfico,
pois o software utilizado somente reconhece fases entre -180° e 180°, por isso,
quando a mesma atinge valores abaixo de -180° a tensão é considerada como a partir
de 180°.
62
Figura 35 – Frequência no gerador.
63
No gerador, é possível concluir que a frequência variou pouco, embora tenha
variado significativamente mais que a frequência no sistema, enquanto a tensão
possui um transitório com pico de aproximadamente 1,11 pu
64
8.2 Teste 2: Acréscimo de 10% à potência total do sistema.
65
Figura 39 - Frequência no ponto de conexão.
66
Figura 40 - Fases 1 no ponto de conexão
67
Figura 42 - Fases 3 no ponto de conexão.
68
Figura 43 - Tensão no gerador.
69
Figura 45 - Potência no gerador.
Para este teste, os resultados obtidos no ponto de conexão estão nas Figuras
46 a 50:
70
Instante de fechamento do disjuntor de conexão: 24,5945 s.
71
Figura 48 - Fases 1 no ponto de conexão.
72
Figura 50 - Fases 3 no ponto de conexão.
Por isso, assim como esperado, a tensão apresentou um transitório maior. Este
resultado está mais bem representado na Figura 52 a seguir. Como pode ser visto,
neste teste a conexão ocorreu com diferença entre a tensão no sistema e a tensão no
lado do gerador superior ao dos testes anteriores, esta diferença, de aproximadamente
0,5 pu, é bem próxima ao limiar permitido para conexão de 0,05 pu. Essa foi a causa
principal deste transitório.
73
Figura 51 - Transitório de conexão da tensão no ponto de conexão.
74
Figura 52 - Tensão no gerador.
75
Figura 54 - Potência no gerador.
Como medido no teste 1, em um teste com a potência das cargas igual à potência
de referência o comando para fechamento da conexão se dá em 24,1832 s. A adição
da carga se dará aos 24,2 segundos, ou seja, 0,0168 segundos após a conexão.
Assim como no estudo anterior, com isso espera-se estudar os efeitos da adição
de carga (o que causa transitórios) durante o acontecimento dos transitórios notados
nos testes anteriores pós conexão.
76
Para este teste, os resultados obtidos no ponto de conexão estão nas Figuras 55 a
59:
77
Figura 56 - Frequência no ponto de conexão.
78
Figura 58 - Fases 2 no ponto de conexão.
79
Neste teste, fica claro que a adição da carga não produziu efeitos negativos
significativos nos transitórios ocorridos na conexão, visto que os valores de tensão,
frequência e das três fases são muito semelhantes aos ocorridos no teste 1, no qual
não houve adição de cargas. Para enfatizar isso, na Figura 60 a seguir está uma
melhor visualização dos transitórios de conexão da tensão:
80
Figura 61 - Tensão no gerador.
81
Figura 63 - Potência no gerador.
82
Figura 64 - Transitório de conexão da potência no gerador.
83
84
9 Conclusões
Através das consultas bibliográficas, foi possível compreender o funcionamento
dos controles de tensão e velocidade de um gerador, a fim de efetuar a escolha de um
método de sincronismo funcional, com o qual foi possível obter os resultados
desejados, visto que o controle de sincronismo proporcionou a convergência dos
valores entre a tensão e frequência do sistema e do gerador.
Por fim, o objetivo do trabalho foi concluído, pois conseguiu propor uma forma de
controle de sincronismo para o gerador, e controle de fechamento do disjuntor, que
obteve valores aceitáveis a fim de evitar danos no sistema.
85
86
10 Referências Bibliográficas
[1] JENKINS, N. et al. Embedded Generation. IET Power and Energy Series,
2008.
[3] PDE 2020: Plano Decenal de Expansão de Energia 2020. Disponível em:
<http://www.epe.gov.br/pdee/forms/epeestudo.aspx Junho/2015> Acesso em
11 de Junho de 2015.
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[11] PÁDUA, M. S. Técnicas Digitais para Sincronização com a Rede
Elétrica, Com Aplicação em Geração Distribuída. Dissertação de Mestrado
submetida à Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2006.
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