Sie sind auf Seite 1von 11

www.cers.com.

br 1
Redes sociais:
Instagram: @professoracristianedupret
Facebook: Cristiane Dupret (Página)

APLICATIVO:
Cristiane Dupret
Basta Baixar na
Appstore Ou Google Play

E se você pretende fazer


2ª. Fase em Direito Penal
APLI CATIVO:
applink.com.br/oabpenal
Ou Baixe direto na
PlayStore

SITE:
www.cristianedupret.com.br
DOIS PASSOS: Clique em Cadastre-se e
Assine a Lista para receber um Ebook

www.cers.com.br 2
Temas do Banco de Aulas:

REVISÃO CRIMINAL

Definição por Nucci:


“Uma ação penal de natureza constitutiva e sui generis, de competência originária dos tribunais, destinada
a rever decisão condenatória, com trânsito em julgado, quando ocorreu erro judiciário.”

Será possível promover a revisão criminal quando, após o trânsito em julgado da decisão, surgir prova da
inocência do réu ou que justifique a redução de sua pena, quando a sentença for manifestamente injusta,
ou quando se verificar que a condenação está lastreada em depoimentos, laudos ou documentos compro-
vadamente falsos.

www.cers.com.br 3
A Revisão Criminal não está sujeita à preclusão de qualquer natureza, podendo ser proposta a qualquer
tempo, desde que tenha ocorrido o trânsito em julgado da condenação ou de uma absolvição imprópria,
esteja o condenado cumprindo pena ou mesmo após o término de seu cumprimento (art. 622 do CPP).

MOMENTO DE MANIFESTAÇÃO
POR REVISÃO CRIMINAL

Processo findo, com trânsito em julgado

OBJETIVO DA REVISÃO CRIMINAL

O objetivo da revisão criminal é rescindir, desconstituir uma sentença penal transitada em julgado, contu-
do, somente em favor do réu.

LEGITIMIDADE

Quem é parte legítima para propor Revisão Criminal?

O condenado é parte legítima. Logo, apenas a defesa pode propor Revisão Criminal.

www.cers.com.br 4
Em caso de morte do acusado, a ação será proposta pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão do
réu, para resguardar a memória do falecido (art. 623 CPP).

Mas o que justificaria a Revisão Criminal neste caso?


Podem ser vários os motivos: Reabilitação moral (restituição da imagem), afastar alguns efeitos proveni-
entes da sentença condenatória, interesse social de se reparar uma injustiça etc.

Em caso de morte do acusado, a ação será proposta pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão do
réu, para resguardar a memória do falecido (art. 623 CPP).

A Revisão Criminal, igualmente ao recurso de Apelação interposto exclusivamente pela defesa, nunca
poderá agravar a situação do acusado, vedando a reformatio in pejus.

Revisão Criminal no Tribunal do Júri


Atualmente é pacifico o entendimento da possibilidade de sua propositura no procedimento do Júri, pelo
fundamento de se tratar a ação de uma garantia individual do acusado, resguardando seu direito à pleni-
tude de defesa.

CONTROVÉRSIA
Se ao receber a Revisão Criminal o Tribunal poderia fazer o juízo rescisório, ou seja, desde já absolver o
condenado conforme o caso, ou fazer apenas o juízo rescindente submetendo o réu a novo júri com novos
jurados, pelo fundamento de que caso contrário violaria o princípio da soberania dos veredictos.

1ª posição: como o é uma garantia insculpida na Constituição Federal que visa preservar a liberdade indi-
vidual, não haveria qualquer incompatibilidade em se anular um veredicto condenatório e proferir um ou-
tro em seu lugar, absolutório ou redutor de pena, através de uma revisão criminal, pelo próprio tribunal
superior, pois, embora se esteja aparentemente violando o princípio da soberania dos veredictos, na ver-
dade, se está indo ao encontro do espírito do Tribunal Popular, que é o de privilegiar o direito à liberdade.
Entende essa corrente que é plenamente aplicável ao Tribunal do Júri o art. 626 do CPP, que abre a possi-
bilidade de o Tribunal alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena.

www.cers.com.br 5
2ª posição: não é possível o Tribunal, em grau revisional, proferir uma decisão que substitua a do júri,
absolvendo o réu ou reduzindo sua pena, sob pena de evidente violação à soberania dos veredictos. O
que pode ser feito, se alguma das hipóteses previstas no art. 621 do CPP ocorrer, é anular-se o julgamento
para que outro Conselho de Sentença julgue a causa, preservando-se a competência do Júri. O Tribunal
exercerá um juízo rescindente, mas não rescisório; ou seja, poderá invalidar a decisão dos jurados, mas
não reformá-la.

Revisão Criminal fundamentada no artigo 621, III do CPP

No caso do Inciso III do artigo 621, a nova prova poderá ser apurada por meio do procedimento de anteci-
pação de provas.

Competência:

Art. 624. As revisões criminais serão processadas e julgadas:


I - pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações por ele proferidas;
II - pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada, nos demais casos.

Juízo de Primeira Instância jamais julgará Revisão Criminal.

Só é cabível Revisão Criminal para o STJ e STF se preenchidos alguns requisitos:

- O fundamento da revisão deve coincidir com o fundamento do Recurso Especial ou Extraordinário


- Se os Tribunais Superiores tiverem apreciado o mérito do Recurso Especial ou Extraordinário

Logo, se os recursos especial ou extraordinário não tiver sido apreciado, não caberá Revisão Criminal
para os Tribunais Superiores.

www.cers.com.br 6
TESES E PEDIDOS
- Nulidades, o que vai gerar um pedido de anulação

Neste caso, mencionar o artigo 564 do CPP no Direito e no pedido


Exemplo: Nulidade por falta de perícia – Mencionar artigo 158 do CPP e 564, II, b

Muitas vezes, uma tese está ligada à outra. No caso, por exemplo de inexistência de laudo, isso enseja
uma nulidade, mas também enseja a alegação de falta de prova por ausência deste laudo.

- Extinção da punibilidade
- Teses principais de mérito que conduzirão à absolvição

Necessário mencionar o artigo 386 e 626 do CPP, inclusive no pedido.

- Teses subsidiárias de mérito – Para manter a condenação, mas deixá-la mais branda
- Indenização (Arts. 630 do CPP e 5º, LXXV, CF)

No pedido, sempre devem constar os artigos 626 e 630 do CPP, assim como o artigo 5º, LXXV da CF

A indenização não será devida:

a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao próprio impetrante, como
a confissão ou a ocultação de prova em seu poder;
b) se a acusação houver sido meramente privada. (art. 630, § 2º, Código de Processo Penal).

Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração, absolver o
réu, modificar a pena ou anular o processo.
Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser agravada a pena imposta pela decisão revista.

ESTRUTURA DA REVISÃO CRIMINAL

ENDEREÇAMENTO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE __________ (regra geral)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDE-


RAL DA ____ REGIÃO (Crimes da Competência da Justiça Federal)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPE-
CIAIS CRIMINAIS DA COMARCA _________ (ou SEÇÃO JUDICIÁRIA) (revisão contra decisão dos Juizados
Especiais Criminais)

www.cers.com.br 7
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA (STJ)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDE-


RAL (STF)

Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número __, expedida pela
___inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ___, residência e domicí-
lio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem a Vossa Ex-
celência, com fundamento no art. 621 (indicar o inciso correspondente), do Código de Processo Penal,
propor

REVISÃO CRIMINAL
por não se conformar com a sentença ________________ (indicar o tipo da sentença), já transitada em
julgado, conforme certidão em anexo, pelas razões de fato e direito a seguir expostas.

DOS FATOS
Falar os pontos principais dos fatos que ensejam a apresentação da revisão criminal.
No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor:
“A respeitável decisão proferida merece ser rescindida pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos.”

DO DIREITO
Demonstre o equívoco cometido pelo juiz para depois mencionar o direito aplicado ao caso concreto,
sempre de acordo com o fundamento adotado para a Revisão Criminal (surgiu prova da inocência do réu
ou que justifique a redução de sua pena, a sentença foi manifestamente injusta, ou a condenação está
lastreada em depoimentos, laudos ou documentos comprovadamente falsos).

DO PEDIDO
Deve-se fazer o pedido pleiteando o deferimento do pedido revisional e a reforma da decisão (indicando
qual é o tipo de reforma que se quer nos termos do art. 626 do CPP – absolvição; desclassificação; dimi-
nuição da pena; anulação da sentença).
Se o condenado estiver preso, deve ser requerida a expedição do alvará de soltura.
Diante do exposto, requer seja julgado procedente o pedido revisional para ....
(exemplos: anular ab initio a demanda principal, com fulcro no artigo 564, III, b do CPP ou caso assim não
entenda, seja o revisionando absolvido com fulcro no artigo 386, II c/c artigo 626, ambos do CPP.

Requer ainda o arbitramento de valor a título de indenização, nos termos do artigo 630 do CPP e artigo 5º,
LXXV da CF, bem como a expedição do alvará de soltura.

Termos em que
Pede deferimento.

Comarca, data
Advogado, OAB
Obs.: A prova não pode pedir último dia do prazo.

www.cers.com.br 8
JUSTIFICAÇÃO CRIMINAL
Procedimento antecedente e preparatório para posterior ajuizamento de Revisão Criminal. É necessária
uma audiência prévia, realizada pelo Juiz Singular, para que a prova seja produzida e posteriormente haja
o ajuizamento da Revisão Criminal.

O entendimento pacificado é de que não se admite a produção de provas durante a ação de revisão crimi-
nal, pois para ela ser obtida necessária se torna a justificação criminal.

Qualquer prova nova exige a Justificação Criminal?

Posicionamento do STJ:

(...) 2. Se o pressuposto do ajuizamento da revisão criminal, com fundamento no art. 621, III, do
Código de Processo Penal é a existência de prova nova, ou seja, a existência de prova surgida após a
condenação, é descabido e incoerente exigir que, para que seja considerada como prova nova, tenha
sido ela submetida a contraditório prévio. 3. A exigência de justificação judicial diz respeito tão somen-
te à prova oral, não sendo necessária quando se cuida de prova pericial, cuja realização foi determinada
durante o inquérito, mas que veio a ser juntada aos autos da ação penal apenas quando já proferida a
condenação. 4. Enquadra-se no conceito de prova nova, nos termos do art. 621, III, do Código de Pro-
cesso Penal, o laudo pericial elaborado pela polícia civil, realizado nos telefones celulares apreendidos
quando da prisão em flagrante, porém juntado aos autos da ação penal quando nesta estava pendente de
julgamento apenas o agravo de instrumento interposto contra a decisão que inadmitira o recurso especial
e que acabou por não ser conhecido...
REsp 1660333 / MG
Sexta Turma - 2017
STJ:
Esta Corte Superior de Justiça tem entendido que a justificação criminal se destina à obtenção de prova
nova com a finalidade de subsidiar eventual ajuizamento de revisão criminal, " 'não é a Justificação,
para fins de Revisão Criminal uma nova e simples ocasião para reinquirição de testemunhas ouvidas
no processo da condenação, ou para arrolamento de novas testemunhas' (STF, HC 76.664, 1.ª Turma,
Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 11/09/1998) (RHC 36.511/PR, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA
TURMA, julgado em 15/10/2013, DJe 25/10/2013).
AgRg no AREsp 859395 / MG
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL – 10/05/2016
É possível a Justificação Criminal quando ainda não há trânsito em julgado?
STJ:
1. Dada ampla oportunidade à defesa para a realização da prova oral no curso do processo penal de co-
nhecimento, momento adequado para a cognição exauriente do thema probandum, inviável em sede
de justificação a reabertura da instrução criminal, máxime quando não demonstrada claramente que a
prova que se pretende produzir seja dotada da característica da novidade. 2. Além disso, o processo não
havia alcançado termo quando do pedido de justificação, ou seja, ainda não havia trânsito em julgado, o
que mostra desarrazoada a pretensão de produzir concomitantemente prova relativa à mesma ação penal
com vistas a futura revisão criminal. 3. Recurso a que se nega provimento.
RHC 69390 / SP
RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS
Sexta Turma - 2016

CPC
Art. 381
(...)§ 5o Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum fato ou
relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em petição circunstanci-
ada, a sua intenção.

www.cers.com.br 9
Onde peticionar a Justificação?
Para verificar esse dado, é importante analisar qual foi o crime cometido e qual foi o local.
Tal critério de definição é definido pela Jurisprudência.
A justificação deve ser realizada no juízo de primeiro grau, uma vez que o juízo de revisão não admite fase
instrutória e em razão da necessidade de ser observado o princípio do contraditório, sob pena de insegu-
rança jurídica

ENDEREÇAMENTO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
__________ (regra geral)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
(Crimes da Competência da Justiça Federal)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CO-
MARCA DE _______ (crimes de competência do Juizado Especial Criminal)

Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número __, expedida pela
___inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ___, residência e domicí-
lio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem a Vossa Ex-
celência, vem propor
JUSTIFICAÇÃO CRIMINAL
Com fundamento no artigo 3º do Código de Processo Penal c/c artigo 381, parágrafo 5º do Código de Pro-
cesso Civil, tendo por objetivo a produção antecipada de provas a serem utilizadas em sede de Revisão
Criminal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

DOS FATOS
Falar de forma objetiva os pontos mais importantes que ensejam a propositura da Justificação Criminal.
Narrar como o evento novo surgiu, o que apareceu após o trânsito em julgado.

DO DIREITO
Indicar qual é a prova que precisa ser produzida.
Não há preliminares ou teses a serem alegadas.

DO PEDIDO
Deve-se fazer o pedido pleiteando o recebimento da Justificação Criminal, a intimação das testemunhas
____ para comparecer à audiência a ser designada, caso exista testemunha a ser ouvida. Deve-se requerer
ainda que efetuada a justificação, seja a mesma homologada por sentença, sendo os autos entregues ao
requerente.

Atenção ao artigo 319, V do CPC!

Para fins fiscais, atribui-se à causa o valor de ______, nos termos do artigo 319, V do Código de Processo
Civil.
Termos em que
Pede deferimento
Comarca, data
Advogado, OAB

Caso exista pedido de oitiva de testemunhas, é necessário indicar o rol de testemunhas


Rol de testemunhas:
1.
2.
3.

www.cers.com.br 10
www.cers.com.br 11

Das könnte Ihnen auch gefallen