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EU, ORGULHOSO?

Pv 16. 18-19. 18 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. 19 Melhor é


ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos.
Você é orgulhoso? Eu orgulhoso?
Seria bom termos primeiro uma definição para iniciar nossa conversa.
ORGULHO, substantivo masculino.
1. sentimento de prazer, de grande satisfação com o próprio valor, com a própria honra.
2. sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor-próprio; arrogância,
soberba.
3. atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; vaidade, insolência.
4. aquilo ou aquele de que(m) se tem orgulho.
ORGULHOSO, adjetivo
1. que tem ou causa orgulho.
2 . que manifesta orgulho ostensivo, vaidade exagerada.
3. que desvaloriza, reage com desprezo ao que não considera à sua altura. aquele que de-
monstra exagerado orgulho e amor-próprio.
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1 Co. 13.12: Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face
a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.
Paulo de Tarso, escrevendo ao povo de Corinto, expressa que atualmente nos vemos como
por um espelho, parcialmente, mas que haveríamos de nos conhecer como verdadeiramente
somos.
Esta descoberta facilita o não desenvolvimento de sentimentos egoísticos e permite nos en-
xergarmos sem os adereços personalísticos que maioria de nós cria e cultiva, isto é, sem a
supervalorização do eu.
Quando perguntados se somos orgulhosos temos nós todos a tendência de achar que não
somos, mas vamos examinar um pouco mais de perto essa questão para poder perceber que
o orgulho tem várias faces e disfarces e em suas diversas maneiras ele se manifesta em nos-
sas vidas.
O orgulho é muito difícil de ser discernido porque, por sua própria natureza, leva a pessoa
a ter um conceito alto demais de si própria.
Normalmente a pessoa que pensa de si acima do que deve está totalmente inconsciente
desse fato. Ela pensa, pelo contrário, que a opinião que tem de si está bem fundamentada e
que, portanto, não é um conceito elevado demais.

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Como resultado, não existe outro assunto no qual o coração esteja mais enganado e mais
difícil de ser sondado. A própria natureza do orgulho é criar autoconfiança e expulsar qual-
quer suspeita de mal em relação a si próprio.
O orgulho toma muitas formas e manifestações e envolve o coração como as camadas de
uma cebola – ao se arrancar uma camada, existe outra por baixo dela.
Por isto, precisamos ter a maior vigilância imaginável sobre nossos corações com respeito a
essa questão e clamar àquele que sonda as profundezas do coração para que nos auxilie.
Quem confia em seu próprio coração é insensato.
Este império do eu se reflete na maioria dos comportamentos de orgulho que se caracteriza
por uma paixão crônica por si mesmo.
Este "amor" próprio se revela, porém, em muitas faces. O melindre é o orgulho na mágoa.
A pretensão é o orgulho nas aspirações. A presunção é o orgulho no saber. O preconceito é
o orgulho nas concepções. A indiferença é o orgulho na sensibilidade. O desprezo é o orgu-
lho no entendimento.
A vaidade é o orgulho do que se imagina ser. A inveja é o orgulho perante as vitórias alhei-
as. A falsa modéstia é o orgulho da "humildade artificial". A prepotência é o orgulho de po-
der. A dissimulação é o orgulho nas aparências.

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Analisando nesta amplitude conceitual é muito difícil não constatar o quão orgulhosos so-
mos. Ainda assim, muitas pessoas não conseguem realizar este autodiagnóstico, afirmando
"orgulhoso eu?".
Dois pesquisadores do comportamento humano, Joseph Luft e Harry Ingham, lançaram, há
mais de quarenta anos, um modelo de compreensão da percepção das atitudes humanas
que ficou conhecido como a Janela de Johari e que pode facilitar na identificação do orgulho
humano.
Trata-se de uma soma daquilo que somos com aquilo que os outros percebem em nós e
não é conhecido por nós. Estas somas revelam quatro áreas de conhecimento do indivíduo:
(1) O eu aberto, que representa o nosso comportamento manifesto, conhecido por nós e
pelos outros;
(2) o eu cego, que representa nosso comportamento que é facilmente percebido pelos ou-
tros, mas do qual não temos consciência;
(3) o eu secreto, que abrange as coisas que conhecemos sobre nós, mas escondemos dos
outros, variando desde aspectos insignificantes até os mais importantes e
(4) o eu desconhecido, que se refere às coisas que desconhecemos sobre nós, as quais os
outros também não têm acesso, como, por exemplo, potencialidades escondidas e traços de
personalidade ainda inconscientes.
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O orgulho pode estar localizado em qualquer uma destas áreas, mas normalmente pode ser
encontrado no eu cego, onde os outros percebem, mas não conseguimos enxergar.
Há diversos ângulos para o orgulho, uma vez que sua manifestação é variada. O orgulho-
so, por exemplo, é alguém que se compara o tempo inteiro aos outros.
Ele se compara para elevar-se sobre os demais. Por consequência, possui uma excessiva
preocupação com a opinião do outro sobre si que se transforma numa espécie de neurose.
O orgulhoso é alguém que está sempre diminuindo o valor dos esforços alheios e, desta
forma, é alguém que atrai antipatia e indiferença.
O orgulhoso, achando-se "o rei da cocada preta" valoriza o que não é, mas desejaria ser, o
que o leva a pensar e a sentir que tudo que faz ou tem é melhor do que o do outro. Aí é que
ele se aprisiona nas teias da ilusão, pois cria seu mundinho à parte e dá a ele vida intensa.
O personalismo, é talvez a forma mais concreta de identificação do orgulho. O personalis-
mo é atitude do indivíduo que tem a si próprio como ponto de referência de tudo o que ocor-
re à sua volta, essa pessoa é altamente egocêntrica e tudo que não se encaixa em suas defi-
nições e práticas não é bom.
O personalista tem comportamentos irredutíveis, quer seja de forma velada ou clara, ele se
recusa a aprender com os outros pois acha que o que precisa para viver ele aprendeu sozi-
nho.
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O orgulho se manifesta também na vaidade intelectual, dificuldade de conviver pacifica-
mente com a diversidade humana; manipulação interpretativa de conceitos; autoritarismo
nas decisões;
O orgulhoso é alguém que boicota na cooperação a projetos que partam de outras cabe-
ças; Ele é uma pessoa que se desgasta rapidamente ante as cobranças e correções.
O orgulhoso está sempre numa sistemática competição para produzir além dos outros e da
capacidade pessoal;
Além disso o orgulhoso tem uma grande fixação dos valores que possui; pretensões de
destaque; vício de ser elogiado e apego às próprias obras, até porque "Narciso acha feio o
que não é espelho".
O personalista é alguém que não sabe dialogar, não sabe dividir, não sabe trocar, não sabe
ouvir. Eis o grande desafio a ser vencido pelo orgulhoso.
O orgulho é o pai da discórdia, que exagera o sentido de uma pequena ofensa, coloca uma
vantagem em cima da raiva, e tem muitas vezes oferecido espetáculos, que encheram as ce-
nas com sangue e lágrimas.
A humildade produz paciência, porque ela faz um homem se sentir inferior aos seus pró-
prios olhos, daquilo que ele é, na opinião dos outros.

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O orgulho trata os outros com desprezo e censura, e, assim, os provoca para transformar a
reverência em desprezo e o amor em ódio.
O homem, no estado de inocência imaculada, quando todas as perfeições do corpo e da
mente entraram em sua constituição, com todos as suas graças, foi corrompido pelo orgulho.
“Sereis como deuses”, foi a tentação que lhe corrompeu. Desordem prodigiosa! Seu orgulho
começa quando termina sua verdadeira glória, e sua humildade termina quando começa a
sua vergonha.
Na natureza depravada do homem, o orgulho é o pecado radical reinante, que primeiro vive
e depois morre. É chamado de “o orgulho da vida.”, I Jo 2.16.
1 Jo 2.16 porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos
olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.
Orgulho brota no coração de uma criança, e continua até a velhice. Outros vícios têm suas
épocas, que quando expiram eles murcham e decaem. Prazeres carnais mudam suas nature-
zas, e tornam-se desagradáveis, com o passar do tempo, mas o orgulho floresce e cresce em
todas as idades.
Agora, é geralmente em vão dar conselhos de sabedoria para aqueles que estão afundados
em orgulho. O orgulho (soberba) da vida se une com a concupiscência da carne e dos olhos.

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O orgulho degradou o homem da honra de sua criação, para a condição dos animais que pe-
recem, e o expulsou do paraíso.
Tg 4:6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça
aos humildes. O orgulho está na dianteira daqueles pecados que Deus odeia, e são uma
abominação para ele: “Um olhar orgulhoso”, que raramente é dissociado de um coração or-
gulhoso.
Deus “olha para longe do orgulhoso com um desprezo santo.” Ele resiste aos soberbos. O
orgulho é o mais pernicioso de todos os vícios; porque qualquer vício é o oposto de sua vir-
tude contrária: impureza expulsa castidade; a cobiça, a liberalidade; o orgulho, como uma
doença infecciosa, mancha as partes sadias, corrompe as ações de todas as virtudes, e as
priva de sua verdadeira graça e glória.
2 Co 12. 7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me
posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não
me exalte.
O orgulho é tão ofensivo a Deus, que Ele toma providências para corrigir o orgulho. Quan-
do o apóstolo esteve perante a tentação do orgulho, por suas visões celestiais, foi permitido
a um mensageiro de Satanás esbofeteá-lo.

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O orgulho afasta as pessoas de Deus, porque o ser humano orgulhoso não aceita conselhos
e se ouve alguns, tenta achar um meio de mostrar que sabe mais do que os outros. A pes-
soa orgulhosa acha que não precisa de ninguém para resolver seus problemas.
A solução para vencer o orgulho é procurar a humildade. Esta palavra expressa o sentido
que se busca na superação do orgulho.
Mt 5. 3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
A etimologia da palavra humildade é a mesma das palavras humano e húmus. A raiz latina
hum significa aquilo que vem da terra.
Assim, humilhar originalmente quer dizer aquele que numa luta colocava o outro no chão.
Humildade, bem apropriado, é aquele que mantém os pés no chão.
Ser humilde é aquele que tem consciência do que é, nem mais nem menos. É aquele que
reconhece os seus limites e suas qualidades.
É aquele que está em sintonia com a realidade, com a verdade. É aquele que está apto a
ouvir o outro, viver em harmonia com o outro.
Algumas posturas de humildade podem e devem ser exercitadas como emitir opiniões sem
fixar-se obstinadamente na ideia de serem as melhores.

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Aprender a discernir os limites entre convicção e irredutibilidade nos pontos de vista; ouvir
a discordância alheia acerca de nossas ações sem sentimento de perda ou melindre.
Cultivar abnegação na apresentação dos projetos nascidos no esforço pessoal, expondo-os
para análise grupal; evitar difundir excessivamente o que já fez;
Disciplinar e enobrecer o hábito de fazer comparações; acreditar que a colaboração pessoal
sempre poderá ser aperfeiçoada;
Pedir desculpas quando errar; ter metas sem agigantá-las na sua importância frente às in-
certezas do futuro; admitir para si sentimentos de mágoa e inveja; ser simples;
Ter como única expectativa nas participações individuais o desejo de aprender e ser útil e
delegar tarefas, mesmo que acredite que outro não dará conta de fazê-la tão bem quanto
você.
O mundo materialista em que vivemos, sem dúvida, é um grande alimentador do orgulho
pessoal, o que torna mais difícil superá-lo, pois somos estimulados constantemente pelos ho-
lofotes da vaidade, pela luta competitiva do dia-a-dia e pela valorização das aparências.
Jesus, a maior celebridade de todos os tempos, era, acima de tudo, humilde. Sendo quem
era poderia reivindicar outro tratamento, querer ser "paparicado" ou exigir que todos o reve-
renciassem pela sua posição superior.

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Em vez disso, deu lições contínuas de humildade, tanto que ensinou que "o Reino de Deus
não vem com a aparência exterior", que "aquele que se exaltar seria humilhado" e que "os
últimos seriam os primeiros".
Para tratar o orgulho
1. Considere as coisas que podem aliviar o orgulho e a vaidade. A Bíblia diz que a verdadei-
ra sabedoria é conhecer a Deus. E Agostinho disse que conhecendo a Deus conhecemos a
nós mesmos.
Deus é o eterno Jeová, “e não há outro além dele.” Somente Ele tem uma existência inde-
pendente e infinita. Todas as criaturas são dependentes de sua eficiência: cada centelha de
vida é dele.
Sem o mínimo esforço de seu poder, ele fez o mundo, e facilmente o governa. Ele habita
em luz inacessível, não somente aos olhos mortais, mas para os anjos imortais. Ele é o único
ser sábio, bom, e imortal.
Não há ninguém absolutamente grande, senão Deus, que é verdadeiramente infinito. No
céu, onde os espíritos bem-aventurados têm a vista mais imediata e plena da divindade “so-
mente o Senhor é exaltado.”

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2. Busque o conhecimento da palavra de Deus. A humildade é especialmente recomendada
no evangelho como a mais amável e excelente graça. Fp 2. 3 Nada façais por partidarismo
ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.
Muitas excelentes promessas são feitas aos humildes. Eles são declarados bem-aventurados
por nosso Salvador, que não são ricos em tesouros terrenos, mas pobres em espírito; Deus
revivificará o espírito dos humildes; ele vai dar graça aos humildes, e ouvir as suas orações.
Estamos certos de que o Senhor é elevado, mas ele se inclina para os humildes; ele afirma
sua estima e amor por eles, e os conforta; a humildade atrai o olhar e o coração do próprio
Deus. Jó nunca foi mais aceito por Deus do que quando ele abominou a si mesmo.
O Filho de Deus desceu do céu, para estabelecer diante de nós um modelo de humildade.
Ele de uma maneira especial nos instrui nesta lição: “aprendei de mim, porque sou manso e
humilde.”
Nunca a glória poderia subir mais alto do que em Sua pessoa, nem a humildade descer
mais baixo do que em Suas ações. Há registradas as mais profundas passagens de humilda-
de em todo o curso da sua vida desprezada e com sofrimentos ignominiosos. O que pode ser
mais honroso do que imitar o humilde Rei da Glória?
Você que é orgulhoso, não gosta de ouvir conselhos e não gosta de ser corrigido por achar
que sabe tudo, faça uma análise em sua vida e veja o que já perdeu ou deixou de ganhar
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por causa do seu orgulho. Veja quantas coisas erradas já fez por não ouvir bons conselhos.
Para você que é assim, admita isso diante de Deus; admita que é um defeito seu e que por
causa disso já cometeu muitos erros. Peça a Ele que te mude, que te ensine a viver e ser
humilde!
Muitas vezes você deixa de ouvir alguém que pode te dar bons conselhos por causa do seu
orgulho, por achar que é sábio. Deus pode usar qualquer pessoa para falar com você. Ele
pode usar uma pessoa simples, sem instrução para te dar um conselho e você não dar aten-
ção por ser muito orgulhoso. Por isso não se ache melhor nem mais sábio do que os outros,
pois Deus pode estar te dando uma oportunidade através do conselho de alguém.

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