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Perícia Aplicada à
Segurança do Trabalho
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Perícia Aplicada à Se-
gurança do Trabalho, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado
dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar
aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5
1 DEFINIÇÃO E CONCEITO................................................................................................................... 7
1.1 CPC – Auxiliares da Justiça e Provas Periciais.........................................................................................................8
1.2 CLT – Insalubridade e Periculosidade – Caracterização..................................................................................10
1.3 Lei nº 7.410 de 27/11/1985 – Art. 1º – Especialização de Engenheiros e Arquitetos...........................11
1.4 Lei nº 6.514, de 22 de Dezembro de 1977............................................................................................................11
1.5 Portaria nº 3.214, de 08 de Junho de 1978 – Normas Regulamentadoras..............................................13
1.6 NR-15 Atividades e Operações Insalubres...........................................................................................................14
1.7 Adicional de Insalubridade – Percentuais............................................................................................................15
1.8 NR-16 Atividades e Operações Perigosas ............................................................................................................16
1.9 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................16
1.10 Atividades Propostas.................................................................................................................................................17
2 PERITO.......................................................................................................................................................... 19
2.1 Habilitação Profissional...............................................................................................................................................19
2.2 Agendamento da Perícia – Modelo........................................................................................................................20
2.3 Poderes do Perito e Assistentes Técnicos.............................................................................................................20
2.4 Honorários Periciais......................................................................................................................................................21
2.5 Honorários Periciais – Modelo de Justificativa...................................................................................................21
2.6 Quesitos............................................................................................................................................................................22
2.7 Exemplos de Quesitos para Insalubridade..........................................................................................................22
2.8 Exemplo de Quesitos – Periculosidade Inflamáveis.........................................................................................24
2.9 Modelo de Laudo Pericial...........................................................................................................................................24
2.10 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................37
2.11 Atividades Propostas.................................................................................................................................................37
Diversas são as definições de uma perícia. Podemos tratá-la como o meio ou a prova de se mostrar a
verdade de um fato. Comumente, nas contendas judiciais, onde uma das Partes alega verdades sobre um
fato e a outra Parte alega verdades (diferentes da primeira Parte) para o mesmo fato, pode o Juiz nomear
um especialista no assunto em pauta, que lhe trará uma luz a fim de elucidar a questão.
Esse especialista, nessa ocasião, recebe o título de Perito do Juiz (ou perito judicial). A ele compete
produzir uma prova pericial, ferramenta esta muito utilizada para elucidar as questões de matéria técnica
que fogem ao conhecimento do Douto Juiz. Portanto, ao perito compete, usando de todas as prerroga-
tivas legais, a investigação dos fatos e a elaboração de um parecer técnico, endereçado ao Juiz, com suas
conclusões sobre a questão pertinente ao caso.
As partes também podem eleger seus peritos, conhecidos nessa ocasião como assistentes técnicos,
que acompanharão o perito judicial na investigação dos fatos e cada qual também emitirá um parecer
concordante ou não com o parecer do perito judicial. Nesta apostila, não pretendemos esgotar o assun-
to nem discorrer sobre todos os tipos de perícia, mas tão somente aquelas perícias de engenharia que
tratam das questões referentes à INSALUBRIDADE e PERICULOSIDADE, conforme parâmetros da Lei nº
6.514/1977 do Ministério do Trabalho e Emprego, suas Normas Regulamentadoras e seus Anexos.
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1 DEFINIÇÃO E CONCEITO
Atenção
Dicionário
Etimologicamente, ela vem do latim PERITIA e sig- Portanto, perícia é um instrumento que refletirá
nifica: “destreza, habilidade, capacidade de conhe- uma opinião conclusiva de um experto (perito)
cer.” expressada (escrita, transcrita) em um relatório,
obedecendo a padrões formais; relatório este
Fonte: http://origemdapalavra.com.br/?s=peritia conhecido como Laudo Pericial.
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Nosso Código de Processo Civil (CPC) nos a alegá-la (art. 423). (Redação dada pela Lei
traz, em dois capítulos, os seguintes itens referen- nº 8.455, de 1992)
tes à perícia:
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perito será escolhido, de preferência, entre Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo
os técnicos dos estabelecimentos oficiais pericial, podendo formar a sua convicção
especializados. O juiz autorizará a remessa com outros elementos ou fatos provados
dos autos, bem como do material sujeito a nos autos.
exame, ao diretor do estabelecimento. (Re- Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício
dação dada pela Lei nº 8.952, de 1994) ou a requerimento da parte, a realização de
Parágrafo único. Quando o exame tiver nova perícia, quando a matéria não Ihe pa-
por objeto a autenticidade da letra e firma, recer suficientemente esclarecida.
o perito poderá requisitar, para efeito de Art. 438. A segunda perícia tem por objeto
comparação, documentos existentes em os mesmos fatos sobre que recaiu a primei-
repartições públicas; na falta destes, pode- ra e destina-se a corrigir eventual omissão
rá requerer ao juiz que a pessoa, a quem se ou inexatidão dos resultados a que esta
atribuir a autoria do documento, lance em conduziu.
folha de papel, por cópia, ou sob ditado, di- Art. 439. A segunda perícia rege-se pelas
zeres diferentes, para fins de comparação. disposições estabelecidas para a primeira.
Art. 435. A parte, que desejar esclarecimen- Parágrafo único. A segunda perícia não
to do perito e do assistente técnico, reque- substitui a primeira, cabendo ao juiz apre-
rerá ao juiz que mande intimá-lo a compa- ciar livremente o valor de uma e outra.
recer à audiência, formulando desde logo
as perguntas, sob forma de quesitos.
Parágrafo único. O perito e o assistente téc-
nico só estarão obrigados a prestar os es-
clarecimentos a que se refere este artigo,
quando intimados 5 (cinco) dias antes da
audiência.
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Altera o Capítulo V do Título II da Consolida- nocivos à saúde, acima dos limites de to-
ção das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e lerância fixados em razão da natureza e da
Medicina do Trabalho. intensidade do agente e do tempo de expo-
sição aos seus efeitos.
Capítulo V – da Segurança e da Medicina Art. 190: O Ministério do Trabalho aprovará
do Trabalho – Seção XIII – das Atividades o quadro das atividades e operações insalu-
Insalubres ou Perigosas bres e adotará normas sobre os critérios de
caracterização da insalubridade, os limites
de tolerância aos agentes agressivos, meios
Art. 189: Serão consideradas atividades ou
de proteção e o tempo máximo de exposi-
operações insalubres aquelas que, por sua
ção do empregado a esses agentes.
natureza, condições ou métodos de traba-
lho, exponham os empregados a agentes Parágrafo Único: As normas referidas neste
artigo incluirão medidas de proteção do or-
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ganismo do trabalhador nas operações que de ou integridade física, nos termos dessa
produzem aerodispersóides tóxicos, irritan- Seção e das normas expedidas pelo Minis-
tes, alergênicos ou incômodos. tério do Trabalho.
Art. 191: A eliminação ou a neutralização Art. 195: A caracterização e a classificação
da insalubridade ocorrerá: da insalubridade e da periculosidade, se-
I. com a adoção de medidas que conservem gundo as normas do Ministério do Trabalho,
o ambiente de trabalho dentro dos limites far-se-ão através de perícia a cargo de Médi-
de tolerância; co do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho,
II. com a utilização de equipamentos de registrados no Ministério do Trabalho.
proteção individual ao trabalhador que di- § 1º É facultado às empresas e aos sindica-
minuam a intensidade do agente agressivo tos das categorias profissionais interessadas
a limites de tolerância. requererem ao Ministério do Trabalho a rea-
Parágrafo Único: Caberá às Delegacias Re- lização de perícia em estabelecimento ou
gionais do Trabalho, comprovada a insalu- setor deste, com o objetivo de caracterizar
bridade, notificar as empresas, estipulando e classificar ou delimitar as atividades insa-
prazos para sua eliminação ou neutraliza- lubres ou perigosas.
ção, na forma deste artigo. § 2º Argüida em juízo insalubridade ou pe-
Art. 192: O exercício de trabalho em con- riculosidade, seja por empregado, seja por
dições insalubres, acima dos limites de to- Sindicato em favor de grupo de associados,
lerância estabelecidos pelo Ministério do o juiz designará perito habilitado na forma
Trabalho, assegura a percepção de adicio- deste artigo, e, onde não houver, requisitará
nal respectivamente de 40% (quarenta por perícia ao órgão competente do Ministério
cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por do Trabalho.
cento) do salário mínimo da região, segun- § 3º O disposto nos parágrafos anteriores
do se classifiquem nos graus máximos, mé- não prejudica a ação fiscalizadora do Minis-
dio e mínimo. tério do Trabalho, nem a realização ex offi-
Art. 193: São consideradas atividades ou cio da perícia.
operações perigosas, na forma da regu- Art. 196: Os efeitos pecuniários decorrentes
lamentação aprovada pelo Ministério do do trabalho em condições de insalubridade
Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou ou periculosidade serão devidos a contar
métodos de trabalho, impliquem o contato da data da inclusão da respectiva atividade
permanente com inflamáveis ou explosivos nos quadros aprovados pelo Ministério do
em condições de risco acentuado. Trabalho, respeitadas as normas do artigo
§ 1º O trabalho em condições de periculo- 11.
sidade assegura ao empregado um adicio-
nal de 30% (trinta por cento) sobre o salário
sem os acréscimos resultantes de gratifica- Art. 11: O direito de ação quanto a créditos resul-
ções, prêmios ou participações nos lucros tantes das relações de trabalho prescreve:
da empresa. I- em cinco anos para o trabalhador urbano, até o
limite de dois anos após a extinção do contrato;
§ 2º O empregado poderá optar pelo adi- II- em dois anos, após a extinção do contrato de
cional de insalubridade que porventura lhe trabalho, para o trabalhador rural;
seja devido. § 1º o disposto neste artigo não se aplica às ações
que tenham por objeto anotações para fins de
Art. 194: O direito do empregado ao adicio- prova junto à Previdência Social.
nal de insalubridade ou de periculosidade
cessará com a eliminação do risco à sua saú-
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15.1 São consideradas atividades ou opera- 15.2.1 40% (quarenta por cento), para insa-
ções insalubres as que se desenvolvem: lubridade de grau máximo;
15.1.1 Acima dos limites de tolerância pre- 15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubri-
vistos nos anexos n.ºs 1, 2, 3, 5, 11 e 12; dade de grau médio;
15.1.2 (Revogado pela Portaria n.º 3.751, de 15.2.3 10% (dez por cento), para insalubri-
23-11-1990). dade de grau mínimo;
15.1.3 Nas atividades mencionadas nos 15.3 No caso de incidência de mais de um
anexos n.ºs 6,13 e 14; fator de insalubridade, será apenas conside-
15.1.4 Comprovadas através de laudo de rado o de grau mais elevado, para efeito de
inspeção do local de trabalho, constantes acréscimo salarial, sendo vedada a percep-
dos anexos n.ºs 7, 8, 9 e 10; ção cumulativa.
15.1.5 Entende-se por Limite de Tolerância, 15.4 A eliminação ou neutralização da insa-
para os fins desta Norma, a concentração ou lubridade determinará a cessação do paga-
intensidade máxima ou mínima, relaciona- mento do adicional respectivo.
da com a natureza e o tempo de exposição 15.4.1 A eliminação ou neutralização da in-
ao agente, que não causará dano à saúde salubridade deverá ocorrer:
do trabalhador, durante a sua vida laboral. a) com a adoção de medida de ordem ge-
15.2 O exercício de trabalho em condições ral que conserve o ambiente de traba-
de insalubridade, de acordo com os subi- lho dentro dos limites de tolerância;
tens do item anterior, assegura ao trabalha- b) com a utilização de equipamento de
dor a percepção de adicional, incidente so- proteção individual.
bre o salário mínimo da região, equivalente 15.4.1.1 Cabe a autoridade regional com-
a: petente em matéria de segurança e saúde
do trabalhador, comprovada a insalubri-
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dade por laudo técnico de engenheiro de 15.5 É facultado às empresas e aos sindica-
segurança do trabalho ou médico do traba- tos das categorias profissionais interessa-
lho, devidamente habilitado, fixar adicional das requererem ao Ministério do Trabalho,
devido aos empregados expostos à insalu- através das DRT’s, a realização de perícia em
bridade quando impraticável sua elimina- estabelecimento ou setor deste, com o ob-
ção ou neutralização. (Redação dada pela jetivo de caracterizar e classificar ou deter-
Portaria nº 3, de 1/7/1992). minar atividade insalubre.
15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias
Atenção Regionais do Trabalho, desde que compro-
vada a insalubridade, o perito do Ministério
15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da do Trabalho indicará o adicional devido.
insalubridade ficará caracterizada através de
avaliação pericial por órgão competente, que
15.6 O perito descreverá no laudo a técnica
comprove a inexistência de risco à saúde do e a aparelhagem utilizadas.
trabalhador. 15.7 O disposto no item 15.5 não prejudica
a ação fiscalizadora do MTb, nem a realiza-
ção exofficio da perícia, quando solicitado
pela Justiça, nas localidades onde não hou-
ver perito.
Fonte: www.mte.gov.br
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Estudamos, neste capítulo, que há diversas definições de perícia. Porém, para resumir, podemos
tratá-la como o meio ou a prova de se mostrar a verdade de um fato.
Vimos que o perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos pre-
juízos que causar à parte e que ficará inabilitado, por dois anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá
na sanção que a lei penal estabelecer.
Estudamos, ainda, que a caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, se-
gundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho
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ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho, mas que, apesar disso, o conhecimen-
to sobre o processo de perícia é importante para todos, com o objetivo de preparar os profissionais para
receberem peritos em suas empresas.
Por fim, estudamos que atividades ou operações insalubres são aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição
aos seus efeitos.
1. O que pode ocorrer com o perito se ele prestar informações inverídicas por ocasião de suas
perícias?
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2 PERITO
Neste capítulo, iremos discorrer mais sobre Esse profissional assume o encargo judicial
as atividades de um perito, como estar habilita- de realizar a inspeção (vistoria técnica), que exige
do e alguns modelos de perícia. Apresentaremos, os seus conhecimentos especiais sobre a matéria
também, um modelo de honorários. Vamos ao questão da dúvida, consubstanciando suas con-
estudo! clusões no laudo pericial.
Atenção
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Iremos apresentar neste subitem um mode- instrução da perícia técnica relativa ao pro-
lo de agendamento de perícia, conforme a Lei nº cesso supracitado, comunicamos que nos-
10.358, de 27 de dezembro de 2001. sos trabalhos se realizarão em nn/nn/nnnn
Em conformidade com o artigo 431-A, do às nnhnnmin, no(s) local(is) laborado(s)
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº pelo(a) Reclamante, no endereço da Recla-
10.358, de 27/12/2001, cuja vigência iniciou-se mada, a saber:
em 28/03/2002, in verbis: “As partes terão ciência
da data e local designados pelo juiz ou indicados Rua Nonm no Nonono, nº XXX, Jd Nommm,
pelo perito para ter início à produção da prova”, Cidade - Estado
tem-se abaixo um modelo de termo de diligência. Caso haja divergência quanto ao endereço
do local de trabalho da(o) Reclamante, este
TERMO DE DILIGÊNCIA perito deverá ser informado com no míni-
1ª VARA DO TRABALHO DE JACAREI mo 72 horas de antecedência pelos meios
Processo nº 0000961-44.2011.5.15.0023 abaixo indicados.
Cidade, dia do mês, ano.
Reclamante: Fulano de Tal
Reclamada: Ciclano de Tal Atenciosamente,
Assinatura
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2.6 Quesitos
Podem as Partes integrantes do processo sendo que no momento da vistoria técnica (perí-
apresentarem quesitos a serem respondidos pelo cia) o perito já tem conhecimento de tais ques-
perito judicial. Tais quesitos devem ser respondi- tionamentos que terá que responder no corpo de
dos pelo expert tecnicamente, interessando tão seu laudo pericial.
somente àqueles que versem sobre o objeto da Após a entrega do laudo efetuada pelo pe-
demanda (processo judicial), com base na investi- rito, as partes podem solicitar, também de forma
gação realizada por conta da perícia. expressa nos Autos, que o perito elucide questões
Tais quesitos são expressos no corpo dos que ficaram pendentes. Todos esses trâmites são
Autos (laudas do processo) através de petição autorizados pelo Juiz que está cuidando do caso.
elaborada pelos Patronos (advogados) das partes,
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10 ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE
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ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES 15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubri-
dade de grau médio;
15.2.3 10% (dez por cento), para insalubri-
15.1 São consideradas atividades ou opera-
dade de grau mínimo;
ções insalubres as que se desenvolvem:
15.3 No caso de incidência de mais de um
15.1.1 Acima dos limites de tolerância pre-
fator de insalubridade, será apenas conside-
vistos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12;
rado o de grau mais elevado, para efeito de
15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º acréscimo salarial, sendo vedada a percep-
3.751, de 23 de novembro de 1990) ção cumulativa. (grifo nosso)
15.1.3 Nas atividades mencionadas nos 15.4 A eliminação ou neutralização da insa-
Anexos n.º 6, 13 e 14; (grifo nosso) lubridade determinará a cessação do paga-
15.1.4 Comprovadas através de laudo de mento do adicional respectivo.
inspeção do local de trabalho, constantes 15.4.1 A eliminação ou neutralização da in-
dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10. salubridade deverá ocorrer:
15.1.5 Entende-se por “Limite de Tolerância”, a) com a adoção de medidas de ordem ge-
para os fins desta Norma, a concentração ou ral que conservem o ambiente de trabalho
intensidade máxima ou mínima, relaciona- dentro dos limites de tolerância; (grifo nos-
da com a natureza e o tempo de exposição so)
ao agente, que não causará dano à saúde
b) com a utilização de equipamento de pro-
do trabalhador, durante a sua vida laboral.
teção individual. (grifo nosso)
15.2 O exercício de trabalho em condições
de insalubridade, de acordo com os subi-
tens do item anterior, assegura ao trabalha-
dor a percepção de adicional, incidente so-
ANEXO Nº 01 - RUÍDO
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QUADRO Nº 1
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QUADRO Nº 3
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16.7 Para efeito desta Norma Regulamenta- ANEXO 2 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERI-
dora - NR considera-se líquido combustível GOSAS COM INFLAMÁVEIS
todo aquele que possua ponto de fulgor
igual ou superior a 70ºC (setenta graus cen- 1 - São consideradas atividades ou opera-
tígrados) e inferior a 93,3ºC (noventa e três ções perigosas, conferindo aos trabalhado-
graus e três décimos de graus centígrados). res que se dedicam a essas atividades ou
16.8 Todas as áreas de risco previstas nesta operações, bem como a aqueles que ope-
NR devem ser delimitadas, sob responsabi- ram na área de risco, adicional de 30% (trin-
lidade do empregador. ta por cento), as realizadas:
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Não foi constatada a exposição a fontes À luz da Portaria nº 3.214/1978, Norma Re-
de ruído contínuo ou intermitente aci- gulamentadora n° 16, que diz:
ma dos limites de tolerância estabeleci-
dos pela Portaria nº 3.214/1978 do MTE, 16.1 São consideradas atividades e ope-
Anexo 1; rações perigosas as constantes dos Ane-
xos números 1 e 2 desta Norma Regula-
Não foi constatada a exposição a níveis mentadora.
de ruído de impacto acima dos limites 16.2 O exercício de trabalho em condi-
de tolerância estabelecidos pela Porta- ções de periculosidade assegura ao tra-
ria nº 3.214/1978 do MTE, Anexo 2; balhador a percepção de adicional de
30% (trinta por cento), incidente sobre
Não foi constatada exposição a fon- o salário, sem os acréscimos resultantes
tes de calor acima dos limites de tole- de gratificações, prêmios ou participação
rância estabelecidos pela Portaria nº nos lucros da empresa.
3.214/1978 do MTE, Anexo 3;
Não foi constatada a exposição a radia- Bem como da Portaria nº 518, de 4 de abril
ções ionizantes; de 2003, que diz:
Não foi constatada exposição a pres-
sões acima da pressão atmosférica; CONSIDERANDO que qualquer exposição
do trabalhador a radiações ionizantes ou
Não foi constatada exposição a radia-
substâncias radioativas é potencialmente
ções não ionizantes consideradas insa- prejudicial à sua saúde;
lubres em decorrência de inspeção rea- CONSIDERANDO, ainda, que o presente
lizada no local de trabalho; estado da tecnologia nuclear não permi-
te evitar ou eliminar o risco em potencial
Não foram constatadas vibrações con- oriundo de tais atividades, resolve:
sideradas insalubres em decorrência de Art. 1º Adotar como atividades de risco
inspeção realizada no local de trabalho; em potencial concernentes a radiações
ionizantes ou substâncias radioativas, o
Não foi constatado frio considerado
“Quadro de Atividades e Operações Peri-
insalubre em decorrência de inspeção gosas”, aprovado pela Comissão Nacional
realizada no local de trabalho; de Energia Nuclear - CNEN, a que se refere
Não foi constatada umidade considera- o ANEXO, da presente Portaria.
Art. 2º O trabalho nas condições enuncia-
da insalubre em decorrência de inspe-
das no quadro a que se refere o artigo 1º,
ção realizada no local de trabalho; assegura ao empregado o adicional de
Não foi constatada exposição a agentes periculosidade de que trata o § 1º do art.
químicos; 193 da Consolidação das Leis do Trabalho
– CLT, aprovada pelo Decreto-lei n.º 5.452,
Não foi constatada exposição a poeiras de 1º de maio de 1943.
minerais;
Não foi constatado trabalho ou ope- E pela análise das atividades desenvolvidas
rações que se enquadrem nos rela- pelo Reclamante.
cionados pelo Anexo 14 da Norma
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16 CONSIDERAÇÕES FINAIS
20 ENCERRAMENTO
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Neste capítulo, estudamos que o perito é o profissional legalmente habilitado que realizará a perí-
cia, mediante nomeação pelo Juiz. Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos
podem utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, solicitando documentos que es-
tejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos,
fotografias e outras quaisquer peças.
Apresentamos um modelo de Justificativa de Honorários Periciais com base na tabela do Instituto
Brasileiro de Perícias de Engenharia (IBAPE) de São Paulo.
Vimos que o trabalho do perito se caracteriza por etapas distintas, que são:
E, por fim, apresentamos alguns exemplos de quesitos para insalubridade e de periculosidade, es-
pecificamente de inflamáveis.
2. Quais são alguns dos meios necessários para o desempenho da função de peritos e assistentes
técnicos?
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
CAPÍTULO 1
1. Responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar
em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.
3. Segundo o art. 189, serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes noci-
vos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do
agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
CAPÍTULO 2
1. Perito é o profissional legalmente habilitado que realizará a perícia, mediante nomeação pelo
Juiz.
2. Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos utilizar-se de todos
os meios necessários, ouvindo testemunhas, solicitando documentos que estejam em poder
de parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, foto-
grafias e outras quaisquer peças.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Diário
Oficial da União, Rio de Janeiro, 1943.
______. Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de Processo Civil. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 1973.
______. Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das
Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 1977.
______. Lei nº 10.358, de 27 de dezembro de 2001. Altera dispositivos da Lei no 5.869, de 11 de janeiro
de 1973 - Código de Processo Civil, relativos ao processo de conhecimento. Diário Oficial da União,
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BARBOSA FILHO, A. N. Insalubridade e periculosidade: manual de iniciação pericial. São Paulo: Atlas,
2004.
PEREIRA, F. J.; CASTELLO FILHO, O. Manual prático: como elaborar uma perícia de insalubridade e de
periculosidade. São Paulo: LTr, 2000.
SALIBA, T. M.; CORRÊA, M. A. C. Insalubridade e periculosidade: aspectos técnicos e práticos. 6. ed. São
Paulo: LTr, 2002.
SANTOS, S. dos. Perícia econômica na justiça do trabalho. São Paulo: LTr, 1997.
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