Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Alan Silva
Almir César de Alcântara Júnior
Israel Lemos
Jeferson Lima de Araújo
Leanne Jakelliny Estevão de Melo Alves
Osvaldo Nogueira de Souza Filho
Rosilene Tenório
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5
2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 6
2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................ 6
2.2. Objetivos Específicos ................................................................................................. 6
3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 6
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 8
4.1. Conceito de Acidente do Trabalho ........................................................................... 8
4.2. Normas Regulamentadoras ....................................................................................... 9
4.3. NR 18 e PCMAT ...................................................................................................... 10
4.4. Riscos de Acidentes na Construção Civil ............................................................... 12
4.5. Dados Estatísticos .................................................................................................... 12
4.6. Pesquisa de Campo .................................................................................................. 15
5. RESULTADOS ................................................................................................................ 17
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 21
REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 22
4
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
A segurança do trabalho em empresa de qualquer porte ou área de atendimento é um
dos fatores de maior importância tendo em vista os custos que acidentes podem gerar à empresa
e à União. Além do fator social que engloba questões qualitativas e valores além de financeiros,
como a vida de um colaborador de uma empresa. A gestão do meio ambiente e
consequentemente a melhoria na segurança e saúde no ambiente de trabalho é proporciona o
aumento da produtividade diminuindo o custo final, devido à diminuição de paradas no decorrer
do processo, absenteísmo decorrentes de acidentes e/ou doenças ocupacionais (BERGAMINI,
1997 apud QUELHAS; ALVES: FILHARDO, 2003). A indústria da Construção Civil é uma
área de atuação das mais antigas no mundo e cresce à medida que há o aquecimento da
economia que impulsiona novos gastos nesse setor, assim se tornando essencial o conhecimento
técnico da aplicabilidade de leis e normas regulamentadoras no quesito de segurança do
trabalho.
O governo brasileiro, através do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS)
se sobressai em relação à exigência de aplicação de procedimentos de segurança do trabalho
com a criação de Normas Regulamentadoras de segurança desde a década de 1970 e que, ao
passar dos anos, vem sendo constantemente avaliadas e modificadas em sentido de melhoria
constante e busca da efetividade de suas ações. Totalizando 36 normas de segurança, o MTPS
busca o controle das ações das empresas dos mais variados setores e normatiza os
procedimentos de segurança a serem adotados e posterior controle através de inspeção das
conformidades. Através das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs), regulamentadas pelo
Decreto Lei Nº5.452 de que estabelece as diretrizes dos direitos e deveres do empregador,
empregado e Estado através da Lei de Consolidação dos Direitos Trabalhistas (CLT) de 1943,
publicado no governo do Presidente Getúlio Vargas, e que visava garantir direitos aos
trabalhadores da época, a fiscalização das empresas é realizada no território que abrange a área
de atuação das DRTs que tem seus limites de jurisdição estabelecidos pelo Lei Nº 6.514 de
1977 que altera e dá outras providências ao Título V da CLT de 1943 (BRASIL, Decreto-Lei
Nº 5.452 e Lei Nº 6.514).
De acordo com o Senai [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial] (2016) o setor
da construção civil é dinâmico e amplo tendo uma vasta gama de possibilidades de atuação,
porém necessita de treinamento a fim de compreender as necessidades do setor de maneira
satisfatória e, consequentemente a demanda da sociedade. A temática envolvendo o termo
Saúde e Segurança no Trabalhado (SST) tem aumentado a visibilidade em termos de mercado
mundial em vista a preservação da qualidade de vida e saúde do colaborador como indicadores
6
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Identificar os problemas existentes em aplicar a legislação referente à segurança do
trabalho, especialmente em empreendimentos de construção civil em relação à Norma
Regulamentadora 18.
3. METODOLOGIA
A pesquisa será realizada nos campos das Engenharias I e III correspondentes
respectivamente à Engenharia Civil e Engenharia de Produção numa clara complementação das
áreas no que se refere à segurança do trabalho em empreendimentos de construção civil, pois a
área de avaliação Engenharias I corresponde à parte técnica da construção e a áreas de avaliação
Engenharias III corresponde, também, à Engenharia de Produção e tem como subárea de
avaliação a Higiene e Segurança do Trabalho(CAPES, 2012).
Em relação aos objetivos, a pesquisa classifica-se como exploratória, à medida em que
pretende “proporcionar maior familiaridade com o problema” (GIL, 1991, p. 45) tornando-os
explícitos e construindo hipóteses a partir da identificação das dificuldades encontradas ao
longo do processo de construção do projeto. Para identificação dos problemas, em face aos
objetivos, serão realizadas pesquisas e meio eletrônico que forneçam base de dados para
comparação ao eu se propõe à disciplina e assim fornecer modelo comparativo qualitativo.
Quanto aos procedimentos técnicos Gil (1991) afirma que possuir contato direto e participativo
7
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1. Conceito de Acidente do Trabalho
De acordo com o artigo 19 da Lei Nº 8.213, acidente de trabalho:
normas para conseguir alcançar êxito em sua proposta. Outras normas aplicadas
concomitantemente com a NR 18 são as Normas 8, 9, 10, 11 12 e 17, por exemplo. Cada
conjunto de normas será aplicado de acordo com a relevância do caso estudado.
4.3. NR 18 e PCMAT
A Norma Regulamentadora 18 trata das Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção e estabelece as diretrizes administrativas, no âmbito do planejamento
e organizacional objetivando implementar medidas que permitam o controle dos sistemas de
produção com base na prevenção de acidentes e promoção da segurança e saúde dos
colaboradores no meio ambiente de trabalho da indústria da construção civil (NR 18, 2015).
O objetivo fundamental do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção (PCMAT) é a prevenção de acidentes devido a exposição de riscos por
meio do acesso à informação e treinamento eficiente diminuindo, ou mesmo mitigando, a
probabilidade de riscos no ambiente da construção, descritos no item 3 da NR 18 que determina
a obrigatoriedade de implementação do programa em estabelecimento que conte com 20 ou
mais trabalhadores. O PCMAT deve contar com a implementação obrigatória da NR 9 –
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e deve ser elaborado por profissional da área de
segurança do trabalho, legalmente habilitado, junto com o engenheiro da obra e sob a
responsabilidade do empregador ou grupo de empregadores.
O conjunto de documentos obrigatórios para a construção do PCMAT, de acordo com
o item 18.3.4 é:
Total de Acidentes
Total de Óbitos
Com o auxílio dos gráficos fica perceptível uma pequena diminuição do total de
acidentes registrados fatais entre as extremidades do período compreendido no Brasil.
Ao analisarmos as regiões demográficas no Brasil em relação ao total de acidentes no
geral no ano de 2011, veremos que a região Sudeste se sobressai em quantidade em relação às
outras regiões ficando com o posto de primeiro lugar em acidentes, seguida pelas regiões Sul,
Nordeste, Centro-Oeste e Norte respectivamente. Esses dados podem ser visualizados no
gráfico a seguir.
14
Total de Óbitos
A indústria da Construção Civil é um dos setores mais importantes da economia por ser
fonte de riqueza gerando empregos a todas as classes sociais. Nos últimos anos, o Brasil tem
vivido um aumento considerável neste setor, também devido à grandes obras do governo que
ajudam a impulsionar esse mercado (BARBOSA et al., 2012).
De acordo com os dados explicitados por Barbosa et al. (2012), os números gerais de
acidentes do trabalho vêm declinando ao longo das últimas décadas.
Representando, durante o período compreendido entre 2000 e 2009, uma média de 12%
dos acidentes com óbito no Brasil sendo atribuídos à indústria da construção. Já os acidentes
15
registrados não fatais a proporção é de cerca de 8% do total geral de acidentes sendo atribuídos
à construção.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
LAVATÓRIOS NR18.4.2.5 X
MICTÓRIOS NR18.4.2.7 X
CHUVEIROS NR18.4.2.8 X
VESTIÁRIOS NR18.4.2.9 X
ALOJAMENTO NR18.4.2.9 X
AQUECEDOR DE REFEIÇÃO NR18.4.2.11.3 X
LOCAL PARA REFEIÇÕES NR18.4.2.11 X
PAPEL HIGIENICO NR18.4.2.6.1 X
ÁGUA POTÁVEL NR18.4.2.11.4 X
Fonte: Os Autores (adaptado do material fornecido pelo professor), 2016.
5. RESULTADOS
De acordo com o questionário respondido, podemos então perceber a fragilidade do
serviço executado na obra estudada. E esses dados são reforçados com o uso de imagens de
suas instalações capturadas no local da obra. O uso de equipamentos de proteção individual e
coletiva é insuficiente para atender ao estabelecido em normas e, muitas vezes, há a resistência
do próprio colaborador em utilizar os poucos equipamentos disponibilizados pela empresa.
O gráfico a seguir pretende evidenciar a discrepância entre a quantidade de respostas
afirmativas, que representam conformidade de acordo com o PCMAT, e as negativas ou
insuficientes.
Figura 5 – Proporção de repostas ao questionário aplicado
70 66%
60
50
40
30 23%
20
10 5% 5%
0
Não Sim Insuficiente Não se Aplica
Figuras 10 a 12 – Almoxarifado
20
Dessa maneira, como pode ser visto nas imagens e de acordo com o questionário
respondido, as instalações não estão de acordo com o estabelecido pera NR 18 e demais normas
21
afins. Porém, não foi identificado erros graves de layout que pusessem em risco iminente a vida
dos que ali transitam.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A legislação exige dos empregadores e empregados que estes sigam procedimentos
padrão a fim de diminuir os riscos de acidente no exercício do trabalho e, assim, assegurar a
saúde e integridade física do colaborador.
Diversas vezes, esbarramos em leis e normas que exigem dos responsáveis pela obra a
implementação desses procedimentos sob a pena de multar a empresa, ou ainda interromper
suas atividades. Mas, o que se vê na prática é que as empresas de pequeno porte e que não
possuem um órgão fiscalizador competente para assegurar que as leis estão sendo cumpridas,
permitem que o serviço seja realizado de qualquer maneira sem se importar em atender à
legislação. Essa falta de cooperação pode ser atribuída a diversos tipos de questões que
perpassam desde a inexistência da cultura prevencionista na empresa ou simples displicência
dos responsáveis pela obra.
Não é por estar localizada em uma cidade de interior que uma empresa do ramo da
construção não se preocupa em atender ao que está observado em legislação, pois empresas de
grande porte que se instalaram na região atendiam aos requisitos das normas. Isto pode ser
devido ao fato de que essas empresas estão sujeitas à auditorias constantes e a cultura
organizacional está enraizada no sentido de obedecer às recomendações dos órgão competentes.
O fato é que as empresas de menor porte, que não assimilam a importância de tais métodos e
procedimentos põem em risco à segurança e saúde do colaborador e está se sujeitando à
penalidades na forma da lei.
22
REFERENCIAL TEÓRICO
ARAÚJO, A. O.; OLIVEIRA, M. C. Tipos de pesquisa. Trabalho de conclusão da disciplina
Metodologia de Pesquisa Aplicada a Contabilidade - Departamento de Controladoria e
Contabilidade da USP. São Paulo, 1997.
BARBOSA, Andrea Maria Gouveia...[et al.]. Vilma Sousa Santana, organizadora. Segurança e saúde
na Indústria da construção no Brasil: Diagnóstico e Recomendações para a Prevenção dos
Acidentes de Trabalho. Brasília : SESI/DN, 2012.
BRASIL, Lei Nº 6.514. Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho,
relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Brasília: Ministério
do Trabalho e Emprego, 1977.
BRASIL, Decreto-Lei Nº 5.452. Consolidação das Leis de Trabalho – CLT. Rio de Janeiro:
Ministério do Trabalho e Emprego, 1943.
BRASIL, Lei Nº 8.213. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras
providências. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1991.
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior. Tabela de Áreas de
Conhecimento 2012. Disponível em http://www.capes.gov.br/avaliacao/tabela-de-areas-de-
conhecimento
Construção Civil. http://www.senaipr.org.br/cursos-tecnicos/construcao-civil/
Dados de acidentes do trabalho de 2011. Disponível em
http://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/dados-nacionais
Dados de acidentes do trabalho de 2013. Disponível em
http://www.tst.jus.br/documents/1199940/1207004/Estat%C3%ADstica
FRANÇA, Sergio Luiz Braga; TOZE, Marco Antonio; QUELHAS, Osvaldo Luiz Gonçalves. A gestão
de pessoas como contribuição à implantação da gestão de riscos. O caso da indústria da
construção civil. Revista Produção Online . ISSN 1676 - 1901 / Vol. VIII/ Num. IV/ 2008.
Normas Regulamentadoras. Disponível em http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras
Norma Regulamentadora 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção. Ministério do Trabalho e Previdência Social, 2015. Disponível em
http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-trabalho-na-
industria-da-construcao.
O que é PCMAT? Disponível em http://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-pcmat/.
QUELHAS, Osvaldo Luiz Gonçalves, D.Sc.; ALVES, Micheli Soares; FILARDO, Paulo Schmitt. As
práticas da gestão da segurança em obras de pequeno porte: integração com os conceitos
de sustentabilidade. Revista Produção Online. ISSN 1676 - 1901 / Vol. 4/ Num. 2/ Maio de
2003.
Saúde e Segurança do Trabalhador. Disponível em http://www.mtps.gov.br/saude-e-seguranca-do-
trabalhador
TRIPP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31,
n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005.