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Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
PROCESSO Nº TST-RR-772-88.2014.5.12.0041
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1001340DB594E68E45.
A C Ó R D Ã O
6ª Turma
GDCPMS/lmx
Firmado por assinatura digital em 29/06/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP
2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.2
PROCESSO Nº TST-RR-772-88.2014.5.12.0041
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Irresignada, a reclamante interpõe recurso de revista
às fls. 395/412, insurgindo-se quanto ao referido tema.
Pelo despacho de fls. 427/429, o recurso de revista
da reclamada foi admitido por divergência jurisprudencial.
Contrarrazões as fls. 433/441.
O d. Ministério Público do Trabalho opina pelo não
conhecimento do recurso de revista.
É relatório.
V O T O
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Tribunal Superior do Trabalho fls.3
PROCESSO Nº TST-RR-772-88.2014.5.12.0041
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Na seção para ‘considerações’, em análise da insalubridade conforme a
NR-15 (fls. 132v-134), o expert afirmou que as atividades realizadas pela
reclamante não são desenvolvidas nos locais determinados pelo Anexo 14,
da NR 15, limitando-se a visitas nas residências ou ações comunitárias de
prevenção de doenças ou promoção da saúde, inexistindo contato
permanente com pacientes, bem como contato com objetos de uso nestes
pacientes.
Insta destacar que não seria pelo fato de o perito do Juízo ter concluído
pela inexistência da insalubridade que tornaria obrigatório o Magistrado
rejeitar a pretensão referente ao correspondente adicional, isto porque o Juiz
não esta adstrito à conclusão do laudo pericial. Em tais situações, desde que
apresente os fundamentos que lhe formaram a convicção para agir
contrariamente à prova técnica, a decisão se mostraria insuscetível de
reforma.
Pois bem.
No laudo pericial, utilizado como prova emprestada, cuja
produção, repiso, se deu nos autos da RTOrd
0000733-91.2014.5.12.0041 (2ª Vara do Trabalho de Tubarão), constato
que, além de o perito ter concluído que, em face do que determina a
NR-15, anexo 14, as atividades da reclamante não atendem aos dois
requisitos básicos para caracterizar sua atividade como insalubre, vale
dizer, local de trabalho e contato permanente com pacientes ou objetos
de uso nos pacientes, verifico também que os presentes autos carecem de
outros elementos capazes de infirmar a conclusão do precitado laudo
pericial, bastando ver que a parte autora deixou de carrear para os
autos laudo que, envolvendo o mesmo reclamado (Município de
Tubarão), tenha apontado para direção oposta àquela indicada pela
prova emprestada.
Portanto, a despeito das razões expendidas pela recorrente, não as
entendo como hábeis e suficientes para que se aplique, na hipótese em
exame, a regra do art. 436 do CPC e, dessa forma, venha a ser
desconstituída a prova técnica produzida neste feito.
Ademais, não se pode olvidar que o expert é profissional da inteira
confiança do juízo e a perícia foi realizada com base em dados obtidos em
visitas aos locais de labor de tais servidores, tendo o perito não só procedido
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Tribunal Superior do Trabalho fls.4
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ao exame de tais condições, mas também respondido aos quesitos indicados
pelas partes e emitido seu parecer técnico de forma circunstanciada.
Assim, considerando que foi vistoriado o local de trabalho da parte
autora e não havendo como ser mitigada a assertiva do experto, qual seja, no
sentido de que o contato com agentes insalubres (agentes biológicos) não
ocorre, no caso concreto, de forma habitual, mostra-se escorreita a decisão
revisanda que considerou indevido o adicional em comento.
Diante do exposto, nego provimento ao recurso.”
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Tribunal Superior do Trabalho fls.5
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necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada
pelo Ministério do Trabalho."
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O Agente Comunitário de Saúde, cujas atividades encontram-se
discriminadas na Lei Federal nº 11.350/2006, presta orientação comunitária
preventiva no âmbito do Sistema Único de Saúde. Atua estritamente no meio
doméstico/familiar da comunidade, mediante ações de vigilância, prevenção
e controle de doenças e promoção da saúde (artigo 4º da Lei nº 11.350/2006).
3. O contato do agente comunitário de saúde com enfermos, durante visitas
nas residências da comunidade, sem que resulte cabalmente demonstrado
contato permanente com portadores de doenças transmissíveis, não gera
direito ao adicional de insalubridade. Precedente da SbDI-1 do TST
(ERR-207000-08.2009.5.04.0231, Red. p/ acórdão Min. Aloysio Corrêa da
Veiga, julgado em 18/2/2016). 4. Embargos do Reclamado de que se
conhece, por divergência jurisprudencial, e a que se dá provimento.” (E-RR -
510-41.2013.5.04.0771 , Relator Ministro: João Oreste Dalazen, Data de
Julgamento: 03/03/2016, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais,
Data de Publicação: DEJT 11/03/2016)
ISTO POSTO
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Desembargador Convocado Relator
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