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Deverá ser a reclamada condenada, ainda, à retificação da CTPS, para que conste
como data de baixa e extinção do pacto laboral o dia 09.10.2017.
Desta feita, observado que havia jornada excedente à 8a hora diária e/ou à 44a
semanal, merecem ser estas horas satisfeitas com adicional de 50%, com integração
nos repousos semanais e, após, pelo aumento da média remuneratória, com reflexos
em aviso prévio, férias com o 1/3 legal, gratificação natalina, e FGTS com 40%.
Dessa forma, fulcro art. 790, § 3º da CLT, tendo em vista que a reclamante percebia
salário inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social, e que no momento encontra-se desempregada, merece
ser concedido, de plano, o benefício da Justiça Gratuita, dispensando a mesma do
recolhimento de custas, honorários periciais, honorários advocatícios à parte contrária,
em caso de sucumbência, e emolumentos.
Sucessivamente, caso não aplicado o art. 99, § 3º do CPC, requer, desde já, a
aplicação do § 2º do mesmo dispositivo legal c/c Súmula nº. 263 do Egr. TST, devendo
o Juízo indicar a documentação que entende pertinente para a comprovação do direito
postulado, abrindo-se prazo para que a reclamante proceda à respectiva juntada, tudo
na forma dos artigos 769 da CLT e 15 do CPC.
Pois bem. O princípio da norma mais favorável, como desdobramento dos princípios
da isonomia e proteção, conceitualmente é a aplicação ao empregado da norma mais
favorável existente no ordenamento jurídico vigente. Para se aplicar a norma mais
favorável ao empregado, pode-se inclusive desprezar a hierarquia das normas
jurídicas, cuja análise fica em um segundo plano.
Assim, tem-se que a norma mais favorável, quanto à extensão e abrangência da “AJG”
reside no art. 98, § 3º do CPC, o qual prevê, em sua redação:
O mesmo raciocínio se aplica ao art. 791-A, § 4º da CLT, o qual dispõe que, “vencido
o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que
em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade
(...)”.
O trecho acima grifado merece, de igual forma, ser declarado inconstitucional, eis que
a concessão de Justiça Gratuita implica necessariamente no reconhecimento de que
o beneficiário não possui condições de litigar sem prejuízo de seu sustento e de sua
família, na linha do art. 14, § 1º da Lei 5.584/70. Esta premissa se alicerça nas
garantias constitucionais de acesso à jurisdição e do mínimo material necessário à
proteção da dignidade humana (CF/88, art. 1º, inciso III e art. 5º, inciso LXXIV). Por
conseguinte, os créditos trabalhistas auferidos por quem ostente tal condição não se
sujeitam ao pagamento de custas e despesas processuais, salvo se comprovada a
perda da condição.
A.1) Seja a reclamada condenada à retificação da CTPS, para que conste como data
de baixa e extinção do pacto laboral o dia 09.10.2017, fixando-se multa diária a título
de astreintes para o caso de descumprimento da obrigação;inestimável, por ora.
A.2) O pagamento de 1/12 a título de 13º salário proporcional, o qual deverá ser
satisfeito com reflexos em férias com o 1/3 legal, gratificação natalina e FGTS com
multa de 40%; R$ 125,26
D) O pagamento de 15 minutos diários como extra (de segunda à sexta-feira, por todos
os dias efetivamente trabalhados), fulcro art. 384 da CLT, com adicional de 50%,
integração nos repousos semanais remunerados e, após, pelo aumento da média
remuneratória, com reflexos em aviso prévio, férias com o 1/3 legal, gratificação
natalina, e FGTS com 40%; R$ 2.651,86
E) Caso o reclamante tenha que arcar com alguma parcela a título de Imposto de
Renda, seja observada a natureza de cada parcela deferida, determinando-se
recolhimentos somente se as parcelas mensais devidas, assim calculadas,
ultrapassarem o limite de isenção mensal, aplicando-se o anexo III da IN RFB
1.558/2015.
E.1) A isenção dos juros de mora quanto aos recolhimentos fiscais, fulcro Súmula 53
do Egr. TRT da 4ª Região, bem assim, quanto aos recolhimentos previdenciários seja
observado o valor do teto máximo de contribuição previsto pela Previdência Social.
F) Para a correção monetária seja utilizado o FACDT do mês em que foi gerado o
débito. Caso não seja admitido o acima exposto, seja adotado o FADCT do dia
seguinte ao vencimento da obrigação, nos termos da Súmula nº. 21 deste Egr. TRT4.
H.1) caso este MM. Juízo entenda que a documentação comprobatória da situação de
pobreza da reclamante, ora acostada, é insuficiente à comprovação do estado
hipossuficiente alegado, requer a aplicação do § 3º do art. 99 do CPC, presumindo-se
verdadeira a declaração firmada pela reclamante, documento este que também instrui
a presente peça;
H.2) Sucessivamente, caso não aplicado o art. 99, § 3º do CPC, requer a aplicação do
§ 2º do mesmo dispositivo legal c/c Súmula nº. 263 do Egr. TST, devendo o Juízo
indicar a documentação que entende pertinente para a comprovação do direito
postulado, abrindo-se prazo para que a reclamante proceda à respectiva juntada, tudo
na forma dos artigos 769 da CLT e 15 do CPC;
J) Provar os fatos alegados por todos os meios de provas admitidos em direito, tais
como: documentos, perícias, depoimento pessoal, testemunhas, requerimentos e
outras, se necessário for, com a aplicação do art. 3º, VII da IN 39 do TST, bem assim
do art. 373, § 1º do CPC e art. 818, § 1º da CLT;
L) Por ser pobre e não ter condições de arcar com as despesas processuais e com
advogado, o benefício da Assistência Judiciária Gratuita, atendendo aos requisitos das
Leis 1.060/50, 5.584/70 e 7.115/83;
M) Caso a reclamada não venha a ser localizada, sendo necessária sua notificação
por Edital, requer, desde já, seja deferida a conversão do rito sumaríssimo para o rito
ordinário, a fim de evitar prejuízo à parte autora, a fim de evitar nulidade, fulcro artigos
794 e 795 d CLT;
Nestes termos,
Pede deferimento.