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Indenização pelo atraso na entrega de imóvel

Quais são os seus direitos?

Com o “boom” na indústria da construção civil, sempre vemos novos


lançamentos de imóveis residenciais e comerciais. Porém, quem resolve
investir ou quer morar e decidiu comprar na planta buscando pagar menos,
vem se deparando com o atraso constante por parte das construtoras para
entregar os imóveis no prazo estipulado.

Daí surgem várias perguntas dos consumidores, e as mais frequentes são as


seguintes. Vejamos:

Quando fica caracterizado o atraso na entrega do Imóvel?


O atraso na entrega do imóvel ocorre a partir da data prevista no contrato, sem
prorrogação.

O que é cláusula de carência (tolerância de 180 dias para entrega do bem) ou prazo
de prorrogação na entrega da obra?
Trata-se de cláusula manifestamente abusiva. Fere os princípios do equilíbrio
contratual, pois só beneficia a construtora e boa-fé objetiva, uma vez que não
configura a data da efetiva entrega do imóvel. Por se tratar de uma relação de
consumo, a responsabilidade da construtora é objetiva, devendo suportar os
riscos do negócio. “O contrato deve ser um instrumento de trocas úteis e
justas”.

Portanto, nossos tribunais, vem decidindo pela ilegalidade dessa cláusula, e


afirmam que a cláusula que permite o atraso na entrega da obra, sem
justificativa suficiente, é de claramente abusiva. Não há qualquer
contrapartida ao consumidor na demora da empreiteira, devendo aquele
continuar adimplente com o contrato e suportar os custos da mora (tais como
a impossibilidade de utilizar seu imóvel, e outras). Diante disso, essa cláusula
de tolerância é corriqueiramente declaradanula.

Qual a solução jurídica?


Depende de cada caso. Mas de modo geral, o consumidor poderá pedir que
seja o contrato desfeito, com recebimento de tudo que foi pago, corrigido
monetariamente e acrescido de juros; Ou, a suspensão de eventuais
pagamentos em aberto, cobrança de multa contratual, restituição em dobro da
taxa paga indevidamente a título de corretagem, indenização por danos
morais, indenização por danos matérias, perda do lucro esperado – aluguéis
que deixou de receber e/ou aluguéis que vem pagando ante a demora na
entrega, devidamente atualizados.

Como saber se tenho direito ou não?


A partir da data estipulada em contrato para entrega do imóvel o consumidor
passa a ter direito a indenização, sem a contar com a prorrogação, que é
cláusula considera na maioria das decisões como abusiva.

Portanto, confirmado o atraso, o consumidor já pode acionar o Poder


Judiciário buscando a reparação indenizatória pelo descumprimento do prazo
contratual. Essa confirmação pode ser através de uma correspondência da
construtora informando o atraso, convencional ou eletrônica, ou mesmo a
constatação visual do atraso do cronograma da obra, através de registro
fotográfico.

Qual a vantagem de ajuizar a ação ainda na fase de construção?


Informamos aos consumidores que adquiriram imóvel na planta ou na fase de
construção da obra, que a demora na entrega deste bem gera indenização por
danos materiais e moral, além da restituição em dobro dos valores pagos a
título da taxa de corretagem, com fundamento no artigo 42, § único do Código
de Defesa do Consumidor.
Trata-se de ação de indenização em face da construtora que não cumpriu o
prazo de entrega estipulado em contrato. A única forma de receber os valores é
recorrendo ao Poder Judiciário.

É que nesta fase torna maior a possibilidade de se conseguir uma liminar para
obrigar a construtora a pagar aluguéis desde o início do processo. Vale lembrar
que o direito de receber aluguéis é apenas um dos direitos indenizatórios
oriundos do atraso da obra.

E esse direito não depende de o consumidor estar efetivamente pagando


aluguel, já que pode ser pedida na ação a renda locatícia que o consumidor
deixou de receber, alugar já que poderia alugar o seu imóvel a terceiros, caso
não houvesse o atraso. É o caso típico daqueles consumidores que compram
imóveis para com objetivo de investir, ou ainda, aqueles que compram com a
finalidade de residir, mas pelo atraso, estão pagando aluguel quando deveriam
já está morando no imóvel.

Já houve a entrega das chaves, mas a obra atrasou! Ainda tenho direito?
Sim, mesmo após o recebimento das chaves em uma obra que atrasou, o
consumidor continua tendo direito a mover ação indenizatória contra a
construtora, pelo prazo de até 5 (cinco) anos após o início do atraso, ou seja, a
contar do dia seguinte ao prazo contratual de entrega.

Quem mover uma ação, pode sofrer retaliação da construtora?


Este é o maior medo dos consumidores. Que ficam receosos de não receberem
as chaves por causa da ação judicial. Esta possibilidade, simplesmente, não
existe! Principalmente, se o consumidor estiver em dia com todos os
pagamentos contratuais. Logo, não há justificativa legal para a construtora
deixar de entregar as chaves.

Na verdade, normalmente ocorre o contrário. Tendo o consumidor ação


judicial que cobra indenização por cada mês de atraso, é comum a construtora
desejar entregar mais rápido as unidades com ação na justiça, simplesmente
para reduzir o impacto da ação.

Quais os documentos necessários para propositura da ação?


Os documentos necessários para propositura são cópias simples do contrato de
compromisso de compra e venda; Material utilizado na oferta do imóvel;
Material de publicidade; Folhetos; Prospectos; Anúncios de jornais; Fotos;
Ficha de cadastramento; Ficha de financiamento; Demonstrativos de
pagamento; e-mails, etc. Portanto, quanto mais farto e robusto for o seu
conteúdo de provas, melhor será para o advogado que você constituir para
atuar no caso.

Qual o prazo para entrar com a ação?


O prazo para entrar com as ações pleiteando a reparação de danos é de 03
(três) anos, por força do disposto no artigo 206, § 3º, V, do atual Código
CivilBrasileiro.

Qual o tempo de duração do processo?


Não há prazo definido em lei. Geralmente, este período varia em torno de
quatro anos, mais ou menos, dependendo se houveram recursos no processo.
No decorrer da ação, os valores devidos serão atualizados conforme Tabela e
acrescidos de juros de mora de 1% ao mês até o efetivo pagamento.

O que alegam as construtoras?


As construtoras atribuem o atraso ao aquecimento do mercado imobiliário,
caso fortuito e/ou força maior, chuvas, alagamentos, bem como, à demora do
poder público em expedir o habite-se, documento necessário para a entrega do
bem. Ocorre que, chuvas e problema de mão de obra fazem parte do dia a dia
das construtoras.

São riscos da atividade que devem ser levadas em consideração quando


estipulado o prazo para entrega do imóvel. A construtora tem a obrigação de
indenizar o consumidor devido à atividade que realiza, aplicando-se ao caso a
teoria do risco profissional, pois como recolhe os frutos da atividade, deve
suportar os riscos do negócio.

Portanto, fique atento, se se sente prejudicado, não tenha medo! Consumidor


consciente e informado deve buscar seus direitos!

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