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Thomas L. Friedman
Thomas Friedman
Só um cochilo...
● 15 dias de filmagens e entrevistas com a
equipe do Discovery Times.
– Proliferação de Pcs
– Proliferação do Windows
– Modems (CompuServe e America Online)
– Conectividade e trabalho colaborativo global
Dez forças que achataram o mundo
● 2° - Netscape foi para a bolsa:
– 9 de Agosto de 1995.
– “O dia em que o Nestcape foi para a bolsa”.
– Consolidação do browser e da World Wide Web (WWW).
– O IPO da Netscape despertou o mundo para a Internet (iniciou o boom).
– Permitiu o acesso de qualquer pessoa a Internet.
– Uma semana depois foi lançado o Windows 95 (suporte nativo ao
protocolo TCP/IP – Padrão Aberto) permitindo a qualquer aplicativo o
acesso á Internet de forma simplificada.
– Potencialidade de desenvolvimento de e-sistemas (e-commerce, e-
banking, e-stock, e-tec...) deflagrou o investimento maciço em redes de
fibras óticas.
– Desregulamentação das Teles nos EUA em 1996: livre mercado.
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● 2° - Netscape foi para a bolsa:
– O Mosaic (“semente” do Nestcape) começou em 1992 com 12 usuários.
– Primeira versão comercial do Netscape lançada em Dezembro de 1994:
● Quem fosse da área de educação ou de organizações sem fins lucrativos
poderia baixá-lo de graça.
● Pessoas físicas poderiam fazer uma avaliação gratuita por prazo ilimitado e
comprá-lo em disco, caso desejassem.
● Empresas podiam avaliar o software por noventa dias.
● Segundo Marc Anderssen:
“A lógica subjacente era a seguinte: se você pode pagar por ele, pague.
–
Se não, use mesmo assim.”
– Netscape não era somente um browser, era uma suite para a Internet baseada
em padrões abertos com o intuito de viabilizar a proliferação da utilização dos
padrões abertos e frear as iniciativas proprietárias da Microsoft.
– Deflagrou ainda a adoção de padrões abertos de comunicação na Indústria de
TI.
– Estimativa do IPO: US$ 14 por ação (foi fechado em US$ 56 no dia do IPO).
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● 3° - Softwares de fluxo de trabalho:
– “Vamos trocar figurinhas: Coloque o seu aplicativo para conversar com
o meu”
– Necessidade de fazer qualquer coisa de qualquer lugar.
– Surgimento do XML (linguagem de descrição de dados) e SOAP
(protocolo para transporte de XML) – ambos padrões abertos.
– Desenvolvimento de softwares para automatizar e/ou integrar
processos.
– Pagamentos eletrônicos, comércio eletrônico, controle de manufatura,
estoques, desenvolvimento e gestão de projetos e etc...
– Permite a “explosão de tarefas”, sua execução em qualquer lugar e sua
integração final.
– Segundo Joel Cawley, estrategista da IBM:
“Não só passamos a nos comunicar entre nós numa escala sem
precedentes, como agora podemos colaborar: criar coalizões,
projetos e produtos juntos, como nunca antes.”
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● 4° - Código Aberto:
– “Comunidades de colaboração que se Auto-Organizam”
– Servidor Apache:
● Alan Cohen da IBM:
“... os caras da correspondência assumiram o controle !!!”
● O Apache deixou para trás a IBM, Microsoft, Nestcape e Oracle.
● Servidor existente e mais usado na época (1997) era da NCSA não
era completo (não tinha funções de autenticação), era de domínio
público e foi “abandonado” pelos desenvolvedores originais.
● Desenvolvedores (hackers) que precisavam expandir as
funcionalidades para seu uso próprio começaram a desenvolver
patches para ele.
● A NCSA não conseguia centralizar e controlar os patches.
● Um grupo de desenvolvedores consultou a NCSA, juntou diversos
patches já desenvolvidos e iniciaram um projeto de servidor web
chamado Apache. Única obrigação: reconhecer a procedência.
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● 4° - Código Aberto:
Números do APACHE:
Fonte: http://news.netcraft.com/archives/web_server_survey.html
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● 4° - Código Aberto:
– Nenhum dos hackers tinha tempo integral para se dedicar ao projeto
(era o meio e não o fim da sua sustentabilidade financeira).
– Grande parte dos envolvidos no projeto haviam contribuído com o IETF
(Internet Engineering Task Force), força tarefa que desenvolve e
mantém os padrões (abertos) da Internet.
– Nome Apache:
● Os índios Apache foram os últimos a se render ao governo
americano.
● Trocadilho com a palavra APATCHY: cheio de patches
– Primeiro projeto de código aberto que chamou atenção de empresas e
recebeu o respaldo da IBM.
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● 4° - Código Aberto:
– Criaram a Apache Software Foundation (com suporte jurídico da IBM):
● Empresas poderiam desenvolver softwares com base no Apache e
ganhar dinheiro com eles.
● Obrigações: Reconhecer a procedência e compartilhar as
modificações
● Única contribuição solicitada da comunidade à IBM: Designar seus
melhores engenheiros para contribuir com código (chegaram até a
recusar alguns profissionais indicados pela IBM).
– Resultado para a IBM: Lançamento do WebSphere em julho de 1998.
– Movimento do software livre (Free Software Foundation - GNU/Linux).
– Outros exemplos de utilização do modelo:
● Wikipedia
● Redes de blogs e portais colaborativos
● CreativeCommons*
* Não citado no livro
Dez forças que achataram o mundo
● 5° - Terceirização:
– “O ano 2000”
– O excesso de capacidade de fibra ótica foi fundamental para a Índia.
– Não começou do zero:
● Fundado o primeiro dos sete Institutos Indianos de Tecnologia (IIT)
em 1951 (critérios extremamente rígidos para entrada e aprovação
de alunos).
● Desde 1953, 25 mil profissionais formados nas melhores escolas de
engenharia Índia se estabeleceram nos EUA.
● Modelo:
– Profissionais indianos de sucesso nos EUA voltavam à Índia
trazendo filiais das empresas ou contratos de terceirização.
● Início com a Texas Instruments (1985) e com a GE (início da década
de 90).
● Na época os custos com telecomunicações eram muito elevados e a
tecnologia disponível muito ultrapassada.
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● 5° - Terceirização:
● Exemplos de serviços:
– Desenvolvimento de software para a GE.
– Digitação de livros para uma editora americana.
– Transcrições médicas (gravações de voz).
● Início da queda nos custos das comunicações
● Bug do milênio:
– Milhões de linhas de código para serem corrigidas.
– Trabalho tedioso e não conferia nenhuma vantagem competitiva
(tudo isso ao menor custo possível).
– Início dos trabalhos entre empresas americanas e indianas em
larga escala.
– Oportunidade para a Índia deixar sua marca no mundo.
● Bolha da Internet: Necessidade de desenvolvimento de inúmeras
aplicações a baixo custo, gerenciamento de aplicativos de comércio
eletrônico e mainframes.
Dez forças que achataram o mundo
● 5° - Terceirização:
● Estouro da bolha: fibra ótica sobrado...e recursos para investimentos
desaparecendo.
● Na Índia: engenheiros de sobra que dominavam a língua inglesa e
com experiência comprovada em desenvolvimento de software
custando muito pouco quando comparados aos americanos.
● Com o estouro da bolha, muitos engenheiros indianos que estavam
trabalhando temporariamente nos EUA voltaram para casa.
● Os orçamentos para desenvolvimento começaram a secar e os
gestores tinham que fazer mais com menos e aí surgiu a sugestão:
“Lembra daquele indiano, o Vijay, que trabalhou na empresa nos
áureos tempos, mas teve que voltar para a sua terra?”
– Década de 1980:
● Já que não posso vender para eles, porquê não utilizar aquela
força de trabalho disciplinada para vender para os outros
(exportar).
● Raciocínio de acordo com os anseios do Governo Chinês
Dez forças que achataram o mundo
● 6° - Offshoring:
– Uma vez iniciado o Offshoring, não houve alternativa aos demais
(impossível competir em custos).
– Entrada na OMC assegurou às empresas estrangeiras a proteção
pelas leis internacionais e práticas empresariais de praxe.
– Segundo Kenichi Ohmae (consultor de empresas japonês), só na
área do delta do Zhu Jiang (norte de Hong Kong) é estimada a
existência de 50 mil fabricantes de componentes eletrônicos.
● A China , ao mesmo tempo, uma ameaça, um cliente e uma
oportunidade. É preciso internalizá-la para vencer. Não dá
para ignorá-la.
– Países como a Malásia, a Tailândia, a Irlanda, o México, o Brasil
e o Vietnã, que lhe fazem frente pensam:
“Caramba, melhor eu começar a oferecer estes mesmos
incentivos”
Dez forças que achataram o mundo
● 6° - Offshoring:
– Estudo do Conference Board americano revela que entre 1995 e 2002 o
setor privado chinês (sem participação do governo):
● Aumentou a produtividade em 17% ao ano.
● O setor secundário perdeu 15 milhões de empregos (contra 2 milhões nos
EUA).
● Com o aumento da produtividade fabril, a China perde empregos na
indústria e ganha no setor de serviços, seguindo um padrão que há muitos
anos ocorre no mundo desenvolvido.
– A longo prazo, sua verdadeira estratégia é superar os EUA e a Europa
pelo alto:
● Capacitação maciça de profissionais (baixar o custo da sua infra estrutura
física e de telecomunicações).
● Incentivos para atrair mais indústrias.
● De “vendido na China” para “fabricado na China” para “desenhado na China”
e para “sonhado na China”.
– Baixo custo, alta qualidade e extrema eficiência em tudo.
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● 7° - Cadeia de fornecimento:
– “Comendo sushi no Arkansas”
– Sede do Wal-Mart em Bentonville, Arkansas:
● Centro de distribuição de 110 mil m2
● 20 Km de esteiras de transporte abastecidas 24 X 7
● Leitura de códigos de barras e separação automática de
mercadorias
● Quando o cliente passa com um produto pelo caixa, o fornecedor é
automaticamente notificado (em qualquer parte do mundo).
● Só a HP vende 400 mil computadores nas 4 mil lojas do Wal-Mart
espalhadas pelo mundo em um único dia na época de Natal.
● Transporte anual do Wal-Mart é de 2,3 bilhões de caixas pela sua
cadeia de fornecimento.
– Cadeia de fornecimento = colaboração horizontal (do fabricante ao
cliente) com vistas à geração de valor.
– Quanto mais a adoção de padrões avança, menores são os atritos na
cadeia
Dez forças que achataram o mundo
● 7° - Cadeia de fornecimento:
– Ambivalência entre papéis: consumidores x empregados.
– Problemas do Wal-Mart:
● Pressão por redução de custos nos fornecedores
● Problemas trabalhistas
– Fornecedores do mundo todo instalaram unidades próximas a sede do
Wal-Mart (por isso o sushi no Arkansas).
– Modelo inicial: reduzir os custos em 2% e investir em volume.
● Ferramenta primordial: tecnologia
● Principal motivo: necessidade (Bentonville fica no “meio do nada”)
– Em 2004:
● Comprou US$ 260 bi que passou por 108 centros de distribuição
nos EUA atendendo às 3 mil lojas no país.
– Aprimoramento constante
– Pioneira em monitoramento computadorizado das vendas e integração
com fornecedores
Dez forças que achataram o mundo
● 7° - Cadeia de fornecimento:
– Adoção de RFID:
● Em Junho de 2003 notificou seus cem maiores fornecedores que até
1° de janeiro de 2005 todas as caixas e contêineres deveriam ter
etiquetas inteligentes.
● Custo de 20 cents por etiqueta e por isso só é utilizada em caixas
maiores
● Permitirá uma visão mais aguçada e dados mais precisos para
alimentar o modelo de demanda.
– A cadeia de fornecimento se reconfigura de acordo com a necessidade
(ex. Furacões)
– Correspondente bancário (longe do que temos no Brasil), com base nos
serviços oferecidos aos funcionários.
– O Wal-Mart é a China do mundo empresarial:
● Chegaram a interferir na mudança de uma fábrica da Sanyo (o que
a tornou os maiores produtores de TV no mundo).
– Exportação do modelo: rede Seiyu do Japão
Dez forças que achataram o mundo
● 8° - Internalização:
– O que é que aqueles caras de bermudão marrom andam fazendo
– Internalização (Insourcing):
● Nova forma de colaboração e criação horizontal de valor.
● Pequenos que pensam grande (e agem como tal).
● Auxilia os grande a agir pequeno.
● Elevado grau de integração entre empresas.
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● 8° - Internalização:
– UPS:
● Proposta de pôr em sincronia as cadeias globais de fornecimento das
empresas.
● Frota de 270 aeronaves (11° do mundo).
● US$ 36 bi de vendas .
● Envio de 13,5 milhões de pacotes por dia.
● Case de manutenção de notebooks Toshiba (retorno em 3 dias).
● Entrega de pizzas e coleta de ingredientes para a Papa John's.
● Nike on-line e Jockey.com.
● Impressoras HP.
● Peixes tropicais da Segrest Farms na Flórida.
● Entrou no ramo de “soluções de comércio sincronizado” em 1996 e já
despedeu US$ 1bi em aquisições de 25 empresas globais (logística e frete).
● Principais clientes e parceiros: Pequenas empresas.
● Serviços de consultoria em logística.
● Recebem pagamentos mediante entrega e avaliação de produtos.
Dez forças que achataram o mundo
● 8° - Internalização:
– UPS:
● Distribuição de veículos da Ford desde 2001:
– Redução em 40% do tempo de entrega.
– 6.500 revendas nos EUA.
● Possui um think tank (Divisão de Pesquisas e Operações):
–Pesquisa de algoritmos para cadeia de fornecimento.
– Tecnologia de fluxo de pacotes.
– Equipe de 60 profissionais com diversos Ph.D.'s.
● Meteorologistas próprios e analistas de ameaças estratégicas.
● Maior usuária de tecnologia sem fio do mundo (mais de 1 M de
telefonemas/dia pelos motoristas)
● 88 mil carros.
● Diariamente, 2% do PIB mundial encontram-se dentro de seus caminhões e
carros.
● UPS Capital – Financiamento de projetos de mudança de cadeia de
fornecimento para clientes.
Dez forças que achataram o mundo
● 8° - Internalização:
– UPS:
● Monitoramento de pacotes feito pelos próprios clientes pela Internet:
–Custo anterior por chamada telefônica: US$ 2.10
– Custo por consulta na Web: de US$ 0.05 a US$ 0.10
– 7 Milhões de pedidos de rastreamento em dias normais.
– 12 Milhões de pedidos de rastreamento nos picos.
– Pranchetas eletrônicas (DIAD – Driver Delivery Inf. Acquisition Dev.):
● Onde cada pacote está no caminhão.
errados.
● Receita com a Internalização em 2003:
– US$ 2,4 bilhões.
Dez forças que achataram o mundo
● 9° - In-Formação:
– Google, Yahoo!, MSN Web Search
– Google:
● Não há palavra ou assunto isolados que responda por mais de 1 a
2% de todas as buscas no site.
● Acesso básico e universal a dados gerais de pesquisa.
● É uma força equalizadora (comparação com as bibliotecas).
● Única limitação: Utilização de computadores.
– In-Formação é o equivalente individual ao código aberto, à
internalização, à cadeia de fornecimento e ao offshoring.
– Autocolaboração: busca por conhecimento, pessoas e comunidades.
– Expõe publicamente a vida das pessoas (não dá para se esconder)...
– Segundo Alan Cohen (VP da Airespace):
“O Google é igual a Deus: onipresente, onisciente e sem fio.
Pode perguntar qualquer coisa, que ele terá a resposta”
Dez forças que achataram o mundo
● 10° - Esteróides:
– Digital, Móvel, Pessoal e Virtual
– Tecnologias Wireless.
– Carly Fiorina:
● Digital: Conteúdos e processos digitalizados.
● Virtual: Manipulação de conteúdo digital muito simplificada.
● Móvel: De qualquer lugar através de qualquer dispositivo.
● Pessoal: Por você, para você no seu próprio equipamento.
– Exemplo: Caso da palestra sobre tratamento de câncer.
– Computação:
● Capacidade computacional
● Capacidade de armazenamento
● Capacidade de entrada e saída de dados (I/O)
Dez forças que achataram o mundo
● 10° - Esteróides:
– Em 1971 o processador 4004 da Intel:
● 0,06 MIPS (60 mil instruções por segundo)
● 2.300 transistores
– Atualmente, o Pentium IV Extreme Edition chega teoricamente a 10,8
bilhões de instruções por segundo.
– O Itanium 2 contém hoje 410 milhões de transistores.
– Crescimento exponencial dos dispositivos de armazenamento.
– A fibra ótica vai chegar a 1 terabit por segundo:
● Pode-se transmitir todo o material impresso do mundo por um único
cabo, em minutos.
– Compartilhamento de arquivos (P2P e Napster).
– Gadgets em geral.
– VoIP, futuro SoIP e videoconferência.
– Aposentadoria dos fios (case da DoCoMo).
Dez forças que achataram o mundo
● 10° - Esteróides:
– Internet “das coisas”.
– Expansão das aplicações para celulares.
– Turbinas da Rolls-Royce são conectadas por satélite com a sala de
operações da empresa.
A Tripla Convergência
A Tripla Convergência
● Em um aeroporto:
– Na globalização 1.0, um funcionário emitia a passagem.
– Na globalização 2.0, ele foi substituido por uma máquina.
– Na globalização 3.0, você cuida disso.
● Multifuncionais (que tratam e-mails)
● Primeira convergência (década de 1990):
– Criação de um campo de jogo global, mediado pela web,
que viabiliza diversas modalidades de colaboração
(compartilhamento de conhecimento e trabalho) em tempo
real, independente da geografia, distância ou, num futuro
próximo, até mesmo de idioma.
– O acesso ainda não é tão aberto.
A Tripla Convergência
● Segunda convergência:
– Desenvolvimento de novas práticas empresariais e
habilidades.
– Semelhante ao passo seguinte das máquinas a vapor.
– Novos modelos de negócios.
– Revisão e otimização de processos com base em TI.
– Colaboração e gerenciamento horizontal.
– HP:
●De 87 cadeias de fornecimento para apenas 5.
– Southwest Airlines e download de cartões de embarque.
– Equipes distribuídas compondo empresas virtuais.
– Adaptação dos jogadores ao novo campo de jogo.
A Tripla Convergência
● Terceira convergência:
– Inclusão de 3 bilhões de pessoas no mercado global (muitos
deles sem sair de casa).
– Novos jogadores, num novo campo de jogo, desenvolvendo
novos processos e hábitos para a colaboração horizontal.
– É a força mais significativa para moldar a economia e a
política globais neste início de século XXI.
– Segundo Richard B. Freeman – Harvard (11/2004):
● 1985:
– Mundo econômico global: América do Norte, Europa
Ocidental, Japão, Leste Asiático e pedaços da
América Latina e África
– 2,5 bilhões de pessoas.
A Tripla Convergência
● Terceira convergência:
● 2000:
– Colapso do comunismo no império Soviético,
abandono da autocracia na Índia, transição chinesa
para o capitalismo e crescimento populacional
generalizado.
– 6 bilhões de pessoas:
● 1,5 bi de novos profissionais.
Moscou
● 2004: 800 engenheiros e cientistas russos, tendendo a pelo
menos 1.000.
● Usando um software de colaboração francês.
● Videoconferência
secundária).
● Escassez de mão de obra qualificada nos EUA.
pessoas.
● Quem não promoveu estas reformas, viu seu PIB encolher, como a
Coréia do Norte.
A Virgem de Guadalupe
● Na China, segundo o Banco Mundial:
– Pessoas vivendo em condições de extrema pobreza (menos de um
dólar por dia):
● 375 milhões em 1990.
● 212 milhões em 2001.
● 16 milhões em 2015 (projeção).
– No sul da Ásia (Índia, Paquistão e Bangladesh):
● 462 milhões em 1990.
● 431 milhões em 2001.
● 216 milhões em 2015 (projeção).
– África subsaariana (globalização mais lenta):
● 227 milhões em 1990.
● 313 milhões em 2001.
● 340 milhões em 2015 (projeção).
A Virgem de Guadalupe
● Reformas no varejo:
– Analogias (regiões do mundo como bairros):
● Europa = asilo de idosos.
● Estados Unidos = condomínio fechado (com uma pequena abertura
nos fundos para mexicanos e outros trabalhadores ativos ajudarem
a comunidade isolada funcionar).
● América Latina = lugar das diversões da cidade (clubes noturnos):
– Bons negócios só nas ruas dos chilenos.
– Os senhorios do bairro não reinvestem nele (depositam do outro
lado da cidade).
● Árabes = ruas escuras, onde ninguém se aventura a não ser em
quatro ruas laterais (Dubai, Catar, Jordânia e Marrocos):
– Único negócio novo são bombas de gasolina (investem como os
latinos).
– Casas com cortinas fechadas e placas de “Cuidado com o
cachorro”.
A Virgem de Guadalupe
● Reformas no varejo:
– Analogias (regiões do mundo como bairros):
● Índia, China e Leste Asiático = parte esquisita da cidade:
– Imenso e movimentado mercado:
● Pequenas lojas e fábricas em um único cômodo.
– Ruas indianas:
● Lâmpadas queimadas, cheia de sulcos, polícia ativa.
● África:
– Lojas fechadas, expectativa de vida declina e os únicos edifícios novos
são as casas de saúde.
A Virgem de Guadalupe
● Reformas no varejo:
– Cada região tem pontos fortes e fracos, e todas precisam de reformas no varejo:
● Quatro aspectos da sociedade:
Infra-estrutura, instituições reguladoras, educação e cultura.
–
– Arcabouço jurídico e institucional.
– Inovar, fundar firmas e tornar-se parceiros atraentes para a cooperação
internacional.
– Todo ano o Egito garante emprego àqueles que completam o ensino superior:
● Continua atolado na pobreza.
● Crescimento lento a mais de 50 anos.
– Estudo do IFC do Banco mundial afirma que “o crescimento da produtividade, e
portanto a maneira de escapar da pobreza, não é simplesmente uma questão de
alocação de recursos, mas o seu uso adequado”.
– Estudo do IFC Doing Business in 2004 avalia a dificuldade de:
● Iniciar um negócio. ● Obter crédito.
● Contratar e demitir funcionários. ● Encerrar uma empresa que vá à
● Fazer valer os contratos falência ou esteja em dificuldades.
A Virgem de Guadalupe
● Reformas no varejo:
– Doing Business in 2004 (alguns números):
● Indonésia: 168 dias para abrir uma fábrica têxtil (capital mínimo é o triplo da
renda per capta).
● Panamá: 19 dias para abrir uma construtora (multa trabalhista para
demissão, com aprovação sindical, de 5 salários).
● Emirados Árabes: contrata e demite com facilidade, mas são necessários
550 dias para cobrar judicialmente uma dívida contratual.
● Etiópia: Crédito negado a quem não tem bens materiais (o histórico de
crédito não existe lá).
● Índia: até 10 anos para fechar a empresa após o pedido de falência (o
empresário simplesmente desaparece, deixando muitas dívidas).
● Austrália: 2 dias para abrir uma empresa.
● Haiti: 203 dias para abrir uma empresa.
● República Democrática do Congo: 215 dias para abrir uma empresa.
A Virgem de Guadalupe
● Reformas no varejo:
– Lista de pontos para as reformas no varejo (IFC):
● Falta de regulamentação prejudica, mas regulamentação excessiva
também.
● Valorização dos direitos de propriedade.
● Ampliar o uso da Internet para cumprimento de normas.
● Reduzir a participação dos tribunais nos assuntos de negócios.
● Transformar a reforma em um processo contínuo.
– Melhoria no acesso e na qualidade da educação.
– Investimentos em infra-estrutura.
– Segundo Jonh Chambers (Cisco Systems):
“Os empregos irão para onde a força de trabalho mais bem preparada
conviver com a infra-estrutura mais competitiva e com o ambiente criativo e
o governo disposto a cooperar.”
– Reformas no varejo são comumente de baixo para cima...
A Virgem de Guadalupe
● Aspectos culturais: A Glocalização:
– Desempenho econômico e cultura estão relacionados.
– A riqueza das nações – David Landes.
– Glocalização = Grau de abertura de uma cultura.
– Explica a dificuldade de muitos países islâmicos:
● Ataques terroristas atuais tem suas raízes na década de 70, no
movimento Juhaiman.
● Foco da educação nos impérios Islâmicos.
● Espanha muçulmana foi uma das mais tolerantes da história.
● Arábia Saudita muçulmana de hoje é uma das mais intolerantes.
● Dubai é um dos lugares mais cosmopolitas e tolerantes do mundo.
– Cultura se assenta no contexto e não no DNA.
A Virgem de Guadalupe
● Os elementos intangíveis:
– Em nova Delhi não exitem prédios elevados por causa da oscilação no
fornecimento de energia.
– Dalian, na China se transformou totalmente entre 1998 e 2004.
– Cairo, no Egito quase não se alterou entre 1974 e 2004.
– Cidade do México mais limpa mas não cresceu tanto em 10 anos de NAFTA:
● O México perdeu o ritmo (autoconfiança popular se reduziu).
– Elementos intangíveis:
● Disposição e capacidade de uma sociedade para unir-se e sacrificar-se em
prol do desenvolvimento econômico.
● Presença de líderes com suficiente visão para saber o que precisa ser feito
e disposição para usar o poder para promover as mudanças.
– Em 1990:
● México assinado o NAFTA e preparado para ser o trampolim dos EUA para
a Am. Latina, enquanto a China estava fechada (ao mundo e em seus
problemas).
– Hoje, a China se aproxima economicamente enquanto o México (que está
literalmente ao lado), se afasta.
A Virgem de Guadalupe
● Os elementos intangíveis:
– Jorge Castaneda (ex-ministro do Exterior mexicano):
● Foram apanhados entre a China e a Índia.
● Só podem competir com a China nas indústrias de alto valor agregado.
● Perdem da Índia no setor de serviços (como call-center).
– China possui maior foco em reformas no varejo.
– China e Índia culturalmente valorizam mais a educação:
● Alunos estudando nos EUA:
China e Índia: 100 mil
–
– México: 10 mil
– Não existe no México um programa rápido de capacitação na língua inglesa.
– Will Rogers:
“Mesmo estando no caminho certo, seremos atropelados se ficarmos
parados no mesmo lugar”
As Empresas
e o Mundo Plano
Como as empresas se ajustam
● Todos querem crescimento econômico, mas ninguém deseja a mudança.
● Estratégias dos empresários que se ajustaram ás mudanças:
– 1° Quando o mundo se achata – e você se sente achatado – procure uma pá e
cave dentro de si mesmo. Não tente construir muralhas.
● Case da empresa de multimídia.
Albert Einstein
11/9 versus 9/11
● Imaginação criativa: 9/11
● Imaginação destruidora: 11/9
● Em 1999, dois homens fundaram uma empresa aérea, do zero:
– David Neeleman – Jet Blue (US$ 130 milhões).
– Osama bin Laden – 11 de Setembro (US$ 400 mil).
● Com a globalização, emergiram duas variantes energéticas:
– Estimular mutações boas.
– Afastar as más mutações.
● 11/9 não foi descoberto por uma “falha de imaginação”.
● Olhar para frente, sonhar ao invés de olhar para trás e se ressentir.
– “Um país que luta contra o terrorismo olha para trás”.
– “Somos o quatro de julho, não o 11 de setembro”.
eBay
● Presidente da SEC ao telefone.
● No e-Bay:
– Poucas regras, que são cumpridas à risca.
– “Na e-Bay, Kyle não é deficiente”.
– Homens de negócio sem curso superior.
– Comunidade autogovernada ou contexto.
Índia
● Segundo maior país muçulmano do mundo.
● Nenhum indiano envolvido em ataques terroristas:
– Democracia (ou algo bem parecido).
– Tradição hinduista da não-violência.
● Na Turquia:
– 15 novembro de 2003, ataque às duas principais sinagogas de Istambul:
● Cerimônia de reabertura com o rabino e o principal clérigo muçulmano de
mãos dadas (sendo-lhes atirados cravos vermelhos pela multidão nas ruas).
● Primeiro ministro (islâmico) visita o principal rabino.
● Pai de um dos suicidas pede perdão a todos.
● Na Índia:
– Imã da maior mesquita de Nova Delhi pediu aos jovens indianos colaboração no
Afeganistão e nos dias seguintes foi a um debate na TV.
– Shabana Azmi (atriz e parlamentar) pediu-lhe ao vivo para se calar e ir
pessoalmente ao Afeganistão.
● Jovens precisam de um contexto para transformar imaginação positiva em realidade.
Índia
● História de um amigo muçulmano do sul da Ásia:
– Família indiana se separou em 1954:
● 50% permaneceu na Índia.
● 50% foi para o Paquistão.
● Perguntou ao pai o motivo pelo qual a metade indiana vivia melhor que a
metade paquistanesa:
– Quando ambos observam um homem que mora em uma bela casa, no
alto da colina:
● Na Índia se diz: “Papai, um dia serei como esse homem...”