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BELÉM
2014
TAIANE ROCHA BAIA
BELÉM
2014
TAIANE ROCHA BAIA
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________
Prof. Esp. Laudelino Batista da Silva
Orientador
Prof. ________________________________________________
Membro da Banca
Prof. ______________________________________________
Membro da Banca
Dedico este trabalho primeiramente aos meus pais Sidney Baia e Henilda
Rocha que fizeram dos meus sonhos os seus sonhos também, pois sempre me
incentivaram e deram forças para que tudo isto se tornasse possível, por isso meus
amores essa vitória é especialmente para vocês.
Aos meus avôs Irineu Rocha e Bianor Baia (in memoriam), que me ensinaram
a nunca desistir de meus sonhos, as minhas avós Creuza Baia (in memoriam) e
Zilda Rocha que até hoje sempre me dá conselhos e forças para lutar.
As minhas tias Selma Baia, Ana Cleide Fernandes e Edna Mata, que á todos
os dias através de suas lutas diárias me ensinam a ter forças para vencer na vida.
As minhas primas Roseane Baia, Rosiellem Baia, ao primo Arthur Ryan e ao
meu irmão João Carlos que este trabalho sirva de incentivo á vocês para que
possam conseguir conquistar seus sonhos e objetivos e a todos os outros familiares
e amigos que me ajudaram nesta caminhada.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, porque sem ele nada disso seria possível.
Pelas infinitas bênçãos que ele derramou em minha vida nestes quatro anos de vida
acadêmica, por ter guiado e iluminado meu caminho todos os dias de minha vida.
Aos meus pais Sidney Baia e Henilda Rocha que fizeram o possível e por
muitas vezes o impossível para que eu pudesse chegar até aqui e realizar este
sonho, por terem estado comigo nas horas em que eu mais precisei sempre me
incentivando e me dando total apoio em todas as minhas decisões, amo vocês,
muito obrigada por tudo, espero um dia poder recompensá-los de alguma forma tudo
que já fizeram e continuam fazendo por mim.
Ao meu querido professor e orientador Laudelino Batista, que mesmo antes
de saber que ia ser meu orientador, sempre me deu muita força para continuar com
meu trabalho que seria e foi desafiador, mas quem disse que seria fácil não é
mesmo. Pela paciência e dedicação comigo, sempre me ouvindo, tirando minhas
dúvidas e conseguindo materiais para enriquecer meu trabalho e acima de tudo que
sempre me deu forças e que a cada passo e vitória sempre me elogiou, muito
obrigada professor por tudo, serás lembrado por mim eternamente.
A professora Alessandra Pereira que chegou ao curso de Turismo da UFPA
na hora certa, que sempre estava disposta a me ajudar, e com ela eu só pude
reforçar a cada dia o meu amor pelo Turismo e principalmente pelo segmento do
Turismo de Eventos, pois como ela mesma diz “quando se ama o que se faz é bem
melhor”, é “unir o útil ao agradável”. A professora Helena Dóris que me ajudou na
etapa inicial do pré-projeto e a todos os outros professores que contribuíram de
forma direta ou indireta para minha formação acadêmica e me ensinaram a ser um
ser pensante e crítico.
A minha prima Roseane Baia, que me ajudou a realizar a minha pesquisa de
campo, a qual foi um trabalho árduo em dias de sol, chuva e muita caminhada, muito
obrigada prima querida, que apesar de todos os pesares que encontramos pelo
caminho conseguimos finalizar tudo a tempo. Quero que saibas que sem a sua
ajuda não terminaria a tempo minha pesquisa.
A minha tia Ana Cleide e o tio Alan Malvão, que por diversas vezes me
deram forças e estiveram comigo me incentivando e me ajudando quando mais
precisei, até me tiravam de casa para me distrair nos momentos de stress, obrigada
mesmo por tudo que fizeram por mim, um dia quem sabe eu possa retribuir tudo isso
a vocês. E a minha tia Edna Mata, por todo carinho, confiança, apoio e força que
depositou em mim durante minha caminhada, obrigada por tudo tia querida.
Ao meu priminho Arthur Ryan, por todo seu carinho comigo quando mais
precisei e mesmo ele sendo criança percebia meu cansaço, momentos de tristeza e
alegria, mas que bastava soltar aquele sorriso e eu logo sorria junto com ele, te amo.
Aos meus colegas de trabalho do Centro de Eventos Benedito Nunes-
CEBN, Wendel, Regiane, Junior, Erick e Lione por tornar meus dias mais doces e
risonhos e aos demais colegas de trabalho que me ajudaram na minha caminhada
no segmento de eventos, que foi onde pude perceber qual era a área do turismo que
eu queria seguir, em especial a Livi Gomes, Natália Assunção, Iza Batista, Wanja
Dillon e Professora Marilsa por terem me dado à oportunidade de ser bolsista e
trabalhar lá por mais de 2 anos, e com isso pude conhecer o mundo dos eventos, o
qual amo muito.
A minha amiga, está que adquiri na minha segunda casa CEBN, a qual
nossa amizade continua até hoje, Talice Quadros, por toda força, amizade que você
me concedeu e por todas as correções que ela realizou em meu trabalho, tudo isso
pela nossa amizade, quero que saibas amiga que você também foi muito importante
nesta minha caminhada.
A querida Lorena Soeiro, pela paciência e por ter dedicado um pouco do seu
tempo para me ajudar com o abstract do meu trabalho, muito obrigada.
Aos meus colegas de classe, de profissão e acima de tudo amigos Jacob
Benchaya, Junior Sousa, Elane Moreira, Luciana Sampaio e Joyce Karoline, que
estiveram comigo e me suportaram com meu mau humor e stress no período do
TCC, mas que sempre me deram forças para continuar com meu sonho e vice-
versa, que nossa amizade possa permanecer para o resto de nossas vidas, porque
sei que ela é verdadeira. E a todos os outros amigos que estivem comigo nesta
caminha, obrigada pelo carinho, força e incentivo.
Agradeço também á todas às pessoas que me proporcionaram
oportunidades tanto profissionais, quanto acadêmicas que serviram como um grande
aprendizado e que ficaram para o resto da minha vida.
Agradeço também a todas as empresas que me receberam e tornaram
minha pesquisa de campo possível.
“Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele
me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo
sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda
possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia,
mas participar de práticas com ela coerentes”.
Paulo Freire
This study aimed to examine the importance of planning for events companies in the
Belém- PA. For this purpose we used literature searches and field through a
questionnaire companies in the event of Bethlehem, registered or not registered in
Cadastur the system. The total number of participating companies was 45, being
15 registered and 35 not enrolled, so that they could assess what companies that are
concerned with the planning of their events, in addition to the quantitative and
qualitative methods and inductive and deductive chains. The categories of
analysis developed in this work were tourism, events, organization and planning.
After analyzing the research data field, it was revealed that most event companies
still hold their events in an amateurish way, these being registered or not. You can
see also that planning is a tool important for any field, and that without this
planning, do not can hold events with responsibility and commitment, which makes it
difficult for the customer to have their dreams realized as events or desired, and the
lack of commitment to its clients businesses segment of the event they lose their
credibility in the market.
Figura 16 – Alguns eventos realizados em Belém nos últimos cinco anos, segundo
CVB-Be......................................................................................................................91
Gráfico 8 – Justificativa das empresas não cadastradas pela utilização desses tipos
de planejamento........................................................................................................99
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 16
APÊNDICES.............................................................................................................130
APÊNDICE A- QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DE CAMPO PARA EMPRESAS
NÃO CADASTRADAS NO CADASTUR.................................................................131
APÊNDICE B- QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DE CAMPO PARA EMPRESAS
CADASTRADAS NO CADASTUR..........................................................................133
ANEXOS..................................................................................................................135
ANEXO A- EMPRESAS CADASTRADAS NO SITE DO CADASTUR NO ANO DE
2014......................................................................................................................... 136
ANEXO B- EMPRESAS CADASTRADAS NO SITE DO CADASTUR NO ANO DE
2014.........................................................................................................................137
ANEXO C- EMPRESAS CADASTRADAS NO SITE DO CADASTUR NO ANO DE
2014.........................................................................................................................138
16
1 INTRODUÇÃO
etc.), que por sua vez se torna mais difícil para se planejar um evento, daí a grande
relevância desta pesquisa para o setor turístico.
Para alcançar os objetivos este trabalho utilizou pesquisa bibliográfica,
documental, em livros, artigos, jornais, revistas e trabalhos de conclusão de curso,
pesquisas na internet para construção do referencial teórico e a pesquisa de campo
foi realizada no período de 20 de setembro a 03 de outubro de 2014, onde foi
realizada aplicação de questionários (ver apêndices A e B) com 15 perguntas
previamente formuladas para serem respondidas por funcionários quem trabalham
no setor de planejamento de eventos nas empresas, sendo essas 15 cadastradas no
sistema do CADASTUR que “é um sistema de cadastro de pessoas físicas e
jurídicas que atuam na cadeia produtiva do turismo” (BRASIL, 2014, s.p.), já que o
total de empresas cadastradas até o ano desta pesquisa é um total de 29 empresas
(ver anexo A, B e C) e para realizar uma comparação foram escolhidas também 30
empresas que não são cadastradas no sistema do CADASTUR, pois essas também
realizam eventos na cidade e tonasse importante incluí-las neste estudo, um total de
45 empresas participantes nessa pesquisa.
Quanto à estrutura do trabalho que será apresentado no decorrer desta
pesquisa, no primeiro capitulo será apesentado ao leitor um breve histórico do
turismo, seguindo por uma contextualização do turismo no Brasil e no Estado do
Pará. No segundo capitulo, será discutida a questão dos eventos, onde será
apresentado um breve histórico sobre os eventos, o setor de eventos no Brasil e no
Pará, foi estabelecida também uma relação entre turismo e eventos. Já no terceiro
capitulo serão apresentadas noções a cerca do planejamento, os tipos de
planejamento e a sua importância, planejamento de eventos e as etapas para o
processo de planejamento e no quarto e último capitulo será discutido o cenário do
turismo de eventos em Belém-PA e apresentação dos dados coletados com a
pesquisa de campo.
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2 O HISTÓRICO DO TURISMO
Observa-se, a partir dos conceitos acima expostos, que o turismo é tido como uma
indústria que por muitas vezes é vista apenas como uma “válvula de escape” para
resolver problemas econômicos de uma localidade, porém também existe o seu lado
social. Essa noção de Indústria se dá porque movimenta toda uma cadeia, ou seja, o
trade turístico, esse que por sua vez se desdobra em meios de hospedagem,
transportes, alimentação, etc. Já o viés social é tido como as novas experiências,
novos conhecimentos, contato com a cultura, assim como também a conservação e
preservação do meio natural, tal qual os planejadores do turismo ajudam a pensar e
planejar, entre outros. É necessário e importante destacar estes conceitos para
melhor se compreender o histórico e as mudanças que o turismo vem sofrendo
durante os séculos.
O turismo vem acompanhando o desenvolvimento da sociedade humana ou
da humanidade há séculos, pois os povos antigos, tais como os povos da região da
Ásia Central (China, Indonésia, Mongólia e parte da Índia) que já praticavam o
turismo, no desenvolvimento de suas caminhadas por curtos ou longos períodos de
tempo. Segundo Beltrão (2001, p. 21) “O turismo histórico, muito distante da prática
atual, tinha como base a necessidade do relacionamento humano, a troca de valores
culturais e econômicos”, com isso percebe-se que a manifestação pela troca de
experiências, culturais e econômicas, entre outros, contribuiu para o surgimento e
21
Como é possível perceber não se pode definir com exatidão o período e nem onde
começou a surgir o turismo, porém, pode-se destacar por onde e como ele começou
a se manifestar, como visto anteriormente por Beltrão. Com isso a partir do momento
em que se começa a construção de estradas e a urbanização das cidades no
Império Romano, ocorre ao mesmo tempo uma forte intensificação dessas viagens
realizadas pelos cidadãos, como é possível perceber também de acordo com a
autora:
Enquanto que na Bíblia, o livro sagrado para os cristãos, pode-se perceber com
alguns dos relatos presentes em seus versículos, que as viagens eram bastante
comuns entre as pessoas que viviam do comércio e das batalhas entre os romanos
e cristãos, pois era comum que alguns peregrinos fossem até Jerusalém, visitar a
famosa Igreja do Santo Sepulcro.
22
1
Tipo de Boleto com informações pessoais, utilizado em hotéis e agências de transportes aéreos e
terrestres (BELTRÃO, 2001, p. 24).
23
os ajudaria a ter bons resultados na produção. Foi então, no período entre- guerras,
que a realidade mudou e os patrões começaram a pagar as férias remuneradas aos
seus funcionários. Essa era uma realidade para grande parte da população
européia, o que incentivou e começou a permitir que essas classes sociais menos
favorecidas economicamente pudessem viajar também, com isso surgiram as
famosas viagens de férias e paralelo a essas viagens surgiram os sistemas de
crediário para facilitar cada vez mais o acesso ao lazer por meio das viagens.
Tudo teria mudado em 1936. Antes, o turismo era ainda elitista; em 1936, os
trabalhadores conquistaram o direito às férias remuneradas e as gozaram
pela primeira vez. Seria um passo “inventado”, como escreve J. Viard? Ou o
grande ator do turismo de massa teria o crescimento excepcional do
período 1945-1975, os “Trinta Gloriosos” de J. Fourastié? Coincidem então
o aumento do poder aquisitivo, a difusão maciça do automóvel, e o avanço
do número de pessoas que partem em férias (BOYER, 2003, p. 87).
De acordo com Luiz Ignarra (2003), o turismo teve seu início no Brasil com
seu próprio descobrimento, não se pode deixar de destacar também que as
expedições marítimas de Américo Vespúcio, Gaspar Lemos, Fernando de Noronha,
entre outros, já realizavam o turismo de aventura sem saber. Entretanto, essas
viagens não se restringiam somente aos portugueses, pois alguns documentos
antigos e históricos evidenciam que franceses, espanhóis, ingleses e holandeses já
exploravam a costa brasileira bem antes dos portugueses. Já para Barreto (1995, p.
56):
Pode- se observar que Ignarra (2003) e Barreto (1995) têm pensamentos diferentes
sobre o surgimento do turismo no Brasil e discordam em relação à realização do
25
Com isso é possível perceber que após a chegada da corte Portuguesa iniciou-se
um grande desenvolvimento urbano, destaca-se com esse fato a necessidade clara
de hospedagens para acomodar os visitantes diplomatas e os comerciantes.
Pode-se destacar também o desenvolvimento dos transportes movidos a
vapor, com a ajuda do Visconde de Mauá. Outro fato importante foi a fundação em,
1852, da companhia de navegação do amazonas e também em 1858, no Rio de
Janeiro, foi inaugurado o primeiro trecho ferroviário, uma marcante evolução no
setor de transportes como se pode observar segundo Ignarra (2003, p. 07):
O turismo, desde seu início, foi projetado como atividade para responder à
crise econômica industrial global e à ampliação da acumulação capitalista,
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Com isso, pode-se perceber que não existiam órgãos específicos para melhor
planejar e fiscalizar a atividade turística que estava sendo desenvolvida, o que
acaba reforçando ainda mais a idéia de que o turismo no Brasil era apenas uma
“válvula de escape” que acabava vendendo uma imagem não real dos locais como
se pode identificar no caso de Fortaleza, no Ceará, segundo Coriolano (2006, p. 58):
As poucas políticas que existiam no Brasil entre os anos de 1937- 1945 destinavam-
se única e exclusivamente para a proteção de bens históricos e artísticos nacionais
e também para a fiscalização de alguns prestadores de serviços, tais como agências
de viagens e vendas de passagens aéreas. Devido o turismo não ter órgãos
regulamentadores e/ou fiscalizadores em 1946/47 ele acaba ficando sob a
responsabilidade do Ministério da Justiça e Negócios. Para melhor compreender o
histórico do turismo no Brasil e suas políticas, faz- se necessário desenvolver um
panorama sobre vários fatos importantes ocorridos no Brasil desde 1946/47 como
mencionados anteriormente até o ano deste trabalho e projeções futuras para o
turismo.
Em 1966 iniciaram-se passos importantes para as Políticas de Turismo no
Brasil, tais como: a criação do Decreto nº 58.483 que regulamentou as agências de
viagens e turismo; o Decreto-Lei nº 55 que definiu uma Política Nacional para o
turismo, criando também o Conselho Nacional de Turismo (CNTUR); e não menos
importante, a criação em 18 de novembro do Instituto Brasileiro de Turismo
(EMBRATUR), que primeiramente foi criado como Empresa Brasileira de Turismo
para estudar e propor o CNTUR, porém seu principal objetivo já como EMBRATUR
era o de fomentar a atividade turística propondo ações para melhorar e viabilizar
condições para uma maior distribuição de emprego e renda, buscando o
desenvolvimento do turismo pelo País. É possível perceber que somente após três
anos de criação do CNTUR, já em 1969, surge uma pequena indicação para a
criação de um Plano Nacional de Turismo (PLANTUR).
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PLANTUR, mas infelizmente as ações a serem realizadas pelo mesmo não foram
efetivadas. Eis que em meio a essa não efetivação, surge também o Programa de
Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRODETUR-NE), que foi uma iniciativa
dos governos estaduais, juntamente com a Superintendência de Desenvolvimento
do Nordeste (SUDENE), do Banco do Nordeste, EMBRATUR e da Comissão de
Turismo Integrada, sendo criado para tentar subsidiar melhorias para o turismo no
nordeste.
Em 1993/94 o famoso e “novo” Ecoturismo começou a ser apresentado como
uma atividade ou segmento promissor, sendo assim a EMBRATUR lançou e
publicou as diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, lançando também o
Programa Nacional de Municipalização de Turismo (PNMT) para compreender
melhor cada localidade turística.
Somente em 1996-2002 que foi criado o Ministério do Esporte e Turismo e
finalmente na primeira Gestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006) o
turismo ganha finalmente seu próprio ministério (Ministério do Turismo), o qual
trouxe mudanças significativas para o planejamento dessa atividade em um
panorama nacional.
E finalmente em 2003, ano de grande conquista para o turismo no Brasil,
ocorreu a criação do primeiro Plano Nacional de Turismo e sua execução, cujo tema
era: Diretrizes, metas e programas. A partir deste momento (2003-2007) começou-se
a articular planos para melhor se desenvolver o turismo, claro que como em
qualquer início de estudos se obteve falhas em sua operacionalização que com a
criação dos planos posteriores pode-se perceber que se tentou melhorá-los. Com
isso de quatro em quatro anos o MTUR realizava e replanejava suas diretrizes e em
2007 lançou outro Plano Nacional de Turismo que buscou seu diferencial através da
inclusão social e ficou em vigor até o ano de 2010. Já em 2011 foi criado o
Documento Referêncial para o Turismo no Brasil 2011-2014 e por fim a formulação
do Plano 2013-2016 que se encontra em vigor até o momento desta pesquisa, este
que resultou do esforço entre Governo Federal, iniciativa privada do terceiro setor
sendo representados pelo CNTUR sob coordenação do MTUR, onde se definem
algumas orientações estratégicas para o desenvolvimento futuro da atividade
turística no Brasil.
Não se pode deixar de comentar sobre a criação da Lei nº 11.771 conhecida
como Lei Geral do Turismo criada em 17 de setembro de 2008, publicada no Diário
30
Desta forma pode-se perceber que a ocupação realizada na Amazônia foi feita com
pouco planejamento e de forma desordenada, assim como também em muitos
estados do Brasil, sem ser levado em conta o potencial que a mesma teria para o
turismo.
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Apesar destas grandes obras terem sido consideradas pelos militares a melhor
forma de desenvolvimento para a Amazônia, esses projetos foram muito criticados
devido a forma de implementação na região, principalmente pelo fato de terem
iniciado uma intensa devastação da riqueza mineral, da biodiversidade e da
diversidade cultural da floresta Amazônica.
Proecotur ser uma política voltada para a Amazônia Legal Brasileira, percebe-se que
as questões buscadas através de sua implementação relacionam-se diretamente
com a capital cearense, Fortaleza”. Pode-se perceber que esse programa vai além
do planejamento territorial voltado para o turismo, podendo ajudar outras regiões de
forma direta ou indireta se bem planejado, como no Caso do Ceará.
Ainda sobre o PROECOTUR é importante destacar que Amazonas e Pará
alcançaram uma maior aprovação de recursos, e de acordo com Nóbrega (2007, p.
115): “O primeiro porque detinha o conhecimento da atividade ecoturística, e o
segundo, porque detinha um maior número de atrativos históricos e culturais e
naturais”. Portanto, esse programa foi muito importante não só para diversificar, mas
também para fomentar o turismo e principalmente o ecoturismo no Estado do Pará.
Percebe-se ainda que o Pará possui uma forte vocação para o ecoturismo devido
sua rica flora, fauna, gastronomia e diversidade cultural.
De acordo com Carlos Rocque (2001), pode-se identificar que nos últimos dez
anos vem sendo organizada uma infraestrutura, a qual se faz necessária para o
crescimento econômico desejado. Essa infraestrutura pode ser percebida com a
criação do aeroporto internacional de Belém, rodovias, como a transamazônica, do
HANGAR, portos, etc. Além de incentivos por meio da SECULT-PA, através da
PARATUR, entre outros órgãos, que fomentam o turismo no estado.
compostos por: Abel Figueiredo, Augusto Corrêa, Aurora do Pará, Bonito, Bragança,
Bujaru, Cachoeira do Piriá, Capanema, Capitão Poço, Castanhal, Colares,
Concórdia do Pará, Curuçá, Dom Eliseu, Garrafão do Norte, Igarapé-Açu, Inhangapi,
Ipixuna do Pará, Irituia, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, Mãe do Rio,
Nova Esperança do Piriá, Nova Timboteua, Ourém, Paragominas, Peixe-Boi,
Primavera, Quatipuru, Rondon do Pará, Salinópolis e Santa Isabel do Pará.
O Pólo Marajó, como se pode observar (na figura 5), é formado pelos
municípios da Região do Marajó, dentre as quais pertencem Afuá, Anajás, Bagre,
Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras,
Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure, onde
entre estes são considerados prioritários Soure, Salvaterra e Ponta de Pedras,
devido ao potencial turístico que estes possuem.
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O Pólo Belém, como se pode identificar (na figura 6), é formado pelos
Municípios que fazem parte da Região Metropolitana, entre eles se encontram:
Ananindeua, Belém, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará, onde se pode
observar que Belém se torna prioritário pelo seu potencial turístico.
E por fim, mas não menos importante, o Pólo Araguaia - Tocantins, como se
pode observar (na figura 7), dentre no qual se encontram os municípios da Região
Araguaia, de Carajás, de Tocantins e do Lago de Tucuruí, integram este Pólo:
Abaetetuba, Acará, Água Azul do Norte, Baião, Bannach, Barcarena, Bom Jesus do
39
Tocantins, Brejo Grande do Araguaia, Breu Branco, Cametá, Canaã dos Carajás,
Conceição do Araguaia, Cumaru do Norte, Curionópolis, Eldorado dos Carajás,
Floresta do Araguaia, Goianésia do Pará, Igarapé-Miri, Itupiranga, Jacundá, Limoeiro
do Ajuru, Marabá, Mocajuba, Moju, Nova Ipixuna, Novo Repartimento, Oeiras do
Pará, Ourilândia do Norte, Palestina do Pará, Parauapebas, Pau d'Arco, Piçarra,
Redenção, Rio Maria, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, Sapucaia,
São Domingos do Araguaia, São Félix do Xingu, São Geraldo do Araguaia, São
João do Araguaia, Tailândia, Tucumã, Tucuruí e Xinguara. Como se pode observar
é o maior Pólo turístico em termos de extensão territorial, dentro os quais Conceição
do Araguaia, Marabá, Parauapebas, Tucuruí, Cametá e Barcarena, são os
prioritários para o turismo deste Pólo.
projetos, faz-se necessário articular todos estes com os órgãos responsáveis por
cada estado, cidade ou município, para que assim, a população local tenha uma
melhor qualidade de vida e por consequência passe a oferecer um turismo de
qualidade para os visitantes.
Percebe- se então que a Idade Média ajudou a fortalecer o Turismo de Eventos, que
vêem crescendo até hoje nacionalmente e internacionalmente.
Com isso, percebe- se que essas novidades acabaram movimentando mais o fluxo
de pessoas que viajavam, proporcionando para o Turismo de Lazer e de Eventos
maiores ganhos, sem contar que estas passaram a ser bem mais confortáveis.
que foram somente com os eventos técnicos e científicos que haviam proporcionado
o desenvolvimento do turismo.
O turismo que se iniciou nas feiras da Idade Média, se tornou uma atividade
organizada somente no século XIX, para que então no século XX viesse á se
consolidar como uma atividade econômica e social. Ainda no século XX, com o
surgimento dos automóveis, causou um forte impulso ao turismo e logo em seguida
foram os aviões, que por consequência encurtaram as distâncias e o tempo de
viagem, proporcionando também conforto e segurança. Por isso, todas as
facilidades proporcionadas pela Revolução Industrial, em meio a transportes,
facilidades para comercialização de bens e serviços turísticos foram molas
propulsoras para o desenvolvimento do Turismo e do Turismo de Eventos.
É possível perceber que após o processo de globalização os eventos
assumiram um perfil diferenciado, buscando agregar as tecnologias a favor de
benefícios para seus eventos, entre estes pode se destacar uma maior agilidade
com sistemas de credenciamento, tickets de eventos e shows sendo
comercializados através de sites na internet, uma divulgação em massa de eventos
nas redes sociais, entre outros.
Segundo a International Congress and Convention Association (ICCA) e
Matias (2007) entre 2004/ 2005 foram realizados 5.283 (cinco mil, duzentos e oitenta
e três) eventos internacionais no Mundo, onde é possível perceber que houve um
crescimento de 9,98% em relação ao período de 2002/ 2003, como se pode
observar (no quadro 1). Com isso o setor de eventos vem crescendo muito devido
aos avanços tecnológicos e a incorporação de novas tecnologias no mercado de
eventos.
Segundo Matias (2007, p. 52) pode se observar também que “A década de 1990
iniciou-se apresentando taxa de crescimento de 10,3% no número de eventos em
relação aos anos de 1980”, fica bem explicito a expansão e o crescimento dos
eventos designados como modernos no mundo, sendo assim eles merecem todo o
cuidado em relação ao seu planejamento, pois eles começam a projetar cada vez
mais a imagem, o marketing e a venda do local sede. Devido a estas mudanças
após o século XXI, pode se identificar que os eventos começaram a ter uma
percepção mais holística, tendo a visão do todo e não só de uma parte em relação
aos eventos, onde neste caso o todo seria o local sede e a parte seria o evento
isolado, passaram assim a planejar não só para que as pessoas pudessem
participar do evento, mas também para que elas permanecessem no local sede do
evento para desfrutar dos atrativos turísticos do local, buscando parcerias com as
agencias de viagens com pacotes de roteiros diferenciados, hospedagens com
preços mais em conta, entre outros.
Com isso, é possível identificar que o Brasil já tinha um potencial muito grande para
eventos, sendo uma área promissora que poderia movimentar de forma significativa
e economia do país sendo até capaz de organizar e sediar eventos de grande porte,
como acontece no ano desta pesquisa com a Copa do Mundo 2014 e com outro
evento que ainda irá ocorrer as Olímpiadas de 2016. As exposições, em relação ao
baile de carnaval considerado um evento social, demoraram mais de vinte anos para
serem realizadas no Brasil, tornando- se após isso tipos de eventos muito
importantes para o Brasil.
No período de 1886 a 1881, o mercado de eventos foi marcado por pelas
exposições que aconteciam no Rio de Janeiro e em São Paulo, que por sua vez
impulsionaram o Brasil para organizar os famosos eventos técnicos e científicos,
mesmo sem o país ter experiência na organização e logística desse tipo de evento.
Isso se deve a organização das Exposições Nacionais preparativa das Exposições
Internacionais, como a Exposição Universal de Paris (1867), Exposição Universal
Colombiana de Chicago (1893), entre outras.
todo o trade turístico de vários estados do Brasil, assim como se pode perceber
também (na figura 8) abaixo:
Com isso, pode se observar que o setor de eventos no Brasil vem se intensificando
bastante desde a década de 90, por isso essa atividade merece um planejamento
especial, pois o Turismo de Eventos ajuda não só a mudar uma realidade de um
local, mas também de vender a imagem do mesmo, e agregado á tudo isso está o
avanço das tecnologias após a Revolução Industrial.
Os eventos acompanharam as mudanças proporcionadas pelo meio técnico
científico e informacional, ficando isso em maior evidencia no século XXI. As
empresas começaram a perceber que o mercado se tornou algo cada vez mais
competitivo e passaram a buscar estratégias de articulação para realizar seus
eventos, entre estas pode se destacar a busca de patrocinadores por meios de cotas
de patrocínio que a empresa planeja e vende para empresas de acordo com o
objetivo de seu evento, busca por parcerias de impressão de materiais gráficos de
divulgação do evento, a inserção da tecnologia para agregar valor ao evento, como
a divulgação em massa dos eventos por meio das redes sociais, entre outros.
Como se pode observar a informática pode agregar grandes mudanças nos
eventos desde que seja usada corretamente, como se pode perceber segundo
Canton (2004, p. 324):
É possível perceber o uso das tecnologias que vieram somar qualidade nos serviços
prestados nos eventos, devem ser usados também de forma planejada e racional,
para que assim possam levar os benefícios esperados pelos planejadores.
Agregado a essa era de inovações tecnológicas, se identificou uma
intensificação do Turismo de Negócios, onde as empresas investem em viagens
para seus funcionários, para captar eventos, fechar contratos, captar parcerias para
a empresa e até mesmo como bonificação pelos seus serviços a participação em
eventos de capacitação ou viagens de lazer.
De acordo com Melo Neto (2000, p. 111) a mudança no setor de eventos se
da pelo fato de que:
no final do século XIX com a ajuda de novas técnicas, novas fontes de energia, o
Pará teve uma maior visibilidade, esse período ficou conhecido como Belle Époque.
O Pará teve projeção internacional na Exposição Universal, em Paris no ano de
1876, evento na qual a borracha foi demonstrada como um produto que poderia ser
incorporado pelas técnicas de uso, matéria-prima para pneus em veículos movidos a
cavalo.
Após este período de incorporação de técnicas, pode-se perceber que “nos
anos de 1900, abriram-se as casas de família para encontros, palestras e músicas,
bailes e tertúlias literárias” (DAOU, 2004, p. 47).
Com isso é possível observar a inserção de novas formas de eventos, alguns que
podem ser julgado como ilícitos, porém quando se tratas de bailes e teatros é
possível perceber a realização de eventos sociais e até mesmo culturais no Pará.
Pode-se identificar que a partir desta maior diversificação e realização de eventos,
teve que ser criados ou adaptados locais para a realização destes eventos.
Outros tipos de eventos bem conhecidos e realizados como se pode
observar acima eram os banquetes e bailes, e até mesmo carnavais de ruas, onde
segundo Daou (2004, p. 55-56):
Esses tipos de eventos sociais que por muitas vezes eram organizados com a
finalidade de atingir interesses políticos e econômicos, para fechar negócios, como
se pode observar o setor de eventos no Estado do Pará era demarcado por eventos
sociais, esportivos, negócios, e até mesmos científicos, uma gama bem diversificada
que veio acompanhando os avanços sociais, tecnológicos, estruturais do estado.
55
qualidade para seus clientes. Pois quando a PARATUR E SETUR foram procuradas
para saber se já haviam desenvolvido alguma pesquisa na área de planejamento e
organizações de eventos no estado do Pará informaram que não tinham nenhuma
informação ou documento que pudesse contribuir para tal, ficando está pesquisa
sem muitas informações sobre o setor de eventos no Estado do Pará.
Em virtude disso, é possível perceber que o setor de eventos no Pará ainda
se encontra em descaso, embora tenha um crescimento considerável, porém
espera-se que com a criação da ABEOC no estado tudo isso possa mudar, já que se
pode perceber que até o ano de 2011 as pesquisas no setor de eventos eram
realizadas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas -
SEBRAE. Em 2001, foi lançado o I Dimensionamento Econômico da Indústria de
Eventos no Brasil, após inúmeras pesquisas realizadas pela ABEOC, finalmente foi
lançado o II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil 2013,
mostra que em relação à realização de eventos na região norte, pode-se perceber
um avanço em números, demonstrado no, porém que foi lançado apenas em
outubro de 2014, no ano desta pesquisa. Com isso, segue um mapa com os
números de eventos realizados nas regiões brasileiras apara comparar o de 2001,
como se pode observar na figura 9, e com o de 2013 como se pode observar (na
figura 9).
Como se pode observar em 2001 (com a figura 9), a região norte realizou cerca de
6.958 (seis mil, novecentos e cinquenta e oito) eventos, o que representava apenas
57
Como é possível perceber (na figura 11), em 2001 a região norte realizou em
números respectivamente eventos do tipo: Reuniões, Convenções, Eventos
Socioculturais, Congressos, Exposições/Leilões, Feiras, Esportivos e outros tipos se
encontram com a mesma percentagem em número de eventos realizados e eventos
mistos,
A região norte realizou no ano de 2013 como se pode perceber (com a figura 12), na
primeira posição se encontram os eventos socioculturais, o qual em 2001 se
59
que pode ser utilizada para o aumento dos resultados de relacionamento com seu
público-alvo, ajuda também na divulgação de um destino turístico, entre outros. Já
que o intuito deste tópico é destacar o turismo de eventos, então será adotar um
conceito de eventos para melhor compreende-los. Para Zanella (2010, p. 01):
Com isso, pode se perceber que os eventos têm a possibilidade de ser diferentes e
assim abranger as mais diversas áreas, por isso, os eventos merecem um cuidado
com seu planejamento, pois cada evento tem suas particularidades e seus objetivos
que merecem um estudo e cuidado especial, para que estes consigam ser
alcançados com clareza.
Enquanto que para Tenan (2002, p. 13) “No sentido geral, evento é sinônimo
de acontecimento não rotineiro; fato que desperta atenção. Um eclipse, um
nascimento, ou uma descoberta são eventos”, pode- se perceber com isso que
atualmente se tem contato praticamente todos os dias com vários tipos de eventos,
no ambiente de estudos, no trabalho, em círculos familiares, etc., que acaba
reunindo pessoas com interesses em comum, e torna- se quase que impossível
encontrar pessoas que ainda não tenham participado de algum tipo evento, por
menor que este tenha sido. Para os profissionais da área de eventos, estes se
tornaram algo diferente, especial, que deve ser planejado e organizado com muita
cautela se adaptando a realidade do local de realização.
Com isso percebe-se que o Turismo de Eventos é uma atividade econômica que
vem crescendo muito nos últimos anos e que merece uma atenção especial não só
na sua execução, mas também em seu planejamento e um acompanhamento no
decorrer de sua realização. Os eventos podem ajudar um destino turístico de
diversas formas, como: realizando marketing dos atrativos do local de realização do
evento ou movimentando também toda a cadeia turística e consequentemente a
61
economia do local, seja de forma direta ou indireta, etc. Como se pode observar de
acordo com Tenan (2002, p. 48- 49):
[...] o evento em si gera turismo, pois, sendo também atrativo turístico, cria
fluxo turístico. Além disso, não havendo oportunidade de conhecer bem a
cidade, o participante, que descobriu o destino turístico, volta acompanhado
da família ou de amigos em outra oportunidade. Há ainda a propagação da
imagem positiva do lugar, que pode gerar a vinda de outros turistas.
O turismo de eventos por sua vez, além de divulgar os destinos turísticos, acaba
incentivando os participantes a retornarem para realizar o turismo de lazer, trazendo
consigo mais visitantes na maioria das vezes familiares e amigos, com isso pode- se
perceber que o setor de eventos está diretamente ligado ao mercado, ao
desenvolvimento da economia do local e á atividade turística.
Para uma melhor operacionalização dos eventos, se faz necessário em todo e
qualquer evento, seja este de pequeno, médio ou grande porte uma elaboração de
um projeto. Este que segundo Cesca (2008, p. 55) “[...] documento que receberá a
aprovação da diretoria da organização ou do cliente para o qual se prestam os
serviços, passa-se para a operacionalização desse projeto, que é feita por meio do
cronograma de trabalho”, com isso possibilita-se uma melhor operacionalização e
por consequência um maior sucesso no decorrer do evento.
É possível perceber que os eventos não surgiram há pouco tempo, eles vêem
construindo sua história juntamente com a da humanidade, onde de acordo com
Canton (2002, p. 49):
oferecidos e experimentados aos outros, pois de acordo com Dias (2003, p. 04)
“mundialmente, a atividade de eventos cresce notavelmente, mostrando que sozinha
pode desempenhar um importante papel para a atividade turística como um todo”. É
possível perceber que devido á esse grande crescimento do setor de eventos, se faz
necessário algo diferente, que seja capaz de captar mais pessoas para os eventos e
para as cidades cedes dos mesmos. Um ótimo exemplo de evento inovador seria a
Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no corrente ano, 2014, que vem buscando
inovar em pacotes de receptivo, transportes, meios de hospedagem, etc., tudo isso
para receber o megaevento que é a copa. Sendo capaz também de movimentar o
trade turístico e captar inúmeros turistas para o local em que serão realizados os
eventos.
Segundo Canton (2004, p. 305), “clientes não compram produtos, mas
expectativas” dessa forma faz-se necessário um planejamento com cautela para
suprir essas expectativas e aumentar o desejo de visita do público-alvo, pois o
evento também pode divulgar o local, criando uma imagem positiva sobre ele que
aguça ainda mais o interesse de conhecer dos seus participantes. Por outro lado se
o evento não criar uma boa imagem da cidade, o turista pouco manifestará interesse
em realizar a visita para o lazer nesta.
Em geral, os eventos surgem em consequência da dinâmica social presente
na humanidade, que dita seus valores e necessidades e refletem uma determinada
época e cultura. Os meios de comunicação, advindos da globalização, disponíveis
na internet podem ser fortes meios de divulgação para as atividades turísticas assim
como também para os eventos, onde é possível de evidenciar com Canton (2004, p.
324):
Com isso o evento pode alcançar mais rápido seu público-alvo e ainda oferecer
possiblidades de passeios para divulgar e movimentar ainda mais a economia da
cidade e consequentemente do turismo, podendo a empresa ou a patrocinadora
oficial do evento estabelecer parcerias com os meios de hospedagem, alimentação,
transporte, etc. para fortalecer ainda mais essa idéia.
63
O ato de pensar faz refletir sobre que medidas que podem ou devem ser tomadas,
avaliar possíveis ações para que o projeto, evento, entre outros, se torne um
sucesso e não corra o risco de fracasso. Porém, se essas ações não forem
organizadas e bem elaboradas pelo planejador, o projeto corre o risco de não ser
bem sucedido, principalmente se for utilizado o planejamento de curto prazo ou
ainda desenvolvido de forma amadorística.
Assim como o turismo, o planejamento, além de ser uma ferramenta,
também é uma atividade como se pode observar de acordo com Angeli (1996, p.
13): “[...] Sendo um processo dinâmico é licito a permanente revisão, a correção do
rumo. Exige um repensar constante mesmo após a concretização dos objetivos”. É
possível perceber ainda que o planejamento deve adequar suas ações propostas de
acordo com a realidade na qual se insere, pois é por meio dessas ações que irá
65
atingir o seu objetivo. O que não se pode é pensar em algo que não esteja de
acordo com a realidade do local em se deseja planejar, do evento, da comunidade,
entre outros. Devem-se pensar ações e executá-las para que se comece a avaliar se
essas estão sendo satisfatórias, pois o planejamento permite essa flexibilidade de
mudança ou adaptação de ações para se alcançar os objetivos desejados, assim o
planejador e suas ações devem sempre estar em sintonia.
Pelo fato do turismo ainda ser uma atividade recente e ainda em desenvolvimento,
interdisciplinar e multidisciplinar, se percebe um forte descaso com o planejamento
dessa atividade e poucos estudos, apesar de já se perceber um avanço
considerado. Apesar disso, prevalece um forte potencial para o futuro econômico e
social que deve planejar melhor suas ações e tudo que o cerca, com isso pode ser
que através de um planejamento de longo prazo se consiga chegar a um consenso
sobre essa atividade promissora.
Em relação à percepção integral de um destino pode vir de encontro com os
limites municipais, estaduais ou mesmo nacionais, pois constata a mobilidade do
turista e a participação de localidades que por estarem distantes do núcleo turístico
66
que está interligado ao nível de decisão dos Supervisores, o que difere do tático que
se refere á ações de médio prazo e quanto ao nível de decisão está interligado a
média gerência.
Para melhor se compreender sobre os aspectos que orientam o
planejamento, é necessário ressaltar que Petrocchi (1998), destaca seis aspectos:
Temporal, Geográfico, Econômico, Administrativo, Intencional e Agregativo, como se
pode observar (no quadro 3).
Quadro 3 – Aspectos que orientam na escolha dos tipos de planejamento segundo Petrocchi
(1998).
algumas ações pensadas por está equipe para resolver com rapidez e eficiência
esses prováveis problemas.
É possível observar (no quadro 4), os tipos de planejamento podem variar de
acordo com algumas características, tais como: temporais, flexibilidade para
alterações, incidência de atividades e ambiência, todas essas características ajudam
na hora de se planejar ações tanto para o planejamento da empresa, quanto dos
eventos que serão realizados pela mesma. São através delas que se pode evitar ou
prever possíveis problemas que podem ou não acontecer nos eventos, claro se este
for bem planejado e estas características estiverem bem delimitadas, não se terão
muitos problemas, desde o Pré- evento até o pós-evento.
Pode-se perceber também, que os tipos de planejamento Tático e
Operacional se encontram bem próximos e coincidem algumas de suas ações o que
reforça ainda mais para o não acontecimento de problemas com ações mais fáceis e
rápidas, onde se cuida de procedimentos e tarefas com pequeno número de
atividades dentro de um ambiente interno, se configurando como ações de curto
prazo. Enquanto que o planejamento Estratégico se refere ao direcionamento da
empresa e/ou organização, com alterações mais difíceis, com um grande número de
atividades, como todas as ações do projeto de um evento, que deve ser atingido em
longo prazo, que condizem ao ambiente externo, para que tudo saia de acordo com
que foi planejado.
TIPOS DE PLANEJAMENTO
Estes tipos de planejamento também estão vinculados ao bom senso dos setores
dentro da empresa, para que nenhum possa ultrapassar o limite de cada um se não
for autorizado, pois em muitos casos percebe-se que ocorre o efeito de
sombreamento, onde um setor passa por cima do outro interferindo nas ações e
vice- versa, como se pode perceber (no quadro 5), em relação ao nível de decisão
de cada tipo de planejamento. Onde o Estratégico está ligado a Alta administração
da empresa, Já o Tático está vinculado a Média gerência e o Operacional a o setor
de Supervisão, e cada um deles tem um poder de abrangência, como se pode
perceber o Estratégico irá planejar as ações para a organização ou evento como um
todo, uma visão completamente Holística, enquanto que o Tático irá articular ações
que estarão divididas por departamentos ou setores e o Operacional dependerá de
uma tarefa ou operação definida anteriormente.
CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO
Um bom planejador não pode e nem deve trabalhar com base em achismos “eu
acho que dessa forma vai dar certo”, pois antes de realizar o planejamento se faz
necessário uma avaliação da situação, das necessidades e possibilidades para
realização de um evento, entre outros. Ele deve saber interpretar de forma
consciente e criticar se for necessário, para manter um equilíbrio na execução desse
planejamento, para reforçar esta idéia é possível destacar que segundo Angeli
(1996, p. 14) “O planejamento requer compreensão dos problemas e distribuição
harmônica das especialidades; requer CONHECIMENTO”, com isso percebe-se que
para se planejar é preciso estar atento a todo contexto de cada situação e avaliar
qual o método ou forma mais adequada para cada caso.
O planejamento se bem organizado e articulado pode salvar empresas,
instituições, órgãos públicos e privados, entre outros que se encontram em crise ou
quase fechando as portas, pois é com ele que se irá estudar e buscar ações que
ajudem a reverter toda está situação, não somente reverter, mas também buscar um
equilíbrio de ações futuras para que estás ainda continuem atuando no mercado e
em seus respectivos ramos. Percebe-se então que o planejamento é importante
para toda e qualquer pessoa, órgãos, instituições, etc.
72
O período em que o turismo era tido apenas como acumulação de capital pra suprir
as necessidades do capitalismo já se passou, e isso fica mais evidente quando se
pensa em um turismo que pode favorecer economicamente os setores ou trade
turístico e toda a comunidade receptiva.
O turismo traz na sua capacidade um efeito multiplicador sobre a produção de
um elenco de bens de consumo e serviços, o que torna a atividade extremamente
complexa na sua essência. Para inúmeras localidades, o turismo representa um
segmento econômico de primeira magnitude, responsabilizando-se por parte
significativa da economia, como por exemplo, para o estado do Ceará localizado na
região nordeste do Brasil. No que diz respeito ao papel dos atores no setor de
turismo, o poder público tem uma função importante no seu processo de
planejamento e desenvolvimento. “À medida que se produz a nova imagem do
Ceará moderno, racional no uso da maquina estatal, eficiente na gestão
administrativa, saneado em suas finanças, também, a imagem do litoral com belas e
conservadas praias” (CORIOLANO, 2006, p. 73).
O setor público é um operador, investidor em infraestrutura e planejador
estratégico para o desenvolvimento do turismo em longo prazo, atuando como
regulador do segmento, como árbitro entre as partes envolvidas no trade turístico. O
comércio em geral, o desenvolvimento específico e a previsão dos serviços, a
exemplo da informação, e os investimentos nos alojamentos cabem à iniciativa
privada. Porém, inúmeras funções necessitam esforços coletivos, a exemplo da
comercialização, elaboração e promoção de festivais, captação de recursos e o
estímulo à distribuição de renda, dentre outras.
O papel do planejador na contemporaneidade no setor turístico é analisar as
possiblidade, avaliar e formular um diagnóstico desta comunidade, sem alterar as
características da mesma, para realmente ter uma noção do que se pode implantar
73
2
Feed-Back: Sendo, em tal caso, replanejamento (ANGELI, 1996, p.33).
74
Não existem bons eventos sem que sua concepção, sua idéia e seus
objetivos também o sejam. Para que isso se torne realidade, o início de um
evento é sinônimo de trabalho cuidadoso e bem delineado e envolve a
definição de todos os aspectos do planejamento e organização.
O planejamento dos eventos deve ser prioridade e também devem ser realizados
com cautela, compromisso e comprometimento, pois Segundo Matias (2010), um
evento representa um grande estimulo para a economia de um município, uma vez
que envolve uma grande movimentação nos mais diversos setores da economia.
Dentre eles estão às agências de viagens, os transportes, o setor hoteleiro, além
dos alimentos e bebidas, ocasionando um aumento geral na arrecadação das
receitas, números de empregos (diretos e indiretos), além de criar novas
oportunidades para a população local, redistribuindo a renda individual, local e
regional.
Para melhor definir o que é o planejamento e organização na área de
eventos, é possível definir de acordo com Martin (1998, p. 70):
Como foi possível perceber o planejamento é uma das ferramentas mais importantes
de um evento, sem ele um evento pode até acontecer de forma amadorística, porém
esse terá muitas falhas desde o pré-evento até o pós-evento, por isso se deve
utilizar o planejamento para que os eventos sejam executados com quase cem por
cento de perfeição.
deve ter cautela também durante o evento e saber agir de forma rápida e estratégica
se acontecer algo fora do que foi planejado, por isso os eventos sendo complexos e
trabalhosos merecem uma atenção especial em seu planejamento.
Para melhor compreender o que o turismo de eventos pode gerar para uma
localidade que recebe o evento, é possível perceber segundo Tenan (2002, p. 50)
que “Um evento geralmente proporciona prestígio á cidade-sede, que é alvo da
imagem positiva na mídia espontânea que o evento gera. O turismo de eventos é
uma das formas que os países usam para promover sua imagem”.
Por isso que um evento bem planejado, organizado e executado pode ajudar
a manter, aumentar ou recuperar a imagem de uma organização ou empresa junto
aos participantes ou de acordo com seus interesses. Portanto o evento fica
classificado também como uma estratégia de comunicação e divulgação do destino
que atinge o público- alvo e divulga a marca de uma empresa, divulga e ajuda na
venda de produtos, e cada vez mais potencializa suas vendas, como se pode
perceber de acordo com Tenan (2002, p. 52): “Considerando-se os vários
segmentos do turismo, o de eventos é o que proporciona maior retorno em termos
de participação no PIB, geração de empregos e impostos, pelo seu efeito
multiplicador”. Assim acaba contribuindo para a expansão e a conquista de novos
mercados, como é possível perceber esse ramo de turismo deve ser bem analisado
e discutido, porque o planejamento para sua execução se mostra ser uma das
etapas mais importantes para este segmento.
realidade, pois os eventos assim como podem vender uma imagem positiva do
destino podem também não causar uma boa imagem em relação à cidade-sede.
Enquanto que para Martin (2008) vai desde a criação do projeto até o
encerramento do evento com suas devidas avaliações, como se pode observar (no
quadro 7) abaixo.
turística
Agência de viagem Hotel
e turismo
Recursos Programação
financeiros social, cultural e
turística
Cronograma básico Serviços de
transportes
Roteiro do projeto Tradução
simultânea
Instrumentos Pesquisa de
auxiliares e de Opinião
controle do
planejamento
Briefing
Check list
Fonte: Adaptado de Matias (2010, p.145-186).
É possível perceber então, que o Pós- evento é toda a avaliação que se deve
realizar após o encerramento do evento, para que sejam verificados os pros e os
contra em relação ao evento e que seja possível sugerir sugestões para as próximas
edições se existirem. Enfim foi possível compreender e identificas as etapas e fases
do processo de planejamento de eventos de acordo com Matias (2010), no entanto é
necessário também se entender essas etapas e fases de acordo com Martin (2008),
as quais ela define: Pré-evento, Evento e Pós-evento com suas respectivas fases,
como se pode observar no quadro 9 abaixo.
Realização do Estudo de
viabilidade econômica
Despesas (estratégias de
comunicação e marketing,
briefing, meios de
comunicação, recursos
matérias, recursos
humanos, serviços e
fornecedores oficiais,
infra-estrutura interna,
infra-estrutura externa,
eventos paralelos,
avaliação, tributos,
impostos e taxas,
comissões, administrativo
e logístico)
Fonte: Adaptado de Martin (2008, p. 72-129).
Como se pode perceber existem inúmeras diferenças entre Matias (2010) e Martin
(2008), porém ambos consideram o estudo de todo o evento, que independe do
tamanho, tipo, finalidade, abrangência e objetivos, como se pode perceber no
quadro 9.
Para compreender o que vem a ser a etapa do pré-evento, de acordo com
Martin (2008, p. 72) está etapa pode ser definida como:
83
Pode- se observar que diferente de Matias (2010), Martin não utiliza a etapa de
concepção, tendo como sua primeira etapa o Pré-evento, que incorpora todas e
quaisquer ações relacionadas ao planejamento e preparação do evento, para que na
fase de execução possa estar tudo de acordo com o desejado.
A segunda etapa é o Evento, que depende diretamente do desempenho e
organização da primeira etapa e fases da mesma, é nas fases desta segunda etapa,
que se irá colocar em prática tudo que foi planejado no pré-evento, por isso a
interdependência com a primeira etapa e suas fases onde para Martin (2008, p. 72)
pode ser definido como: “[...] Nesta fase, há a montagem do evento no local
escolhido e a operacionalização do atendimento ao público-alvo. Também vão
operar todos os fornecedores e profissionais contratados durante o pré-evento”. Por
isso o sucesso da segunda etapa definida como Evento, depende do bom
planejamento da primeira etapa de Planejamento e Preparação, está que servirá de
base para o desenvolvimento das outras atividades durante a realização do evento.
E a última fase para Martin (2008, p. 72) seria o Pós-evento, que nada mais é
do que:
Esta fase, nada mais é do que o encerramento do evento, avaliação do mesmo, para
saber os pontos fortes e fracos, avaliar todos os setores, administrativo, logístico,
financeiro, etc., para que se torne possível saber o que deu certo ou errado antes,
durante e após o evento.
Para ressaltar o que foi exposto por Matias (2010) e Martin (2008), é possível
destacar Silva (2011), que utiliza quatro estágios para o processo de planejamento
dos eventos baseados no que já foi comentado e explicado anteriormente, os quais
ela define: Estágio 1- Levantamento de informações, Estágio 2- Planejamento e
84
Figura 13 – Modelo para planejamento e organização de eventos de acordo com Silva (2011).
Somente em 1650, trinta e quatro anos após sua fundação, é que se iniciou
o processo de abertura de ruas. A primeira rua fundada foi a Siqueira Mendes,
localiza próximo do forte do castelo. Não se pode deixar de comentar, que no século
XVIII Belém começava a se expandir não apenas mais como ponto de defesa, mas
também como centro de expansão para o interior do Amazonas. Surgindo pouco
depois a abertura do Rio Amazonas, Tapajós, Madeira e Rio Negro para melhor
navegação e reconhecimento da área pelos navios mercantes que percorriam esses
rios no século XIX, contribuindo também para o desenvolvimento da cidade.
O século XX foi marcado por grades avanços em Belém, a qual ficou
conhecida como “Paris da América”, foi o período de luxo e glamour da Belle
Époque Amazônica. Porém com a crise vivenciada pelo ciclo da borracha e pela I
Guerra Mundial influenciaram diretamente para a queda desse processo de
desenvolvimento.
Belém é a capital do Estado do Pará, e de acordo com IBGE (2014, p. s.p.)
possui uma área de 1.247.954,666 km², localiza-se no norte brasileiro, como se
pode observar (na figura 14). E de acordo com pesquisas realizadas no site do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em relação a sua população
possui uma projeção para o presente ano de 8.073.924 pessoas.
O apoio dos governantes dos dois estados foi significativo para que as
companhias líricas e artísticas desembarcassem no Pará e no Amazonas. A
atmosfera musical, para além dos grandes palcos, chegou aos teatros mais
populares, invadiu os lares mais abastados e cadenciou o cotidiano da belle
époque.
Com isso, iniciou-se um processo de incentivo por parte dos governos de Manaus e
Belém, pois eram os estados que tinham os dois teatros mais bonitos da região
norte. Pode-se perceber também que a partir deste incentivo dos governos o teatro
passou a ser um local de evento para quase todos os públicos da cidade de Belém e
de Manaus e seus turistas.
Não só os espetáculos dos teatros, mas também era possível encontrar
outros tipos de eventos em Belém, como se pode perceber abaixo:
A questão dos eventos religiosos sempre foram muito fortes em Belém, desde o final
da década de 70. Devido a tanto sucesso desse evento, foi colocado em pratica um
projeto no ano de 1848, juntamente com a abertura de algumas ruas em Belém, com
isso, pode-se perceber que o Arraial de Nazaré teve um papel fundamental para
uma parte do desenvolvimento da cidade, em especial do centro histórico da cidade,
mas conhecido como bairro da cidade velha ou campina.
Como se pode observar o Círio de Nazaré além de já ter contribuído para o
desenvolvimento da cidade de Belém, é um evento religioso que ainda atrai milhões
de turistas por ano, como se pode observar:
Pode-se identificar que o Círio recebe grandes investimentos, devido a sua projeção
nacional e internacional, e chega a ser um evento que em outubro movimenta todo
trade turístico, e os hotéis da cidade chegam a ficar praticamente todos lotados.
Esse investimento pode ser justificado também pelo fato do Círio de Nazaré ter
ganhado o título de patrimônio cultural imaterial da humanidade, no dia 7 de outubro
de 2014 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO).
90
Como foi possível perceber (na figura 15) e em paralelo a citação acima, a cidade de
Belém não aparecia na pesquisa anterior como uma das cidades mais visitadas
após a realização de eventos nacionais e internacionais no Brasil, porém nesta
pesquisa de 2014, Belém se encontra na quinta posição, representando 4,5% de
visitas, uma posição e um número bastante expressivo para quem nem aparecia na
pesquisa anterior.
Figura 16 – Alguns eventos realizados em Belém nos últimos cinco anos, segundo CVB-Be.
FEMININO
8%
11%
50% MASCULINO
20- 29
8%
12% 30 - 39
38%
23% 40- 59
19%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
EMPRESAS QUE
ESTAVAM FECHADAS
2º GRAU COMPLETO
36% PÓS-GRADUAÇÃO
1 ANO
4 ANOS
5 ANOS
8% 11%
12% 8 ANOS
11%
12% 10 ANOS
23% 15 ANOS
11% 4%
4% 18 ANOS
4%
25 ANOS
possuem algo de diferente nos seus serviços, cativando assim seus clientes, pois
até hoje permanecem competindo no mercado oferecendo seus serviços.
SIM
8% NÃO
12%
15% AS VEZES
54%
11%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
Gráfico 6 – A fase do evento na qual o planejamento mais ajuda no caso das empresas não
cadastradas.
PRÉ- EVENTO
TÁTICO
4%
OPERACIONAL
7%
11% 22%
8% ESTRATÉGICO, TÁTICO E
OPERACIONAL
NÃO RESPONDERAM A
48% PERGUNTA
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
EMPRESAS QUE ESTAVAM
FECHADAS
Gráfico 8 – Justificativa das empresas não cadastradas pela utilização desses tipos de
planejamento.
EXCELENTE
BOM
8% 19%
11%
8% REGULAR
RUIM
4% 50%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
EMPRESAS QUE ESTAVAM
FECHADAS
ATÉ 5 PESSOAS
8% 10- 15 PESSOAS
11%
4%
20- 25 PESSOAS
54%
23%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
EMPRESAS QUE ESTAVAM
FECHADAS
SIM
8%
11% 35% NÃO
se acontecer algo fora do que foi planejado, por isso os eventos sendo complexos e
trabalhosos merecem uma atenção especial em seu planejamento.
8% SIM
11%
8% É A GARANTIA DO SUCESSO
11% 35% DO EVENTO
Como se pode observar no gráfico 13, 35% das empresas não cadastradas
considera o planejamento importante porque ele é a base de tudo, seguido de 31%
porque o planejamento é a garantia do sucesso do evento. Para 15% das empresas
o planejamento ajuda na realização de um evento com qualidade para o cliente e
após o exposto pode-se perceber de acordo com Martin (1998, p. 70) que o:
Como foi possível perceber, o planejamento realmente é uma das ferramentas mais
importantes de um evento, sem ele um evento pode até acontecer de forma
amadorística, porém esse terá muitas falhas desde o pré-evento até o pós-evento.
Por isso, se deve utilizar o planejamento para que os eventos sejam executados
com quase cem por cento de sucesso, com qualidade, comprometimento,
segurança, entre outros.
105
Gráfico 14 – Problemas mais frequentes nos eventos das empresas não cadastradas.
FALHA NO PLANEJAMENTO DO
EVENTO
FORMATURAS
CASAMENTOS
3% 6% FESTAS INFANTIS
10% 32%
7% ACADÊMICOS E
13% INSTITUCIONAIS
PALESTRAS
10% 19%
CURSOS
SIM
NÃO
7%
4% 11%
48% NA MAIORIA DAS VEZES SIM
11%
AINDA NÃO DISPÕE DE BANCO
19% DE DADOS DE FORNECEDORES
EMPRESAS QUE NÃO QUISERAM
RESPONDER
EMPRESAS QUE ESTAVAM
FECHADAS
FEMININO
7%
13%
MASCULINO
7%
73%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
EMPRESAS QUE
ESTAVAM FECHADAS
É possível perceber de acordo com o gráfico 18, a maior parte das pessoas
que trabalham nas empresas de eventos cadastradas é do sexo feminino, e
correspondem a 73%, enquanto que 7% são do sexo masculino. Com isso, pode-se
observar que as mulheres dominam o setor de eventos das empresas cadastradas
no CADASTUR.
109
20- 29
7%
13%
30 - 39
13%
67%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
EMPRESAS QUE
ESTAVAM FECHADAS
2º GRAU COMPLETO
7% 7% SUPERIOR COMPLETO
13%
7% 33% SUPERIOR INCOMPLETO
PÓS-GRADUAÇÃO
33%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
EMPRESAS QUE ESTAVAM
FECHADAS
9 ANOS
10 ANOS
7% 6% 12 ANOS
13%
27%
14 ANOS
27% 17 ANOS
6%
7% 7%
27 ANOS
SIM
7%
13%
AS VEZES
53%
27%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
EMPRESAS QUE
ESTAVAM FECHADAS
Gráfico 23 – A fase do evento na qual o planejamento mais ajuda no caso das empresas
cadastradas.
DURANTE O EVENTO
7% 7%
13%
PRÉ- EVENTO, DURANTE O
EVENTO E NO PÓS- EVENTO
OPERACIONAL
7% 7%
13%
ESTRATÉGICO, TÁTICO E
OPERACIONAL
Como se pode observar com o gráfico 24, a maioria das empresas, sendo
representadas por 73% utilizam os três tipos de planejamento (estratégico, tático e
operacional), as mesmas 73% que consideram o planejamento importante desde o
pré-evento até o pós-evento, devido á isso se pode identificar que as empresas
cadastradas realmente se preocupam com o planejamento dos eventos que
realizam, além de se preocuparem com sua imagem, o que garante a mesma uma
maior projeção em relação às empresas não cadastradas e uma maior procura por
parte dos clientes para organizar seus eventos. E 7% como se pode observar
utilizam apenas o operacional, e ainda necessitam melhorar as estratégias de
planejamento para agregar o estratégico e o tático, para desenvolver melhor seu
operacional, já que o planejamento estratégico é de longo prazo para se resolver
questões difíceis e permite um planejamento mais sólido e concreto e o tático pode
ser agregado ao operacional já que são de curto prazo e resolvem questões mais
fáceis.
114
EXCELENTE
7%
13%
47%
BOM
33%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
De acordo com o gráfico 26, pode-se perceber que 47% das empresas
considera seu planejamento excelente, um pouco menos da metade das empresas,
afirmam ainda que não precisam melhorar em mais nada por sempre atingir a
excelência em seus eventos, mas sabe-se que sempre se pode melhorar e agregar
novidades, serviços, estudar a concorrência para cada vez mais se aperfeiçoar e
continuar conquistando os clientes. E 33% consideram o seu planejamento bom, o
que reforça que essas pretendem melhorar seu planejamento, pois os eventos
movimentam bastante a economia, e precisam de uma variedade de produtos e
serviços, esses que por sua vez devem ser escolhidos com cautela, de acordo com
o objetivo do evento, padrões de conforto, comodidade e qualidade.
116
ATÉ 5 PESSOAS
7%
13% 10- 15 PESSOAS
47%
13%
MAIS DE 25 PESSOAS
20%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
EMPRESAS QUE ESTAVAM
FECHADAS
SIM
7% 20%
13%
NÃO
SIM
7%
13%
EMPRESAS QUE
ESTAVAM FECHADAS
PORQUE PARTICIPAM DE
LICITAÇÕES E É OBRIGATÓRIO O
12% 17% CADASTRO
PORQUE SE PREOCUPAM COM
18% SEUS CLIENTES
17%
POR FICAREM AMPARADAS POR
12% LEIS E VISIBILIDADE NO MERCADO
12% 12%
NÃO RESPONDERAM A PERGUNTA
CONGRESSOS
FEIRAS
8% 4% SEMINÁRIOS
8% 29%
4% CASAMENTOS E 15 ANOS
8% LOGÍSTICA DE TRANSPORTES
9% 21%
9% FORMATURAS
SIM
7% NÃO
13%
40%
NA MAIORIA DAS VEZES SIM
20%
GERALMENTE
7% 13%
EMPRESAS QUE NÃO
QUISERAM RESPONDER
EMPRESAS QUE ESTAVAM
FECHADAS
Com isso percebe-se que o Turismo de Eventos é uma atividade econômica que
vem crescendo muito e que merece uma atenção especial não só na sua execução,
mas também em seu planejamento e um acompanhamento no decorrer de sua
realização. Os eventos podem ajudar um destino turístico de diversas formas,
realizando marketing dos atrativos do local sede do evento ou movimentando
também toda a cadeia turística e consequentemente a economia do local, seja de
forma direta ou indireta, etc.
124
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
<http://www.abeoc.org.br/2014/10/eventos-religiosos-movimentam-belem-e-
aparecida/>. Acesso em: 23 de out. 2014.
BENTRÃO, Otto di. Turismo: a indústria do século 21. Osasco: Novo Século, 2001.
CANTON, Antonia Marisa. Como aprender turismo como ensinar. São Paulo:
Editora Senac São Paulo, 2004.
DAOU, Ana Maria. A belle époque amazônica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
DIAS, Edna Leite. Uso da criatividade para o setor de eventos. In: BAHL, Miguel
(Org). Eventos: a importância para o turismo do terceiro milênio. São Paulo: Roca,
2003. p. 4- 10.
APÊNDICES
131
3. Grau de escolaridade:
( ) 1º Grau completo ( ) 1º Grau incompleto
( ) 2º Grau completo ( ) 2º Grau incompleto ( ) Superior completo
( ) Superior incompleto ( ) Pós-graduação ( ) outros
7. Qual o tipo de planejamento que a empresa utiliza para organizar seus eventos?
Por quê?
( )Estratégico ( ) Tático ( ) Operacional ( ) Estratégico, tático e operacional
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10. A empresa que você trabalha já realizou algum evento de forma amadorística?
( ) Sim ( ) Não
11. Você considera o planejamento importante para a empresa que você trabalha?
Por quê?
( ) Sim ( ) Não
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
12. Quais os problemas que ocorrem com maior frequência nos eventos organizados
pela empresa? Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
15. Quanto aos prestadores de serviços terceirizados contratados pela empresa são
sempre os mesmos fornecedores para todos os eventos? Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
133
3. Grau de escolaridade:
( ) 1º Grau completo ( ) 1º Grau incompleto
( ) 2º Grau completo ( ) 2º Grau incompleto ( ) Superior completo
( ) Superior incompleto ( ) Pós-graduação ( ) outros
7. Qual o tipo de planejamento que a empresa utiliza para organizar seus eventos?
Por quê?
( )Estratégico ( ) Tático ( ) Operacional ( ) Estratégico, tático e operacional
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10. A empresa que você trabalha já realizou algum evento de forma amadorística?
( ) Sim ( ) Não
11. Você considera o planejamento importante para a empresa que você trabalha?
Por quê?
( ) Sim ( ) Não
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
12. Quais os problemas que ocorrem com maior frequência nos eventos organizados
pela empresa? Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
15. Quanto aos prestadores de serviços terceirizados contratados pela empresa são
sempre os mesmos fornecedores para todos os eventos? Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
135
ANEXOS
136