Esse tema abrange direitos e deveres relacionados à família natural e à família Substituta , em suas três modalidades - guarda, tutela

e adoção.
É através da família que o indivíduo nasce, cresce e se
desenvolve, é a família que lhe presta assistência, que O direito à família é, pois, um direito natural ,
preserva a estrutura social que temos hoje. inato à própria existência humana

Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado A diretriz do Estatuto é a de que se deve
no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta , dar sempre preferência à família natural
CONVIVÊNCIA
assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da
FAMILIAR Entretanto, se essa convivência for prejudicial a
presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
ela, é possível sua colocação em família
substituta , através de guarda, tutela ou adoção.
Reavaliação a cada 6 meses, no máximo;
PERMANÊNCIA Aspectos
gerais Prazo limite de 2 anos , dilatável excepcionalmente no interesse da criança ou adolescente
FORA DO
CONVÍVIO São as medidas de proteção
FAMILIAR - Programa de acolhimento institucional
LIMITES Espécies
Seria uma espécie de transição para a reintegração familiar
Programa de acolhimento familiar
O Código Civil de 2002 optou pelo A doutrina de vanguarda tem preferido o termo autoridade
nomen iuris "poder familiar " parental, utilizado por legislações estrangeiras.

Dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no

interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
ECA (art. 22)

I - dirigir-lhes a criação e a educação

II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior
Compete
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para
aos pais
mudarem sua residência permanente para outro Município
Código Civil
(art. 1.634, CC) VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais
não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil,
e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
O afastamento liminar do agressor do ambiente familiar,
inclusive com a fixação de alimentos, conforme prevê o art.130
Direito à
Acolhimento institucional ou familiar , consistente na retirada da criança ou do
convivência
adolescente daquele ambiente familiar nocivo ao seu desenvolvimento sadio (art. 101)
familiar e
Colocação em família substituta
perda do A
poder familiar Destituição do poder familiar com a colocação da criança ou adolescente para adoção
negligência
acarreta Abandono de incapaz, exposição ou abandono de recém-nascido,
omissão de socorro e maus-tratos (arts. 133 a 136, do Código Penal),
No âmbito penal ,
pode caracterizar Submeter criança ou adolescente a vexame ou constrangimento (art.
diferentes crimes 232) e sua submissão à prostituição e exploração sexual (art. 244-A)

Em geral, a demanda de perda ou suspensão Também em geral, os pais são

Poder do poder familiar é proposta pelo MP assistidos pela Defensoria Pública
Familiar Situação um pouco diversa é aquela em que a perda e a
suspensão do poder familiar surgem no bojo de uma ação de Nesse caso, o
adoção ou de tutela, proposta por particulares (art. 155), MP atua como
patrocinados pela Defensoria Pública ou por advogado particular. custos legis.

Decretada a perda do poder familiar, a criança ou adolescente é colocada para adoção

I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
PROCESSO
JUDICIAL Novo Tópico III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
CONTRADITÓRIO IV - incidir, I - Abusar da Autoridade
Art. 1.638, CC -
reiteradamente, II - Faltar com os deveres
Perderá por ato
nas faltas
judicial o poder III - Arruinar os bens dos filhos
previstas no artigo
familiar o pai ou a Cabe ao juiz, a requerimento
Perda do antecedente.
mãe que: adotar medida para a segurança
Poder
Familiar do menor e seus haveres, até
suspendendo o poder familiar,
quando convenha (art. 1.637, CC)

Artigo 23: a "falta ou a carência de recursos materiais não constitui

motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar".
O parágrafo único complementa: "Não existindo outro motivo que por si só autorize a
CARÊNCIA DE decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de
RECURSOS origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio ."
MATERIAIS Se o problema é meramente econômico, compete ao Poder Público tutelar
toda a família, e não simplesmente retirar a criança de sua família natural.
§ 4º do artigo 19 pela Lei 12.962/2014, prevê que a criança ou o adolescente cujo genitor esteja
privado de liberdade tem o direito de visitá-lo, independentemente de autorização judicial .
A perda do poder familiar Somente se o agente praticar o crime
CONDENAÇÃO
não é decorrência automática contra o próprio filho + se se tratar de
CRIMINAL
da condenação criminal. conduta dolosa sujeita à pena de reclusão .

Fonte: Livro Direito da Criança e do Adolescente, Guilherme Barros. JusPodivum – 3ª Ed. 2015 e Lei 8.069/1990 19.4.2017