Sie sind auf Seite 1von 5

FICHAMENTO

KOLBERT, Elizabeth. A sexta extinção: uma história não natural. 1. Ed. Rio de Janeiro:
Intrínseca, 2015.

Prólogo
"[...] o surgimento de uma nova espécie há mais ou menos duzentos mil anos. A espécie
ainda não tem nome ― nada tem nome ―, mas tem a capacidade de nomear as coisas".
(p. 9)
“Nenhum dos obstáculos mais comuns em relação a hábitat ou geografia parece detê-
los”. (p.9)
“Em todos os lugares onde se estabelecem, se adaptam e inovam” (p. 9)
"[...] o processo continua durante mil anos, até a espécie [...] se espalhar por quase todos
os cantos do planeta”. (p.10)
“[...] várias coisas acontecem mais ou menos ao mesmo tempo para permitir que o
Homo sapiens [...] se reproduza numa escala sem precedentes”. (p.10)
“Vastas florestas são destruídas. [...] deslocam organismos de um continente para outro,
reorganizando a biosfera”. (p.10)
“Após descobrirem reservas de energia subterrâneas, os seres humanos começam a
alterar a composição da atmosfera. Isso, por sua vez, modifica o clima e a química dos
oceanos”. (p.10)
“Os níveis de extinção disparam, e a trama da vida se transforma”. (p.11)
“Nenhuma criatura alterou a vida no planeta dessa forma, mas, ainda assim, já
ocorreram eventos comparáveis”. (p.11)
“[...] no passado remoto, o planeta sofreu mudanças tão violentas que a diversidade da
vida despencou de repente. Cinco desses antigos eventos tiveram um impacto
catastrófico o suficiente para merecer uma única categoria: as Cinco Grandes
Extinções” (p.11)
“Se a extinção é um assunto mórbido, a extinção em massa é um assunto muito mais”.
(p.11)

CAPÍTULO I: A SEXTA EXTINÇÃO - Atelopus zeteki


‘Há cerca de uma década, era fácil avistar rãs-douradas-do-panamá nas montanhas ao
redor de El Valle’. (p.14)
“Então as rãs em torno de El Valle começaram a desaparecer”. (p.14)
“[...] um grupo de biólogos [...] concluiu que a rã-dourada-do-panamá corria sério
risco. Tentaram, então, preservar o que restava da população e removeram da floresta
algumas dezenas de cada sexo para criá-las num abrigo. Contudo, o agente misterioso
que estava matando aquelas rãs avançou mais rápido do que os biólogos temiam”.
(p.14)
“Wake e Vredenburg argumentam que, com base nas taxas de extinção dos anfíbios, um
evento com um potencial semelhante de catástrofe estava em curso”. (p.15-16)
“Na primeira vez que visitei o Evacc, Griffith me mostrou as representantes das
espécies que agora são consideradas extintas na natureza. Entre elas, além da rã-
dourada-do-panamá,[...]” (p.19)
“Quando os primeiros relatórios sobre o declínio das populações de rãs foram
divulgados, poucas décadas atrás, algumas das pessoas mais versadas nesse campo
foram as mais céticas. Afinal, os anfíbios estão entre os grandes sobreviventes do
planeta”. (p.20)
“[...] os anfíbios pareciam estar desaparecendo não apenas de áreas populosas e
degradadas, mas também de lugares relativamente intocados [...]”(p.21)
“Espécies raras e bastante adaptadas estavam sumindo, assim como muitas espécies
mais conhecidas”. (p.22)
“Um veterinário patologista [...] descobriu um microorganismo estranho na pele dos
animais, que por fim foi identificado como um fungo pertencente a uma divisão
chamada Chytridiomycota”. (p.22)
“Deram-lhe o nome de Batrachochytrium dendrobatidis ― batrachos, em grego,
significa “sapo” ―, abreviado para Bd”. (p.22)
“Pesquisas subsequentes mostraram que o Bd interfere na capacidade das rãs de
absorver eletrólitos importantes através da pele, levando-as a sofrer o que é, na verdade,
um ataque cardíaco” (p.22-23)
“[...] o fungo Batrachochytrium dendrobatidis não precisa dos anfíbios para sobreviver”.
(p.23)
“[...] se as rãs douradas-do-panamá do Evacc aos poucos fossem reintroduzidas nas
montanhas ao redor de El Valle, elas adoeceriam e morreriam”. (p. 24)
“Em tempos normais [...] é muito raro ocorrer uma extinção [...] e só ocorre dentro de
um fenômeno que é conhecido como taxa de extinção de fundo”. (p. 24)
“As extinções em massa são diferentes. Em vez de um zumbido ao fundo, há um
estrondo, e as taxas de extinção disparam”. (p.25)
As extinções em massa podem ser definidas “[...] como eventos que eliminam uma
‘parcela significativa da biota global num espaço de tempo geologicamente
insignificante’” (p.25)
“Ainda não foi feito um cálculo rigoroso da taxa de extinção de fundo para os anfíbios
[...]” (p.26)
No entanto, “[...] as chances de um indivíduo testemunhar esses eventos deveriam ser
nulas. Griffith já observou diversas extinções de anfíbios”. (p.26)
“Hoje, os anfíbios desfrutam da distinção dúbia de ser a classe mais ameaçada do
mundo no reino animal [...]” “Mas as taxas de extinção entre vários outros grupos estão
se aproximando do nível da dos anfíbios” (p.27)
“Existem todos os tipos de razões aparentemente incompatíveis para o desaparecimento
dessas espécies. Mas, se o processo for rastreado com profundeza suficiente, o mesmo
culpado será achado: ‘uma espécie daninha’”. (p.27)
“Uma teoria diz que o Bd foi movido pelo mundo afora com cargas de rãs africanas da
espécie Xenopus laevis, usadas em testes de gravidez nos anos 1950 e 1960”. (p.27)

CAPÍTULO II: OS MOLARES DO MASTODONTE – Mammut americanum


“A EXTINÇÃO TALVEZ SEJA a primeira ideia científica com a qual as crianças de
hoje em dia precisam lidar”. (p.32)
“A extinção só surgiu como um conceito na França revolucionária [...]”.(p.33)
“Isso aconteceu em grande parte graças a um animal, a criatura hoje em dia chamada de
mastodonteamericano, ou Mammut americanum, e um homem — o naturalista Jean-
Léopold-Nicolas-Frédéric Cuvier [...]”.(p.33)
“Não se sabe ao certo quando os europeus se depararam pela primeira vez com os ossos
de um mastodonte-americano”. (p.34)
“’O que aconteceu com esses animais enormes, dos quais não se acham mais quaisquer
vestígios de vida?’, perguntou. A questão, tal como formulada por Cuvier, continha a
resposta em si mesma. Aquelas eram espèces perdues, ou espécies perdidas”. (p.38)
“Com base em alguns ossos espalhados, Cuvier concebera um modo totalmente novo de
se observar a vida. As espécies se extinguiam. Não se tratava de um fenômeno isolado,
mas, sim, amplamente difundido”. (p.39)
“Com sua conferência sobre ‘as espécies de elefantes, tanto as vivas quanto as
fossilizadas’, Cuvier conseguiu estabelecer a extinção como um fato”. (p.42)
“À época, os estudos de estratigrafia eram embrionários, mas já se sabia que diferentes
camadas de rochas tinham sido formadas ao longo de diferentes períodos. O
plesiossauro, o ictiossauro e o dinossauro ainda sem nome haviam todos sido
descobertos em depósitos de calcário que eram atribuídos ao que na época se chamava
era Secundária e que hoje conhecemos como era Mesozoica. O mesmo ocorrera com o
ptero-dactyle e o mosassauro. Esse padrão levou Cuvier a outra percepção
extraordinária sobre a história da vida: ela possuía uma direção. As espécies perdidas
cujos vestígios podiam ser encontrados próximos à superfície terrestre, como os
mastodontes e ursos-das-cavernas, pertenciam a ordens de criaturas ainda vivas”. (p.49)
As ideias de Cuvier sobre essa história da vida ― de que era longa, mutável e repleta de
criaturas fantásticas que não existiam mais ― poderiam tê-lo transformado num
defensor natural da teoria da evolução. Mas Cuvier se opunha ao conceito de evolução,
ou transformisme, como diziam em Paris na época [...]”. (p.50)
“No cerne de seu entendimento sobre a anatomia, havia uma noção que ele chamava de
‘correlação das partes’. Com isso, o cientista queria dizer que todos os componentes de
um animal se encaixavam e eram perfeitamente designados para seu modo de vida
particular”. (p.51)
“Após descartar o transformisme, Cuvier encontrou uma lacuna escancarada. Ele não
fazia ideia de como novos organismos podiam surgir nem dispunha de uma explicação
sobre de que maneira o mundo tinha sido povoado por diferentes grupos de animais em
diferentes épocas. Isso não parece tê-lo incomodado. Seu interesse, afinal de contas, não
estava na origem das espécies, mas no seu desaparecimento”. (p.52-53)
“Como sua opinião sobre o transformisme, a crença de Cuvier no cataclismo estava de
acordo com ― ou melhor, poderia se dizer que resultava de ― suas convicções sobre a
anatomia”. (p.53)
“Portanto, as mudanças que causaram as extinções deviam ter atingido magnitudes
muito maiores ― tão imensas que os animais não tinham sido capazes de se adaptar a
elas”. (p.53)
“[...] no que diz respeito ao mastodonte-americano, Cuvier estava, até certo ponto,
sinistramente correto. Ele concluiu que esses animais foram extintos cinco ou seis mil
anos antes, na mesma ‘revolução’ que matara o mamute e o Megatherium. Na verdade,
o mastodonte-americano desapareceu há cerca de treze mil anos. Sua extinção foi parte
de uma onda de desaparecimentos que se tornou conhecida como extinção da
megafauna. Essa onda coincidiu com a propagação dos seres humanos modernos e, cada
vez mais, é entendida como resultado dela. Nesse sentido, a crise que Cuvier identificou
logo antes do limite da história registrada fomos nós”. P. 55)

Das könnte Ihnen auch gefallen