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- Recursos naturais e actividades económicas
As terras nos Açores eram férteis para a produção de cereais e de
plantas tintureiras, muito procuradas nos mercados europeus.
A humidade dos solos permitiu o crescimento dos pastos onde se
desenvolveu a pecuária e, em consequência, a produção de lacticínios, ainda
hoje uma tradição açoriana.
Tanto a Madeira como os Açores representaram um importante papel
no decurso da expansão marítima através da sua estratégica posição
geográfica. Ao longo dos séculos XV e XVI serviram de apoio à navegação
atlântica e de local de abastecimento das embarcações.
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- Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe – entrepostos do tráfico
negreiro
Também Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe foram divididos em
capitanias e a sua colonização entregue a capitães-donatários.
Os solos secos de Cabo Verde e as doenças tropicais que atingiam
sobretudo os Europeus, dificultaram o seu rápido aproveitamento
económico. Por isso, o povoamento destas ilhas, foi realizado com o recurso
a escravos comprados ou capturados na costa africana.
O facto de estas ilhas estarem entre África e a América, fez com
que estas ilhas fossem importantes para o tráfico de escravos, que era um
dos negócios mais rentáveis da expansão.
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homem destemido que traçou um objectivo claro para o controlo do Índico:
dominar importantes cidades situadas em pontos estratégicos do Oriente.
Assim, conquistou Goa, em 1510, Malaca, em 1511, e Ormuz, em 1515.
De Malaca, enviou uma frota até às ilhas da Indonésia, que
possibilitaram explorar as ilhas Molucas e descobriu Timor em 1515. Os
portugueses estenderam na época as suas relações comerciais à China que
nos concede Macau, em 1557.
Portugal trazia do Oriente: especiarias (canela, pimenta e noz-
moscada), pedras preciosas, sedas, perfumes, madeiras exóticas e
porcelanas.
E levavam para o Oriente: moedas em ouro e prata, cobre e chumbo.
Com o objectivo de converter os povos orientais à fé cristã, foram
missionários que seguiam nas naus da carreira da Índia. S. Francisco de
Xavier, da Companhia de Jesus, destacou-se pela sua acção evangelizadora e
de missionação. Estes missionários, construíram igrejas e escolas e
acabaram por te rum papel muito importante na transmissão de
conhecimentos entre a Europa e a Ásia.
- A colonização do Brasil
Inicialmente, o rei português não achou interessante a colonização do
Brasil. Contudo, em 1534, durante o reinado de D. João III, deu-se a divisão
do território em 15 capitanias, entregues a capitães-donatários que estavam
obrigados a defender, a povoar e a aproveitar os recursos naturais do solo
brasileiro.
No entanto, houve rivalidade e conflitos entre os vários capitães-
donatários, o que obrigou o rei a abandonar o sistema de colonização.
Em 1549, foi criado o Governo-geral do Brasil e nomeado Tomé de
Sousa como governador-geral, com poderes políticos e militares sobre as
capitanias. Foi nesta altura que os portugueses fixaram a primeira capital do
Brasil na cidade de S. Salvador da Baía.
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- Os recursos naturais e as actividades económicas
Os primeiros produtos a serem comercializados para a Europa foram
o pau-brasil (usado em tinturaria) e os animais exóticos.
As características do clima e do solo brasileiro permitiram, mais
tarde, o cultivo da cana-de-açúcar, que passou rapidamente a ser o principal
produto do comércio.
Como era necessária muita mão-de-obra para a produção do açúcar,
foram trazidos escravos africanos para trabalharem no cultivo e fabrico do
açúcar.
Também foram enviados missionários para o Brasil, como o Padre
António Vieira, que se dedicou à transmissão da fé cristã, ao ensino e à
protecção dos indígenas contra a escravatura.