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JUN 2002
Características e ensaios
Edição: 1ª
ÍNDICE
0 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................................3
1 - OBJECTIVO ....................................................................................................................................3
2 - CAMPO DE APLICAÇÃO ...............................................................................................................3
3 - NORMALIZAÇÃO DE REFERÊNCIA ............................................................................................3
4 - TERMOS E DEFINIÇÕES..............................................................................................................3
5 - TUBOS NORMALIZADOS..............................................................................................................4
6 - PRINCÍPIOS GERAIS DE CONCEPÇÃO......................................................................................4
7 - CARACTERÍSTICAS ......................................................................................................................4
7.1 - Materiais.......................................................................................................................................4
7.2 - Fabrico e aspecto ........................................................................................................................5
7.3 - Cores............................................................................................................................................5
7.4 - Marcações....................................................................................................................................5
7.5 - Características mecânicas, temperatura e meio ambiente.........................................................6
7.5.1 - Mecânicas .................................................................................................................................6
7.5.2 - Temperatura .............................................................................................................................6
7.5.3 - Meio ambiente ..........................................................................................................................6
7.6 - Características dimensionais.......................................................................................................6
7.6.1 - Comprimentos modulares de entrega ......................................................................................7
7.6.2 - Índices de protecção.................................................................................................................8
8 - ENSAIOS ........................................................................................................................................8
8.1 - Generalidades..............................................................................................................................8
8.2 - Tipos de ensaios ..........................................................................................................................8
8.2.1 - Ensaios tipo ..............................................................................................................................8
8.2.2 - Ensaios de identidade ao tipo ..................................................................................................8
8.2.3 - Ensaios de série .......................................................................................................................8
8.2.4 - Ensaios de recepção ................................................................................................................9
8.2.5 - Identificação dos ensaios .........................................................................................................9
9 - EXECUÇÃO DOS ENSAIOS..........................................................................................................9
9.1 - Ensaio visual ................................................................................................................................9
9.2 - Ensaios dimensionais ..................................................................................................................9
9.2.1 - Diâmetro exterior ......................................................................................................................9
9.2.2 - Espessura do tubo..................................................................................................................10
9.2.3 - Espessura da membrana .......................................................................................................10
9.2.4 - Largura da membrana ............................................................................................................10
9.2.5 - Passo e altura das estrias e largura da base .......................................................................11
9.2.6 - Comprimentos.........................................................................................................................10
9.3 - Ensaio para verificação das marcações ...................................................................................10
9.4 - Ensaio de impacto .....................................................................................................................11
9.5 - Ensaio de compressão ..............................................................................................................11
9.6 - Ensaio de flexão ........................................................................................................................11
0 - INTRODUÇÃO
Este documento foi elaborado com vista a uma uniformização de características e ensaios de
tubos designados por “tritubos”.
Na sua elaboração foram tidas em conta diversas disposições aplicáveis nas diversas normas
existentes.
1 - OBJECTIVO
O presente documento destina-se a estabelecer os tipos e as características gerais a que devem
obedecer os tubos de material plástico, com propriedades especiais relativas à protecção
ambiental, no que diz respeito ao fabrico, às características e aos ensaios.
2 - CAMPO DE APLICAÇ ÃO
Este documento aplica-se aos tubos destinados à utilização, nas redes subterrâneas da EDP
Distribuição, como protecção mecânica de cabos isolados aplicados em redes de
telecomunicações.
3 - NORMALIZAÇÃO DE REFERÊNCIA
Os tubos e as curvas fabricados de acordo com a presente especificação técnica devem obedecer
ao especificado nas seguintes publicações:
— EN 50086-1: 1993 – Tubos para canalizações eléctricas – Parte 1: Regras gerais.
— EN 50086-2-4: 1994 – Tubos para canalizações eléctricas – Parte 2-4: Regras particulares
para sistemas de tubos enterrados no solo.
— EN 60529: 2001 – Índice de protecção contra penetração de corpos sólidos e projecção de
água (IP).
— EN 50102: 1995 – Índice de protecção contra acções mecânicas (IK).
4 - TERMOS E DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta especificação são adoptados os seguintes termos e definições:
4.1
tubo
elemento de um sistema de canalização fechado, de secção recta geralmente circular, destinado à
colocação ou substituição de cabos isolados de telecomunicações.
4.2
acessório do tubo
dispositivo concebido para se realizar a união de um ou mais elementos de um sistema de tubos.
4.3
diâmetro nominal de um tubo
diâmetro pelo qual se designa o tubo de secção recta circular e que corresponde ao valor
aproximado, expresso em milímetros, do diâmetro exterior.
4.4
espessura
semi-diferença entre o diâmetro exterior e o diâmetro interior.
4.5
membrana
parte constituinte do tubo que interliga os tubos.
4.6
lote
quantidade definida de um determinado produto da mesma origem, fabricado em condições
uniformes e presente à recepção de uma só vez.
4.7
efectivo do lote
número de unidades de um lote.
4.8
ensaio de rotina
ensaio que se efectua sobre todos os lotes de fabricação.
4.9
ensaio por amostra
ensaio efectuado sobre um número inteiro de tubos, de acordo com o critério de amostragem.
4.10
amostra
porção representativa de um lote.
4.11
provete
parte da amostra que é submetida a ensaio.
5 - TUBOS NORMALIZADOS
Os tubos devem ter 40 mm de diâmetro.
7 - CARACTERÍSTICAS
Estes tubos devem ser constituídos pelo conjunto de três tubos ligados entre si por duas
membranas de ligação, apresentando exteriormente paredes lisas e interiormente paredes
caneladas no sentido longitudinal.
7.1 - Materiais
O material utilizado na fabricação dos tubos deve ser o polietileno de alta densidade
(PEAD/MRS80), cujas características são as indicadas no quadro 1.
Quadro 1
Características do material
7.3 - Cores
Os tubos devem ser fornecidos na cor e referência abaixo indicadas:
— vermelha - refª RAL 3000.
7.4 - Marcações
Ao longo dos tubos devem ser apostas, pela ordem com que se referem, de forma indelével e bem
legível, as seguintes marcações:
— identificação do fabricante;
— referência do tubo;
— diâmetro nominal;
— data de fabrico (ano /mês).
Esta identificação deve ser apenas marcada num dos tubos que compõem os tubos e colocada
com intervalos não superiores a 3 metros.
A marcação deve ser duradoira e facilmente legível, admitindo-se que os elementos identificativos
sejam gravados em relevo, baixo relevo ou pintados com tinta de cor preta (refª RAL 9011).
O processo de marcação usado não deve afectar a integridade dos tubos nem dar origem ao
aparecimento de fissuras ou outro tipo de falhas prematuras.
7.5.1 - Mecânicas
Os tubos devem ter como característica mecânica uma resistência ao impacto > a 15 joules (J).
Esta característica pode ser comprovada através da realização do ensaio descrito no ponto 9.4.
7.5.2 - Temperatura
Os tubos devem ser fabricados para serem utilizados com temperaturas, em regime permanente,
situadas entre – 5 ºC a + 90 ºC.
Assim, pelo conjunto dos factores acima mencionados, os tubos devem permitir um tratamento de
reciclagem adequado no final da sua vida útil de serviço.
Quadro 2
Diâmetro e espessura
+ 0,4 + 0,2
40 3,0
-0 -0
Quadro 3
Características da membrana e estrias
+ 0,2 + 0,2
3,5 3,5 ≅ 3,4 ≅ 0,2 ≅ 0,8
-0 -0
(*) – Ver pormenor na figura 2, abaixo.
8 - ENSAIOS
8.1 - Generalidades
As características dos tubos devem ser confirmadas através da realização de ensaios, a efectuar
em laboratórios acreditados para o efeito ou outros que, não o sendo, obtenham o prévio acordo
da EDP Distribuição.
A recolha das amostras para os ensaios deve ser feita por representantes da EDP Distribuição.
A identidade ao tipo deve ser verificada através da realização do conjunto de ensaios referidos
para os ensaios tipo.
A lista dos ensaios de recepção deve ser igual à dos ensaios de série, sendo os critérios de
conformidade exigidos para os ensaios de recepção iguais aos exigidos para os correspondentes
ensaios de série.
Quadro 4
Ensaios
Ensaio
Natureza Designação Secção
Tipo Série
Visual Verificação do aspecto 9.1 x x
Dimensional Verificação das dimensões 9.2 x x
Marcações Verificação das marcações 9.3 x x
Físicos Ensaio de impacto (*) 9.4 x x
Ensaio de compressão (*) 9.5 x
Ensaio de flexão (*) 9.6 x x
Nota: os ensaios assinalados com (*) devem ser realizados sobre uma
amostra (tubo) retirada do conjunto (tritubo).
As amostras seleccionadas para os ensaios devem ser previamente sujeitas a uma verificação
visual nos seguintes aspectos:
— eventuais defeitos de fabrico;
— possíveis variabilidades de cor;
— verificação dos elementos identificativos.
Cada fatia assim obtida deve ter uma espessura média de 2 mm.
A superfície das fatias deve ser examinada com uma amplificação mínima de 15 vezes.
9.2.6 - Comprimentos
Em todas as amostras devem ser medidos os comprimentos modulares dos tubos, sendo essa
medição executada por leitura directa utilizando para o efeito uma fita métrica.
No caso da marcação ser feita através de pintura, a indelebilidade destas marcações deve ser
comprovada pelo ensaio descrito na cláusula 7.5 da norma EN 50086 – 1: 1993.
Este ensaio consiste em tentar apagar a inscrição das marcações e a tonalidade das cores, após
a fricção durante 15 s, com pano embebido em água, seguida de nova fricção, durante o mesmo
tempo, com pano embebido em gasolina.
Nota: considera-se gasolina como um hexano dissolvente com um conteúdo máximo de componentes
aromáticos de 0,1% de volume, um valor kauributanol de 29, um ponto de inicio de ebulição de 65º C,
um ponto final de ebulição de 69 ºC e uma densidade de 0,68 g/cm3.
De cada amostra devem retirar-se 12 provetes (quatro por tubo) com as dimensões de 200±5 mm.
Este ensaio deve ser feito colocando os provetes no interior de uma câmara climática, com uma
temperatura de (-5±1)º C e durante o período de tempo de 2 horas.
O tempo que medeia entre retirar os provetes da câmara climática até á realização do ensaio não
deve exceder 10 segundos.
O ensaio consiste em deixar cair em queda livre um peso sobre os provetes que estão assentes
sobre um bloco com a configuração de um “V” com um ângulo de abertura de 120º.
Os valores da altura da queda e do peso para a realização deste ensaio devem ser os seguintes:
— massa do martelo 5 Kg (+1/0)%;
— altura da queda 300 mm (+0/-1)%.
De acordo com o ponto 10.3.3 da norma atrás referida, o ensaio é conseguido se em 9 dos
provetes não ocorrerem sinais de fractura ou fendas que permitam a entrada da luz ou água entre
a parede interior e a exterior.
De cada amostra devem retirar-se 3 provetes (um por tubo) com as dimensões de 200±5 mm.
Antes da realização deste ensaio devem ser medidos os diâmetros exterior e interior dos provetes.
De acordo com o ponto 10.2.5 da referida norma, o ensaio é conseguido se o valor da força
aplicada aos provetes for superior a 450 N.
De cada amostra devem retirar-se 6 provetes (dois por tubo) com um comprimento aproximado de
1,5 m sendo que, desses 6 provetes, 3 sejam ensaiados à temperatura ambiente e os outros 3 a
uma temperatura de (-5±1)º C.
Para a realização do ensaio, os provetes devem estar a uma temperatura de (-5±1)º C devendo,
para o efeito, ser colocados numa câmara climática durante o período de tempo de 2 horas.
O ensaio consiste em fixar uma das extremidades do provete e curvar, sobre uma bola cujo
diâmetro deve ter um valor de (95+1)% do diâmetro interior mínimo do provete, a outra
extremidade, de modo a que seja formado um ângulo de 90º, sendo que o raio de curvatura obtido
seja igual ao raio de curvatura mínimo especificado pelo fabricante.
De acordo com o ponto 10.4.3 da referida norma, o ensaio é conseguido se os provetes não
apresentarem sinais de achatamento ou fractura.