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Resumo Rápido da Lição 10 - Maria, Irmã de Lázaro, uma Devoção Amorosa, Pr.

Henrique
LEITURAS BÍBLICAS
João 12.1-11 - Maria - irmã de Lázaro
1 - Foi, pois, JESUS seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem
ressuscitara dos mortos. 2 - Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que
estavam à mesa com ele. 3 - Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço,
ungiu os pés de JESUS e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do
unguento. 4 - Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo,
disse: 5 - Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros, e não se deu aos pobres? 6 -
Ora, ele disse isso não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e
tirava o que ali se lançava. 7 - Disse, pois, JESUS: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto. 8
- Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes. 9 - E muita gente
dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de JESUS, mas também para ver a
Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. 10 - E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para
matar também a Lázaro, 11 - porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em JESUS.

Mateus 26.6-12 - Maria - irmã de Lázaro


E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, Aproximou-se dele uma mulher com um vaso
de alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava
assentado à mesa. E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é este
desperdício? Pois este ungüento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres.
Jesus, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para
comigo. Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre. Ora,
derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento.

Lucas 7.36-39 - MULHER PECADORA - OUTRA MULHER - OUTRA OCASIÃO - NÂO É NOSSO
ASSUNTO DESTA LIÇÂO. E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do
fariseu, assentou-se à mesa. 37 E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava
à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; 38 E, estando por detrás, aos seus
pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua
cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento. 39 Quando isto viu o fariseu que o tinha
convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe
tocou, pois é uma pecadora. Na lição desta semana é muito importante não confundir a mulher pecadora
que ungiu JESUS com a irmã de Lázaro, Maria, que ungiu JESUS por duas vezes. Primeira vez em sua
própria casa (ungiu os pés), segunda vez na casa de Simão, o leproso (ungiu a cabeça), ambas as vezes
em Betânia, aldeia a 3 Km de Jerusalém, perto do Monte da Oliveiras.
Primeira unção de Maria faltava seis dias para a Páscoa.
Segunda unção de Maria faltava dois dias para a Páscoa. Todo dia JESUS ia a Jerusalém e voltava para
Betânia para dormir (complementando também sua alimentação).

Seis dias antes de Morrer JESUS estava ali. Na casa de Lázaro (ressuscitado dias antes - tinha morrido e
JESUS o havia ressucitado) e suas irmãs Marta e Maria. Ceia para JESUS - Marta servia. Lázaro à mesa
e Maria aos pés. Uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço - 300 dinheiros (avaliado por Judas
- derramou parte do unguento nesta ocasião e a outra parte dois dias antes da páscoa na casa de Simão,
o leproso, agora sobre a cabeça de JESUS). Maria prestava legítima adoração - o que tinha de mais
precioso dava a JESUS. Maria sempre era encontrada aos pés de JESUS quando ELE ali estava. Ungiu
os pés de JESUS e enxugou com os cabelos. Também derramou o perfume sobre a cabeça de JESUS na
casa de Simão o Leproso - Mt 26.7 aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com
ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.) E,
estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, O perfume invadiu o ambiente, perfumou os pés
de JESUS e os cabelos de Maria. JESUS haveria de morrer dali a uma semana e estava na verdade
sendo ungido para isso. Lázaro passou a ser alvo de morte por ser amigo de JESUS e por ser testemunho
vivo de seu poder. Há quem até chegue a confundir os três acontecimentos, o de Maria de Betânia, em
duas ocasiões, com a mulher pecadora, mas se porventura fizéssemos um paralelo entre as três
narrativas veríamos que ainda que as diferenças sejam poucas, são cruciais para podermos discernir e
perceber que uma história não pode de forma alguma ser ligada com as outras, veja:
Casa de Lázaro (6 dias antes da páscoa - Aqui Maria lava os pés de JESUS) - Cidade: Betânia
Casa de Simão Leproso (2 dias antes da páscoa - Aqui Maria lava a cabeça de JESUS) -Cidade: Betânia
Convidados: JESUS, Lázaro, Marta, Maria e os discípulos.
Casa de um fariseu, talvez em Naim. Não estava ali ninguém da família de Lázaro registrado. É uma das
três vezes que JESUS fora ungido para seu sepultamento que se daria após sua morte.
VEJA: Casa: Simão Fariseu / Cidade: Possivelmente Naim / Convidados: JESUS e não descritos.

(Observação do Pr. Henrique - Poderia até ser que Maria comprara este unguento para ser usado em seu
próprio corpo, após sua morte. Tinha comprado recentemente óleo para ungir seu irmão Lázaro que havia
falecido - este era o costume. Deve ter aproveitado para comprar para si também e guardar. Quando
JESUS chega ali em sua casa, ela, movida pelo ESPÍRITO SANTO, lhe ungiu em adoração).

(Observação do Pr. Henrique - É quando ungimos os pés de JESUS com oração e lágrimas que saímos
em sua presença com a cabeça ungida pelo ESPÍRITO SANTO e com o cheiro de CRISTO para o mundo)
E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a
fragrância do seu conhecimento. 2 Coríntios 2:14
Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. 2 Coríntios
2:15.
(Observação do Pr. Henrique - Ser amigo de JESUS pode lhe custar a vida. Se apenas receber um
milagre de JESUS, pode lhe custar perseguição e morte).
João 12.10 - E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro, 11 -
porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em JESUS.

Comentários de Vários Livros com algumas modificações do Pr. Henrique


Maria - Dicionário Strong em Portufuês - Μαρια - Maria ou Μαριαμ - Mariam - de origem
hebraica ‫;מרים‬
Maria = “sua rebelião”
1) Maria, mãe de JESUS
2) Maria Madalena, uma mulher de Magdala3) Maria, irmã de Lázaro e Marta
3) Maria de Clopas, a mãe de Tiago, o menor
4) Maria, mãe de João Marcos, irmã de Barnabé
5) Maria, cristã romana que é saudada por Paulo em Rm 16.6

Betânia - βηθανια - Bethania - de origem aramaica ‫ ;בית היני‬n pr loc - Dicionário Strong em
Portufuês
Betânia = “casa dos dátiles” ou “casa da miséria”
1) uma vila no Monte das Oliveiras, cerca de 3 Km de Jerusalém, sobre ou próximo ao caminho a Jericó -
Onde moravam Lázaro, Marta e Maria.
2) um cidade ou vila ao leste do Jordão, onde João estava batizando - Esta mais distante de Jerusalém.

Ungüento - μυρον - muron - Perfume - Dicionário Strong em Portufuês - οσμη osme - fragrância,
odor
1) ungüento
Libra - λιτρα - litra - de origem latina [libra]; 1) libra, peso de 340 gramas.
Alabastros - αλαβαστρον alabastron - Dicionário Strong em Portufuês - de alabastros (de derivação
incerta), o nome de uma pedra;
1) uma caixa feita de alabastro no qual os ungüentos era preservados Os antigos consideravam que o
alabastro era o melhor material para preservar seus ungüentos. Quebrar a caixa, provavelmente significa
quebrar o selo da caixa.
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - Maria Unge os Pés de CRISTO. A
Hipocrisia de Judas. A Indignação dos Principais dos Sacerdotes
João 12. 1-11
Nestes versículos, temos:
I - A gentil visita que nosso Senhor JESUS fez aos seus amigos em Betânia, v. 1. Ele veio do interior, seis
dias antes da Páscoa, e foi até Betânia, uma cidade que, conforme as redondezas das nossas metrópoles,
está tão próxima de Jerusalém, que é incluída na sua taxa de mortalidade. Ele se hospedou ali com seu
amigo Lázaro, a quem recentemente tinha ressuscitado. Sua vinda a Betânia nesta ocasião pode ser
considerada:
1. Como um prefácio à Páscoa que Ele pretendia celebrar, à qual se faz referência, indicando a data da
sua vinda: “Seis dias antes da Páscoa”. Os varões devotos dedicavam algum tempo antes da Páscoa para
se prepararem para esta solenidade, e, desta maneira, era adequado que nosso Senhor JESUS cumprisse
toda a justiça. Desta maneira, Ele nos deu um exemplo de auto-isolamento solene, antes das solenidades
da Páscoa do Evangelho. Ouçamos a voz que clama: “Preparai o caminho do Senhor”.
2. Como uma exposição voluntária à fúria dos seus inimigos. Agora que sua hora era chegada, Ele vinha
ao alcance deles, e se oferecia livremente a eles, embora já lhes tivesse mostrado com que facilidade Ele
podia escapar de todas as suas armadilhas. Observe: (1) Nosso Senhor JESUS foi voluntário nos seus
sofrimentos. Sua vida não foi retirada dele à força, mas foi entregue resignadamente: “Eis que venho”.
Assim como a força dos seus perseguidores não podia subjugá-lo, também sua sutileza não podia
surpreendê-lo, mas Ele morreu porque desejou fazê-lo. (2) Como existe uma hora quando nós temos
permissão de fugir para nossa própria preservação, assim existe uma hora em que somos chamados para
arriscar nossas vidas na causa de DEUS, como o apóstolo Paulo, quando foi, ligado pelo ESPÍRITO, a
Jerusalém.
3. Como um exemplo da sua bondade para com seus amigos em Betânia, a quem Ele amava, e de quem
Ele seria afastado em pouco tempo. Esta é uma visita de despedida. Ele veio para despedir-se deles, e
para deixar-lhes palavras de consolo para o dia da provação que se aproximava. Observe que embora
CRISTO se afaste do seu povo por algum tempo, Ele lhes dá indicações de que parte com amor, e não
com ira. Betânia aqui é descrita como sendo a cidade onde estava Lázaro, a quem JESUS “ressuscitara
dos mortos”. O milagre realizado aqui coloca uma nova honra sobre o lugar, tornando-o notável. CRISTO
veio para cá para observar que aproveitamento foi feito deste milagre, pois, onde CRISTO realiza
prodígios, e mostra sinais e favores, Ele acompanha estes lugares, para ver se a intenção dos milagres foi
correspondida. Ele observa os locais onde plantou com abundância, para ver se haverá uma boa colheita.
II - A gentil acolhida que seus amigos lhe proporcionaram: “Fizeram-lhe... uma ceia” (v. 2), uma grande
ceia, um banquete. Há uma sugestão de que esta seria a mesma que está registrada em Mateus 26.6ss.,
na casa de Simão. A maioria dos comentaristas pensa que sim, pois a essência da história e muitas das
circunstâncias coincidem. Mas aquela ceia está colocada depois do que foi dito dois dias antes da Páscoa,
ao passo que esta se realizou seis dias antes. Além disto, não é provável que Marta servisse em qualquer
casa que não fosse a sua. E por isto eu concordo com o Dr. Lightfoot em pensar que são dois eventos
diferentes: aquela, no Evangelho de Mateus, aconteceu no terceiro dia da semana da Páscoa, mas esta,
no sétimo dia da semana anterior, sendo o sábado dos judeus, a noite anterior à sua entrada triunfal em
Jerusalém; aquela aconteceu na casa de Simão, esta, na de Lázaro. Sendo ambas as mais públicas e
solenes recepções oferecidas a Ele em Betânia, provavelmente Maria compareceu a ambas com este
sinal do seu respeito, e o que ela guardou do seu ungüento nesta primeira ocasião, quando utilizou apenas
uma libra dele (v. 3), ela usou naquela segunda ocasião, quando o derramou todo, Marcos 14.3. Vejamos o
relato desta recepção. 1. “Fizeram-lhe... uma ceia”, pois, entre eles, normalmente, a ceia era a melhor
refeição. Eles lhe fizeram esta ceia como sinal do seu respeito e gratidão, pois um banquete é feito pela
amizade, e para que pudessem ter uma oportunidade de uma conversa livre e agradável com Ele, pois um
banquete é feito para comunhão. Talvez seja como uma alusão a esta e a outras recepções semelhantes
feitas a CRISTO, nos dias da sua carne, que Ele promete, àqueles que abrem a porta de seus corações a
Ele, que ceará com eles, Apocalipse 3.20. 2. “Marta servia”. Ela mesma servia à mesa, como símbolo do
seu grande respeito pelo Mestre. Embora fosse uma pessoa de um certo nível, ela não julgou que servir
fosse uma atitude inferior, quando CRISTO se sentou para a refeição. Nem nós julgamos que seja uma
desonra ou uma depreciação para nós nos curvarmos a qualquer serviço com o qual CRISTO possa ser
honrado. Anteriormente, CRISTO tinha censurado a Marta, por estar “ansiosa e afadigada com muitas
coisas”. Mas ela não deixou de servir por isto, como alguns que, quando são reprovados por algum
extremo, irritados, vão ao outro extremo. Não, ela ainda servia, não como naquela ocasião, à distância,
mas agora ela ouvia as palavras graciosas de CRISTO, que faziam bem-aventurados aqueles que, como
disse a rainha de Sabá a respeito dos servos de Salomão, estavam sempre diante dele, que ouviam sua
sabedoria (1 Rs 10.8). É melhor ser um garçom à mesa de CRISTO do que um convidado à mesa de um
príncipe. 3. “Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele”. O fato de que houve aqueles que
realmente comeram e beberam com JESUS provou a verdade da ressurreição de Lázaro, assim como a
do próprio Senhor JESUS, Atos 10.41. Lázaro não se retirou para um deserto depois da sua ressurreição,
como se, depois de ter feito uma visita ao outro mundo, devesse ser para sempre um eremita neste. Não,
ele convivia familiarmente com as pessoas, como todos. Ele se sentou à refeição, como um monumento
do milagre que CRISTO tinha realizado. Aqueles a quem CRISTO ressuscitou a uma vida espiritual são
levados a se sentarem junto com Ele. Veja Efésios 2.5,6.
III - O respeito especial que Maria mostrou por JESUS, acima dos demais, ao ungir seus pés com um
pouco de ungüento, v. 3. Ela tinha “uma libra de ungüento de nardo puro, de muito preço”.
(Observação do Pr. Henrique - Poderia até ser que Maria comprara este unguento para ser usado em
seu próprio corpo, após sua morte. Tinha comprado recentemente óleo para ungir seu irmão Lázaro que
havia falecido - este era o costume. Deve ter aproveitado para comprar para si também e guardar. Quando
JESUS chega ali em sua casa, ela, movida pelo ESPÍRITO SANTO, lhe ungiu em adoração).
Com este ungüento, ela ungiu os pés de JESUS, e, como um sinal adicional da sua reverência por Ele, e
negligência por si mesma, ela os enxugou com seus cabelos, e isto foi observado por todos os que
estavam presentes, pois “encheu-se a casa do cheiro do ungüento”. Veja Provérbios 27.16.
(Observação do Pr. Henrique - É quando ungimos os pés de JESUS com oração e lágrimas que saímos
em sua presença com a cabeça ungida pelo ESPÍRITO SANTO e com o cheiro de CRISTO para o mundo)
1. Sem dúvida, ela pretendia que isto fosse um símbolo do seu amor por CRISTO, que tinha dado sinais
muito verdadeiros do seu amor por ela e pela sua família, e, desta maneira, ela estuda o que vai fazer.
Com isto, seu amor por CRISTO parece ter sido: (1) Um amor generoso. Longe de economizar nos gastos
necessários no serviço a Ele, ela é tão engenhosa a ponto de criar uma oportunidade para gastar uma
grande soma em sua adoração, enquanto muitos procuram evitar isto. Se ela tivesse alguma coisa mais
valiosa do que aquele ungüento, esta seria trazida para a honra de CRISTO. Observe que aqueles que
amam a CRISTO, amam-no verdadeiramente muito mais e melhor do que a este mundo, a ponto de
estarem dispostos a entregar o que tiverem de melhor por amor a Ele. (2) Um amor condescendente. Ela
não somente ofereceu a CRISTO seu ungüento, mas com suas próprias mãos o derramou sobre Ele,
embora pudesse ter ordenado a algum de seus servos que o fizesse. Ela não ungiu sua cabeça, como era
usual, mas seus pés. O verdadeiro amor, assim como não economiza gastos, também não economiza
esforços, para honrar a CRISTO. Considerando o que CRISTO fez e sofreu por nós, nós somos muito
ingratos se julgamos que algum serviço é excessivamente difícil de realizar, ou é muito humilde para que
nos curvemos e o realizemos, se Ele puder realmente ser glorificado. (3) Um amor com fé. Havia fé
operando este amor, a fé em JESUS como o Messias, o CRISTO, o Ungido, que, sendo tanto sacerdote
quanto rei, foi ungido, como foram Arão e Davi. Observe que o Ungido de DEUS é nosso Ungido. DEUS
derramou sobre Ele o óleo de alegria, mais do que sobre seus companheiros? Derramemos sobre Ele o
azeite dos nossos melhores afetos, acima de tudo e de todos aqueles que disputam nossa atenção e
afeto. Ao aceitarmos CRISTO como nosso rei, nós devemos seguir os desígnios de DEUS, indicando
como nosso cabeça aquele a quem DEUS, o Pai, indicou, Oséias 1.11.
2. O fato de que a casa se encheu com o cheiro do ungüento pode nos indicar: (1) Que aqueles que
recebem a CRISTO em seus corações e em suas casas trazem um aroma doce a si mesmos. A presença
de CRISTO traz consigo um ungüento e um perfume que alegram o coração. (2) As honras feitas a
CRISTO são consolos a todos os seus amigos e seguidores. Elas são, para DEUS e para os homens
bons, uma oferta que tem um cheiro suave.
IV - O descontentamento de Judas com a homenagem de Maria, ou com o símbolo do seu respeito por
CRISTO, vv. 4,5, onde observe-se:
1. A pessoa que reclamou foi Judas, um dos discípulos. Judas não tinha a mesma natureza dos demais
discípulos, mas era somente um deles, um dos que faziam parte do grupo deles. É possível que os piores
homens se escondam sob o disfarce da melhor profissão de fé, e há muitos que fingem que se relacionam
com CRISTO, quando, na realidade, não lhe dedicam uma amizade sincera. Judas era um apóstolo, um
pregador do Evangelho, e ainda assim desencorajou e censurou este exemplo piedoso de afeto e
devoção. Observe que é triste ver a vida cristã e o zelo sagrado serem censurados e desaprovados por
pessoas que teriam a obrigação, pelo seu trabalho, de ajudá-los e incentivá-los. Mas este era aquele que
iria trair a CRISTO. Observe que a indiferença no amor a CRISTO, e um desprezo secreto da piedade
séria, quando aparecem nos que professam a religião, são tristes presságios de uma apostasia final. Os
hipócritas, através de exemplos menores de materialismo, revelam se dispostos a aceitar tentações
maiores.
2. A desculpa com a qual Judas encobriu seu descontentamento (v. 5): “‘Por que não se vendeu este
ungüento’, uma vez que se destinava a um uso piedoso, por trezentos dinheiros, ‘e não se deu aos
pobres?” (1) Aqui uma vil iniqüidade é embelezada com uma desculpa plausível e aparentemente
aceitável, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. (2) Aqui a sabedoria mundana
repreende um zelo piedoso, como sendo culpado de imprudência e incompetência de administração.
Aqueles que se valorizam com base na sua política secular, e subestimam os outros pela sua séria
piedade, têm mais do espírito de Judas em si do que se imaginaria que tivessem. (3) Aqui a caridade aos
pobres é usada como pretexto para a oposição à piedade a CRISTO, e é, secretamente, um disfarce para
a cobiça. Muitos se justificam por não gastarem com a caridade sob o pretexto de acumularem recursos
para a caridade. Mas, se as nuvens estiverem cheias de chuva, irão se esvaziar. Judas perguntou: “Por
que não se deu aos pobres?” A isto, é fácil responder: Porque era melhor concedê-lo ao Senhor JESUS.
Observe que não devemos concluir que não fazem um serviço aceitável aqueles que não o fazem da
nossa maneira, e exatamente como nós o teríamos feito, como se todas as coisas devessem ser
consideradas imprudentes e inadequadas se não se baseiam em nós e nos nossos sentimentos. Os
homens orgulhosos julgarão imprudentes aqueles que não se aconselharem com eles.
3. A descoberta e a revelação da hipocrisia de Judas, v. 6. Aqui está a observação que o evangelista faz a
este respeito, sob a orientação daquele que sonda o coração: “Ele disse isso não pelo cuidado que tivesse
dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava”.
(1) Não se originava de um princípio de caridade: “não pelo cuidado que tivesse dos pobres”. Ele não
sentia compaixão por eles, nem se preocupava com eles. O que os pobres eram para Judas, além do fato
de que eles podiam servir aos seus próprios fins, sendo um administrador de recursos destinados aos
pobres? Desta maneira, alguns disputam acaloradamente o poder da igreja, e outros, sua pureza, quando,
talvez, pudesse ser dito: Não pelo cuidado da igreja. Para eles, é a mesma coisa, se o verdadeiro
interesse é nadar ou naufragar, mas, com este pretexto, eles progridem. Simão e Levi fingiram zelar pela
circuncisão, não porque se preocupassem pelo selo do concerto, não mais do que Jeú se preocupou com
o Senhor dos exércitos, quando disse: “Vai comigo e verás o meu zelo”.
(2) Isto se originava de um princípio de cobiça. A verdade da questão consistia em que uma vez que este
ungüento era designado para seu Mestre, Judas preferiria tê-lo em dinheiro, para ser colocado no fundo
comum que lhe era confiado, e então ele saberia o que fazer com ele. Observe:
[1] Judas era o tesoureiro da casa de CRISTO, e por isto alguns pensam que ele era chamado Iscariotes,
aquele que leva a bolsa. Em primeiro lugar, veja as condições que JESUS e seus discípulos tinham para
viver. Eles tinham muito pouco. Eles não tinham campos nem negócios, nem celeiros nem armazéns,
somente uma bolsa, ou, como alguns supõem que seja o significado da palavra, uma caixa, ou cofre, onde
guardavam apenas o suficiente para sua subsistência, dando o excedente, se houvesse, aos pobres. Isto
eles levavam consigo, onde quer que fossem. Omnia mea mecum porto – Eu levo comigo tudo o que
tenho. Esta bolsa se originava das contribuições das pessoas boas, e era totalmente compartilhada entre o
Mestre e seus discípulos. Isto deve diminuir nossa estima pela riqueza do mundo, e nos insensibilizar para
a cobiça e para os detalhes cerimoniais, e nos reconciliar com um modo de vida humilde e desprezível, se
este for nosso destino, o qual foi o modo de vida do nosso Mestre. Por nós, Ele se fez pobre. Em segundo
lugar, veja quem administrava o pouco que eles tinham. Era Judas, ele cuidava da bolsa. Era seu trabalho
receber e pagar, e nós não lemos que ele tenha feito qualquer prestação de contas desta atividade. Judas
foi indicado para esta função, ou: 1. Porque era o menor e o mais inferior de todos os discípulos. Nem
Pedro nem João foram nomeados administradores (embora esta fosse uma função de confiança e lucro),
mas Judas, o menor deles. Observe que os trabalhos seculares, assim como são uma digressão, também
são uma degradação para um ministro do Evangelho. Veja 1 Coríntios 6.4. Os primeiros ministros de
estado do reino de CRISTO se recusavam a se preocupar com a parte financeira, Atos 6.2. Ou: 2. Porque
ele desejava esta função. Ele adorava manusear o dinheiro, e por isto a bolsa lhe foi confiada, ou: (1)
Como uma gentileza, para agradá-lo, e, desta maneira, obrigá-lo a ser fiel ao seu Mestre. Às vezes, os
súditos ficam insatisfeitos com o governo porque suas preferências são desapontadas, mas Judas não
tinha motivos para reclamar disto. Ele tinha pedido a bolsa, e a tinha conseguido. Ou: (2) Como um
julgamento sobre ele, para puni-lo pela sua iniqüidade secreta. Isto era como colocar nas suas mãos algo
que seria para ele uma cilada e uma armadilha. Observe que as fortes inclinações para o pecado interior
são freqüentemente, e com razão, punidas com fortes tentações para o pecado exterior. Nós temos
poucas razões para nos apegarmos à bolsa, ou nos orgulharmos dela, pois, na melhor hipótese, nós
seremos apenas seus administradores. E assim era Judas, um homem de mau caráter, que administrava a
bolsa. “A prosperidade dos loucos os destruirá”.
[2] Tendo a bolsa a ele confiada, ele era um ladrão, isto é, tinha uma predisposição para o roubo. O amor
reinante ao dinheiro rouba o coração, tanto quanto a ira e a vingança matam o coração. Judas era
realmente culpado de apropriar-se indevidamente da provisão do Mestre, e converter, para seu uso
próprio, o que era doado para os pobres. E alguns conjeturam que agora, tendo ouvido seu Mestre falar
tanto sobre problemas que se aproximavam, os quais ele não poderia de nenhuma maneira suportar, ele
planejava encher os bolsos, e então fugir e deixar seu Mestre. Observe que aqueles aos quais é confiada
a administração e o destino do dinheiro público têm a necessidade de serem governados por firmes
princípios de justiça e honestidade, para que nenhuma mancha se fixe às suas mãos, pois, embora alguns
brinquem, e nem sequer levem a sério, quando se trata de enganar o governo, ou a igreja, ou o país, se
esta traição for roubo, haverá um sério problema. Sendo as comunidades mais consideráveis do que as
pessoas em particular, roubá-las é um grande pecado. Assim, a culpa pelo roubo e o destino dos ladrões
não será considerado motivo para brincadeiras. Judas, que tinha traído a confiança que tinha recebido,
pouco tempo depois traiu o seu Mestre.
V - A justificação que o Senhor JESUS CRISTO expressou sobre o ato de Maria (vv. 7,8): “Deixai-a”. Com
isto, Ele evidenciava que aceitava a gentileza dela (embora o Senhor fosse perfeitamente mortificado em
relação a todos os prazeres dos sentidos, ainda assim, como este era um sinal de boa vontade da parte
dela, Ele se mostrou satisfeito por este gesto - adoração), e que estava preocupado que ela não fosse
perturbada por este motivo. Observe que CRISTO não censurará nem desencorajará aqueles que desejam
sinceramente agradá-lo, embora, nos seus empenhos honestos, talvez não esteja presente toda a
prudência possível, Romanos 14.3. Embora você não fizesse as coisas da forma que a outra pessoa
decidiu fazer, deixe-a em paz. Para a justificação de Maria:
1. CRISTO interpreta o que ela fez de uma maneira favorável, da qual aqueles que a condenavam não
tinham consciência: “Para o dia da minha sepultura guardou isto”. Ou: “Ela reservou isto para o dia em que
Eu for embalsamado”, segundo o Dr. Hammond. “Vocês não lamentam o ungüento usado para
embalsamar seus amigos mortos, nem dizem que ele deveria ser vendido ou dado aos pobres. Este
ungüento tinha este propósito, ou, pelo menos, isto pode ser assim interpretado, pois o dia do meu
sepultamento está próximo, e ela ungiu um corpo que já está praticamente morto”. Observe que: (1) Nosso
Senhor JESUS pensava muito e freqüentemente sobre sua própria morte e sobre seu sepultamento. Seria
bom que nós também fizéssemos isto. (2) A Providência freqüentemente abre assim uma porta de
oportunidades aos bons cristãos, e o ESPÍRITO da graça abre assim seus corações, para que as
expressões do seu zelo piedoso provem ser mais oportunas, e mais belas, do que qualquer previsão que
se pudesse fazer delas. (3) A graça de CRISTO coloca gentis comentários sobre as palavras e ações
piedosas das pessoas boas, e não somente aproveita ao máximo o que está incorreto, mas tira o maior
proveito do que é bom.
2. Ele dá uma resposta adequada à objeção de Judas, v. 8. (1) É normal que sempre tenhamos conosco
os pobres, e que um ou outro sejam objetos de caridade (Dt 15.11). Estes existirão, enquanto aqui houver,
neste estado desvirtuado da humanidade, tanta loucura e tanto sofrimento. (2) Está ordenado, no reino da
graça, que a igreja não teria sempre a presença física de JESUS CRISTO. “A mim não me haveis de ter
sempre, mas somente por um pouco” Observe que precisamos de sabedoria, quando duas tarefas
competem entre si, para saber a qual delas dar a preferência, o que deve ser determinado pelas
circunstâncias. As oportunidades devem ser aproveitadas, e primeiro e mais vigorosamente aquelas que
provavelmente terão a duração mais curta, e que podemos ver mais rapidamente concluídas. O bom dever
que pode ser feito a qualquer momento deve ceder o lugar para aquele que não poderá ser feito, a menos
que seja agora.
VI - O conhecimento público da presença do nosso Senhor JESUS aqui, nesta ceia, em Betânia (v. 9):
“Muita gente dos judeus soube que ele estava ali”, porque Ele era o assunto da aldeia, “e foram” até lá.
Mais ainda, porque Ele tinha estado afastado até recentemente, e agora surgia como o sol, por trás de
uma nuvem escura. 1. Eles foram para ver JESUS, cuja fama estava muito aumentada, consideravelmente
pelo último milagre que Ele tinha realizado, ao ressuscitar a Lázaro. Eles foram, não para ouvi-lo, mas
para satisfazer sua curiosidade com uma visão dele ali em Betânia, temendo que Ele não aparecesse
publicamente, como costumava fazer, nesta Páscoa. Foram, não para prendê-lo, ou denunciá-lo, embora o
governo o acusasse de ser um fora-da-lei, mas para vê-lo e prestar-lhe respeito. Observe que há alguns
em cujos afetos CRISTO desperta algum interesse, apesar de todos os esforços dos seus inimigos para
apresentá-lo de forma deturpada. Quando se sabia onde CRISTO estava, multidões iam até Ele. Observe
que, onde está o rei, ali está a corte; onde estiver CRISTO, ali se ajuntarão as pessoas, Lucas 17.37. 2.
Eles foram para ver a Lázaro e a CRISTO juntos, o que era uma visão muito convidativa. Alguns vieram
para a confirmação da sua fé em CRISTO, para ouvir a história contada, talvez, pela boca do próprio
Lázaro. Outros vieram somente para satisfazer sua curiosidade, para que pudessem dizer que tinham visto
um homem que tinha morrido e sido enterrado, e ainda assim viveu novamente. De modo que Lázaro
servia como um espetáculo, naqueles dias santos, para aqueles que, como os atenienses, passavam o
tempo contando e ouvindo novidades. Talvez alguns viessem para fazer perguntas curiosas a Lázaro
sobre a condição de morto, para perguntar quais eram as novidades do outro mundo. Nós mesmos,
algumas vezes, podemos ter dito: Nós teríamos feito qualquer coisa para ter uma hora de conversa com
Lázaro. Mas, se alguém viesse com este objetivo, é provável que Lázaro ficasse em silêncio e não lhes
contasse nada sobre sua jornada. Pelo menos, as Escrituras mantêm silêncio a este respeito, e não nos
narram nada sobre isto, e nós não devemos ambicionar saber além do que está escrito. Mas nosso
Senhor JESUS estava presente, e era uma pessoa muito mais adequada para ouvir perguntas do que
Lázaro, pois, se não ouvirmos a Moisés nem aos profetas, ou a CRISTO e aos apóstolos, se não
prestarmos atenção ao que eles nos contam a respeito do outro mundo, tampouco seremos persuadidos,
embora Lázaro tivesse ressuscitado dos mortos.
VII - A indignação dos principais dos sacerdotes com o crescente interesse pelo nosso Senhor JESUS, e
seu plano para esmagar este interesse (vv. 10,11): eles “tomaram deliberação”, ou decretaram, “para
matar também a Lázaro, porque muitos dos judeus, por causa dele”, do que tinha sido feito a ele, não por
qualquer coisa que ele tivesse dito ou feito, “iam e criam em JESUS”. Observe aqui:
1. Como tinham sido inúteis e infrutíferos, até agora, seus esforços contra CRISTO. Eles tinham feito tudo
o que podiam para afastar dele as pessoas, e exasperá-las contra Ele, e ainda assim muitos dos judeus,
seus vizinhos, suas criaturas, seus admiradores, estavam tão dominados pela evidência convincente dos
milagres de CRISTO, que deixaram de lado seu interesse e partidarismo com os sacerdotes, deixaram a
obediência à sua tirania, e creram em JESUS. E isto por causa de Lázaro. Sua ressurreição deu vida à fé
deles, e os convenceu de que este JESUS era, sem dúvida, o Messias, e tinha vida em si mesmo, e o
poder de dar vida. Este milagre os confirmou na fé dos outros milagres de JESUS, os quais eles tinham
ouvido que Ele realizara na Galiléia. O que seria impossível, para aquele que podia ressuscitar os mortos?
2. Como era absurda e irracional esta decisão, de que Lázaro devia ser levado à morte. Este é um
exemplo da fúria mais ignorante que pode haver. Eles eram como um touro selvagem preso em uma rede,
tomado pela fúria, e arremetendo ao seu redor, sem qualquer consideração. Era um sinal de que eles nem
temiam a DEUS, nem tinham consideração pelo homem. Pois: (1) Se temessem a DEUS, eles não teriam
cometido tal ato de desafio a Ele. DEUS desejou que Lázaro vivesse, pelo seu milagre, e eles desejam
que ele morra, pela sua maldade. Eles gritam: “Tira da terra um tal homem, porque não convém que viva”,
quando DEUS tão recentemente o tinha enviado de volta à terra, declarando que era altamente adequado
que ele vivesse. O que era isto, exceto ser contrário ao Senhor? Eles desejavam levar Lázaro à morte, e
desafiar o poder todo-poderoso a ressuscitá-lo outra vez, como se pudessem lutar contra DEUS e disputar
títulos com o Rei dos reis. Quem tem as chaves da morte e da sepultura, Ele ou eles? O caeca malitia!
Christus qui suscitare potuit mortuum, non possit occisum – Maldade cega, esta de supor que CRISTO,
que podia ressuscitar alguém que tinha morrido por morte natural, não conseguiria ressuscitar alguém que
tivesse sido assassinado! – Agostinho, in loc. Lázaro é destacado para ser o objeto do ódio especial
daqueles homens, porque DEUS o distinguiu com os sinais do seu amor peculiar, como se eles tivessem
feito uma aliança ofensiva e defensiva com a morte e o inferno, e tivessem decidido ser severos com todos
os desertores. Poderíamos pensar que eles deveriam ter determinado como poderiam ter se unido em
amizade com Lázaro e sua família, e, por seu intermédio, ter se reconciliado com este JESUS a quem
tinham perseguido. Mas o deus deste mundo tinha cegado suas mentes. (2) Se tivessem consideração
pelo homem, eles não teriam feito um ato de tal injustiça contra Lázaro, um homem inocente, a quem não
pretendiam acusar de nenhum crime. Que faixas são suficientemente fortes para prender aqueles que
podem, tão facilmente, romper os mais sagrados laços da justiça comum, e violar as máximas que a
própria natureza nos ensina? Mas o apoio à sua própria tirania e superstição era considerado suficiente,
como na igreja de Roma, não somente para justificar, mas para consagrar as maiores vilanias, e torná-las
dignas de méritos.
JESUS em Betânia e Jerusalém. 12:1-50.
Os acontecimentos aqui incluídos são: Maria ungindo JESUS em Betânia (vs. 1-11) a Entrada Triunfal (vs.
12-19); a vinda dos gregos (vs. 20-26); JESUS sentindo a aproximação da Paixão (vs. 27-36); a
incredulidade do povo e seus líderes (vs. 37-43); o último apelo público de JESUS em favor da fé (vs. 44-
50). A ceia em Betânia foi narrada com certas variações em Mateus e Lucas.
1. Seis dias antes da páscoa, isto é, no sábado. As outras narrativas dizem que foi na casa de Simão, o
leproso. Só João menciona a presença de Lázaro.
2. Deram-lhe pois, ali, uma ceia. Simão devia sentir-se grato por sua cura, e as irmãs de Lázaro pela
ressurreição de seu irmão.
3. Uma libra (litro), uma medida equivalente aproximadamente a 350 gramas.
Nardo. O óleo de uma planta que cresce ao norte da Índia, muito caro pois era importado pela Palestina.
Maria está sempre associada com os pés de JESUS (Lc. 10:39; Jo. 11:32).
4. Encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo. Isto é uma réplica característica às palavras de
JESUS registradas nos Sinóticos dizendo que onde o Evangelho fosse pregado, no mundo inteiro, este ato
seria contado em memória dessa mulher. A fragrância do ato teria larga divulgação e duradouro efeito.
5. Judas calculou o valor do nardo em trezentos denários, ou seja, perto de sessenta dólares.
6. Sua aparente preocupação pelos pobres era uma máscara para sua própria avareza. Acabara de
perder a oportunidade de apropriar-se de uma quantia maior do que a costumeira. Evidentemente ele não
precisava apresentar um relatório regular da tesouraria.
7. JESUS protegeu Maria interrompendo a crítica. Deixai-a. Os Sinóticos dão a impressão de que
Judas, muito sentido com a reprimenda, esgueirou-se e foi negociar com os principais sacerdotes a traição
do Mestre.
8- JESUS viu na atitude de Maria um significado profundo – para o dia em que me
embalsamarem. Por mais que Maria quisesse ajudar os pobres normalmente, reservou essa porção
preciosa para CRISTO. Ela antecipou sua morte. Em contraste com os líderes, Maria cria na pessoa de
JESUS; em contraste com muitos que criam de modo geral, sua fé incluía a obra do Salvador – sua morte.
9. Lázaro tornou-se uma atração para muita gente que vinha vê-lO além de JESUS. Eram pessoas
curiosas mas também solidárias.
10, 11. Em contraste, os principais sacerdotes encontraram na situação motivos para incluírem
Lázaro em seus tenebrosos planos como alguém que estivesse promovendo a causa de JESUS. Um
duplo homicídio não teria perturbado suas consciências já endurecidas. O próximo incidente tornou-se
tradicionalmente conhecido como a Entrada Triunfal, embora esse título se aplicaria melhor à próxima
vinda de JESUS.
12. É claro que aqueles que procuravam honrar o Senhor eram peregrinos, não residentes em
Jerusalém. Vieram para a festa da Páscoa.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe - CRISTO e a Crise
João 12 Este capítulo registra a segunda maior crise do ministério de JESUS de acordo com a visão do
apóstolo João. A primeira grande crise ocorreu quando muitos de seus discípulos desistiram de andar com
ele (Jo 6:66), apesar de ele ser "o caminho" (Jo 14:6). Aqui, João mostra que muitos outros se recusaram
a crer no Messias (Jo 12:37 ss), apesar de ele ser "a verdade". A terceira crise se dá em João 19, em que
JESUS é crucificado a pedido dos líderes religiosos, apesar de ser "a vida".
João começou seu livro dizendo que JESUS "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo
1:11). Nos doze primeiros capítulos, o apóstolo apresentou uma sucessão de depoimentos e de evidências
para nos convencer de que JESUS é, verdadeiramente, o CRISTO, o Filho de DEUS. Todas essa
evidências foram testemunhadas em primeira mão pelos líderes de Israel que, no entanto, rejeitaram seu
Messias. Uma vez que havia sido desprezado pela própria nação, JESUS retirou-se com seus discípulos
("os seus", Jo 13:1), aos quais amava profundamente.
Em João 12, vemos JESUS CRISTO relacionando-se com quatro grupos distintos de pessoas e, ao
estudar essa seção, encontramos algumas lições para nossa vida.
JESUS e seus amicos (Jo 12:1-11) JESUS sabia que os líderes judeus haviam decidido prendê-lo e matá-
lo (Jo 11:53, 57), mas ainda assim voltou para Betânia, localizada a pouco mais de 3 quilômetros
da fortaleza de seus inimigos. Fez isso para que pudesse passar algum tempo sossegado com seus
amigos queridos, Lázaro, Marta e Maria. Como sempre, Marta ocupou-se em servir a todos, enquanto
Maria ficou aos pés de JESUS em adoração (ver Lc 10:38-42).
A unção de JESUS realizada por Maria também aparece em Mateus 26:6-13 e em Marcos 14:3-9. Porém,
não deve ser confundida como o relato em Lucas 7:36-50, no qual uma pecadora arrependida ungiu os
pés de JESUS na casa de Simão, o fariseu. Maria era uma mulher virtuosa e ungiu os pés de JESUS na
casa de Simão, um leproso que havia sido curado (Mc 14:3). Lucas 7 relata um episódio ocorrido na
Galiléia, enquanto neste capítulo vemos um acontecimento ocorrido na Judéia. O fato de haver um
"Simão" em cada um dos relatos não deve surpreender, pois esse era um nome comum naquela época.
Ao combinar os relatos dos três Evangelhos, vemos que Maria ungiu tanto a cabeça quanto os pés de
JESUS. Foi um gesto do mais puro amor, pois ela sabia que o seu Senhor estava prestes a suportar
grande sofrimento e a morrer. Pelo fato de se assentar aos pés de JESUS e de ouvi-lo falar, Maria sabia
exatamente o que ele faria. É bastante significativo que Maria de Betânia não estivesse com as outras
mulheres que foram ao túmulo ungir o corpo de JESUS (Mc 16:1).
Em certo sentido, Maria demonstrava sua devoção a JESUS antes que fosse tarde demais, enquanto o
Senhor ainda estava vivo. Seu gesto de amor e de adoração foi público, espontâneo, sacrificial, generoso,
pessoal e desembaraçado. JESUS chamou-o de "boa ação" (Mt 26:10; Mc 14:6), elogiando-a
e defendendo-a das críticas. Um assalariado comum precisaria trabalhar um ano para comprar esse tipo
de bálsamo. Assim como Davi, Maria recusou-se a dar ao Senhor o que não havia lhe custado coisa
alguma (2 Sm 24:24). Seu belo ato de adoração perfumou toda a casa onde estavam ceando, e a bênção
desse gesto espalhou-se pelo mundo (Mt 26:13; Mc 14:9). Maria não fazia idéia de que sua demonstração
de amor por CRISTO naquela noite seria uma bênção para cristãos ao redor do mundo nos séculos
vindouros! Quando se colocou aos pés de JESUS, Maria assumiu a posição de escrava. Quando soltou os
cabelos (algo que as mulheres judias não faziam em público), humilhou-se e depositou sua glória aos pés
de JESUS (ver 1 Co 11:15). É evidente que seu gesto foi mal interpretado e criticado, mas não é
raro isso acontecer quando alguém dá o que tem de melhor ao Senhor. Foi Judas quem fez a primeira
crítica e, infelizmente, os outros apóstolos seguiram seu exemplo. Não sabiam que Judas era um "diabo"
(Jo 6:70) e consideraram admirável sua preocupação com os pobres. Afinal, Judas era o tesoureiro e,
especialmente na época da Páscoa, teria o desejo de compartilhar com os menos favorecidos
(ver Jo 13:21-30). Até o último instante, os discípulos creram que Judas era um seguidor devoto de seu
Mestre. João 12:4 registra as primeiras palavras de Judas nos quatro Evangelhos. Suas últimas palavras
encontram-se em Mateus 27:4. Judas era um ladrão e costumava roubar da caixa de dinheiro pela qual
era responsável. (O termo grego traduzido por "bolsa" referia-se, originalmente, a um estojo no qual eram
guardados os bocais de instrumentos de sopro. Mais tarde, o termo passou a ser usado para caixas
pequenas, especialmente as usadas para guardar dinheiro. A versão grega do Antigo Testamento usa esse
termo em 2 Cr 24:8-10, referindo-se ao cofre do rei Joás.) Sem dúvida, Judas já havia resolvido abandonar
JESUS e desejava tirar o máximo de proveito do que considerava ser uma situação precária. Talvez
estivesse decepcionado, pois havia esperado que JESUS derrotasse os romanos e instituísse seu
reino, fazendo dele seu tesoureiro! O gesto de Maria foi uma bênção para JESUS e para a própria vida.
Também abençoou aquele lar, enchendo-o da fragrância do bálsamo (ver Fp 4:18); hoje, Maria é
uma bênção para a Igreja ao redor do mundo. Seu ato de devoção no vilarejo de Betânia continua sendo
bênção ao longo dos séculos. Mas não se pode dizer o mesmo de Judas. Há muitas meninas chamadas
"Maria", mas nenhum pai em são juízo chamaria seu filho de "Judas". Esse nome aparece no dicionário
como um verbete correspondente a "traidor". Podemos ver Maria e Judas no contraste de Provérbios
10:7 - "A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão". "Melhor é a
boa fama do que o ungüento precioso" é o que diz Eclesiastes 7:1; e Maria teve ambos. Mateus 26:14 dá a
impressão de que, logo depois de ser repreendido por JESUS, Judas foi até os sacerdotes e fez as
negociações necessárias para entregar JESUS nas suas mãos. No entanto, é provável que os
acontecimentos registrados em Mateus 21.1- 25.46 tenham ocorrido antes. Sem dúvida, a repreensão
de Judas por JESUS em Betânia influenciou sua decisão de trair JESUS. Além disso, o fato de JESUS ter
anunciado sua morte publicamente outra vez serviu de motivação para Judas escapar enquanto ainda
havia tempo. Ao observar esse episódio, vemos algumas pessoas que servem de exemplo para nós. Marta
representa o trabalho ao servir a ceia que havia preparado para o Senhor. Seu serviço foi uma oferta de
fragrância tão agradável quanto o bálsamo de Maria (ver Hb 13:16). Maria representa a adoração, e
Lázaro representa o testemunho (Jo 11:9-11). O povo dirigia-se a Betânia só para ver esse homem que
havia sido ressuscitado! Como mencionamos anteriormente, o Novo Testamento não registra nenhuma
palavra de Lázaro, mas sua vida miraculosa foi um testemunho eficaz do poder de JESUS CRISTO (João
Batista, por sua vez, não realizou milagre algum, mas suas palavras conduziram o povo a JESUS; ver Jo
10:40-42). Hoje, devemos andar "em novidade de vida" (Rm 6:4), pois fomos ressuscitados dentre os
mortos (Ef 2:1-10; Cl 3:1 ss). Na verdade, a vida cristã deve manter o equilíbrio entre esses três
elementos: adoração, serviço e testemunho. Mas o fato de Lázaro ser um "milagre ambulante" colocou-o
em uma situação de perigo. Os líderes judeus resolveram matar não apenas JESUS, mas também o
próprio Lázaro! JESUS estava certo quando os chamou de filhos do diabo, pois eram, de fato, assassinos
(Jo 8:42-44). Expulsaram o cego curado da sinagoga em lugar de permitir que desse testemunho de
CRISTO todo sábado e tentaram colocar Lázaro de volta em seu túmulo, pois estava estimulando o povo a
crer em CRISTO. Ao rejeitar evidências, é preciso livrar-se delas! Essa noite tranqüila de comunhão -
apesar da crueldade com que os discípulos trataram Maria - deve ter animado e fortalecido o coração de
JESUS, de maneira especial, no momento em que estava prestes a encarar os compromissos da sua
última semana antes da cruz. É bom examinar nosso coração e nosso lar e verificar se alegramos o
coração de JESUS com nossa maneira de adorar, servir e testemunhar.

Comentário Bíblico - John Macarthur - NT - O clímax de Amor e Ódio (João 12: 1-11)
JESUS, portanto, seis dias antes da Páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara
dentre os mortos. E fê-lo de uma ceia, e Marta servia; Lázaro era um dos que estavam à mesa com
ele. Maria, em seguida, tomando uma libra de perfume muito caro de nardo puro, ungiu os pés de JESUS
e os enxugou com os seus cabelos, e a casa se encheu com a fragrância do perfume. Mas Judas
Iscariotes, um dos seus discípulos, que tinha a intenção de traí-lo, disse: "Por que este perfume não foi
vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Agora ele disse isto, não porque ele estava
preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que
nela se lançava. Por isso JESUS disse: "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha
sepultura. Para você ter sempre os pobres com você, mas você não tem que sempre Me." A grande
multidão de judeus então soube que ele estava ali; e eles vieram, e não para apenas causa de JESUS,
mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos.Mas os principais
sacerdotes planejado colocar Lázaro até a morte também; porque por causa dele muitos dos judeus foram
indo embora e acreditavam em JESUS. (12: 1-11). A encarnação do Senhor JESUS CRISTO marca o
apogeu da história. Sua vida não só divide o calendário ( BC significa "antes de CRISTO"; AD ["anno
Domini"] significa "no ano do Senhor"), mas também o destino humano. Como o próprio JESUS advertiu
aqueles que o rejeitaram, "A menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (João
8:24), e em outra ocasião: "Você acha que eu vim para conceder paz à terra? Digo-vos que não, mas
antes dissensão "(Lc. 12: 51; cf Lc 2:34). Como ninguém mais, JESUS CRISTO evoca os extremos
antitéticos de amor e ódio, devoção e rejeição, pelo culto e blasfêmia, e fé e incredulidade. Como as
pessoas reagem a ele separa as ovelhas dos cabritos; o trigo do joio; crentes de incrédulos; a salvo do
perdido. João escreveu seu evangelho para apresentar JESUS como o Filho de DEUS eo Messias
(20:31). Ao fazê-lo, ele também gravou como as pessoas reagiram às reivindicações messiânica de
JESUS e sinais. O apóstolo conformidade cita inúmeros exemplos de pessoas que acreditavam em
JESUS (1: 35-51; 2:11; 4: 28-29, 41-42, 53; 6:69; 9: 35-38; 10:42; 11 : 27, 45; 12:11; 16:27, 30; 17: 8; 19:
38-39; 20: 28-29), e aqueles que o rejeitaram (1: 10-11; 2:20; 3: 32; 5: 16-18,38-47; 6: 36,41-43,64,66; 7:
1,5,20,26-27,30-52; 8: 13-59; 9:16, 29, 40-41; 10: 20,25-26; 11: 46-57; 12: 37-40). Nesta passagem, que
relata a história da unção de Maria de JESUS, os temas de crença e descrença são particularmente
clara. O ato de adoração de Maria simboliza a fé e o amor; o calculado, a resposta fria, cínica de Judas
simboliza incredulidade e ódio. A seção também registra outras reações a JESUS, incluindo o serviço
dedicado de Marta, a indiferença da multidão, e a hostilidade dos líderes religiosos. Ressurreição de
Lázaro do Senhor havia agitado oposição assassina dos líderes judeus hostis (11: 46-53). Eles decidiram
que tinham de matar JESUS e Lázaro. Desde a sua hora de morrer ainda não havia chegado (07:30;
08:20; 12:23; 13: 1), JESUS deixou a vizinhança de Jerusalém e ficou na aldeia de Efraim (11:54), cerca
de uma dezena de quilômetros ao norte, na extremidade do deserto. De lá, ele fez uma breve visita a
Samaria e da Galiléia (Lucas 17: 11-19: 28) e, em seguida, seis dias antes da Páscoa, veio mais uma
vez a Betânia. Sua chegada teria sido no sábado antes da Páscoa. (Porque as pessoas à distância foram
autorizados a viajar no sábado foi limitado [cf. Atos 01:12], o Senhor pode ter chegado depois do pôr do
sol na sexta-feira. Isso, de acordo com o cômputo judaico, teria sido após o sábado havia começado.)
João descrito Bethany como a aldeia onde Lázaro morava, e Lázaro como seu agora mais famoso
residente, uma vez que JESUS tinha levantado o dentre os mortos. A partir da conta da ceia em sua
homenagem, cinco reações variadas para JESUS emerge: Marta respondeu com serviço sincero, Maria
com sacrifício humilde, Judas com a auto-interesse hipócrita, as pessoas com superficialidade oco, e os
líderes religiosos com intrigas hostil.
O Serviço Sincero de Marta. E fê-lo de uma ceia, e Marta servia; Lázaro era um dos que estavam à mesa
com ele. (12: 2). O Sinédrio havia decretado que qualquer pessoa que sabia onde estava JESUS deve
reportar essa informação para eles (11:57). Mas ao invés de entregá-lo como um criminoso, amigos do
Senhor em Bethany deu um jantar em sua honra. O objetivo do evento foi para expressar seu amor por
ele, e, especialmente, a sua gratidão por Sua ressurreição de Lázaro. Desde deipnon (ceia) refere-se a
principal refeição do dia, que teria sido uma longa um, projetado com muito tempo para uma conversa
descontraída. Os convidados foram certamente reclináveis, inclinando-se sobre um cotovelo, com a
cabeça em direção a uma baixa, mesa em forma de U. Quantas pessoas estavam lá não é conhecida,
mas, pelo menos, JESUS, os Doze, Maria, Marta, Lázaro, e, provavelmente, Simão, o leproso estavam
presentes. Lucas registra a visita de JESUS à casa de Maria e Marta há vários meses, que fornece
insights sobre penhora de Marta para servir, mesmo quando não era a prioridade: Agora, como eles
estavam viajando junto, ele entrou numa aldeia; e uma mulher por nome Marta, o recebeu em sua
casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que estava sentada aos pés do Senhor, ouvindo a sua
palavra. Marta, porém, andava preocupada com todas as suas preparações; e ela veio até ele e disse:
"Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado fazer todo o serviço sozinha? Então diga a ela
para me ajudar." Mas o Senhor respondeu, e disse-lhe: «Marta, Marta, você está preocupado e
incomodado sobre muitas coisas, mas uma só coisa é necessária, para Maria escolheu a boa parte, a qual
não lhe será tirada". (Lucas 10: 38-42). Mesmo após essa reprimenda, aqui novamente sendo fiel a seu
interesse, Marta foi envolvido em servir a refeição. (Que João descreve Lázaro como um
dos convidados reclináveis à mesa com JESUS sugere que a festa não estava em casa, próprias ou de
irmãs.) Mateus 26: 6 e Marcos 14: 3 fazer mais do que uma sugestão, afirmando expressamente que o
refeição foi realizada na casa de Simão, o leproso. Embora o nome descritivo preso a ele, ele, obviamente,
tinha sido curado de sua doença, para que as pessoas nunca teria se reuniram na casa de alguém com
um caso ativo da hanseníase Não só eles teriam temido contágio, mas também para socializar teria
cerimonialmente contaminado -los, uma vez que os leprosos eram impuros (Lev. 13:45). Também não é
provável que Simon teria possuído uma casa e organizou uma refeição em que se ele ainda tinha estado
doente, uma vez que os leprosos eram excluídos sociais (Num. 5: 2). Porque a cura para a hanseníase
foram além do conhecimento médico limitado de que o tempo, é razoável acreditar que JESUS já havia o
curou. Embora os outros foram servidos também, serviço de Marta nesta ocasião foi principalmente
dirigida a JESUS, e foi louvável por duas razões relacionadas: foi motivado por amorosa gratidão a Ele, e
por um desejo de honrá-lo com generosidade na forma como ela melhor sabia como. Não houve
reprovação como no incidente anterior. Como ela, todos os cristãos devem estar envolvido em serviço
altruísta (Rom 0:11;. Cf. Gl 5,13;. Col. 3:24; Hb. 9:14). JESUS disse: "O maior dentre vós será vosso servo"
(Mat. 23:11), e declarou de Si mesmo: "Eu estou no meio de vós como aquele que serve" (Lucas 22:27), e,
"o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir "(Mat. 20:28). Paulo repetidamente descrito
a si mesmo como um servo vínculo de JESUS CRISTO (Rom. 1:. 1; 2 Cor 4: 5; Gal 1:10; Fl 1.. 1; Tito 1: 1;
cf. 1 Cor. 3: 5 ; 4: 1; 2 Cor 3: 6, 6:. 4; 11:23), como fez Tiago (Tiago 1: 1), Pedro (2 Pedro 1: 1), Jude (Judas
1), e João (Rev . 1: 1). Em João 0:26 o Senhor prometeu aos que O servem fielmente: "Se alguém me
serve, siga-me, e onde eu estiver, ali meu servo será também; se alguém me servir, o Pai o
honrará." Embora ele tende a ser ofuscado pelo dramático ato de adoração de Maria, humilde serviço de
Marta, nesta ocasião, não foi menos louvável e agradável ao Senhor.
O sacrifício Humilde de Maria. Maria, em seguida, tomando uma libra de perfume muito caro de nardo
puro, ungiu os pés de JESUS e os enxugou com os seus cabelos; ea casa se encheu com a fragrância do
perfume.(12: 3). De acordo com sua interpretação em outros lugares nos Evangelhos (cf. 11: 32-33; Lucas
10:39), Maria aparece mais uma vez como o mais pensativo, reflexivo, e emocional das duas irmãs. Em
uma manifestação surpreendente, espontânea de seu amor por ele, ela tomou uma libra de perfume
muito caro de nardo puro, ungiu os pés de JESUS. Uma libra (uma medida Roman, o equivalente a
cerca de 12 onças por padrões de hoje) foi uma grande quantidade de perfume. Nard era um óleo
perfumado extraído da raiz e spike (daí a tradução "nardo" em algumas versões em inglês) de uma planta
nativa das montanhas do norte da Índia. Perfume feito de nardo era muito caro por causa da grande
distância a que ele teve que ser importada. De Maria nardo era puro em termos de qualidade, o que torna
ainda mais valioso. Alguns pensavam que valeu a pena "mais de trezentos denários" (Marcos 14: 5), e
Judas concordou com a avaliação (João 12: 5). Como observado na discussão do versículo 5 a seguir, de
um tal montante seria igual a um ano de salário. O frasco de alabastro caro em que foi armazenada
também acrescentou ao seu valor (Matt. 26: 7). Ela quebrou o frasco (Marcos 14: 3), dando, assim, a
coisa-os inteiros conteúdo e do recipiente. O perfume provavelmente constituído uma parte considerável
do patrimônio líquido da Maria. Mas, como Davi (2 Sam. 24:24), ela se recusou a oferecer ao Senhor algo
que lhe custou nada. Ela agiu no amor desenfreado. Mateus (26: 7) e Marcos (14: 3) relatos paralelos
notar que Maria derramou o perfume sobre a cabeça de JESUS, enquanto João diz que ela ungiu os
Seus . pés Todas as três contas estão em perfeita harmonia.Desde que o Senhor estava reclinado em
uma mesa baixa, com os pés estendidos longe dele, Maria poderia facilmente ter derramado primeiro o
perfume sobre a cabeça, em seguida, seu corpo (Mat. 26:12), e finalmente em seus pés. Então, em um ato
que chocou os espectadores ainda mais do que o derramamento de perfume caro, ela enxugou com os
seus cabelos. Os judeus consideravam lavando os pés de outra pessoa para ser degradante, uma tarefa
necessária para ser feito somente pelo mais escravos humildes (cf. João 1:27). Nenhum dos Doze na
refeição da Páscoa chegando no cenáculo estavam dispostos a servir os outros, lavando os seus pés, por
isso, em um ato supremo e exemplo de humildade, JESUS fez isso (cf. 13: 1-15). Mas ainda mais
chocante do que a sua lavagem caro e humilde de pés de JESUS foi o fato de que Maria deixou para
baixo seu cabelo. Para uma mulher judia respeitável para fazer isso em público teria sido considerada
indecente, talvez até mesmo imoral. Maria, porém, não estava preocupado com a vergonha que ela pode
enfrentar como resultado. Em vez disso, ela estava focada exclusivamente em derramar seu amor e em
honrar a CRISTO, sem pensar em qualquer vergonha percebeu que isso poderia trazer para ela.
Nota do João que a casa se encheu com a fragrância do perfume é o tipo de detalhes vívidos uma
testemunha recorda. Ele também atesta a extravagância do ato de devoção humilde de Maria. Ela estava
sem se importar com o seu custo, tanto financeiramente quanto à sua reputação. A medida de seu amor
era o seu abandono total a JESUS CRISTO. Consequentemente, nobre ato de Maria seria, como o Senhor
declarou, ser falado como um memorial do seu amor onde quer que o evangelho seja pregado (Marcos 14:
9). Deve-se notar aqui que Lucas registra um incidente muito semelhante: Agora, um dos fariseus estava
pedindo-lhe para jantar com ele, e ele entrou na casa do fariseu, reclinou-se à mesa. E havia uma mulher
na cidade que era um pecador; e quando ela soube que ele estava reclinado à mesa em casa do fariseu,
trouxe um frasco de alabastro com perfume, e de pé atrás dele a seus pés, chorando, começou a regar-lhe
os pés com lágrimas, e manteve limpá-los com o cabelos de sua cabeça, e beijando seus pés e ungindo-
os com o perfume. Agora, quando o fariseu que o convidara Ele viu isso, disse para si mesmo: "Se este
homem fosse profeta, saberia quem e que tipo de pessoa é essa mulher que o toca, pois é uma
pecadora". (Lucas 7: 36-39). Que este é um evento completamente diferente está claro porque ocorreu na
Galiléia, não Betânia; ele apresentava uma mulher que era um pecador (provavelmente uma prostituta), e
não Maria; e ocorreu muito cedo na vida de nosso Senhor, não durante a Semana da Paixão. Ele também
foi um evento na casa de um fariseu, e não Simão, o leproso.
A auto-interesse hipócrita de Judas
Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, que tinha a intenção de traí-lo, disse: "Por que este perfume
não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Agora ele disse isto, não porque ele
estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa, que ele usou para furtar
o que nela se lançava. Por isso JESUS disse: "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha
sepultura. Para você ter sempre os pobres com você, mas você não tem que sempre Me." (12: 4-8)
O silêncio atordoado que deve ter seguido ato surpreendente e inesperada de Maria foi subitamente
interrompido por uma voz levantada em sinal de protesto. A conjunção de (mas) apresenta o contraste
entre o altruísmo de Maria e do egoísmo de Judas. Como é sempre o caso nos Evangelhos, a descrição
de João de Judas Iscariotes enfatiza dois fatos. Primeiro, ele foi um dos do Senhor discípulos (Mt 10: 4;
26:. 14,47; Marcos 14:43; Lucas 22: 3, 47; João 6:71); segundo, ele tinha a intenção de traí-lo (Mt
26:25; 27: 3., Marcos 3:19; 14:10; Lucas 06:16; 22: 4,48; João 6:71; 13: 2,26- 29; 18: 2,5; cf. Atos
1:16). Definição tão chocante e singularmente foi a traição de Judas, que os escritores do evangelho não
poderia pensar nele ou se referem a ele separado dele. Que ele não era apenas um seguidor de CRISTO,
mas um do círculo íntimo do Senhor, faz com que sua traição ainda mais hediondo. Foi o ato mais
desprezível em toda a história humana e aquele que mereceu a punição mais severa. Nas palavras de
refrigeração do Senhor JESUS CRISTO, "Ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Teria
sido bom para esse homem se não houvera nascido" (Mat. 26:24).
Querendo aparecer filantrópica, Judas agiu indignado sobre um desperdício de dinheiro, tais perdulários,
exclamando: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos
pobres?" Cronologicamente, estas são palavras registrados pela primeira vez de Judas no Novo
Testamento. Eles expõem a avareza, ambição e egoísmo, que governava o seu coração. Ele lançou o seu
lote com JESUS, esperando que ele, para inaugurar o, reino messiânico terreno político pessoas mais
judeus estavam procurando. Como um do círculo interno, Judas tinha ansiosamente aguardado uma
posição exaltada naquele reino. Mas agora, para ele, esse sonho se transformou em cinzas. JESUS tinha
tão antagonizou os líderes judeus que tinham a intenção de matá-lo (João 7: 1; 11:53). Não só isso, o
próprio Senhor advertiu os discípulos que sua morte era inevitável (por exemplo, Marcos
8:31; 09:31; 10:33). E quando os galileus multidões procurado para coroar JESUS como o rei terreno
Judas pensou que iria ser, o Senhor se recusou a cooperar com eles (João 6: 14-15).
Desiludido, Judas virada para o fim de suas ambições-decidiram, pelo menos, obter alguma compensação
financeira para os três anos que ele tinha desperdiçados em JESUS. João, não vê-lo naquele momento,
mas escrever em retrospecto, muitos anos depois, faz o comentário inspirado apropriado no verdadeiro
motivo de Judas: ele disse isto, não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era
ladrão e, como ele tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que nela se lançava. Como observado
acima, perfume de Maria valeu a pena um monte de dinheiro; uma vez que um denário era um dia de
salário para um trabalhador comum (Mateus. 20: 2), trezentos denários igualou salários de um ano
(permitindo sábados e outros dias santos em que nenhum trabalho foi feito). Vendo que muito dinheiro
escapar de seu alcance enfureceu Judas, e ele atacou Maria. "Desaprovação Judas" da ação de Maria
relacionado não com a perda de oportunidade de fazer mais para os pobres, mas para sua própria perda
da oportunidade de roubar a bolsa comum "(Colin Kruse, O Evangelho Segundo João, no Novo
Testamento Comentários Tyndale [Grand Rapids: Eerdmans, 2003], 263). Então persuasivo era a sua
indignação aparentemente justo que outros se juntaram em seu protesto (Matt. 26: 8-9; Marcos 14: 4-5).
Embora alguns tenham tentado atribuir motivos nobres para Judas (ou seja, com o argumento de que ele
era um patriota equivocada, tentando cutucar CRISTO em inaugurando seu reino), o Novo Testamento
retrata-o como nada mais que um ladrão ganancioso e um traidor assassino-even um diabo (João 6: 70-
71; cf. 13: 2,27). Judas é o maior exemplo de oportunidade perdida na história Ele viveu dia a dia com
JESUS CRISTO, o DEUS encarnado, por três anos. No entanto, no final Judas rejeitaram, traiu, foi
superada pela culpa (mas não arrependimento genuíno), suicidou-se, e foi "para o seu próprio lugar" (Atos
01:25), isto é, o inferno (João 17:12) na sua forma mais potente.
O Senhor imediatamente defendeu Maria severamente repreender Judas (o verbo traduzido e muito
menos está na segunda pessoa do singular, que significa "você"), ordenando-lhe, "Deixai-a, para que ela
possa mantê-lo para o dia da minha sepultura." JESUS obviamente, não quer dizer que Maria iria
manter o perfume (ou pelo menos parte dela) até que Seu sepultamento, desde que ela tinha acabado de
servir tudo para fora (cf. Mc 14: 3). Enquanto comentaristas discordam sobre como entender essas
palavras, a solução mais satisfatória é entender reticências na declaração do Senhor. Suprindo as
palavras que faltam, o sentido seria: "Deixa-a, ela não vender o perfume [como você gostaria que ela
tinha], de modo que pudesse mantê-lo para o dia da minha sepultura" (cf. DA Carson, O Evangelho De
acordo com João, O Pillar New Testament Commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 429-30; cf.
Andreas J. Köstenberger, João, Baker Exegetical Comentário ao Novo Testamento [Grand Rapids: Baker,
2004], 363-64 ).
Ato de Maria foi uma espontânea manifestação de seu amor e devoção a CRISTO. No entanto, como
profecia involuntária de Caifás (11: 49-52), que tinha um significado mais profundo. Em Mateus
26:12 JESUS disse: "Quando ela derramou este perfume sobre o meu corpo, fê-lo a preparar-me para o
enterro" (cf. Mc 14: 8). O enterro dos quais JESUS falou profeticamente não era uma introdução efectiva
do Seu corpo no sepulcro, mas a unção que ela tinha acabado de fazer, que ele via como um símbolo de
Sua breve volta morte e sepultamento. Parte dos gastos pródigos associados a muitos funerais do primeiro
século foi o custo de perfumes para mascarar o odor de decomposição (cf. João 11:39). Este ato por
Maria, como no caso de Caifás (11: 49-52) revelou uma realidade muito maior do que ela percebeu a
tempo. Sua unção prefigurava aquele José de Arimatéia e Nicodemos viria a cumprir, em seu corpo após a
morte de JESUS (João 19: 38-40).
Se Judas tivesse realmente queria ajudar os pobres, ele não teria faltava oportunidade, pois, como JESUS
lembrou-lhes tudo (o verbo e pronome nesta frase são plurais), "Você sempre tem os pobres
convosco" (cf. Mc 14: 7). O Senhor não estava menosprezando a doação de caridade para com os
pobres (cf. Deut. 15:11), mas sim estava desafiando os discípulos para manter suas prioridades. A
oportunidade de fazer o bem a ele, como Maria tinha feito, não iria durar muito, porque eles nem sempre
têm -lo fisicamente presente com eles. Aqui, novamente, as palavras do Senhor eram uma previsão da
sua morte próxima, agora menos de uma semana de distância.
Judas estava agora numa encruzilhada. Desmascarado como um hipócrita, fingindo cuidar dos pobres,
enquanto, na realidade, desviar da bolsa comum, ele enfrentou a decisão final. Ele poderia cair aos pés de
JESUS em humilde, o arrependimento penitente, confessar seu pecado, e buscar o perdão. Ou ele poderia
orgulhosamente endurecer o coração, se recusam a arrepender-se, render-se à influência de Satanás, e
trair o Senhor. Tragicamente e pecaminosamente, ele escolheu o último curso, com a culpabilidade total e
exclusiva para as suas consequências, ainda que cumprido o propósito de DEUS para o sacrifício de Seu
Filho (cf. 13: 18-19). Imediatamente após este incidente, "Judas Iscariotes, que era um dos doze, foi para
os chefes dos sacerdotes, a fim de trair a si mesmos. Eles ficaram felizes quando eles ouviram isto, e
prometeram dar-lhe dinheiro. E ele começou a procurar como para traí-lo em um momento oportuno
"(Marcos 14: 10-11).
A superficialidade oco do Povo
A grande multidão de judeus então soube que ele estava ali; e eles vieram, e não para apenas causa de
JESUS, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos. (12: 9)
No fim do sábado, uma grande multidão de judeus que estavam em Jerusalém para a Páscoa soube
que JESUS estava em Betânia (O termo judeus aqui não se refere aos líderes religiosos, mas para as
pessoas comuns [cf. 11: 55-56]. ) Eles vieram para Betânia não apenas causa de JESUS, mas que eles
também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos. Notícias de que milagre
sensacional tinha se espalhado, ea multidão de curiosos queria ver tanto o milagreiro, ea única a quem ele
ressuscitara.
Essas pessoas ainda não foram abertamente hostis a JESUS, como Judas e os líderes religiosos, mas
nem foram eles comprometidos com Ele, como Marta e Maria Eles eram os caçadores de emoção,
seguindo a mais recente sensação, superficialmente interessado em JESUS, mas espiritualmente
indiferente e, finalmente, antagônica a Ele. Como os membros da Igreja de Laodicéia, eles eram "morno e
nem és quente nem frio" (Ap 3:16). Na entrada triunfal que coroaria Ele, gritando "Hosana! Bendito o que
vem em nome do Senhor, até mesmo o Rei de Israel" (João 12:13). Mas apenas alguns dias depois, eles
gritavam: "Fora com ele, embora com-o, crucifica-O!" (João 19:15), e alguns viria para zombar-Lo como
Ele estava pendurado na cruz (Mateus. 27: 39-40).
O Scheming Hostile dos Líderes
Mas os principais sacerdotes planejado colocar Lázaro até a morte também; porque por causa dele muitos
dos judeus foram indo embora e acreditavam em JESUS. (12: 10-11)
De modo algum as multidões que se reuniram para Betânia para ver JESUS e Lázaro escapar do
conhecimento das autoridades judaicas. Os implacáveis principais sacerdotes já haviam conspirado para
matar JESUS (11:53); Agora, eles expandiram o enredo e planejava colocar Lázaro até a morte
também. Como prova do poder milagroso de JESUS vivo, o Lázaro ressuscitado apresentou uma grande
ameaça para os saduceus, pois por causa dele muitos dos judeus foram indo embora e foram
acreditar em JESUS (cf. 11:48). Ele era um testemunho incontestável às reivindicações messiânicas do
Senhor. Não só isso, um homem ressuscitado também foi um embaraço para os saduceus em outra forma:
negavam a ressurreição dos mortos (Mt 22:23.), E ele era uma refutação inegável de que erro. Incapaz de
conter a Lazarus testemunho incontestável fornecida por estar vivo, eles procuraram destruir as provas por
matá-lo. Sua emaranhado de decepção foi se expandindo, como Leon Morris observa: "É interessante
refletir que Caifás disse, 'que é conveniente para você que um homem morra pelo povo" (11:50) Mas não
foi o suficiente.. Agora tinha que ser duas Assim faz crescer o mal "(. O Evangelho Segundo João, A
Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 582).
Ninguém é neutro em relação a JESUS CRISTO; como Ele mesmo advertiu: "Quem não é comigo é contra
mim; e quem não recolhe comigo, espalha" (Lucas 11:23). Quer amar e servir a Ele, como Maria e Marta,
sendo indiferente e vacilante em direção a Ele, como a multidão, ou odiando e opondo-se a Ele, como
Judas e os principais sacerdotes, todo mundo toma uma posição em algum lugar. O que essa posição é
determina o destino eterno de cada pessoa, uma vez que "não há salvação em nenhum outro, pois não há
outro nome debaixo do céu que tem sido dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12).

Comentário NT Kestimaker e Hendriksen - Capítulo 12 - JOÃO 12.1-11


1 Seis dias antes da Páscoa, JESUS foi para Betânia, onde estava Lázaro,
1 Z. a quem ressuscitara dentre os mortos. 2 Então lhe ofereceram ali uma ceia, e Marta estava servindo,
sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.
3 Maria, pois, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, muito precioso, ungiu os pés de JESUS e
os enxugou com seus cabelos; e toda a casa ficou impregnada com o perfume do bálsamo.
4 Judas Iscariotes, porém, um de seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse: 5 Por que não se
vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres? 6 Ora, ele disse isso não porque
tivesse cuidado dos pobres, mas porque era ladrão, e, como tivesse a bolsa de dinheiro, costumava tirar
o que era depositado nela. 7 JESUS, entretanto, disse: Deixe-a em paz; (foi) para que ela guarde isso para
o dia de meu sepultamento; 8 porque vocês sempre têm os pobres consigo, mas a mim nem sempre têm.
9 A grande multidão dos judeus soube que JESUS estava ali, e foram não só por causa de JESUS, mas
também para verem Lázaro, a quem ressuscitara dentre os mortos. 10 Então, os principais sacerdotes
resolveram matar também Lázaro; 11 porque muitos dos judeus, por causa dele, voltavam crendo em
JESUS.
Este capítulo tem quatro seções: a. JESUS é ungido em Betânia (12.111). b. Ele faz sua entrada triunfal
em Jerusalém (12.12-19). c. Ele é procurado pelos gregos (12.20-36). d. Ele é rejeitado pelos
judeus (12.37-50).
12.1-11
1. Seis dias antes da Páscoa, JESUS foi para Betânia. Ou seja, seis dias antes da última Páscoa,
JESUS foi de novo para Betânia. Se ele partiu diretamente de Efraim, onde o Quarto Evangelho o
havia localizado (11.54), ou se ele foi de Jerico (da casa de Zaqueu; cf. Lc 18.35-19.10), como parece
possível, o Quarto Evangelho não diz. Se JESUS se retirou para Efraim no início de fevereiro e lá
permaneceu por duas ou três semanas, teria havido tempo suficiente para outras viagens antes da Páscoa
de abril. Assim, não há nenhum conflito entre João e Lucas.
A fim de estabelecer o que João quis dizer por “seis dias antes da Páscoa”, o dia em que a Páscoa
começou tem de ser primeiramente estabelecido. Esta questão será discutida em detalhe quando
estudarmos 13.1 (ver sobre esse versículo). Antecipando a conclusão obtida na discussão desta
passagem, deveremos presumir aqui que a semana da Páscoa começava na quinta-feira, no décimo
quarto dia de nisã. Tendo como ponto de referência Êxodo 12.6, é provavelmente seguro afirmar que ela
começava oficialmente na tarde desse dia. Portanto, não é necessário perguntar se João tinha em mente o
dia romano ou o judaico, pois se a festa começava na tarde antes do pôr-do-sol, seria o mesmo dia, de
acordo com qualquer um dos dois sistemas.
Entretanto, mesmo presumindo-se isso, não é fácil determinar o dia exato em que JESUS teria chegado a
Betânia. Será que a expressão seis dias antes da Páscoa exclui ou inclui o primeiro dia da semana
da Páscoa? Se a Páscoa começava na quinta-feira, então seis dias antes da Páscoa, conforme o método
inclusivo de computar, nos levaria ao sábado anterior; já o método exclusivo fixaria o dia da chegada um
dia antes (sexta-feira). Qual dos dois é correto?278
Estaríamos dispostos a deixar a pergunta sem resposta e a confessar nossa ignorância se não fosse pela
informação fornecida em 12.9-
11. Acreditando, como fazemos (ver sobre 13.1), que a Entrada Triunfal (12.12-19) ocorreu no sábado,
está claro a partir de 12.9-11 que no dia anterior (cf. 12.12), isto é, no sábado uma grande multidão de
pessoas teria ido a Betânia para ver JESUS e Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. Parece
que essa grande multidão tinha vindo de Jerusalém (ver sobre 12.9), depois de ter sido informada a
respeito do paradeiro de JESUS pela caravana que passara por Betânia (e ter deixado JESUS ali) a
caminho da festa. Uma pergunta igualmente se apresenta, “Se JESUS não chegou a Betânia até a tarde
de sábado (a tarde justamente antes da Entrada Triunfal), então teria havido tempo suficiente para que
todos os eventos seguintes acontecessem nessa tarde? Estude a lista:
a. A caravana, da qual JESUS fazia parte, tinha partido depois do pôr-do-sol, isto é, depois do término do
sábado (de Jerico? Mas trata-se de uma distância de cerca de 23 quilômetros!) e tinha chegado a Betânia.
b. JESUS deixa a caravana para passar algum tempo com seus amigos na aldeia.
c. O restante da caravana prossegue rumo a Jerusalém, uma distância (em média) de três quilômetros
(11.8, embora para alguns, que acamparam entre Jerusalém e Betânia, fosse um pouco mais curta).
d. As pessoas que estavam na caravana agora começam a espalhar a notícia do paradeiro de JESUS.
e. Depois de um certo tempo, uma grande multidão se reúne e viaja de Jerusalém para Betânia a fim de
ver JESUS e Lázaro, a quem JESUS ressuscitara de entre os mortos.
f. Muitas pessoas, depois de verem JESUS e Lázaro, crêem.
g. Essas notícias voam rumo a Jerusalém, onde os sacerdotes se encontram e decidem matar também
Lázaro. '
Não parece mais provável que os itens a, b, c, tenham ocorrido na sexta-feira enquanto que e, f, e g teriam
ocorrido no sábado? De outro modo, fica parecendo que teria havido muitos acontecimentos numa única
tarde. Presumimos, pois, que JESUS teria chegado a Betânia antes do pôr-do-sol na sexta-feira, e que no
sábado (pôr-do-sol de sexta-feira ao pôr-do-sol no sábado) ele teria gozado o descanso do sábado com
seus amigos, exatamente o último sábado antes que seu corpo fosse depositado no túmulo. Enquanto
isso, em Jerusalém a notícia de que JESUS está em Betânia está se espalhando; e as pessoas
estavam fazendo planos para a tarde de sábado. (Ver sobre 12.9-11.)
Em Betânia, nessa mesma noite de sábado, uma ceia é oferecida em honra de JESUS.
Nesse ponto, o Evangelho de João começa a correr paralelo com os Sinóticos. Ver Mateus 26.6-
13; Marcos 14.3-9. Não há conflitos. As indicações de tempo em Mateus 26.2 e Marcos 14.1 não dizem
que a ceia em Betânia foi oferecida dois dias antes da Páscoa, mas que dois dias antes da Páscoa
aconteceu o seguinte: a. JESUS predisse que ele seria entregue para ser crucificado depois de dois dias,
e b. as autoridades resolveram que ele não deveria ser morto durante a festa.
A fim de mostrar a conexão entre a história registrada no capítulo Íleo relato presente (12.1-8), o
evangelista escreve: Betânia, onde estava Lázaro, a quem ressuscitara dentre os mortos.
2. Então lhe ofereceram ali uma ceia, e Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à
mesa.
Em vez de entregar JESUS para ser preso (11.57), seus amigos de Betânia ofereceram uma ceia em sua
honra. Como não era considerado correto que mulheres, em público, se reclinassem junto com
homens, devemos presumir que os convidados eram exclusivamente homens. Teria havido pelo menos
quinze convidados: JESUS, os Doze, Lázaro e um certo Simão, que é mencionado apenas nos Sinóticos
(Mt 26.6; Mc 14.3).
A pergunta: “Por que Lázaro é mencionado de forma especial?” (12.2), tem recebido diversas respostas.
Alguns dizem, “Porque ele era um convidado de honra”. Outros, “Porque seu aparecimento em público,
depois de ter sido ressuscitado, era extraordinário”. Ainda outros, “Porque sua ressurreição era a razão, ou
uma das razões, para essa refeição comemorativa”. Não sabemos a resposta, embora a última nos pareça
a mais provável. A idéia em si sugere que essa ceia (ou “jantar”, caso se prefira) foi dada por amor ao
Senhor, especificamente por gratidão pela ressurreição de Lázaro (e talvez pelo fato de Simão ter sido
curado de lepra, e que ainda é chamado “Simão, o leproso”, em Mateus e Marcos). A ceia aconteceu na
casa de Simão.
Embora não estivessem reclinadas com os convidados, tanto Marta como Maria são figuras proeminentes
na história. Marta, como sempre (cf. Lc 10.40), tinha assumido a responsabilidade de servir. Teria
ela aceito essa responsabilidade a pedido de Simão, por ele ser solteiro? Não sabemos. Tampouco
sabemos se Maria também estava ajudando. Seja como for, a história diz respeito mais a ela e ao Senhor
do que aos outros:
3. Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, muito precioso, ungiu os pés de
JESUS e os enxugou com seus cabelos; e toda a casa ficou impregnada com o perfume
do bálsamo.
Muitos intérpretes são de opinião que, ao descrever o belo gesto de Maria, o evangelista João teria
copiado de Lucas 7.36-50, e que a Maria mencionada em João 12.3 seria a mesma mulher pecadora
de Lucas 7; ou que, conquanto os dois acontecimentos sejam distintos, o autor do Quarto Evangelho teria
feito confusão com suas fontes de informação e simplesmente acrescentado à história que ele tinha
encontrado em Mateus 26.6-13 e Marcos 14.3-9 os detalhes relativos ao enxugar os pés de JESUS, cujas
características ele extraíra de Lucas 7. Rejeitamos completamente essa teoria. Ver a nota de rodapé.279
João 12.1-8

O jantar foi com toda probabilidade ocasionado pelo desejo de algum fariseu hostil examinar esse
mestre famoso, talvez para confirmar sua suspeita com respeito a JESUS. Observe a maneira nada
amigável com que ele tratou o Senhor. Ver Lc 7.44-46.

O jantar foi, com toda probabilidade, resultado do desejo de um grupo de Betânia, amigos de
JESUS, de honrá-lo e expressar sua gratidão.

O lugar
A casa de um fariseu A casa de Simão, o leproso, segundo Mateus 26.6.
A Principal Personagem Feminina
Uma mulher que estava na cidade, urna pe- Maria de Betânia, uma discípula devota de cadora.
Mesmo segundo Lucas esta mulher JESUS. Ela é mencionada em conexão com não era Maria, a
irmã de Marta, pois essas sua irmã Marta e seu irmão Lázaro, irmãs são introduzidas
posteriormente como novos personagens (em Lc 10.38, 39).
“Lázaro era um dos que estavam com ele à mesa. Portanto, Maria ...” É possível que ao conectivo ouv
deva ser dado aqui seu significado integral de portanto, isto é, visto que Lázaro fora ressuscitado dentre os
mortos e estava agora reclinando, alegre e disposto, ao lado de JESUS, portanto Maria realizou seu nobre
feito.
Maria tomou uma libra de bálsamo (a libra romana, aproximadamente 327 gramas). Para bálsamo, o
original traz o termo púpov; cf. nossa mirra. O nome feminino Muriel é da mesma raiz, e significa perfume.
Para a diferença entre óleo (’éÀtuov) e bálsamo (púpov), ver Lucas 7.46.280 O bálsamo que Maria trouxe
era muito precioso (itoA.úti|j,oç-ov, cf. pocpÚTi,|io<;-ov, em Mt 26.7). Marcos 14.3 traz muito custoso ou
muito caro TToluTe^qç-éç; mas essa palavra é algumas vezes usada metaforicamente com mais ou menos
a mesma conotação que TTolúnpoç-ov; cf. 1 Pedro 3.4. Entretanto, em vista de Marcos 14.5 (cf. Jo 12.5),
é provável que em Marcos 14.3 TroÀuTeÀpç-éç signifique na verdade muito caro.
A essência desse bálsamo era derivada do nardo puro, uma erva aromática que cresce nos campos do
Himalaia, entre o Tibete e a índia. 281 282 Devido ao fato de que ela tinha de ser trazida de uma região
tão remota, e transportada no lombo de camelos através de regiões montanhosas, era altamente cotada.
Observe que este nardo em particular não era nenhuma imitação. Ao contrário, era o artigo genuíno. O
bálsamo era extraído do nardo puro.253 Além do mais, os Sinóticos ressaltam que esse bálsamo estava
num vaso de alabastro, ou seja, num vaso de gipsita fina e branca (ou talvez de cor clara).
Dá para se imaginar a cena. Com seu coração transbordante de amor e gratidão para com seu Senhor,
Maria posicionou-se atrás de JESUS, já que os convidados, segundo o costume oriental, estavam
reclinados em divãs dispostos num U-invertido, em volta de uma mesa baixa (ver sobre 2.9, 10; 13.23, 24).
De repente, ela quebra o vaso que estava trazendo nas mãos, e derrama seu conteúdo de cheiro
adocicado sobre JESUS. Segundo Mateus e Marcos, ela derrama sobre a cabeça dele (cf. SI 23.5);
segundo João, ela unge seus pés. Não há conflito, pois Mateus e Marcos claramente indicam que o
bálsamo foi derramado sobre o corpo de CRISTO (Mt 26.12; Mc 14.8). Evidentemente, havia o suficiente
para o corpo todo: cabeça, pescoço, ombros, e até para os pés. (Cf. SI 133.2, mas aqui em João o
bálsamo não escorre simplesmente, ele é derramado sobre os pés.) Com total desconsideração pelos
costumes orientais de bom comportamento, que via com absoluta desaprovação a ação de uma mulher
que soltasse seus cabelos na presença de homens, Maria, dando livre vazão ao seu coração, não
apenas solta os cabelos, mas (pior ainda, do ponto de vista oriental) enxugou com seus cabelos os pés de
JESUS! Evidentemente, até os pés (uma comparação com Lucas 10.39 é significativa aqui!) são cobertos
com uma quantidade de bálsamo tão profusa que eles precisam ser enxugados! Uma libra de bálsamo é
um volume bem grande! E Maria, tendo quebrado o vaso, derrama-o todo sobre JESUS. Ela esvaziou todo
o conteúdo do frasco de alabastro. Dessa forma, a casa de Simão fica literalmente cheia com a fragrância.
Ela flutua em todas as direções, e por um tempo, continua a se espalhar, a se espalhar. E difícil decidir
o que admirar mais, o caráter irrepreensível da devoção de Maria ou a natureza pródiga de seu sacrifício.
Foi o primeiro, naturalmente, que produziu o último.
É errado diminuir de qualquer modo a generosidade de Maria. Contudo, isso é feito algumas vezes. Nesse
caso, a reconstrução da narrativa é nesta ordem: as irmãs tinham comprado bálsamo para o sepul-
Milligan, G. Milligan, The Vocabulary ofthe Greek New Testament, Nova York, 1945. A evidência
parece favorecer a tradução puro ou genuíno mais do que líquido ou falsificado. Contudo, cf. E.
Nestle, ZNTW 3 (1902), 169 ss.
tamento de Lázaro, mas não o tinham usado todo. O que ficara Maria derramou sobre a cabeça e os pés
de JESUS. Mas isso é incorreto. O que Maria tinha em mãos era um jarro ou vaso novo de alabastro. A fim
de derramar seu conteúdo sobre JESUS, ela o quebrou naquele exato momento (Mc 14.3).
4, 5. Judas Iscariotes, porém, um de seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse: Por que não
se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?
O contraste entre a generosidade de Maria e o egoísmo de Judas é gritante. O evangelista, escrevendo
muito tempo depois de ocorrido o evento, e olhando para o passado, descreve o traidor como segue:
“Judas Iscariotes, um.de seus discípulos, o que estava para traí-lo.” Para o significado da expressão, ver
sobre 6.71.
Judas diz em seu coração: “Que desperdício!” Que a linguagem natural do amor é pura generosidade era
algo que estava além da compreensão de Judas. A pessoa egoísta não pode entender alguém que
é generoso. Então Judas diz: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu
aos pobres?” Judas era o tipo de homem que tinha dinheiro na cabeça o tempo todo. Ele enxergava tudo
do ponto de vista de seu valor monetário. Ele até já tinha estimado o valor do jarro de alabastro cheio do
bálsamo mais precioso. Ele achou que o mesmo podia valer trezentos denários. Ver sobre 6.7. A soma
representa o salário que um trabalhador comum receberia por trezentos dias de trabalho.
O salário de trezentos dias de trabalho por um único frasco de bálsamo! Para Judas, isso parecia uma
extravagância injustificável sob qualquer circunstância, mesmo se Maria fosse abastada (o que
provavelmente era) e não tivesse de trabalhar para viver. Teria sido muito melhor - como Judas enxerga a
situação - que Maria tivesse vendido o bálsamo e dado o dinheiro a ... a quem? Bem, a JESUS e aos Doze
- aos cuidados de Judas, o Tesoureiro', mas seria difícil que Judas dissesse isso, então, na verdade, ele
diz: “aos pobres.” Que indivíduo nobre, esse Judas! Quão profundamente estava ele preocupado com os
pobres!
Visto que Judas era mestre na arte da dissimulação e de expor sua causa com persuasão, os outros (Mc
14.4) imediatamente o apoiaram.
Os discípulos “indignaram-se” (Mt 26.8). Para qualquer lado que Maria olhasse, ela só via olhares de
ofendida reprovação. Apenas um se levanta em sua defesa, mas ele era o maior de todos! Ver sobre
12.8,9.
Aqui no versículo 5 segue uma declaração explicativa, como João tinha costume de fazer. Ele lança luz
sobre o caráter de Judas. Seja pelo curso dos acontecimentos que se seguiram (por exemplo, a traição em
si de JESUS por Judas por trinta moedas de prata), ou por revelação direta, ou ambas, o evangelista
posteriormente adquiriu uma compreensão sobre a alma do traidor. Escrevendo muito tempo depois do
acontecido, ele revela aos leitores a informação que obtivera:
6. Ora, isso ele disse não porque tivesse cuidado dos pobres, mas porque era um ladrão, e, como
tivesse a bolsa de dinheiro, estava acostumado a tirar o que era depositado nela.
Judas era, na verdade, um ladrão. Ele era o tipo de ladrão que estava ainda por ser descoberto. Ele ainda
gozava da confiança de todos. Ele tinha sido eleito tesoureiro do fundo comum. Ele, dessa forma, levava
consigo a bolsa de dinheiro (YA.coaaÓKO|iov, originalmente uma caixa que continha as “línguas” ou
bocais das flautas, mais tarde estendido para indicar um receptáculo parecido com uma caixa). Desta, ele
vez por outra subtraía uma pequena quantia. Que o verbo paoiáÇco tinha aqui o significado de tirar (isto é,
roubar) é claro a partir do fato que é imediatamente precedido pela informação de que Judas era
um ladrão. Para o significado desse verbo em várias passagens do Evangelho de João, ver sobre 10.31.
7, 8. JESUS, entretanto, disse: Deixe-a em paz, (foi) para que guardasse isso para o dia de meu
sepultamento; porque os pobres vocês sempre os têm, mas a mim nem sempre têm.
Enquanto Maria era criticada por todos, JESUS corre em sua defesa. As palavras que ele diz em sua
defesa têm sido reproduzidas e interpretadas de várias maneiras. Entre essas, a mais prevalecente é dada
a seguir:
(1) “Deixe-a guardar isso para o dia de meu sepultamento” (A.R.V). Ou: “Deixe-a, a fim de que ela guarde
isso para o dia de meu sepultamento.” Ou: “Deixe-a em paz, deixe-a guardar isso para o dia de
meu sepultamento.”
Quando traduzido dessa maneira, a explicação comum (se uma for dada) é esta: Maria não tinha usado
todo o bálsamo. Tinha ficado um pouco no vaso. Então JESUS disse, em substância, “Deixe que ela
guarde o que sobrou. Não tire dela. Nem a force a vender para dar aos pobres. Logo ela vai precisar do
que sobrou do bálsamo. Ela vai precisar para meu sepultamento”.
Uma forte objeção contra essa interpretação é que o Evangelho de Marcos afirma taxativamente (14.3)
que Maria quebrou o vasol Ela o quebrou a fim de derramar seu conteúdo na cabeça (Mateus e Marcos) e
pés (João) de JESUS. Não ficou nada. Aqueles que ainda assim querem agarrar-se à teoria de que um
pouco de bálsamo teria ficado no vaso e que segundo João 12.7 JESUS defendeu o direito dela de
conservar esse restante para um dia futuro, têm apenas uma saída lógica. E a saída seguida por W. F.
Howard in The Interpreter’s Bible (p. 655), ou seja, declarar taxativamente que a versão da história como
apresentada no Quarto Evangelho é contrária à afirmação dos Sinóticos. Segundo W. F. Howard, João
contradiz Marcos. Este é um raciocínio consistente. Mas esta conclusão não pode ser aceita por ninguém
que crê na infabilidade das Escrituras. Além disso, em lugar algum - nem em Mateus, nem em Marcos,
nem em João - existe indicações de que Maria teria usado só um pouco do bálsamo. Ao contrário, mesmo
João, que não mencionou a quebra do vaso, enfatiza o caráter pródigo da oferta: “a casa ficou impregnada
com o perfume do bálsamo.” E portanto completamente impossível aceitarmos tal interpretação.
(2) “Deixe-a em paz: ela guardou isso em preparação para o dia de meu sepultamento” (A.V.). Isso é
bem melhor. Dessa maneira a afirmação é verdadeira e em total harmonia com o relato encontrado
em Mateus e Marcos. Porém, embora verdadeira, esta reprodução das palavras do Senhor não repousam
na melhor versão. O manuscrito melhor e mais antigo insere as palavras a fim de que (ívoc) e traz o verbo
na forma do subjuntivo aoristo ativo (xqpf|oin) em vez do indicativo perfeito ativo (xenpriKe). Portanto,
literalmente, o que o melhor texto diz não é, “Deixe-a em paz ...ela guardou isso”, mas “Deixe-a em paz ...
a fim de que ela possa (ou: pudesse) guardar isso.”
(3) “Deixe-a, (foi) para que ela pudesse guardar isso para o dia de meu sepultamento.” Esta é a versão
que, com pequenas variações, é seguida por muitos (inclusive a margem da A.R.V.). Acreditamos que é a
melhor. É de imediato evidente que aqui, como acontece com frequência, tenhamos um caso de estilo
abreviado. Ver o que foi dito sobre isso em conexão com 5.31 (p. 272). Palavras são deixadas fora e
precisam ser inseridas mentalmente. No presente caso, temos de acrescentar “foi”. Para mostrar que essa
palavra não está de fato no texto, a colocamos entre parênteses. Estritamente falando, também no
versículo 5 deste capítulo há uma expressão condensada. Judas não disse literalmente, “Por que não se
vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?” Ele não disse que o bálsamo
fosse dado aos pobres, mas que a renda da venda do bálsamo lhes fosse doada. Portanto, também em
conexão com este versículo, a pessoa acrescenta (talvez até de maneira inconsciente) umas poucas
palavras que são necessárias para completar o pensamento. Não há nada de estranho nisso. Nossa
conversação diária é cheia de expressões abreviadas.
Para chegar ao que é provavelmente o sentido das palavras de JESUS em 12.7, o contexto precedente
deve ser mantido em mente. Judas (como porta-voz do restante) tinha criticado Maria. Se Maria chegara a
possuir esse vaso caríssimo cheio desse preciosíssimo bálsamo (seja por tê-lo comprado, obtido por
herança ou presente, Judas não pergunta), por que ela não o vendeu e deu os proventos aos
pobres? JESUS agora revela a razão pela qual Maria (que tinha naturalmente comprado o bálsamo) não
tinha seguido o curso indicado por seus críticos: “Para que ela guarde isso para o dia de meu
sepultamento.”
Maria sabia o que estava fazendo. Ela de fato sabia que não demoraria a chegar o dia em que os inimigos
de JESUS o matariam. Será que seus amigos teriam a oportunidade de ungir seu corpo? No entanto, essa
honra não poderia deixar de ser cumprida. Maria deve tanto, tanto a JESUS! A ele deve sua salvação, e ...
a recuperação de seu irmão Lázaro do reino dos mortos. Portanto, ela tinha decidido guardar o bálsamo
para o dia do sepultamento de seu Senhor. Não, entretanto, no sentido em que ela literalmente quisesse
guardar o vaso selado até que de fato chegasse o dia, pois aí poderia ser tarde demais, mas que ela
o guardaria até o dia que surgisse uma boa oportunidade e então ela o ungiria em antecipação de seu
sepultamento. Era agora ou nunca! Contraste com 19.39, 40.
Acreditamos que esta interpretação é provavelmente correta, e pelas seguintes razões:
(1) Está em harmonia com a declaração clara encontrada em Mateus 26.12: “Ela fez isso para preparar-
me para o sepultamento”, e em Marcos 14.8, “Ela ungiu meu corpo em antecipação ao sepultamento”.
(2) Está também em harmonia com o fato de que Maria, talvez mais do que qualquer outro discípulo de
JESUS, estava convencida de que o dia da morte de CRISTO, bem como seu sepultamento, estava
perto de acontecer. Quanto a isso, observe:
a. JESUS com frequência tinha predito a aproximação de sua morte; algumas vezes publicamente,
outras em particular. Ver Mateus 16.21; Marcos 8.31, 32; 9.12; 10.32-34; João 6.52-56; 7.33; 8.21-
23; 10.11,
15. Algumas dessas predições teriam chegado aos ouvidos de Maria.
b. Os acontecimentos dos últimos poucos meses claramente apontam na direção do cumprimento
dessas suas predições. Ver 8.59; 9.22; 10.31; 11.47-57; cf. 12.10. Gradualmente, a ira dos inimigos estava
se transformando em ação.
c. Maria talvez tenha sido a melhor ouvinte que JESUS teve. A mesma que agora ungia os pés de
JESUS era também a mesma que se assentava aos pés de JESUS (Lc 10.39). Entre esses dois fatos há
uma relação estreita.
Maria tinha abraçado sua oportunidade, e essa oportunidade logo seria uma coisa do passado. Então,
muito significativamente, JESUS em defesa de sua ação acrescenta: "... porque os pobres vocês sempre
os têm, mas a mim nem sempre”. Observe o plural vocês. As traduções que (como a R.S.V.) substituíram
vocês por você dão a entender que JESUS estivera falando a Judas que ele sempre tinha consigo os
pobres. JESUS, nessa ocasião, não estava falando apenas a Judas, mas sim a todos os discípulos; de
fato, a todos que o ouviam nesse dia. Ele está lhes dizendo que nesse exato momento ungi-lo por
antecipação para seu sepultamento é muito mais importante do que preocupar-se com os pobres. Por
implicação, entretanto, ele está dizendo à igreja de todas as épocas que cuidar dos pobres é
responsabilidade e privilégio dela. JESUS ama os pobres que confiam nele. Cf. Marcos 10.23; Lucas
16.1931. Ele deseja que os mesmos sejam objeto dos constantes cuidados da
(Mc I4.7). Que Judas, o homem que parece defender a causa ilitN pobres, mas que às escondidas os está
roubando, ouça isso com iilençiio!
Como uma recompensa pela importante ação de Maria, JESUS acrescenta uma bela promessa.
Ver Mateus 26.13 e Marcos 14.9.
9. À numerosa multidão dos judeus soube que JESUS estava ali, c para lá foram não só por causa
dele, mas também para verem Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos.
Para a explicação dos versículos 9-11, ver também sobre 12.1. É lógico presumir que uma numerosa
multidão (ò òxÂoç troA.uç: grande numero de pessoas) dos judeus consistia principalmente daqueles
que tinham chegado cedo à capital, tinham perguntado por JESUS (ver sobre 11.55, 56). Por meio da
caravana que tinha recentemente entrado na cidade e passado por Betânia, eles receberam uma resposta
à pergunta que estavam fazendo sem parar: “O que vocês acham, que ele porventura não virá à festa?”
Na tarde de sexta-feira e no sábado, no meio de grande excitação, o povo está dizendo uns aos outros,
“Vocês já sabem? JESUS vem mesmo. Ele já chegou a Betânia.”
E assim, na tarde do sábado, eles deixaram a cidade em grupos a caminho de Betânia. (Os que estavam
hospedados a menos de um dia de jornada de sábado fora de Betânia devem ter vindo um pouco antes.)
O propósito deles, é claro, era ver JESUS, que recentemente tinha ressuscitado Lázaro dentre os mortos e
também o próprio Lázaro.
Esses judeus mencionados aqui não são os líderes religiosos hostis a JESUS (o sentido no qual o termo é
tão freqüentemente empregado no Quarto Evangelho; ver sobre 1.19), mas o povo comum, os
caçadores de emoções.
10, 11. Então os principais sacerdotes resolveram matar também Lázaro; porque muitos dos
judeus, por causa dele, voltavam crendo em JESUS.
Os principais sacerdotes (ver sobre 11.47) foram absolutamente impiedosos. Para atingirem seus
objetivos, eles estavam dispostos a matar não apenas JESUS, mas também Lázaro. Este último era
também uma ofensa a eles, e isso por duas razões: a. A razão claramente afirmada aqui: “por causa dele,
voltavam crendo em JESUS” (literalmente: estavam indo embora e crendo, mas isso é claramente uma
hendía-des); e b. Lázaro tinha sido ressuscitado dos mortos, e os principais sacerdotes, sendo saduceus,
não criam na ressurreição! - Então tramaram matá-lo também, na esperança de que, com toda
probabilidade, ele não mais pudesse ser ressuscitado de novo. Ao que parece, a decisão a respeito de
Lázaro nunca foi executada.
Lázaro, gozando de saúde perfeita, andando por todo lado como de costume, deixava uma impressão
indelével na multidão, pois se sabia que esse era o mesmo homem que tinha estado morto no túmulo
por quatro dias! Como resultado do que eles tinham agora visto com os próprios olhos, muitos, ao partir de
Betânia, voltavam crendo em JESUS (o imperfeito é usado aqui éiúaTeuov, seguido de elç). Para o
significado de -FTLoieúcj dç ver também sobre 1.8; 3.16; 8.30, 31a. Em vista de 12.37, em que a mesma
forma é usada no original (o imperfeito do verbo seguido de dç), e em que a fé genuína é indicada, deve-
se considerar possível que esses crentes tinham se tomado discípulos no melhor sentido do termo; pelo
menos, isso se aplicava a muitos entre eles.
Síntese de 12.1-11
O Filho de DEUS é Ungido por Maria de Betânia. O Nobre Ato de Maria.
I. Seu Caráter.
A. Foi inspirada pela gratidão
A diferença entre Maria e Judas era esta: Judas falhou em completar o ciclo; Maria (pela soberana graça
de DEUS) o completou. A comunhão (embora apenas exterior) com o Senhor dia após dia deveria ter
resultado em gratidão da parte de Judas, mas não, pois ele era uma pessoa inteiramente egoísta, um
ladrão calculista e frio, um embusteiro nato. Maria, por outro lado, entendeu que quando o amor desce
dos céus, em feitos de poder e misericórdia - tal como a ressurreição de Lázaro -, ele deve ser
correspondido sob a forma de gratidão. Os céus tinham falado: “Lázaro, saia”. A terra tinha respondido e a
suave fragrância de seu feito foi enviada de volta aos céus. Dessa maneira, o amor respondeu ao amor, e
o círculo se completou. Ai do homem ou mulher que falha em completar o círculo! Cf. Efésios 1.3, 12.
II. / ’'oi singular em sua compreensão.
JESUS tinha mencionado muitas vezes a aproximação de seu sofrimento e morte (também sua
ressurreição, mas Maria não parece ter entendido isso). Essas predições não foram cridas. Pedro dissera:
“Que isso nunca aconteça contigo.” Maria, porém, compreendeu pelo menos em parte. Ela creu e ungiu
JESUS em antecipação de seu sepultamento.
C. Foi régia em sua prodigalidade.
Não havia nada medido ou cuidadosamente calculado nessa oferta. Maria quebrou o vaso e o derramou
completamente! A devoção dela era irrestrita em sua expressão. O vaso era de alabastro caríssimo.
O bálsamo era muito precioso. Sua essência era um artigo genuíno’, nardo puro, obtido com grande
dificuldade de uma região remota. E a quantidade de bálsamo era uma libra inteira, suficiente para ungir
não apenas a cabeça, mas também os pés, e estes tão copiosamente que tiveram de ser enxugados! A
casa inteira ficou tomada pelo perfume!
D. Foi bela em sua oportunidade.
A simples presença de Lázaro, ressurreto dentre os mortos (e de Simão, curado de sua lepra) tornou o
feito oportuno. Também JESUS estava para entrar nas águas profundas e na escura noite da Semana da
Paixão. Agora era a hora para o ato de Maria (seu KuXbv ’épyov: belo feito; ver Mc 14.6).
II. Sua Avaliação.
A. Por Judas: “Para que esse desperdício?” (Mt 26.8).
B. Por JESUS: “Ela praticou uma boa ação” (uma bela ação, Mc
14.6). “Mui solenemente eu lhes declaro, onde for pregado em todo o mundo este evangelho será também
contado o que ela fez, para memória sua” (Mt 26.13).
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao10-cdc-2tr17-maria-irma-de-lazaro-uma-devocao-
amorosa.htm

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