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INTRODUÇÃO GERAL

AO MISSAL ROMANO
INTRODUÇÃO GERAL
AO MISSAL ROMANO

INSTRUÇÃO GERAL
DO MISSAL ROMANO
3ª edição típica

NORMAS GERAIS
SOBRE O ANO LITÚRGICO
E O CALENDÁRIO

SECRETARIADO NACIONAL DE LITURGIA


Imprimatur
4 de Dezembro de 2003
No 40º aniversário da aprovação da Constituição sobre a sagrada
Liturgia, Sacrosanctum Concilium.
@ D. António Maria Bessa Taipa.
Presidente da Comissão Episcopal de Liturgia.

Reservados todos os direitos


de acordo com a legislação em vigor

© Conferência Episcopal Portuguesa

Impressão e acabamento:
G.C.– Gráfica de Coimbra, Lda.

Depósito Legal nº 204403/03


ISBN 972-8286-32-5

Distribuição:
Secretariado Nacional de Liturgia
Santuário de Fátima
Apartado 31
2496-908 FÁTIMA
secretariado@liturgia.pt
www.liturgia.pt
APRESENTAÇÃO

A Instrução Geral do Missal Romano é um texto fundamental para a


compreensão da liturgia da Missa. De facto, entre nós já foram publicadas
seis edições: uma apareceu na revista beneditina “Ora et Labora”, com
notas e comentários da autoria de D. Tomás Gonçalinho de Oliveira, e
outra, nas publicações do “Mensageiro” do Secretariado Nacional do
Apostolado da Oração. As quatro últimas edições foram do Secretariado
Nacional de Liturgia.
O texto desta Instrução excede em muito o âmbito de uma simples
introdução ao Missal e distingue-se sobretudo pelo seu carácter doutrinal e
pastoral. Nela descobrimos a teologia da celebração. Nela encontramos as
orientações fundamentais para conduzir a comunidade cristã à participação
consciente, activa e frutuosa, na celebração da Palavra e da Eucaristia,
segundo o espírito da Constituição conciliar Sacrosanctum Concilium.
A presente edição encontra-se enriquecida com as alterações
introduzidas na nova edição típica latina do Missal Romano. A numeração
é totalmente nova, dado que os números do Proémio foram integrados como
os primeiros da Instrução. Muitos textos foram modificados e alguns são
mesmo novos, como p. ex. todo o capítulo IX sobre as adaptações.
Integram ainda esta edição as “Normas Gerais sobre o Ano Litúrgico
e o Calendário”, introduzidas pela Carta Apostólica Mysterii Paschalis
do Papa Paulo VI, que ajudam a compreender os diversos dias e tempos
litúrgicos ao longo do ano. Este conjunto forma uma verdadeira introdução
ao Missal.
Fazemos votos para que a presente edição ajude a alcançar os
objectivos desta Instrução e as suas orientações regulem toda a celebração
eucarística. É nosso dever “procurar que os presbíteros, diáconos e fiéis
leigos compreendam sempre profundamente o genuíno sentido dos ritos e
textos litúrgicos, e desse modo sejam levados à celebração activa e frutuosa
da Eucaristia” (IGMR 22).
Recomendamos a leitura atenta desta Instrução a todos os fiéis,
mormente os que exercem os ministérios aqui descritos e recomendados.

 António Maria Bessa Taipa


CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA
“MISSALE ROMANUM”

PELA QUAL É PROMULGADO O MISSAL ROMANO


REFORMADO POR DECRETO DO CONCILIO VATICANO
II

PAULO BISPO
Servo dos servos de Deus para perpétua memória

O Missal romano, promulgado em 1570 pelo Nosso Predecessor S.


Pio V, de acordo com os decretos do Concílio de Trento,1 é considerado
por todos como um dos muitos e admiráveis frutos que daquele Sagrado
Sínodo advieram para toda a Igreja de Cristo. Com efeito, durante quatro
séculos, ele constituiu para os sacerdotes do rito latino a norma da celebra-
ção do sacrifício eucarístico e foi levado a quase todas as partes do mundo
pelos arautos do Evangelho. Inumeráveis foram também os varões santos
que alimentaram a sua piedade para com Deus com as leituras bíblicas e as
orações deste Missal, cuja ordenação geral, na sua parte mais importante,
se deve a S. Gregório Magno.
Entretanto, como consequência do movimento litúrgico que se foi
afirmando e desenvolvendo entre o povo cristão e que o Nosso Predecessor
Pio XII, de veneranda memória, qualificou como “sinal das disposições
providenciais de Deus para o tempo presente e como passagem salutar do
Espírito Santo pela Igreja”,2 começou a sentir-se claramente a necessidade
de rever e enriquecer os formulários do Missal Romano. Nesse sentido,

1
Const. Apost. Quo primum, 14 de Julho de 1570.
2
Cf. Pio XII, Alocução aos participantes no primeiro Congresso mundial de Liturgia
pastoral de Assis, 22 de Setembro de 1956: AAS 48 (1956), p. 712.
8 CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA

o mesmo Nosso Predecessor deu início a este trabalho restaurando a


Vigília Pascal e toda a liturgia da Semana Santa,3 dando assim o primeiro
passo para a adaptação do Missal Romano às exigências da mentalidade
contemporânea.
O recente Concílio Ecuménico Vaticano II, na sua Constituição Sa-
crosanctum Concilium, assentou as bases de uma reforma geral do Missal
Romano. Nesta Constituição se determina, antes de mais, que os textos e os
ritos sejam ordenados de modo a exprimirem com mais clareza as realidades
santas que significam;4 depois, que o Ordinário da Missa seja revisto no
sentido de realçar a característica própria de cada uma das suas partes e a
sua mútua conexão, e de facilitar ao mesmo tempo a participação piedosa
e activa dos fiéis;5 e ainda que a mesa da palavra de Deus seja preparada
com mais abundância aos fiéis, abrindo-lhes mais amplamente os tesouros
da Bíblia;6 finalmente, que seja elaborado um novo rito da concelebração,
a inserir no Pontifical e no Missal Romano.7
Não se pense, todavia, que esta reforma do Missal Romano tenha sido
realizada de um momento para o outro. O caminho já vinha sendo preparado
pelos progressos da ciência litúrgica ao longo destes últimos quatro séculos.
Depois do Concílio de Trento, o estudo dos antigos códices da Biblioteca
Vaticana e de outras várias procedências – como afirma a Constituição
Apostólica Quo primum, do nosso Predecessor Pio V – contribuiu não pouco
para a revisão do Missal Romano. Além disso, desde então para cá, não só
foram descobertos e publicados documentos das mais antigas fontes litúrgi-
cas, como também se aprofundou mais o estudo dos formulários litúrgicos
da Igreja Oriental. E assim foi despertando em muitos o desejo de que tais
riquezas doutrinais e espirituais não ficassem sepultadas na obscuridade

3
Cf. S. Congr. dos Ritos, Decr. Dominicae resurrectionis, 9 de Fevereiro de 1951: AAS
43 (1951), pp. 128 ss.; Decr. Maxima redemptionis nostrae mysteria, 16 de Novembro de
1955: AAS 47 (1955), pp. 838 ss.
4
Conc. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 21: AAS 56
(1964), p. 106.
5
Ibidem, n. 50, p. 114.
6
Ibidem, n. 51, p. 114.
7
Ibidem, n. 57, p. 115.
«MISSALE ROMANUM» 9

dos arquivos, mas fossem trazidas à luz, de modo a poderem iluminar e


alimentar o espírito e a mente dos fiéis.
Posto isto, apresentemos, nas suas linhas gerais, a nova estrutura do
Missal Romano. Em primeiro lugar encontramos, como proémio de todo o
livro, a Instrução Geral, com as novas normas para a celebração do sacrifício
eucarístico, tanto no que se refere à execução dos ritos como no que toca à
função própria de cada um dos participantes, como ainda no que respeita
às alfaias e lugares sagrados.
A inovação principal desta reforma está na chamada Oração Euca-
rística. No rito romano, a primeira parte desta Oração, isto é, o Prefácio,
teve sempre, no decurso dos séculos, formulários variáveis, ao passo que a
segunda parte, chamada Cânone, desde os séculos IV-V mantém uma forma
fixa. Pelo contrário, as Liturgias Orientais admitiram sempre uma certa va-
riedade de Anáforas. Neste ponto, foi a Oração Eucarística enriquecida com
novos prefácios, tirados uns da antiga tradição romana, outros compostos de
novo. Estes prefácios, ao mesmo tempo que põem em relevo os aspectos mais
salientes do mistério salvífico, apresentam também variados e ricos motivos
de acção de graças. Além disso, mandámos que fossem acrescentados a esta
Oração Eucarística mais três novos Cânones. No entanto, tendo em conta
razões de ordem pastoral e para facilitar a concelebração, ordenámos que as
palavras do Senhor sejam as mesmas em todos os formulários do Cânone.
Neste sentido, determinámos que as referidas palavras, em cada uma das
Orações Eucarísticas, sejam proferidas do modo seguinte:
— Sobre o pão: Accipite et manducate ex hoc omnes: Hoc est enim
Corpus meum, quod pro vobis tradetur
— Sobre o cálice: Accipite et bibite ex eo omnes: Hic est enim calix
Sanguinis mei novi et aeterni testamenti, qui pro vobis et pro multis effunde-
tur in remissionem peccatorum. Hoc facite in meam commemorationem.
As palavras Mistério da fé são destacadas das palavras de Cristo Se-
nhor e proferidas pelo sacerdote como introdução à aclamação dos fiéis.
No que se refere ao Ordinário da Missa, os ritos foram simplificados,
conservando a substância.8 Assim, foram suprimidas duplificações que se
tinham introduzido no decurso dos tempos, bem como outros elementos de
menor utilidade,9 o que se verifica particularmente nos ritos da apresentação
do pão e do vinho, da fracção do pão e da Comunhão.
10 CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA

Por outro lado, seguindo a norma dos Santos Padres, foram restabe-
lecidos certos elementos que, com o tempo, tinham desaparecido,10 entre
os quais figuram a homilia,11 a oração universal ou oração dos fiéis,12 o rito
penitencial ou de reconciliação com Deus e com os irmãos no princípio da
Missa, rito este ao qual se restituiu a devida importância.
Além disso, segundo a prescrição do Concílio Vaticano II, que manda
se leia ao povo, no espaço de um determinado número de anos, a parte mais
importante da Escritura Sagrada,13 o conjunto das leituras dominicais foi
distribuído por um período de três anos. Por outro lado, nos dias festivos
mais solenes, a leitura da Epístola e do Evangelho é precedida de outra
leitura, tomada do Antigo Testamento ou, no tempo pascal, dos Actos dos
Apóstolos. Deste modo, é posta mais em relevo a continuidade do mistério
salvífico, apresentada nos próprios textos da revelação divina. Esta conside-
rável abundância de leituras bíblicas, em que se oferece aos fiéis, nos dias
festivos, a parte mais significativa da Sagrada Escritura, é completada ainda
com as outras partes dos livros sagrados que se lêem nos dias da semana.
Todo este ordenamento tem por finalidade despertar cada vez mais nos
fiéis aquela fome da palavra de Deus 14 que leve o povo da nova aliança a
sentir-se como que impelido pelo Espírito Santo a realizar a perfeita unidade
da Igreja. Nestas condições, nutrimos a mais viva esperança de que este
novo ordenamento do Missal irá proporcionar aos sacerdotes e aos fiéis a
possibilidade de prepararem em comum mais santamente o espírito para a
celebração da Ceia do Senhor, alimentando-se dia a dia mais abundantemente
com a palavra do Senhor, através de uma meditação mais aprofundada da
Sagrada Escritura. Daqui se seguirá, como é desejo do Concílio Vaticano

8
Ibidem, n. 50, p. 114.
9
Ibidem, n. 50, p. 114.
10
Ibidem, n. 50, p. 114.
11
Ibidem, n. 52, p. 114.
12
Ibidem, n. 53, p. 114.
13
Ibidem, n. 51, p. 114.
14
Cf. Amós 8, 11
«MISSALE ROMANUM» 11

II, que a Escritura divina se torne para todos fonte perene de vida espiritual,
instrumento primordial de catequese cristã, compêndio substancial de
formação teológica.
Nesta reforma do Missal Romano, as alterações não se limitaram ape-
nas às três partes de que tratámos, isto é, à Oração Eucarística, ao Ordinário
da Missa e ao Leccionário; foram igualmente revistas, e até bastante modifi-
cadas, as restantes partes do Missal, a saber: o Próprio do Tempo, o Próprio
e o Comum dos Santos, as Missas rituais e as Missas votivas. Neste ponto,
foram objecto de particular atenção as orações. Aumentou-se o seu número,
de modo a corresponder, com formulários novos, às novas necessidades dos
nossos tempos; foram revistos os formulários das orações mais antigas, cujo
texto foi criticamente estabelecido à luz dos antigos códices. Assinale-se
ainda que os dias feriais dos principais tempos litúrgicos – Advento, Natal,
Quaresma e Páscoa – passam a ter uma oração própria para cada dia.
Resta acrescentar que, embora não se tenha modificado o Gradual
Romano, pelo menos no que se refere ao canto, julgou-se contudo opor-
tuno restaurar, no sentido de os tornar mais acessíveis, o chamado salmo
responsorial, a que S. Agostinho e S. Leão Magno tantas vezes se referem,
e também as antífonas da entrada e da comunhão para as Missas rezadas.
Para terminar, apraz-Nos tirar algumas conclusões de tudo o que ficou
exposto relativamente ao novo Missal Romano. Quando o nosso Antecessor
S. Pio V promulgou a primeira edição do Missal Romano, apresentou-o ao
povo cristão como instrumento da unidade litúrgica e monumento do genu-
íno culto religioso na Igreja. Também Nós, ainda que admitamos no novo
Missal, de acordo com as prescrições do Concílio Vaticano II, variantes e
adaptações legítimas 15 confiamos que ele irá ser recebido pelos fiéis como
instrumento valioso para testemunhar e confirmar entre todos a mútua
unidade. Por variadas que sejam as línguas, uma só e mesma oração, mais
fragrante que o incenso, subirá ao Pai dos Céus, pelo nosso Sumo Pontífice
Jesus Cristo, no Espírito Santo.

15
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a Sagrada Liturgia. Sacrosanctum Concilium, nn. 38-40:
AAS 56 (1964), p. 110.
12 CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA

Ordenamos que as prescrições contidas nesta Constituição entrem em


vigor no dia 30 do próximo mês de Novembro do corrente ano, primeiro
Domingo do Advento.
Queremos também que tudo quanto nesta Constituição fica
estabelecido e prescrito tenha força de lei, agora e para o futuro, não obstante,
se for caso disso, as Constituições e Ordenações Apostólicas dos nossos
Predecessores, ou quaisquer outras prescrições, ainda que dignas de especial
menção ou derrogação.
Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 3 de Abril, Quinta-Feira da
Ceia do Senhor, do ano 1969, sexto do nosso Pontificado.

PAULO PP. VI
INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

PROÉMIO

1. Quando Cristo Senhor estava para celebrar com os discípulos a


ceia pascal, na qual instituiu o sacrifício do seu Corpo e Sangue, mandou
preparar uma grande sala mobilada (Lc 22, 12). A Igreja sempre entendeu
que esta ordem lhe dizia respeito e, por isso, foi estabelecendo normas para
a celebração da santíssima Eucaristia, no que se refere às disposições da
alma, aos lugares, aos ritos, aos textos. As presentes normas, promulgadas
por vontade expressa do II Concílio do Vaticano, e o novo Missal que, de
futuro, vai ser usado pela Igreja do Rito romano na celebração da Missa,
constituem mais uma prova desta solicitude da Igreja, da sua fé e do seu
amor inalterado para com o sublime mistério eucarístico, e da sua tradição
contínua e coerente, não obstante a introdução de algumas inovações.

Testemunho de fé inalterável

2. A natureza sacrificial da Missa, solenemente afirmada pelo Concílio


de Trento,1 de acordo com toda a tradição da Igreja, foi mais uma vez for-
mulada pelo II Concílio do Vaticano, quando, a respeito da Missa, proferiu
estas significativas palavras: “O nosso Salvador, na última Ceia, instituiu o
sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue, com o fim de perpetuar através
dos séculos, até à sua vinda, o sacrifício da cruz e, deste modo, confiar à
Igreja, sua amada Esposa, o memorial da sua Morte e Ressurreição”.2

1
Conc. de Trento, Sessão XXII, 17 de Setembro de 1562: DS 1738-1759.
2
II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 47; cf.
Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, 3, 28; Decr. sobre o ministério e a vida dos
Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 2, 4, 5.
14 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Esta doutrina do Concílio encontramo-la expressamente enunciada,


de modo constante, nos próprios textos da Missa. Assim, o que já no anti-
go Sacramentário, vulgarmente chamado Leoniano, se exprimia de modo
inequívoco nesta frase: “todas as vezes que celebramos o memorial deste
sacrifício, realiza-se a obra da nossa redenção”,3 aparece-nos desenvolvido
com toda a clareza e propriedade nas Orações eucarísticas. Com efeito, no
momento em que o sacerdote faz a anamnese, dirigindo-se a Deus, em nome
de todo o povo, dá-Lhe graças e oferece-Lhe o sacrifício vivo e santo, isto
é, a oblação apresentada pela Igreja e a Vítima, por cuja imolação quis o
mesmo Deus ser aplacado;4 e pede que o Corpo e Sangue de Cristo sejam
sacrifício agradável a Deus Pai e salvação para todo o mundo.5
Deste modo, no novo Missal, a norma da oração (lex orandi) da Igreja
está em consonância perfeita com a perene norma de fé (lex credendi). Esta
ensina-nos que, excepto o modo de oferecer, que é diverso, existe perfeita
identidade entre o sacrifício da cruz e a sua renovação sacramental na Mis-
sa instituída por Cristo Senhor na última Ceia, ao mandar aos Apóstolos
que a celebrassem em memória d’Ele. Consequentemente, a Missa é ao
mesmo tempo sacrifício de louvor, de acção de graças, de propiciação e de
satisfação.
3. O mistério admirável da presença real do Senhor sob as espécies
eucarísticas, reafirmado pelo II Concílio do Vaticano 6 e outros documentos
do Magistério da Igreja,7 no mesmo sentido e com a mesma doutrina
com que o Concílio de Trento o tinha proposto à nossa fé,8 é também
claramente expresso na celebração da Missa, não só pelas próprias

3
Missa vespertina na Ceia do Senhor, oração sobre as oblatas. Cf. Sacramentarium Veronense,
ed. L.C. Mohlberg, n. 93.
4
Cf. Oração eucarística III.
5
Cf. Oração eucarística IV.
6
II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 7, 47;
Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5, 18.
7
Cf. Pio XII, Enc. Humani generis, 12 Ag. 1950: AAS 42 (1950) 570-571; Paulo VI, Enc.
Mysterium Fidei, 3 Setembro de 1965: AAS 57 (1965) 762-769; Sollemnis Professio Fidei [=
Credo do Povo de Deus], 30 Junho 1968, 24-26: AAS 60 (1968) 442-443; S. Congregação
dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 Maio 1967, 3f, 9: AAS 59 (1967) 543,
547.
8
Cf. Conc. de Trento, Sessão XIII, 11 de Outubro 1551: DS 1635-1661.
PROÉMIO 15

palavras da consagração, em virtude das quais Cristo se torna presente


por transubstanciação, mas também pela forma como, ao longo de toda
a liturgia eucarística, se exprimem os sentimentos de suma reverência e
adoração. É este o motivo que leva o povo cristão a prestar culto peculiar
de adoração a tão admirável Sacramento, na Quinta-Feira da Ceia do Senhor
e na solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.
4. Quanto à natureza do sacerdócio ministerial próprio do Bispo e do
presbítero, que na pessoa de Cristo oferecem o sacrifício e presidem à assem-
bleia do povo santo, ela é posta claramente em relevo pela própria estrutura
dos ritos, lugar de preeminência e função mesma do sacerdote. Os atributos
desta função ministerial são enunciados explícita e desenvolvidamente no
prefácio da Missa crismal, em Quinta-Feira da Semana Santa, precisamente
no dia em que se comemora a instituição do sacerdócio. Nesta acção de
graças é claramente afirmada a transmissão do poder sacerdotal mediante a
imposição das mãos; e é descrito este poder, enumerando as suas diversas
funções, como continuação do poder do próprio Cristo, Sumo Pontífice da
Nova Aliança.
5. Mas esta natureza do sacerdócio ministerial vem também colocar na
sua verdadeira luz outra realidade de suma importância, que é o sacerdócio
real dos fiéis, cujo sacrifício espiritual é consumado pelo ministério do Bispo
e dos presbíteros em união com o sacrifício de Cristo, único Mediador.9 Com
efeito, a celebração da Eucaristia é acção de toda a Igreja; nesta acção cada
um intervém fazendo tudo e só o que lhe compete, conforme a sua posição
dentro do povo de Deus. E foi precisamente isto o que levou a prestar maior
atenção a certos aspectos da celebração litúrgica insuficientemente valori-
zados no decurso dos séculos. Este povo é o povo de Deus, adquirido pelo
Sangue de Cristo, congregado pelo Senhor, alimentado com a sua palavra;
povo chamado para fazer subir até Deus as preces de toda a família huma-
na; povo que em Cristo dá graças pelo mistério da salvação, oferecendo o
seu Sacrifício; povo, finalmente, que, pela comunhão do Corpo e Sangue
de Cristo, se consolida na unidade. E este povo, embora seja santo pela sua

9
Cf. II Conc. do Vaticano, Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum
ordinis, 2.
16 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

origem, vai continuamente crescendo em santidade, através da participação


consciente, activa e frutuosa no mistério eucarístico.10

Uma tradição ininterrupta

6. Ao enunciar os princípios que deveriam presidir à revisão do Ordo


Missae, o II Concílio do Vaticano, servindo-se dos mesmos termos usados
por S. Pio V na Bula Quo primum, que promulgava o Missal Tridentino
de 1570, determina, entre outras coisas, que certos ritos sejam restaurados
“em conformidade com a antiga norma dos Santos Padres”.11 Na própria
concordância de termos, pode já verificar-se como, não obstante o espaço
de quatro séculos que medeia entre eles, ambos os Missais romanos seguem
a mesma tradição. E, se examinarmos atentamente os elementos mais pro-
fundos desta tradição, veremos também como, de uma forma muito feliz, o
segundo Missal vem aperfeiçoar o primeiro.
7. Numa época particularmente difícil como aquela, em que estava em
perigo a fé católica sobre o carácter sacrificial da Missa, sobre o sacerdócio
ministerial, sobre a presença real e permanente de Cristo sob as espécies
eucarísticas, o que mais preocupava S. Pio V era salvaguardar uma tradição,
algo recente, é certo, mas injustamente atacada, e, consequentemente,
introduzir o mínimo de alterações nos ritos sagrados. De facto, este Missal
de 1570 pouco difere do primeiro impresso em 1474, o qual, por sua vez,
reproduz fielmente o Missal do tempo de Inocêncio III. Além disso, se bem
que os códices da Biblioteca Vaticana tenham ajudado a corrigir algumas
expressões, não permitiram, naquela diligente investigação dos “antigos
e mais fidedignos autores” ir além dos comentários litúrgicos da Idade
Média.
8. Pelo contrário, hoje em dia, aquela “norma dos Santos Padres”,
que os correctores do Missal de S. Pio V se propunham seguir, encontra-
se enriquecida com numerosos estudos de eruditos. Com efeito, após a

Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 11.
10

Ibidem, 50.
11
PROÉMIO 17

primeira edição do chamado Sacramentário Gregoriano, publicado em


1571, os antigos Sacramentários romanos e Ambrosianos, bem como os
antigos livros litúrgicos Hispânicos e Galicanos, têm sido objecto de várias
edições críticas, que deram a conhecer numerosíssimas orações de grande
valor espiritual, até então desconhecidas.
Além disso, após a descoberta de numerosos documentos litúrgicos,
também se conhecem melhor as tradições dos primeiros séculos, anteriores
à formação dos ritos do Oriente e do Ocidente.
Há ainda a acrescentar o progresso dos estudos patrísticos, que veio
projectar nova luz sobre a teologia do mistério eucarístico, ilustrando-a com
a doutrina dos mais eminentes Padres da antiguidade cristã, tais como S.
Ireneu, S. Ambrósio, S. Cirilo de Jerusalém, S. João Crisóstomo.
9. Por isso, a “norma dos Santos Padres” não reclama somente a
conservação daquelas tradições que nos legaram os nossos antepassados
imediatos; exige também que se abranja e examine mais profundamente todo
o passado da Igreja e todos esses diversos modos pelos quais se exprimiu a
única e mesma fé, através das mais variadas formas de cultura e civilização,
como as que correspondem às regiões semitas, gregas e latinas. Esta mais
ampla perspectiva permite-nos descobrir como o Espírito Santo inspira ao
povo de Deus uma admirável fidelidade na guarda imutável do depósito
da fé, por mais variadas que se apresentem as formas da oração e dos ritos
sagrados.

Adaptação às novas circunstâncias

10. O novo Missal, se por um lado testemunha a norma da oração (lex


orandi) da Igreja Romana e salvaguarda o depósito da fé tal como nos foi
transmitido pelos Concílios mais recentes, por outro lado significa também
um passo de grande importância na tradição litúrgica.
Embora os Padres do II Concílio do Vaticano tenham reiterado as
afirmações dogmáticas do Concílio de Trento, falavam contudo numa época
da vida do mundo muito distante daquela, o que os levou a apresentar,
no campo pastoral, resoluções e orientações impensáveis quatro séculos
atrás.
18 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

11. O Concílio de Trento já tinha reconhecido o grande valor catequético


que encerra a celebração da Missa; não estava, todavia, em condições de
poder extrair daí todas as consequências de ordem prática. Muitos solicitavam
que fosse autorizado o uso da língua vernácula na celebração do sacrifício
eucarístico. Atentas, porém, as circunstâncias particulares de então, face a
um pedido desta natureza, o Concílio entendeu que devia reafirmar a doutrina
tradicional da Igreja, segundo a qual o sacrifício eucarístico é, antes e acima
de tudo, acção do próprio Cristo e, portanto, a eficácia que lhe é própria
não pode ser afectada pelo modo como nele participam os fiéis. E assim,
de modo firme e moderado, exprimiu-se nestes termos: “Embora a Missa
contenha uma grande riqueza doutrinal para o povo fiel, todavia os Padres
não julgaram oportuno que ela fosse habitualmente celebrada em língua
vulgar”.12 E condenou quem sustentasse “ser de rejeitar o uso da Igreja
Romana, de recitar em voz baixa o Cânone com as palavras da consagração;
ou que se deve celebrar a Missa somente em língua vulgar”.13 No entanto,
se por um lado o Concílio proibia o uso da língua vernácula na Missa, por
outro impunha aos pastores de almas a obrigação de suprir esta deficiência
com uma catequese adequada: “Para que as ovelhas de Cristo não passem
fome..., ordena o sagrado Sínodo aos pastores e a todos os que têm cura de
almas que, no decurso da celebração da Missa, façam com frequência, por
si ou por outrem, uma explicação dos textos lidos na Missa e, entre outras
coisas, exponham algum mistério deste santíssimo sacrifício, especialmente
aos domingos e dias festivos”.14
12. Reunido o II Concílio do Vaticano, precisamente com a finalidade
de adaptar a Igreja às exigências do seu múnus apostólico em nossos dias,
prestou fundamental atenção, como já o fizera o de Trento, à índole didáctica
e pastoral da sagrada Liturgia.15 E porque ninguém, entre os católicos, negava
a legitimidade e eficácia do rito sagrado celebrado em latim, o Concílio não
teve dificuldade em admitir que “não raro pode ser de grande utilidade para

12
Conc. de Trento, Sessão XXII, Doutr. sobre o SS. Sacrifício da Missa, cap. 8: DS 1749.
13
Ibidem, can. 9: DS 1759.
14
Ibidem, cap. 8: DS 1749.
15
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 33.
PROÉMIO 19

o povo o uso da língua vernácula na Liturgia” e autorizou o seu uso.16 O


entusiasmo com que por toda a parte foi recebida esta decisão conciliar teve
como resultado que, sob a égide dos Bispos e da própria Sé Apostólica, se
passou a autorizar a língua vulgar em todas as celebrações litúrgicas com
participação do povo, a fim de permitir uma compreensão mais plena do
mistério celebrado.
13. Dado que o uso da língua vernácula na Liturgia é um instrumento de
grande importância para exprimir mais claramente a catequese do mistério
contida na celebração, o II Concílio do Vaticano entendeu dever relembrar a
necessidade de pôr em prática algumas prescrições do Concílio de Trento que
não tinham sido respeitadas em toda a parte, como a obrigação da homilia
aos domingos e dias festivos 17 e a possibilidade de inserir admonições dentro
dos próprios ritos sagrados.18
Mas, sobretudo, ao aconselhar “a participação mais perfeita na Missa,
pela qual os fiéis, depois da comunhão do sacerdote, recebem do mesmo
sacrifício o Corpo do Senhor”,19 o II Concílio do Vaticano exorta a pôr em
prática outra recomendação dos Padres Tridentinos: que, para participarem
mais plenamente na sagrada Eucaristia, “os fiéis presentes comunguem em
cada Missa, não apenas pelo desejo espiritual, mas também pela recepção
sacramental da Eucaristia”.20
14. Este mesmo espírito e zelo pastoral levaram o II Concílio do Vatica-
no a reexaminar as decisões do Concílio de Trento referentes à comunhão
sob as duas espécies. Uma vez que, hoje em dia, ninguém põe em dúvida
os princípios doutrinais relativos ao pleno valor da comunhão eucarística
recebida apenas sob a espécie do pão, o Concílio autorizou para certos casos
a comunhão sob as duas espécies, com a qual, graças a uma apresentação
mais clara do sinal sacramental, se dá aos fiéis uma ocasião oportuna para
compreender mais profundamente o mistério em que participam.21

16
Ibidem, 36.
17
Ibidem,52.
18
Ibidem,35 § 3.
19
Ibidem,55.
20
Conc. de Trento, Sessão XXII, Doutr. sobre o SS. Sacrifício da Missa, cap. 6: DS 1747.
21
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 55.
20 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

15. Assim a Igreja, mantendo-se fiel à sua missão de mestra da verdade,


conservando o que é “antigo”, isto é, o depósito da tradição, cumpre também
o dever de considerar e adoptar o que é “novo” (cf. Mt 13, 52).
Por isso, uma parte do novo Missal apresenta orações da Igreja
mais directamente orientadas para as necessidades dos nossos tempos. Isto
aplica-se de modo particular às Missas rituais e “para várias circunstâncias”,
nas quais se encontram oportunamente combinadas a tradição e a inovação.
Assim, enquanto se mantêm intactas inúmeras expressões herdadas da
mais antiga tradição da Igreja, transmitidas pelo próprio Missal Romano
nas suas múltiplas edições, muitas outras foram adaptadas às necessidades
e circunstâncias actuais; outras ainda – como as orações pela Igreja, pelos
leigos, pela santificação do trabalho humano, pela comunidade das nações,
por algumas necessidades peculiares do nosso tempo – tiveram de ser
compostas integralmente, utilizando as ideias, muitas vezes até as expressões,
dos recentes documentos conciliares.
Ao utilizar os textos da mais antiga tradição, tendo em conta a situação
do mundo contemporâneo, entendeu-se que se podiam modificar certas frases
ou expressões sem atentar em nada contra tão venerável tesouro, com o fim
de adaptar melhor o seu estilo à linguagem teológica hodierna e reflectir
mais perfeitamente a presente disciplina da Igreja; por exemplo: algumas
expressões relativas ao apreço e uso dos bens terrenos e outras que se referem
a formas de penitência exterior próprias de outros tempos.
Deste modo, as normas litúrgicas do Concílio de Trento foram em
grande parte completadas e aperfeiçoadas pelas do II Concílio do Vaticano,
que pôde levar a termo os esforços no sentido de aproximar mais os fiéis da
sagrada Liturgia, esforços estes desenvolvidos ao longo dos últimos quatro
séculos, sobretudo nos tempos mais recentes, graças especialmente ao zelo
litúrgico de S. Pio X e seus Sucessores.
CAPÍTULO I

IMPORTÂNCIA E DIGNIDADE
DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA

16. A celebração da Missa, como acção de Cristo e do povo de Deus hie-


rarquicamente ordenado, é o centro de toda a vida cristã, tanto para a Igreja,
quer universal quer local, como para cada um dos fiéis.22 Nela culmina
toda a acção pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo, bem como todo
o culto pelo qual os homens, por meio de Cristo, Filho de Deus, no Espírito
Santo, prestam adoração ao Pai.23 Nela se comemoram também, ao longo
do ano, os mistérios da Redenção, de tal forma que eles se tornam, de algum
modo, presentes.24 Todas as outras acções sagradas e todas as obras da vida
cristã com ela estão relacionadas, dela derivam e a ela se ordenam.25
17. Por isso, é da máxima importância que a celebração da Missa ou Ceia
do Senhor de tal modo se ordene que ministros sagrados e fiéis, participando
nela cada qual segundo a sua condição, dela colham os mais abundantes
frutos.26 Foi para isso que Cristo instituiu o sacrifício eucarístico do seu
Corpo e Sangue e o confiou à Igreja, sua amada esposa, como memorial da
sua paixão e ressurreição.27

22
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
41; Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium,11; Decr. sobre o ministério e a vida
dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 2, 5, 6; Decreto sobre o múnus pastoral dos
Bispos, Christus Dominus, 30; Decreto sobre o Ecumenismo Unitatis redintegratio,15;
S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 3e, 6: AAS 59 (1967)
542.544-545.
23
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 10.
24
Cf. Ibidem,102.
25
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 10;
Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5.
26
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 14,
19, 26, 28, 30
27
Cf. Ibidem, 47.
22 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

18. Tal finalidade só pode ser atingida se, atentas a natureza e as circuns-
tâncias peculiares de cada assembleia litúrgica, se ordenar toda a celebração
de forma a conduzir os fiéis àquela participação consciente, activa e plena,
de corpo e espírito, ardente de fé, esperança e caridade, que a Igreja deseja
e a própria natureza da celebração reclama, e que, por força do Baptismo,
constitui direito e dever do povo cristão.28
19. Embora nem sempre se consiga uma presença e uma participação
activa dos fiéis que manifestem com toda a clareza a natureza eclesial da
celebração,29 a celebração eucarística tem sempre assegurada a sua eficácia
e dignidade, por ser acção de Cristo e da Igreja, em que o sacerdote realiza
a sua principal função e actua sempre para a salvação do povo.
Recomenda-se aos sacerdotes que, sempre que possível, celebrem o
sacrifício eucarístico diariamente.30
20. A celebração eucarística, como toda a Liturgia, realiza-se por meio
de sinais sensíveis, pelos quais se alimenta, fortalece e exprime a fé.31 Para
isso, deve haver o máximo cuidado em escolher e ordenar as formas e os
elementos propostos pela Igreja que, atendendo às circunstâncias de pessoas
e lugares, mais intensamente favoreçam a participação activa e plena e mais
eficazmente contribuam para o bem espiritual dos fiéis.
21. O objectivo desta Instrução é traçar as linhas gerais por que se há-de
regular toda a celebração eucarística e expor as normas a que deverá obe-
decer cada uma das formas de celebração.32

28
Cf. Ibidem,14.
29
Cf. Ibidem,41.
30
Cf. II Conc. do Vaticano, Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum
ordinis, 13; Código de Direito Canónico, cân. 904.
31
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
59.
32
Para as celebrações especiais, observe-se o que está estabelecido: para as Missas com
assembleias particulares, cf. Sagrada Congregação para o Culto Divino, Instr. Actio
pastoralis, 15 Maio de 1969: AAS 61 (1969) 806-811; para as Missas com crianças:
Directório sobre as Missas com crianças, 1 de Novembro de 1973: AAS 66 (1974) 30-46;
sobre o modo de unir as Horas do Ofício com a Missa: Instrução Geral sobre a Liturgia
das Horas, 93-98; sobre o modo de ligar algumas bênçãos e a coroação da imagem da
IMPORTÂNCIA E DIGNIDADE DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA 23

22. A celebração da Eucaristia é da maior importância para a Igreja


particular.
O Bispo diocesano, como primeiro dispensador dos mistérios de
Deus na Igreja particular que lhe está confiada, é o moderador, o promotor
e o guardião de toda a vida litúrgica.33 Nas celebrações por ele presididas,
principalmente na celebração eucarística com a participação do presbitério,
dos diáconos e do povo, manifesta-se o mistério da Igreja. Esta celebração
da Missa deve, pois, ser exemplar para toda a diocese.
Por isso, ele deve procurar que os presbíteros, diáconos e fiéis leigos
compreendam sempre profundamente o genuíno sentido dos ritos e textos
litúrgicos, e desse modo sejam levados à celebração activa e frutuosa da
Eucaristia. Neste mesmo sentido deve procurar que cresça a dignidade das
mesmas celebrações, para a promoção da qual muito contribui a beleza dos
lugares sagrados, da música e da arte.
23. Para que a celebração esteja mais plenamente de acordo com a letra
e o espírito da sagrada Liturgia, e para que possa aumentar a sua eficácia
pastoral, expõem-se, nesta Instrução geral e no Ordinário da Missa alguns
ajustamentos e adaptações.
24. Tais adaptações consistem, muitas vezes, na escolha de certos ritos
e textos, como são os cantos, as leituras, as orações, as admonições e os
gestos, de forma a corresponderem melhor às necessidades, à preparação e
à capacidade dos participantes; elas são da responsabilidade do sacerdote
celebrante. Lembre-se contudo o sacerdote que ele próprio é servidor da
sagrada Liturgia, e que não lhe é permitido, por sua livre iniciativa, acres-
centar, suprimir ou mudar seja o que for na celebração da Missa.34
25. Além disso, no lugar respectivo do Missal vão indicadas algumas
adaptações que, segundo a Constituição da sagrada Liturgia, competem

Bem-aventurada Virgem Maria com a Missa: Ritual Romano, Celebração das Bênçãos,
Preliminar, 28; Coroação da Imagem da Virgem Maria, in Celebração das Bênçãos,
Suplemento, cap. V, nn. *125 e *129.
33
Cf. II Conc. do Vaticano, Decreto sobre o múnus pastoral dos Bispos, Christus
Dominus,15 ; Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 41.
34
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 22.
24 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

respectivamente ao Bispo diocesano ou à Conferência Episcopal 35 (cf.


adiante, nn. 387, 388-393).
26. No que se refere a variações e adaptações mais profundas, relativas às
tradições e à índole dos povos e das regiões, quando for útil ou necessário
introduzi-las, de acordo com o art. 40 da Constituição sobre a sagrada
Liturgia, observe-se o que se expõe na Instrução «A liturgia romana e a
inculturação»,36 e mais adiante (nn. 395-399).

35
Cf. principalmente II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum
Concilium, 38, 40; Paulo VI, Const. Ap. Missale Romanum, acima.
36
Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Instr. Varietates legitimae,
de 25 de Janeiro 1994: AAS 87 (1995) 288-314.
CAPITULO II

ESTRUTURA DA MISSA,
SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES

I. Estrutura geral da Missa

27. Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido,


sob a presidência do sacerdote que actua na pessoa de Cristo, para celebrar
o memorial do Senhor ou sacrifício eucarístico.37 A esta assembleia local da
santa Igreja se aplica eminentemente a promessa de Cristo: “Onde estiverem
dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt 18,
20). Com efeito, na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da
cruz,38 Cristo está realmente presente: na própria assembleia congregada
em seu nome, na pessoa do ministro, na sua palavra e, ainda, de uma forma
substancial e permanente, sob as espécies eucarísticas.39
28. A Missa consta, por assim dizer, de duas partes: a liturgia da palavra e a
liturgia eucarística. Estas duas partes, porém, estão entre si tão estreitamente
ligadas que constituem um único acto de culto.40 De facto, na Missa é posta
a mesa, tanto da palavra de Deus como do Corpo de Cristo, mesa em que os
fiéis recebem instrução e alimento.41 Há ainda determinados ritos, a abrir
e a concluir a celebração.

37
Cf. II Conc. do Vaticano, Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum
ordinis, 5; Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 33.
38
Cf. Conc. de Trento, Sessão XXII, Doutr. Sobre o SS. Sacrifício da Missa, cap. 1: DS 1740;
cf. Paulo VI, Solene Profissão de Fé, 30 Junho de 1968, n. 24: AAS 60 (1968) 442.
39
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
7; Paulo VI, Enc. Mysterium Fidei, 3 de Setembro de 1965: AAS 57 (1965) 764; S.
Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio de 1967, 9: AAS 59
(1967) 547.
40
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 56;
S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio de 1967, 3: AAS
59 (1967) 542.
41
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 48,
51; Const. dogm. sobre a Revelação divina, Dei Verbum, 21; Decr. sobre o ministério e a
vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 4.
26 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

II. Os diversos elementos da Missa

Leitura da palavra de Deus e sua explanação


29. Quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é o próprio Deus quem
fala ao seu povo, é Cristo, presente na sua palavra, quem anuncia o
Evangelho.
Por isso as leituras da palavra de Deus, que oferecem à Liturgia
um elemento da maior importância, devem ser escutadas por todos com
veneração. E embora a palavra divina, contida nas leituras da Sagrada
Escritura, seja dirigida a todos os homens de todos os tempos e seja para
eles inteligível, no entanto a sua mais plena compreensão e a sua eficácia
são favorecidas por um comentário vivo, isto é, a homilia, que faz parte da
acção litúrgica.42

Orações e outros elementos que pertencem à função do sacerdote


30. Entre as partes da Missa que pertencem ao sacerdote, está em primeiro
lugar a Oração eucarística, ponto culminante de toda a celebração. Vêm a
seguir as orações: a oração colecta, a oração sobre as oblatas e a oração
depois da Comunhão. O sacerdote, que preside à assembleia agindo na
pessoa de Cristo, dirige estas orações a Deus em nome de todo o povo santo
e de todos os presentes.43 Por isso se chamam “orações presidenciais”.
31. Compete igualmente ao sacerdote, enquanto presidente da assembleia
reunida, fazer certas admonições previstas no próprio rito. Onde as rubricas
o prevejam, o celebrante pode adaptá-las de modo a corresponderem melhor
à capacidade dos participantes; no entanto, o sacerdote deve procurar que o
sentido da admonição proposta no Missal seja sempre mantido e expresso
em poucas palavras. Pertence ainda ao sacerdote presidente moderar a
palavra de Deus e dar a bênção final. Pode ainda introduzir os fiéis, com
brevíssimas palavras: na Missa do dia, após a saudação inicial e antes do acto

42
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
7, 33, 52.
43
Cf. Ibidem, 33.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 27

penitencial; na liturgia da palavra, antes das leituras; na Oração eucarística,


antes do Prefácio, mas nunca dentro da própria Oração; finalmente, antes
da despedida, ao terminar toda a acção sagrada.
32. O carácter «presidencial» destas intervenções exige que elas sejam
proferidas em voz alta e clara e escutadas por todos com atenção.44 Por
isso, enquanto o sacerdote as profere, não haja nenhumas outras orações
ou cânticos, nem se ouça o toque do órgão ou de outros instrumentos mu-
sicais.
33. Como presidente, o sacerdote pronuncia as orações em nome da Igreja
e da comunidade reunida, mas, por vezes, também o faz em nome pessoal,
para despertar maior atenção e piedade no exercício do seu ministério. Estas
orações, propostas para antes da leitura do Evangelho, na preparação dos
dons, e antes e depois da comunhão do sacerdote, são ditas em silêncio.

Outras fórmulas utilizadas na celebração


34. A celebração da Missa é, por sua natureza, “comunitária”.45 Por isso
têm grande importância os diálogos entre o sacerdote e os fiéis reunidos, bem
como as aclamações.46 Tais elementos não são apenas sinais externos de
celebração colectiva, mas favorecem e realizam a estreita comunhão entre
o sacerdote e o povo.
35. As aclamações e as respostas dos fiéis às saudações do sacerdote
e às orações constituem aquele grau de participação activa por parte da
assembleia dos fiéis, que se exige em todas as formas de celebração da
Missa, para que se exprima claramente e se estimule a acção de toda a
comunidade.47

44
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 14: AAS 59
(1967) 304.
45
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
26-27; S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 Maio 1967, n. 3d:
AAS 59 (1967) 542.
46
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
30.
47
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, n. 16a: AAS 59
(1967) 305.
28 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

36. Há ainda outras partes da celebração, que pertencem igualmente a


toda a assembleia convocada e muito contribuem para manifestar e favore-
cer a participação activa dos fiéis: são principalmente o acto penitencial, a
profissão de fé, a oração universal e a Oração dominical.
37. Finalmente, entre as restantes fórmulas:
a) umas constituem um rito ou acto por si mesmas, como o hino Glória,
o salmo responsorial, o Aleluia e o versículo antes do Evangelho, o Santo,
a aclamação da anamnese e o cântico depois da Comunhão;
b) outras destinam-se a acompanhar um rito, como o cântico de
entrada, do ofertório, da fracção (Cordeiro de Deus) e da Comunhão.

Modos de proferir os vários textos

38. Nos textos que devem ser proferidos claramente e em voz alta, quer
pelo sacerdote ou pelo diácono, quer pelo leitor ou por todos, a voz deve
corresponder ao género do próprio texto, conforme se trate de leitura, oração,
admonição, aclamação ou cântico. Igualmente se há-de acomodar à forma
de celebração e à solenidade da assembleia. Tenha-se em conta, além disso,
a índole peculiar de cada língua e a mentalidade dos povos.
Nas rubricas e normas que se seguem, as palavras “dizer” ou “proferir”
devem ser entendidas como referentes quer ao canto quer à simples recitação,
segundo os princípios atrás enunciados.

Importância do canto

39. O Apóstolo exorta os fiéis, que se reúnem à espera da vinda do Senhor,


a que unam as suas vozes para cantar salmos, hinos e cânticos espirituais
(cf. Col 3, 16). O canto é sinal de alegria do coração (cf. Actos 2, 46). Bem
dizia Santo Agostinho: “Cantar é próprio de quem ama”.48 E vem já de
tempos antigos o provérbio: “Quem bem canta, duas vezes reza”.

48
Santo Agostinho de Hipona, Sermão 336, 1: PL 38, 1472.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 29

40. Por isso, deve fazer-se um grande uso do canto na celebração da Missa,
de acordo com a índole dos povos e as possibilidades de cada assembleia
litúrgica. Embora não seja necessário cantar sempre, por exemplo nas Mis-
sas feriais, todos os textos que, por si mesmos, se destinam a ser cantados,
deve no entanto procurar-se com todo o cuidado que não falte o canto dos
ministros e do povo nas celebrações que se realizam nos domingos e festas
de preceito.
Na escolha das partes que efectivamente se cantam, dê-se preferência
às mais importantes, sobretudo às que devem ser cantadas pelo sacerdote
ou pelo diácono ou pelo leitor, com resposta do povo, bem como às que o
sacerdote e o povo devem proferir conjuntamente.49
41. Em igualdade de circunstâncias, dê-se a primazia ao canto gregori-
ano, como canto próprio da Liturgia romana. De modo nenhum se devem
excluir outros géneros de música sacra, principalmente a polifonia, desde
que correspondam ao espírito da acção litúrgica e favoreçam a participação
de todos os fiéis.50
Dado que hoje é cada vez mais frequente o encontro de fiéis de dife-
rentes nacionalidades, convém que eles saibam cantar em latim pelo menos
algumas partes do Ordinário da Missa, sobretudo o símbolo da fé e a Oração
dominical, nas suas melodias mais fáceis.51

Os gestos e atitudes corporais

42. Os gestos e as atitudes corporais, tanto do sacerdote, do diácono e


dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração seja
bela e de nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira
e plena das suas diversas partes e que se facilite a participação de todos.52

49
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 7, 16: AAS 59
(1967) 302, 305.
50
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 116;
cf. também Ibidem, 30.
51
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 54;
S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 59: AAS 56
(1964) 891; Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 47: AAS 59 (1967) 314.
30 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Para isso deve atender-se ao que está definido por esta Instrução geral e pela
tradição do Rito romano, e ao que concorre para o bem comum espiritual
do povo de Deus, mais do que à inclinação ou arbítrio particular.
A atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração
devem observar, é sinal de unidade dos membros da comunidade cristã
reunidos para a sagrada Liturgia: exprime e favorece os sentimentos e a
atitude interior dos participantes.
43. Os fiéis estão de pé: desde o início do cântico de entrada, ou enquanto
o sacerdote se encaminha para o altar, até à oração colecta, inclusive; durante
o cântico do Aleluia que precede o Evangelho; durante a proclamação do
Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e desde o convite
“Orai, irmãos”, antes da oração sobre as oblatas, até ao fim da Missa, excepto
nos momentos adiante indicados.
Estão sentados: durante as leituras que precedem o Evangelho e
durante o salmo responsorial; durante a homilia e durante a preparação dos
dons ao ofertório; e, se for oportuno, durante o silêncio sagrado depois da
Comunhão.
Estão de joelhos durante a consagração, excepto se razões de saúde,
a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos
razoáveis a isso obstarem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos du-
rante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote
genuflecte após a consagração.
Compete, todavia, às Conferências Episcopais, segundo as normas
do direito, adaptar à mentalidade e tradições razoáveis dos povos os gestos
e atitudes indicados no Ordinário da Missa.53 Atenda-se, porém, a que
estejam de acordo com o sentido e o carácter de cada uma das partes da
celebração. Mantenha-se louvavelmente, onde o haja, o costume de o povo
permanecer de joelhos desde o fim da aclamação do Sanctus até ao fim da
Oração eucarística, e antes da Comunhão, quando o sacerdote diz Eis o
Cordeiro de Deus.

52
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, nn.
30, 34; cf. também Ibidem, 21.
53
Cf. ibidem, 40; Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Instr.
Varietates legitimae, 25 de Janeiro 1994, 41: AAS 87 (1995) 304.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 31

Para se conseguir a uniformidade nos gestos e atitudes do corpo na


mesma celebração, os fiéis devem obedecer às indicações que, no decurso
da mesma, lhes forem dadas pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo
sacerdote, de acordo com o que está estabelecido no Missal.
44. Entre os gestos contam-se também as acções e as procissões do sa-
cerdote ao dirigir-se para o altar com o diácono e os ministros; do diácono,
antes da proclamação do Evangelho, ao levar o Evangeliário ou Livro dos
evangelhos para o ambão; dos fiéis ao levarem os dons e ao aproximarem-se
para a Comunhão. Convém que estas acções e procissões se realizem com
decoro, enquanto se executam os cânticos respectivos, segundo as normas
estabelecidas para cada caso.

O silêncio

45. Também se deve guardar, nos momentos próprios, o silêncio sagrado,


como parte da celebração.54 A natureza deste silêncio depende do momento
em que ele é observado no decurso da celebração. Assim, no acto penitencial
e a seguir ao convite à oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior;
a seguir às leituras ou à homilia, é para uma breve meditação sobre o que se
ouviu; depois da Comunhão, favorece a oração interior de louvor e acção
de graças.
Já antes da própria celebração é louvável observar o silêncio na igreja,
na sacristia, no vestiário e nos lugares que lhes ficam mais próximos, para
que todos se disponham com devoção e devidamente para celebrar os ritos
sagrados.

54
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 30;
S. Congregação dos Ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 17: AAS 59 (1967)
305.
32 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

III. As várias partes da Missa

A) Ritos iniciais

46. Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, acto


penitencial, Kýrie (Senhor, tende piedade de nós), Glória e oração colecta
– têm o carácter de exórdio, introdução e preparação.
A sua finalidade é estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos
e dispô-los para ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem
dignamente a Eucaristia.
Em algumas celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos,
se ligam à Missa, os ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo
específico.

Entrada

47. Reunido o povo, enquanto entra o sacerdote com o diácono e os


ministros, inicia-se o cântico de entrada. A finalidade deste cântico é dar
início à celebração, favorecer a união dos fiéis reunidos e introduzi-los no
mistério do tempo litúrgico ou da festa, e ao mesmo tempo acompanhar a
procissão de entrada do sacerdote e dos ministros.
48. O cântico de entrada é executado alternadamente pelo coro e pelo
povo, ou por um cantor alternando com o povo, ou por toda a assembleia
em conjunto, ou somente pelo coro. Pode utilizar-se ou a antífona com o
respectivo salmo que vem no Gradual romano ou no Gradual simples, ou
outro cântico apropriado à acção sagrada ou ao carácter do dia ou do tempo,55
cujo texto tenha a aprovação da Conferência Episcopal.
Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona que vem no Missal,
ou por todos os fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor; ou então pelo
próprio sacerdote, que também pode adaptá-la à maneira de admonição
inicial (cf. n. 31).

55
Cf. João Paulo II, Carta Ap. Dies Domini, 31 de Maio 1998, 50: AAS 90 (1998) 745.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 33

Saudação do altar e da assembleia

49. Chegados ao presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam


o altar com uma inclinação profunda.
Em sinal de veneração, o sacerdote e o diácono beijam então o altar; e, se
for oportuno, o sacerdote incensa a cruz e o altar.
50. Terminado o cântico de entrada, o sacerdote, de pé junto da cadeira,
com toda a assembleia, faz sobre si próprio o sinal da cruz; em seguida, pela
saudação, manifesta à comunidade reunida a presença do Senhor. Com esta
saudação e a resposta do povo manifesta-se o mistério da Igreja reunida.
Depois da saudação do povo, o sacerdote, ou o diácono, ou outro
ministro leigo, pode, com palavras muito breves, introduzir os fiéis na
Missa do dia.

Acto penitencial

51. Em seguida, o sacerdote convida ao acto penitencial, o qual, após uma


breve pausa de silêncio, é feito por toda a comunidade com uma fórmula de
confissão geral e termina com a absolvição do sacerdote; esta absolvição,
porém, carece da eficácia do sacramento da penitência.
Ao domingo, principalmente no Tempo Pascal, em vez do costumado
acto penitencial pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em
memória do baptismo.56

Kýrie, eléison

52. Depois do acto penitencial, diz-se sempre o Senhor, tende piedade de


nós (Kýrie, eléison), a não ser que já tenha sido incluído no acto penitencial.
Dado tratar-se de um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a
sua misericórdia, é normalmente executado por todos, em forma alternada
entre o povo e o coro ou um cantor.

56
Cf. no próprio Missal [Missal Romano, Coimbra 1992, p. 1359].
34 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Cada uma das aclamações diz-se normalmente duas vezes, o que não
exclui, porém, um maior número, de acordo com a índole de cada língua, da
arte musical ou das circunstâncias. Quando o Kýrie é cantado como parte
do acto penitencial, cada aclamação é precedida de um «tropo».

Glória in excelsis

53. O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja,


congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro.
Não é permitido substituir o texto deste hino por outro. É começado pelo
sacerdote ou, se for oportuno, por um cantor, ou pelo coro, e é cantado ou
por todos em conjunto, ou pelo povo alternando com o coro, ou só pelo coro.
Se não é cantado, é recitado ou por todos em conjunto ou por dois coros
alternadamente.
Canta-se ou recita-se nos domingos fora do Advento e da Quaresma,
bem como nas solenidades e festas, e em particulares celebrações mais
solenes.

Oração colecta

54. Em seguida, o sacerdote convida o povo à oração; e todos, juntamente


com ele, se recolhem uns momentos em silêncio, a fim de tomarem
consciência de que se encontram na presença de Deus e poderem formular
interiormente as suas intenções. Depois o sacerdote diz a oração chamada
«colecta», pela qual se exprime o carácter da celebração. Segundo a tradição
antiga da Igreja, a oração colecta dirige-se habitualmente a Deus Pai, por
Cristo, no Espírito Santo,57 e termina com a conclusão trinitária, isto é, a
mais longa, deste modo:
– se é dirigida ao Pai: Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum,
qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia
sáecula saeculórum;

57
Cf. Tertuliano, Adversus Marcionem, IV, 9: CCSL 1, p. 560; PL 2, 376A; Orígenes,
Disputatio cum Heracleida, n. 4, 24: SCh 67, p. 62; Statuta Concilii Hipponensis Breviata,
21: CCSL 149, p. 39.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 35

– se é dirigida ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Qui tecum


vivit et regnat in unitate Spíritus Sancti, Deus, per omnia sáecula
saeculórum;
– se é dirigida ao Filho: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitate
Spíritus Sancti, Deus, per omnia sáecula saeculórum.
O povo associa-se a esta súplica e faz sua a oração pela aclamação
Amen.
Na Missa diz-se sempre uma só oração colecta.

* Com a aprovação da Sé Apostólica, nos países de língua portuguesa


as orações concluem todas do mesmo modo:
– se é dirigida ao Pai: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que
é Deus convosco na unidade do Espírito Santo;
– se é dirigida ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Ele que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo;
– se é dirigida ao Filho: Vós que sois Deus com o Pai na unidade do
Espírito Santo.

B) Liturgia da palavra

55. A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da


Sagrada Escritura com os cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e
conclusão a homilia, a profissão de fé e a oração universal ou oração dos fiéis.
Nas leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo,58 revela-lhe
o mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela
sua palavra, o próprio Cristo está presente no meio dos fiéis.59 O povo faz
sua esta palavra divina com o silêncio e com os cânticos e a ela adere com
a profissão de fé. Assim alimentado, eleva a Deus as suas preces na oração
universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo
inteiro.

58
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
33.
59
Cf. Ibidem, 7.
36 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Silêncio

56. A liturgia da palavra deve ser celebrada de modo a favorecer a


meditação. Deve, por isso, evitar-se completamente qualquer forma de pressa
que impeça o recolhimento. Haja nela também breves momentos de silêncio,
adaptados à assembleia reunida, nos quais, com a ajuda do Espírito Santo, a
palavra de Deus possa ser interiorizada e se prepare a resposta pela oração.
Pode ser oportuno observar estes momentos de silêncio, por exemplo no
início da própria liturgia da palavra, depois da primeira e da segunda leitura
e, por fim, após a homilia.60

Leituras bíblicas

57. Nas leituras põe-se aos fiéis a mesa da palavra de Deus e abrem-se-
‑lhes os tesouros da Bíblia.61 Convém, por isso, observar uma disposição
das leituras bíblicas que ilustre a unidade de ambos os Testamentos e da
história da salvação; não é lícito substituir as leituras e o salmo responsorial,
que contêm a palavra de Deus, por outros textos não bíblicos.62
58. Na celebração da Missa com o povo, as leituras proclamam-se sempre
do ambão.
59. Segundo a tradição, a função de proferir as leituras não é presidencial,
mas ministerial. Por isso as leituras são proclamadas por um leitor, mas o
Evangelho é anunciado pelo diácono ou, na ausência deste, por outro sacer-
dote. Se, porém, não estiver presente o diácono nem outro sacerdote, leia o
Evangelho o próprio sacerdote celebrante; e se também faltar outro leitor
idóneo o sacerdote celebrante proclame igualmente as outras leituras.

60
Cf. Missale Romanum, Ordo lectionum Missae, editio typica altera, Praenotanda, n. 28
[versão portuguesa nos vários volumes do Leccionário, Preliminares].
61
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
51.
62
Cf. João Paulo II, Carta Ap. Vicesimus quintus annus, 4 de Dezembro 1988, 13: AAS 81
(1989) 910.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 37

Depois de cada leitura, aquele que a lê profere a aclamação; ao


responder-lhe, o povo reunido presta homenagem à palavra de Deus, recebida
com fé e espírito agradecido.
60. A leitura do Evangelho constitui o ponto culminante da liturgia da
palavra. Deve ser-lhe atribuída a maior veneração. Assim o mostra a própria
Liturgia, distinguindo esta leitura das outras com honras especiais, quer
por parte do ministro encarregado de a anunciar e pela bênção e oração
com que se prepara para o fazer, quer por parte dos fiéis que, com as suas
aclamações, reconhecem e confessam que é Cristo presente no meio deles
quem lhes fala, e, por isso, escutam a leitura de pé; quer ainda pelos sinais
de veneração ao próprio Evangeliário.

Salmo responsorial

61. A primeira leitura é seguida do salmo responsorial, que é parte


integrante da liturgia da palavra e tem, por si mesmo, grande importância
litúrgica e pastoral, pois favorece a meditação da Palavra de Deus.
O salmo responsorial corresponde a cada leitura e habitualmente
toma-se do Leccionário.
Convém que o salmo responsorial seja cantado, pelo menos no que
se refere à resposta do povo. O salmista ou cantor do salmo, do ambão ou
de outro sítio conveniente, recita os versículos do salmo; toda a assembleia
escuta sentada, ou, de preferência, nele participa de modo habitual com o
refrão, a não ser que o salmo seja recitado todo seguido, sem refrão. Todavia,
para facilitar ao povo a resposta salmódica (refrão), fez-se, para os diferentes
tempos e as várias categorias de Santos, uma selecção de responsórios e
salmos, que podem ser utilizados, em vez do texto correspondente à leitura,
quando o salmo é cantado. Se o salmo não puder ser cantado, recita-se do
modo mais indicado para favorecer a meditação da palavra de Deus.
Em vez do salmo que vem indicado no Leccionário, também se pode
cantar ou o responsório gradual tirado do Gradual romano ou um salmo
responsorial ou aleluiático do Gradual simples, na forma indicada nestes
livros.
38 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Aclamação antes da leitura do Evangelho

62. Depois da leitura, que precede imediatamente o Evangelho, canta-


se o Aleluia ou outro cântico, indicado pelas rubricas, conforme o tempo
litúrgico. Deste modo a aclamação constitui um rito ou um acto com valor
por si próprio, pelo qual a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que
lhe vai falar no Evangelho, e professa a sua fé por meio do canto. É cantada
por todos de pé, iniciada pelo coro ou por um cantor, e pode-se repetir, se
for conveniente; mas o versículo é cantado pelo coro ou pelo cantor.
a) O Aleluia canta-se em todos os tempos fora da Quaresma. Os
versículos tomam-se do Leccionário ou do Gradual;
b) Na Quaresma, em vez do Aleluia canta-se o versículo antes do
Evangelho que vem no Leccionário. Também se pode cantar outro salmo
ou tracto, como se indica no Gradual.
63. No caso de haver uma só leitura antes do Evangelho:
a) nos tempos em que se diz Aleluia, pode escolher-se ou o salmo
aleluiático, ou o salmo e o Aleluia com o seu versículo;
b) no tempo em que não se diz Aleluia, pode escolher-se ou o salmo
e o versículo antes do Evangelho ou apenas o salmo.
c) O Aleluia ou o versículo antes do Evangelho, se não são cantados,
podem omitir-se.
64. A sequência, que excepto nos dias da Páscoa e do Pentecostes é fa-
cultativa, canta-se antes do Aleluia.

Homilia

65. A homilia é parte da liturgia e muito recomendada:63 é um elemento


necessário para alimentar a vida cristã. Deve ser a explanação de algum
aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de algum texto do Ordinário

63
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 52;
Código de Direito Canónico, cân. 767 § 1.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 39

ou do Próprio da Missa do dia, tendo sempre em conta o mistério que se


celebra, bem como as necessidades peculiares dos ouvintes.64
66. Habitualmente a homilia deve ser feita pelo sacerdote celebrante ou
por um sacerdote concelebrante, por ele encarregado, ou algumas vezes, se
for oportuno, também por um diácono, mas nunca por um leigo.65 Em casos
especiais e por justa causa, a homilia também pode ser feita por um Bispo
ou presbítero que se encontre na celebração mas sem poder concelebrar.
Nos domingos e festas de preceito, deve haver homilia em todas as
Missas celebradas com participação do povo, e não pode omitir-se senão por
causa grave. Além disso, é recomendada, particularmente nos dias feriais
do Advento, Quaresma e Tempo Pascal, e também noutras festas e ocasiões
em que é maior a afluência do povo à Igreja.66
Depois da homilia, observe-se oportunamente um breve espaço de
silêncio.

Profissão de fé

67. O símbolo, ou profissão de fé, tem como finalidade permitir que todo o
povo reunido responda à palavra de Deus anunciada nas leituras da Sagrada
Escritura e exposta na homilia, e que, proclamando a regra da fé, segundo
a fórmula aprovada para o uso litúrgico, recorde e professe os grandes
mistérios da fé, antes de começar a celebração dos mesmos na Eucaristia.

64
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 54: AAS
56 (1964) 890.
65
Cf. Código de Direito Canónico, cân. 767 § 1; Pont. Commissão para a interpretação
autêntica do Código de Direito Canónico, Resposta à dúvida sobre o cân. 767 § 1: AAS
79 (1987) 1249; Instrução interdicasterial sobre algumas questões acerca da colaboração
dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes, Ecclesia de mysterio, 15 de Agosto de 1997,
art. 3: AAS 89 (1997) 864.
66
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 53: AAS
56 (1964) 890.
40 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

68. O símbolo deve ser cantado ou recitado pelo sacerdote juntamente


com o povo, nos domingos e nas solenidades. Pode também dizer-se em
celebrações especiais mais solenes.
Se é cantado, é começado pelo sacerdote ou, se for o caso, por um
cantor, ou pelo coro; cantam-no todos em conjunto ou o povo alternando
com o coro.
Se não é cantado, deve ser recitado conjuntamente por todos ou por
dois coros alternadamente.

Oração universal

69. Na oração universal ou oração dos fiéis, o povo responde, de algum


modo à palavra de Deus recebida na fé e, exercendo a função do seu sacer-
dócio baptismal, apresenta preces a Deus pela salvação de todos. Convém
que em todas as Missas com participação do povo se faça esta oração, na
qual se pede pela santa Igreja, pelos governantes, pelos que se encontram
em necessidade, por todos os homens em geral e pela salvação do mundo
inteiro.67
70. Normalmente a ordem das intenções é a seguinte:
a) pelas necessidades da Igreja;
b) pelas autoridades civis e pela salvação do mundo;
c) por aqueles que sofrem dificuldades;
d) pela comunidade local.
Em celebrações especiais – por exemplo, Confirmação, Matrimónio,
Exéquias – a ordem das intenções pode acomodar-se às circunstâncias.
71. Compete ao sacerdote celebrante dirigir da sede esta prece. Ele próprio
a introduz com uma breve admonição, na qual convida os fiéis a orar, e a
conclui com uma oração. As intenções que se propõem devem ser sóbrias,
compostas com sábia liberdade e poucas palavras, e exprimam a súplica de
toda a comunidade.

67
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 53.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 41

São enunciadas do ambão ou de outro lugar conveniente, por um


diácono, ou por um cantor, ou por um leitor, ou por outro fiel leigo.68
O povo, de pé, faz suas estas súplicas, ou com uma invocação comum
proferida depois de cada intenção, ou orando em silêncio.

C) Liturgia eucarística

72. Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e banquete pascal, por


meio do qual, todas as vezes que o sacerdote, representando a Cristo Senhor,
faz o mesmo que o Senhor fez e mandou aos discípulos que fizessem em
sua memória, se torna continuamente presente o sacrifício da cruz.69
Cristo tomou o pão e o cálice, pronunciou a acção de graças, partiu
o pão e deu-o aos seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei, bebei: isto é o
meu Corpo; este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de Mim».
Foi a partir destas palavras e gestos de Cristo que a Igreja ordenou toda a
celebração da liturgia eucarística. Efectivamente:
1) Na preparação dos dons, levam-se ao altar o pão e o vinho com
água, isto é, os mesmos elementos que Cristo tomou em suas mãos.
2) Na Oração eucarística, dão-se graças a Deus por toda a obra da
salvação, e as oblatas convertem-se no Corpo e Sangue de Cristo.
3) Pela fracção do pão e pela Comunhão, os fiéis, embora muitos,
recebem, de um só pão, o Corpo e, do mesmo cálice, o Sangue do Senhor, do
mesmo modo que os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo.

68
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 56: AAS
56 (1964) 890.
69
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 47;
S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 3a, b: AAS
59 (1967) 540-541.
42 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Preparação dos dons


73. A iniciar a liturgia eucarística, levam-se para o altar os dons, que se
vão converter no Corpo e Sangue de Cristo.
Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro
de toda a liturgia eucarística;70 nele se dispõem o corporal, o purificador (ou
sanguinho), o missal e o cálice, salvo se este for preparado na credência.
Em seguida são trazidas as oferendas. É de louvar que o pão e o
vinho sejam apresentados pelos fiéis. Recebidos pelo sacerdote ou pelo di-
ácono em lugar conveniente, são depois levados para o altar. Embora, hoje
em dia, os fiéis já não tragam do seu próprio pão e vinho, como se fazia
noutros tempos, no entanto o rito desta apresentação conserva ainda valor
e significado espiritual.
Além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros
dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos
fiéis como recolhidos dentro da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar
conveniente, fora da mesa eucarística.
74. A procissão em que se levam os dons é acompanhada do cântico do
ofertório (cf. n. 37, b), que se prolonga pelo menos até que os dons tenham
sido depostos sobre o altar. As normas para a execução deste cântico são
idênticas às que foram dadas para o cântico de entrada (cf. n. 48). O rito do
ofertório pode ser sempre acompanhado de canto, mesmo sem procissão
dos dons.
75. O pão e o vinho são depostos sobre o altar pelo sacerdote, que, en-
tretanto, recita as fórmulas prescritas. O sacerdote pode incensar os dons
colocados sobre o altar, depois a cruz e o próprio altar. Deste modo se pre-
tende significar que a oblação e a oração da Igreja se elevam, como fumo
de incenso, à presença de Deus. Depois o sacerdote, por causa do sagrado
ministério, e o povo, em razão da dignidade baptismal, podem ser incensados
pelo diácono ou por outro ministro.
76. A seguir, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar: com este rito se
exprime o desejo de uma purificação interior.

70
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 91: AAS 56
(1964) 898; Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 24: AAS 59 (1967) 554.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 43

Oração sobre as oblatas


77. Depostas as oblatas sobre o altar e realizados os ritos concomitantes,
o sacerdote convida os fiéis a orar juntamente consigo e recita a oração sobre
as oblatas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para
a Oração eucarística.
Na Missa diz-se uma só oração sobre as oblatas, que termina com
a conclusão breve, isto é: Per Christum Dóminum nostrum; se no fim da
oração se menciona o Filho, diz-se: Qui vivit et regnat in sáecula saeculórum
(ver final do n. 54).
O povo associa-se a esta prece e faz sua a oração pela aclamação
Amen.

Oração eucarística

78. É neste momento que se inicia o ponto central e culminante de toda a


celebração, a Oração eucarística, que é uma oração de acção de graças e de
consagração. O sacerdote convida o povo a elevar os corações para o Senhor,
na oração e na acção de graças, e associa-o a si na oração que ele, em nome
de toda a comunidade, dirige a Deus Pai por Jesus Cristo no Espírito Santo.
O sentido desta oração é que toda a assembleia dos fiéis se una a Cristo na
proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício. A Oração
eucarística exige que todos a escutem com reverência e em silêncio.
79. Como elementos principais da Oração eucarística podem enumerar-se
os seguintes:
a) Acção de graças (expressa de modo particular no Prefácio): em
nome de todo o povo santo, o sacerdote glorifica a Deus Pai e dá-Lhe graças
por toda a obra da salvação ou por algum dos seus aspectos particulares,
conforme a diversidade do dia, da festividade ou do tempo litúrgico.
b) Aclamação: toda a assembleia, em união com os coros celestes,
canta o Sanctus (Santo). Esta aclamação, que faz parte da Oração eucarística,
é proferida por todo o povo juntamente com o sacerdote.
44 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

c) Epiclese: consta de invocações especiais, pelas quais a Igreja


implora o poder do Espírito Santo, para que os dons oferecidos pelos homens
sejam consagrados, isto é, se convertam no Corpo e Sangue de Cristo; e
para que a hóstia imaculada, que vai ser recebida na Comunhão, opere a
salvação daqueles que dela vão participar.
d) Narração da instituição e consagração: mediante as palavras e
gestos de Cristo, realiza-se o sacrifício que o próprio Cristo instituiu na
última Ceia, quando ofereceu o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão
e do vinho e os deu a comer e a beber aos Apóstolos, ao mesmo tempo que
lhes confiou o mandato de perpetuar este mistério.
e) Anamnese: em obediência a este mandato, recebido de Cristo
Senhor através dos Apóstolos, a Igreja celebra a memória do mesmo Cristo,
recordando de modo particular a sua bem-aventurada paixão, gloriosa
ressurreição e ascensão aos Céus.
f) Oblação: neste memorial, a Igreja, de modo especial aquela que
nesse momento e nesse lugar está reunida, oferece a Deus Pai, no Espírito
Santo, a hóstia imaculada. A Igreja deseja que os fiéis não somente ofereçam
a hóstia imaculada, mas aprendam a oferecer-se também a si mesmos 71 e, por
Cristo mediador, se esforcem por realizar de dia para dia a unidade perfeita
com Deus e entre si, até que finalmente Deus seja tudo em todos.72
g) Intercessões: por elas se exprime que a Eucaristia é celebrada em
comunhão com toda a Igreja, tanto do Céu como da terra, e que a oblação
é feita em proveito dela e de todos os seus membros, vivos e defuntos, cha-
mados todos a tomar parte na redenção e salvação adquirida pelo Corpo e
Sangue de Cristo.
h) Doxologia final: exprime a glorificação de Deus e é ratificada e
concluída pela aclamação Amen do povo.

71
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 48;
S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 12: AAS
59 (1967) 548-549.
72
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
48; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5; S.
Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 12: AAS
59 (1967) 548-549.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 45

Rito da Comunhão
80. A celebração eucarística é um banquete pascal. Convém, por isso,
que os fiéis, devidamente preparados, nela recebam, segundo o mandato do
Senhor, o seu Corpo e Sangue como alimento espiritual. É esta a finalidade
da fracção e dos outros ritos preparatórios, que dispõem os fiéis, de forma
mais imediata, para a Comunhão.

Oração dominical
81. Na Oração dominical pede-se o pão de cada dia, que para os cristãos
evoca principalmente o pão eucarístico; igualmente se pede a purificação
dos pecados, de modo que efectivamente “as coisas santas sejam dadas aos
santos”. O sacerdote formula o convite à oração, que todos os fiéis recitam
juntamente com ele. Em seguida o sacerdote diz sozinho o embolismo, que
o povo conclui com uma doxologia. O embolismo é o desenvolvimento da
última petição da Oração dominical; nele se pede para toda a comunidade
dos fiéis a libertação do poder do mal.
O convite, a oração, o embolismo e a doxologia conclusiva dita pelo
povo, devem ser cantados ou recitados em voz alta.

Rito da paz
82. Segue-se o rito da paz, no qual a Igreja implora a paz e a unidade
para si própria e para toda a família humana, e os fiéis exprimem uns aos
outros a comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de comungarem no
Sacramento.
Quanto ao próprio sinal com que se dá a paz, as Conferências Epis-
copais determinarão como se há-de fazer, tendo em conta a mentalidade
e os costumes dos povos. Mas é conveniente que cada um dê a paz com
sobriedade apenas aos que estão mais perto de si.

Fracção do pão
83. O sacerdote parte o pão eucarístico com a ajuda, se for oportuno, do
diácono ou de um concelebrante. O gesto da fracção, praticado por Cristo
na última Ceia, e que serviu para designar, nos tempos apostólicos, toda a
46 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

acção eucarística, significa que os fiéis, apesar de muitos, se tornam um só


Corpo, pela Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e ressus-
citado pela salvação do mundo (1 Cor 10, 17). A fracção começa depois de
se dar a paz e realiza-se com a devida reverência, mas não se deve prolongar
desnecessariamente nem se lhe deve atribuir uma importância excessiva.
Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono.
O sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice para
significar a unidade do Corpo e do Sangue do Senhor, na obra da salvação,
isto é, do Corpo de Jesus Cristo vivo e glorioso. A súplica Cordeiro de Deus
é cantada habitualmente pelo coro ou por um cantor, com a resposta de todo
o povo, ou pelo menos é recitada em voz alta. Esta invocação acompanha a
fracção do pão, pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso,
enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se com as palavras: Dai-nos
a paz.

Comunhão
84. O sacerdote prepara-se para receber frutuosamente o Corpo e Sangue
de Cristo rezando uma oração em silêncio. Os fiéis fazem o mesmo orando
em silêncio.
Depois o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena
ou sobre o cálice e convida-os para o banquete de Cristo; e, juntamente
com os fiéis, faz um acto de humildade, utilizando as palavras evangélicas
prescritas.
85. É muito para desejar que os fiéis, tal como o sacerdote é obrigado
a fazer, recebam o Corpo do Senhor com hóstias consagradas na própria
Missa e, nos casos previstos, participem do cálice (cf. n. 283), para que a
Comunhão se manifeste, de forma mais clara, nos próprios sinais, como
participação no sacrifício que está a ser celebrado.73
86. Enquanto o sacerdote toma o Sacramento, dá-se início ao cântico da
Comunhão, que deve exprimir, com a unidade das vozes, a união espiritual

73
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 31,
32: AAS 59 (1967) 558-559; S. Congregação para a disciplina dos Sacramentos, Instr.
Immensae caritatis, 29 de Janeiro 1973, 2: AAS 65 (1973) 267-268.
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 47

dos comungantes, manifestar a alegria do coração e realçar melhor o ca-


rácter «comunitário» da procissão daqueles que vão receber a Eucaristia. O
cântico prolonga-se enquanto se ministra aos fiéis o Sacramento.74 Se se
canta um hino depois da Comunhão, o cântico da Comunhão deve terminar
a tempo.
Procure-se que também os cantores possam comungar comoda-
mente.
87. Como cântico da Comunhão pode utilizar-se ou a antífona indicada
no Gradual romano, com ou sem o salmo correspondente, ou a antífona
do Gradual simples com o respectivo salmo, ou outro cântico apropriado
aprovado pela Conferência Episcopal. Pode ser cantado ou só pelo coro, ou
pelo coro ou por um cantor juntamente com o povo.
Se, porém, não se canta, a antífona que vem no Missal pode ser recitada
ou pelos fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor, ou então pelo próprio
sacerdote depois de ter comungado e antes de dar a Comunhão aos fiéis.
88. Terminada a distribuição da Comunhão, o sacerdote e os fiéis, con-
forme a oportunidade, oram alguns momentos em silêncio. Se se quiser,
também pode ser cantado por toda a assembleia um salmo ou outro cântico
de louvor ou um hino.
89. Para completar a oração do povo de Deus e concluir todo o rito da
Comunhão, o sacerdote diz a oração depois da Comunhão, na qual implora
os frutos do mistério celebrado.
Na Missa diz-se uma só oração depois da Comunhão, que termina
com a conclusão breve, isto é:
– se a oração se dirige ao Pai: Per Christum Dóminum nostrum;
– se se dirige ao Pai mas no fim da oração se menciona o Filho: Qui vivit et
regnat in sáecula saeculórum;
– se se dirige ao Filho: Qui vivis et regnas in saecula saeculórum.
O povo faz sua esta oração por meio da aclamação Amen.
(ver final do n. 54).

74
Cf. S. Congregação para os Sacramentos e o Culto divino, Instr. Inaestimabile donum,
3 de Abril 1980, 17: AAS 72 (1980) 338.
48 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

D) Rito de conclusão

90. O rito de conclusão consta de:


a) Notícias breves se forem necessárias;
b) Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em
ocasiões especiais, é enriquecida e amplificada com uma oração sobre o
povo ou com outra fórmula mais solene de bênção;
c) Despedida da assembleia, feita pelo diácono ou pelo sacerdote, para
que cada qual possa regressar às suas ocupações, louvando e bendizendo
o Senhor;
d) Beijo no altar por parte do sacerdote e do diácono e depois
inclinação profunda ao altar por parte do sacerdote, do diácono, e dos outros
ministros.
CAPÍTULO III

OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA MISSA

91. A celebração eucarística é acção de Cristo e da Igreja, ou seja do


povo santo reunido e ordenado sob a autoridade do Bispo. Por isso pertence
a todo o Corpo da Igreja, manifesta-o e afecta-o; no entanto, envolve cada
membro de modo diverso, segundo a diversidade das ordens, das funções
e da efectiva participação.75 Deste modo, o povo cristão, «geração eleita,
sacerdócio real, nação santa, povo resgatado» manifesta o seu ordenamento
coerente e hierárquico.76 Por conseguinte, todos, ministros ordenados ou
fiéis cristãos leigos, ao desempenharem a sua função ou ofício, façam tudo
e só o que lhes compete.77

I. Ofícios da Ordem sacra

92. Toda a legítima celebração da Eucaristia é dirigida pelo Bispo, quer


pessoalmente, quer pelos presbíteros, seus colaboradores.78
Sempre que o Bispo está presente na Missa com o povo reunido,
convém sumamente que seja ele próprio a celebrar a Eucaristia, associando
a si os presbíteros, como concelebrantes, na acção sagrada. Isto faz-se, não
para aumentar a solenidade externa, mas para significar de forma mais clara
o mistério da Igreja, que é sacramento de unidade.79
Se, porém, o Bispo não celebrar a Eucaristia, mas confiar a outrem
a celebração, convém que seja ele, revestido de cruz peitoral, estola e plu-
vial sobre a alva, a presidir à liturgia da palavra e a dar a bênção no fim da
Missa.80

75
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 26.
76
Cf. Ibidem, 14.
77
Cf. Ibidem, 28.
78
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, 26, 28; Const.
sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 42.
79
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 26.
80
Cf. Cerimonial dos Bispos, nn. 175-186.
50 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

93. Também o presbítero, que na Igreja, em virtude do poder sagrado da


Ordem, tem o poder de oferecer o sacrifício na pessoa de Cristo,81 preside
ao povo fiel aqui e agora reunido, dirige a sua oração, anuncia-lhe a boa
nova da salvação, associa a si o povo na oblação do sacrifício a Deus Pai,
por Cristo, no Espírito Santo, distribui aos irmãos o pão da vida eterna e
com eles participa do mesmo pão. Por isso, ao celebrar a Eucaristia, deve
servir a Deus e ao povo com dignidade e humildade e, tanto no modo de se
comportar como no de proferir as palavras divinas, procurará sugerir aos
fiéis a presença viva de Cristo.
94. Depois do presbítero, o diácono, por força da ordenação recebida,
ocupa o primeiro lugar entre aqueles que servem na celebração eucarística.
Com efeito, a sagrada Ordem do diaconado foi tida sempre em especial
consideração na Igreja desde os primeiros tempos dos Apóstolos.82 São
funções próprias do diácono, na Missa: proclamar o Evangelho e, eventual-
mente, pregar a palavra de Deus, enunciar as intenções na oração universal,
assistir ao sacerdote, preparar o altar e servir na celebração do sacrifício,
distribuir a Eucaristia aos fiéis, particularmente sob a espécie do vinho e
eventualmente indicar ao povo os gestos e atitudes corporais.

II. Funções do povo de Deus

95. Na celebração da Missa, os fiéis constituem a nação santa, o povo


resgatado, o sacerdócio real, para dar graças a Deus e oferecer a hóstia
imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com
ele, e para aprenderem a oferecer-se a si mesmos.83 Procurem manifestar
tudo isso com um profundo sentido religioso e com a caridade para com os
irmãos que participam na mesma celebração.

81
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, 28; Decr. sobre
o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 2.
82
Cf. Paulo VI, Carta ap. Sacrum diaconatus ordinem, 18 Junho 1967: AAS 59 (1967)
697-704; Pontifical Romano, Ordenação do bispo, dos presbíteros e diáconos, Segunda
edição típica, Coimbra 1992, n. 173.
83
II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 48; cf.
S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 12: AAS
59 (1967) 548-549.
OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA MISSA 51

Evitem, portanto, tudo quanto signifique singularidade ou divisão,


tendo presente que são todos filhos do mesmo Pai que está nos Céus e,
consequentemente, irmãos todos uns dos outros.
96. Portanto, formem todos um só corpo, quer ouvindo a palavra de
Deus, quer participando nas orações e no canto, quer sobretudo na comum
oblação do sacrifício e na comum participação da mesa do Senhor. Esta
unidade manifesta-se em beleza nos gestos e atitudes corporais que os fiéis
observam todos juntamente.
97. Os fiéis não recusem servir com alegria o povo de Deus, sempre que
forem solicitados para desempenhar algum ministério especial ou função
na celebração.

III. Ministérios especiais

Ministérios instituídos do acólito e do leitor

98. O acólito é instituído para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote


e o diácono. Compete-lhe, como função principal, preparar o altar e os
vasos sagrados e, se for necessário, distribuir aos fiéis a Eucaristia, de que
é ministro extraordinário.84
No ministério do altar, o acólito tem funções próprias (cf. nn. 187-
193), que ele mesmo deve exercer.
99. O leitor é instituído para fazer as leituras da Sagrada Escritura, com
excepção do Evangelho. Pode também propor as intenções da oração uni-
versal e ainda, na falta de salmista, recitar o salmo entre as leituras.
Na celebração eucarística o leitor tem uma função que lhe é própria
(cf. nn. 194-198) e que ele deve exercer por si mesmo.

84
Cf. Código de Direito Canónico, cân. 910 § 2; Instrução interdicasterial sobre algumas
questões acerca da colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes, Ecclesia de
mysterio, 15 de Agosto de 1997, art. 8: AAS 89 (1997) 871.
52 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

As outras funções

100. Na falta de acólito instituído, podem ser designados, para o serviço


do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono, ministros leigos que levam
a cruz, os círios, o turíbulo, o pão, o vinho e a água; também podem ser
designados ministros leigos para distribuir a sagrada Comunhão como
ministros extraordinários.85
101. Na falta de leitor instituído, podem ser designados outros leigos para
proclamar as leituras da Sagrada Escritura, desde que sejam realmente aptos
para o desempenho desta função e se tenham cuidadosamente preparado,
de tal modo que, pela escuta das leituras divinas, os fiéis desenvolvam no
seu coração um afecto vivo e suave pela Sagrada Escritura.86
102. Compete ao salmista proferir o salmo ou o cântico bíblico que vem
entre as leituras. Para desempenhar bem a sua função, é necessário que o
salmista seja competente na arte de salmodiar e dotado de pronúncia correcta
e dicção perfeita.
103. Entre os fiéis exerce um ofício litúrgico próprio o coro ou grupo coral,
a quem compete executar devidamente, segundo os diversos géneros de
cânticos, as partes musicais que lhe estão reservadas e animar a participação
activa dos fiéis no canto.87 O que se diz do coro aplica-se também, nas devi-
das proporções, aos restantes músicos e de modo particular ao organista.
104. É conveniente que haja um cantor ou mestre de coro encarregado
de dirigir e sustentar o canto do povo. Na falta do coro, compete-lhe
dirigir os diversos cânticos, fazendo o povo participar na parte que lhe
corresponde.88

85
Cf. S. Congregação para a disciplina dos Sacramentos, Instr. Immensae caritatis, 29 de
Janeiro 1973, 1: AAS 65 (1973) 265-266; Código de Direito Canónico, Cân. 230 § 3.
86
II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 24.
87
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 19: AAS 59
(1967) 306.
88
Cf. Ibidem, 21: AAS 59 (1967) 306-307.
OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA MISSA 53

105. Também exercem uma função litúrgica:


a) O sacristão, que prepara com diligência os livros litúrgicos, os
paramentos e tudo o que é preciso para a celebração da Missa.
b) O comentador, incumbido de fazer aos fiéis, se for oportuno,
breves explicações e admonições, a fim de os introduzir na celebração e os
dispor a compreendê-la melhor. As admonições do comentador devem ser
cuidadosamente preparadas e muito sóbrias. No desempenho da sua função,
o comentador deve colocar-se em lugar adequado, à frente dos fiéis, mas
não no ambão.
c) Os encarregados de fazer na igreja a recolha das ofertas.
d) Aqueles que, em certas regiões, são encarregados de receber os
fiéis à porta da igreja, de os conduzir aos seus lugares e de ordenar as suas
procissões.
106. É conveniente, pelo menos nas igrejas catedrais e nas de maior
importância, que haja um ministro competente ou mestre de cerimónias,
responsável pelo bom ordenamento das acções sagradas, ao qual pertence
velar para que as mesmas sejam executadas pelos ministros sagrados e fiéis
leigos com dignidade, ordem e piedade.
107. As funções litúrgicas, que não são próprias do sacerdote ou do diácono,
e das quais se tratou acima (nn. 100-106), também podem ser confiadas a
leigos idóneos, escolhidos pelo pároco ou reitor da igreja,89 mediante uma
bênção litúrgica ou por nomeação temporária. Quanto à função de servir
o sacerdote ao altar, observem-se as normas dadas pelo Bispo para a sua
diocese.

IV. A distribuição das funções e a preparação da celebração

108. Um só e o mesmo sacerdote deve exercer a função presidencial sempre


e em todas as suas partes, com excepção daquelas que são próprias da Missa
na qual o Bispo está presente (cf. acima n. 92).

89
Cf. Pont. Cons. para a interpretação dos textos legislativos, resposta à dúvida acerca
do cân. 230 § 2: AAS 86 (1994) 541.
54 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

109. Se estão presentes várias pessoas que podem exercer o mesmo minis-
tério, nada obsta a que distribuam e desempenhem entre si as diversas partes
desse ministério ou ofício. Por exemplo: pode um diácono encarregar-se
das partes cantadas e outro diácono servir ao altar; quando há mais que uma
leitura, é preferível confiá-las a diversos leitores; e assim noutros casos. Mas
não é conveniente que vários ministros dividam entre si um único elemento
da celebração: p. ex. a mesma leitura lida por dois, um após o outro, a não
ser que se trate da Paixão do Senhor.
110. Quando na Missa com o povo há um só ministro, este desempenha
as diversas funções.
111. Sob a orientação do reitor da igreja, deve fazer-se a preparação prática
de cada celebração litúrgica, segundo o Missal e outros livros litúrgicos, com
a diligente cooperação de todos os que nela são chamados a intervir, tanto
no que se refere aos ritos como no aspecto pastoral e musical; devem ser
ouvidos também os fiéis naquilo que lhes diz directamente respeito. Mas o
sacerdote que preside à celebração conserva sempre o direito de dispor de
tudo aquilo que for da sua competência.90

90
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 22.
CAPÍTULO IV

AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA

112. Na Igreja local dê-se o primeiro lugar, em razão do seu significado, à


Missa presidida pelo Bispo rodeado do seu presbitério, diáconos e ministros
leigos,91 com participação plena e activa de todo o povo santo de Deus. É
nesta Missa que se realiza a principal manifestação da Igreja.
Na Missa celebrada pelo Bispo, ou na qual ele está presente sem
celebrar a Eucaristia, observem-se as normas que se encontram no
Cerimonial dos Bispos.92
113. Tenha-se igualmente em grande apreço a Missa celebrada com uma
comunidade, sobretudo com a comunidade paroquial; esta, com efeito,
principalmente na celebração comunitária do domingo, representa a Igreja
universal num determinado tempo e lugar.93
114. Entre as Missas celebradas por certas comunidades, ocupa lugar de
relevo a Missa conventual que faz parte do Oficio quotidiano, a chamada
Missa “da Comunidade”. Ainda que tais Missas não tenham forma especial
de celebração, é todavia da máxima conveniência que se celebrem com canto
e, sobretudo, com a plena participação de todos os membros da comunidade,
seja de religiosos seja de cónegos. Cada um deve exercer nestas Missas
a função que lhe é própria, segundo a Ordem ou ministério em que está
investido. Convém, por isso, que, na medida do possível, todos os presbíteros
não obrigados a celebrar individualmente para utilidade pastoral dos fiéis
concelebrem nestas Missas. Mais ainda, todos os sacerdotes pertencentes à
comunidade que, por dever de ofício, tenham de celebrar individualmente

91
Cf. Ibidem, 41.
92
Cf. Cerimonial dos Bispos, nn. 119-186.
93
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 42;
Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, 28; Decr. sobre o ministério e a vida dos
Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5; S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum
mysterium, 25 de Maio 1967, 26: AAS 59 (1967) 555.
56 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

para utilidade pastoral dos fiéis, podem concelebrar no mesmo dia na Missa
conventual ou “da Comunidade”.94 Convém, assim, que os presbíteros
presentes na celebração eucarística exerçam habitualmente a função própria
da sua ordem, a não ser que estejam dispensados por justa causa, e, portanto,
participem como concelebrantes, revestidos com as vestes sagradas. Caso
não concelebrem, apresentam-se com a veste coral própria ou com a
sobrepeliz sobre a veste talar.

I. Missa com o povo

115. Entende-se por Missa com o povo a que é celebrada com participação
dos fiéis. Na medida do possível, convém que esta Missa, especialmente
nos domingos e festas de preceito, seja celebrada com canto e com número
adequado de ministros.95 Pode, todavia, celebrar-se também sem canto e
com um só ministro.
116. Em qualquer celebração da Missa, estando presente um diácono,
este deve desempenhar o seu ministério. Convém ainda que o sacerdote
celebrante seja assistido normalmente por um acólito, um leitor e um cantor.
O rito adiante descrito prevê, no entanto, a possibilidade de maior número
de ministros.

Coisas a preparar

117. O altar deve ser coberto pelo menos com uma toalha de cor branca.
Sobre o altar ou perto dele, dispõem-se, em qualquer celebração, pelo menos
dois castiçais com velas acesas, ou quatro ou seis, sobretudo no caso da
Missa dominical ou festiva de preceito, e até sete, se for o Bispo diocesano
a celebrar. Igualmente, sobre o altar ou perto dele, haja uma cruz, com a
imagem de Cristo crucificado. Os castiçais e a cruz ornada com a imagem

94
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 47:
AAS 59 (1967) 565.
95
Cf. S. Congregação dos Ritos, Ibidem, 26: AAS 59 (1967) 555; Instr. Musicam sacram,
5 de Março 1967, 16, 27: AAS 59 (1967) 305, 308.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 57

de Cristo crucificado podem ser levados na procissão de entrada. Também


se pode colocar sobre o altar o Evangeliário, distinto do livro das outras
leituras, a não ser que ele seja levado na procissão de entrada.
118. Preparam-se também:
a) Junto à cadeira do sacerdote: o missal e, porventura, o livro de
canto;
b) No ambão: o leccionário;
c) Na credência: o cálice, o corporal, o sanguinho e, sendo preciso,
a pala; a patena e as píxides, se forem necessárias; o pão para a Comunhão
do sacerdote que preside, do diácono, dos ministros e do povo; as galhetas
com o vinho e a água, a não ser que todas estas coisas sejam trazidas pelos
fiéis na procissão ao ofertório; a caldeirinha da água a benzer, se se fizer a
aspersão; a bandeja (ou patena) para a Comunhão dos fiéis; e ainda o que
for necessário para lavar as mãos.
É louvável cobrir o cálice com um véu, que pode ser ou da cor do
dia ou de cor branca.
119. Na sacristia preparam-se as vestes sagradas (cf. nn. 337-341) do
sacerdote, do diácono, e dos outros ministros, segundo as diferentes formas
de celebração:
a) para o sacerdote: alva, estola e casula ou planeta;
b) para o diácono: alva, estola e dalmática; esta, por necessidade ou
por motivo de menor solenidade, pode omitir-se;
c) para os outros ministros: alva ou outras vestes legitimamente
aprovadas.96
Todos os que vão revestidos de alva usam também o cíngulo e o amito,
salvo se não forem exigidos em virtude da forma da própria alva.
Quando a entrada se faz com procissão, prepara-se também o
Evangeliário; nos domingos e festas o turíbulo e a naveta com incenso, se
se usa o incenso; a cruz a levar na procissão e os candelabros com círios
acesos.

96
Cf. Instrução interdicasterial sobre algumas questões acerca da colaboração dos fiéis leigos
no ministério dos sacerdotes, Ecclesia de mysterio, 15 de Agosto de 1997, art. 6: AAS 89
(1997) 869.
58 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

A) A Missa sem Diácono

Ritos iniciais

120. Reunido o povo, o sacerdote e os ministros, revestidos com as vestes


sagradas, encaminham-se para o altar por esta ordem:
a) o turiferário com o turíbulo fumegante, se se usa o incenso;
b) os ceroferários com os círios acesos, e entre eles um acólito ou
outro ministro com a cruz;
c) os acólitos e outros ministros;
d) o leitor, que pode levar o Evangeliário um pouco elevado, não,
porém, o Leccionário;
e) o sacerdote que vai celebrar a Missa.
Se se usa o incenso, o sacerdote, antes de se iniciar a procissão de
entrada, impõe incenso no turíbulo e benze-o com o sinal da cruz, sem
dizer nada.
121. Enquanto a procissão se dirige para o altar, canta-se o cântico de
entrada (cf. nn. 47-48).
122. Ao chegarem ao altar, o sacerdote e os ministros fazem uma inclinação
profunda.
A cruz com a imagem de Cristo crucificado e porventura levada na
procissão pode colocar-se junto do altar, para se tornar a cruz do altar, que
deve ser apenas uma, ou então seja guardada num lugar digno; os cande-
labros, porém, colocam-se sobre o altar ou junto dele; o Evangeliário é
louvavelmente deposto sobre o altar.
123. O sacerdote aproxima-se do altar e venera-o com um beijo. Logo
a seguir, se parecer oportuno, incensa a cruz e o altar, andando em volta
dele.
124. Feito isto, o sacerdote vai para a cadeira. Terminado o cântico de
entrada, sacerdote e fiéis, todos de pé, benzem-se com o sinal da cruz. O
sacerdote diz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (In nomine
Patris et Filii et Spiritus Sancti). O povo responde: Amen.
Em seguida, o sacerdote, voltado para o povo e abrindo os braços,
saúda-o, utilizando uma das fórmulas propostas. Pode também o próprio
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 59

sacerdote ou outro ministro fazer aos fiéis uma introdução, com brevíssimas
palavras, na Missa desse dia.
125. Segue-se o acto penitencial. Depois canta-se ou diz-se o Senhor, tende
piedade de nós (Kýrie), segundo as rubricas (cf. n. 52).
126. Nas celebrações estabelecidas, canta-se ou diz-se o Glória (cf. n.
53).
127. A seguir, o sacerdote convida o povo à oração, dizendo, de mãos
juntas: Oremos (Oremus). E todos, juntamente com o sacerdote, oram em
silêncio durante alguns momentos. Depois o sacerdote, de braços abertos,
diz a oração colecta; no fim, o povo aclama: Amen.

Liturgia da palavra
128. Terminada a oração colecta, todos se sentam. O sacerdote pode, com
brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na liturgia da palavra. Entretanto,
o leitor vai ao ambão e, a partir do Leccionário aí colocado antes da Missa,
proclama a primeira leitura, que todos escutam. No fim, o leitor profere a
aclamação: Palavra do Senhor (Verbum Domini); e todos respondem: Graças
a Deus (Deo gratias).
Pode então observar-se, se for oportuno, um breve espaço de silêncio,
para que todos meditem brevemente no que ouviram.
129. Então, o salmista ou o próprio leitor recita o versículo do salmo, ao
qual o povo responde habitualmente com o refrão.
130. Se há segunda leitura antes do Evangelho, o leitor proclama-a do
ambão. Todos escutam em silêncio e no fim respondem com a aclamação,
como acima se disse (n. 128). A seguir, se for oportuno, pode observar-se
um breve espaço de silêncio.
131. Depois todos se levantam e canta-se o Aleluia ou outro cântico, con-
forme o tempo litúrgico (cf. nn. 62-64).
132. Enquanto se canta o Aleluia ou o outro cântico, o sacerdote impõe e
benze o incenso, quando se usa. De seguida, profundamente inclinado diante
do altar, de mãos juntas, diz em silêncio: Purificai o meu coração (Munda
cor meum).
60 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

133. Toma então o Evangeliário, se está sobre o altar, e dirige-se para o


ambão, levando o Evangeliário um pouco elevado, precedido pelos ministros
leigos, que podem levar o turíbulo e os círios. Os presentes voltam-se para
o ambão, manifestando uma especial reverência ao Evangelho de Cristo.
134. Tendo chegado ao ambão, o sacerdote abre o livro e, de mãos juntas,
diz: O Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum); o povo responde: Ele
está no meio de nós (Et cum spiritu tuo), e a seguir Evangelho de Nosso
Senhor... (Lectio sancti Evangelii...), fazendo o sinal da cruz sobre o livro
e sobre si mesmo na fronte, na boca e no peito, e todos fazem o mesmo. O
povo aclama, dizendo: Glória a Vós, Senhor (Gloria tibi, Domine). Depois,
se se usa o incenso, o sacerdote incensa o livro (cf. nn. 276-277). A seguir
proclama o Evangelho, e no fim diz a aclamação: Palavra da salvação
(Verbum Domini). Todos respondem: Glória a Vós, Senhor (Laus tibi,
Christe). O sacerdote beija o livro, dizendo em silêncio: Por este santo
Evangelho (Per evangelica dicta...).
135. Se não há leitor, é o próprio sacerdote que de pé proclama, no ambão,
todas as leituras e o salmo. Ali também, se se usa o incenso, impõe incenso e
benze-o, e, profundamente inclinado, diz : Purificai o meu coração (Munda
cor meum).
136. O sacerdote, em pé, da cadeira ou do próprio ambão, ou, se for
oportuno, noutro lugar conveniente, faz a homilia. Terminada a homilia,
pode observar-se um espaço de silêncio.
137. O Símbolo é cantado ou recitado pelo sacerdote juntamente com
o povo (cf. n. 68), estando todos de pé. Às palavras E encarnou, etc.
(Et incarnatus est, etc.), todos se inclinam profundamente; porém, nas
solenidades da Anunciação e do Natal do Senhor, genuflectem.
138. Terminado o Símbolo, o sacerdote, de pé junto da cadeira, de mãos
juntas, convida os fiéis à oração universal com uma breve admonição. Então
um cantor, ou um leitor ou outro, no ambão ou noutro lugar conveniente,
voltado para o povo, propõe as intenções, a que o povo responde suplicante
com a sua parte. Por fim o sacerdote, de braços abertos, conclui as preces
com uma oração.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 61

Liturgia eucarística

139. Terminada a oração universal, todos se sentam, e começa o cântico


do ofertório (cf. n. 74).
O acólito ou outro ministro leigo coloca sobre o altar o corporal, o
sanguinho, o cálice, a pala e o Missal.
140. Convém que a participação dos fiéis se manifeste pela oferta quer do
pão e do vinho destinados à celebração da Eucaristia, quer de outros dons
destinados às necessidades da Igreja e dos pobres.
As ofertas dos fiéis são recebidas pelo sacerdote com a ajuda do acólito
ou de outro ministro. O pão e o vinho destinados à Eucaristia são levados ao
celebrante, que os depõe sobre o altar; os outros dons são colocados noutro
lugar conveniente (cf. n. 73).
141. O sacerdote, junto do altar, recebe a patena com o pão; e, sustentando-
a, com ambas as mãos, um pouco elevada sobre o altar, diz em silêncio
(secreto): Bendito sejais, Senhor. Em seguida, depõe a patena com o pão
sobre o corporal.
142. O sacerdote vai depois ao lado do altar, onde o ministro lhe apresenta
as galhetas, e deita no cálice o vinho e um pouco de água, dizendo em silên-
cio: Pelo mistério desta água e deste vinho. Volta ao meio do altar, toma o
cálice com ambas as mãos e, sustentando-o um pouco elevado sobre o altar,
diz em silêncio: Bendito sejais, Senhor. Depõe, em seguida, o cálice sobre
o corporal e, se parecer oportuno, cobre-o com a pala.
Se não houver cântico do ofertório ou não se tocar o órgão, o sacerdote
pode, na apresentação do pão e do vinho, dizer em voz alta as fórmulas de
bênção, às quais o povo aclama: Bendito seja Deus para sempre.
143. Colocado o cálice no altar, o sacerdote inclina-se profundamente e
diz em silêncio: De coração humilhado e contrito (In spiritu humilitatis).
144. A seguir, se se usa o incenso, o sacerdote impõe-no no turíbulo,
benze-o sem dizer nada e incensa as oblatas, a cruz e o altar. Um ministro,
de pé ao lado do altar, incensa o sacerdote, e depois o povo.
62 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

145. Depois da oração: De coração humilhado e contrito (In spiritu


humilitatis) ou depois da incensação, o sacerdote vai ao lado do altar e lava
as mãos, dizendo em silêncio: Lavai-me, Senhor, enquanto o ministro lhe
serve a água.
146. O sacerdote vem ao meio do altar e, voltado para o povo, abrindo
e juntando as mãos, convida-o à oração, dizendo: Orai, irmãos, etc...
(Orate, fratres... – Em Portugal pode o sacerdote dizer apenas Oremos, sem
resposta do povo). O povo levanta-se e responde: Receba o Senhor. Depois
o sacerdote, recita, de braços abertos, a oração sobre as oblatas. No fim o
povo aclama: Amen.
147. Então o sacerdote começa a Oração eucarística. Segundo as rubricas
(cf. n. 365), escolhe uma das que se encontram no Missal Romano, ou que a
Sé Apostólica tenha aprovado. Por sua natureza, a Oração eucarística exige
que seja só o sacerdote, em virtude da ordenação, a dizê-la. O povo, porém,
associe-se ao sacerdote, na fé e em silêncio, e também com as intervenções
previstas na Oração eucarística, isto é: as respostas ao diálogo do Prefácio, o
Sanctus, a aclamação depois da consagração e a aclamação Amen depois da
doxologia final, ou ainda com outras aclamações aprovadas pela Conferência
Episcopal e confirmadas pela Sé Apostólica.
É muito conveniente que o sacerdote cante as partes musicadas da
Oração eucarística.
148. Ao começar a Oração eucarística, o sacerdote, abrindo os braços,
canta ou diz: O Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum), e o povo res-
ponde: Ele está no meio de nós (Et cum spiritu tuo). Em seguida continua,
elevando as mãos: Corações ao alto (Sursum corda). O povo responde: O
nosso coração está em Deus (Habemus ad Dominum). Então o sacerdote, de
braços abertos, acrescenta: Dêmos graças ao Senhor nosso Deus (Gratias
agamus Domino Deo nostro). E o povo responde: É nosso dever, é nossa
salvação (Dignum et iustum est). Depois o sacerdote, de mãos estendidas,
continua o Prefácio, no fim do qual junta as mãos e, juntamente com todos
os presentes, canta ou recita em voz alta: Santo... (Sanctus) (cf. n. 79, b).
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 63

149. O sacerdote prossegue a Oração eucarística, segundo as rubricas


apresentadas em cada uma das Orações.
Se o celebrante é um Bispo, nas Orações, a seguir às palavras em co-
munhão com o vosso servo o Papa N. (Papa nostro N.), acrescenta: e comigo,
vosso indigno servo (et me indigno servo tuo). Se o Bispo celebra fora da sua
diocese, depois das palavras: com o Papa N. (Papa nostro N.), acrescenta:
e comigo, vosso indigno servo, e com o meu irmão N., bispo desta Igreja
de N. (et me indigno famulo tuo, et fratre meo N., episcopo huius Ecclesiae
N.), ou depois das palavras: o Papa N. (Papae nostri N.) acrescenta: e de
mim, vosso indigno servo, e do meu irmão N., bispo desta Igreja de N. (mei
indigni famuli tui, et fratris mei N., episcopi huius Ecclesiae N.).
O Bispo diocesano, ou aquele que pelo direito lhe é equiparado,
deve ser mencionado com esta fórmula: em comunhão com o vosso servo o
Papa N., o nosso Bispo N. (ou Vigário, Prelado, Prefeito, Abade) [una cum
famulo tuo Papa nostro N. et Episcopo (vel Vicario, Praelato, Praefecto,
Abbate) nostro N.].
Também se podem mencionar os Bispos Coadjutor e Auxiliares na
Oração eucarística, mas não outros bispos eventualmente presentes. Quando
se tiver que nomear vários, usa-se uma fórmula geral: o nosso Bispo N. e seus
Bispos Auxiliares (et Episcopo nostro N. eiusque Episcopis adiutoribus).
Em cada uma das Orações eucarísticas estas fórmulas devem adaptar-
se às regras gramaticais.
150. Um pouco antes da consagração, se parecer oportuno, o ministro pode
chamar a atenção dos fiéis com um toque de campainha, que pode tocar-se
também a cada elevação, segundo os costumes locais.
Se se usa incenso, o ministro incensa a hóstia e o cálice, ao serem
mostrados ao povo depois da consagração.
151. A seguir à consagração, depois de o sacerdote dizer: Mistério da fé
(Mystérium fidei), o povo aclama, utilizando uma das fórmulas prescritas.
No fim da Oração eucarística, o sacerdote toma a patena com a hóstia
e o cálice e, elevando-os ambos, diz sozinho a doxologia: Por Cristo (Per
ipsum). No fim o povo aclama: Amen. A seguir o sacerdote depõe a patena
e o cálice sobre o corporal.
64 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

152. Terminada a Oração eucarística, o sacerdote, de mãos juntas, diz a


admonição que antecede a Oração dominical; e a seguir recita, de braços
abertos, esta oração juntamente com o povo.
153. Terminada a Oração dominical, o sacerdote, de braços abertos, diz
sozinho o embolismo Livrai-nos de todo o mal, Senhor (Libera nos...). No
fim o povo aclama: Vosso é o reino (Quia tuum est regnum).
154. Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta a oração
Senhor Jesus Cristo, que dissestes (Domine Iesu Christe, qui dixisti); uma
vez terminada, o sacerdote, abrindo e juntando as mãos, anuncia a paz, vol-
tado para o povo, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco (Pax
Domini sit semper vobiscum); e o povo responde: O amor de Cristo nos
uniu (Et cum spiritu tuo). Logo a seguir, se parecer oportuno, acrescenta:
Saudai-vos na paz de Cristo (Offerte vobis pacem).
O sacerdote pode dar a paz aos ministros, mas permanece sempre
dentro do presbitério, a fim de não perturbar a celebração. Procede do mesmo
modo se, por motivos razoáveis, quiser dar a paz a alguns poucos fiéis. E
todos, segundo as determinações da Conferência Episcopal, se saúdam uns
aos outros em sinal de mútua paz, comunhão e caridade. Enquanto se dá a
paz, pode dizer-se: A paz do Senhor esteja sempre contigo (Pax Domini sit
semper tecum), ao que se responde: Amen.
155. A seguir, o sacerdote toma a hóstia, parte-a sobre a patena e deita um
fragmento no cálice, dizendo em silêncio: Esta união (Haec commixtio).
Entretanto, o coro e o povo cantam ou recitam: Cordeiro de Deus (Agnus
Dei) (cf. n. 83).
156. Então o sacerdote, de mãos juntas, diz em silêncio a oração antes da
Comunhão: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo (Domine Iesu Christe,
Filii Dei vivi) ou A comunhão do vosso Corpo e Sangue (Perceptio Corporis
et Sanguinis).
157. Terminada esta oração, o sacerdote genuflecte, toma a hóstia consa-
grada nessa mesma Missa, levanta-a um pouco sobre a patena ou sobre o
cálice e, voltado para o povo, diz: Felizes os convidados (Ecce Agnus Dei);
e, juntamente com o povo, acrescenta: Senhor, eu não sou digno (Domine,
non sum dignus).
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 65

158. Depois, voltado para o altar, o sacerdote diz em silêncio: O Corpo de


Cristo me guarde para a vida eterna (Corpus Christi custodiat me in vitam
aeternam); e comunga com reverência o Corpo de Cristo. A seguir, toma
o cálice, dizendo em silêncio: O Sangue de Cristo me guarde para a vida
eterna (Sanguis Christi custodiat me in vitam aeternam); e comunga com
reverência o Sangue de Cristo.

159. Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, começa-se o canto da


Comunhão (cf. n. 86).

160. O sacerdote pega depois na patena ou na píxide e aproxima-se dos


comungantes, que habitualmente se aproximam em procissão.
Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão
consagrado nem o cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de
mão em mão. Os fiéis comungam de joelhos ou de pé, segundo a determina-
ção da Conferência Episcopal. Quando comungam de pé, recomenda-se que,
antes de receberem o Sacramento, façam a devida reverência, estabelecida
pelas mesmas normas.

161. Se a Comunhão for distribuída unicamente sob a espécie do pão, o


sacerdote levanta um pouco a hóstia e, mostrando-a a cada um dos comun-
gantes, diz: O Corpo de Cristo (Corpus Christi). O comungante responde:
Amen, e recebe o Sacramento na boca, ou, onde for permitido, na mão, con-
forme preferir. O comungante recebe a hóstia e comunga-a imediatamente
e na íntegra.
Quando a Comunhão se faz sob as duas espécies, segue-se o rito
descrito em seu lugar próprio (cf. nn. 284-287).

162. Na distribuição da Comunhão, o sacerdote pode ser ajudado por outros


presbíteros eventualmente presentes. Se estes não estiverem disponíveis e o
número dos comungantes for demasiado grande, o sacerdote pode chamar
em seu auxílio os ministros extraordinários, isto é, o acólito devidamente
instituído ou também outros fiéis, que tenham sido devidamente nomeados
66 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

para isso.97 Em caso de necessidade, o sacerdote pode designar, só para


essa ocasião, alguns fiéis idóneos.98
Estes ministros não devem aproximar-se do altar antes de o sacerdote
ter tomado a Comunhão; e recebem sempre da mão do sacerdote celebrante
o vaso com as espécies da Santíssima Eucaristia a distribuir aos fiéis.
163. Terminada a distribuição da Comunhão, o sacerdote, no altar, consome
imediatamente todo o vinho consagrado que porventura tiver sobrado; quanto
às hóstias consagradas que sobrarem, ou as consome no altar ou leva-as ao
lugar destinado a guardar a Eucaristia.
O sacerdote, regressado ao altar, recolhe os fragmentos que porventura
houver. Depois, no altar ou na credência, purifica a patena ou a píxide sobre
o cálice; a seguir, purifica o cálice, enquanto diz em silêncio: O que em nossa
boca recebemos (Quod ore sumpsimus); e limpa o cálice com o sanguinho.
Se os vasos são purificados no altar, o ministro leva-os para a credência. Os
vasos a purificar, sobretudo se forem vários, também se podem deixar no altar
ou na credência, sobre o corporal, devidamente cobertos, sendo purificados
imediatamente depois da Missa, após a despedida do povo.
164. Depois o sacerdote pode voltar para a cadeira. Entretanto, podem
guardar-se uns momentos de silêncio sagrado, ou cantar ou recitar um salmo
ou outro cântico de louvor ou um hino (cf. n. 88).
165. Depois o sacerdote, de pé junto da cadeira ou do altar, diz de mãos
juntas, voltado para o povo: Oremos (Oremus); e, de braços abertos, recita
a oração depois da Comunhão, a qual pode ser precedida de um breve mo-
mento de silêncio, a não ser que o tenha havido logo a seguir à Comunhão.
No fim da oração o povo aclama: Amen.

97
Cf. S. Congregação para os Sacramentos e o Culto divino, Instr. Inaestimabile donum, 3
de Abril 1980, 10: AAS 72 (1980) 336; Instrução interdicasterial sobre algumas questões
acerca da colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes, Ecclesia de mysterio,
15 de Agosto de 1997, art. 8: AAS 89 (1997) 871.
98
Cf. Rito para designar ocasionalmente um ministro da Sagrada Comunhão, no apêndice
do Missal Romano, Coimbra 1992, p. 1381.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 67

Ritos de conclusão

166. Terminada a oração depois da Comunhão, se houver avisos a fazer,


façam-se em forma breve.
167. A seguir, o sacerdote saúda o povo, abrindo os braços e dizendo: O
Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum), a que o povo responde: Ele
está no meio de nós (Et cum spiritu tuo). O sacerdote, junta de novo as mãos,
e, logo a seguir, com a mão esquerda no peito e elevando a mão direita,
acrescenta: Abençoe-vos Deus todo-poderoso (Benedicat vos omnipotens
Deus) e, fazendo o sinal da cruz sobre o povo, continua: Pai e Filho e Espí-
rito Santo (Pater et Filius et Spiritus Sanctus); e todos respondem: Amen.
Em certos dias e em ocasiões especiais, esta bênção, segundo as
rubricas, é enriquecida e expressa com a oração sobre o povo ou outra
fórmula mais solene.
O Bispo abençoa o povo com a fórmula apropriada, fazendo por três
vezes o sinal da cruz sobre o povo.99
168. Logo a seguir à bênção, o sacerdote, de mãos juntas, diz: Ide em paz
e o Senhor vos acompanhe (Ite, missa est); e todos respondem: Graças a
Deus (Deo gratias).
169. O sacerdote, habitualmente, beija então o altar em sinal de veneração,
faz-lhe, com os ministros leigos, uma inclinação profunda, e retira-se com
eles.
170. Se a Missa é seguida de outra acção litúrgica, omitem-se os ritos de
conclusão, quer dizer, a saudação, a bênção e a despedida.

B) A Missa com Diácono

171. Quando está presente na celebração eucarística, o diácono exerce o


seu ministério revestido com as vestes sagradas. Com efeito, ele próprio:
a) assiste ao sacerdote e está sempre a seu lado;

99
Cf. Cerimonial dos Bispos, nn. 1118-1121.
68 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

b) ao altar, ministra ao cálice e ao livro;


c) proclama o Evangelho e pode, por mandato do sacerdote celebrante,
fazer a homilia (cf. n. 66);
d) orienta o povo fiel com oportunas admonições e enuncia as inten-
ções da oração universal;
e) ajuda o sacerdote celebrante a distribuir a Comunhão, e purifica e
arruma os vasos sagrados;
f) ele próprio, segundo as necessidades, realiza os ofícios dos outros
ministros, se nenhum deles estiver presente.

Ritos iniciais

172. O diácono, levando o Evangeliário um pouco elevado, vai à frente


do sacerdote a caminho do altar; caso contrário, vai ao lado dele.
173. Ao chegar ao altar, se levar o Evangeliário, omitida a reverência,
aproxima-se do altar. A seguir, depõe louvavelmente o Evangeliário sobre
o altar, e juntamente com o sacerdote, venera o altar com um beijo.
Se não levar o Evangeliário, faz uma inclinação profunda ao altar
juntamente com o sacerdote, do modo habitual, e venera o altar com um
beijo juntamente com ele.
Por fim, se se usa o incenso, assiste o sacerdote na imposição do
incenso e na incensação da cruz e do altar.
174. Incensado o altar, vai para a cadeira juntamente com o sacerdote,
ficando aí de pé ao lado dele, servindo-o no que for preciso.

Liturgia da palavra

175. Enquanto se canta o Aleluia ou o outro cântico, assiste ao sacerdote


na preparação do turíbulo, se se usar incenso; em seguida, inclinando-se
profundamente diante do sacerdote, pede-lhe a bênção, dizendo em voz
baixa: A vossa bênção (Iube, domne, benedicere). O sacerdote abençoa-o,
dizendo: O Senhor esteja no teu coração (Dominus sit in corde tuo). O
diácono benze-se com o sinal da cruz e responde: Amen. Em seguida,
depois de fazer a inclinação ao altar, toma o Evangeliário, que está sobre
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 69

ele, e, levando-o um pouco elevado, dirige-se para o ambão, precedido do


turiferário com o turíbulo fumegante e dos ministros com círios acesos. No
ambão saúda o povo, dizendo, de mãos juntas: O Senhor esteja convosco
(Dominus vobiscum); depois, às palavras Leitura do santo Evangelho
(Lectio sancti Evangelii), faz com o polegar o sinal da cruz no livro e
depois persigna-se a si próprio na fronte, na boca e no peito, incensa o livro
e proclama o Evangelho. No fim aclama: Palavra da salvação (Verbum
Domini), e todos respondem: Glória a Vós, Senhor (Laus tibi, Christe).
Depois beija o livro em sinal de veneração, dizendo em silêncio: Por este
santo Evangelho (Per evangélica dicta); e volta para junto do sacerdote.
Quando o diácono ministra ao Bispo, leva-lhe o livro para que ele o
beije ou beija-o ele próprio, dizendo em silêncio: Por este santo Evangelho
(Per evangélica dicta). Nas celebrações mais solenes o Bispo, se for
oportuno, dá a bênção ao povo com o Evangeliário.
Por fim, o Evangeliário pode ser levado para a credência ou para outro
lugar adequado e digno.
176. Se não estiver presente outro leitor idóneo, o diácono profere também
as outras leituras.
177. As intenções da oração dos fiéis, após a introdução do sacerdote, é o
diácono quem as profere, habitualmente do ambão.

Liturgia eucarística

178. Terminada a oração universal, enquanto o sacerdote permanece


sentado na cadeira, o diácono prepara o altar, auxiliado pelo acólito. A ele
compete cuidar dos vasos sagrados. Assiste também o sacerdote na recepção
dos dons do povo. Entrega depois ao sacerdote a patena com o pão que vai
ser consagrado; deita no cálice o vinho e um pouco de água, dizendo em
silêncio: Pelo mistério desta água e deste vinho (Per huius aquae) e entrega
o cálice ao sacerdote. Esta preparação do cálice, pode ser feita na credência.
Se se usa incenso, ministra ao sacerdote na incensação das oblatas, da cruz
e do altar e, em seguida, ele próprio ou o acólito incensa o sacerdote e o
povo.
70 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

179. Durante a Oração eucarística, o diácono permanece ao lado do


sacerdote, um pouco atrás, servindo-o, quando for preciso, ao cálice e ao
Missal.
Desde a epiclese até à ostensão do cálice, o diácono permanece ha-
bitualmente de joelhos. Se estiverem presentes vários diáconos, um deles
pode impor incenso no turíbulo à consagração e incensar a hóstia e o cálice
durante a ostensão.
180. Durante a doxologia final da Oração eucarística, o diácono, ao lado do
sacerdote, eleva o cálice, enquanto o sacerdote eleva a patena com a hóstia,
até que o povo tenha respondido com a aclamação: Amen.
181. Quando o sacerdote tiver concluído a oração da paz e dito A paz do
Senhor esteja sempre convosco (Pax Domini sit semper vobiscum), com a
resposta do povo O amor de Cristo nos uniu (Et cum spiritu tuo), o diácono,
se for oportuno, de mãos juntas e voltado para o povo, faz o convite para
a paz, dizendo: Saudai-vos na paz de Cristo (Offerte vobis pacem). Ele
próprio recebe do sacerdote a paz e pode dá-la aos ministros que estiverem
mais perto de si.
182. Depois da Comunhão do sacerdote, o diácono recebe do próprio sa-
cerdote a Comunhão sob as duas espécies e ajuda em seguida o sacerdote
na distribuição da Comunhão ao povo. No caso de a Comunhão se fazer sob
as duas espécies, ele próprio ministra o cálice aos comungantes e, acabada
a distribuição, consome imediatamente e com reverência, no altar, todo o
Sangue de Cristo que sobrou, ajudado, se necessário, por outros diáconos
e presbíteros.
183. Terminada a Comunhão, o diácono regressa com o sacerdote ao altar,
recolhe os fragmentos que porventura houver, leva o cálice e os outros va-
sos sagrados para a credência, onde os purifica e arranja na forma habitual,
enquanto o sacerdote regressa à cadeira. Os vasos a purificar podem tam-
bém deixar-se na credência, sobre o corporal, devidamente cobertos, sendo
purificados imediatamente depois da Missa, após a despedida do povo.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 71

Ritos de conclusão
184. Terminada a oração depois da Comunhão, o diácono faz ao povo
eventuais breves avisos, a não ser que o sacerdote prefira fazê-los por si
próprio.
185. Se se usa a oração sobre o povo ou uma fórmula de bênção solene, o
diácono diz: Inclinai-vos para receber a bênção (Inclinate vos ad benedic-
tionem). Depois da bênção dada pelo sacerdote, o diácono despede o povo,
dizendo, de mãos juntas, voltado para o povo: Ide em paz e o Senhor vos
acompanhe (Ite, missa est).
186. Então, juntamente com o sacerdote, beija o altar em sinal de veneração
e, feita uma inclinação profunda, retira-se pela mesma ordem da entrada.

C) Funções do Acólito

187. São de vários géneros as funções que o acólito pode exercer, poden-
do algumas delas ocorrer simultaneamente. Convém, por isso, que sejam
oportunamente distribuídas por vários. Se, contudo, só estiver presente um
acólito, este desempenhará a função mais importante, e as outras distribuam-
se por vários ministros.

Ritos iniciais

188. Na procissão de entrada, o acólito pode levar a cruz, ladeado por


outros dois ministros com os círios acesos. Chegando ao altar, põe a cruz
junto dele, para se tornar a cruz do altar, ou então coloca-a num lugar digno.
Em seguida, ocupa o seu lugar no presbitério.
189. Durante toda a celebração, sempre que seja necessário, o acólito
aproxima-se do sacerdote ou do diácono, para lhes apresentar o livro e ajudá-
los no que for preciso. Convém, portanto, que, na medida do possível, ocupe
um lugar donde lhe seja fácil desempenhar o seu ministério, quer junto da
cadeira presidencial quer junto do altar.
72 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Liturgia eucarística
190. Na ausência do diácono, o acólito, depois da oração universal e en-
quanto o sacerdote permanece na sua cadeira, coloca sobre o altar o corporal,
o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal. Seguidamente, se for preciso, ajuda
o sacerdote a receber os dons do povo e, conforme as circunstâncias, leva
para o altar o pão e o vinho e entrega-os ao sacerdote. Se se usa incenso,
apresenta ao sacerdote o turíbulo e acompanha-o na incensação das oblatas,
da cruz e do altar. Depois incensa o sacerdote e o povo.
191. O acólito devidamente instituído, se for preciso, pode ajudar o sacer-
dote a distribuir a Comunhão ao povo, como ministro extraordinário.100 Se,
na ausência do diácono, se dá a Comunhão sob as duas espécies, ele próprio
ministra o cálice aos comungantes ou sustenta o cálice quando a Comunhão
é feita por intinção.
192. Do mesmo modo o acólito devidamente instituído, terminada a dis-
tribuição da Comunhão, ajuda o sacerdote ou o diácono na purificação e
arranjo dos vasos sagrados. Na ausência do diácono, o acólito devidamente
instituído leva os vasos sagrados para a credência e aí os purifica, limpa e
arranja, do modo habitual.
193. Terminada a celebração da Missa, o acólito e os outros ministros, jun-
tamente com o diácono e o sacerdote, voltam processionalmente à sacristia,
do mesmo modo e pela mesma ordem com que vieram.

D) Funções do Leitor

Ritos iniciais
194. Na procissão de entrada, na ausência do diácono, o leitor, vestido
com a veste aprovada, pode levar o Evangeliário um pouco elevado. Neste
caso, vai à frente do sacerdote; se não, vai junto com os outros ministros.

100
Cf. Paulo VI, Carta ap. Ministeria quaedam, 15 de Agosto 1972: AAS 64 (1972) 532.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 73

195. Chegando ao altar, faz com os outros uma inclinação profunda. Se


leva o Evangeliário, sobe ao altar e sobre ele depõe o Evangeliário. Depois
ocupa o seu lugar no presbitério, junto com os outros ministros.

Liturgia da palavra
196. Lê do ambão as leituras que precedem o Evangelho. Na ausência do
salmista, pode proferir o salmo responsorial, depois da primeira leitura.
197. Na ausência do diácono, pode proferir do ambão as intenções da
oração universal, depois da introdução feita pelo sacerdote.
198. Se não houver cântico de entrada nem da Comunhão e os fiéis não
recitarem as antífonas que vêm no Missal, pode proferir, no momento pró-
prio, estas antífonas (cf. nn. 48, 87).

II. Missa concelebrada

199. A concelebração, pela qual se manifesta oportunamente a unidade do


sacerdócio e do sacrifício, bem como a de todo o povo de Deus, está prescrita
pelo próprio rito: na ordenação do Bispo e dos presbíteros, na bênção do
Abade e na Missa crismal.
Recomenda-se, além disso, a não ser que a utilidade dos fiéis exija
ou aconselhe de outro modo:
a) na Missa vespertina da Ceia do Senhor;
b) na Missa celebrada nos Concílios, nas reuniões dos Bispos e nos
Sínodos;
c) na Missa conventual e na Missa principal celebrada nas igrejas e
oratórios;
d) nas Missas celebradas por ocasião de reuniões de sacerdotes, tanto
seculares como religiosos.101
No entanto, é lícito a cada sacerdote celebrar a Eucaristia de modo
individual, mas não ao mesmo tempo em que, na mesma igreja ou oratório,
se realiza uma concelebração. Contudo, na Quinta-feira da Ceia do Senhor

101
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 57;
Código de Direito Canónico, cân. 902.
74 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

e na Missa da Vigília pascal, não é permitido celebrar os ritos sagrados de


modo individual.
200. Aceitem-se de bom grado a concelebrar a Eucaristia os presbíteros que
estiverem de passagem, desde que se conheça a sua condição sacerdotal.
201. Nos casos em que o número de sacerdotes seja muito grande, pode
fazer-se mais que uma concelebração no mesmo dia, onde a necessidade ou
a utilidade pastoral o aconselhem; mas devem fazer-se a horas diferentes
ou em lugares sagrados diversos.102
202. Segundo as normas do direito, compete ao Bispo regulamentar a dis-
ciplina da concelebração em todas as igrejas e oratórios da sua diocese.
203. Deve ter-se em consideração especial a concelebração em que os
presbíteros de alguma diocese concelebrem com o seu Bispo, particular-
mente na Missa estacional nos dias mais solenes do ano litúrgico, na Missa
da ordenação do novo Bispo da diocese ou do seu Coadjutor ou Auxiliar, na
Missa crismal, na Missa vespertina da Ceia do Senhor, nas celebrações do
Santo Fundador da Igreja local ou do Padroeiro da diocese, nos aniversários
do Bispo e finalmente por ocasião do Sínodo ou da visita pastoral.
Pelo mesmo motivo, recomenda-se a concelebração todas as vezes
que os presbíteros se encontram reunidos com o seu Bispo, quer por ocasião
de exercícios espirituais quer de outras reuniões. É nestas ocasiões que mais
se evidencia aquele sinal da unidade do sacerdócio e da Igreja, próprio de
toda a concelebração.103
204. Por motivos especiais, quer pelo significado do rito quer pela festa,
é permitido celebrar ou concelebrar mais que uma vez no mesmo dia, nos
casos seguintes:
a) quem tiver celebrado ou concelebrado a Missa crismal na Quinta-
‑feira da Semana Santa, pode celebrar ou concelebrar também a Missa
vespertina da Ceia do Senhor;

102
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 47:
AAS 59 (1967) 566.
103
Cf. Ibidem, n. 47: AAS 59 (1967) p. 566.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 75

b) quem tiver celebrado ou concelebrado a Missa da Vigília pascal


pode celebrar ou concelebrar a Missa do dia de Páscoa;
c) no Natal do Senhor, todos os sacerdotes podem celebrar ou conce-
lebrar três Missas, contanto que sejam nas horas correspondentes;
d) no dia da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, todos os
sacerdotes podem celebrar ou concelebrar três Missas, desde que as cele-
brações se façam nos diversos tempos e observadas as determinações acerca
da aplicação da segunda e da terceira Missa;104
e) quem concelebrar com o Bispo ou seu delegado por ocasião do
Sínodo, da visita pastoral ou de reuniões sacerdotais, pode também celebrar
outra Missa para utilidade dos fiéis. O mesmo se diga, observadas as normas
respectivas, das reuniões dos religiosos.
205. A Missa concelebrada, seja qual for a forma de que se revista, segue as
normas a observar comummente (cf. nn. 112-198), com as particularidades
ou alterações que a seguir se expõem:
206. Uma vez começada a Missa, ninguém, em caso algum, se junte ou
seja admitido a concelebrar.
207. No presbitério devem preparar-se:
a) assentos e livros para os sacerdotes concelebrantes:
b) na credência: um cálice de tamanho suficiente, ou vários cálices.
208. Se não estiver presente o diácono, as funções que lhe são próprias
serão realizadas por um ou outro dos concelebrantes.
Se não estiverem presentes outros ministros, as partes que lhes per-
tencem podem ser entregues a outros fiéis idóneos; ou então serão desem-
penhadas por alguns concelebrantes.
209. Os concelebrantes revestem-se, na sacristia ou noutro lugar apropria-
do, com as vestes sagradas que costumam usar quando celebram a Missa
individualmente. Contudo, por justa causa, por exemplo, grande número de
concelebrantes e falta de paramentos para todos, podem os concelebrantes,
com excepção sempre do celebrante principal, revestir apenas a estola por
cima da alva, sem a casula ou planeta.

104
Cf. Bento XV, Const. Ap. Incruentum altaris sacrificium, 10 de Agosto 1915: AAS 7
(1915) 401-404.
76 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Ritos iniciais
210. Estando tudo devidamente preparado, organiza-se a procissão na
forma do costume, através da igreja, em direcção ao altar. Os sacerdotes
concelebrantes vão à frente do celebrante principal.
211. Chegando ao altar, os concelebrantes e o celebrante principal fazem
uma inclinação profunda, beijam o altar em sinal de veneração e vão ocupar
os lugares que lhes estão destinados. O celebrante principal incensa a cruz
e o altar, se parecer oportuno, e vai depois para a cadeira.

Liturgia da palavra
212. Durante a liturgia da palavra, os concelebrantes estão nos seus lugares,
sentados ou de pé, conforme estiver o celebrante principal.
Ao começar o Aleluia, todos se põem de pé, com excepção do Bispo
que impõe o incenso sem dizer nada e abençoa o diácono ou, na ausência
deste, o concelebrante que vai proclamar o Evangelho. Entretanto, na
concelebração presidida por um presbítero, o concelebrante que, na ausência
de diácono, proclama o Evangelho, não pede nem recebe a bênção do
celebrante principal.
213. Normalmente, faz a homilia o celebrante principal, ou então um dos
concelebrantes.

Liturgia eucarística
214. A preparação dos dons (cf. nn. 139-146) é feita pelo celebrante prin-
cipal, enquanto os outros concelebrantes permanecem nos seus lugares.
215. Depois de o celebrante principal ter dito a oração sobre as oblatas,
os concelebrantes aproximam-se do altar e dispõem-se ao seu redor, de tal
forma, porém, que não dificultem o desenrolar dos ritos, a acção sagrada
seja facilmente vista pelos fiéis e não dificultem ao diácono o acesso ao altar
para o desempenho do seu ministério.
O diácono desempenha o seu ministério perto do altar, ministrando,
sempre que for preciso, ao cálice e ao Missal. Contudo, na medida do pos-
sível, colocar-se-á um pouco atrás dos sacerdotes concelebrantes, que estão
de pé junto do celebrante principal.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 77

Modo de proferir a Oração eucarística


216. O Prefácio é cantado ou dito só pelo celebrante principal. O Santo
(Sanctus) é cantado ou recitado por todos os concelebrantes, juntamente
com o povo e o coro.
217. Terminado o Santo (Sanctus), os sacerdotes concelebrantes continu-
am a Oração eucarística na forma que adiante se indica. Os gestos, salvo
indicação em contrário, são feitos só pelo celebrante principal.
218. As partes proferidas simultaneamente por todos os concelebrantes,
e principalmente as palavras da consagração, que todos estão obrigados a
dizer, devem ser recitadas pelos concelebrantes em voz baixa, de modo a
que se ouça claramente a voz do celebrante principal. Deste modo, o povo
pode perceber mais facilmente as palavras.
As fórmulas a dizer simultaneamente por todos os concelebrantes, e que
vêm musicadas no Missal, é de louvar que sejam proferidas com canto.

A) Oração eucarística I, ou Cânone romano

219. Na Oração eucarística I, ou Cânone romano, só o celebrante principal


diz, de braços abertos, Pai de infinita misericórdia (Te ígitur).
220. Convém confiar as partes Lembrai-vos, Senhor (Memento dos vivos)
e Em comunhão com toda a Igreja (Communicantes) a um ou outro dos
sacerdotes concelebrantes, que dirá sozinho estas preces, de braços abertos
e em voz alta.
221. De novo, só o celebrante principal diz, de braços abertos, Aceitai
benignamente, Senhor (Hanc ígitur).
222. Desde Santificai, Senhor (Quam oblatiónem) até Humildemente Vos
suplicamos (Supplices), o celebrante principal faz os gestos, e todos os
concelebrantes dizem tudo em simultâneo, deste modo:
a) Santificai, Senhor (Quam oblatiónem), com as mãos estendidas
para as oblatas;
b) Na véspera da sua paixão (Qui prídie) e De igual modo (Símili
modo), de mãos juntas;
78 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

c) as palavras do Senhor, se parecer oportuno, com a mão direita


estendida para o pão e para o cálice; à ostensão, olham para a hóstia e para
o cálice e fazem em seguida inclinação profunda;
d) Celebrando agora o memorial (Unde et memores) e Olhai com
benevolência (Supra quae), de braços abertos;
e) Humildemente Vos suplicamos (Supplices), inclinados e de mãos
juntas, até às palavras: participando deste altar (ex hac altáris partipatióne);
erguem-se em seguida e benzem-se às palavras: alcancemos a plenitude das
bênçãos do Céu (omni benedictióne caelésti et grátia repleámur).
223. Convém confiar as partes Lembrai-Vos, Senhor (o Memento dos
defuntos) e E a nós, pecadores (Nobis quoque peccatoribus) a um ou outro
dos concelebrantes, que as dirá sozinho, de braços abertos e em voz alta.
224. Às palavras E a nós, pecadores (Nobis quoque peccatoribus), todos
os concelebrantes batem no peito.
225. Por Cristo, nosso Senhor (per quem haec omnia) é dito só pelo ce-
lebrante principal.

B) Oração eucarística II
226. Na Oração eucarística II, Vós, Senhor, sois verdadeiramente santo
(Vere Sanctus) é dito só pelo celebrante principal, de braços abertos.
227. Desde Santificai estes dons (Haec ergo dona) até Humildemente Vos
suplicamos (Et súpplices), todos os concelebrantes dizem tudo em simul-
tâneo, deste modo:
a) Santificai estes dons (Haec ergo dona), com as mãos estendidas
para as oblatas;
b) Na hora em que Ele Se entregava (Qui cum passióni) e De igual
modo (Símili modo), de mãos juntas;
c) as palavras do Senhor, se parecer oportuno, com a mão direita
estendida para o pão e para o cálice; à ostensão, olham para a hóstia e para
o cálice e fazem em seguida inclinação profunda;
d) Celebrando agora, Senhor o memorial (Mémores ígitur) e Humil-
demente Vos suplicamos (Et súpplices), de braços abertos.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 79

228. As intercessões pelos vivos: Lembrai-Vos, Senhor (Recordáre, Dó-


mine) e pelos defuntos: Lembrai-Vos também dos nossos irmãos (Meménto
étiam fratrum nostrórum) convém confiá-las a um ou outro dos concele-
brantes, que as dirá sozinho, de braços abertos e em voz alta.

C) Oração eucarística III


229. Na Oração eucarística III, Vós, Senhor, sois verdadeiramente santo
(Vere Sanctus) é dito só pelo celebrante principal, de braços abertos.
230. Desde Humildemente Vos suplicamos, Senhor (Súpplices ergo te,
Dómine) até Olhai benignamente (Réspice, quáesumus), todos os concele-
brantes dizem tudo em simultâneo, deste modo:
a) Humildemente Vos suplicamos (Súpplices ergo te, Dómine), com
as mãos estendidas para as oblatas;
b) Na noite em que Ele ia ser entregue (Ipse enim in qua nocte tra-
debátur) e De igual modo (Símili modo), de mãos juntas;
c) as palavras do Senhor, se parecer oportuno, com a mão direita
estendida para o pão e para o cálice; à ostensão, olham para a hóstia e para
o cálice e fazem em seguida inclinação profunda;
d) Celebrando agora, Senhor, o memorial (Mémores ígitur) e Olhai
benignamente (Réspice, quáesumus), de braços abertos.
231. As intercessões: O Espírito Santo faça de nós (Ipse nos), Por este
sacrifício de reconciliação (Haec hostia nostrae reconciliatiónis) e Lembrai-
Vos dos nossos irmãos defuntos (Fratres nostros) convém confiá-las a um
ou outro dos concelebrantes, que as dirá sozinho, de braços abertos e em
voz alta.

D) Oração eucarística IV
232. Na Oração eucarística IV, as palavras Nós Vos glorificamos, Pai santo
(Confitémur tibi, Pater sancte) até e consumar toda a santificação (omnem
sanctificationem compléret) são ditas só pelo celebrante principal, de braços
abertos.
233. Desde Nós Vos pedimos, Senhor (Quáesumus ígitur, Dómine) até
Olhai, Senhor, para esta oblação (Réspice, Dómine) inclusive, todos os
concelebrantes dizem tudo em simultâneo, deste modo:
80 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

a) Nós Vos pedimos, Senhor (Quáesumus ígitur, Dómine), com as


mãos estendidas para as oblatas;
b) Quando chegou a hora (Ipse enim, cum hora venísset) e De igual
modo (Símili modo), de mãos juntas;
c) as palavras do Senhor, se parecer oportuno, com a mão direita
estendida para o pão e para o cálice; à ostensão, olham para a hóstia e para
o cálice e fazem em seguida inclinação profunda;
d) Celebrando agora, Senhor (Unde et nos) e Olhai, Senhor (Réspice,
Dómine), de braços abertos.
234. As intercessões: Lembrai-Vos agora, Senhor (Nunc ergo, Dómine,
ómnium recordáre) e Lembrai-Vos também dos nossos irmãos (Nobis
ómnibus) convém confiá-las a um ou outro dos concelebrantes, que as dirá
sozinho, de braços abertos e em voz alta.
235. Quanto às outras Orações eucarísticas aprovadas pela Sé Apostólica,
observem-se as normas estabelecidas para cada uma delas.
236. A doxologia final da Oração eucarística é dita só pelo sacerdote
celebrante principal e, se parecer bem, juntamente com todos os outros
concelebrantes, mas não pelos fiéis.

Ritos da Comunhão

237. O celebrante principal, de mãos juntas, diz seguidamente a admonição


que antecede a Oração dominical e depois, de braços abertos, juntamente
com os outros concelebrantes, que também abrem os braços, e com o povo,
diz a Oração dominical.
238. Livrai-nos de todo o mal (Líbera nos, Dómine) é dito só pelo
celebrante principal, de braços abertos. Todos os concelebrantes, juntamente
com o povo, dizem a aclamação: Vosso é o reino (Quia tuum est regnum).
239. Após a admonição: Saudai-vos na paz de Cristo (Offérte vobis pacem),
feita pelo diácono ou, na sua ausência, por um dos concelebrantes, todos se
dão mutuamente a paz. Os que estão mais próximos do celebrante principal
recebem dele a paz, antes do diácono.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 81

240. Enquanto se diz o Cordeiro de Deus (Agnus Dei), o diácono ou alguns


dos concelebrantes podem ajudar o celebrante principal a partir as hóstias
para a Comunhão, tanto dos concelebrantes como do povo.
241. Após a immixtio, o celebrante principal diz sozinho, em silêncio e
de mãos juntas, a oração Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo (Dómine
Iesu Christe, Fili Dei vivi) ou A comunhão do vosso Corpo e Sangue (Per-
céptio).
242. Terminada a oração antes da Comunhão, o celebrante principal
genuflecte e afasta-se um pouco. Os concelebrantes, um após outro, vão
ao meio do altar, genuflectem e tomam com reverência o Corpo de Cristo
com a mão direita, pondo por baixo dela a esquerda, e voltam para os seus
lugares. Podem também ficar todos nos seus lugares e tomar o Corpo de
Cristo da patena que o celebrante principal (ou um ou mais concelebrantes)
lhes apresenta; podem também passar a patena uns aos outros.
243. Depois o celebrante principal toma a hóstia consagrada nessa Missa,
levanta-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice e, voltado para o povo,
diz: Felizes os convidados... Eis o Cordeiro de Deus (Ecce Agnus Dei... Beáti
qui ad cenam); em seguida, continua, juntamente com os concelebrantes e
o povo: Senhor, eu não sou digno (Dómine, non sum dignus).
244. Depois o celebrante principal, voltado para o altar, diz em silêncio: O
Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna (Corpus Christi custódiat me
in vitam aetérnam): e comunga com reverência o Corpo de Cristo. O mesmo
fazem os concelebrantes, que comungam por si mesmos. Depois deles, o
diácono recebe do celebrante principal o Corpo e o Sangue do Senhor.
245. O Sangue do Senhor pode comungar-se bebendo directamente do
cálice, ou por intinção, ou por meio de uma cânula, ou por meio de uma
colherinha.
246. Se a Comunhão se faz bebendo directamente do cálice, pode adoptar-
se um dos seguintes modos:
82 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

a) O celebrante principal, estando de pé a meio do altar, toma o cálice


e diz em silêncio: O Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna (Sanguis
Christi custodiat me in vitam aeternam); bebe um pouco de Sangue e entrega
o cálice ao diácono ou a um dos concelebrantes. Em seguida, distribui a
Comunhão aos fiéis (cf. nn. 160-162).
Os concelebrantes, um após outro, ou dois a dois, se há dois cálices,
vão ao altar, genuflectem, bebem o Sangue, limpam os bordos do cálice e
retiram-se para os seus lugares.
b) O celebrante principal comunga o Sangue do Senhor na forma
habitual, ao meio do altar.
Os concelebrantes, porém, podem comungar o Sangue do Senhor
nos seus lugares, bebendo do cálice que lhes é apresentado pelo diácono ou
por um dos concelebrantes; ou então passam eles mesmos o cálice uns aos
outros. O cálice é limpo de cada vez, ou por quem dele bebe ou por quem
lho apresenta; à medida que vão comungando, os concelebrantes regressam
aos seus lugares.
247. O diácono, ao altar, bebe reverentemente tudo o que resta do Sangue
de Cristo, ajudado, se for preciso, por alguns concelebrantes; depois leva
o cálice para a credência e aí, ele ou um acólito instituído, purifica-o como
de costume, limpa-o e deixa-o devidamente arranjado (cf. n. 183).
248. A Comunhão dos concelebrantes também pode ordenar-se de modo
que se aproximem do altar um por um e aí comunguem o Corpo do Senhor
e logo a seguir o Sangue.
Neste caso, o celebrante principal comunga sob as duas espécies na
forma habitual (cf. n. 158); mas comunga do cálice segundo o modo que
tiver sido escolhido, em cada caso, para os outros concelebrantes.
Depois de o celebrante principal ter comungado, coloca-se o cálice sobre
outro corporal no lado do altar. Os concelebrantes, um por um, vão ao meio
do altar, genuflectem e comungam o Corpo do Senhor; passam depois para
o lado do altar e ali comungam o Sangue do Senhor, segundo o modo esco-
lhido para a Comunhão do cálice, como acima se disse.
A Comunhão do diácono e a purificação do cálice fazem-se como
acima ficou dito.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 83

249. Quando a Comunhão dos concelebrantes se faz por intinção, o ce-


lebrante principal toma o Corpo e o Sangue do Senhor na forma habitual;
mas terá o cuidado de deixar no cálice o suficiente para a Comunhão dos
concelebrantes. Em seguida o diácono, ou um dos concelebrantes, põe o
cálice sobre outro corporal, no meio do altar ou no lado, e junto do cálice a
patena com as hóstias.
Os concelebrantes, um por um, vão ao altar, genuflectem, tomam a
hóstia, molham-na parcialmente no cálice e comungam, pondo o sanguí-
neo por baixo da boca. A seguir, voltam para os lugares que ocupavam ao
princípio da Missa.
O diácono comunga também por intinção, da mão de um concelebran-
te, que lhe diz: O Corpo e o Sangue de Cristo (Corpus et Sanguis Christi),
ao que ele responde: Amen. Depois, ao altar, bebe todo o Sangue que resta,
ajudado, se for preciso, por alguns concelebrantes, leva o cálice para a
credência e ali, ele ou um acólito instituído, purifica-o como de costume,
limpa-o e deixa-o devidamente arranjado.

Ritos de conclusão
250. Tudo o mais, até ao fim da Missa, é feito pelo celebrante principal na
forma habitual (cf. nn. 166-168), permanecendo os outros concelebrantes
nos seus lugares.
251. Os concelebrantes, antes de se retirarem, fazem todos uma inclinação
profunda ao altar. O celebrante principal, juntamente com o diácono, beija
o altar em sinal de veneração, como de costume.

III. Missa com a participação de um só ministro

252. Na Missa celebrada pelo sacerdote, com a assistência de um só minis-


tro que lhe responde, segue-se o rito da Missa com o povo (cf. nn. 120-169);
o ministro profere, eventualmente, as partes que correspondem ao povo.
253. Se o ministro é diácono, ele próprio realiza as funções que lhe com-
petem (cf. nn. 171-186), e também as outras partes do povo.
84 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

254. Não se celebre sem a assistência de um ministro ou ao menos de


algum fiel, a não ser por causa justa e razoável. Neste caso omitem-se as
saudações, as admonições e a bênção do fim da Missa.
255. Os vasos necessários preparam-se antes da Missa na credência ou no
altar, do lado direito.

Ritos iniciais

256. O sacerdote aproxima-se do altar e, tendo feito uma inclinação


profunda, juntamente com o ministro, venera o altar com um beijo e dirige-se
para a sede. Se preferir, o sacerdote pode permanecer junto do altar; neste
caso, também aí se prepara o Missal. Depois disso, o ministro ou o sacerdote
diz a antífona de entrada.
257. Em seguida, o sacerdote, estando de pé, com o ministro, benze-se com
o sinal da cruz, dizendo: Em nome do Pai (In nómine Patris). Voltando-se
para o ministro, saúda-o, com uma das fórmulas habituais.
258. Em seguida realiza-se o Acto penitencial e, conforme as rubricas,
diz-se: Senhor, tende piedade de nós (Kýrie) e Glória.
259. Depois, de mãos juntas, diz: Oremos (Orémus); e, após uns momentos
de silêncio, diz a oração colecta, de braços abertos. No fim o ministro aclama:
Amen.

Liturgia da palavra

260. As leituras, na medida do possível, proferem-se do ambão ou do


atril.
261. Terminada a oração, o ministro lê a primeira leitura e o salmo, e,
quando a houver, também a segunda leitura, com o verso do Aleluia ou o
outro cântico.
262. Depois o sacerdote, inclinado profundamente, diz: Purificai o meu
coração (Munda cor meum), e depois lê o Evangelho. No fim diz: Palavra
da salvação (Verbum Dómini); ao que o ministro responde: Glória a Vós,
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 85

Senhor (Laus tibi, Christe). Então o sacerdote beija o livro em sinal de


veneração, dizendo em silêncio: Por este santo Evangelho (Per evangélica
dicta).
263. A seguir, o sacerdote, juntamente com o ministro, diz o Símbolo,
conforme as rubricas.
264. Segue-se a oração universal, que também nesta Missa se pode dizer. O
sacerdote introduz e conclui a oração, e o ministro enuncia as intenções.

Liturgia eucarística

265. Na liturgia eucarística faz-se tudo como na Missa com o povo, com
excepção do que se segue.
266. Após a aclamação final do embolismo, que se segue à Oração domi-
nical, o sacerdote diz a oração: Senhor Jesus Cristo, que dissestes (Dómine
Iesu Christe, qui dixísti); depois acrescenta: A paz do Senhor esteja sempre
convosco (Pax Dómini sit semper vobíscum); ao que o ministro responde: O
amor de Cristo nos uniu (Et cum spíritu tuo). Se for oportuno, o sacerdote
dá a paz ao ministro.
267. Depois, enquanto diz com o ministro: Cordeiro de Deus (Agnus Dei),
parte a hóstia sobre a patena. Terminado o Cordeiro de Deus (Agnus Dei),
faz a immixtio, dizendo em silêncio: Esta união (Haec commíxtio).
268. Depois da immixtio, o sacerdote diz em silêncio a oração: Senhor
Jesus Cristo, Filho de Deus vivo (Dómine Iesu Christe, Fili Dei vivi) ou A
comunhão (Percéptio). A seguir genuflecte, toma a hóstia e, voltado para o
ministro, se este comunga, diz, levantando um pouco a hóstia sobre a patena
ou sobre o cálice: Felizes os convidados... Eis o Cordeiro de Deus (Ecce
Agnus Dei... Beáti qui ad cenam Agni); e, juntamente com o ministro, diz uma
vez: Senhor, eu não sou digno (Dómine, non sum dignus). E, voltando-se para
o altar, comunga o Corpo de Cristo. Se o ministro não recebe a Comunhão,
o sacerdote, depois de fazer a genuflexão, toma a hóstia e diz, em silêncio,
voltado para o altar: Senhor, eu não sou digno (Dómine, non sum dignus),
e o Corpo de Cristo guarde (Corpus Christi custódiat) e comunga o Corpo
86 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

de Cristo. Em seguida, toma o cálice e diz em silêncio: O sangue de Cristo


me guarde para a vida eterna (Sanguis Christi custódiat me) e comunga o
Sangue.
269. Antes de dar a Comunhão ao ministro, o ministro ou o próprio
sacerdote recita a antífona da Comunhão.
270. O sacerdote purifica o cálice no altar ou na credência. Se o cálice for
purificado no altar, o ministro pode levá-lo depois para a credência, ou pode
deixá-lo no lado do altar.
271. Depois da purificação do cálice, é conveniente que o sacerdote
guarde uns momentos de silêncio. Em seguida, diz a oração depois da
Comunhão.

Ritos de conclusão

272. Nos ritos de conclusão procede-se como na Missa com participação


do povo, mas omite-se a despedida: Ide em paz (Ite, missa est). O sacerdote
beija o altar em sinal de veneração, como é costume, e, depois de fazer uma
inclinação profunda com o ministro, retira-se.

IV. Algumas normas gerais


para todas as formas de celebração da Missa

Veneração do altar e do Evangeliário

273. Segundo o costume tradicional, a veneração do altar e do Evangeliário


é significada pelo ósculo. Todavia, nos países em que este sinal de veneração
destoa das tradições e mentalidade dos povos, podem as Conferências
Episcopais substituí-lo por outro sinal, com o consentimento da Sé
Apostólica.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 87

Genuflexão e inclinação

274. A genuflexão, que se faz dobrando o joelho direito até ao solo, sig-
nifica adoração; é por isso reservada ao Santíssimo Sacramento e à santa
Cruz desde a solene adoração na Acção litúrgica da Sexta-Feira da Paixão
do Senhor, até ao início da Vigília pascal.
Na Missa, o sacerdote celebrante faz três genuflexões: após a ostensão
da hóstia, após a ostensão do cálice e antes da Comunhão. As peculiaridades
a observar na Missa concelebrada indicam-se nos lugares respectivos (cf.
nn. 210-251).
Mas, se o sacrário com o Santíssimo Sacramento estiver no pres-
bitério, o sacerdote, o diácono e os outros ministros genuflectem, quando
chegam ao altar, e quando se afastam dele, não, porém, durante a própria
celebração da Missa.
Aliás, todos os que passam diante do Santíssimo Sacramento genu-
flectem, a não ser quando se vai em procissão.
Os ministros que levam a cruz processional ou os círios, em vez de
genuflectirem fazem uma inclinação de cabeça.
275. A inclinação significa a reverência e a honra que se presta às próprias
pessoas ou aos seus símbolos. As inclinações são de duas espécies: inclinação
de cabeça e inclinação do corpo.
a) A inclinação de cabeça faz-se ao nomear as três Pessoas divinas
conjuntamente, ao nome de Jesus, da Virgem Santa Maria e do Santo em
cuja honra é celebrada a Missa.
b) A inclinação do corpo, ou inclinação profunda, faz-se: ao altar;
durante as orações Purificai o meu coração (Munda cor meum) e De cora-
ção humilhado (In spíritu humilitátis); no Símbolo às palavras E encarnou
pelo Espírito Santo (Et incarnátus est); no Cânone romano às palavras
Humildemente Vos suplicamos (Supplices te rogamus). Também o diácono
faz inclinação profunda ao pedir a bênção, antes da proclamação do Evan-
gelho. Além disso, o sacerdote faz uma pequena inclinação enquanto diz as
palavras do Senhor, na consagração.
88 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Incensação

276. A turificação ou a incensação exprime reverência e oração, como vem


significado na Sagrada Escritura (cf. Salmo 140, 2; Ap 8,3).
Pode usar-se o incenso em qualquer forma de celebração da Missa:
a) durante a procissão de entrada;
b) no princípio da Missa, para incensar a cruz e o altar;
c) na procissão e proclamação do Evangelho;
d) depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para incensar
as oblatas, a cruz, o altar, o sacerdote e o povo;
e) à ostensão da hóstia e do cálice, depois da consagração.
277. O sacerdote, ao pôr o incenso no turíbulo, benze-o com um sinal da
cruz, sem dizer nada.
Antes e depois da incensação, faz-se uma inclinação profunda para
a pessoa ou coisa incensada, excepto ao altar e às oblatas para o sacrifício
da Missa.
Incensam-se com três ductos do turíbulo: o Santíssimo Sacramento,
as relíquias da santa Cruz e as imagens do Senhor expostas à veneração
pública, as oblatas para o sacrifício da Missa, a cruz do altar, o Evangeliário,
o círio pascal, o sacerdote e o povo.
Com dois ductos incensam-se as relíquias e imagens dos Santos
expostas à veneração pública, e só no início da celebração, depois da in-
censação do altar.
A incensação do altar faz-se com simples ictos do seguinte modo:
a) se o altar está separado da parede, o sacerdote incensa-o em toda
a volta;
b) se o altar não está separado da parede, o sacerdote incensa-o pri-
meiro do lado direito e depois do lado esquerdo.
Se a cruz está sobre o altar ou junto dele, é incensada antes da incen-
sação do altar; aliás, é incensada quando o sacerdote passa diante dela.
O sacerdote incensa as oblatas com três ductos do turíbulo, antes de
incensar a cruz e o altar, ou fazendo, com o turíbulo, o sinal da cruz sobre
as oblatas.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 89

Purificações

278. Se algum fragmento da hóstia ficar aderente aos dedos, sobretudo


depois da fracção ou depois da Comunhão dos fiéis, o sacerdote limpa os
dedos sobre a patena ou, se parecer necessário, lava-os. Recolhe também
os fragmentos que eventualmente tenham ficado fora da patena.
279. Os vasos sagrados são purificados pelo sacerdote ou pelo diácono ou
pelo acólito instituído, depois da Comunhão ou depois da Missa, quanto
possível na credência. O cálice é purificado com água ou com vinho e água,
que depois é consumida por quem o purificar. A patena limpa-se normalmente
com o sanguinho.
Deve atender-se a que o Sangue de Cristo, que eventualmente fique
depois da distribuição da Comunhão, seja todo imediatamente consumido
no altar.
280. Se cair no chão alguma hóstia ou partícula, recolhe-se reverente-
mente. Se acaso se derramar o Sangue do Senhor, lava-se com água o sítio
em que tenha caído e deita-se depois essa água no sumidoiro colocado na
sacristia.

Comunhão sob as duas espécies

281. A sagrada Comunhão adquire a sua forma mais plena, enquanto


sinal, quando é feita sob as duas espécies. Nesta forma manifesta-se mais
perfeitamente o sinal do banquete eucarístico, e exprime-se mais claramente
a vontade divina de ratificar a nova e eterna aliança selada pelo Sangue
do Senhor, bem como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete
escatológico no reino do Pai.105
282. Empenhem-se os sagrados pastores em recordar, da maneira mais
eficiente, aos fiéis que tomam parte no rito sagrado ou a ele assistem, a
doutrina católica acerca da forma da sagrada Comunhão, segundo o Concílio
Ecuménico de Trento. Antes de mais devem advertir os fiéis de que a fé

105
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 32:
AAS 59 (1967) 558.
90 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

católica ensina que, mesmo sob uma única espécie, é Cristo todo e inteiro
e o verdadeiro Sacramento que se recebe; consequentemente, quem rece-
ber uma só das duas espécies nem por isso fica privado de qualquer graça
necessária à salvação.106
Além disso, devem ensinar também que a Igreja, na administração
dos Sacramentos, salvaguardada a sua substância, tem o poder de estabele-
cer ou modificar aquilo que, atendendo às circunstâncias ou à diversidade
dos tempos e lugares, julgue mais apto para favorecer a veneração devida
aos mesmos Sacramentos e seja de maior proveito para quem os recebe.107
Ao mesmo tempo, não deixem de exortar os fiéis para que participem mais
intensamente no rito sagrado por aquela forma em que se manifesta de modo
mais pleno o sinal do banquete eucarístico.
283. A Comunhão sob as duas espécies é permitida, além dos casos ex-
postos nos livros rituais:
a) aos sacerdotes que não podem celebrar ou concelebrar a Missa;
b) ao diácono e àqueles que desempenham algum ofício na Missa;
c) aos membros das comunidades, na Missa conventual ou naquela
que é chamada «da comunidade», aos alunos dos seminários e a todos os
que fazem exercícios espirituais ou participam numa reunião espiritual ou
pastoral.
O Bispo diocesano pode definir normas para a Comunhão sob as
duas espécies na sua diocese, a observar mesmo nas igrejas dos religiosos
e nos pequenos grupos. Ao mesmo Bispo é dada faculdade de permitir a
Comunhão sob as duas espécies, sempre que tal pareça oportuno ao sacerdote
a cujos cuidados pastorais a comunidade está confiada, desde que os fiéis
sejam bem instruídos e não haja perigo de profanação do Santíssimo ou que
o rito não se torne mais difícil em virtude da multidão dos participantes ou
por outra causa.
Quanto ao modo de distribuir a sagrada Comunhão sob as duas espé-
cies aos fiéis e ao alargamento da autorização, as Conferências Episcopais
podem dar normas, confirmadas pela Sé Apostólica.

106
Cf. Conc. de Trento, Sessão XXI, 16 de Julho 1562, Decreto sobre a Com. eucarística,
cap. 1-3: DS 1725-1729.
107
Cf. Ibidem, cap. 2: DS 1728.
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 91

284. Quando se distribui a Comunhão sob as duas espécies:


a) habitualmente quem ministra ao cálice é o diácono, ou, na sua
ausência, o presbítero; ou também o acólito devidamente instituído ou outro
ministro extraordinário da sagrada Comunhão; ou o fiel a quem, em caso
de necessidade, se chama para este ofício em cada caso;
b) o que eventualmente sobrar do Sangue de Cristo é consumido no
altar pelo sacerdote, ou pelo diácono, ou pelo acólito instituído, que ministrou
ao cálice e purifica, enxuga e arruma os vasos sagrados do modo habitual;
Aos fiéis que eventualmente queiram comungar só sob a espécie do
pão, dê-se a sagrada Comunhão desta forma.
285. Para a Comunhão sob as duas espécies deve preparar-se o seguinte:
a) se a Comunhão do cálice se faz bebendo directamente do cálice,
preveja-se ou um cálice de tamanho suficiente ou vários cálices, havendo
sempre o cuidado de que não fique muito Sangue de Cristo para consumir
no fim da celebração;
b) se se faz por intinção, as hóstias não devem ser demasiado finas
nem demasiado pequenas, mas um pouco mais espessas do que o costume,
para tornar fácil a sua distribuição depois de parcialmente embebidas no
Sangue.
286. Se a Comunhão do Sangue se faz bebendo do cálice, o comungante,
depois de receber o Corpo de Cristo, passa para o lado do ministro do cá-
lice e fica de pé diante dele. O ministro diz: O Sangue de Cristo (Sanguis
Christi); o comungante responde: Amen, e o ministro entrega-lhe o cálice,
que o próprio comungante leva à boca por suas mãos. O comungante bebe
um pouco do cálice, entrega-o ao ministro e afasta-se; então o ministro limpa
com o sanguinho o bordo do cálice.
287. Se a Comunhão do cálice se faz por intinção, o comungante, segu-
rando a patena por baixo da boca, aproxima-se do sacerdote, que segura
o vaso com as sagradas partículas, e ao lado do qual está o ministro que
segura o cálice. O sacerdote toma a hóstia, embebe-a parcialmente no cáli-
ce e, mostrando-a, diz: O Corpo e o Sangue de Cristo (Corpus et Sanguis
Christi); o comungante responde: Amen, recebe do sacerdote o Sacramento
na boca, e retira-se.
CAPÍTULO V

DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS


PARA A CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

I. Princípios gerais

288. Para a celebração da Eucaristia, o povo de Deus reúne-se normalmente


na igreja ou, quando esta falta ou é insuficiente, num lugar decente e que
seja digno de tão grande mistério. Por isso, as igrejas e os outros lugares
devem ser aptos para a conveniente realização da acção sagrada e para se
conseguir a participação activa dos fiéis. Além disso, os edifícios sagrados
e os objectos destinados ao culto divino devem ser dignos e belos como
sinais e símbolos das realidades celestes.108
289. É por isso que a Igreja recorre sempre à nobre ajuda das artes, e
admite as formas de expressão artística próprias de cada povo ou região.109
Mais ainda, não só se empenha em conservar as obras de arte e os tesouros
que nos legaram os séculos passados 110 e, na medida do possível, as adapta
às novas necessidades, mas também se esforça por estimular a criação de
novas formas, de acordo com a maneira de ser de cada época.111

108
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
122-124; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5;
S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 90: AAS 56
(1964) 897; Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 24: AAS 59 (1967) 554;
Código de Direito Canónico, cân. 932 § 1.
109
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
123.
110
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 24:
AAS 59 (1967) 554.
111
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 123,
129; S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 13c:
AAS 56 (1964) 880.
DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS 93

Por conseguinte, tanto na formação dos artistas como na escolha das


obras de arte a admitir na igreja, deve procurar-se o valor artístico autêntico,
que alimente a fé e a piedade e que, por outro lado, corresponda à verdade
do seu significado e aos fins a que se destina.112
290. Todas as igrejas devem ser dedicadas ou ao menos benzidas. As igrejas
catedrais e paroquiais, porém, sejam solenemente dedicadas.
291. Todos os interessados na correcta construção, reparação e adaptação
dos edifícios sagrados, devem consultar a Comissão diocesana da sagrada
Liturgia e de Arte sacra. O Bispo diocesano, porém, recorrerá ao conselho e
ajuda da referida Comissão, sempre que tenha de estabelecer normas sobre
esta matéria, aprovar projectos de novas construções ou decidir questões
de certa importância.113
292. Na ornamentação da igreja deve tender-se mais para a simplicidade
do que para a ostentação. Na escolha dos elementos decorativos, procure-se
a verdade das coisas e o que contribua para a formação dos fiéis e para a
dignidade de todo o lugar sagrado.
293. Uma conveniente disposição da igreja e seus anexos, capaz de satis-
fazer realmente às exigências do nosso tempo, requer que se atenda, não
apenas àquilo que directamente se relaciona com a celebração das acções
sagradas, mas também a tudo o que possa contribuir para a conveniente
comodidade dos fiéis, como se faz habitualmente nos lugares onde o povo
se reúne.
294. O povo de Deus, que se reúne para a Missa, tem uma estrutura or-
gânica e hierárquica, que se exprime nos diversos ministérios e diversas
acções que se realizam em cada uma das partes da celebração. Portanto, o
edifício sagrado, na sua disposição geral, deve reproduzir de algum modo a
imagem da assembleia congregada, proporcionar a conveniente coordenação
de todos os seus elementos e facilitar o perfeito desempenho da função de
cada um.

112
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
123.
113
Cf. Ibidem, 126; S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro
1964, 91: AAS 56 (1964) 898.
94 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

O lugar destinado aos fiéis e ao coro deve ser de modo a tornar mais
fácil a sua participação activa.114
O lugar do sacerdote celebrante, do diácono e dos outros ministros
é o presbitério. Aí se preparam os assentos dos concelebrantes; quando,
porém, o seu número for grande, disponham-se os assentos noutra parte da
igreja, mas perto do altar.
Embora tudo isto deva exprimir a estrutura hierárquica e a diversidade
dos ministérios, deve também formar uma unidade íntima e orgânica que
manifeste de modo mais claro a unidade de todo o povo santo. Por outro
lado, a natureza e a beleza do lugar sagrado, bem como de todas as alfaias
do culto, devem ser de tal modo que fomentem a piedade e exprimam a
santidade dos mistérios que se celebram.

II. Disposição do presbitério para a celebração litúrgica

295. O presbitério é o lugar onde sobressai o altar, donde se proclama a


palavra de Deus e onde o sacerdote, o diácono e os outros ministros exercem
as suas funções. Deve distinguir-se oportunamente da nave da igreja, ou por
uma certa elevação, ou pela sua estrutura e ornamento especial. Deve ser
suficientemente espaçoso para que a celebração da Eucaristia se desenrole
comodamente e possa ser vista.115

O altar e o seu adorno

296. O altar, em que se torna presente sob os sinais sacramentais o sacrifício


da cruz, é também a mesa do Senhor, na qual o povo de Deus é chamado a
participar quando é convocado para a Missa; o altar é também o centro da
acção de graças celebrada na Eucaristia.

114
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 97-98:
AAS 56 (1964) 899.
115
Cf. Ibidem, 91: AAS 56 (1964) 898.
DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS 95

297. A celebração da Eucaristia em lugar sagrado faz-se sobre o altar; fora


do lugar sagrado, também pode ser celebrada sobre uma mesa adequada, co-
berta sempre com uma toalha e o corporal, e com a cruz e os candelabros.
298. É conveniente que em cada igreja haja um altar fixo, que significa
mais clara e permanentemente Cristo Jesus, Pedra viva (1 Ped 2, 4; cf. Ef
2, 20); nos outros lugares destinados às celebrações sagradas, o altar pode
ser móvel.
Diz-se altar fixo aquele que é construído sobre o pavimento e de tal
modo unido a ele que não se pode remover. Diz-se altar móvel aquele que
se pode deslocar de um sítio para outro.
299. Onde for possível, o altar deve ser construído afastado da parede,
de modo a permitir andar em volta dele e celebrar a Missa de frente para o
povo. Pela sua localização, há-de ser o centro de convergência, para o qual
espontaneamente se dirijam as atenções de toda a assembleia dos fiéis.116
Normalmente deve ser fixo e dedicado.
300. O altar fixo ou móvel é dedicado segundo o rito descrito no Pontifical
Romano; o altar móvel, porém, pode ser simplesmente benzido.
301. Segundo um costume e um simbolismo tradicional da Igreja, a mesa
do altar fixo deve ser de pedra natural. Contudo, segundo o critério da Con-
ferência Episcopal, é permitida a utilização de outros materiais, contanto que
sejam dignos, sólidos e artisticamente trabalhados. O suporte ou base em
que assenta a mesa pode ser de material diferente, contanto que seja digno
e sólido.
O altar móvel pode ser construído de qualquer material nobre e só-
lido, adequado ao uso litúrgico, segundo as tradições e costumes de cada
região.
302. Mantenha-se oportunamente o uso de colocar sob o altar que vai ser
dedicado relíquias de Santos, ainda que não sejam Mártires. Mas tenha-se
o cuidado de verificar a autenticidade dessas relíquias.

116
Cf. Ibidem.
96 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

303. Na construção de novas igrejas deve erigir-se um só altar, que significa


na assembleia dos fiéis que há um só Cristo e que a Eucaristia da Igreja é
só uma.
Nas igrejas já construídas, quando nelas existir um altar antigo situado
de tal modo que torne difícil a participação do povo, e que não se possa
transferir sem detrimento dos valores artísticos, construa-se com arte outro
altar fixo, devidamente dedicado, e realizem-se apenas nele as celebrações
sagradas. Para não desviar a atenção dos fiéis do novo altar, não se adorne
de modo especial o altar antigo.
304. Pela reverência devida à celebração do memorial do Senhor e ao
banquete em que é distribuído o Corpo e o Sangue de Cristo, o altar sobre
o qual se celebra deve ser coberto ao menos com uma toalha de cor bran-
ca, que, pela sua forma, tamanho e ornato, deve estar em harmonia com a
estrutura do altar.
305. Haja moderação na ornamentação do altar.
No tempo do Advento ornamente-se o altar com flores com a mode-
ração que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena
alegria do Natal do Senhor. No tempo da Quaresma não é permitido adornar
o altar com flores. Exceptuam-se, porém, o domingo Laetare (IV da Qua-
resma), as solenidades e as festas.
A ornamentação com flores deve ser sempre sóbria e, em vez de as
pôr sobre a mesa do altar, disponham-se junto dele.
306. Sobre a mesa do altar, apenas se podem colocar as coisas necessárias
para a celebração da Missa, ou seja, o Evangeliário desde o início da cele-
bração até à proclamação do Evangelho; e desde a apresentação dos dons
até à purificação dos vasos, o cálice com a patena, a píxide, se for precisa,
e ainda o corporal, o sanguinho, a pala e o Missal.
Além disso, devem dispor-se discretamente os instrumentos porven-
tura necessários para amplificar a voz do sacerdote.
307. Os castiçais prescritos para cada acção litúrgica, em sinal de veneração
e de celebração festiva (cf. n. 117), dispõem-se em cima do próprio altar ou
em volta dele, como for mais conveniente, de acordo com a estrutura quer
do altar quer do presbitério, de modo a formar um todo harmónico e a não
impedir os fiéis de verem facilmente o que no altar se realiza ou o que nele
se coloca.
DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS 97

308. Sobre o altar ou junto dele coloca-se também uma cruz, com a ima-
gem de Cristo crucificado, que a assembleia possa ver bem. Convém que,
mesmo fora das acções litúrgicas, permaneça junto do altar uma tal cruz,
para recordar aos fiéis a paixão salvadora do Senhor.

O ambão

309. A dignidade da palavra de Deus requer que haja na igreja um lugar


adequado para a sua proclamação e para o qual, durante a liturgia da palavra,
convirja espontaneamente a atenção dos fiéis.117
Em princípio, este lugar deve ser um ambão estável e não uma simples estante
móvel. Tanto quanto a arquitectura da igreja o permita, o ambão dispõe-se
de modo que os ministros ordenados e os leitores possam facilmente ser
vistos e ouvidos pelos fiéis.
Do ambão são proferidas unicamente as leituras, o salmo respon-
sorial e o precónio pascal. Podem também fazer-se do ambão a homilia e
proporem-se as intenções da oração universal. A dignidade do ambão exige
que só o ministro da palavra suba até ele.
Convém que um novo ambão, antes de ser destinado ao uso litúrgico,
seja benzido segundo o rito que vem no Ritual Romano.118

A cadeira para o sacerdote celebrante e outros assentos

310. A cadeira do sacerdote celebrante deve significar a sua função de


presidente da assembleia e guia da oração. Por isso, o lugar mais indicado
é ao fundo do presbitério, de frente para o povo, a não ser que a arquitec-
tura da igreja ou outras circunstâncias o não permitam: por exemplo, se
devido a uma distância excessiva se tornar difícil a comunicação entre
o sacerdote e a assembleia reunida, ou se o sacrário estiver situado ao
centro, atrás do altar. Deve, porém, evitar-se todo o aspecto de trono.119

117
Cf. Ibidem, 96: AAS 56 (1964) 899.
118
Cf. Bênção do novo ambão, in Ritual Romano, Celebração das Bênçãos, nn. 900-918,
Coimbra 1991, 345-349.
119
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 92: AAS
56 (1964) 898.
98 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

É conveniente que a cadeira, antes de ser destinada ao uso litúrgico, seja


benzida segundo o rito que vem no Ritual Romano.120
No presbitério dispõem-se também assentos para os sacerdotes con-
celebrantes ou para os presbíteros que, vestidos com a veste coral, estão na
celebração, mas não concelebram.
Coloque-se o assento do diácono junto da cadeira do celebrante. Para
os outros ministros disponham-se os assentos de modo a distinguirem-se
claramente dos do clero, e donde possam desempenhar facilmente as funções
que lhes estão atribuídas.121

III. A disposição da igreja

O lugar dos fiéis

311. O lugar destinado aos fiéis deve ser objecto de particular cuidado,
dispondo-o de modo a permitir-lhes participar devidamente nas celebrações
sagradas com a vista e com o espírito. Normalmente deve haver para eles
bancos ou cadeiras. Reprova-se, porém, o costume de reservar lugares
especiais para pessoas privadas.122 Estes bancos ou cadeiras, principal-
mente nas igrejas construídas de novo, estejam dispostos de tal modo, que
os fiéis possam facilmente adoptar as atitudes do corpo requeridas para as
diferentes partes da celebração e aproximar-se sem dificuldade da sagrada
Comunhão.
Atenda-se a que os fiéis não somente possam ver quer o sacerdote
quer o diácono e os leitores, mas também consigam ouvi-los comodamente,
recorrendo aos meios da técnica moderna.

120
Cf. Bênção da nova cátedra ou sede presidencial, in Ritual Romano, Celebração das
Bênçãos, nn. 880-899, Coimbra 1991, 339-344.
121
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 92: AAS
56 (1964) 898.
122
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 32.
DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS 99

O lugar do coro e dos instrumentos musicais

312. Tanto quanto a estrutura da igreja o permita, ao coro deve destinar-se


um lugar que manifeste claramente a sua natureza, como parte da assem-
bleia dos fiéis, e a função peculiar que lhe está reservada; que facilite o
desempenho dessa sua função, e que permita comodamente a todos os seus
componentes uma participação sacramental plena na Missa.123
313. O órgão e os outros instrumentos musicais legitimamente aprovados
sejam colocados num lugar apropriado, de modo a poderem apoiar o canto,
quer do coro quer do povo, e a serem bem ouvidos por todos, quando in-
tervêm sozinhos. É conveniente que o órgão, antes de ser destinado ao uso
litúrgico, seja benzido segundo o rito que vem no Ritual Romano.124
No tempo do Advento usem-se o órgão e outros instrumentos mu-
sicais com a moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não
antecipar a plena alegria do Natal do Senhor.
No tempo da Quaresma só é permitido o toque do órgão e dos outros
instrumentos musicais para sustentar o canto. Exceptuam-se, porém, o do-
mingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas.

O lugar da reserva da santíssima Eucaristia

314. Conforme a arquitectura de cada igreja e de acordo com os legítimos


costumes locais, guarde-se o Santíssimo Sacramento no sacrário, num lugar
de honra da igreja, insigne, visível, devidamente ornamentado e adequado
à oração.125

123
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 23: AAS 59
(1967) 307.
124
Cf. Bênção do órgão, in Ritual Romano, Celebração das Bênçãos, nn. 1052-1067,
Coimbra 1991, 405-411.
125
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 54:
AAS 59 (1967) 568; Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 95: AAS 56 (1964)
898.
100 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Habitualmente, o tabernáculo deve ser único, inamovível, feito de


material sólido e inviolável, não transparente, e fechado de tal modo que
evite o mais possível todo o perigo de profanação.126 Convém, além disso,
que antes de se destinar ao uso litúrgico, seja benzido segundo o rito que
vem no Ritual Romano.127
315. Está mais de harmonia com a natureza do sinal que no altar em que
se celebra a Missa não esteja o sacrário onde se guarda a Santíssima Euca-
ristia.128
A juízo do Bispo diocesano o sacrário pode colocar-se:
a) ou no presbitério, fora do altar da celebração, com a forma e a
localização mais convenientes, sem excluir algum altar antigo que já não
se utilize para celebrar (n. 303);
b) ou também nalguma capela adequada à adoração e oração priva-
da dos fiéis,129 que esteja organicamente unida à igreja e visível aos fiéis
cristãos.
316. Segundo o costume tradicional, junto do sacrário deve estar continu-
amente acesa uma lâmpada especial, alimentada com azeite ou cera, com
que se indique e honre a presença de Cristo.130

126
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 52:
AAS 59 (1967) 568; Instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 95: AAS 56 (1964)
898; S. Congregação para os Sacramentos, Instr. Nullo umquam tempore, 28 de Maio
de 1938, 4: AAS 30 (1938) 199-200; Ritual Romano, Sagrada Comunhão e Culto do
mistério eucarístico fora da Missa, 2ª edição, nn. 10-11, Coimbra 1995, p. 13; Código
de Direito Canónico, cân. 938 § 3.
127
Cf. Bênção de um novo Sacrário, in Ritual Romano, Celebração das Bênçãos, nn. 919-
929, Coimbra 1991, pp. 349-352.
128
Cf. S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 55:
AAS 59 (1967) 569.
129
Ibidem, n. 53: AAS 59 (1967) 568; Ritual Romano, Sagrada Comunhão e Culto do
mistério eucarístico fora da Missa, 2ª edição, n. 9, Coimbra 1995, p. 12; Código de
Direito Canónico, cân. 938 § 2; João Paulo II, Carta Dominicae Cenae, 24 de Fevereiro
de 1980, 3: AAS 72 (1980) 117-119.
130
Cf. Código de Direito Canónico, cân. 940; S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum
mysterium, 25 de Maio 1967, 57: AAS 59 (1967) 569; Ritual Romano, Sagrada Comunhão
e Culto do mistério eucarístico fora da Missa, 2ª edição, n. 11, Coimbra 1995, p. 13.
DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS 101

317. Não se esqueça também, de modo nenhum, tudo o mais que o direito
prescreve acerca da conservação da Santíssima Eucaristia.131

As imagens sagradas

318. Pela liturgia da terra a Igreja participa, saboreando-a já, na liturgia


celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual como peregrina
se dirige, onde Cristo está sentado à direita de Deus e onde espera ter parte
e comunhão com os Santos, cuja memória venera.132
Por isso, de acordo com a antiquíssima tradição da Igreja, exponham-
se à veneração dos fiéis, nos edifícios sagrados, imagens do Senhor, da
bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos,133 e disponham-se de tal modo
que os fiéis sejam levados aos mistérios da fé que aí se celebram. Tenha-se,
por isso, o cuidado de não aumentar exageradamente o seu número e que
a sua disposição se faça na ordem devida, de tal modo que não distraiam
os fiéis da celebração.134 Normalmente, não haja na mesma igreja mais do
que uma imagem do mesmo Santo. Em geral, no ornamento e disposição
da igreja, no que se refere às imagens, procure atender-se à piedade de toda
a comunidade e à beleza e dignidade das imagens.

131
Cf. sobretudo S. Congregação para os Sacramentos, Instr. Nullo umquam tempore, 28
de Maio de 1938: AAS 30 (1938) 198-207; Código de Direito Canónico, cân. 934-944.
132
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 8.
133
Cf. Pontifical Romano, Dedicação da Igreja e do altar, cap. IV, n. 10, Coimbra 1990, p.
98; Bênção das imagens que se expõem à veneração pública dos fiéis, in Ritual Romano,
Celebração das Bênçãos, nn. 984-1031, Coimbra 1991, pp. 375-395.
134
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
125.
CAPÍTULO VI

AS COISAS NECESSÁRIAS
PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA

I. O pão e o vinho para celebrar a Eucaristia

319. Seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja utilizou sempre o pão e o


vinho com água para celebrar a Ceia do Senhor.
320. O pão para celebrar a Eucaristia deve ser só de trigo, confeccionado
recentemente e, segundo a antiga tradição da Igreja latina, pão ázimo.
321. A natureza de sinal exige que a matéria da Eucaristia tenha o aspecto
de autêntico alimento. Convém, portanto, que o pão eucarístico, embora
ázimo e apresentando a forma tradicional, seja confeccionado de modo que
o sacerdote, na Missa com participação do povo, possa realmente partir a
hóstia em várias partes e distribuí-las pelo menos a alguns dos fiéis. Todavia,
de modo algum se excluem as hóstias pequenas, quando assim o exija o
número dos comungantes ou outras razões de ordem pastoral. No entanto,
o gesto da “fracção do pão” – assim era designada a Eucaristia na época
apostólica – manifesta de modo mais expressivo a força e o valor de sinal
da unidade de todos em um só pão e de sinal da caridade, pelo facto de um
só pão ser repartido entre os irmãos.
322. O vinho para celebrar a Eucaristia deve ser de uvas, fruto da videira
(cf. Lc 22, 18), natural e puro, quer dizer, sem qualquer mistura de substân-
cias estranhas.
323. Tenha-se grande cuidado em que o pão e o vinho destinados à Eu-
caristia se conservem em perfeito estado, isto é, que nem o vinho se azede
nem o pão se estrague ou endureça tanto que se torne difícil parti-lo.
AS COISAS NECESSÁRIAS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA 103

324. Se depois da consagração ou no momento da Comunhão o sacerdote


advertir que, no cálice, em vez de vinho estava água, deite esta num recipien-
te, ponha vinho e água no cálice e consagre-o, proferindo só as palavras da
narração referentes à consagração do cálice, sem ter de consagrar novamente
o pão.

II. Alfaias sagradas em geral

325. Tal como para a construção das igrejas, também, no que se refere a
todas as alfaias sagradas, a Igreja admite as formas de expressão artística
próprias de cada região e aceita as adaptações que melhor se harmonizem
com a mentalidade e as tradições dos diversos povos, contanto que cor-
respondam adequadamente ao uso a que as mesmas alfaias sagradas se
destinam.135
Também neste sector se deve buscar com todo o empenho aquela
nobre simplicidade que tão bem condiz com a arte verdadeira.
326. Nas alfaias sagradas, além dos materiais tradicionalmente usados, po-
dem utilizar-se outros que, de acordo com a mentalidade da nossa época, se
consideram nobres, resistentes e adaptados ao uso sagrado. Nesta matéria, é
à Conferência Episcopal que compete julgar para cada região (cf. n. 390).

III. Os vasos sagrados

327. Entre os objectos requeridos para a celebração da Eucaristia, merecem


respeito particular os vasos sagrados e, entre eles, o cálice e a patena, que
servem para oferecer, consagrar e comungar o pão e o vinho.
328. Os vasos sagrados devem ser fabricados de metal nobre. Se forem
fabricados de metal oxidável, ou menos nobre que o ouro, normalmente
devem ser dourados por dentro.

135
Cf. Ibidem, 128.
104 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

329. A juízo das Conferências Episcopais, e com a confirmação da Sé


Apostólica, os vasos sagrados também podem ser fabricados com outros
materiais sólidos e que sejam, segundo o modo de sentir de cada região, mais
nobres, por exemplo, o marfim ou certas madeiras muito duras, contanto
que sejam adequadas para o uso sagrado. Neste caso, dê-se preferência aos
materiais que não se quebrem nem deteriorem facilmente. Isto vale para
todos os vasos destinados a receber as hóstias, como a patena, a píxide, a
caixa-cibório, a custódia e semelhantes.
330. Quanto aos cálices e outros vasos, destinados a receber o Sangue do
Senhor, a copa deve ser de material que não absorva os líquidos. O pé do
cálice pode ser de outra matéria sólida e digna.
331. Para a consagração das hóstias, pode usar-se convenientemente uma
patena maior, na qual se põe o pão não só para o sacerdote e o diácono, mas
também para os outros ministros e fiéis.
332. Quanto à forma dos vasos sagrados, compete ao artista fabricá-los
do modo que melhor se coadune com os costumes de cada região, contanto
que sejam adequados ao uso litúrgico a que se destinam, e se distingam
claramente daqueles que se destinam ao uso quotidiano.
333. Para a bênção dos vasos sagrados, sigam-se os ritos prescritos nos
livros litúrgicos.136
334. Mantenha-se o costume de construir na sacristia um sumidoiro, no qual
se lance a água da ablução dos vasos sagrados e dos corporais e sanguíneos
(cf. n. 280).

136
Cf. Pontifical Romano, Dedicação da Igreja e do altar, cap. VII, Rito da bênção do
cálice e da patena, Coimbra 1990, pp. 147-155; Bênção dos objectos e vestes que se usam
nas celebrações litúrgicas, in Ritual Romano, Celebração das Bênçãos, nn. 1068-1084,
Coimbra 1991, pp. 413-417.
AS COISAS NECESSÁRIAS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA 105

IV. As vestes sagradas

335. Na Igreja, Corpo de Cristo, nem todos os membros desempenham as


mesmas funções. Esta diversidade de funções na celebração da Eucaristia
é significada externamente pela diversidade das vestes sagradas, as quais,
por isso, são sinal distintivo da função própria de cada ministro. Convém,
entretanto, que tais vestes contribuam também para o decoro da acção
sagrada. As vestes usadas pelos sacerdotes e diáconos assim como pelos
ministros leigos sejam oportunamente benzidas antes de serem destinadas
ao uso litúrgico, de acordo com o rito descrito no Ritual Romano.137
336. A veste sagrada comum a todos os ministros ordenados e instituídos,
seja qual for o seu grau, é a alva, que será cingida à cintura por um cíngulo,
a não ser que, pelo seu feitio, ela se ajuste ao corpo sem necessidade de
cíngulo. Se a alva não cobrir perfeitamente o traje comum em volta do pes-
coço, pôr-se-á o amito antes de a vestir. A alva não pode ser substituída pela
sobrepeliz, nem sequer quando esta se envergar sobre a veste talar, quando
se deve vestir a casula ou a dalmática, nem quando, segundo as normas, se
usa apenas a estola sem casula ou dalmática.
337. A veste própria do sacerdote celebrante, para a Missa e outras acções
sagradas directamente ligadas com a Missa, salvo indicação em contrário,
é a casula ou planeta, que se veste sobre a alva e a estola.
338. A veste própria do diácono é a dalmática, que se veste sobre a alva
e a estola; contudo, por necessidade ou por menor grau da solenidade, a
dalmática pode omitir-se.
339. Os acólitos, leitores e outros ministros leigos podem vestir a alva ou
outra veste legitimamente aprovada pela Conferência Episcopal em cada
região (cf. n. 390).

137
Bênção dos objectos e vestes que se usam nas celebrações litúrgicas, n. 1070, in Ritual
Romano, Celebração das Bênçãos, Coimbra 1991, p. 413.
106 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

340. O sacerdote põe a estola em volta do pescoço, deixando-a cair diante


do peito. O diácono põe a estola a tiracolo, deixando-a cair do ombro
esquerdo, sobre o peito, e prendendo-a do lado direito do corpo.

341. O pluvial, ou capa de asperges, é usado pelo sacerdote nas procissões


e outras funções sagradas, segundo as rubricas próprias de cada rito.

342. Quanto à forma das vestes sagradas, as Conferências Episcopais


podem definir e propor à Sé Apostólica as adaptações que entendam
corresponder melhor às necessidades e costumes de cada região.138

343. Na confecção das vestes sagradas, além dos materiais tradicionalmente


usados, é permitido o uso de fibras naturais próprias de cada região, bem
como de fibras artificiais, contanto que estejam de harmonia com a dignidade
da acção sagrada e da pessoa. Nesta matéria, o juízo compete à Conferência
Episcopal.139

344. A beleza e nobreza da veste sagrada devem buscar-se e pôr-se em


relevo mais pela forma e pelo material de que é feita do que pela abundância
dos acrescentos ornamentais. Os ornamentos podem apresentar figuras,
imagens ou símbolos, que indiquem o uso sagrado das vestes, excluindo
tudo o que possa destoar deste uso.

345. A diversidade de cores das vestes sagradas tem por finalidade exprimir
externamente de modo mais eficaz, por um lado, o carácter peculiar dos
mistérios da fé que se celebram e, por outro, o sentido progressivo da vida
cristã ao longo do ano litúrgico.

346. Quanto à cor das vestes sagradas, mantenha-se o uso tradicional,


isto é:
a) Usa-se a cor branca nos Ofícios e Missas do Tempo Pascal e do
Natal do Senhor. Além disso: nas celebrações do Senhor, excepto as da

138
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
128.
139
Cf. Ibidem.
AS COISAS NECESSÁRIAS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA 107

Paixão, nas celebrações da bem-aventurada Virgem Maria, dos Anjos, dos


Santos não Mártires, nas solenidades de Todos os Santos (1 de Novembro),
de S. João Baptista (24 de Junho), nas festas de S. João Evangelista (27 de
Dezembro), da Cadeira de S. Pedro (22 de Fevereiro) e da Conversão de S.
Paulo (25 de Janeiro).
b) Usa-se a cor vermelha no Domingo da Paixão (ou de Ramos) e na
Sexta-Feira da Semana Santa, no Domingo do Pentecostes, nas celebrações
da Paixão do Senhor, nas festas natalícias dos Apóstolos e Evangelistas e
nas celebrações dos Santos Mártires.
c) Usa-se a cor verde nos Ofícios e Missas do Tempo Comum.
d) Usa-se a cor roxa no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode
usar-se também nos Ofícios e Missas de defuntos.
e) A cor preta pode usar-se, onde for costume, nas Missas de defun-
tos.
f) A cor de rosa pode usar-se, onde for costume, nos Domingos Gau-
dete (III do Advento) e Laetare (IV da Quaresma).
g) Nos dias mais solenes podem usar-se paramentos festivos ou mais
nobres, ainda que não sejam da cor do dia.
As Conferências Episcopais podem, no que respeita às cores litúrgicas,
determinar e propor à Sé Apostólica as adaptações que entenderem mais
conformes com as necessidades e a mentalidade dos povos.

347. As Missas rituais celebram-se com a cor própria ou branca ou festiva;


as Missas para várias necessidades com a cor do dia ou do Tempo, ou então
com a cor roxa, se se trata de celebrações de carácter penitencial, como
por exemplo, as Missas para o tempo de guerra ou revoluções, em tempo
de fome, para a remissão dos pecados (nn. 31, 33, 38); as Missas votivas
celebram-se com a cor correspondente à Missa celebrada ou também com
a cor própria do dia ou do Tempo.
108 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

V. Outras alfaias destinadas ao uso da Igreja

348. Além dos vasos sagrados e das vestes sagradas, para os quais está
prescrita determinada matéria, todas as outras alfaias destinadas ao uso
litúrgico,140 ou a qualquer título admitidas na igreja, devem ser dignas e
adequadas ao fim a que se destinam.
349. Há-de procurar-se de modo particular que os livros litúrgicos,
principalmente o Evangeliário e os Leccionários, destinados à proclamação
da Palavra de Deus e que por isso gozam de veneração especial, sejam de
facto, na acção litúrgica, sinais e símbolos das coisas do alto e, por isso
verdadeiramente dignos, de boa qualidade e belos.
350. Acima de tudo há-de prestar-se a maior atenção àquilo que, na
celebração eucarística, está directamente relacionado com o altar, como
são, por exemplo, a cruz do altar e a cruz que é levada na procissão.
351. Tenha-se grande cuidado em respeitar, mesmo nos objectos de menor
importância, as exigências da arte, aliando sempre a limpeza a uma nobre
simplicidade.

140
Quanto à bênção das coisas que nas igrejas se destinam ao uso litúrgico, cf. Ritual Romano,
Celebração das Bênçãos, III Parte, Coimbra 1991, 99. 319-442.
CAPÍTULO VII

A ESCOLHA DA MISSA E DAS SUAS PARTES

352. A eficácia pastoral da celebração aumentará certamente, se a escolha


das leituras, orações e cânticos se fizer, quanto possível, de modo a corres-
ponder às necessidades, à formação espiritual e à mentalidade dos que nela
tomam parte. Isto consegue-se, usando criteriosamente a múltipla liberdade
de escolha que a seguir se descreve.
Por isso, no ordenamento da Missa o sacerdote deve atender mais ao
bem espiritual do povo de Deus do que aos seus gostos pessoais. Lembre-se,
além disso, de que convém fazer a escolha das partes da Missa de comum
acordo com aqueles que têm parte activa na celebração, sem excluir os
próprios fiéis, naquilo que mais directamente lhes diz respeito.
Dado que é muito ampla esta faculdade de escolha das diversas partes
da Missa, é necessário que, antes da celebração, o diácono, os leitores, o
salmista, o cantor, o comentador e o coro, saibam perfeitamente, cada um
pela parte que lhe cabe, quais os textos que vão ser utilizados, não deixando
nada à improvisação. Com efeito, a harmónica ordenação e realização dos
ritos contribui grandemente para dispor o espírito dos fiéis a participar na
Eucaristia.

I. A escolha da Missa

353. Nas solenidades, o sacerdote é obrigado a conformar-se com o calen-


dário da igreja em que celebra.
354. Nos domingos, nos dias feriais do Advento, do Natal, da Quaresma
e do Tempo Pascal, nas festas e memórias obrigatórias:
a) se a Missa é celebrada com participação do povo, o sacerdote deve
seguir o calendário da igreja em que celebra;
b) se a Missa é celebrada com a participação de um só ministro, o
sacerdote pode escolher ou o calendário da igreja em que celebra ou o seu
calendário próprio.
110 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

355. Nas memórias facultativas:


a) Nos dias feriais do Advento de 17 a 24 de Dezembro, na Oitava
do Natal e nos dias feriais da Quaresma, exceptuando a Quarta-Feira de
Cinzas e a Semana Santa, diz-se a Missa do dia litúrgico ocorrente; todavia,
se nesses dias ocorre no calendário geral uma memória, pode tomar-se a
oração colecta dessa memória, excepto na Quarta-Feira de Cinzas e Semana
Santa. Nos dias feriais do Tempo Pascal podem celebrar-se integralmente
as memórias dos Santos.
b) Nos dias feriais do Advento antes do dia 17 de Dezembro, nos
dias feriais do Natal, do dia 2 de Janeiro em diante, e nos dias feriais do
Tempo Pascal, pode escolher-se ou a Missa da féria ou a Missa do Santo
ou de um dos Santos de que se faz memória, ou ainda a Missa de um Santo
mencionado nesse dia no Martirológio.
c) Nos dias feriais do Tempo Comum, pode escolher-se ou a Missa
da féria, ou a Missa de uma memória facultativa ocorrente, ou a Missa de
um Santo mencionado nesse dia no Martirológio, ou ainda uma das Missas
para várias necessidades ou uma Missa votiva.
Sempre que celebre a Missa com participação do povo, o sacerdote
procurará não deixar frequentemente e sem motivo suficiente as leituras in-
dicadas para cada dia no Leccionário Ferial: a vontade da Igreja é apresentar
aos fiéis, mais abundantemente, a mesa da palavra de Deus.141
Pela mesma razão, deve ser moderado no uso das Missas de defun-
tos, tanto mais que toda e qualquer Missa é oferecida pelos vivos e pelos
defuntos, e na Oração eucarística faz-se memória dos defuntos.
Quando ocorre uma memória facultativa da bem-aventurada Virgem
Maria ou dum Santo, particularmente venerada pelos fiéis, satisfaça-se a
legítima piedade dos fiéis.
Quando há possibilidade de escolha entre uma memória do calen-
dário geral e outra do calendário diocesano ou religioso, em igualdade de
circunstâncias, de acordo com a tradição deve dar-se preferência à memória
do calendário particular.

141
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 51.
A ESCOLHA DA MISSA E DAS SUAS PARTES 111

II. A escolha das partes da Missa

356. No que se refere à escolha das partes da Missa, tanto do Temporal


como do Santoral, observem-se as normas seguintes:

As leituras

357. Para os domingos e solenidades estão assinaladas três leituras, isto


é, do Profeta, do Apóstolo e do Evangelho. Desta forma o povo cristão é
levado a conhecer a continuidade da obra da salvação segundo a admirável
pedagogia divina. Estas leituras devem ser estritamente utilizadas. No Tempo
Pascal, de acordo com a tradição da Igreja, em lugar do Antigo Testamento,
a leitura é tomada dos Actos dos Apóstolos.
Para as festas vão assinaladas duas leituras. Quando, segundo as
normas, uma festa é elevada ao grau de solenidade, junta-se uma terceira
leitura, que se vai buscar ao Comum.
Nas memórias dos Santos, lêem-se habitualmente as leituras indica-
das para as férias, a não ser que tenham leituras próprias. Nalguns casos
propõem-se leituras apropriadas, que salientam algum aspecto particular
da vida espiritual ou da actividade do Santo. Não se deve urgir o uso destas
leituras, a não ser que haja uma verdadeira razão pastoral para isso.
358. O Leccionário Ferial contém as leituras para cada dia da semana, ao
longo de todo o ano. Em princípio, estas leituras devem ler-se nos dias em
que vêm indicadas, a não ser que ocorra uma solenidade ou uma festa, ou
uma memória com leituras próprias do Novo Testamento, nas quais se faça
menção do Santo celebrado.
Quando, por motivo de alguma solenidade, festa ou celebração espe-
cial, nalgum dia se interromper a leitura contínua, o sacerdote, tendo presente
a ordem das leituras para o decurso da semana, pode juntar com outras as
que seriam omitidas ou escolher os textos que preferir.
Nas Missas para grupos especiais, o sacerdote pode escolher os textos
que melhor se adaptem a essa celebração particular, contanto que sejam
tomados de entre os que vêm no Leccionário aprovado.
112 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

359. No Leccionário para as Missas rituais, em que se inserem alguns


Sacramentos ou Sacramentais, ou nas Missas que são celebradas para
várias necessidades, fez-se uma selecção especial de textos da Sagrada
Escritura.
Estes Leccionários foram compostos para que os fiéis, através da
audição de uma leitura mais apropriada, compreendam melhor o mistério
em que tomam parte e adquiram maior estima pela palavra de Deus.
Por isso, os textos a proferir na celebração devem ser escolhidos tendo em
vista, por um lado, a utilidade pastoral, por outro, a liberdade de escolha
para cada caso.
360. Apresenta-se por vezes uma forma mais longa e uma forma mais breve
do mesmo texto. Na escolha entre estas duas formas deve ter-se presente
o critério pastoral. Convém atender à capacidade dos fiéis em escutar com
fruto o texto mais ou menos longo e à sua capacidade de ouvir o texto mais
completo, a explicar pela homilia.142
361. Quando se dá a faculdade de escolher entre um ou outro texto já de-
terminado, ou proposto como facultativo, deverá atender-se à utilidade dos
participantes, isto é, conforme se trate de usar o texto mais fácil ou mais
conveniente à assembleia reunida, ou de repetir ou retomar um texto indi-
cado como próprio para alguma celebração e para outra como facultativo,
sempre que a utilidade pastoral o aconselhe.143
Isso pode acontecer quando o mesmo texto se deve ler em dias muito
próximos, por exemplo, no domingo e na segunda-feira seguinte, ou quando
se teme que algum texto origine certas dificuldades em alguma assembleia de
fiéis cristãos. Procure-se, porém, ao escolher os textos da Sagrada Escritura,
não excluir permanentemente algumas das suas partes.
362. Além da faculdade de escolher os textos mais adequados, de que se
fala nos números anteriores, as Conferências Episcopais têm a faculdade
de indicar, em circunstâncias especiais, certas adaptações que se podem
fazer no que se refere às leituras, contanto que os textos escolhidos sejam
do Leccionário devidamente aprovado.

142
Missale Romanum, Ordo lectionum Missae, editio typica altera 1981, Praenotanda, n. 80
[versão portuguesa nos Preliminares dos vários volumes do Leccionários].
143
Ibidem, n. 81.
A ESCOLHA DA MISSA E DAS SUAS PARTES 113

As orações

363. Em todas as Missas, salvo indicação em contrário, dizem-se as orações


que lhes são próprias.
Todavia, nas memórias dos Santos, diz-se a oração colecta própria
ou, se ela não existe, a do respectivo Comum; as orações sobre as oblatas e
depois da Comunhão, se não são próprias, podem tomar-se ou do Comum
ou da féria do Tempo corrente.
Nos dias feriais do Tempo Comum podem-se dizer não somente as
orações do domingo anterior, mas as de qualquer outro domingo do Tempo
Comum, ou ainda uma das orações para várias necessidades propostas
no Missal. Também é permitido tomar destas Missas apenas a oração
colecta.
Deste modo dispõe-se de uma maior riqueza de textos, através dos
quais a oração dos fiéis se alimenta com mais abundância.
Para os tempos mais importantes do ano litúrgico essa adaptação já
está feita, com as orações próprias desses tempos, como vêm indicadas no
Missal para cada dia da semana.

A Oração eucarística

364. O grande número de Prefácios com que está enriquecido o Missal


Romano tem como finalidade que os temas da acção de graças da Oração
eucarística brilhem mais plenamente e a pôr em relevo os vários aspectos
do mistério da salvação.
365. Na escolha das Orações eucarísticas, que se encontram no Ordinário
da Missa, tenham-se em conta as seguintes normas:
a) A Oração eucarística I, ou Cânone romano, pode usar-se sempre;
mas é mais indicado nos dias que têm um Communicantes (Em comunhão
com toda a Igreja) próprio, ou nas Missas com Hanc igitur (Aceitai benig-
namente, Senhor) próprio, bem como nas celebrações dos Apóstolos e dos
Santos mencionados nessa Oração; e ainda aos domingos, a não ser que, por
motivos de ordem pastoral, pareça preferível a Oração eucarística III.
114 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

b) A Oração eucarística II, pelas suas características especiais, é mais


indicada para os dias feriais ou em circunstâncias peculiares. Embora tenha
Prefácio próprio, pode usar-se com outros Prefácios, especialmente com
aqueles que apresentam a história da salvação em forma sintética, p. ex., os
Prefácios comuns. Se a Missa é celebrada por um defunto, pode inserir-se no
lugar próprio, antes do Lembrai-Vos também dos nossos irmãos (Memento
etiam), a fórmula especial pelo defunto.
c) A Oração eucarística III pode dizer-se com qualquer Prefácio.
Usa-se de preferência nos domingos e nas festas. Se esta Oração se utiliza
nas Missas de defuntos, pode usar-se a fórmula própria por um defunto,
inserindo-a na altura própria, isto é, a seguir às palavras Reconduzi a Vós,
Pai de misericórdia todos os vossos filhos dispersos (Omnesque filios tuos
ubique dispersos, tibi, clemens Pater, miseratus coniunge).
d) A Oração eucarística IV tem Prefácio invariável e apresenta uma
síntese mais completa da história da salvação. Pode usar-se sempre que a
Missa não tem Prefácio próprio e nos domingos do Tempo Comum. Dada
a estrutura desta Oração, não pode inserir-se nela uma fórmula especial por
um defunto.

Os Cânticos

366. Não é permitido substituir os cânticos do Ordinário da Missa, por


exemplo, o Cordeiro de Deus (Agnus Dei), por outros cânticos.
367. Na escolha dos cânticos entre as leituras, bem como dos cânticos
de entrada, do ofertório e da Comunhão, devem seguir-se as normas
estabelecidas no capítulo que a eles se refere (cf. nn. 40-41, 47-48, 61-64,
74, 86-88).
CAPÍTULO VIII

MISSAS E ORAÇÕES
PARA DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS
E MISSAS DE DEFUNTOS

I. Missas e orações para diversas circunstâncias

368. Porque a liturgia dos Sacramentos e dos Sacramentais oferece aos


fiéis devidamente dispostos a possibilidade de santificar quase todos os
acontecimentos da vida por meio da graça que brota do mistério pascal,144
e porque a Eucaristia é o Sacramento dos Sacramentos, o Missal apresenta
formulários de Missas e de orações que podem ser utilizados nas diversas
circunstâncias da vida cristã, pelas necessidades do mundo inteiro ou pelas
necessidades da Igreja universal e local.
369. Tendo em conta a ampla faculdade de escolher as leituras e as ora-
ções, convém que as Missas para diversas circunstâncias sejam usadas com
moderação, isto é, quando o exigem razões de verdadeira conveniência
pastoral.
370. Em todas as Missas para diversas circunstâncias, salvo indicações
expressas em contrário, podem usar-se as leituras da féria, com os respec-
tivos cânticos intercalares, contanto que sejam adequadas à celebração.
371. Nestas Missas incluem-se as Missas rituais, para várias necessidades,
para diversas circunstâncias e votivas.
372. As Missas rituais estão ligadas à celebração de certos Sacramentos ou
Sacramentais. São proibidas nos domingos do Advento, da Quaresma e da
Páscoa, nas solenidades, na Oitava da Páscoa, na Comemoração de Todos
os Fiéis Defuntos, e nos dias feriais da Quarta-Feira de Cinzas e da Semana
Santa, devendo ainda ter-se em conta as normas indicadas nos livros rituais
e nas Missas respectivas.

144
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 61.
116 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

373. As Missas para várias necessidades ou para diversas circunstâncias,


usam-se em determinados casos, quer ocasionalmente, quer em tempos fixos.
De entre elas pode a autoridade competente escolher Missas apropriadas às
súplicas que a Conferência Episcopal tiver estabelecido para o decurso do
ano.
374. No caso de uma necessidade particularmente grave ou de utilidade
pastoral pode celebrar-se uma Missa apropriada, por ordem ou com licença
do Bispo diocesano, em qualquer dia, excepto nas solenidades, nos domingos
do Advento, Quaresma e Páscoa, nos dias dentro da Oitava da Páscoa, na
Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, na Quarta-Feira de Cinzas e nos
dias feriais da Semana Santa.
375. As Missas votivas dos mistérios do Senhor ou em honra da bem-
‑aventurada Virgem Maria ou dos Anjos ou de algum Santo ou de Todos
os Santos, podem celebrar-se, para satisfazer à piedade dos fiéis, nos dias
feriais do Tempo Comum, mesmos quando ocorre uma memória facultativa.
Mas não podem celebrar-se, como votivas, as Missas que se referem aos
mistérios da vida do Senhor ou da bem-aventurada Virgem Maria, excepto a
Missa da sua Imaculada Conceição, porque as suas celebrações estão ligadas
ao decorrer do ano litúrgico.
376. Nos dias em que ocorre uma memória obrigatória ou uma féria do
Advento até 16 de Dezembro inclusive, do Tempo do Natal de 2 de Janeiro
em diante, ou do Tempo Pascal depois da Oitava da Páscoa, são proibidas
as Missas para várias necessidades, diversas circunstâncias e as Missas
votivas. No entanto, se uma verdadeira necessidade ou a utilidade pastoral
o exige, na celebração com o povo, a juízo do reitor da igreja ou até do sa-
cerdote celebrante, pode usar-se a Missa correspondente a essa necessidade
ou utilidade pastoral.
377. Nos dias feriais do Tempo Comum em que ocorre uma memória
facultativa ou se diz o Ofício da féria, é permitido celebrar qualquer Missa
ou utilizar qualquer oração para diversas circunstâncias, exceptuando as
Missas rituais.
MISSAS E ORAÇÕES DIVERSAS E MISSAS DE DEFUNTOS 117

378. Recomenda-se de modo particular a memória de Santa Maria no


sábado, porque, na Liturgia da Igreja, em primeiro lugar e acima de todos
os Santos, veneramos a Mãe do Redentor.145

II. Missas de defuntos

379. A Igreja oferece pelos defuntos o sacrifício eucarístico da Páscoa de


Cristo, a fim de que, pela mútua comunhão entre todos os membros do Corpo
de Cristo, se alcance para uns o auxílio espiritual e para outros consolação
e esperança.
380. Entre as Missas de defuntos está em primeiro lugar a Missa exequial,
que pode celebrar-se todos os dias, excepto nas solenidades de preceito, na
Quinta-Feira da Semana Santa, no Tríduo Pascal e nos domingos do Ad-
vento, Quaresma e Tempo Pascal, observando, além disso, o que deve ser
observado segundo as normas do direito.146
381. A Missa de defuntos «depois de recebida a notícia da morte» de uma
pessoa, ou no dia da sepultura definitiva ou no primeiro aniversário, pode
celebrar-se também nos dias dentro da Oitava do Natal, nos dias em que
ocorre uma memória obrigatória ou uma féria, que não seja Quarta-Feira
de Cinzas nem Semana Santa.
As outras Missas de defuntos, isto é, as Missas «quotidianas», podem
celebrar-se nos dias feriais do Tempo Comum em que ocorre uma memória
facultativa ou se diz o Ofício da féria, contanto que sejam efectivamente
aplicadas pelos defuntos.
382. Na Missa exequial deve fazer-se normalmente uma breve homilia,
excluindo, porém, qualquer género de elogio fúnebre.

145
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, 54; Paulo VI,
Exort. Ap. Marialis cultus, 2 de Fevereiro 1974, 9: AAS 66 (1974) 122-123.
146
Cf. principalmente Código de Direito Canónico, cân. 1176-1185; Ritual Romano,
Celebração das Exéquias, Braga 1984.
118 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

383. Exortem-se os fiéis, particularmente os parentes do defunto, a par-


ticiparem também pela Comunhão no sacrifício eucarístico oferecido pelo
defunto.
384. Quando a Missa exequial se liga directamente com o rito dos funerais,
dita a oração depois da Comunhão e omitido o rito de conclusão, segue-se
o rito da última encomendação ou da despedida, que só terá lugar se está
presente o cadáver.
385. No ordenamento e na escolha das partes variáveis da Missa de defuntos
(p. ex., orações, leituras, oração universal), sobretudo na Missa exequial,
deve atender-se obviamente às razões de ordem pastoral, tendo em consi-
deração a pessoa do defunto, a sua família e as pessoas presentes.
Os pastores de almas tenham especialmente em conta aquelas pessoas
que por ocasião dos funerais assistem às celebrações litúrgicas e ouvem o
Evangelho, mas ou não são católicos, ou são católicos que nunca ou quase
nunca tomam parte na celebração da Eucaristia, ou parecem até terem per-
dido a fé. Lembrem-se os sacerdotes de que são ministros do Evangelho de
Cristo para todos.
CAPÍTULO IX

ADAPTAÇÕES QUE COMPETEM AOS BISPOS


E ÀS SUAS CONFERÊNCIAS

386. A reforma do Missal Romano, levada a efeito no nosso tempo segundo


as normas dos decretos do II Concílio do Vaticano, teve a preocupação de
que todos os fiéis, na celebração eucarística, possam chegar àquela plena,
consciente e activa participação, que a própria natureza da Liturgia exige
e que é, para os próprios fiéis, por força da sua condição, um direito e um
dever.147
Para que a celebração corresponda mais plenamente às normas e
ao espírito da sagrada Liturgia, nesta Instrução e no Ordinário da Missa
propõem-se algumas ulteriores adaptações, que são da competência ou do
Bispo diocesano ou das Conferências Episcopais.
387. O Bispo diocesano, que deve ser considerado como o sumo sacerdote
do seu rebanho e de quem depende e deriva, de algum modo, a vida dos
seus fiéis em Cristo,148 deve promover, dirigir e velar pela vida litúrgica
na sua diocese. A ele se confia, nesta Instrução, o encargo de moderar a
disciplina da concelebração (cf. n. 202, 374), de estabelecer normas sobre
a função de servir o sacerdote ao altar (cf. n. 107), sobre a distribuição da
sagrada Comunhão sob as duas espécies (cf. n. 283), e sobre a construção
e ordenamento dos edifícios da igreja (cf. nn. 291). Mas aquilo que em
primeiro lugar deve ter em vista é alimentar o espírito da sagrada Liturgia
nos presbíteros, diáconos e fiéis.
388. As adaptações de que se fala em seguida, e que requerem maior
coordenação, devem ser determinadas, segundo as normas do direito, pela
Conferência Episcopal.

147
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 14.
148
Cf. Ibidem, 41.
120 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

389. Compete às Conferências Episcopais, em primeiro lugar, preparar e


aprovar, nas línguas vernáculas autorizadas, a edição deste Missal Romano,
para que, confirmada pela Sé Apostólica, seja utilizada nas regiões a que se
destina.149
O Missal Romano deve ser editado integralmente, quer no texto latino
quer nas traduções vernáculas legitimamente aprovadas.

390. Pertence às Conferências Episcopais definir as adaptações que se


indicam nesta Instrução geral e no Ordinário da Missa e que, depois de
confirmadas pela Sé Apostólica, hão-de ser introduzidas no próprio Missal,
tais como:
– os gestos e as atitudes corporais dos fiéis (cf. acima, nn. 43).
– o gesto de veneração do altar e do Evangeliário (cf. acima, n. 273);
– os textos dos cânticos de entrada, para a apresentação dos dons e da
Comunhão (cf. acima, nn. 48, 74, 87);
– as leituras da Sagrada Escritura a utilizar em situações particulares (cf.
acima, n. 362);
– a forma de dar a paz (cf. acima, n. 82);
– o modo de receber a sagrada Comunhão (cf. acima, nn. 160, 283);
– o material do altar e das alfaias sagradas, principalmente dos vasos
sagrados, e também o material, a forma e a cor das vestes litúrgicas (cf.
acima, nn. 301, 326, 329, 339, 342-346).
Poderão ser introduzidos no Missal Romano, em lugar conveniente,
os Directórios ou as Orientações pastorais que as Conferências Episcopais
julgarem úteis, previamente confirmados pela Sé Apostólica.

391. Às mesmas Conferências compete prestar atenção particular às tradu-


ções dos textos bíblicos utilizados na celebração da Missa. Com efeito, é à
Sagrada Escritura que se vão buscar as leituras a ler e a explicar na homilia
e os salmos para cantar, e foi da sua inspiração e impulso que nasceram
as preces, as orações e os hinos litúrgicos; dela tiram a sua capacidade de
significação as acções e os sinais.150

149
Cf. Código de Direito Canónico, cân. 838 § 3.
150
Cf. Ibidem, 24.
ADAPTAÇÕES 121

Utilize-se uma linguagem que possa ser entendida pelos fiéis e adap-
tada à proclamação pública, tendo-se, porém, em conta que são diversos os
modos de falar utilizados nos livros bíblicos.

392. Compete igualmente às Conferências Episcopais preparar com gran-


de cuidado as traduções dos outros textos, para que, respeitada também a
índole de cada língua, se ofereça plena e fielmente o sentido do primitivo
texto latino. Na realização deste trabalho, convém ter em conta os diversos
géneros literários que se utilizam na Missa, tais como orações presidenciais,
antífonas, aclamações, respostas, súplicas litânicas, etc.
Tenha-se bem presente que a versão dos textos não se destina em
primeiro lugar à meditação, mas antes à proclamação ou ao canto no acto
da celebração.
Utilize-se uma linguagem adaptada aos fiéis da região, mas dotada
de nobre qualidade literária, na certeza de que sempre haverá necessidade
de alguma catequese acerca do sentido bíblico e cristão de certas palavras
e expressões.
Muito convém, que nas regiões onde se utiliza a mesma língua, haja,
na medida do possível, a mesma versão para os textos litúrgicos, principal-
mente para os textos bíblicos e para o Ordinário da Missa.151

393. Tendo em conta o lugar importante do canto na celebração, como parte


necessária ou integrante da liturgia,152 pertence às Conferências Episcopais
aprovar melodias apropriadas, sobretudo para os textos do Ordinário da
Missa, para as respostas e aclamações do povo e para os ritos especiais que
ocorrem durante o ano litúrgico.
Pertence-lhes igualmente pronunciar-se sobre quais as formas musi-
cais, melodias e instrumentos musicais que é lícito admitir no culto divino,
desde que se adaptem ou possam adaptar ao uso sagrado.

394. É conveniente que cada diocese tenha o seu calendário e o seu próprio
das Missas. A Conferência Episcopal, por seu lado, organize o calendário

151
Cf. Ibidem, 36 § 3.
152
Cf. Ibidem, 112.
122 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

próprio da nação ou, juntamente com outras Conferências, o calendário de


uma região mais alargada, a aprovar pela Sé Apostólica.153
Na elaboração deste trabalho há-de conservar-se e defender-se o
mais possível o domingo, como principal dia de festa, que não deve ser
sacrificado a outras celebrações que não sejam de máxima importância.154
Procurem também que o ano litúrgico, reformado por decreto do II Concílio
do Vaticano, não seja obscurecido por elementos secundários.
Ao preparar o calendário da nação, indiquem-se os dias das Rogações
(cf. n. 373) e das Quatro Têmporas, assim como o modo de as celebrar e os
textos,155 tendo em vista outras determinações específicas.
É conveniente que, ao editar o Missal, sejam inseridas no respectivo
lugar do calendário geral as celebrações próprias de toda a nação ou duma
região mais alargada; as celebrações da região ou da diocese devem vir em
apêndice particular.

395. Por fim, se a participação dos fiéis e o seu bem espiritual exigirem
adaptações e diversidades mais profundas, para que a celebração sagrada
corresponda à índole e às tradições dos diversos povos, as Conferências
Episcopais, de acordo com o art. 40 da Constituição sobre a sagrada Litur-
gia, poderão propô-las à Sé Apostólica, e introduzi-las com o seu consen-
timento, sobretudo naqueles povos onde o Evangelho foi anunciado mais
recentemente.156 Observem-se atentamente as normas especiais dadas pela
Instrução «A Liturgia romana e a inculturação».157
Quanto ao modo de agir neste assunto, proceda-se da seguinte
maneira:

153
Cf. Normas gerais sobre o Ano litúrgico e o Calendário, 48-51; S. Congregação para
o culto divino, Instr. Calendaria particularia, 24 de Junho 1970, 4, 8: AAS 62 (1970)
652-653.
154
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium,
106.
155
Cf. Normas gerais sobre o Ano litúrgico e o Calendário, 46; cf. S. Congregação para o
culto divino, Instr. Calendaria particularia, 24 de Junho 1970, 38: AAS 62 (1970) 660.
156
II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 37-40.
157
Cf. Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Instr. Varietates
legitimae, de 25 de Janeiro 1994, 54.62-69: AAS 87 (1995) 308-309, 311-313.
ADAPTAÇÕES 123

Em primeiro lugar, exponha-se à Sé Apostólica uma pormenorizada


proposta prévia para que, concedidas as devidas faculdades, se proceda à
elaboração de cada adaptação.
Uma vez aprovadas estas propostas pela Sé Apostólica, levem-se a
cabo as experimentações pelo tempo e nos lugares estabelecidos. Se for o
caso, terminado o tempo de experimentação, a Conferência Episcopal deter-
minará a prossecução das adaptações e submeterá ao juízo da Sé Apostólica
a formulação amadurecida do assunto.158

396. Antes, porém, de se chegar às novas adaptações, principalmente


às mais profundas, há-de cuidar-se com diligência da promoção sapiente
e ordenada da devida instrução do clero e fiéis, hão-de pôr-se em prática
as faculdades já previstas e aplicar-se-ão plenamente as normas pastorais
correspondentes ao espírito da celebração.

397. Observe-se também o princípio segundo o qual cada Igreja particular


deve estar de acordo com a Igreja universal, não só na doutrina da fé e nos
sinais sacramentais, mas também nos usos universalmente recebidos de
uma ininterrupta tradição apostólica, a qual deve observar-se, não só para
evitar os erros, mas também para transmitir a integridade da fé, porque a
“norma da oração” (lex orandi) da Igreja corresponde à sua “norma da fé”
(lex credendi).159
O Rito romano constitui uma parte notável e preciosa do tesouro
litúrgico e do património da Igreja católica, cujas riquezas concorrem para
o bem de toda a Igreja, pelo que perdê-las seria prejudicá-la gravemente.
Esse Rito, no decurso dos séculos, não só conservou usos litúrgicos
originários da cidade de Roma, mas também integrou em si, de modo
profundo, orgânico e harmónico, outros elementos derivados dos costumes
e do engenho de diversos povos e de várias Igrejas particulares, tanto do
Ocidente como do Oriente, adquirindo, assim, um certo carácter supra-
regional. No nosso tempo, a identidade e a expressão unitária deste

158
Cf. Ibidem, 66-68: AAS 87 (1995) 313.
159
Cf. Ibidem, 26-27: AAS 87 (1995) 298-299.
124 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

Rito encontra-se nas edições típicas dos livros litúrgicos promulgadas


por autoridade dos Sumos Pontífices e nos livros litúrgicos que lhes
correspondem, aprovados pelas Conferências Episcopais para os seus
territórios e confirmados pela Sé Apostólica.160

398. A norma estabelecida pelo II Concílio do Vaticano, segundo a qual as


inovações na reforma litúrgica só se devem fazer se o exigir uma verdadeira e
certa utilidade da Igreja, e procurando que as novas formas como que cresçam
organicamente das que já existem,161 também deve aplicar-se à inculturação
do Rito romano.162 Além disso a inculturação precisa de bastante tempo, para
não contaminar repentina e incautamente a autêntica tradição litúrgica.
Por fim, a procura da inculturação não pretende de modo algum
a criação de novas famílias rituais, mas sim responder às exigências de
determinada cultura, de tal modo, porém, que as adaptações introduzidas,
quer no Missal quer nos outros livros litúrgicos, não sejam prejudiciais à
índole própria do Rito romano.163

399. Deste modo o Missal Romano, apesar da diversidade de lugares


e duma certa variedade de costumes, 164 deve conservar-se no futuro
como instrumento e sinal admirável da integridade e da unidade do Rito
romano.165

160
Cf. João Paulo II, Carta Ap. Vicesimus quintus annus, 4 de Dezembro 1988, 16: AAS 81
(1989) 912; Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Instr. Varietates
legitimae, de 25 de Janeiro 1994, 2, 36: AAS 87 (1995) 288, 302.
161
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 23.
162
Cf. Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Instr. Varietates
legitimae, de 25 de Janeiro 1994, 46: AAS 87 (1995) 306.
163
Cf. Ibidem, 36: AAS 87 (1995) 302.
164
Cf. Ibidem, 54: AAS 87 (1995) 308-309.
165
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 38;
Paulo VI, Const. Ap. Missale Romanum.
NORMAS GERAIS
SOBRE O ANO LITÚRGICO
E O CALENDÁRIO
CARTA APOSTÓLICA
DADA EM FORMA DE “MOTU PROPRIO”
PELA QUAL SE APROVAM
AS NORMAS GERAIS SOBRE O ANO LITÚRGICO
E O NOVO CALENDÁRIO ROMANO

PAULO PP. VI

A celebração do mistério pascal, como claramente ensina o Concílio


Vaticano II, constitui o momento privilegiado do culto cristão, no seu
desenvolvimento quotidiano, semanal e anual. Por isso, na reforma do ano
litúrgico segundo as normas dadas pelo Concílio,1 é necessário que se dê o
maior relevo ao mistério pascal de Cristo, quer no ordenamento do Próprio
do Tempo e dos Santos, quer na revisão do Calendário romano.

I
No decorrer dos séculos, a multiplicação das festas, das vigílias e das
oitavas, e a progressiva interpenetração das várias partes do ano litúrgico,
levaram os fiéis a pôr em prática, por vezes, certas formas peculiares de
exercícios de piedade que, de algum modo, lhes desviava o espírito dos
mistérios fundamentais da Redenção divina.
São conhecidas as disposições tomadas neste campo pelos Nossos Pre-
decessores S. Pio X e João XXIII, de feliz memória, para restituir ao domingo
a sua dignidade originária, de modo a ser considerado por todos como o dia
de festa primordial,2 e para restaurar a celebração litúrgica da Quaresma. No
mesmo sentido, o Nosso Predecessor Pio XII, de feliz memória, decretou 3

1
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, nn.
102-111: AAS 56 (1964), pp. 125-128.
2
Cf. Ibidem, n. 106: AAS 56 (1964), p. 126.
3
Cf. S. Congr. dos Ritos, Decr. Dominicae Resurrectionis, 9 de Fevereiro de 1951: AAS
43 (1951), pp. 128-129.
128 CARTA APOSTÓLICA

para a Igreja Ocidental a restauração da solene vigília da Noite Pascal, na


qual o povo de Deus, celebrando os Sacramentos da iniciação cristã, renova
a sua aliança espiritual com Cristo, o Senhor ressuscitado.
Estes Sumos Pontífices, seguindo os ensinamentos dos Santos Pa-
dres e a tradição da Igreja católica, estavam convencidos rectamente que
a celebração do ano litúrgico não é somente a recordação dos factos pelos
quais Jesus Cristo, com a sua morte, nos trouxe a salvação, nem a simples
evocação de acontecimentos do passado, apresentados à meditação dos fiéis
para deles colherem ensinamentos e alimento espiritual, mas ensinavam
que a celebração do ano litúrgico tem valor e eficácia sacramental para
o progresso da vida cristã.4 É isto mesmo que Nós próprio sentimos e
professamos.
Por isso, é com toda a razão e propriedade que, ao celebrarmos o
mistério do nascimento de Cristo 5 e a sua manifestação ao mundo, pedi-
mos que reconhecendo-O exteriormente semelhante a nós, sejamos por
Ele interiormente renovados;6 e quando celebramos a Páscoa de Cristo,
pedimos a Deus por aqueles que renasceram com Cristo, para que sejam
fiéis na vida ao sacramento que pela fé receberam.7 Com efeito – segundo
as próprias palavras do Concílio Ecuménico Vaticano II – a Igreja, ao recor-
dar os mistérios da redenção, oferece aos fiéis as riquezas das acções e os
merecimentos do seu Senhor, de tal modo que os torna como que presentes
em todo o tempo, para que os fiéis, em contacto com eles, se encham da
graça da salvação.8
Por isso a reforma do ano litúrgico e suas normas correspondentes
não tem outra finalidade senão conseguir que os fiéis, pela fé, esperança e
caridade, entrem em comunhão mais viva com todo o mistério de Cristo,
que se vai desenrolando ao longo do ano.9

4
S. Congr. dos Ritos, Decr. geral Maxima Redemptionis nostrae mysteria, 16 de Novembro
de 1955: AAS 47 (1955), p. 839.
5
S. Leão Magno, Sermão XXVII sobre o Natal do Senhor 7, 1: PL 54, 216.
6
Cf. Missal Romano, Oração da festa do Baptismo do Senhor.
7
Cf. Missal Romano, Oração da segunda-feira da Oitava da Páscoa.
8
II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 102:
AAS 56 (1964), p. 125.
9
Cf. Ibidem.
«MYSTERII PASCHALIS» 129

II
A este mistério de Cristo não se opõem as festas da bem-aventurada
Virgem Maria, indissoluvelmente unida à obra de seu Filho,10 e as memórias
dos Santos, entre as quais se assinalam as festas (“natalícia”) dos nossos
senhores, os Mártires e Vencedores,11 festas que brilham com especial
esplendor. De facto, as festas dos Santos proclamam as maravilhas de Cristo
nos seus servos e propõem aos fiéis oportunos exemplos a imitar.12 A Igreja
católica sempre considerou que as festas dos Santos proclamam e renovam
o mistério pascal de Cristo.13
Não se pode contudo negar que no decorrer dos séculos, as festas dos
Santos foram aumentando em número desproporcionado. Por isso o santo
Concílio justamente decretou: Para que as festas dos Santos não prevale-
çam sobre as festas que comemoram os mistérios da salvação, muitas delas
ficarão a ser celebradas só por uma Igreja particular ou nação ou família
religiosa, estendendo-se a toda a Igreja apenas as que recordam Santos de
importância verdadeiramente universal.14
Para dar cumprimento a estas determinações do Concílio Ecuménico,
foram excluídos do Calendário universal os nomes de alguns Santos e foi
concedida a faculdade de recuperar convenientemente a memória e o culto
de outros Santos nas regiões em que são particularmente venerados. Deste
modo, foram suprimidos do Calendário Romano os nomes de alguns Santos
não conhecidos universalmente e foram inseridos nele os nomes de alguns
Mártires originários de países de evangelização mais recente; assim, vemos
figurar, com igual dignidade, no mesmo catálogo, representantes de todos
os povos, ou porque derramaram o seu sangue por Cristo, ou porque foram
insignes pelas suas virtudes extraordinárias.

10
Ibidem, n. 103.
11
Cf. Breviarium Syriacum (sec. V), ed. B. Mariani, Roma 1956, p. 27.
12
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n.
111: AAS 56 (1964), p. 127.
13
Cf. Ibidem, n. 104, p. 125 s.
14
Cf. Ibidem, n. 111, p. 127.
130 CARTA APOSTÓLICA

Por isso, estamos convencidos de que o novo Calendário geral, elabo-


rado para o rito latino, está mais em harmonia com os critérios da piedade e
sensibilidade do nosso tempo e reflecte mais adequadamente a universalidade
da Igreja; efectivamente, passam a figurar nele os nomes dos santos mais
insignes, que se apresentam a todo o povo de Deus como exemplos admi-
ráveis de santidade praticada nas mais diversas formas. É supérfluo dizer o
proveito espiritual que isto representa para todos os cristãos.
Tendo ponderado com a máxima atenção diante do Senhor todas
estas razões, com a Nossa Autoridade Apostólica aprovamos o novo
Calendário Romano geral, composto pelo “Consilium para a aplicação
da Constituição sobre a sagrada Liturgia”, bem como as normas gerais
referentes ao ordenamento do ano litúrgico, para que entrem em vigor no
dia 1 de Janeiro de 1970, de acordo com os decretos que serão publicados
pela Sagrada Congregação dos Ritos conjuntamente com o “Consilium”,
até que seja editado o novo Missal e o novo Breviário.
Tudo o que é estabelecido por esta Nossa Carta “motu proprio”,
mandamos que seja considerado válido e confirmado, não obstante qual-
quer disposição em contrário nas Constituições e Ordenações Apostólicas
dadas pelos Nossos Predecessores ou quaisquer outras prescrições, ainda
que dignas de especial menção ou derrogação.
Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 14 de Fevereiro de 1969,
sexto ano do nosso Pontificado.

PAULO PP. VI
CAPÍTULO I

O ANO LlTÚRGICO

1. A Santa Igreja celebra a memória sagrada da obra de salvação de


Cristo, em dias determinados, ao longo do ano. Em cada semana, no dia a
que foi dado o nome de “domingo”, comemora a Ressurreição do Senhor,
que é celebrada também em cada ano, juntamente com a sua bem-aventurada
Paixão, na grande solenidade da Páscoa. No decurso do ano, explana todo
o mistério de Cristo e comemora também os dias natalícios dos Santos.
Nos diversos tempos do ano, seguindo a prática que vem da tradição,
a Igreja completa a formação dos fiéis por meio de piedosos exercícios espi-
rituais e corporais, por meio da instrução, da oração, das obras de penitência
e de misericórdia.1
2. Os princípios aqui enunciados podem e devem aplicar-se tanto ao rito
romano como aos outros ritos. As normas práticas, porém, referem-se apenas
ao rito romano, a não ser que se trate de matérias que, por sua natureza,
afectem também os outros ritos.2

Título I

Os Dias Litúrgicos

I. O dia litúrgico em geral

3. Cada dia é santificado com celebrações litúrgicas do povo de Deus,


de modo particular com o Sacrifício eucarístico e o Ofício divino.
O dia litúrgico começa à meia noite e termina na meia noite seguinte.
Mas a celebração do domingo e das solenidades começa na tarde do dia
precedente.

1
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, nn.
102-105: AAS 56 (1964), pp. 125-126.
2
Ibidem, n. 3: AAS 56 (1964), p. 98.
132 NORMAS UNIVERSAIS

II. O domingo

4. No primeiro dia da semana, chamado “dia do Senhor” ou “domingo”,


a Igreja, por tradição apostólica que vem do próprio dia da Ressurreição
de Cristo, celebra o mistério pascal. Por isso o domingo deve considerar-se
como o dia de festa primordial.3
5. Pela sua peculiar importância, o domingo cede a sua celebração so-
mente às solenidades e às festas do Senhor. Mas os domingos do Advento,
da Quaresma e da Páscoa têm a precedência sobre todas as festas do Senhor
e sobre todas as solenidades. As solenidades que coincidem com estes do-
mingos são transferidos para a segunda-feira seguinte, excepto quando se
trata de ocorrência no Domingo de Ramos ou no Domingo da Ressurreição
do Senhor.
6. O domingo exclui, por princípio, a afixação perpétua de qualquer
outra celebração. Contudo:
a) no domingo dentro da Oitava do Natal, celebra-se a festa da
Sagrada Família;
b) no domingo a seguir ao dia 6 de Janeiro, celebra-se a festa do
Baptismo do Senhor;
c) no domingo a seguir ao Pentecostes celebra-se a solenidade da
Santíssima Trindade;
d) no último domingo do Tempo Comum, celebra-se a solenidade
de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
7. Nos lugares em que as solenidades da Epifania, da Ascensão e do
Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo não são dia santo de guarda, essas
solenidades transferem-se para o domingo, do seguinte modo:
a) a Epifania celebra-se no domingo que ocorre entre os dias 2 e 8
de Janeiro;
b) a Ascensão, no domingo VII da Páscoa;
c) a solenidade do santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, no domingo
a seguir à Santíssima Trindade.

3
Ibidem, n. 106: AAS 56 (1964), p. 126.
O ANO LITÚRGICO 133

III. As solenidades, as festas e as memórias

8. A Igreja, ao mesmo tempo que celebra no decurso do ano o mistério


de Cristo, venera também com especial amor a Santa Maria, Mãe de Deus,
e propõe à piedade dos fiéis a memória dos Mártires e de outros Santos.4
9. Os Santos que têm projecção universal são obrigatoriamente cele-
brados em toda a Igreja. Os outros, ou são inscritos no calendário para que
possam ser celebrados facultativamente, ou podem ser incluídos no culto de
alguma Igreja particular, ou de uma nação, ou de uma família religiosa.5
10. As celebrações, segundo a importância que lhes é atribuída, distin-
guem-se e são denominadas desta forma: solenidade, festa, memória.
11. As solenidades são os dias principais. A sua celebração inicia-se
com as Vésperas I no dia anterior. Algumas solenidades têm também Missa
própria da vigília, que se utiliza na tarde do dia anterior, se a Missa se celebra
nas horas vespertinas.
12. A celebração da Páscoa e do Natal, que são as principais solenidades,
prolongam-se durante os oito dias seguintes. Estas duas oitavas regem-se
por normas próprias.
13. As festas celebram-se dentro do limite do dia natural; não têm,
portanto, Vésperas I, a não ser que se trate de festas do Senhor que coincidem
com um domingo do Tempo Comum ou do Tempo do Natal; neste caso
substituem o Ofício do domingo.
14. As memórias são obrigatórias ou facultativas; a sua celebração
ordena-se com a dos dias feriais ocorrentes, segundo as normas descritas
nas Instruções gerais do Missal Romano e da Liturgia das Horas.
As memórias obrigatórias que coincidem com os dias feriais da
Quaresma só podem ser celebradas como memórias facultativas.

4
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, nn.
103-104: AAS 56 (1964), pp. 125-126.
5
Ibidem, n. 111: AAS 56 (1964), p. 127.
134 NORMAS UNIVERSAIS

Quando ocorrem no mesmo dia várias memórias facultativas, só uma


delas pode ser celebrada, omitindo as outras.
15. Nos sábados do Tempo Comum, em que não ocorre uma memória
obrigatória, pode celebrar-se a memória facultativa da Virgem Santa
Maria.

IV. Os dias feriais

16. Os dias da semana que se seguem ao domingo chamam-se dias feriais;


a sua celebração difere segundo a importância de cada uma:
a) a Quarta-Feira de Cinzas e os dias feriais da Semana Santa desde
a segunda-feira à quinta-feira inclusive têm a preferência sobre todas as
outras celebrações;
b) os dias feriais do Advento desde o dia 17 ao dia 24 de Dezembro
inclusive e todos os dias feriais da Quaresma têm a preferência sobre todas
as memórias obrigatórias;
c) os outros dias feriais cedem a sua celebração a todas as soleni-
dades e festas e ordenam-se com as memórias.

6
Ibidem, n. 102: AAS 56 (1964), p. 125.
O ANO LITÚRGICO 135

Título II

O Ciclo do Ano

17. No ciclo do ano, a Igreja comemora todo o mistério de Cristo, desde a


Encarnação até ao dia do Pentecostes e à expectativa da vinda do Senhor.6

I. O Tríduo pascal
18. O sagrado Tríduo da Paixão e Ressurreição do Senhor é o ponto
culminante de todo o ano litúrgico, porque a obra da redenção humana e da
perfeita glorificação de Deus foi realizada por Cristo especialmente no seu
mistério pascal, pelo qual, morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando
restaurou a vida.7 A proeminência que na semana tem o domingo tem-na
no ano litúrgico a solenidade da Páscoa.8
19. O Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor inicia-se com a
Missa da Ceia do Senhor, tem o seu centro na Vigília Pascal e termina nas
Vésperas do Domingo da Ressurreição.
20. Na Sexta-Feira da Paixão do Senhor 9 e, conforme as circunstâncias,
no Sábado santo até à Vigília Pascal,10 celebra-se em toda a parte o sagrado
jejum pascal.
21. A Vigília Pascal, na noite santa em que o Senhor ressuscitou, é
considerada como “a mãe de todas as santas vigílias”,11 na qual a Igreja
espera em vigília a ressurreição de Cristo e a celebra nos sacramentos. Por
conseguinte, toda a celebração desta sagrada Vigília deve fazer-se durante
a noite, de modo que ou comece depois do anoitecer ou termine antes da
aurora do domingo.

7
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n.
5: AAS 56 (1964), p. 99.
8
Cf. Ibidem, n. 106: AAS 56 (1964), p. 126.
9
Cf. Paulo VI, Const. Apost. Paenitemini, 17 de Fevereiro de 1966, II § 3: AAS 58 (1966),
p. 184.
10
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n.
110: AAS 56 (1964), p. 127.
11
S. Agostinho, Sermo 219: PL 38, 1088.
136 NORMAS UNIVERSAIS

II. O Tempo Pascal

22. Os cinquenta dias que se prolongam desde o Domingo da Ressurreição


até ao Domingo do Pentecostes celebram-se na alegria e exultação como
um único dia de festa, melhor, como “um grande domingo”.12
São os dias em que de modo especial se canta o Aleluia.
23. Os domingos deste tempo são considerados como “domingos da
Páscoa”; por isso, os domingos que se seguem ao Domingo da Ressurreição
se designam domingos II, III, IV, V, VI, VII da Páscoa; este tempo sagrado
dos cinquenta dias conclui-se com o Domingo do Pentecostes.
24. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal constituem a Oitava da Páscoa
e celebram-se como solenidades do Senhor.
25. No quadragésimo dia a seguir à Páscoa celebra-se a Ascensão do
Senhor, excepto nos lugares em que não é dia santo de guarda, onde é
transferido para o Domingo VII da Páscoa (cf. n. 7).
26. Os dias feriais a seguir à Ascensão, até ao sábado antes do Pentecostes,
preparam a vinda do Espírito Santo Paráclito.

III. O Tempo da Quaresma

27. O Tempo da Quaresma destina-se a preparar a celebração da Páscoa:


a liturgia quaresmal prepara para a celebração do mistério pascal tanto os
catecúmenos, através dos diversos graus da iniciação cristã, como os fiéis,
por meio da recordação do Baptismo e das práticas de penitência.13
28. O Tempo da Quaresma decorre desde a Quarta-Feira de Cinzas até à
Missa da Ceia do Senhor exclusive.
Desde o início da Quaresma até à Vigília Pascal não se diz Aleluia.

12
S. Atanásio, Epist. fest. 1: PG 26, 1366.
13
Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n.
109: AAS 56 (1964), p. 127.
O ANO LITÚRGICO 137

29. Na quarta-feira do início da Quaresma, que em toda a parte é dia de


jejum,14 faz-se a imposição das cinzas.
30. Os domingos deste Tempo são denominados domingos I, II, III, IV,
V da Quaresma. O sexto domingo, que inicia a Semana Santa, denomina-se
“Domingo de Ramos na Paixão do Senhor”.
31. A Semana Santa destina-se a comemorar a Paixão de Cristo desde a
sua entrada messiânica em Jerusalém.
Na Quinta-Feira da Semana Santa, de manhã, o Bispo, concelebrando
a Missa com o seu presbitério, procede à bênção dos santos óleos e consagra
o crisma.

IV. O Tempo do Natal

32. Depois da celebração anual do mistério pascal, nada na Igreja é mais


venerável do que a celebração do Natal do Senhor e das suas primeiras
manifestações: é o que se faz no Tempo do Natal.
33. O Tempo do Natal decorre desde as Vésperas I do Natal do Senhor
até ao domingo depois da Epifania, isto é, até ao domingo a seguir ao dia 6
de Janeiro inclusive.
34. A Missa da Vigília do Natal celebra-se na tarde do dia 24 de Dezem-
bro, antes ou depois das Vésperas I.
No dia do Natal do Senhor, segundo a antiga tradição romana, podem
celebrar-se três Missas: a da noite, a da aurora e a do dia.
35. O Natal do Senhor tem a sua Oitava, ordenada do seguinte modo:
a) no domingo dentro da Oitava (ou, se não há tal domingo, no dia
30 de Dezembro), celebra-se a festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e
José;
b) no dia 26 de Dezembro celebra-se a festa de Santo Estêvão,
Primeiro Mártir;
c) no dia 27 de Dezembro celebra-se a festa de São João, Apóstolo
e Evangelista;

14
Cf. Paulo VI, Const. Apost. Paenitemini, 17 de Fevereiro de 1966, II § 3: AAS 58 (1966),
p. 184.
138 NORMAS UNIVERSAIS

d) no dia 28 de Dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;


e) os dias 29, 30 e 31 são dias dentro da Oitava;
J) no dia l de Janeiro, oitava do Natal, celebra-se a solenidade de
Santa Maria Mãe de Deus, na qual se comemora também a imposição do
Nome de Jesus.
36. O domingo entre os dias 2 e 5 de Janeiro é o Domingo II depois do
Natal.
37. A Epifania celebra-se no dia 6 de Janeiro, excepto nos lugares em que
não é dia santo de guarda, onde é celebrada no domingo que ocorre entre
os dias 2 e 8 de Janeiro (cf. n. 7).
38. No domingo a seguir ao dia 6 de Janeiro celebra-se a festa do Baptismo
do Senhor.

V. O Tempo do Advento

39. O Tempo do Advento tem dupla característica: é tempo de preparação


para a solenidade do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho
de Deus aos homens; simultaneamente é tempo em que, comemorando esta
primeira vinda, o nosso espírito se dirige para a expectativa da segunda vinda
de Cristo no fim dos tempos. Por estes dois motivos, o Advento apresenta-
se-nos como um tempo de piedosa e alegre expectativa.
40. O Tempo do Advento começa com as Vésperas I do domingo que
ocorre no dia 30 de Novembro ou no mais próximo a este dia e termina
antes das Vésperas I do Natal do Senhor.
41. Os domingos deste tempo denominam-se domingos I, II, III, IV do
Advento.
42. Os dias feriais que decorrem desde o dia 17 ao dia 24 de Dezembro
inclusive constituem uma preparação mais directa do Natal do Senhor.
O ANO LITÚRGICO 139

VI. O Tempo Comum

43. Além dos tempos referidos, que têm características próprias, há ainda
trinta e três ou trinta e quatro semanas no ciclo do ano, que são destinadas
não a celebrar um aspecto particular do mistério de Cristo, mas o próprio
mistério de Cristo na sua globalidade, especialmente nos domingos. Este
período é denominado Tempo Comum.
44. O Tempo Comum começa na segunda-feira a seguir ao domingo que
ocorre depois do dia 6 de Janeiro e prolonga-se até à terça-feira antes da
Quaresma inclusive; retoma-se na segunda-feira a seguir ao Domingo do
Pentecostes e termina antes das Vésperas I do Domingo I do Advento.
Para os domingos e os dias feriais deste tempo há uma série de
formulários próprios, que se encontram no Missal e na Liturgia das
Horas.

VII. As Rogações e as Quatro Têmporas

45. Nas Rogações e nas Quatro Têmporas, a Igreja costuma orar ao Senhor
pelas diversas necessidades dos homens, especialmente pelos frutos da terra
e pelo trabalho humano, e dirigir-Lhe publicamente acções de graças.
46. Para que as Rogações e as Quatro Têmporas se adaptem às diversas
regiões e às diversas necessidades dos fiéis, é conveniente que as Confe-
rências Episcopais determinem o tempo e o modo de as celebrar.
Quanto à amplitude das celebrações, durante um ou vários dias, ou
sobre a sua eventual repetição ao longo do ano, a autoridade competente
determinará as normas correspondentes, tendo em conta as necessidades
locais.
47. A Missa para cada um dos dias destas celebrações escolher-se-á entre
as Missas para diversas circunstâncias, a que melhor se adapte à intenção
das súplicas.
CAPÍTULO II

O CALENDÁRIO

Título I

O Calendário e as Celebrações
que nele serão inscritas

48. A celebração do ano litúrgico é ordenada pelo calendário, que é geral


ou particular, conforme seja determinado para todo o rito romano, ou para
uma Igreja particular ou família religiosa.
49. O calendário geral contém todo o ciclo das celebrações, quer do mis-
tério da salvação no Próprio do Tempo, quer dos Santos que têm projecção
universal e, portanto, são obrigatoriamente celebrados em toda a parte, quer
ainda de outros Santos que manifestam a universalidade e a continuidade
da santidade no povo de Deus.
Os calendários particulares contêm as celebrações mais próprias,
organicamente inseridos no ciclo geral.15 É justo, efectivamente, que cada
Igreja ou família religiosa venere com culto especial os Santos que por
motivos peculiares lhe são próprios.
Os calendários particulares são organizados pela autoridade compe-
tente e aprovados pela Sé Apostólica.
50. Na organização dos calendários particulares devem ter-se presentes
as seguintes normas:
a) O Próprio do Tempo, isto é, o ciclo dos tempos, das solenidades
e festas que comemoram o mistério da Redenção ao longo do ano litúrgico
deve conservar-se integralmente e terá a preeminência sobre as celebrações
particulares.

15
S. Congr. do Culto divino, Instr. Calendaria pasticularia, 24 de Novembro de 1955: AAS
62 (1970), pp. 651-663.
O CALENDÁRIO 141

b) As celebrações próprias devem combinar-se de forma orgânica


com as celebrações universais, segundo a ordem e a precedência indicados
na tabela dos dias litúrgicos. Para não sobrecarregar exageradamente os
calendários particulares, cada Santo terá uma só celebração no ano litúrgico.
Contudo, se razões de ordem pastoral o aconselharem, poderá haver uma
segunda celebração, em forma de memória facultativa, para comemorar a
trasladação ou a descoberta do corpo dos santos Patronos ou Fundadores
de Igrejas ou de famílias religiosas.
c) As celebrações concedidas não devem ser duplicação de outras
já contidas no ciclo do mistério da salvação, nem multiplicar-se em número
exagerado.

51. Embora seja conveniente que cada diocese tenha o seu Calendário
e o seu Próprio do Ofício e das Missas, nada obsta a que se organizem
Calendários e Próprios comuns para toda uma província, região ou nação,
ou até para um território mais amplo, preparados, em mútua colaboração
por aqueles a quem são destinados.
Este princípio pode ser aplicado analogamente aos Calendários dos
religiosos para diversas províncias do mesmo território.
52. O Calendário particular é organizado inserindo no Calendário geral
as solenidades, festas e memórias próprias, isto é:
a) No Calendário diocesano, além das celebrações dos Padroeiros
e da Dedicação da igreja catedral, os Santos e Beatos particularmente
relacionados com a diocese, p. ex., porque aí nasceram ou morreram, ou aí
passaram grande parte da sua vida.
b) No Calendário religioso, além das celebrações do Título, do Fun-
dador e do Padroeiro, os Santos e Beatos pertencentes à família religiosa
ou com ela particularmenre relacionados.
c) No calendário de cada igreja, além das celebrações próprias da
respectiva diocese ou família religiosa, as celebrações próprias dessa igreja,
indicadas na tabela dos dias litúrgicos, e dos Santos cujo corpo se guarda
nessa igreja. Os membros das famílias religiosas unem-se à comunidade da
Igreja local na celebração do aniversário da Dedicação da igreja catedral e
dos Padroeiros principais do lugar ou do território em que residem.
142 NORMAS UNIVERSAIS

53. Se uma diocese ou família religiosa tem muitos Santos e Beatos, deve
evitar-se que o Calendário da diocese ou do Instituto seja sobrecarregado
exageradamente. Neste sentido:
a) pode haver uma celebração comum de todos os Santos e Beatos da
diocese ou família religiosa ou de uma categoria de Santos e Santas;
b) inscrevam-se no Calendário, com celebração singular, apenas os
Santos ou Beatos que têm especial projecção em toda a diocese ou família
religiosa;
c) os outros Santos e Beatos celebrem-se apenas nos lugares com
os quais estão particularmente relacionados ou em que se guarda o seu
corpo.
54. As celebrações próprias inscrevam-se no Calendário como memórias
obrigatórias ou facultativas, a não ser que, para algumas delas, esteja previsto
outro grau na tabela dos dias litúrgicos ou existam razões particulares de
ordem histórica ou pastoral. Nada obsta, porém, a que, em determinados
lugares algumas celebrações se façam com maior solenidade do que em
toda a diocese ou família religiosa.
55. As celebrações inscritas no Calendário devem ser observadas por
todos aqueles que estão obrigados a esse calendário e não podem ser supri-
midas do Calendário nem mudar de grau litúrgico sem a aprovação da Sé
Apostólica.
Título II
O Dia Próprio das Celebrações
56. É costume da Igreja celebrar os Santos no seu dia natalício; convém
que este princípio se observe também para as celebrações a inscrever no
Calendário particular.
Contudo, embora as celebrações próprias tenham especial importância
para cada Igreja particular ou família religiosa, é de toda a conveniência
que haja uniformidade na celebração das solenidades, festas e memórias
obrigatórias que figuram no Calendário geral.
Neste sentido, ao inscrever no Calendário particular as celebrações
próprias, observem-se as normas seguintes:
a) As celebrações que figuram no Calendário geral devem ser inscritas
no Calendário particular no mesmo dia, alterando, se for necessário, o grau
O CALENDÁRIO 143

da celebração. O mesmo se fará quanto às celebrações de cada igreja, em


relação com o Calendário diocesano ou religioso.
b) As celebrações dos Santos que não figuram no Calendário geral
devem inscrever-se no respectivo dia natalício. Se o dia natalício é desco-
nhecido, inscrever-se-ão noutro dia apropriado que tenha alguma relação
com o Santo, p. ex., o dia da ordenação, da descoberta do corpo, da trasla-
dação das relíquias; aliás, num dia que no Calendário particular esteja livre
de outras celebrações.
c) Se o dia natalício ou apropriado está impedido por outra celebração
obrigatória, ainda que de grau inferior, no Calendário geral ou particular,
inscrever-se-á no dia mais próximo que não esteja impedido.
d) Se se trata de celebrações que, por motivos de ordem pastoral,
não podem transferir-se para outro dia, transferir-se-á a celebração que a
impedia.
e) Outras celebrações “concedidas” inscrever-se-ão no dia mais con-
veniente sob o ponto de vista pastoral.
f) Para que o ciclo do ano litúrgico resplandeça com toda a sua luz e
para que algumas celebrações de Santos não sejam perpetuamente impedidas,
devem ficar livres de celebrações particulares os dias em que normalmente
ocorre o Tempo da Quaresma ou a Oitava da Páscoa, bem como os dias 17
a 31 de Dezembro, a não ser que se trate de memórias não obrigatórias ou
de festas que, na tabela dos dias litúrgicos, figuram no n. 8, alíneas a, b, c,
d, ou de solenidades que não podem ser transferidas para outro tempo.
A solenidade de S. José, onde é dia santo de guarda, se ocorre no
Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, será antecipada para o sábado
precedente, dia 18 de Março. Onde não é dia santo de guarda, pode ser
transferida pela Conferência Episcopal para outro dia fora da Quaresma.

57. Os Santos ou Beatos que no Calendário figuram juntos, celebram-se


sempre conjuntamente, ainda que algum ou alguns deles sejam especial-
mente próprios; isto no caso de terem o mesmo grau de celebração. Mas se
alguns destes Santos ou Beatos devem ser celebrados com grau superior,
far-se-á somente o Ofício destes, omitindo a celebração dos outros, a não
ser que haja conveniência em transferi-los para outro dia como memória
obrigatória.
144 NORMAS UNIVERSAIS

58. Para o bem pastoral dos fiéis, podem transferir-se para os domingos
do Tempo Comum as celebrações que ocorrem num dia da semana e que
são de especial devoção dos fiéis, contanto que estas celebrações, na tabela
dos dias litúrgicos, tenham precedência sobre os domingos. Neste caso,
todas as Missas celebradas com a participação do povo podem ser destas
celebrações.
59. A precedência entre os dias litúrgicos, quanto à sua celebração, é
regulada pela tabela seguinte.

TABELA DOS DIAS LITÚRGICOS


por ordem de precedência

I
  1. Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor.
  2. Natal do Senhor, Epifania, Ascensão e Pentecostes.
Domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa.
Quarta-Feira de Cinzas.
Dias feriais da Semana Santa, da segunda à quinta-feira inclusive.
Dias dentro da Oitava da Páscoa.
  3. Solenidades do Senhor, da Virgem Santa Maria e dos Santos inscritos
no Calendário geral.
Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.
  4. Solenidades próprias, a saber:
a) Solenidade do Padroeiro principal do lugar ou da cidade.
b) Solenidade da Dedicação e do aniversário da Dedicação da igreja
própria.
c) Solenidade do Título da igreja própria.
d) Solenidade do Título ou do Fundador ou do Padroeiro principal da
Ordem ou Congregação.
O CALENDÁRIO 145

II

  5. Festas do Senhor inscritas no Calendário geral.


  6. Domingos do Tempo do Natal e Domingos do Tempo Comum.
  7. Festas da Virgem Santa Maria e dos Santos inscritas no Calendário
geral.
  8. Festas próprias, a saber:
a) Festa do Padroeiro principal da diocese.
b) Festa do aniversário da Dedicação da igreja catedral.
c) Festa do Padroeiro principal da região ou da província, da nação
ou de um território mais vasto.
d) Festa do Título, do Fundador, do Padroeiro principal da Ordem ou
Congregação e da província religiosa, salvo o que se prescreve no
n. 4.
e) Outras festas próprias de cada igreja.
f) Outras festas inscritas no Calendário de cada diocese ou Ordem
ou Congregação.
  9. Dias feriais do Advento, do dia 17 ao dia 24 de Dezembro inclusive.
Dias da Oitava do Natal.
Dias feriais da Quaresma.

III

10. Memórias obrigatórias do Calendário geral.


11. Memórias obrigatórias próprias, a saber:
a) Memórias do Padroeiro secundário do lugar, da diocese, da região
ou da província, da nação ou de um território mais vasto, da Ordem
ou Congregação e da província religiosa.
b) Outras memórias obrigatórias inscritas no Calendário de cada
diocese, Ordem ou Congregação.
146 NORMAS UNIVERSAIS

12. Memórias facultativas, que também se podem celebrar nos dias referi-
dos no n. 9, segundo o modo peculiar descrito nas Instruções do Missal
Romano e sobre a Liturgia das Horas.
Podem celebrar-se na mesma forma como memórias facultativas as
memórias obrigatórias que, eventualmente, ocorrem nos dias feriais
da Quaresma.
13. Dias feriais do Advento até ao dia 16 de Dezembro inclusive.
Dias feriais do Tempo do Natal, desde o dia 2 de Janeiro até ao sábado
depois da Epifania.
Dias feriais do Tempo Pascal, desde a segunda-feira depois da Oitava
da Páscoa até ao sábado antes do Pentecostes inclusive.
Dias feriais do Tempo Comum.
60. Quando no mesmo dia coincidem várias celebrações, faz-se aquela que
na tabela dos dias litúrgicos tem precedência. Todavia, se uma solenidade
for impedida por um dia litúrgico que tem precedência sobre ela, transfere-
-se para o dia mais próximo que esteja livre das celebrações enumeradas
nos nn. 1-8 da referida tabela, tendo em conta o que se estabelece no n. 5.
A solenidade da Anunciação do Senhor, todas as vezes que ocorra nalgum
dia da Semana Santa, será sempre transferida para a segunda-feira depois
do Domingo II da Páscoa.
As outras celebrações omitem-se nesse ano.
61. Quando no mesmo dia coincidem as Vésperas do Ofício corrente
com as Vésperas I do dia seguinte, celebram-se as Vésperas da celebração
que, na tabela dos dias litúrgicos, tem precedência; em caso de igualdade,
celebram-se as Vésperas do dia corrente.
ÍNDICE ANALÍTICO
As siglas utilizadas neste índice correspondem aos seguintes documentos:
AL Normas gerais sobre o ano litúrgico.
C Normas gerais sobre o calendário.
CA Constituição Apostólica «Missale Romanum».
IG Instrução geral do Missal Romano.
MP Carta Apostólica «Mysterii paschalis celebrationem».

Os números que seguem cada uma das siglas são os do texto do respectivo documento.
No caso do documento não ter números indica-se, entre parêntesis, a ordem do parágrafo
[v.g. CA (1) ou MP (5)].

ABADE
– fórmula com que se nomeia o A. na Oração eucarística IG 149; a concelebração está
prescrita na bênção do A. IG 199.
– cf. também Bênção do Abade.
ABLUÇÃO, ABLUÇÕES
– as a. são feitas no altar ou na credência IG 163; mantenha-se o costume de construir na
sacristia um sumidoiro, no qual se lance a água da a. dos vasos sagrados e dos corporais
e sanguíneos IG 334.
– cf. Purificação.
ABRAÇO DA PAZ
– cf. Paz (rito da)
ABSOLVIÇÃO
– a a. no acto penitencial IG 51; carece da eficácia do sacramento da penitência 51.
ACATÓLICOS
– tenham-se em conta os a. que, por ocasião dos funerais, assistem às celebrações litúrgicas
IG 385.
ACÇÃO DE GRAÇAS
– a.g. do povo de Deus pelo mistério da salvação IG 5.
– na celebração da Eucaristia: o altar é o centro da a.g. IG 296; a.g. dos fiéis na Eucaristia
IG 95; a Oração eucarística como oração de a.g. IG 78; a a.g. na Oração eucarística
IG 2, IG 72, é um dos elementos principais IG 78-79; a a.g. exprime-se nos prefácios
da Oração eucarística IG 4, 79 a, de vários modos IG 364; a.g. depois da Comunhão
IG 45.
148 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

ACÇÃO LITÚRGICA
– a homilia faz parte da a.l. IG 29; espírito da a.l. IG 41; se a Missa é seguida de outra a.l.
IG 170; nome da celebração de Sexta-Feira Santa IG 274; número de castiçais prescritos
para cada a.l. IG 307; como devem ser os livros que se usam na a.l. IG 349.
– cf. Celebração litúrgica.
ACÇÃO SAGRADA
– nome da celebração ou da concelebração da Missa IG 31, 48, 92, 215, 288, 335, 343.
– cf. Celebração litúrgica.
ACEPÇÃO DE PESSOAS
– não se reservem lugares especiais para pessoas privadas IG 311.
ACLAMAÇÃO, ACLAMAÇÕES
– na celebração da Eucaristia: IG 34, 35; sua importância IG 34; favorecem e realizam a
comunhão entre o sacerdote e o povo IG 34; constituem o grau mínimo de participação
activa da assembleia dos fiéis IG 35; exprimem e estimulam a acção de toda a comunidade
IG 35; modo de as proferir IG 38; pertence à Conferência Episcopal aprovar a. IG 392,
melodias apropriadas, sobretudo para as a. do povo IG 393.
– a. Amen IG 54, 77, 79, 89, 147, 180.
– nos ritos iniciais: a. do Kyrie IG 52.
– na liturgia da palavra: no fim da primeira leitura IG 59, 128; no fim da segunda leitura
IG 59, 130; pelas a. antes do Evangelho os fiéis reconhecem e confessam que é Cristo
presente quem lhes fala IG 60; a a. antes do Evangelho constitui um rito com valor por
si próprio, pelo qual a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que lhe vai falar,
e professa a sua fé por meio do canto IG 62, 134; a. depois do evangelho IG 134, 262;
na Quaresma, em vez do Aleluia canta-se o versículo antes do Evangelho, mas também
se pode cantar outro salmo ou tracto IG 62.
– na liturgia eucarística: o povo deve participar na Oração eucarística pelas a. IG 79 d;
o «Santo» é uma a. a cantar por todos IG 43, 79 b; a. depois da consagração IG 147;
a. Amen do povo no fim da Oração eucarística IG 147, 151; a. da anamnese forma um
rito por si mesmo IG 37 a; esta a. da anamnese não se diz quando só há sacerdotes
concelebrantes ou quando não há fiéis que respondam (cf. Notitiae, 1969, p. 324-325);
a. Vosso é o reino e o poder IG 238, 266.
– cf. também «Kyrie, eleison», «Santo» (aclamação).
ACÓLITO, ACÓLITOS
– o a. é instituído para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono IG 98; o que
lhe compete como função principal IG 98; no ministério do altar, o a. tem funções próprias,
que ele mesmo deve exercer IG 98; na falta de a. instituído, podem ser destinados para o
serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono ministros leigos IG 100; em qualquer
na celebração da Missa, convém que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente
por um a. IG 116; os a. vestes podem vestir a alva ou outra veste legitimamente aprovada
IG 339.
– na celebração da Eucaristia: IG 187-193; as funções do a. podem ser divididas por vários
IG 187; na procissão de entrada vai a seguir aos ceroferários IG 120 b, c, 188; apresenta
o livro IG 189; ajuda o diácono e serve o sacerdote IG 189; na preparação do altar e dos
dons IG 139, 140, 178, 190; pode incensar IG 178; pode ajudar o sacerdote a distribuir
ÍNDICE ANALÍTICO 149

a comunhão IG 162, 191; na distribuição da comunhão sob as duas espécies, o a. pode


ministrar ao cálice IG 284 a; consome o que eventualmente sobra do Sangue IG 284 b;
na distribuição da comunhão do cálice IG 286-287; purifica e arruma os vasos sagrados
IG 192, 279; purifica o cálice na credência IG 247, 249; os a. podem tomar parte na
procissão do evangelho e levar o incenso e os círios IG 133; terminada a celebração da
Missa, o a. volta processionalmente à sacristia IG 193.
ACTO PENITENCIAL
– na celebração da Eucaristia: introdução à Missa antes do a.p. IG 31; faz parte dos ritos
iniciais IG 36, 46, 51, 125, 258; foi-lhe restituída a devida importância CA (8); silêncio no
a.p. IG 45; manifesta e favorece a participação activa IG 36; é o sacerdote quem convida
para o a.p. IG 51; o a.p. é constituído pela confissão geral e termina pela absolvição do
sacerdote IG 51; esta absolvição carece da eficácia do sacramento da penitência IG 51;
ao domingo, principalmente no tempo pascal, em vez do a.p. pode fazer-se, por vezes, a
bênção e a aspersão da água em memória do baptismo IG 51; depois do a.p. diz-se sempre
Senhor, tende piedade IG 52; quando o Kyrie é cantado como parte do a.p. IG 52.
ADAPTAÇÃO, ADAPTAÇÕES
– a. que competem aos Bispos e às suas Conferências IG 386-399; a. que competem ao Bispo
diocesano IG 387; a. que requerem maior coordenação e que devem ser determinadas,
segundo as normas do direito, pela Conferência Episcopal IG 388-399; modo de agir
das Conferência Episcopal no caso de desejar propor à Sé Apostólica a. mais profundas,
de acordo com o art. 40 da Constituição sobre a sagrada Liturgia IG 395; do que há-de
cuidar-se com diligência antes de chegar às novas a. IG 396
– nos livros litúrgicos editados pela Sé Apostólica: a. das orações do Missal Romano IG 15.
– na disposição e adorno das igrejas: a. das obras de arte e dos tesouros do passado às novas
necessidades IG 289; a Igreja aceita as a. das alfaias sagradas IG 325; a. das formas das
vestes sagradas IG 342; a Conferência Episcopal pode propor a. das cores litúrgicas das
vestes sagradas IG 346.
– nos calendários: a. das Rogações e das Quatro Têmporas AL 46.
– na celebração da Eucaristia: a. aceites no Missal Romano CA (13); na IGMR e no Ordi-
nário da Missa expõem-se alguns ajustamentos e a. IG 23; em que consistem tais a. IG
24; as a. que competem ao Bispo diocesano ou à Conferência Episcopal vão indicadas no
Missal IG 25; no que se refere a a. mais profundas, observe-se o que está determinado na
Instrução «A liturgia romana e a inculturação» IG 26. 395-399; a Conferência Episcopal
podem estabelecer, para a celebração da Eucaristia, normas mais acomodadas às tradições
e à índole dos povos das regiões e das diversas comunidades IG 388-393; compete às
Conferências Episcopais adaptar à mentalidade dos povos os gestos e atitudes corporais
IG 43.
– a. das leituras em casos especiais IG 362.
ADMONIÇÃO, ADMONIÇÕES
– na celebração da Eucaristia: o Concílio de Trento tinha dado a faculdade de introduzir a.
nos ritos IG 13; em que consistem certas adaptações IG 24; a. na celebração da Missa
IG 31, 43; a. a fazer pelo comentador IG 105 b; a. a fazer pelo diácono IG 171 d; como
devem ser proferidas IG 38; adaptação da antífona de entrada em a. IG 48; a. de introdução
à Missa do dia IG 31, 50, 124, à liturgia da Palavra IG 31; a. prévia à oração universal
IG 71; a. de introdução à Oração eucarística IG 31; terminado o Símbolo, o sacerdote
150 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

convida os fiéis à oração universal com uma breve a. IG 138; a a. que antecede a oração
dominical é dita, de mãos juntas, pelo celebrante principal IG 152, 237; depois, de braços
abertos, juntamente com os outros concelebrantes, que também abrem os braços, e com o
povo, diz a oração dominical IG 152, 237; após a a.: Saudai-vos na paz da Cristo, feita
pelo diácono ou, na sua ausência, por um dos concelebrantes, todos se dão mutuamente
a paz IG 239; a. antes da despedida, ao terminar a celebração IG 31; o sacerdote deve
procurar manter sempre o sentido da a. proposta no Missal IG 31; na Missa sem assistência
de um ministro não se fazem a. IG 354.
ADORAÇÃO
– na celebração da Eucaristia os homens, por meio de Cristo, prestam adoração ao Pai IG
16; a. de Cristo na liturgia eucarística da Missa IG 3; a genuflexão significa a. IG 274.
– a. à santa Cruz IG 274; a. e oração privada dos fiéis diante do Santíssimo Sacramento IG
315 b.
ADVENTO
– do Senhor: expectativa da vinda do Senhor no ano litúrgico AL 17; no A. ornamente-se
o altar com flores com a moderação que convém IG 305, e use-se o órgão e os outros
instrumentos com moderação IG 306.
– tempo do A.: dupla característica AL 39; quando começa e termina AL 40; cor a usar no
A. IG 346 d; cor que se pode usar IG 346 f.
– domingos do A.: AL 5, 41, C 59; não se diz o hino «Gloria in excelsis» IG 53; não são
permitidas as Missas rituais IG 372 não pode celebrar-se uma Missa apropriada, mesmo
por ordem ou com licença do Bispo diocesano IG 374; não pode celebrar-se a Missa
exequial IG 380.
– dias feriais do A.: calendário a seguir IG 354; têm colecta própria CA (11); é recomendada
a homilia IG 66.
– dias feriais do A. até ao dia 16 de Dezembro: C 59; Missa a escolher IG 355 b, Missas
proibidas IG 376.
– dias feriais do A. do dia 17 ao dia 24 de Dezembro: AL 42, C 59; Missa a dizer IG 355
a; têm a preferência sobre as memórias obrigatórias AL 16 b; devem ficar livres de
celebrações particulares C 56 f.
ÁGUA
– na celebração da Eucaristia: seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja utilizou sempre o vinho
misturado com a. para celebrar a Ceia do Senhor IG 319; aspersão da a. em memória do
baptismo IG 51; leva-se ao altar o vinho com a. IG 72; acólitos que levam o vinho e a
a. IG 100; a a. está na galheta, sobre a credência IG 118 c; a caldeirinha da a. a benzer
IG 118 c; o sacerdote deita um pouco de a. no cálice IG 142, 178; o sacerdote lava as
mãos com a a. que o ministro lhe serve IG 145; se depois da consagração ou no momento
da Comunhão o sacerdote advertir que no cálice em vez de vinho estava a. IG 324; se o
Sangue do Senhor se derramar, lava-se com a. o sítio onde em que tenha caído IG 280, e
a a. deita-se no sumidoiro IG 280; o cálice é purificado com a. IG 279, ou com vinho e
a. IG 279; sumidoiro no qual se lance a a. da ablução IG 334.
ALELUIA
– canta-se de modo especial nas celebrações litúrgicas do Tempo Pascal AL 22; não se diz
desde o início da Quaresma até à Vigília Pascal AL 28.
ÍNDICE ANALÍTICO 151

– na celebração da Eucaristia: o A. constitui um rito por si mesmo IG 37 a, 62; o A. antes


do Evangelho IG 37 a, 62-63, 131-132, 175, 261; ao começar o A. todos se põem de pé
43, com excepção do bispo que impõe o incenso IG 212; canta-se em todos os tempos
fora da Quaresma IG 62 a; os versículos tomam-se do Leccionário ou do Gradual IG
62 a; o A. antes do Evangelho, se não é cantado, pode omitir-se IG 63 c; o que se canta
na Quaresma, em vez do A. IG 62 b; a sequência canta-se antes do A. IG 64.
– cf. também Canto (na celebração da Eucaristia).
ALFAIAS
– nas a. procure-se a nobre simplicidade e a arte verdadeira IG 325; a natureza e a beleza
das a. do culto devem fomentar a piedade e mostrar a santidade dos mistérios IG 294; as
a. devem ser dignas e adaptadas à sua finalidade IG 348; preste-se a maior atenção às
a. que, na celebração eucarística, estão directamente relacionada com o altar, como são,
por exemplo, a cruz do altar e a cruz que é levada na procissão IG 350; nas a. alie-se a
limpeza com a simplicidade IG 351; nas a. a Igreja admite as formas de expressão artística
próprias de cada região e aceita adaptações IG 325; pertence à Conferência Episcopal
definir e ajuizar dos materiais a utilizar nas a. sagradas IG 326, 390.
– cf. também Vasos sagrados.
ALTAR, ALTARES
– o presbitério é o lugar onde sobressai o a. IG 295; o a. também se chama «mesa do Senhor»
e é o centro de toda a liturgia eucarística IG 73, 296; beijo no a. IG 90 d; a celebração da
Eucaristia, em lugar sagrado, faz-se sobre o a. IG 297; na construção de novas igrejas deve
erigir-se um só a., que significa que há um só Cristo e que a Eucaristia da Igreja é uma só
IG 303; nas igrejas já construídas, onde já exista um a. que torne difícil a participação do
povo e que não possa transferir-se sem detrimento dos valores artísticos, construa-se com
arte outro a. fixo e realizem-se apenas nele as celebrações sagradas IG 303; está mais de
acordo com a natureza do sinal que no a. em que se celebra a Missa não esteja o sacrário
IG 315.
– normas sobre o a.: IG 296-308; material da mesa e do suporte ou base do a. IG 301; re-
líquias no a. IG 302; ornamentação do a. IG 117, 304-308; deve ser coberto pelo menos
com uma toalha, de cor branca IG 117, 304; o que se dispõe sobre o a. IG 73, 306; o que
se pode dispor sobre o a. ou perto dele IG 117, 307, 308; quando o sacrário está atrás do
a. (em que se celebra a Eucaristia), não é de aconselhar que a cadeira fique à frente do a.
IG 310; está mais de harmonia com a natureza do sinal, que no a. em que se celebra a
Eucaristia não esteja o sacrário IG 315; dedicação ou bênção do a. IG 300; pertence ao
Bispo diocesano estabelecer normas sobre a função de servir o sacerdote ao a. IG 387;
pertence à Conferência Episcopal definir o material do a. e o gesto de veneração do a. IG
390; pode consagrar-se um a. com mesa de madeira ou de ferro (cf. Notitiae 6, 1970, p.
263); o sacrário pode estar ou no presbitério, fora do a. da celebração, sem excluir algum
a. antigo IG 315 a, há-de procurar prestar-se a maior atenção àquilo que, na celebração
da Eucaristia, está directamente relacionado com o a. e a cruz do a. IG 350; ao bispo
diocesano compete estabelecer normas sobre a função de servir o sacerdote ao a. IG 387;
pertence à Conferência Episcopal definir as adaptações do gesto de veneração do a. IG
390, do material do a. IG 390.
– fixo: IG 298; simbolismo e definição IG 298; o a. deve ser construído afastado da
parede, de modo a permitir andar em volta dele e celebrar a Missa de frente para o povo
IG 299; deve ser dedicado IG 300; material da mesa e do suporte do a. fixo IG 301.
152 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– móvel: definição IG 298; material do a. móvel IG 301; devem ser dedicados ou podem
ser simplesmente benzidos IG 300.
– o a. e a celebração da Missa:
– ritos iniciais: enquanto o sacerdote se encaminha para o a. os fiéis estão de pé IG 43;
ordem em que vão os ministros na procissão para o a. IG 120, 210; o diácono, levando
o Evangeliário, vai à frente do sacerdote a caminho do a. IG 172; enquanto a procissão
se dirige para o a. canta-se o cântico de entrada IG 121; o a. é saudado com inclinação
do corpo no início da celebração IG 49, 122, 173, 195, 211, 256, 275 b; depois venera-se
o a. com um beijo IG 49, 123, 173, 211, 256, 273; quando o sacrário com o Santíssimo
está no presbitério, os ministros genuflectem quando chegam ao a. e quando, no fim da
celebração, se afastam dele, mas não durante a celebração IG 274; depois de saudar e
venerar o a. o sacerdote vai para a sua cadeira ou pode permanecer junto do a. IG 256;
neste caso, também aí se prepara o missal IG 256; o missal a cruz e os candelabros
levados na procissão colocam-se junto do a. IG 122, 188; o evangeliário coloca-se no
a. IG 122, 195; o que faz o diácono ao aproximar-se do a., quando leva e quando não
leva o Evangeliário IG 173; incensação do a. IG 49, 123, 173, 190, 211, 276, 277;
como se incensa o a. IG 277, se está separado da parece IG 277, e se não está separado
da parece IG 277; como se incensa a cruz do a. IG 277, se está sobre o a. IG 277, se
está junto do a. IG 277; as imagens incensam-se só no início, depois da incensação do
a. IG 277; para onde vai o diácono depois da incensação do a. IG 174.
– liturgia da Palavra: oração Munda cor meum diante do a. IG 132, 175; toma-se o Evan-
geliário que está sobre o a. IG 133, 175.
– preparação dos dons: quem pode servir o sacerdote ao a. IG 107; para servir o sacerdote
o acólito pode estar junto do a. IG 189; preparação do a. para a apresentação dos dons
IG 73; preparação do a. pelo diácono IG 94, 178; entre os diáconos, pode haver um
para servir o a. IG 109; preparação do a. pelo acólito ou outro ministro leigo IG 98,
100, 139, 190; depois levam-se para o a. o pão e o vinho IG 72, 73; o pão e o vinho
são depostos no a. pelo sacerdote IG 75, 140; o sacerdote recebe a patena e eleva-a
um pouco sobre o a. IG 141; é no lado do a. que se prepara o cálice IG 142; no meio
do a. o sacerdote eleva um pouco o cálice IG 142; colocado o cálice no a. o sacerdote
inclina-se profundamente IG 143; os dons colocados no a. podem ser incensados IG
75, 144; as oblatas incensam-se antes do a. IG 177; o cântico do ofertório prolonga-se
até que os dons tenham sido depostos no a. IG 74; o próprio a. pode ser incensado IG
75, 144, 178, 276, 277; um ministro, ao lado do a., pode incensar o sacerdote IG 144;
o sacerdote lava as mãos ao lado do a. IG 76, 145.
– Oração eucarística: do meio do a. o sacerdote convida os fiéis a orar IG 77, 146; no a., o
diácono ministra ao cálice e ao livro IG 171 b; como se aproximam do a. e se dispõem
os concelebrantes IG 215; o diácono desempenha o seu ministério perto do a. IG 215.
– Comunhão: o sacerdote comunga voltado para o a. IG 158, 244, 246, 248, 249, 268; os
concelebrantes podem comungar no a. IG 242, 244, 246, 248, 249; os ministros leigos
da comunhão não devem aproximar-se do a. antes de o sacerdote comungar IG 162; se
sobrar vinho consagrado, o sacerdote ou o diácono ou o acólito instituído consome-o no
a. IG 163, 182, 247, 279, 284; as hóstias que sobrarem ou consome-as no a. ou guarda-as
no sacrário IG 163; regressado ao a., o sacerdote recolhe os fragmentos IG 163, 183;
depois, no a. ou na credência purifica os vasos sagrados IG 163, 270; se os vasos são
purificados no a. o ministro leva-os para a credência IG 163, 270; os vasos a purificar
ÍNDICE ANALÍTICO 153

também se podem deixar no a. IG 163, 270; a oração depois da comunhão pode ser
dita do a. IG 165; a purificação dos vasos pode fazer-se ao lado do a. IG 163; os vasos
a purificar, sobretudo quando forem muitos, também se podem deixar no a. IG 163.
– ritos de conclusão: quem beija o a. na despedida IG 90 d, 169, 186, 250, 251, 272; quem
faz inclinação profunda ao a. na despedida IG 90 d, 169, 186, 251.
– normas gerais sobre o a. na celebração: sobre a mesa do a., apenas se podem colocar
as coisas necessárias para a celebração da Missa IG 306; preste-se a maior atenção às
coisas directamente relacionada com o a., como são, por exemplo, a cruz do altar e a cruz
que é levada na procissão IG 350; entre os gestos contam-se as acções e procissões do
sacerdote ao dirigir-se para o a. IG 44; os vasos necessários podem preparar-se, antes
da Missa, no lado direito do a. IG 255; quando os concelebrantes não cabem todos no
presbitério, preparem-se assentos para eles fora do presbitério mas perto do a. IG 294.
– ornamentação do a. com flores: a ornamentação do a. com flores deve ser sempre sóbria
e, em vez de as pôr sobre a mesa do a., disponham-se junto dele IG 305; no tempo do
Advento, haja moderação nas flores, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal
do Senhor IG 305; no tempo da Quaresma não é permitido ornamentar o a. com flores,
exceptuando o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas IG 305.
ALVA
– na celebração da Eucaristia IG 92, 119, 336, 337, 338, 339; na concelebração IG 209;
nem sempre precisa de cíngulo e amito IG 336; pode substituir sempre a sobrepeliz mas
esta nem sempre a substitui IG 336.
AMBÃO
– a dignidade da palavra de Deus requer que haja na igreja um lugar adequado para a sua
proclamação IG 309; este lugar deve ser um a. estável e não uma simples estante móvel
IG 309; o que se prepara no a. para a celebração da Eucaristia IG 118 b; o que se faz a
partir do a. IG 309; do a. são proferidas as leituras IG 58, 128, 130, 135, 196, 260, 309,
o salmo responsorial IG 61, 309 e o precónio pascal IG 309; a procissão do diácono para
o a. com o Evangeliário é um gesto IG 43, o Evangelho proclama-se do a. IG 133, 134,
135, 175; do a. pode fazer-se a homilia IG 136, 309 e proferir-se as intenções da oração
universal IG 71, 138, 177, 197, 309; a dignidade do a. exige que só o ministro da palavra
suba até ele IG 309; o comentador não deve subir ao ambão IG 105 b; convém que um
novo a., antes de ser destinado ao uso litúrgico, seja benzido IG 309.
«AMEN»
– na celebração da Eucaristia: no início, depois do sinal da cruz IG 124; no fim da colecta IG
54, 127, 259; quando o diácono que vai ler o Evangelho é abençoado pelo sacerdote IG 175;
no fim da oração sobre as oblatas IG 77, 146; no fim da Oração eucarística IG 79 h, 147,
151, 180; depois de A paz do Senhor 154; depois de «O Corpo de Cristo» IG 161; depois
de «O Sangue de Cristo» IG 286; depois de «O Corpo e o Sangue de Cristo» IG 249, 287;
no fim da oração depois da Comunhão IG 89, 165; depois da bênção final IG 167.
AMITO
– todos os ministros que vão revestidos de alva usarão também o a., salvo se não for preciso
IG 119, 336.
ANÁFORA
– cf. Oração eucarística.
154 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

ANAMNESE
– na Oração eucarística IG 2, 79 e; aclamação da a. IG 37.
ANIVERSÁRIO
– a. da solenidade da Dedicação da igreja própria C 52 a, a celebrar pelas famílias religiosas
C 52 c; o a. da Dedicação da igreja concatedral não se celebra em toda a diocese (Notitiae
9, 1973, p. 152); missa de defuntos no primeiro a. IG 381.
ANO LITÚRGICO
– reforma: normas gerais sobre o a.l. AL 1-47; sua aprovação MP (11-12); descrição do
ciclo do a.l. AL 17-47; a finalidade da reforma do a.l. MP (4-6); a reforma do a.l. dá o
maior relevo ao mistério pascal MP (1); Missa estacional nos dias mais solenes do a. l.
IG 203; a diversidade de cores exprime o sentido progressivo do a.l. IG 345; as orações
estão adaptadas aos tempos mais importantes do a.l. IG 363; certas Missas votivas estão
ligadas ao decorrer do a.l. IG 375; pertence à Conferência Episcopal aprovar melodias
para certos textos e ritos especiais durante o a.l. IG 393; a Conferência Episcopal procure
que o a.l., reformado por decreto do II Concílio do Vaticano, não seja obscurecido por
elementos secundários IG 394.
– celebração : a celebração do a.l. tem valor e eficácia sacramental para o progresso da vida
cristã MP (4).
ANTÍFONA, ANTÍFONAS
– na celebração da Eucaristia:
– de entrada: IG 48, 256; foram restauradas CA (12); o leitor pode proferi-las IG 198.
– do ofertório: se não é cantada omite-se IG 74.
– da Comunhão: IG 86, 87, 269; foram restauradas CA (12); o leitor pode proferi-las
IG 198.
– na tradução das a. tenha-se em conta o seu género literário IG 392.
ANUNCIAÇÃO DO SENHOR
– na solenidade da A.S. genuflecte-se às palavras «E encarnou» IG 137.
APÓSTOLOS
– Cristo mandou aos A. que celebrassem a Missa em memória d’Ele IG 2; os A. receberam
o Corpo e o Sangue do Senhor das mãos de Cristo IG 72, 79 d; o mandato foi recebido
de Cristo Senhor através dos A. IG 79 e; a Ordem do diaconado foi tida em grande
consideração desde os primeiros tempos dos A. IG 94; a cor vermelha usa-se nas festas
natalícias dos A. IG 346 b; no Tempo Pascal a primeira leitura é tomada dos Actos dos
A. IG 357; a Oração eucarística I pode usar-se nas festas dos A. IG 365 a.
APRESENTAÇÃO
– festa da A. do Senhor: não é permitido benzer as velas sem celebração da Eucaristia (cf.
Notitiae 10, 1974, p. 80).
– a. dos dons: o rito da a. dos dons conserva ainda valor e significado espiritual IG 73; a
procissão da a. dos dons é acompanhada com canto IG 74; as fórmulas da a. dos dons IG
75; se não houver cântico do ofertório ou não se tocar o órgão, o sacerdote pode, na a.
do pão e do vinho, dizer em voz alta as fórmulas de bênção IG 142; o que está no altar
desde a a.d. até à purificação dos vasos IG 306; pertence à Conferência Episcopal definir
os textos para a a.d. IG 390.
ÍNDICE ANALÍTICO 155

– a comunhão sob as duas espécies permite uma a. mais clara do sinal sacramental IG 14.
ARRANJO
– a. da igreja: deve ser simples IG 292; os elementos decorativos devem ser verdadeiros IG
292; a disposição da i. deve satisfazer àquilo que se relaciona com as celebrações sagradas
IG 293; os anexos da i. devem satisfazer às exigências do nosso tempo e contribuir para
a comodidade dos fiéis IG 293.
– a. dos vasos sagrados: o acólito instituído no a. dos vasos sagrados IG 192.
ARTE, ARTES
– a a. contribui para a dignidade das celebrações IG 22; o salmista deve ser competente na
a. de salmodiar IG 102; a Igreja sempre recorreu ao serviço da a. IG 289; nas obras de
a. destinadas às igrejas deve procurar-se o valor da a. IG 289; ao construir-se um novo
altar, deve fazer-se com a. IG 303; a simplicidade condiz com a verdadeira a. IG 325; a
Igreja admite a a. de cada região para as alfaias IG 325; a Igreja conserva as obras de a. IG
289; as obras de a. destinadas à igreja devem ter valor e alimentar a fé IG 289; respeitar
as exigências da a. mesmo nos objectos de menor importância IG 351;
– a. musical: IG 52.
– Comissão Diocesana de Liturgia e A. Sacra: deve ser consultada em tudo o que se refere
aos edifícios sagrados IG 291.
ARTISTAS
– o que se há-de ter em conta na formação dos a. IG 289; os a. devem dar a melhor forma
aos vasos sagrados IG 332.
ASCENSÃO DO SENHOR
– solenidade da A.S.: C 59; quando se celebra AL 25; pode ser transferida para o domingo
VII da Páscoa AL 7.
– férias a seguir à A.S.: AL 26.
– a Igreja recorda de modo particular a bem-aventurada paixão, gloriosa ressurreição e a.
de Cristo aos Céus IG 79 e.
«ASPERGES»
– o pluvial, ou capa de a., é usado nas procissões e outras funções sagradas IG 341; o rito
do «a.» mantém-se no Missal (cf. Notitiae 5, 1969, p. 403).
ASSEMBLEIA
– o Bispo e o presbítero, na pessoa de Cristo, presidem à a. do povo santo IG 4, 30, 31,
cada a. tem natureza e circunstâncias peculiares IG 18; o que é a a. local da Igreja IG 27;
Cristo está realmente presente na a. IG 27.
– pertencem à a.: os diálogos e as aclamações IG 34; as respostas IG 35; o acto penitencial,
a profissão de fé, a oração universal e a oração dominical IG 36; o Glória, o salmo respon-
sorial, o Aleluia ou o versículo antes do Evangelho, a aclamação da anamnese e o cântico
depois da Comunhão IG 37 a; os cânticos de entrada, do ofertório, da fracção do pão e da
Comunhão IG 37 b; o cântico de entrada pode ser cantado por toda a a. em conjunto IG 48;
nos ritos iniciais toda a a. faz sobre si própria o sinal da cruz IG 50; os silêncios devem ser
adaptados à a. reunida IG 56; a a. escuta, sentada, os versículos do salmo responsorial e
responde pelo refrão IG 61; pelo Aleluia antes do Evangelho, a a. acolhe o Senhor que lhe
vai falar IG 62; na Oração eucarística toda a a. dos fiéis se une a Cristo na proclamação
156 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício IG 78; toda a a. canta o Sanctus IG 79


b; terminada a Comunhão, toda a a. pode cantar um salmo ou um cântico IG 88; nos ritos
de conclusão a a. é despedida pelo diácono ou pelo sacerdote IG 90 c.
– a maneira de dizer os textos deve acomodar-se à solenidade da a. IG 38; deve fazer-se um
grande uso do canto, de acordo com as possibilidades de cada a. litúrgica IG 40; o edifício
sagrado deve reproduzir, de algum modo, a imagem da a. congregada IG 294; a atenção
de toda a a. dos fiéis deve dirigir-se espontaneamente para o altar IG 299; na a. dos fiéis
o altar único significa que há um só Cristo e que a Eucaristia da Igreja é só uma IG 303;
a a. deve poder ver bem a cruz com a imagem de Cristo crucificado IG 308; a cadeira do
sacerdote celebrantes deve significar a sua função de presidente da a. 310; onde se pode
colocar a cadeira para tornar mais fácil a comunicação do sacerdote com a a. IG 310; o
coro faz parte da a. dos fiéis IG 312; o critério da escolha dos textos facultativos deve ser
a utilidade e a capacidade da a. reunida IG 361.

ASSENTOS
– para os fiéis: normalmente, deve haver na igreja a. para os fiéis IG 311, mas reprova-se o
costume de reservar lugares especiais para pessoas privadas IG 311.
– no presbitério dispõem-se a. para os sacerdotes concelebrantes IG 207, 294, ou para os
presbíteros que, vestidos com a veste coral, estão na celebração, mas não concelebram
IG 310; o a. do diácono coloca-se junto da cadeira do celebrante IG 174, 310; para os
outros ministros disponham-se os a. de modo a distinguirem-se claramente dos do clero
IG 310.
– na celebração da Eucaristia: coisas a preparar junto ao a. do sacerdote IG 118 a; os con-
celebrantes ocupam os seus a. no princípio da celebração IG 211; depois de ter saudado o
altar, o sacerdote vai para o seu a. IG 124, 211; o sacerdote pode, do a., fazer a homilia IG
136; é de junto do a. que o sacerdote, de mãos juntas, convida os fiéis à oração universal
com uma breve admonição IG 138; depois da Comunhão, o sacerdote pode voltar para
o seu a. IG 164, 183; depois da Comunhão, os concelebrantes, se abandonaram os seus
lugares, voltam para os seus a. IG 246 a-b, 249, 250.
– cf. Cadeira, Cátedra.

ATITUDES CORPORAIS
– as a.c., tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir
que toda a celebração seja bela e de nobre simplicidade, que se compreenda a significação
verdadeira e plena das suas diversas partes e que se facilite a participação de todos IG 42;
nas a.c. deve atender-se ao que está definido pela IGMR e pela tradição do Rito romano,
e ao que concorre para o bem espiritual do povo de Deus, mais do que à inclinação ou
arbítrio particular IG 42; a a. comum do corpo, que todos os participantes na celebração
devem observar, é sinal de unidade dos membros da comunidade cristã reunidos para a
sagrada Liturgia, exprime e favorece os sentimentos e a atitude interior dos participantes
IG 42, 96; compete à Conferência Episcopal definir e modificar os gestos e as a.c. dos
fiéis indicados na Instrução geral e no Ordinário da Missa IG 43, 390.
– na celebração da Eucaristia: quais são as a.c. dos fiéis durante a celebração IG 43; para se
manter a uniformidade das a.c. atenda-se às indicações IG 43, 94; a.c. dos concelebrantes
na liturgia da palavra IG 212; os assentos dos fiéis devem facilitar-lhes as a.c. requeridas
IG 311.
ÍNDICE ANALÍTICO 157

ATRIL
– na Missa com a participação de um só ministro, as leituras, na medida do possível,
proferem-se do ambão ou do a. IG 260.
AVISOS
– no fim da celebração da Eucaristia: IG 166, 184.
ÁZIMO
– cf. Pão.
BANDEJA
– prepara-se na credência IG 118 c.
BAPTISMO
– efeito: por força do B., a participação activa na celebração da Eucaristia constitui direito
e dever dos fiéis IG 18; a bênção e aspersão da água em memória do b. IG 51.
– celebração: na Quaresma prepara-se a celebração do B. AL 27.
– recordação: na Quaresma faz-se a recordação do B. AL 27.
BAPTISMO DO SENHOR
– festa do B.S.: quando se celebra AL 6 b, 38.
BEATOS
– inscrição no calendário: B. a inscrever no calendário diocesano C 52 a, 53, no calendário
religioso C 52 b, 53.
– celebração : como se celebram os B. que figuram juntos no calendário C 57.
BEIJO, BEIJOS
– b. no altar no início da celebração da Eucaristia IG 49, 123, 173, 211, 256, 273; no fim
da celebração da Eucaristia IG 90 d, 169, 186, 251, 272; b. no Evangeliário IG 134, 175,
262, 273; nalguns países, a Conferência Episcopal pode substituir o b. no altar por outro
sinal IG 273.
BÊNÇÃO, BÊNÇÃOS
– na celebração da Eucaristia:
– nos ritos iniciais: b. e aspersão da água, nos domingos IG 51.
– ao Evangelho: b. daquele que lê o Evangelho IG 60; b. do diácono IG 175, 275; nas
celebrações mais solenes, depois da proclamação, o bispo pode dar a bênção ao povo
com o Evangeliário IG 175; na concelebração presidida por um presbítero, o concele-
brante que proclama o Evangelho não pede nem recebe a b. IG 212.
– na apresentação dos dons: se não houver canto nem se tocar o órgão, o celebrante pode,
na apresentação do pão e do vinho, dizer em voz alta as fórmulas de b. IG 142.
– no fim da celebração: b. do povo IG 31, 90 b, 167; como se dá a b. IG 167; se a Missa
é seguida de outra acção litúrgica, omite-se a b. final IG 170; fórmula de b. a usar pelo
bispo (cf. Notitiae 5, 1969, p. 403); a b. pode ser dada pelo bispo se ele não celebrar IG 92;
fórmulas solenes de b. IG 90 b, 167, 185; que diz o diácono quando a b. é solene IG185;
na Missa sem a presença de um ministro ou de um fiel omite-se a b. final IG 254.
158 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– funções litúrgicas confiadas a leigos idóneos, escolhidos pelo pároco, por meio de uma b.
litúrgica IG 107.
– b. dos vasos sagrados IG 333.

BÊNÇÃO DO ABADE
– concelebração na b.A. IG 199 c; cf. também Abade.

BISPO, BISPOS
– calendário: o B. pode determinar o tempo e o modo de celebrar as Rogações e as Quatro
Têmporas (cf. Notitiae 5, 1969, p. 405); no caso de uma necessidade grave pode celebrar-
se, em certos dias, uma Missa apropriada, por ordem ou com licença do B. diocesano IG
374.
– celebração da Eucaristia: o B. diocesano é o moderador, o promotor e o guardião de toda
a vida litúrgica IG 22, 92; nas celebrações presididas pelo B. diocesano, principalmente
na celebração eucarística, manifesta-se o mistério da Igreja IG 22; o B. diocesano deve
procurar que os presbíteros, diáconos e fiéis leigos compreendam sempre profundamente o
genuíno sentido dos ritos e textos litúrgicos IG 22; o B. diocesano deve procurar que cresça
a dignidade das celebrações IG 22; no Missal vão indicadas as adaptações que competem
ao B. diocesano IG 25; faculdades do B. diocesano relativamente à Comunhão sob as
duas espécies IG 283; os B. que não podem celebrar ou concelebrar, podem comungar
sob as duas espécies IG 283 a; adaptações que são da competência do B. diocesano IG
386; como deve ser considerado o B. diocesano IG 387; o B. diocesano deve promo-
ver, dirigir e velar pela vida litúrgica da sua diocese IG 387; esta Instrução confia ao B.
diocesano os encargos de moderar a disciplina da concelebração, de estabelecer normas
sobre a função de servir o sacerdote ao altar, sobre a distribuição da sagrada Comunhão
sob as duas espécies, e sobre a construção e ordenamento dos edifícios da igreja IG 387;
mas aquilo que em primeiro lugar o B. diocesano deve ter em vista é alimentar o espírito
da sagrada Liturgia nos presbíteros, diáconos e fiéis IG 387.
– Eucaristia no domingo: se o B. está presente convém que seja ele a presidir IG 92; B. como
presidente da celebração da Eucaristia IG 112; se o B. diocesano celebra a Eucaristia,
dispõem-se sete candelabros sobre o altar ou perto dele IG 117; o B. concelebra com
os seus presbíteros IG 203; concelebração com o B. por ocasião do Sínodo, da visita
pastoral ou das reuniões sacerdotais IG 204 d; é o B. que regulamenta a disciplina da
concelebração na diocese IG 202; se o B. não celebra, convém que seja ele a presidir à
liturgia da Palavra e a dar a bênção final IG 92; na Missa celebrada pelo B., ou na qual
ele está presente sem celebrar a Eucaristia, observam-se as normas do Cerimonial dos
Bispos IG 112.
– nome do B. diocesano nas Orações eucarísticas IG 149; a fórmula com que se nomeia
o B. diocesano IG 149; de que modo se nomeia o B. a si próprio na Oração eucarística
IG 149; os B. coadjutores: podem nomear-se na Oração eucarística IG 149, fórmula IG
149; os B. auxiliares podem nomear-se na Oração eucarística IG 149, fórmula IG 149;
além dos B. diocesano e dos seus B. Coadjutores e Auxiliares não se nomeiam outros B.
eventualmente presentes IG 149.
– outras celebrações:
– bênção dos santos óleos: na Quinta-Feira da Semana Santa, o B. procede à bênção dos
santos óleos e consagra o crisma AL 31.
ÍNDICE ANALÍTICO 159

– construção de igrejas: o B. diocesano deve recorrer ao conselho e ajuda da Comissão


diocesana de Liturgia e de Arte Sacra IG 291; onde pode colocar-se o sacrário, a juízo do
B. diocesano IG 315.
– cf. também Conferência Episcopal, Ordinário do lugar, Sacerdote.
CADEIRA, CADEIRAS
– para o presidente: a c. do sacerdote celebrante deve significar a sua função de presidente
da assembleia e guia da oração IG 310; por isso, o lugar indicado para a c. é ao fundo do
presbitério, de frente para o povo, a não ser que algumas circunstâncias o desaconselhem IG
310; é conveniente que a c., antes de ser destinada ao uso litúrgico, seja benzida IG 310.
– na celebração da Eucaristia: coisas a preparar junto da c. do sacerdote IG 118 a; depois
de ter saudado o altar, o sacerdote vai para a sua c. IG 124, 211; o diácono vai para
junto da c. juntamente com o sacerdote IG 174; de junto da c. o sacerdote saúda a
assembleia IG 50, faz a homilia IG 136, convida os fiéis à oração universal com uma
breve admonição IG 138; terminada a oração universal, o sacerdote permanece sentado
na c. IG 178, 190; depois da Comunhão o sacerdote pode voltar para a sua c. IG 164,
183; da c. diz a oração depois da Comunhão IG 165, faz os avisos que for conveniente
IG 166, abençoa o povo IG 167, e despede-o IG 168; o acólito deve ocupar um lugar
donde lhe seja fácil desempenhar o seu ministério, junto da c. presidencial IG 189.
– para os ministros e fiéis: deve haver bancos ou c. para os fiéis IG 311.
– na Missa da C. de São Pedro usa-se a cor branca IG 346 a.
– cf. Assento, Cátedra.
CAIXA-CIBÓRIO
– material da c.c. IG 328-329.
CALENDÁRIO, CALENDÁRIOS
– normas universais do c. C 48-61; é conveniente que cada diocese tenha o seu c. IG 394;
a Conferência Episcopal, por seu lado, organize o c. próprio da nação ou, juntamente com
outras Conferências, o c. de uma região mais alargada IG 394; na elaboração do c. há-de
conservar-se e defender-se o mais possível o domingo, como principal dia de festa, que não
deve ser sacrificado a outras celebrações que não sejam de máxima importância IG 394.
– a celebração do ano litúrgico é ordenada pelo c. C 48.; o c. é geral ou particular C 48; c.
a utilizar na celebração da Eucaristia IG 353, 354, 355.
– geral: as celebrações que se inscrevem no c. geral C 49; as celebrações particulares são
inseridas no c. geral C 52.
– Romano geral: aprovação MP (10-12); importância do novo C. Romano geral MP
(10-12).
– particulares: são organizados pela autoridade competente e aprovados pela Sé Apostólica
C 49; contêm as celebrações mais próprias C 49; como é organizado o c. particular C
52; as normas a ter presentes na organização dos c. particulares C 50; por quem devem
ser observadas as celebrações inscritas nos c. particulares C 55; as mudanças fazem-se
com a aprovação da Sé Apostólica C 55; em que dia devem ser inscritas as celebrações
no c. particular C 56; com que grau se devem fazer as celebrações próprias C 54.
– particulares da província, da região, da nação ou de um território mais amplo: podem
ser organizados C 51.
160 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– particulares diocesanos: convém que existam C 51; celebrações a inserir nos c.


diocesanos C 52 a.
– particular de cada igreja: celebrações a inserir nestes c. C 52 c.
– particulares dos religiosos: podem existir para diversas províncias do mesmo território
C 51; celebrações a inserir no c. religioso C 52 b.

CÁLICE
– Cristo tomou o c., pronunciou a acção de graças e deu-o aos discípulos IG 72; os fiéis
recebem a Comunhão do mesmo c. IG 72.
– entre os objectos requeridos para a celebração da Missa, merecem respeito particular os
vasos sagrados e, entre eles, o c. IG 327; o c. serve para oferecer, consagrar e comungar
o vinho IG 327; o c. deve ser fabricado de metal nobre IG 328; se for fabricado de metal
oxidável, ou menos nobre que o ouro, normalmente deve ser dourado por dentro IG 328;
neste caso, dê-se preferência aos materiais que não se quebrem nem deteriorem facilmente
IG 329; a copa do c., destinada a receber o Sangue do Senhor, deve ser de material que não
absorva os líquidos IG 330; o pé do c. pode ser de outro material sólida e digna IG 330.
– na celebração da Eucaristia:
– no início o c. coloca-se na credência IG 118 c, 255, onde é louvável cobri-lo com um
véu IG 118 c; na preparação dos dons o c. coloca-se no altar IG 73, 139, 178, 190, 255;
infusão do vinho e da água no c. IG 142, pelo diácono IG 178; depois de preparar o
c., o sacerdote toma-o com ambas as mãos e sustenta-o um pouco elevado sobre o altar
IG 142; a seguir depõe-o no altar, e, se parecer oportuno, cobre-o com a pala IG 142;
incensação da hóstia e do c. ao serem mostrados ao povo IG 150.
– no fim da Oração eucarística, o sacerdote toma a patena com a hóstia e o c. e , elevando-
os ambos, diz a doxologia IG 151; o c. é segurado pelo diácono durante a doxologia
IG 180; a seguir depõe a patena e o c. sobre o corporal IG 151.
– antes da Comunhão o sacerdote deita uma parte da hóstia no c. IG 83, 155; à Comunhão,
a hóstia consagrada é mostrada ao povo levantando-a um pouco sobre a patena ou sobre
o c. IG 84, 157; depois de comungar o pão, o s. comunga do c. IG 158; é muito para
desejar que os fiéis, nos casos previstos, participem do c. IG 85; não é permitido que
os fiéis tomem, por si mesmos, o c. sagrado IG 160, e menos ainda que o passem entre
si, de mão em mão IG 160; depois da Comunhão, a patena ou a píxide são purificadas
sobre o c. IG 163, e a seguir é purificado o c. e limpo com o sanguinho IG 163; o diácono
ministra ao c. IG 171 b, 179; rito da Comunhão do Sangue de Cristo bebendo do cálice
IG 286-287, na concelebração IG 245, 246, 248; na Comunhão ao c. é o diácono que o
ministra IG 182, ou o acólito IG 191; na Comunhão sob as duas espécies habitualmente
é o diácono quem ministra ao c., ou, na sua ausência, o presbítero; ou também o acólito
devidamente instituído ou outro ministro extraordinário da Comunhão; ou o fiel a quem
se chama para este ofício em cada caso IG 284 a; purificação do c. IG 183, 192, 247,
248, 249, 270, como se faz IG 163, 279; preveja-se um c. de tamanho suficiente ou
vários c. quando a Comunhão se faz directamente do c. 285 a.

CAMPAINHA
– um pouco antes da consagração, se parecer oportuno, o ministro pode chamar a atenção
dos fiéis com um toque de c. IG 150, que pode tocar-se também a cada elevação, segundo
os costumes locais IG 150.
ÍNDICE ANALÍTICO 161

CANDELABROS
– cf. Castiçais.

CÂNONE
– c. da Missa: cf. Oração eucarística.
– c. romano: no Ocidente manteve uma forma fixa CA (6); o Concílio de Trento condenou
quem sustentasse que devia ser rejeitado o uso de recitar em voz baixa o c.r. IG 11;
como se recita o c.r. IG 209-225; faz-se inclinação profunda às palavras Humildemente
Vos suplicamos do c.r. IG 275 b; quando pode usar-se o c.r. IG 365 a; cf. Oração
eucarística I

CÂNTICO, CÂNTICOS
– o Apóstolo exorta os fiéis a unir as suas vozes para cantar c. espirituais IG 39; quando o
sacerdote faz intervenções presidenciais, não se há-de ouvir nenhum c. IG 32; a voz deve
adaptar-se aos textos do género c. IG 38; os c. intercalares executam-se entre as leituras
IG 55; o povo faz sua a palavra com os c. IG 55; pertence ao salmista proferir o c. bíblico
que vem entre as leituras IG 102; há diversos géneros de c. IG 103, 104; a importância
da escolha dos c. para a eficácia da celebração IG 352; não é permitido substituir os c.
do Ordinário da Missa por outros c. IG 366; normas a seguir na escolha de vários c. IG
367; c. intercalares nas Missas para diversas circunstâncias IG 370.
– na celebração da Eucaristia: os fiéis estão de pé desde o início do c. de entrada e durante
o c. do Aleluia que precede o Evangelho IG 43; convém que as procissões que têm lugar
durante a celebração da Missa se realizem enquanto se executam os c. respectivos IG 44;
pertence à Conferência Episcopal definir os textos dos c. de entrada, da apresentação dos
dons e da Comunhão IG 390.
– c. de entrada: acompanha um rito IG 37 b, os fiéis estão de pé desde o início do c. IG
43; quando se canta o c. de entrada IG 44, 47, 121; finalidade IG 47; como se canta IG
48; se não há c. de entrada recita-se a antífona IG 48, 198; terminado o c. de entrada
todos os fiéis fazem o sinal da cruz IG 50, 124; escolha IG 367; pertence à Conferên-
cia Episcopal definir e aprovar o respectivo texto IG 48, 390; cf. também Antífona de
entrada.
– c. antes do Evangelho: quando se canta IG 44; canta-se o Aleluia ou outro c. IG 62,
131, 175, 261; enquanto se canta, o sacerdote impõe e benze o incenso IG 132.
– c. do ofertório: acompanha um rito 37 b; a procissão em que se levam os dons é acom-
panhada do c. do ofertório IG 74; quando começa IG 139; como se executa IG 74; o
rito do ofertório pode ser sempre acompanhado de canto, mesmo sem procissão dos dons
IG 74; se não houver c. do ofertório o sacerdote pode dizer em voz alta as fórmulas de
bênção IG 142; pertence à Conferência Episcopal definir e aprovar o respectivo texto
IG 390.
– c. da fracção: acompanha um rito 37 b; canta-se ou recita-se durante a fracção e a
immixtio IG 155.
– c. da Comunhão: quando se inicia IG 86; que deve exprimir IG 86; até quando se
prolonga IG 86; se há c. depois da Comunhão, deve terminar a tempo IG 86; o que
pode cantar-se IG 87; se não houver c. da Comunhão, pode recitar-se a antífona IG
198; pertence à Conferência Episcopal definir e aprovar o respectivo texto IG 390.
162 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– c. depois da Comunhão: constitui um rito por si mesmo IG 37 a; o que pode cantar-se


IG 88, 164
– cf. também Antífonas, Canto.
CANTO, CANTOS
– importância do c. IG 39-41; o c. é sinal de alegria do coração IG 39; o c. dos fiéis exprime a
unidade IG 96; as palavras “dizer” ou “proferir” devem ser entendidas como referentes quer
ao canto quer à simples recitação IG 38; deve fazer-se um grande uso do c. na celebração
da Missa IG 40; deve procurar-se com todo o cuidado que não falte o c. dos ministros e
do povo nos domingos e festas de preceito IG 40; em igualdade de circunstâncias, dê-se
a primazia ao c. gregoriano IG 41; as adaptações consistem, muitas vezes, na escolha dos
c. IG 24; uma das funções do coro é animar a participação activa dos fiéis no c. IG 103;
é conveniente que haja um cantor ou mestre de coro encarregado de dirigir e sustentar o
c. do povo IG 104; o órgão e os outros instrumentos musicais legitimamente aprovados
sejam colocados num lugar apropriado, de modo a poderem apoiar o c. IG 313; no tempo
da Quaresma só é permitido o toque do órgão e dos outros instrumentos musicais para
sustentar o c. IG 313; a versão dos textos destina-se, em primeiro lugar, à proclamação
ou ao canto no acto da celebração IG 392; tendo em conta o lugar importante do c. na
celebração, pertence à Conferência Episcopal aprovar melodias apropriadas IG 393.
– na celebração da Eucaristia: IG 40, 115; na Missa conventual ou “da comunidade” IG
114; escolha dos c. para a celebração IG 367; o c. deve corresponder à comunidade que
celebra IG 352; na concelebração, as fórmulas a dizer simultaneamente por todos os
concelebrantes, e que vêm musicadas no Missal, é de louvar que sejam proferidas com c.
IG 218.
– junto da cadeira do sacerdote prepare-se, eventualmente, o livro do c. IG 118 a.
– o Kyrie, eleison é um c. em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia
IG 52.
– entre as leituras: IG 61-64, 131-132, 135, 261; pelo c. entre as leituras o povo faz
sua a palavra divina IG 55; resposta à Palavra de Deus IG 55; escolha IG 367; os c.
intercalares das férias podem usar-se nas Missas para diversas circunstâncias IG 370;
são proferidos pelo salmista IG 102.
– aclamação antes do Evangelho: IG 62-64, 131-132, 175, 261; é um c. em que a assem-
bleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que lhe vai falar, e professa a sua fé por meio
do c. IG 62.
– do Símbolo: como se faz IG 68.
– do ofertório: IG 74, 139; o rito do ofertório pode ser sempre acompanhado de c., mesmo
sem procissão dos dons IG 74; escolha IG 367; cf. também Antífona do ofertório.
– pertence à Conferência Episcopal definir e aprovar os textos do c. da apresentação dos
dons IG 390.
– da Oração eucarística IG 147; é muito conveniente que o sacerdote cante as partes
musicadas da Oração eucarística IG 147.
– da oração dominical com invitatório, embolismo e doxologia IG 81.
– da fracção do pão; cf. «Cordeiro de Deus».
– da Comunhão: IG 87; começa a cantar-se enquanto sacerdote recebe a Comunhão IG
159; a sua escolha IG 367; pertence à Conferência Episcopal definir e aprovar os textos
do c. da Comunhão IG 87; cf. também Antífona da Comunhão.
ÍNDICE ANALÍTICO 163

– depois da Comunhão: IG 88.


– cf. também Aleluia, Antífona da Comunhão, Cântico, Tracto.
CANTOR, CANTORES
– na celebração da Eucaristia: é conveniente que haja um cantor ou mestre de coro IG 104;
atribuições IG 104; em qualquer celebração da Missa convém que o sacerdote celebrante
seja assistido normalmente por um c. IG 116; antes da celebração, o c. deve saber per-
feitamente quais os textos que vão ser utilizados IG 352; c. para o cântico de entrada IG
48; c. para a aclamação Kyrie, eleison IG 52; c. para o canto do Glória IG 53; c. para os
cânticos entre as leituras IG 61-62 c; c. para o salmo depois da primeira leitura IG 129;
c. para o Símbolo IG 68; o c. pode proferir as intenções da oração universal IG 71, 138;
c. para o Cordeiro de Deus IG 83; c. para a Comunhão IG 87; procure-se que também
os c. possam comungar comodamente IG 86.
– cf. também Coro litúrgico, Grupo coral.
CÂNULA
– na concelebração IG 245.
CAPA DE ASPERGES
– nas procissões e outras celebrações litúrgicas usa-se a c.a. IG 341.

CAPELA
– o sacrário para o Santíssimo Sacramento pode colocar-se, dentro da igreja, nalguma c.
adequada à adoração e oração privada dos fiéis IG 315 b.
– cf. também Edifícios sagrados, Igreja (edifício), Oratório.

CARTA APOSTÓLICA
– c.a. pela qual se aprovam as normas gerais sobre o ano litúrgico e o novo Calendário
Romano MP (1-13).

CASTIÇAIS
– colocam-se sobre o altar ou perto dele IG 117, em sinal de veneração e de celebração
festiva e de modo a não impedir os fiéis de verem facilmente o que no altar se realiza ou
o que nele se coloca IG 307; na procissão de entrada IG 117, 120 b, 188; põem-se sobre
o ou junto dele IG 122; podem levar-se na procissão do Evangelho IG 133, 175.
– cf. também Círios, Velas.

CASULA
– para o sacerdote IG 119 a, 336, 337; pode não ser usada pelos concelebrantes IG 209; c.
sem alva (cf. Notitiae 9, 1973, p. 96-98).

CATECUMENADO
– cf. Iniciação cristã.

CÁTEDRA
– cf. Assentos, Cadeira.
164 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

CATEQUESE
– valor catequético da celebração da Eucaristia IG 11; o Concílio de Trento já inculcava
uma c. eucarística IG 11; a língua vernácula na Liturgia é um instrumento de grande im-
portância para exprimir mais claramente a catequese do mistério contida na celebração IG
13; sempre haverá necessidade de alguma c. acerca do sentido bíblico e cristão de certas
palavras e expressões IG 392.
CEIA DO SENHOR
– o povo cristão presta culto peculiar de adoração ao Sacramento da Eucaristia, na Quinta-
Feira da C.S. IG 3; é da máxima importância que a celebração da Missa ou C.S. de tal
modo se ordene que ministros sagrados e fiéis, participando nela cada qual segundo a
sua condição, dela colham os mais abundantes frutos IG 17; na Missa ou C.S., o povo
de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do sacerdote que actua na pessoa de
Cristo, para celebrar o memorial do Senhor ou sacrifício eucarístico IG 27; recomenda-se
a concelebração na Missa vespertina da C.S. IG 199 a, 203; na Quinta-feira da C.S. não
é permitido celebrar os ritos sagrados de modo individual IG 199; quem tiver celebrado
ou concelebrado a Missa crismal na Quinta-feira da Semana Santa, pode celebrar ou
concelebrar também a Missa vespertina da C.S. IG 204 a; a Igreja utilizou sempre o pão
e o vinho com água para celebrar a C.S. IG 319.
– cf. Última Ceia.
CELEBRAÇÃO LITÚRGICA
– a reforma prestou atenção a certos aspectos da c.l. insuficientemente valorizados no decur-
so dos séculos IG 5; a c.l. tem natureza eclesial IG 19; é acção de Cristo e da Igreja IG
19; realiza-se por meio de sinais IG 20; a c.l. é regulada pela Instrução Geral do Missal
Romano IG 21; sob a orientação do reitor da igreja, deve fazer-se a preparação prática
de cada c.l. IG 111; disposição do presbitério para a c.l. IG 295-310.
– c.l. particulares a inserir no calendário geral C 52.

CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA
– a c.E. é acção de toda a Igreja IG 5, na qual cada um intervém fazendo tudo e só o que lhe
compete, conforme a sua posição dentro do povo de Deus IG 5; é da maior importância
para a Igreja particular IG 22; toda a legítima c.E. é dirigida pelo Bispo IG 92; convém
que a participação dos fiéis se manifeste pela oferta quer do pão e do vinho destinados
à c.E., quer de outros dons destinados às necessidades da Igreja e dos pobres IG 140;
disposição e adorno das igrejas DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJASpara a c.E.
IG 288-318; para a c.E., o povo de Deus reúne-se normalmente na igreja ou, quando esta
falta ou é insuficiente, num lugar decente e que seja digno de tão grande mistério IG 288;
o presbitério deve ser suficientemente espaçoso para que a c.E. se desenrole comodamente
e possa ser vista IG 295; a c.E. em lugar sagrado faz-se sobre o altar IG 297; fora do lugar
sagrado, também pode ser celebrada sobre uma mesa adequada, coberta sempre com uma
toalha e o corporal, e com a cruz e os candelabros IG 297; entre os objectos requeridos
para a c.E., merecem respeito particular os vasos sagrados e, entre eles, o cálice e a patena
IG 327; a diversidade de funções na c.E. é significada externamente pela diversidade das
vestes sagradas IG 335; nos funerais devem ter-se em conta os que não são católicos,
ou são católicos que nunca ou quase nunca tomam parte na c.E., ou parecem até terem
perdido a fé IG 385; cf. Eucaristia (Celebração da)
ÍNDICE ANALÍTICO 165

CELEBRAÇÃO DA MISSA
– de futuro, o novo Missal vai ser usado pela Igreja do Rito romano na c.m. IG 1; o mistério
admirável da presença real do Senhor sob as espécies eucarísticas é claramente expresso
na c.m. IG 3; o Concílio de Trento já tinha reconhecido o grande valor catequético que
encerra a c.m. IG 11; o Concílio de Trento ordenou a explicação dos textos lidos na c.m.
IG 11; a c.m. é o centro de toda a vida cristã IG 16; na c.m. culmina toda a santificação
do mundo e todo o culto de adoração ao Pai IG 16; na c.m. comemoram-se os mistérios
da Redenção IG 16; da c.m. derivam e a ela se ordenam todas as outras acções sagradas
IG 16; a c.m. do Bispo da diocese deve ser exemplar IG 22; lembre-se o sacerdote que
ele próprio é servidor da sagrada Liturgia, e que não lhe é permitido, por sua livre inicia-
tiva, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for na c.m. IG 24; na c.m. perpetua-se o
sacrifício da cruz IG 27; Cristo está realmente presente na c.m. IG 27; a c.m. é celebração
comunitária IG 34; grau de participação activa por parte da assembleia dos fiéis, que se
exige em todas as formas de c.m. IG 35; deve fazer-se um grande uso do canto na c.m.
IG 40; na c.m. com povo, as leituras proclamam-se sempre do ambão IG 58; na c.m.,
os fiéis constituem a nação santa, o povo resgatado, o sacerdócio real, para dar graças a
Deus e oferecer a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também junta-
mente com ele, e para aprenderem a oferecer-se a si mesmos IG 95; as diversas formas
de c.m. IG 112-287; em qualquer forma de c.m., estando presente um diácono, este deve
desempenhar o seu ministério IG 116; em qualquer forma de c.m. convém ainda que o
sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um acólito, um leitor e um cantor IG
116; terminada a c.m. os ministros, juntamente com o diácono e o sacerdote, voltam pro-
cessionalmente à sacristia IG 193; algumas normas geraisIV. Algumas normas gerais para
todas as formas de c.m. IG 273-284; se o sacrário com o Santíssimo Sacramento estiver no
presbitério, todos genuflectem, quando chegam ao altar, ou quando se afastam dele, não,
porém, durante a própria c.m. IG 274; quando pode usar-se o incenso em qualquer forma
de c.m. IG 276; sobre a mesa do altar, apenas se podem colocar as coisas necessárias para
a c.m. IG 306; à Conferência Episcopal compete prestar atenção particular às traduções
dos textos bíblicos utilizados na c.m. Missa IG 391.
– participação: ministros e fiéis participam nela de modo diverso IG 17; a p. do sacristão,
que prepara tudo o que é preciso para a celebração da Missa IG 105 a.
– finalidade IG 17; condições para atingir a finalidade IG 18.
– casos em que é permitido celebrar ou concelebrar a Missa mais de uma vez no mesmo dia
IG 204.
– coisas necessárias para a c.m.: o pão e o vinho IG 319-324; alfaias sagradas em geral IG
325-326; os vasos sagrados IG 327-334; as vestes sagradas IG 335-347; outras alfaias
destinadas ao uso da Igreja IG 348-351.
– cf. também Eucaristia (celebração da), Missa (celebração da).
CEROFERÁRIOS
– levam os círios na procissão de entrada IG 120 b.
CÍNGULO
– uso do c. IG 119, 336.
CINZAS
– a imposição das c. faz-se na Quarta-Feira do início da Quaresma AL 29; as c. podem
impor-se fora da celebração da Eucaristia (cf. Notitiae 10, 1974, p. 80).
166 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– Quarta-Feira de Cinzas: é o início da Quaresma AL 28; é dia de jejum em toda a parte


AL 29; tem a preferência sobre todas as outras celebrações AL 16 a; na Quarta-Feira
de C. são proibidas as memórias facultativas IG 355, as Missas rituais IG 372, as Missa
apropriadas, mesmo por ordem ou com licença do Bispo diocesano IG 374; não podem
celebrar-se algumas Missas de defuntos IG 381.
CÍRIOS
– material de que podem ser feitos (cf. Notitiae 10, 1974, p. 80).
– na celebração da Eucaristia: preparam-se os c. IG 119; levam-se na procissão de entrada
IG 100, 117, 120 b, 188; os ministros que levam os c., ao passarem em procissão diante
do Santíssimo, em vez de genuflectirem fazem uma inclinação de cabeça IG 274; os c.
põem-se sobre o altar ou junto dele IG 117, 122, em sinal de veneração e de celebração
festiva e de modo a não impedir os fiéis de verem facilmente o que no altar se realiza ou
o que nele se coloca IG 307; c. na procissão do Evangelho IG 133, 175.
– cf. também Castiçais, Velas.
COINCIDÊNCIA
– c. de celebrações C 60-61; c. de Vésperas C 61.
– cf. também Ocorrência, Vésperas.
COLECTA
– na celebração da Eucaristia: IG 46, 127, 259; escolha da c. IG 363; nalguns dias só se
pode dizer a c. da memória IG 355 a.
– é oração presidencial IG 30; é sempre única IG 54; como se diz e se conclui IG 54; como
se profere IG 32; todos estão de pé até ao fim da c. IG 43; terminada a c. todos se sentam
IG 128.
COLHERINHA
– na concelebração IG 245.
COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS
– na tabela dos dias litúrgicos C 59; nesse dia, todos os sacerdotes podem celebrar ou
concelebrar três Missas IG 204 d; nesse dia são proibidas as Missas rituais IG 372, e as
Missas apropriadas, mesmo com licença ou por ordem do Bispo diocesano IG 374.
COMENTADOR
– ofício do comentador na celebração da Eucaristia IG 105 b; onde deve colocar-se IG 105
b; pode ser exercido por uma mulher leiga IG 107; antes da celebração, o c. deve saber
perfeitamente quais os textos que vão ser utilizados IG 352.
COMISSÃO DE LITURGIA E ARTE SACRA
– o Bispo diocesano recorrerá ao conselho e ajuda da C.L.A.S. sempre que tenha de esta-
belecer normas sobre construção, reparação e adaptação de edifícios sagrados, aprovar
projectos ou decidir questões de certa importância IG 291.
«COMMUNICANTES»
– textos próprios IG 365 a; convém confiar o c. a um ou outro dos concelebrantes IG 220.
COMUM DOS SANTOS
– foram revistos os c.s. CA (11).
ÍNDICE ANALÍTICO 167

COMUNHÃO
– pelas intercessões, na Oração eucarística, exprime-se a c. com toda a Igreja IG 79 g.
– a finalidade dos ritos iniciais da Eucaristia é estabelecer a c. IG 47, 48.
COMUNHÃO EUCARÍSTICA
– efeito: pela C.e. o povo de Deus consolida-se na unidade IG 5; mesmo sob uma única
espécie, é Cristo todo inteiro que se recebe 282; quem receber uma só das duas espécies
não fica privado de qualquer graça necessária à salvação 282.
– na celebração da Eucaristia: o Concílio incitou à C.e. em cada Missa IG 13; pela C.e.
recebe-se o Corpo e o Sangue de Cristo IG 72; a C.e. nas Missas de defuntos IG 383.
– rito: foi simplificado CA (7); descrição do rito IG 80; o rito na concelebração IG 199-
251.
– do sacerdote: preparação privada do sacerdote para a C.e. IG 84, 156, 241, 268; a C.e.
do sacerdote celebrante IG 158, 227.
– dos fiéis: C.e. dos fiéis na concelebração IG 246 a; C.e. dos fiéis em cada Missa IG 13,
e com hóstias consagradas na mesma Missa IG 85; não é permitido que os fiéis tomem,
por si mesmos, o pão consagrado nem o cálice sagrado IG 160; os fiéis comungam de
joelhos ou de pé, segundo a determinação da Conferência Episcopal IG 160; quando
comungam de pé, recomenda-se que façam a devida reverência estabelecida pela Con-
ferência Episcopal IG 160; pertence à Conferência Episcopal definir as adaptações a
introduzir no modo de receber a sagrada Comunhão IG 390.
– sob a espécie do pão: IG 160; descrição do rito IG 161; na concelebração IG 244.
– sob a espécie do vinho: na concelebração IG 245-249.
– sob as duas espécies IG 383-287.
– é permitida, além dos casos expostos nos livros rituais, nalguns específicos: aos sacer-
dotes que não podem celebrar ou concelebrar a Missa IG 283 a; ao diácono e àqueles
que desempenham algum ofício na Missa IG 283 b; aos membros das comunidades
religiosas na Missa conventual ou “da comunidade”, aos alunos dos seminários e a
todos os que fazem exercícios espirituais ou participam numa reunião espiritual ou
pastoral IG 283 c.
– normas autorizadas pelo Concílio IG 14; o Bispo diocesano pode definir normas acerca
da Comunhão sob as duas espécies e permitir essa maneira de comungar sempre que
tal pareça oportuno aos párocos IG 283, 387; é recebida pelo diácono IG 182.
– rito: é a forma mais plena de comungar IG 281; é recomendada nos casos previstos
IG 85; os fiéis devem ser bem instruídos e não deve haver perigo de profanação do
Santíssimo IG 283; a Conferência Episcopal pode dar normas quanto ao modo de
distribuir a Comunhão sob as duas espécies e quanto ao alargamento da autorização
IG 283; o que eventualmente sobrar do Sangue é consumido no altar pelo sacerdote,
ou pelo diácono, ou pelo acólito instituído, que ministrou ao cálice IG 284 b; as
coisas a preparar IG 285; descrição do rito IG 161, 286-287.
– ministros: diácono IG 94, 182, 284 a; acólito IG 98, 191, 284 a; ministro extraordi-
nário que não seja acólito IG 100, 284 a; fiel chamado para este ofício em cada caso
IG 284 a.
– distribuição da c. por vários ministros leigos chamados pelo sacerdote IG 162; quem
podem ser esses ministros leigos IG 162; esses ministros aproximam-se do altar
depois de o sacerdote ter comungado IG 162; recebem sempre da mão do sacerdote
celebrante o vaso com as espécies eucarísticas a distribuir aos fiéis IG 162.
168 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

COMUNIDADE
– orações pela c. da nações no Missal IG 15; como presidente, o sacerdote pronuncia as
orações em nome da Igreja e da comunidade reunida IG 33; as aclamações e as respostas
dos fiéis constituem aquele grau de participação activa que se exige em todas as formas
de celebração da Missa para que exprima e estimule a acção de toda a c. IG 35; a atitude
comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal de
unidade dos membros da c. cristã IG 42; pela saudação, o presidente faz sentir à c. reunida
a presença do Senhor IG 50; o acto penitencial é feito por toda a c. IG 51; o último grupo
de intenções da oração universal é pela c. local IG 70 d; as intenções devem exprimir a
súplica de toda a c. IG 71; a Oração eucarística é dirigida pelo sacerdote a Deus Pai, em
nome de toda a c. IG 78; no embolismo do Pai-Nosso pede-se para toda a c. dos fiéis a
libertação do poder do mal IG 81; tenha-se em grande apreço a Missa celebrada com
uma c., sobretudo com a c. paroquial 113; a Missa da c. ocupa lugar de relevo IG 114;
nessa Missa os membros da c. podem comungar sob as duas espécies IG 283 c; ao Bispo
diocesano é dada a faculdade de permitir a comunhão sob as duas espécies ao sacerdote a
cujos cuidados pastorais a c. está confiada IG 283; no que se refere às imagens, procure
atender-se à piedade de toda a c. IG 318.
CONCELEBRAÇÃO
– teologia: a c. do bispo e do seu presbitério é da máxima importância, não para aumentar
a solenidade externa, mas para significar de forma mais clara o mistério da Igreja IG 92;
o significado da c. dos presbíteros com o seu bispo IG 203.
– disciplina: pertence ao bispo regulamentar e moderar a c. nas igrejas e oratórios da sua
diocese IG 202, 387; nos casos em que o número de sacerdotes seja muito grande, pode
fazer-se mais que uma c. no mesmo dia, mas a horas diferentes ou em lugares sagrados
diversos IG 201; deve ter-se em consideração especial a c. em que os presbíteros de
alguma diocese concelebrem com o seu Bispo, particularmente na Missa estacional nos
dias mais solenes do ano litúrgico, na Missa da ordenação do novo Bispo da diocese ou
do seu Coadjutor ou Auxiliar, na Missa crismal, na Missa vespertina da Ceia do Senhor,
nas celebrações do Santo Fundador da Igreja local ou do Padroeiro da diocese, nos ani-
versários do Bispo e finalmente por ocasião do Sínodo ou da visita pastoral IG 203; pelo
mesmo motivo, recomenda-se a c. todas as vezes que os presbíteros se encontram reunidos
com o seu Bispo IG 203; casos especiais em é permitido concelebrar mais de uma vez no
mesmo dia IG 204: quem tiver celebrado ou concelebrado na Missa crismal na Quinta-feira
da Semana Santa, pode também celebrar ou concelebrar a Missa vespertina da Ceia do
Senhor IG 204 a; quem tiver celebrado ou concelebrado a Missa da Vigília pascal pode
celebrar ou concelebrar a Missa do dia de Páscoa IG 204 b; no Natal do Senhor, todos
os sacerdotes podem celebrar ou concelebrar três Missas, contanto que sejam nas horas
correspondentes IG 204 c; no dia da Comemoração de todos os fiéis defuntos, todos os
sacerdotes podem celebrar ou concelebrar três Missas IG 204 d; quem concelebrar com o
Bispo ou seu delegado por ocasião do Sínodo, d visita pastoral ou de reuniões sacerdotais,
pode também celebrar outra Missa para utilidade dos fiéis IG 204 e; o mesmo se diga das
reuniões dos religiosos IG 204 e (cf. Notitiae 5, 1969, p. 403); c. na Missa conventual e
principal IG 199, na Missa conventual ou “da comunidade” IG 114; concelebração dos
religiosos com o próprio Bispo ou seu delegado IG 204.
– rito da c.: a elaboração do novo rito da c. foi determinada pelo Concílio CA (3); como
se ordena IG 205; descrição do rito da c. IG 199-251; ninguém deve ser admitido à c.
ÍNDICE ANALÍTICO 169

depois de começada a Missa IG 206; as coisas a preparar para a c. IG 207; funções do


diácono e dos outros ministros na c. IG 208; como se proferem as Orações eucarísticas
na c. IG 216-236; se na c. não estiverem presentes outros ministros, as partes que lhes
pertencem podem ser entregues a outros fiéis idóneos, ou então serão desempenhadas por
alguns concelebrantes IG 208.
CONCELEBRANTE, CONCELEBRANTES
– habitualmente a homilia deve ser feita pelo sacerdote celebrante ou por um sacerdote c.
IG 66, 213; o sacerdote parte o pão eucarístico com a ajuda, se for o caso, do diácono ou
de um c. IG 83; sempre que o Bispo está presente na Missa com o povo reunido, convém
sumamente que seja ele próprio a celebrar a Eucaristia, associando a si os presbíteros,
como c. IG 92; convém que os presbíteros presentes na celebração eucarística participem
como c. IG 114.
– lugar dos c.: no presbitério, para a concelebração, devem preparar-se assentos para os
sacerdotes c. IG 207 a, 294, 310; mas se o número dos c. for grande, disponham-se os
assentos noutra parte da igreja, mas perto do altar IG 294.
– concelebração quando não estão presentes alguns ministros: se na concelebração não estiver
presente o diácono, as funções que lhes são próprias serão realizadas por um dos c. IG
208; se não estiverem presentes outros ministros, as partes que lhes pertencem poderão
ser desempenhadas por alguns c. IG 208.
– outras circunstâncias da concelebração: os c. revestem-se, na sacristia ou noutro lugar
apropriado, com as vestes sagradas que costumam usar quando celebram Missa individu-
almente IG 209; quando o número dos c. é grande e faltam paramentos para todos, os c.
podem, com excepção sempre do celebrante principal, revestir apenas a estola por cima
da alva, sem a casula ou planeta IG 209.
– os c. na concelebração:
– os c. nos ritos iniciais e na liturgia da palavra: na procissão de entrada os sacerdotes
c. vão à frente do celebrante principal IG 210; chegando ao altar, os c. fazem uma
inclinação profunda, beijam os altar e vão ocupar os lugares que lhes estão destinados
IG 211; durante a liturgia da palavra os c. estão nos seus lugares, sentados ou de pé,
conforme estiver o celebrante principal IG 212; o Bispo abençoa o c. que vai proclamar
o Evangelho IG 212; na concelebração presidida por um presbítero, o c. que proclama
o Evangelho não pede nem recebe a bênção do celebrante principal IG 212.
– os c. na liturgia eucarística: durante a preparação dos dons, os c. permanecem nos seus
lugares IG 214; depois de o celebrante principal ter dito a oração sobre as oblatas, os
c. aproximam-se do altar e dispõem-se ao seu redor, de tal forma que não dificultem o
desenrolar dos ritos, a acção sagrada seja facilmente vista pelos fiéis e não dificultem ao
diácono o acesso ao altar IG 215; o diácono colocar-se-á um pouco atrás dos sacerdotes
c. IG 215; o Sanctus é cantado ou recitado por todos os c. IG 216; terminado o Sanctus,
os sacerdotes c. continuam a Oração eucarística na forma que o missal indica IG 217;
as partes da Oração eucarística proferidas simultaneamente por todos os c., devem ser
recitadas pelos c. em voz baixa IG 218; as fórmulas a dizer simultaneamente por todos
os c., e que vêm musicadas no missal, é de louvar que sejam proferidas com canto IG
218; convém confiar o memento dos vivos a um ou outro dos sacerdotes c. IG 220, 228;
o mesmo se diga do Communicantes IG 220; as partes que os c. dizem ao mesmo tempo
IG 222, 227, 230, 233; convém confiar o memento dos defuntos a um ou outro dos
sacerdotes c. IG 223, 228; o mesmo se diga do Nobis quoque peccatoribus IG 223; às
170 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

palavras E a nós pecadores, todos os c. batem no peito IG 224; as intercessões convém


confiá-las a um ou outro dos c. IG 231, 234; a doxologia final da Oração eucarística é
dita, se parecer bem, por todos os c. juntamente com o celebrante principal IG 236.
– os c. nos ritos da Comunhão e nos ritos de conclusão: todos os c. dizem, de braços abertos,
a oração dominical IG 237; todos os c. dizem a aclamação Vosso é o reino IG 238; na
ausência do diácono, um dos c. diz a admonição Saudai-vos na paz de Cristo IG 239;
alguns dos c. podem ajudar o celebrante principal a partir as hóstias para a Comunhão
IG 240; são várias as formas de os c. tomarem o Corpo de Cristo em suas mãos IG 242;
todos os c. dizem Senhor, eu não sou digno IG 243; maneira de os c. comungarem o
Corpo de Cristo IG 244, 248, 249; são várias as formas de os c. comungarem o Sangue
de Cristo IG 246 a, 246 b, 248, 249; se for preciso, alguns dos c. ajudam o diácono a
beber tudo o que resta do Sangue de Cristo IG 247; se a Comunhão for por intinção,
um dos c. dá a comunhão ao diácono IG 249; se for preciso, alguns c. ajudam a levar
os vasos sagrados para a credência IG 249; depois da Comunhão os c. permanecem nos
seus lugares IG 250; os c., antes de se retirarem, fazem todos uma inclinação profunda
ao altar IG 251;
CONCÍLIO, CONCÍLIOS
– a concelebração eucarística nos c. IG 199.
– c. Vaticano II: IG 1, 2, 3, 6, 10, 12, 13, 14, 15, 386, 394, 398.
– c. de Trento: IG 2, 3, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 282.
CONCLUSÃO
– c. longa e breve das orações IG 54.
– o rito de c. da Missa consta de: notícias breves se forem necessárias, saudação e bênção
do sacerdote, despedida da assembleia, feita pelo diácono ou pelo sacerdote, beijo no altar
por parte do sacerdote e do diácono e depois inclinação profunda ao altar por parte do
sacerdote, do diácono, e dos outros ministros IG 90.
CONFERÊNCIA EPISCOPAL
– as adaptações que requerem maior coordenação, devem ser determinadas, segundo as
normas do direito, pela Conferência Episcopal IG 388: em primeiro lugar, preparar e
aprovar, na língua vernácula, a edição do Missal Romano IG 389; definir as adaptações
que hão-de introduzir-se no próprio Missal IG 390; prestar atenção particular às tradu-
ções dos textos bíblicos utilizados na celebração da Missa IG 391; preparar com grande
cuidado as traduções dos outros textos, para que se ofereça plena e fielmente o sentido
do primitivo texto latino IG 392; aprovar melodias apropriadas, sobretudo para os textos
do Ordinário da Missa, para as respostas e aclamações do povo e para os ritos especiais
que ocorrem durante o ano litúrgico IG 393; pronunciar-se sobre quais as formas musi-
cais, melodias e instrumentos musicais que é lícito admitir no culto divino, desde que se
adaptem ou possam adaptar ao uso litúrgicos IG 393; organizar o calendário próprio da
nação, indicando os dias das Rogações e das Quatro Têmporas, assim como o modo de
as celebrar e os textos, tendo em vista outras determinações específicas IG 394; propor à
Sé Apostólica, adaptações e diversidades mais profundas, se a participação dos fiéis e o
seu bem espiritual as exigirem, observando previamente as etapas e exigências propostas
pela própria Instrução IG 395-398; modo de agir da C.E. quando pretenda propor à Sé
Apostólica adaptações mais profundas das celebrações litúrgicas, de acordo com o art. 40
da Constituição sobre a sagrada Liturgia IG 395.
ÍNDICE ANALÍTICO 171

– outras adaptações que a Conferência Episcopal deve determinar: aprovar o texto dos cânticos
de entrada IG 48, 390, e da Comunhão IG 87, 390; julgar dos materiais da mesa do altar
IG 301, 390; das alfaias IG 326, 390; dos vasos sagrados IG 390; das vestes litúrgicas
IG 343, 390; das adaptações das formas das vestes litúrgicas IG 342, 390; das cores das
vestes litúrgicas IG 346, 390; adaptar os gestos e atitudes do corpo IG 43, 390; estabelecer
o sinal de veneração do altar e do Evangeliário IG 273, 390; transferir a solenidade de S.
José C 56 f; determinar o tempo e o modo de celebrar as Rogações e as Quatro Têmporas
AL 46, IG 394; determinar onde vão indicadas no Missal as adaptações que competem
à própria C.e. IG 25, 390; estabelecer normas mais adequadas para a celebração da Eu-
caristia IG 388-393; indicar as adaptações a fazer às leituras em casos especiais IG 362,
390; determinar como há-de fazer-se o rito da paz IG 82, 390; determinar outros casos,
além dos previstos, em que se possa comungar sob as duas espécies IG 283, 390.
– cf. também Bispo, Ordinário do lugar, Sacerdote.

CONFISSÃO
– a c. geral dos pecados no início da Missa IG 51.

CONSAGRAÇÃO
– na Oração eucarística IG 79 d; os fiéis estão de joelhos durante a c., excepto se razões de
saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a
isso obstarem IG 43; aqueles que não estão de joelhos durante a c., fazem uma inclinação
profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a c. IG 43.
– cf. também altar, cálice, igreja, vasos sagrados.

CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA
– C.A. que promulga o Missal Romano CA (1-14).

CONVITE
– na celebração da Eucaristia: c. à oração antes da colecta IG 54, 127, 259; silêncio a seguir
ao c. à oração IG 45, 54, 127, 259; c. antes da oração dominical IG 81; c. a dar a paz
IG 154, 181, 239; c. à Comunhão eucarística IG 84, 157, 243, 268; c. à oração antes da
oração depois da Comunhão IG 165.
– cf. Admonição.

CONVÍVIO
– a Eucaristia é c. pascal IG 72, 80.

«CORDEIRO DE DEUS»
– na celebração da Eucaristia: destina-se a acompanhar um rito IG 37 b; quando se canta,
quem o canta, como se canta, quantas vezes se canta, como se conclui IG 83, 155, 240,
267.

CORES LITÚRGICAS
– finalidade das diversas c. das vestes litúrgicas IG 345.
– c. a utilizar na celebração da Eucaristia IG 346-347.
172 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

CORO, [=“Schola cantorum”]


– nas celebrações litúrgicas: o c. realiza um verdadeiro ministério litúrgico e é parte da
assembleia IG 312; o lugar destinado ao c. IG 294, 312.
– na celebração da Eucaristia: antes da celebração, o c. deve saber perfeitamente quais os
textos que vão ser utilizados IG 352; ofício o c. IG 103; o c. no canto de entrada IG 48,
na aclamação «Kyrie, eleison» IG 52, no hino «Gloria in excelsis» IG 53; no canto do
Aleluia IG 62a; no canto do ofertório IG 74; no canto do «Agnus Dei» IG 83, 155; no
canto da Comunhão IG 86-87.
– cf. Cantor, Grupo coral.

CORPORAL
– prepara-se na credência IG 118 c; coloca-se no altar IG 73, 139, 178, 190; a patena com
o pão e o cálice põem-se sobre o c. IG 141-142; o c. usa-se sempre na Missa celebrada
fora do lugar sagrado IG 297.

«CORPO DE CRISTO – AMEN» (O)


– na comunhão do pão eucarístico IG 160, 287.
CORPO E SANGUE DE CRISTO
– solenidade: pode transferir-se para o domingo a seguir à Santíssima Trindade AL 7; a
adoração da Eucaristia nesta solenidade IG 3.
«CORPO E O SANGUE DE CRISTO – AMEN» (O)
– na distribuição da sagrada comunhão IG 287.
CREDÊNCIA
– as coisas a preparar na c. IG 118 c, 255; a infusão do vinho e da água no cálice pode
ser feita na c. IG 73, 178; purificação dos vasos sagrados na c. IG 163, 183, 192, 279;
purificação do cálice na c. no fim da concelebração IG 247, 248, 249; o cálice depois de
purificado leva-se para a c. IG 270; os vasos sagrados depois de purificados levam-se
para a. c. IG 163.
CREDO
– cf. Símbolo.
CRISMA
– o Bispo consagra o C. na Quinta-Feira da Semana Santa AL 31.
– cf. Santos óleos.
CRUZ
– a c. do altar ornada com a imagem de Cristo crucificado pode ser levada na procissão de
entrada IG 117, 120 b, 122 188; coloca-se sobre o altar ou perto dele IG 117, 308; põe-se
junto do altar IG 122, 188; quando se incensa a c: IG 49, 75, 123, 144, 173, 178, 190,
211, 276 d, 277; como se incensa IG 277; mesmo fora das acções litúrgicas, convém que
permaneça, junto do altar, uma c., para recordar aos fiéis a paixão salvadora do Senhor
IG 308; na celebração eucarística preste-se a maior atenção à cruz do altar e à cruz que
é levada na procissão IG 350.
ÍNDICE ANALÍTICO 173

CUSTÓDIA
– pode ser fabricada com materiais particularmente apreciados em cada região IG 328-329.
– cf. também Ostensório.
DALMÁTICA
– é veste própria do diácono IG 338; na celebração da Eucaristia IG 119 b, pode omitir-se
IG 119 b; normas sobre o uso da d. IG 336.
DEDICAÇÃO
– do altar, da igreja IG 290.
– cf. Altar, Igreja (edifício).
DEFUNTOS
– memória dos d. na Oração eucarística IG 355; embolismos pelos d. nas Orações eucarís-
ticas IG 365 b, c, d.
– cf. também Missa (de defuntos).
DELEGADO
– concelebração com o d. do Bispo por ocasião do Sínodo ou da visita pastoral IG 204 e.
DESCOBERTA
– d. do corpo dos Santos como memória facultativa nos calendários particulares C 50 b.
DESPEDIDA
– na celebração da Eucaristia: d. da assembleia no fim da Eucaristia IG 90 c, 168, 185;
quando se omite a despedida IG 170, 272; o rito da última encomendação ou da d. só tem
lugar quando está presente o cadáver IG 384; cf. Encomendação.
DEVOÇÃO
– podem transferir-se para os domingos do Tempo Comum as celebrações que ocorrem num
dia de semana e que são de especial devoção dos fiéis C 58.
DIA, DIAS
– litúrgico: normas sobre o d. litúrgico AL 3-16; quando começa e termina o d. litúrgico AL
3; tabela dos d. litúrgicos por ordem de precedência C 59.
– natalício dos Santos: C 56.
DIA FERIAL, DIAS FERIAIS
– cf. Féria.
DIÁCONO
– na celebração da Eucaristia: funções do d. IG 94; orienta o povo com oportunas admo-
nições IG 43; é ministro do cálice IG 94; o d. pode estar presente em qualquer forma
de celebração IG 116; se são vários distribuem entre si as diversas partes do ministério
IG 109; na celebração com o povo IG 171-186; antes da celebração, o d. deve saber
perfeitamente quais os textos que vão ser utilizados IG 352.
– na procissão de entrada: IG 172, 173; na proclamação do Evangelho: IG 59, 171 c;
175; por mandato do sacerdote, pode fazer a homilia IG 66, 171 c; na oração universal:
enuncia as intenções IG 71, 171 d, 177; na preparação do altar e dos dons: IG 73, 75,
174 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

175; durante a Oração eucarística: IG 179, 180; no convite à paz e na Comunhão: 171
e, 181, 182, 183, 247, 248, 249, 279, 283; nos ritos de conclusão: 184, 185, 186.
– quando não está presente nenhum outro ministro: segundo as necessidades, realiza os
ofícios dos outros ministros IG 171 f; profere todas as leituras quando não está presente
nenhum outro leitor idóneo IG 176.
– na concelebração: IG 246, 247, 248, 249; os concelebrantes dispõem-se ao redor do
altar, de tal forma, porém, que não dificultem ao d. o acesso ao altar para o desempenho
do seu ministério IG 215; o d. desempenha o seu ministério perto do altar, mas colocar-
se-á um pouco atrás dos sacerdotes concelebrantes, que estão de pé junto do celebrante
principal IG 215; comunhão do d. na concelebração, ao Corpo do Senhor IG 244, ao
Sangue de Cristo IG 247, 248, 249; na distribuição da comunhão sob as duas espécies,
o d. ministra ao cálice IG 284 a; ministério do d. na comunhão ao cálice IG 286-287.
– d. na celebração da M. com a participação de um só ministro IG 253.
– vestes do d. IG 119 b, 338.
DIÁLOGOS
– na celebração da Eucaristia: d. entre o sacerdote e a assembleia IG 34, 147.
DINHEIRO
– cf. Dons.
DIOCESE, DIOCESES
– as celebrações do Bispo diocesano, devem ser exemplares para toda a d. IG 22; a função de
servir o sacerdote ao altar, será determinada pelo Bispo para a sua d. IG 107; palavras que
o bispo acrescenta na Oração eucarística, quando celebra fora da sua d. IG 149; compete
ao Bispo regulamentar a disciplina da concelebração em todas as igrejas e oratórios da sua
d. IG 202; deve ter-se em grande consideração a concelebração em que os presbíteros de
alguma d. concelebrem com o seu Bispo IG 203; o Bispo diocesano pode definir normas
para a comunhão sob as duas espécies na sua d. IG 283; o Bispo diocesano deve promover
a vida litúrgica da sua d. IG 387; é conveniente que cada diocese tenha o seu calendário
e o seu próprio das Missas 394; ao editar o Missal Romano, as celebrações próprias da
região ou da d. devem vir em apêndice particular IG 394.
DIRECTÓRIOS PASTORAIS
– poderão ser introduzidos no Missal Romano, em lugar conveniente, os d.p. que a Confe-
rência Episcopal julgue úteis IG 390.
DIRIGIR
– cf. Moderar.
DIVINAS (Pessoas)
– cf. Pessoas divinas.
DOCUMENTOS LITÚRGICOS
– d.l. antigos que serviram para corrigir o Missal Romano IG 8.
DOMINGO, DOMINGOS
– o d. é o dia de festa primordial MP (3), AL 4; é o dia em que a Igreja celebra o mistério
pascal AL 4; em cada semana, no dia a que foi dado o nome de d., a Igreja comemora a
ÍNDICE ANALÍTICO 175

Ressurreição do Senhor AL 1; na elaboração do calendário, há-de conservar-se e defender-


se o mais possível o d., como principal dia de festa, que não deve ser sacrificado a outras
celebrações que não sejam de máxima importância IG 394.
– celebração litúrgica: o d. exclui, por princípio, a afixação perpétua de qualquer outra
celebração AL 6; pela sua peculiar importância, o d. cede a sua celebração somente às
solenidades e às festas do Senhor AL 5; solenidades e festas afixadas perpetuamente ao d.
AL 6; solenidades que podem ser transferidas para o d. AL 7; nos d. segue-se o calendário
da igreja em que se celebra IG 354; a celebração do d. começa na tarde do dia precedente
AL 3; cores das vestes a usar em cada d. IG 346.
– celebração da Eucaristia: tenha-se em grande apreço a celebração comunitária do d. IG
113; nos d. canta-se o hino «Gloria in excelsis» IG 53; as leituras da Missa nos d. IG
357, a ler num ciclo de três anos CA (9); nos d. deve fazer-se a homilia IG 13, IG 66;
nos d. diz-se o Símbolo IG 68; em alguns d. deve usar-se o Cânone Romano IG 365 a; a
Oração eucarística III usa-se de preferência nos domingos e nas festas IG 365 c.
– d. do Tempo Comum: C 59; podem transferir-se para os d. do Tempo Comum as celebra-
ções que são de especial devoção dos fiéis C 58.
– d. do Advento, da Quaresma, da Páscoa, do Pentecostes; cf. Advento, Quaresma, Páscoa,
Pentecostes.
– d. depois do Natal, depois da Epifania, de Ramos; cf. Natal do Senhor, Epifania do Senhor,
Ramos.
DOMINICAIS (leituras)
– cf. Leituras.
DONS
– como se faz a preparação dos d. IG 73-75, a realizar pelo diácono IG 178; na preparação
dos d. o pão e o vinho levam-se ao altar IG 72; os d. que vão converter-se no Corpo e no
Sangue de Cristo levam-se ao altar IG 73; o rito foi simplificado CA (7).
– d. do povo a recolher na celebração da Eucaristia IG 73, 140, 178, 190; os ministros que
recolhem os d. IG 105 c.
DOXOLOGIA, DOXOLOGIAS
– no fim das Orações eucarísticas IG 79 h; a d. final da Oração eucarística é dita só pelo
celebrante principal e, se parecer bem, juntamente com todos os outros concelebrantes, mas
não pelos fiéis IG 236; d. no fim do embolismo depois do «Pai nosso» IG 81, 153, 238.
«E ENCARNOU»
– inclinação ou genuflexão IG 137.
EDIFÍCIOS SAGRADOS
– os e.s. devem ser dignos e belos como sinais e símbolos das realidades celestes IG 288;
todos os interessados na correcta construção, reparação e adaptação dos e.s. devem
consultar a Comissão diocesana IG 291; o e.s. deve reproduzir a imagem da assembleia
congregada IG 294; exponham-se à veneração dos fiéis, nos e.s., imagens do Senhor, da
bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos IG 318; o Bispo diocesano pode estabelecer
normas sobre a construção e ordenamento dos e.s. IG 387.
– cf. Capela, Igreja (edifício), Oratório.
176 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

EFICÁCIA PASTORAL
– como aumentar a e.p. da celebração da Eucaristia IG 23, 352.
ELEMENTOS DA MISSA
– os diversos e. da Missa IG 29-45.
EMBOLISMO
– depois da oração dominical IG 81, 153, 238.
ENCARNAÇÃO
– mistério da e. no ano litúrgico AL 17.
ENCOMENDAÇÃO
– o rito da última e. só tem lugar quando está presente o cadáver IG 384.
– cf. também Despedida.
EPICLESE
– na Oração eucarística IG 79 c; desde a e. até à ostensão do cálice, o diácono permanece
habitualmente de joelhos IG 179.
EPIFANIA DO SENHOR
– solenidade da E.S.: C 59; quando se celebra AL 37; pode ser transferida para o domingo
AL 7.
– domingo depois da E.S.: com ele termina o Tempo do Natal AL 33.
ESCOLHA
– na celebração da Eucaristia:
– da Missa IG 353-355.
– das partes da Missa IG 356-367; ao que deve atender-se para a escolha IG 352; e. das
orações presidenciais IG 363; e. das Orações eucarísticas IG 364-365; e. do canto IG
367; e. das leituras IG 357-359.
ESCRITURA SAGRADA
– cf. Sagrada Escritura.
ESPÍRITO DA LITURGIA
– para que a celebração esteja mais plenamente de acordo com a letra e o e.l., expõem-se,
nesta Instrução geral e no Ordinário da Missa alguns ajustamentos e adaptações IG 23;
para que a celebração corresponda mais plenamente às normas e ao e.l., nesta Instrução e
no Ordinário da Missa propõem-se algumas ulteriores adaptações, que são da competên-
cia ou do Bispo diocesano ou das Conferências Episcopais IG 386; aquilo que o Bispo
diocesano deve ter em vista, em primeiro lugar, é alimentar o e.l. nos presbíteros, diáconos
e fiéis IG 387.
ESTOLA
– e. para o sacerdote IG 119 a; e. para o diácono IG 119 b; o uso da e. IG 336-338; como
se põe a e. IG 340; a e. na concelebração IG 209; se o Bispo não celebrar a Eucaristia
mas estiver presente, convém que use a e. IG 92.
ÍNDICE ANALÍTICO 177

EUCARISTIA
– instituição: IG 2, IG 72; a E. é o Sacramento dos Sacramentos IG 368.
– lugar da reserva da santíssima E. IG 314-317.
EUCARISTIA (celebração da)
– o que acontece na c.E. IG 27; os ritos iniciais preparam para uma digna c.E. IG 46; a c.E.
encerra um grande valor catequético IG 11; a c.E. é um único acto de culto constituído
pela liturgia da palavra e pela liturgia eucarística IG 28; na c.E. põe-se uma dupla mesa
IG 28; em que fórmulas se exprime a c.E. IG 2; na c.E. todos os fiéis devem poder chegar
àquela plena, consciente e activa participação, que a própria natureza da Liturgia exige e
que é, para os próprios fiéis, por força da sua condição, um direito e um dever IG 386.
– acção de Cristo na c.E. IG 11, IG 16, 19; a c.E. é um acto de Cristo e da Igreja feito em
memória de Cristo IG 72.
– sacrifício, oblação: natureza sacrificial da c.E. IG 2. cf. também Sacrifício.
– a c.E. como acção da Igreja IG 1, 4, 16; importância da c.E para a Igreja particular IG 22;
deve procurar-se que cresça a sua dignidade IG 22; natureza comunitária da c.E. IG 34;
deve aparecer como acção comunitária IG 35; a c. E. é um acto da Igreja universal IG 5.
– participação activa: a participação mais perfeita na c.E. é pela Comunhão IG 13.
– ofícios e ministérios: IG 91-111; a c.E. é acção de Cristo e da Igreja IG 91; a c.E
pertence a todo o Corpo da Igreja, manifesta-o e afecta-o IG 91; a c.E. envolve cada
membro de modo diverso, segundo a diversidade das ordens, das funções e da efectiva
participação IG 91; na c.E. cada um intervém fazendo só e tudo o que lhe pertence IG
5; na c.E. ministros e fiéis façam tudo e só o que lhes compete IG 91.
– Bispo: na c.E. presidida pelo Bispo realiza-se a principal manifestação da Igreja IG
112; toda a legítima c.E. é dirigida pelo Bispo IG 92.
– Presbítero: tenha-se em grande apreço a c.E. com uma comunidade, sobretudo com
a comunidade paroquial, no domingo IG 113.
– ordenamento: no ordenamento da c.E. deve atender-se ao bem espiritual da comunidade
reunida IG 352; escolha da Missa IG 353-355; escolha das partes da Missa IG 356-367;
como se devem escolher os cantos da c.E. IG 40, 41.
– com o povo: descrição da c.E. com participação do povo IG 115-198; descrição desta
forma de celebração sem diácono IG 120-170; descrição desta forma de celebração
com diácono IG 171-186; quando na Missa há um só ministro IG 110.
– com grupos especiais: escolha de leituras IG 358.
– com a participação de um só ministro: descrição da c.E. com a participação de um só
ministro IG 252-272; c.E. sem ministro IG 254.
– normas para a c.E.: novas normas para a c.E. apresentadas pela Instrução Geral CA (5);
estas novas normas são prova da solicitude da Igreja para com a Eucaristia IG 1; calendário
a usar na c.E. IG 353-355; as diversas formas de c.E. IG 112-287; estrutura geral da c.E.
IG 29-45; descrição de cada uma das partes da c.E. IG 46-90.
– dignidade: importância e dignidade da c.E. IG 16-26; a c.E. possui eficácia e dignidade
que lhe são próprias IG 19; para que na c.E. haja maior acordo entre a letra e o espírito
a Instrução expõe alguns ajustamentos e adaptações IG 23.
– dia: a c.E. santifica o dia AL 3.
– lugar: o lugar da c.E. deve ser apto para realizar as acções sagradas IG 288; a c.E. faz-se
sobre um altar ou sobre uma mesa adequada IG 297.
178 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– pão e vinho: o pão requerido para a c.E. IG 319-324; em cada c.E. consagre-se pão para
a Comunhão dos fiéis IG 13, IG 85; o vinho requerido para a c.E. IG 319, 322-324.
– cf. também Concelebração, Liturgia eucarística, Liturgia da palavra, Missa, Sacrifício.
EVANGELHO
– os sacerdotes são ministros do E. de Cristo para todos IG 385; adaptações mais profundas da
liturgia sobretudo naqueles povos onde o E. foi anunciado mais recentemente IG 395.
– na celebração da Eucaristia: quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é o próprio Deus
quem fala ao seu povo, é Cristo, presente na sua palavra, quem anuncia o E. IG 29; as
orações propostas para antes da leitura do E., são ditas em silêncio (“secreto”) IG 33; o
versículo antes do E. constitui um rito em si mesmo IG 37 a, 62; os fiéis estão de pé
durante o Aleluia que prece o E. IG 43; como se canta a aclamação antes do E. IG 62;
qual o seu significado IG 62; no caso de haver uma só leitura antes do E. IG 63; o que
pode cantar-se em vez do Aleluia IG 63; o Aleluia ou o versículo antes do E., se não são
cantados, podem omitir-se IG 63 c; durante a proclamação do E. os fiéis estão de pé IG
43; estão sentados durante as leituras que precedem o E. IG 43; entre os gestos contam-
se as acções e a procissão do diácono, antes da proclamação do Evangelho IG 44; o E.
é proclamado pelo diácono IG 59, 94, 171 c, ou, na sua ausência, por outro sacerdote IG
59, 262; o leitor leigo não proclama o E. IG 99; é proclamado sempre do ambão IG 58,
133, 175; veneração para com o E. IG 60, 133; anúncio do E. que vai ser proclamado
IG 134; pequena cruz que se faz sobre o livro e sobre aquele que proclama o E. IG 175;
incensação do livro do E. IG 175; versículo Por este santo Evangelho IG 175, 262; a
leitura do E. constitui o ponto culminante da liturgia da palavra IG 60; quando o Bispo
preside, abençoa o concelebrante que vai proclamar o E. IG 212; na concelebração presi-
dida por um presbítero, o concelebrante que proclama o E., não pede nem recebe a bênção
do celebrante principal IG 212; pode usar-se o incenso na procissão e proclamação do E.
IG 276 c; sobre a mesa do altar põe-se o Evangeliário desde o início da celebração até à
proclamação do E. IG 306; para os domingos e solenidades estão assinaladas três leituras,
isto é, do Profeta, do Apóstolo e do E. IG 357.
EVANGELIÁRIO
– o E. é o livro dos evangelhos IG 44; entre os gestos contam-se as acções e a procissão
do diácono, antes da proclamação do Evangelho, ao levar o E. para o ambão IG 44; é
distinto do livro das outras leituras IG 117; há-de procurar-se de modo particular que
principalmente o E. seja verdadeiramente digno, de boa qualidade e belo IG 349; quando
a entrada se faz com procissão, o E. prepara-se na sacristia IG 119; o E. pode colocar-se
sobre o altar, a não ser que seja levado na procissão de entrada IG 117, 119; na procissão
de entrada pode ser levado pelo diácono IG 172, pelo leitor IG 120 d, 194; é louvavel-
mente deposto sobre o altar IG 122, 173, 195; toma-se do altar IG 133, 175; sinais de
veneração para com o E. IG 60, 273; o E. na proclamação do Evangelho e nas procissões
IG 44; segundo o costume tradicional, a veneração do E. é significada pelo ósculo IG
273; o sacerdote, já no ambão, abre o E., faz sobre ele o sinal da cruz e pode incensá-lo
e terminada a proclamação beija-o, dizendo em silêncio as palavras prescritas IG 134;
veneração do E. IG 273; pertence à Conferência Episcopal definir o gesto de veneração
do E. IG 390.
EXÉQUIAS
– oração universal na celebração das e. IG 70; ligação das e. com a Missa exequial IG 384.
ÍNDICE ANALÍTICO 179

EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
– na celebração da Eucaristia: nos e.e. é permitida a Comunhão sob as duas espécies IG
283; significado da concelebração com o Bispo nos e.e. IG 203.
EXERCÍCIOS DE PIEDADE
– como devem ser: certas formas de e.p. desviavam o espírito dos fiéis dos mistérios da
redenção MP (2).
– são recomendados: e.p. espirituais e corporais no ano litúrgico AL 1.
EXPOSIÇÃO DA EUCARISTIA
– cf. Eucaristia.
FAMÍLIA, FAMÍLIAS
– festa da S.F.: celebra-se no domingo dentro da Oitava do Natal AL 6 a, C 60 a; cf. Sagrada
Família.
– f. rituais: a procura da inculturação não pretende de modo algum a criação de novas f.
rituais, mas sim responder às exigências de determinada cultura, de tal modo, porém, que
as adaptações, quer no Missal quer nos outros livros litúrgicos, não sejam prejudiciais à
índole própria do R. romano IG 398.
– f. religiosa: cf. Religiosos.
FÉRIA, FÉRIAS
– o que são: f. são os dias de semana que se seguem ao domingo AL 16; normas e modos
de celebração AL 16.
– celebração da Eucaristia: leituras para cada dia da semana, ao longo de todo o ano IG 358;
a Oração eucarística II está mais indicada para as f. IG 365 b.
– f. do Tempo Comum: C 59; Missa a escolher IG 355 c; nessas f. podem utilizar-se as
Missas para diversas circunstâncias ou as Missas votivas e as orações para diversas cir-
cunstâncias IG 377; quais as Missas de defuntos que podem celebrar-se IG 381; escolha
das orações IG 363.
– f. do Advento, do Natal, da Quaresma, do Tempo Pascal: cf. Advento, Natal do Senhor,
Quaresma, Páscoa.
– Quarta-Feira de Cinzas, f. depois da Ascensão: cf. Cinzas, Ascensão do Senhor.
– f. da Semana Santa: cf. Semana Santa, Sábado (Santo).
FERIAIS (leituras)
– o Leccionário Ferial contém as leituras para cada dia da semana, ao longo de todo o ano
IG 358; em princípio, estas leituras devem ler-se nos dias que vêm indicados IG 358; o
que se pode fazer quando se interrompe a leitura contínua IG 358.
FESTA, FESTAS
– sentido comum:
– celebração da Eucaristia: cores das vestes a usar em cada f. IG 346; leituras da Missa nas
f. IG 357; leituras do Antigo Testamento CA (9); nas f. interrompe-se a leitura contínua
IG 358; a homilia é obrigatória nas f. de preceito IG 13, IG 66, e é recomendada nas f. que
não sejam de preceito IG 66; nas f. deve preferir-se a Oração eucarística III IG 365 c.
– sentido litúrgico:
– denominação AL 10.
180 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– do Senhor (em geral): cf. Senhor.


– do Baptismo do Senhor, da Sagrada Família, da Apresentação do Senhor, da Transfigu-
ração do Senhor: cf. Baptismo do Senhor, Sagrada Família, Apresentação do Senhor,
Transfiguração do Senhor.
– da Virgem Santa Maria, dos Apóstolos, da Cadeira de S. Pedro: cf. Virgem Maria,
Apóstolos, Cadeira de S. Pedro.
– dos Santos, dos Santos Inocentes, de S. João Apóstolo, de S. Estêvão: cf. Santos.
– próprias: C 59.
– do aniversário da Dedicação da igreja catedral, do fundador, do padroeiro principal, do
Título da família religiosa: cf. Aniversário, Fundador, Padroeiro, Título.
– celebrações litúrgicas:
– celebração da Eucaristia: calendário litúrgico a seguir nas f. IG 354; hino «Gloria in
excelsis» nas f. IG 53.
– sentido jurídico (festa de preceito):
– celebração da Eucaristia: com participação do povo nas f. de preceito IG 115; a homilia
é prescrita nas f. de preceito IG 66.
FIEL, FIÉIS
– na celebração da Missa, os f. oferecem a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote,
mas também juntamente com ele IG 95; os f. são nação santa para dar graças a Deus e
aprenderem a oferecer-se a si mesmos IG 95; na distribuição da comunhão sob as duas
espécies, o f. a quem se chama para esse ofício em cada caso, pode ministrar ao cálice
IG 284 a; aos f. que eventualmente queiram comungar só sob a espécie do pão, dê-se
a Comunhão desta forma IG 284; a celebração eucarística procura que os fiéis possam
chegar àquela plena, consciente e activa participação, que a própria natureza da Liturgia
exige e que é, para eles, por força da sua condição, um direito e um dever IG 386.
FLORES
– a ornamentação com f. deve ser sempre sóbria e, em vez de as pôr sobre a mesa do altar,
disponham-se junto dele IG 305; no tempo do Advento ornamente-se o altar com f. com
a moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria
do Natal do Senhor IG 305; no tempo da Quaresma não é permitido adornar o altar com
f. IG 305; no domingo Laetare (IV da Quaresma), nas solenidades e nas festas do tempo
da Quaresma podem usar-se f. IG 305.
FONTES LITÚRGICAS
– antes da reforma do Missal Romano estudaram-se as antigas f.l. CA (4).
FORMAS MUSICAIS
– pertence à Conferência Episcopal pronunciar-se sobre quais as f.m. que é lícito admitir
no culto divino IG 393.
FRACÇÃO DO PÃO
– o rito da f.p. foi simplificado CA (7); pela f.p. os fiéis recebem, de um só pão e do mesmo
cálice, o Corpo e o Sangue do Senhor, do mesmo modo que os Apóstolos o receberam
das mãos do próprio Cristo IG 72; significado e importância do rito IG 83; a f.p. começa
depois de se dar a paz e realiza-se com a devida reverência, mas não se deve prolongar
desnecessariamente nem se lhe deve atribuir uma importância excessiva IG 83; este rito
ÍNDICE ANALÍTICO 181

é reservado ao sacerdote e ao diácono IG 83; a invocação Cordeiro de Deus acompanha


a f.p., pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito
IG 83; rito da f.p. na celebração da Eucaristia IG 155, 240, 267; o gesto da “fracção do
pão” manifesta de modo mais expressivo a força e o valor de sinal da unidade de todos
em um só pão e de sinal da caridade, pelo facto de um só pão ser repartido entre os irmãos
IG 321.
FRAGMENTOS DO PÃO EUCARÍSTICO
– os f. que aderem aos dedos limpam-se sobre a patena IG 278; recolhem-se os f. que tenham
ficado fora da patena IG 278; os f. recolhem-se antes da purificação IG 163, 183.
FUNÇÕES SAGRADAS
– cf. Celebrações litúrgicas, Ministérios.
FUNDADOR
– celebração do f. duma Igreja particular no calendário particular C 50 b; celebração do f.
duma família religiosa a inscrever no calendário religioso C 50 b, 52 b.
– solenidade ou festa do f. duma família religiosa C 59.
GALHETAS
– preparam-se na credência IG 118 c; são apresentadas ao sacerdote pelo ministro IG 142;
quando são trazidas pelos fiéis na altura da apresentação dos dons não se preparam na
credência IG 118 c.
«GAUDETE»
– cor das vestes no domingo «G». IG 346 f.
GENUFLEXÃO, GENUFLEXÕES
– a genuflexão, que se faz dobrando o joelho direito até ao solo, significa adoração IG 274.
– na celebração da Eucaristia IG 42, 274; g. às palavras «E encarnou» IG 137; todos ge-
nuflectem à consagração IG 43; g. do sacerdote antes da Comunhão IG 242, 268, 274;
g. dos concelebrantes antes da Comunhão IG 242, 246, 247, 248, 249.
– ao Santíssimo Sacramento, antes e depois da Missa IG 274.
GESTOS
– g. de Cristo: foi a partir das palavras e g. de Cristo que a Igreja ordenou toda a celebração
da liturgia eucarística IG 72; mediante as palavras e g. de Cristo, realiza-se o sacrifício
que o próprio Cristo instituiu na última Ceia IG 79 d.
– as adaptações na celebração da Eucaristia consistem, muitas vezes, na escolha de certos
ritos, textos e g. IG 24; g. na celebração da Eucaristia IG 42-44; os g., tanto do sacerdote,
do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração seja
bela e de nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira e plena das
suas diversas partes e que se facilite a participação de todos IG 42; nos g. litúrgicos deve
atender-se ao que está definido pela IGMR e pela tradição do Rito romano, e ao que concorre
para o bem espiritual do povo de Deus, mais do que à inclinação ou arbítrio particular IG
42; para se conseguir a u. nos gestos e atitudes do corpo na mesma celebração, os fiéis
devem obedecer às indicações que, no decurso da mesmo, lhes forem dadas pelo diácono,
por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que está estabelecido no Missal
IG 43; entre os g. contam-se também determinadas acções e procissões do sacerdote, do
diácono, e dos fiéis IG 44; os g. comuns exprimem a unidade dos fiéis IG 95; é o diácono
182 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

que indica à assembleia os g. a fazer IG 94; a unidade do Corpo de Cristo manifesta-se em


beleza nos g. e atitudes corporais que os fiéis observam todos juntamente IG 96; g. e posição
dos braços e das mãos no início da Oração eucarística, durante o diálogo do prefácio IG
148; os g. na Oração eucarística, durante a concelebração, salvo indicação em contrário,
são feitos só pelo celebrante principal IG 217; na Oração eucarística I, desde Santificai,
Senhor até Humildemente Vos suplicamos, o celebrante principal faz os g. IG 222; pertence
à Conferência Episcopal definir os g. e as atitudes corporais dos fiéis IG 390.
GLÓRIA
– hino «G».: na celebração da Eucaristia, nas celebrações estabelecidas IG 37 a, 44, 46, 126,
258; quando e como se canta ou se diz o «G». IG 53; não é permitido substituir o texto
deste hino por outro IG 53.
– resposta dos fiéis: Glória a Vós, Senhor IG 134, 175, 262.
GLORIFICAÇÃO
– a perfeita g. de Deus foi realizada por Cristo especialmente no seu mistério pascal AL 18;
a g. de Deus faz-se no prefácio da Oração eucarística IG 79 a, e na doxologia da Oração
eucarística IG 79 h.
GRAÇA
– a graça da salvação no ano litúrgico MP (4-6); os acontecimentos da vida são santificados
pela g. que brota do mistério pascal IG 368.
GRAÇAS (acção de)
– cf. Acção de graças.
GRADUAL (salmo)
– o s.g. segue a primeira leitura IG 61.
– cf. Canto entre as leituras.
GRADUAL ROMANO
– não se tocou no G.R. no que se refere à música CA (12); como cântico de entrada pode
utilizar-se a antífona com o respectivo salmo que vem no G.R. IG 48; em vez do salmo
que vem no Leccionário, pode cantar-se o gradual tirado do G.R. depois da primeira leitura
IG 61, ao ofertório IG 74, à Comunhão IG 87.
GRADUAL SIMPLES
– como cântico de entrada pode utilizar-se a antífona com o respectivo salmo que vem no
G.s. IG 48; em vez do salmo que vem no Leccionário, pode cantar-se o gradual tirado
do G.s. depois da primeira leitura IG 61, antes do Evangelho IG 62, ao ofertório IG 74, à
Comunhão IG 87.
GRUPO CORAL
– entre os fiéis exerce um próprio ofício litúrgico o g.c. IG 103; o que lhe compete fazer
IG 103.
– cf. Cantor, Coro litúrgico.
«HANC IGITUR»
– texto próprio IG 365 a.
ÍNDICE ANALÍTICO 183

HINO
– h. depois da Comunhão IG 86-88.
HOMILIA
– o que é a h. IG 65; é parte da própria liturgia IG 65; é parte da acção litúrgica IG 29;
importância IG 29, 65; fim da h. IG 65; na h. comentam-se as leituras IG 55.
– circunstâncias: lugar da h. IG 136; pode fazer-se do ambão IG 309; todos se sentam à h. IG
43; silêncio depois da h. IG 45; não é oportuno, antes ou depois da h., convidar os fiéis a
fazer o sinal da cruz ou saudá-los, v.g. dizendo: «Seja louvado nosso Senhor Jesus Cristo»,
nem conservar tais costumes onde eventualmente existam (cf. Notitiae 9, 1973, p. 178).
– na celebração da Eucaristia: IG 65-66; foi restabelecida CA (8); habitualmente a h. deve
ser feita pelo sacerdote celebrante ou por um sacerdote concelebrante, por ele encarregado,
ou algumas vezes, se for oportuno, também por um diácono, mas nunca por um leigo IG
66; em casos especiais e por justa causa, a homilia também pode ser feita por um Bispo
ou presbítero que se encontra na celebração mas sem poder concelebrar IG 66; depois
da h. observe-se oportunamente um breve espaço de silêncio IG 66; na concelebração
IG 213; h. nos domingos e festas IG 13; nos domingos e festas de preceito IG 66; h. na
Missa exequial IG 382; a h. é recomendada em certas ocasiões IG 66.
HÓSTIA, HÓSTIAS
– as h. para a Comunhão dos fiéis devem consagrar-se na própria celebração IG 13, IG
85; a h. grande é partida sobre a patena IG 155; ao mostrar a h. consagrada ao povo, o
sacerdote pode fazê-lo levantando-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice IG 84,
157, 243, 268; terminada a distribuição da Comunhão, as h. consagradas que sobrarem,
ou o sacerdote as consome no altar ou as leva ao lugar destinado a guardar a Eucaristia
IG 163; quando uma h. ou partícula cai no chão IG 280.
– os fiéis oferecem a h. imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente
com ele IG 95.
IGREJA, IGREJAS
– Sacramento primordial:
– Eucaristia: o memorial da morte e ressurreição de Cristo foi legado à I. IG 2; a prin-
cipal manifestação da I. realiza-se na Missa presidida pelo Bispo IG 112; o mistério
da I. como sacramento de unidade manifesta-se de forma mais clara na concelebração
presidida pelo Bispo IG 92; as orações pela I. no Missal Romano IG 15.
– universal: a celebração da Eucaristia é o centro da vida da I. universal IG 16; estendam-
se a toda a I. apenas as festas que recordam os Santos de importância verdadeiramente
universal MP (8), AL 9; na administração dos sacramentos a I. tem poder de estabelecer
ou modificar a sua celebração IG 282.
– local ou particular: a celebração da Eucaristia é o centro da I. local IG 16; o calendário
particular é determinado para o uso de cada I. particular C 48; muitas festas de Santos
ficarão a ser celebradas só por uma I. particular MP (8), AL 9; a I. particular venera
com culto especial os Santos que lhe são próprios C 49; antes de pretender levar a cabo
adaptações mais profundas da sua liturgia, cada I. particular deve estar de acordo com
a I. universal, não só na doutrina da fé e nos sinais sacramentais, mas também nos usos
universalmente recebidos de uma ininterrupta tradição apostólica IG 397.
– latina: segundo a tradição da I. latina, o pão da Eucaristia deve ser ázimo IG 320; cf.
também Rito romano.
184 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

IGREJA (edifício)
– a i. é sinal e símbolo das realidades celestes IG 288; é conveniente, pelo menos nas i.
catedrais e nas de maior importância, que haja um ministro competente ou mestre de
cerimónias, responsável pelo bom ordenamento das acções sagradas IG 106; todas as i.
devem ser dedicadas ou ao menos benzidas IG 290.
– disposição e adorno das i. para a celebração da Eucaristia IG 288-318: princípios gerais
IG 288-294; disposição do presbitério para a celebração litúrgica IG 295-310; a dispo-
sição da igreja IG 311-318; ornamentação da i. IG 292; as i. devem ser aptas para as
acções sagradas e para a participação activa IG 288; na disposição da i. deve atender-se
à comodidade dos fiéis IG 293; lugar dos fiéis na i. IG 294, 311; disposição da i. para a
celebração litúrgica IG 294; o Bispo diocesano pode estabelecer normas sobre a construção
e ordenamento dos edifícios da i. IG 387.
– solenidade da dedicação da i. C 59.
– celebrações próprias: C 52 c.
– catedral: em certos casos pode celebrar-se nos domingos do Tempo Comum o aniversário
da dedicação da i. catedral, como sinal de unidade da Igreja local (cf. Notitiae 11, 1975,
p. 61); as i. catedrais sejam solenemente dedicadas IG 290.
– paroquial: as i. paroquiais sejam solenemente dedicadas IG 290.
– conforme a arquitectura de cada i., guarde-se o Santíssimo Sacramento no sacrário, num
lugar de honra da i., adequado à oração IG 314.
– cf. também Capela, Edifícios sagrados, Oratório.
IMAGENS
– de acordo com a antiquíssima tradição, exponham-se à veneração dos fiéis, nos edifícios
sagrados, i. do Senhor, da bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos IG 318; disponham-
se de tal modo que os fiéis sejam levados aos mistérios da fé que aí se celebram IG 318;
não se aumente exageradamente o número das i. 318; a disposição das i. faça-se na ordem
devida, de tal modo que não distraiam os fiéis da celebração IG 318; normalmente não
haja na mesma igreja mais do que uma i. do mesmo Santo IG 318; na ornamentação e
disposição da igreja, no que se refere às i., procure atender-se à piedade de toda a comu-
nidade e à beleza e dignidade das i. IG 318; como se incensam as i. IG 277; as vestes
podem apresentar i. ou símbolos que indiquem o seu uso 344.
«IMMIXTIO»
– antes da Comunhão eucarística IG 83, 155, 267.
INCARNAÇÃO
– cf. Encarnação.
INCENSAÇÃO, INCENSO
– o queimar incenso ou a i. exprime reverência e oração, como vem significado na Sagrada
Escritura IG 276.
– rito da imposição do incenso e i. do altar e da cruz IG 123, 277.
– na celebração da Eucaristia: quando se pode fazer a i. IG 276; i. na procissão de
entrada IG 120 a; i. do altar no início IG 49, 123, 211, 276 b, quando está presente
o diácono IG 173; i. na procissão do evangelho IG 132-134, 135, 175, 276 c; i. dos
dons, da cruz, do altar, do sacerdote e do povo IG 75, 144, 145, 276 d; i. da hóstia e
do cálice, ao serem mostrados ao povo depois da consagração IG 150, 276 e; quando
ÍNDICE ANALÍTICO 185

está presente o diácono IG 178, quando não está presente o diácono, mas está presente
o acólito IG 190.
– i. com três ductos: Santíssimo Sacramento, relíquias da santa Cruz, imagens do Senhor,
oblações, cruz do altar, Evangeliário, círio pascal, sacerdote e povo IG 277; i. com
dois ductos: relíquias e imagens dos Santos, só no início da celebração, depois da i.
do altar IG 277.
– i. com ictus: a i. do altar faz-se com simples ictus IG 277; como se faz a i. do altar
IG 277 a-b.
INCLINAÇÃO
– a i. significa a reverência e a honra que se presta às próprias pessoas ou aos seus símbolos
IG 275; as i. são de duas espécies: i. de cabeça e inclinação do corpo IG 275.
– i. profunda ao altar no início celebração da Eucaristia IG 122, 173, 211, 256; i. da cabeça
na celebração da Eucaristia IG 275 a; i. profunda antes e depois da incensação das pessoas
e coisas, excepto ao altar e às oblatas IG 277; i. do corpo na celebração da Eucaristia IG
275 b; i. profunda durante a oração antes do Evangelho IG 132, 175; i. às palavras «E
encarnou» IG 137, 275; i. profunda durante a oração depois da apresentação dos dons IG
143; pequena i. do sacerdote enquanto diz as palavras da consagração IG 275; i. profunda
no Cânone Romano às palavra «humildemente Vos suplicamos» IG 275; i. profunda ao
altar no fim da Missa IG 169, 186, 251, 272.
INCULTURAÇÃO
– a norma estabelecida pelo II Concílio do Vaticano, segundo a qual as inovações na re-
forma litúrgica só se devem fazer se o exigir uma verdadeira e certa utilidade da Igreja,
também deve aplicar-se à inculturação do R. romano IG 398; a procura da inculturação
não pretende de modo algum a criação de novas famílias rituais, mas sim responder às
exigências de determinada cultura IG 398.
INICIAÇÃO CRISTÃ
– celebração dos Sacramentos: os Sacramentos da i.c. celebram-se na vigília pascal PM (3); na
vigília pascal a Igreja espera a ressurreição de Cristo e celebra-a nos Sacramentos AL 21.
– cf. também Catecumenado.
INSTRUÇÃO
– há-de cuidar-se com diligência da promoção sapiente e ordenada da devida i. litúrgica do
clero e fiéis IG 396.
INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO
– a I.g. propõe novas normas para a celebração da Eucaristia CA (5); traça as linhas gerais e
expõe as normas para cada uma das formas de celebração da Eucaristia IG 21; para que a
celebração da Eucaristia corresponda mais plenamente às normas e ao espírito da sagrada
Liturgia, nesta I.g. e no Ordinário da Missa propõem-se algumas ulteriores adaptações,
que são da competência do Bispo diocesano ou da Conferência Episcopal IG 386.
– Proémio IG 1-15: introdução IG 1; testemunho de fé inalterável IG 2-5; uma tradição
ininterrupta IG 6-9; adaptação às novas circunstâncias IG 10-15.
– Capítulo I: Importância e dignidade da celebração eucarística IG 16-26.
– Capítulo II: Estrutura da Missa, seus elementos e suas partes IG 27-90:
– I. Estrutura geral da Missa IG 27-28.
186 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– II. Os diversos elementos da Missa IG 29-45:


– leitura da palavra de Deus e sua explanação IG 29.
– orações e outros elementos que pertencem à função do sacerdote IG 30-33.
– outras fórmulas utilizadas na celebração IG 34-37.
– modos de proferir os vários textos IG 38.
– importância do canto IG 39-41.
– os gestos e atitudes corporais IG 42-44.
– o silêncio IG 45.
– III. As várias partes da Missa IG 46-90:
– A) ritos iniciais IG 46-54: entrada IG 47-48; saudação do altar e da assembleia IG
49-50; acto penitencial IG 51; Kyrie, eleison IG 52; Gloria in excelsis IG 53; oração
colecta IG 54.
– B) liturgia da palavra IG 55-71: introdução IG 55; silêncio IG 56; leituras bíblicas IG
57-60; salmo responsorial IG 61; aclamação antes do Evangelho IG 62-64; homilia
IG 65-66; profissão de fé IG 67-68; oração universal IG 69-71.
– C) liturgia eucarística IG 72-89: introdução IG 72; preparação dos dons IG 73-76;
oração sobre as oblatas IG 77; Oração eucarística IG 78-79; rito da comunhão IG
80; oração dominical IG 81; rito da paz IG 82; fracção do pão IG 83; Comunhão
IG 84-89.
– D) rito de conclusão IG 90.
– Capítulo III: Ofícios e ministérios na Missa IG 91-111:
– introdução IG 91.
– I. Ofícios da Ordem sacra IG 92-94.
– II. Funções do povo de Deus IG 95-97.
– III. Ministérios especiais IG 98-107:
– ministério instituído do acólito e do leitor IG 98-99.
– as outras funções IG 100-107.
– IV. A distribuição das funções e a preparação da celebração IG 108-111.
– Capítulo IV: As diversas formas de celebração da Missa IG 112-287:
– introdução IG 112-114.
– I. Missa com o povo IG 115-198: introdução IG 115-116; coisas a preparar IG 117-119.
– A) a Missa sem diácono IG 120-170: ritos iniciais IG 120-127; liturgia da palavra
IG 128-138; liturgia eucarística IG 139-165; ritos de conclusão IG 166-170.
– B) a Missa com diácono IG 171-186: introdução IG 171; ritos iniciais IG 172-174;
liturgia da palavras IG 175-177; liturgia eucarística IG 178-183; ritos de conclusão
IG 184-186.
– C) funções do acólito IG 187-193: introdução IG 187; ritos iniciais IG 188-189;
liturgia eucarística IG 190-193.
– D) funções do leitor IG 194-198: ritos iniciais IG 194-195; liturgia da palavra IG
196-198.
– II. Missa concelebrada IG 199-251:
– introdução IG 199-209; ritos iniciais IG 210-211; liturgia da palavra IG 212-213;
liturgia eucarística IG 214-215; modo de proferir a Oração eucarística IG 216-218:
ÍNDICE ANALÍTICO 187

A) Oração eucarística I, ou Cânone romano IG 219-225; B) Oração eucarística II


IG 226-228; C) Oração eucarística III IG 229-231; D) Oração eucarística IV IG
232-236; ritos da Comunhão IG 237-249; ritos de conclusão 250-251.
– III. Missa com a participação de um só ministro IG 252-272:
– introdução IG 252-259; Missa celebrada por causa justa e razoável, só pelo sacerdote
IG 254; ritos iniciais IG 256-259; liturgia da palavra IG 260-264; liturgia eucarística
IG 265-271; ritos de conclusão IG 272.
– IV. Algumas normas gerais para todas as formas de celebração da Missa IG 273-287:
– veneração do altar e do Evangeliário IG 273; genuflexão e inclinação IG 274-275;
incensação IG 276-277; purificações IG 278-280; Comunhão sob as duas espécies
IG 281-287.
– Capítulo V: Disposição e adorno das igrejas para a celebração da Eucaristia IG 288-318:
– I. Princípios gerais IG 288-294.
– II. Disposição do presbitério para a celebração litúrgica IG 295-310:
– introdução IG 295; o altar e o seu adorno IG 296-308; o ambão IG 309; a cadeira
para o sacerdote celebrante e outros assentos IG 310.
– III. A disposição da igreja IG 311-318:
– o lugar dos fiéis IG 311; o lugar do coro e dos instrumentos musicais IG 312-313; o
lugar da reserva da santíssima Eucaristia IG 314-317; as imagens sagradas IG 318.
– Capítulo VI: As coisas necessárias para a celebração da Missa IG 319-351:
– I. O pão e o vinho para celebrar a Eucaristia IG 319-324.
– II. Alfaias sagradas em geral IG 325-326.
– III. Os vasos sagrados IG 327-334.
– IV. As vestes sagradas IG 335-347.
– V. Outras alfaias destinadas ao uso da Igreja IG 348-351.
– Capítulo VII: A escolha da Missa e das suas partes IG 352-367:
– introdução IG 352.
– I. A escolha da Missa IG 353-355.
– II. A escolha das partes da Missa IG 356-367:
– introdução IG 356; as leituras IG 357-362; as orações IG 363; a Oração eucarística
IG 364-365; os cânticos IG 366-367.
– Capítulo VIII: Missas e orações para diversas circunstâncias e Missas de defuntos IG
368-385:
– I. Missas e orações para diversas circunstâncias IG 368-378.
– II. Missas de defuntos IG 379-385.
– Capítulo IX: Adaptações que competem aos Bispos e às suas Conferências IG 386-399.
– introdução IG 386.
– compete ao bispo diocesano IG 387.
– compete às Conferências Episcopais IG 388-399.
INSTRUMENTOS
– musicais: quando se hão-de calar os i. musicais IG 32; onde devem colocar-se os i. mu-
sicais na igreja IG 313; no tempo do Advento usem-se o órgão e outros i. musicais com a
188 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do
Natal do Senhor IG 313; no tempo da Quaresma só é permitido o toque do órgão e dos
outros i. musicais para sustentar o canto IG 313; exceptuam-se, porém, o domingo Laetare
(IV da Quaresma), as solenidades e as festas do tempo da Quaresma IG 313; pertence
à Conferência Episcopal pronunciar-se sobre quais os i. musicais que é lícito admitir no
culto divino IG 393.
– técnicos: aparelhagem sonora IG 306, 311.
INTENÇÕES
– antes da oração colecta IG 54.
– da oração universal: IG 69-71; ordem das quatro séries de i. IG 70; a ordem pode
acomodar-se às circunstâncias IG 70; as intenções devem ser sóbrias IG 71; compete ao
sacerdote celebrante dirigir estas preces IG 71, 138; as i. da oração universal são proferidas
pelo diácono IG 94, 171, 177, 197 por um cantor IG 138, por um leitor IG 99, 138, 197,
por uma mulher leiga IG 107; por outro IG 138, no ambão ou noutro lugar conveniente,
voltado para o povo IG 138, 309; na Missa com a participação de um só ministro as i.
são proferidas pelo ministro IG 264.
– cf. Oração universal.
INTERCESSÃO, INTERCESSÕES
– pelas i. exprime-se que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto
do Céu como da terra, e que a oblação é feita em proveito dela e de todos os seus mem-
bros, vivos e defuntos, chamados a tomar parte na redenção e salvação adquirida pelo
Corpo e Sangue de Cristo IG 79 g; as i. pelos vivos convém confiá-las a um ou outro dos
concelebrantes, que as dirá sozinho, de braços abertos e em voz alta IG 228, 231; as i.
pelos defuntos convém confiá-las a um ou outro dos concelebrantes, que as dirá sozinho,
de braços abertos e em voz alta IG 234; como se pronunciam as i. na concelebração IG
220-221, 223-224, 228, 231, 234.
INTINÇÃO
– quando a comunhão é por i. o acólito segura o cálice IG 191; na concelebração IG 245,
249; como devem ser as hóstias para a i. IG 285 b; rito da Comunhão do Sangue de Cristo
por i. IG 287.
INTRODUÇÃO À MISSA
– quando se faz e quem a faz IG 50, 124.
INTRÓITO
– no início da celebração da Eucaristia IG 46-48.
IRMÃS
– cf. Religiosos.
JEJUM
– j. pascal AL 20.
JESUS
– inclinação da cabeça ao pronunciar-se o nome de Jesus IG 275 a; a Oração eucarística
é dirigida a Deus Pai por Jesus Cristo no Espírito Santo IG 78; o Corpo de Jesus Cristo
ÍNDICE ANALÍTICO 189

vivo e glorioso IG 83; o altar fixo significa mais clara e permanentemente Cristo Jesus,
Pedra viva IG 298.
– terminação das orações presidenciais: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho IG 54;
o sacerdote diz em voz alta a oração Senhor Jesus Cristo, que dissestes IG 154, 266; diz
em voz baixa a oração antes da Comunhão: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo IG
156, 241, 268.
JOELHOS
– ao longo da celebração da Eucaristia, os fiéis estão de j. durante a consagração, excepto se
razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos
razoáveis a isso obstarem IG 43; aqueles que não estão de j. durante a consagração, fazem
uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a c. IG 43; mantenha-se
louvavelmente, onde o haja, o costume de o povo permanecer de j. desde o fim da aclamação
do Sanctus até ao fim da Oração eucarística e antes da Comunhão, quando o sacerdote diz
Eis o Cordeiro de Deus IG 43; os fiéis comungam de j. ou de pé, segundo a determinação
da Conferência Episcopal IG 160; desde a epiclese até à ostensão do cálice, o diácono
permanece habitualmente de j. IG 179.
JOSÉ
– cf. Santos, Solenidade.
«KYRIE, ELEISON»
– na celebração da Eucaristia IG 46, 52, 125, 258; cada uma das aclamações diz-se normalmente
duas vezes, o que não exclui, porém, um maior número IG 52; quando o Kyrie é cantado
como parte do acto penitencial, cada aclamação é precedida de um «tropo» IG 52.
«LAETARE»
– no domingo «L». usam-se flores IG 305, e toca-se o órgão IG 313; cor das vestes no
domingo «L». IG 346 f.
«LAVABO»
– cf. Ablução, Purificação.
LECCIONÁRIO, LECCIONÁRIOS (da Missa)
– o L. é distinto do Evangeliário IG 117; há-de procurar-se de modo particular que o L.
seja verdadeiramente digno, de boa qualidade e belo IG 349; prepara-se no ambão IG 118
b; na procissão de entrada o leitor não pode levar o L. IG 120 d; é colocado no ambão
antes da Missa IG 128; é do L. que os leitores proclamam a primeira leitura e, se for o
caso, também a segunda antes do Evangelho IG 128; há-de procurar-se que os L. sejam
sinais e símbolos das coisas do alto, verdadeiramente dignos, de boa qualidade e belos
IG 349; a Conferência Episcopal tem a faculdade de indicar, em circunstâncias especiais,
certas adaptações que se podem fazer no que se refere às leituras, contanto que os textos
escolhidos sejam do L. devidamente aprovado IG 362.
– para a celebração da Eucaristia:
– o L. dos domingos e solenidades apresenta três leituras IG 357.
– o L. ferial contém as leituras para cada dia da semana, ao longo de todo o ano IG 358;
sempre que celebre a Missa com participação do povo, o sacerdote procurará não deixar
frequentemente e sem motivo suficiente as leituras indicadas para cada dia no L. Ferial
IG 355.
190 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– o L. para as Missas rituais contém as leituras para as Missas de grupos especiais IG


358; nestas Missas o sacerdote pode escolher os textos que melhor se adaptem a essa
celebração particular, contanto que sejam tomados de entre os que vêm no L. aprovado
IG 358; este L. contém ainda as leituras de certos sacramentos ou sacramentais IG
359; o L. para as Missas Rituais foi composto para que os fiéis, através da audição de
uma leitura mais apropriada, compreendam melhor o mistério em que tomam parte e
adquiram maior estima pela palavra de Deus IG 359.
– o salmo responsorial é tirado do L., bem como os outros cânticos entre as leituras IG
61-62.
– cf. também Livro das leituras, Salmo responsorial.

LEIGO, LEIGOS
– as orações pelos l. no Missal Romano tiveram de ser compostas integralmente, utilizando as
ideias, muitas vezes até as expressões, dos recentes documentos conciliares IG 15; o Bispo
diocesano deve procurar que os fiéis l. compreendam sempre profundamente o genuíno
sentido dos ritos e textos litúrgicos IG 22; todos, ministros ordenados ou fiéis cristãos
l., ao desempenharem a sua função ou ofício, façam tudo e só o que lhes compete IG 91;
as acções litúrgicas devem ser feitas com dignidade, ordem e piedade pelos ministros
sagrados e pelos fiéis l. IG 106; as funções litúrgicas, que não são próprias do sacerdote
e do diácono, podem ser confiadas a l. idóneos IG 107; dê-se o primeiro lugar, em razão
do seu significado, à Missa presidida pelo Bispo rodeado do seu presbitério, diáconos e
ministros l. IG 112.
– as indicações para se conseguir a uniformidade nos gestos e atitudes do corpo na mesma
celebração podem ser dadas por um ministro l. IG 43; depois da saudação do povo, um
ministro l., pode, com palavras muito breves, introduzir os fiéis na Missa do dia IG 50;
a homilia nunca pode ser feita por um l. IG 66; as intenções da oração universal podem
ser enunciadas por um fiel l. IG 71; na falta de acólito instituído, podem ser destinados
para o serviço do altar ministros l. que levam a cruz, os círios, o turíbulo, o pão, o vinho
e a água IG 100; também podem ser designados ministros l. para distribuir a sagrada
Comunhão como ministros extraordinários IG 100; na falta de leitor instituído, podem
ser designados outros l. para proclamar as leituras da Sagrada Escritura, desde que sejam
realmente aptos para o desempenho desta função e se tenham cuidadosamente preparado
IG 101; na procissão com o Evangeliário, os ministros l. podem levar o turíbulo e os
círios IG 133; na preparação do altar, o acólito ou outro ministro l. coloca sobre o altar
o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal IG 139; nos ritos de conclusão, antes
de se retirarem, os ministros l. fazem uma inclinação profunda ao altar IG 169; as vestes
usadas pelos ministros l. devem ser benzidas antes de serem destinadas ao uso litúrgico
IG 335; os ministros l. podem vestir a alva ou outra veste legitimamente aprovada pela
Conferência Episcopal em cada região IG 339.

LEITOR, LEITORES
– instituição e importância do l.: para que é instituído o l. IG 99; em qualquer celebração
da Missa, convém que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um l. IG
116; nos textos que devem ser proferidos claramente e em voz alta pelo l., a voz deve
corresponder ao género do próprio texto IG 38; na escolha das partes que o l. deve cantar
com resposta do povo, dê-se preferência às mais importantes IG 40; os l. podem vestir a
alva ou outra veste aprovada IG 339.
ÍNDICE ANALÍTICO 191

– na celebração eucarística o l. tem uma função que lhe é própria e que ele deve exercer
por si mesmo IG 99; funções do l. IG 99, 194-198; antes da celebração, o l. deve saber
perfeitamente quais os textos que ele vai ler IG 352; o lugar do l. na procissão de entrada
IG 120 d, 194; o que pode e não pode levar o l. na procissão de entrada IG 120 d, 194;
se levar o Evangeliário, depõe-no sobre o altar IG 195; o l. pode ler a antífona de entrada
IG 48, 198; na falta de l. instituído podem ser designados outros leigos para proclamar
as leituras IG 101; o l. vai ao ambão fazer a primeira leitura IG 128, 130, 196; no fim da
leitura, o l. profere a aclamação IG 128, 130; se há segunda leitura, o l. proclama-a do
ambão IG 130, 196; com excepção do evangelho, as leituras são proclamadas por um l.
IG 59, 196; como fazer quando falta um l. idóneo IG 59, 135, 176; os l. podem distribuir
entre si as várias leituras IG 109; o l. pode proferir o salmo que segue a primeira leitura
IG 129, 196; as intenções da oração universal podem ser enunciadas por um l. IG 71,
138, 197; o l. pode ler a antífona da Comunhão IG 87, 198; quando estão no ambão, os
l. devem facilmente poder ser vistos e ouvidos IG 309, 311.
LEITURA, LEITURAS
– a Sagrada Escritura nas celebrações litúrgicas: a presença de Cristo nas l. IG 27, 29, 55.
– a Sagrada Escritura na celebração da Eucaristia:
– l. da palavra de Deus e sua explanação IG 29; as l. devem ser escutadas por todos com
veneração IG 29; nas l. anuncia-se a palavra de Deus IG 67; a mais plena compreensão
e a eficácia das l. são favorecidas por um comentário vivo IG 29; admonições antes
das l. IG 31; orações ditas em voz baixa pelo diácono e pelo sacerdote antes da l. do
Evangelho IG 33; a voz deve adaptar-se aos géneros das l. IG 38; todos estão sentados
durante as l. que precedem o Evangelho IG 43; silêncio a seguir às l. IG 45, 56.
– importância das l. bíblicas IG 29, 57-60; nas l. põe-se aos fiéis a mesa da palavra de
Deus IG 57; convém observar uma disposição das l. bíblicas que ilustre a unidade de
ambos os Testamentos e da história da salvação IG 57; juntamente com os cânticos,
as l. são a parte principal da liturgia da palavra IG 55; nas l. Deus fala ao seu povo IG
55; não é lícito substituir as l. e o salmo responsorial por outros textos não bíblicos
IG 57; a l. do Evangelho é o ponto culminante da liturgia da palavra IG 60; a sua l.
distingue-se das outras com honras especiais IG 60; quais são essas várias honras IG
60; aclamação antes da l. do Evangelho IG 62-64; as l. são explicadas na homilia IG
65, 67.
– reforma: l. mais abundantes na Missa CA (3-4); l. dominicais distribuídas por um ciclo
de três anos CA (9); l. do Antigo Testamento e dos Actos dos Apóstolos nos dias festivos
CA (9); l. contínua nos dias feriais IG 358; l. nas Missas de defuntos IG 385.
– escolha das l . para a celebração: as adaptações litúrgicas consistem, muitas vezes, na
escolha de certas l. IG 24; a l. da Sagrada Escritura na celebração da Eucaristia, deve
corresponder às necessidades da comunidade IG 352; escolha IG 357-362, 370; não
se devem deixar frequentemente as l. indicadas para cada dia IG 355; l. feriais nas
Missas para diversas circunstâncias IG 370; pertence à Conferência Episcopal definir
as adaptações a fazer às l. da Sagrada Escritura a utilizar em situações particulares IG
390; é à Sagrada Escritura que se vão buscar as l. a ler IG 391.
– modo de proferir as l.: como devem ser proferidas as l. IG 38; na celebração da Missa
com o povo, as l. proclamam-se sempre do ambão IG 58, 128, 130, 196, 260, 309; na
Missa sem o povo as l. podem ser proferidas do atril IG 260; segundo a tradição, a
função de proferir as l. não é presidencial, mas sim ministerial IG 59; por isso as l. são
192 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

proclamadas por um leitor IG 59, 99; depois de cada l. profere-se a aclamação IG 59;
a resposta à aclamação é homenagem à palavra de Deus IG 59; a primeira l. é seguida
do salmo responsorial IG 61; o salmo responsorial corresponde a cada l. IG 61; depois
da l. que precede imediatamente o Evangelho, canta-se o Aleluia IG 62; o que se canta
no caso de haver uma só l. antes do Evangelho IG 62; as l. podem ser proferidas por
mulheres IG 107; l. na celebração da Missa com a participação de um só ministro IG
260-262; os fiéis estão sentados durante as l. que precedem o Evangelho IG 43; silêncio
depois das l. IG 45; não é conveniente que vários leitores dividam entre si um único
elemento da celebração, p. ex., a mesma leitura lida por dois, um após o outro, a não
ser que se trate da Paixão do Senhor IG 109.
– l. em forma mais longa ou mais breve IG 360; na escolha, deve ter-se presente o critério
pastoral IG 360.
– l. facultativas: quando se dá a faculdade de escolher entre um ou outro texto já deter-
minado, ou proposto como facultativo, deverá atender-se à utilidade dos participantes
IG 361; quando acontece isso IG 361.
– cf. também Feriais (leituras).
«LEX ORANDI»
– no novo Missal, a norma da oração («l.o.») está em consonância com a norma da fé («lex
credendi») IG 2; a «l.o.» da Igreja Romana é testemunhada no novo Missal IG 10; nas
questões litúrgicas, a Igreja particular deve estar de acordo com a Igreja universal, não só
para evitar os erros, mas também para transmitir a integridade da fé, porque a «norma da
oração» (lex orandi) da Igreja corresponde à sua «norma da fé» (lex credendi) IG 397.
LÍNGUA, LÍNGUAS
– latina: legitimidade e eficácia das celebrações litúrgicas em latim IG 12; os fiéis devem
saber cantar em latim pelo menos algumas partes do Ordinário da Missa IG 41.
– vernácula: a l. vernácula já fora pedida no Concílio de Trento para a celebração da Eucaristia
IG 11, mas os Padres não julgaram oportuno que ela fosse celebrada habitualmente em l.
vulgar IG 11, e condenaram quem dissesse que a Missa deveria celebrar-se somente em
l. vulgar IG 11; Trento proibiu, portanto, o uso da l. vulgar na Missa IG 11; em circuns-
tâncias históricas bem diferentes, o Concílio Vaticano II não teve dificuldade em admitir
que não raro pode ser de grande utilidade para o povo o uso da l. vernácula na Liturgia IG
12, e autorizou o seu uso IG 12; o entusiasmo com que por toda a parte foi recebida esta
decisão conciliar teve como resultado que se passou a autorizar a l. vulgar em todas as
celebrações litúrgicas com participação do povo IG 12; o uso da l. vernácula na Liturgia
é um instrumento de grande importância para exprimir mais claramente a catequese do
mistério contida na celebração IG 13; nos textos a proferir em voz alta, tenha-se em conta
a índole peculiar de cada l. IG 38; o Kyrie e a índole de cada l. IG 52; nos países de l.
portuguesa as orações concluem todas do mesmo modo IG 54; compete à Conferência
Episcopal, em primeiro lugar, preparar e aprovar, nas l. vernáculas autorizadas, a edição
do Missal Romano IG 389; utilize-se uma linguagem adaptada aos fiéis da região, mas
dotada de nobre qualidade literária IG 392; muito convém, que nas regiões onde se uti-
liza a mesma l., haja, na medida do possível, a mesma versão para os textos litúrgicos,
principalmente para os textos bíblicos e para o Ordinário da Missa IG 392.
LITURGIA, LITURGIAS
– pela liturgia da terra a Igreja participa, saboreando-a já, na liturgia celeste celebrada na
cidade santa de Jerusalém, para a qual como peregrina se dirige, onde Cristo está senta-
ÍNDICE ANALÍTICO 193

do à direita de Deus IG 318; a própria natureza da Liturgia exige a participação plena,


consciente e activa que é, para os próprios fiéis, por força da sua condição, um direito e
um dever IG 386; aquilo que o Bispo diocesano deve ter em vista, em primeiro lugar, é
alimentar o espírito da sagrada l. nos presbíteros, diáconos e fiéis IG 387; o canto é parte
necessária ou integrante da l. IG 393.
– índole didáctica da l. IG 12; índole pastoral da l. IG 12; a l. realiza-se por meio de sinais
sensíveis IG 20.
– importância na vida da Igreja: a necessidade de rever e enriquecer a l. deve considerar-se
como passagem salutar do Espírito Santo pela Igreja CA (2).
LITURGIA EUCARÍSTICA
– o mistério admirável da presença real do Senhor é claramente expresso na celebração da
Missa, não só pelas próprias palavras da consagração, mas também pela forma como, ao
longo da l.e., se exprimem os sentimentos de suma reverência e adoração IG 3.
– a l.e. é uma das duas partes da Missa IG 28; está intimamente unida à liturgia da palavra
IG 28; com ela forma um só acto de culto IG 28; é a mesa onde os fiéis recebem alimento
IG 28; descrição da l.e. da Missa IG 72-80; a estrutura da l.e. foi ordenada a partir das
palavras e gestos de Cristo IG 72; descrição da l.e. na Missa com o povo, no que diz
respeito ao sacerdote IG 139-165, no que diz respeito ao diácono IG 178-183, no que diz
respeito ao acólito IG 190-193; descrição da l.e. da concelebração IG 214-249; descrição
da l.e. na Missa com a participação de um só ministro IG 265-271.
LITURGIA DA PALAVRA
– na celebração da Eucaristia: é uma das duas partes da Missa IG 28; está intimamente
unida à liturgia eucarística IG 28; com ela forma um único acto de culto IG 28; é a mesa
onde os fiéis recebem instrução IG 28; se o Bispo estiver presente mas não celebrar a
Eucaristia por ter confiado a outrem essa celebração, convém que seja ele a presidir à l.p.
IG 92; a parte principal da l.p. é constituída pelas leituras e cantos intercalares IG 55; a
homilia e a profissão de fé desenvolvem a l.p. IG 55; a oração universal conclui a l.p. IG
55; descrição da l.p. na celebração da Eucaristia IG 55-71; a l.p. deve ser celebrada de
modo a favorecer a meditação IG 56; deve, por isso, evitar-se completamente qualquer
forma de pressa que impeça o recolhimento IG 56; haja nela também breves momentos
de silêncio, adaptados à assembleia reunida IG 56; pode ser oportuno observar estes
momentos de silêncio no início da própria l.p., depois da primeira e da segunda leitura
e após a homilia IG 56; na celebração da Eucaristia com o povo, no que diz respeito ao
sacerdote IG 128-138, no que diz respeito ao diácono IG 175-177, no que diz respeito ao
leitor IG 196-198; descrição da l.p. da concelebração IG 212-213; descrição da l.p. na
Missa com a participação de um só ministro IG 260-264.
– cf. também Palavra de Deus.
«LIVRAI-NOS»
– é dito de braços abertos IG 153.
LIVRO DE CANTO
– na celebração da Eucaristia, o l.c. prepara-se junto à cadeira do sacerdote IG 118 a.
LIVRO DOS EVANGELHOS
– cf. Evangeliário, Leccionário (da Missa).
194 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

LIVRO DAS LEITURAS


– cf. Leccionário (da Missa).
LIVROS LITÚRGICOS
– os antigos l.l. Hispânicos e Galicanos, têm sido objecto de várias edições críticas IG 8;
há-de procurar-se que os l.l., destinados à proclamação da palavras de Deus, sejam de
facto, na acção litúrgica, sinais e símbolos das coisas do alto e, por isso, verdadeiramente
dignos, de boa qualidade e belos IG 349; no nosso tempo, a identidade e a expressão
unitária do R. romano encontra-se nas edições típicas dos l.l. promulgados por autoridade
dos Sumos Pontífices e nos l.l. que lhes correspondem, aprovados pelas Conferências
Episcopais para os seus territórios e confirmados pela Sé Apostólica IG 397; a procura
da inculturação não pretende de modo algum a criação de novas famílias rituais, mas sim
responder às exigências de determinada cultura, de tal modo, porém, que as adaptações,
quer no Missal quer nos outros l.l., não sejam prejudiciais à índole própria do R. romano
IG 398.
– em algumas celebrações que, segundo as normas dos l.l., se ligam à Missa, os ritos iniciais
omitem-se ou realizam-se de modo específico IG 46; o sacristão prepara com diligência
os l.l. IG 105 a; a preparação prática de cada celebração litúrgica deve fazer-se segundo o
Missal e outros l.l. IG 111; para a bênção dos vasos sagrados, sigam-se os ritos prescritos
nos l.l. IG 333.
LUGAR
– da celebração da Eucaristia:
– a Eucaristia celebra-se na igreja ou noutro l. decente e digno IG 288; esse l. deve ser
adaptado à celebração e facilitar a participação dos fiéis IG 288; os edifícios devem
ser belos IG 288.
– dos fiéis: deve permitir-lhes participar nas celebrações com a vista e com o espírito IG
311; deve ter bancos ou cadeiras, dispostos de tal modo, que os fiéis possam facilmente
adoptar as atitudes do corpo requeridas para as diferentes partes da celebração IG 311;
reprova-se o costume de reservar l. especiais para pessoas privadas IG 311; o l.f. deve
ser bem sonorizado IG 311.
– do grupo dos cantores: deve manifestar que o grupo coral faz parte da assembleia dos
fiéis IG 312; deve facilitar-lhe o desempenho do seu ministério e permitir aos seus
membros a participação na Comunhão IG 312.
– do órgão e dos outros instrumentos musicais: deve ser apropriado, de modo a poderem
apoiar o canto IG 313.
MÃO, MÃOS
– o sacerdote: depois da apresentação dos dons, o sacerdote lava as m., ao lado do altar,
exprimindo, com este rito, o desejo de uma purificação interior IG 76.
– m. juntas: é de m. juntas que o sacerdote convida a cada uma das orações presidenciais, ao
dizer Oremos IG 127, 165, 259; que diz em silêncio, Purificai o meu coração IG 132; que
convida à oração universal IG 138; que diz a admonição que antecede a oração dominical
IG 152, 237; que diz em silêncio a oração: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo [ou:
A comunhão do vosso Corpo e Sangue] IG 156, 241; que, logo a seguir à bênção, diz:
Ide em paz e o Senhor vos acompanhe IG 168; que na proclamação do Evangelho diz:
O Senhor esteja convosco IG 134, 175; que na consagração do pão diz: Na hora [ou: Na
noite, ou: Quando chegou a hora] em que Ele Se entregava IG 227 b, 230 b, 233 b; que
ÍNDICE ANALÍTICO 195

na consagração do cálice diz: De igual modo IG 222 b, 227 b, 230 b, 233 b; que na Oração
eucarística diz, profundamente inclinado: Humildemente Vos suplicamos, até às palavras:
participando deste altar IG 222 e; é de m. juntas que o diácono, na proclamação do Evan-
gelho, diz: O Senhor esteja convosco IG 175; quando diz: Saudai-vos na paz de Cristo IG
181; quando despede o povo, dizendo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe IG 185.
MARIA (Virgem)
– cf. Virgem Maria.
MÁRTIRES
– memórias dos m. no ano litúrgico MP (7), AL 8; inserção dos nomes de alguns mártires
no Calendário Romano MP (9).
MATERIAIS
– os m. apreciados e duros podem servir para fabricar vasos sagrados IG 328-329.
MELODIA, MELODIAS
– dado que hoje é cada vez mais frequente o encontro de fiéis de diferentes nacionalidades,
convém que eles saibam cantar em latim pelo menos algumas partes do Ordinário da
Missa, sobretudo o símbolo da fé e a oração dominical, nas suas m. mais fáceis IG 41.
– tendo em conta o lugar importante do canto na celebração, pertence à Conferência Episcopal
aprovar m. apropriadas, sobretudo para os textos do Ordinário da Missa, para as respostas
e aclamações do povo e para os ritos especiais que ocorrem durante o ano litúrgico IG
393; pertence-lhe igualmente pronunciar-se sobre quais as m. que é lícito admitir no culto
divino IG 393.
MEMÓRIA, MEMÓRIAS
– denominação: AL 10; ou são obrigatórias ou facultativas AL 14; como se ordena a
celebração das m. AL 14; as m. dos calendários diocesanos devem preferir-se às m. do
calendário geral IG 355; cores a usar em cada m. IG 346; leituras nas m. IG 357; escolha
das orações para as m. IG 363.
– obrigatórias: do calendário geral: C 59; m. próprias C 59; m. obrigatórias do padro-
eiro secundário do lugar, da diocese, da região, da província religiosa C 59; como se
celebram as m. obrigatórias AL 14; calendário a seguir nas m. IG 354; Missas para
diversas necessidades, ou para diversas circunstâncias e Missas votivas que podem
celebrar-se nas m. obrigatórias IG 376; Missas de defuntos que podem celebrar-se nas
m. obrigatórias IG 381.
– m. facultativas: C 59; m. facultativa de Santa Maria no sábado AL 15; como se celebram
as m. facultativas AL 14; quando ocorrem no mesmo dia várias m. facultativas, só uma
delas pode ser celebrada AL 14; Missas ou colectas a escolher nas m. facultativas IG 355;
Missas para diversas circunstâncias e votivas que podem celebrar-se nas m. facultativas
IG 377; Missas de defuntos que podem celebrar-se nas m. facultativas IG 381.
– cf. também Santos.
MEMORIAL
– a Eucaristia é o m. da morte e ressurreição de Cristo IG 2; a Eucaristia foi instituída como
m. da paixão e da ressurreição e confiada à Igreja IG 17; na Missa ou Ceia do Senhor, o
povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do sacerdote que actua na pessoa
de Cristo, para celebrar o m. do Senhor ou sacrifício eucarístico IG 27; neste m., a Igreja,
196 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

de modo especial aquela que nesse momento e nesse lugar está reunida, oferece a Deus
Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada IG 79 f; a intercessão Celebrando agora o m.
é dita de braços abertos IG 222 d, 227, 230 d; pela reverência devida à celebração do m.
do Senhor e ao banquete em que é distribuído o Corpo e o Sangue de Cristo, o altar deve
ser coberto ao menos com uma toalha de cor branca IG 304.
MESTRE DE CERIMÓNIAS
– nas catedrais e igrejas de maior importância deve haver um m.c. IG 106.
MINISTÉRIO, MINISTÉRIOS
– sentido genérico: a diversidade de ministérios litúrgicos é significada pela diversidade das
vestes IG 335.
– na celebração da Eucaristia: IG 91-111; os fiéis não devem recusar o exercício de
algum ministério especial na celebração IG 97; vários ministros podem dividir entre si
as diversas partes de um mesmo m. IG 109; quando na Missa há um só ministro, este
desempenha as diversas funções IG 110; todos os m. inferiores aos que são próprios
do diácono podem ser exercidos por homens leigos, mesmo não instituídos IG 107.
MINISTRO, MINISTROS
– ordenados e não ordenados:
– sacerdotes incluídos: quando se diz «sacerdote e ministros sagrados» trata-se apenas do
sacerdote e do diácono, embora pela palavra «ministros» se designem também outros
que realizam algum ofício litúrgico, como os leitores, etc (cf. Notitiae 6, 1970, p. 104;
cf. também variações de 1972, introduzidas na IGMR); m. são todos os que realizam
alguma função litúrgica na celebração da Eucaristia IG 91; cada m. deve fazer tudo mas
só o que lhe compete IG 91; como devem os m. proferir os textos IG 38; no ambão, os
m. devem ser facilmente vistos e ouvidos IG 309; os m. devem participar na celebração
da Missa segundo a sua condição IG 17; não é conveniente que vários m. dividam entre
si um único elemento da celebração, p. ex., a mesma leitura lida por dois, um após o
outro, a não ser que se trate da Paixão do Senhor IG 109.
– m. inferiores ao sacerdote: vestes para os m. IG 119; na celebração da Eucaristia os m.
estão perto do Bispo IG 112; quando na celebração há um só m. IG 110, 115, 116; na
celebração da Eucaristia com a participação de um só ministro IG 252-272.
– só ordenados: ministros sagrados são só o Bispo, o presbítero e o diácono (cf. Notitiae 6,
1970, p. 104); presença de Cristo na pessoa do m. na celebração da Eucaristia IG 27.
– só não ordenados: uso das vestes pelos acólitos, leitores e outros m. leigos IG 339; os m.
não ordenados e não instituídos, na celebração da Eucaristia IG 100, 101, 105; admonições
a fazer pelos m. na celebração da Eucaristia IG 43; é permitida a Comunhão sob as duas
espécies aos m. que desempenham algum ofício na Missa IG 283.
– na distribuição da comunhão sob as duas espécies, o m. extraordinário da Comunhão
pode ministrar ao cálice IG 284 a.
– m. leigos chamados para distribuir a comunhão: podem ser vários IG 162; quem pode
ser chamado IG 162; esses ministros aproximam-se do altar depois de o sacerdote ter
comungado IG 162; recebem sempre da mão do sacerdote celebrante o vaso com as
espécies eucarísticas a distribuir aos fiéis IG 162.
MISSA (formas de celebração)
– estrutura da M., seus elementos e suas partes IG 27-90; estrutura geral da M. IG 27-28;
os diversos elementos da M. IG 29-45: leitura da palavra de Deus e sua explanação IG
ÍNDICE ANALÍTICO 197

29; orações e outros elementos que pertencem à função do sacerdote IG 30-33; outras
fórmulas utilizadas na celebração IG 34-37; modo de proferir os vários textos IG 38;
importância do canto IG 39-41; os gestos e atitudes corporais IG 42-45; as várias partes
da M. IG 46-90: ritos iniciais IG 46-54; liturgia da palavra IG 55-71; liturgia eucarística
IG 72-89; rito de conclusão IG 90.
– ofícios e ministérios na M. IG 91-111; ofícios da ordem sacra IG 92-94; funções do
povo de Deus IG 95-97; ministérios especiais IG 98-107; distribuição das funções e
preparação da celebração IG 108-111.
– diversas formas de celebração da M. IG 112-287; M. com o povo IG 115-198: M. sem
diácono IG 120-170; M. com diácono IG 171-186; funções do acólito 187-193; funções
do leitor 194-198; M. concelebrada IG 199-251; M. com a participação de um só ministro
IG 252-272; normas gerais para todas as formas de celebração da M. IG 273-287.
– presidida pelo Bispo na Igreja particular: nela se manifesta o mistério da Igreja IG 22,
112; deve ser exemplar para toda a diocese IG 22.
– paroquial: deve ter-se em grande apreço, já que a comunidade paroquial representa a
Igreja universal num determinado tempo e lugar IG 113; a M. paroquial dominical vem
logo a seguir, em importância, à M. presidida pelo Bispo IG 113.
– conventual: como se celebra IG 114; concelebração IG 114, 199; é permitida a Comunhão
sob as duas espécies aos membros das comunidades, na Missa conventual IG 283.
– “da comunidade”: como se celebra IG 114; concelebração IG 114; é permitida a Co-
munhão sob as duas espécies aos membros das comunidades, na Missa que é chamada
“da comunidade” IG 283.
– com o povo: é a M. celebrada com participação dos fiéis IG 115; descrição do rito IG
115-198; nos domingos e festas deve ser celebrada com canto e número adequado de
ministros IG 115; mas também pode celebrar-se sem canto e com um só ministro IG
115; pode haver sempre um diácono IG 116; convém que o sacerdote celebrante seja
assistido normalmente por um acólito, um leitor e um cantor IG 116.
– concelebrada: é uma oportuna manifestação da unidade do sacerdócio e do sacrifício, pelo
facto de ser celebrada por vários sacerdotes IG 199; descrição do rito: IG 199-251.
– quotidiana: recomenda-se aos sacerdotes a M. quotidiana: IG 19.
– com a participação de um só ministro: é a M. celebrada pelo sacerdote, apenas com a
participação de um ministro que lhe responde IG 252; segue o rito da M. com o povo,
com as adaptações indicadas IG 252-272.
– celebrada apenas pelo sacerdote: é a M. que, por causa justa e razoável, é celebrada sem
a presença de um ministro ou, ao menos, de um fiel IG 254; neste caso omitem-se as
saudações e a bênção final IG 254.
– cf. também Concelebração, Eucaristia (celebração).

MISSA, MISSAS (formulários)


– a escolha da M. e das suas partes IG 352-367; a escolha da M. IG 353-355; a escolha
das partes da M. IG 356-367; é conveniente que cada diocese tenha o seu próprio das
M. IG 394.
– a eficácia pastoral da celebração aumentará certamente, se a escolha das leituras, orações
e cânticos corresponder às necessidades, à formação espiritual e à mentalidade dos que
nela tomam parte, o que se consegue usando criteriosamente a liberdade de escolha quer
198 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

a Instrução descreve IG 352; no ordenamento da M. o sacerdote deve atender mais


ao bem espiritual do povo de Deus do que aos seus gostos pessoais IG 352; a escolha
das partes da M. deve fazer-se de comum acordo com aqueles que têm parte activa na
celebração IG 352; dado que é muito ampla a faculdade de escolha, é necessário que,
antes da celebração, todos os que nela vão intervir saibam perfeitamente quais os textos
que vão ser utilizados, não deixando nada à improvisação IG 352.
– diversos tipos de formulários de M:
– M. própria da vigília nas solenidades AL 11.
– M. e orações para diversas circunstâncias IG 368-378; convém que as M. para diversas
circunstâncias sejam usadas com moderação IG 369; leituras e cânticos intercalares nas
M. para diversas circunstâncias IG 370; nas M. para diversas circunstâncias incluem-se
as M. rituais, as M. para várias necessidades, as M. para diversas circunstâncias e as M.
votivas IG 371.
– M. rituais: foram revistas CA (11); no novo Missal Romano IG 15; quando não são
permitidas IG 372; que vestes se usam IG 347; leituras IG 359.
– M. crismal: concelebração IG 199; seu significado IG 203; o seu prefácio IG 4.
– M. para as várias necessidades: no novo Missal Romano IG 15; quando se escolhem
IG 355 c; as M. para várias necessidades ou para várias circunstâncias, usam-se em
determinados casos IG 373; delas se podem escolher as M. para as súplicas no decurso
do ano IG 373; M. apropriada por ordem ou com licença do Ordinário do lugar no caso
de uma necessidade particularmente grave ou de utilidade pastoral IG 374; quando são
proibidas as M. para diversas necessidades IG 376; no entanto, a juízo do reitor da
igreja ou até do sacerdote celebrante, pode usar-se, nesses dias, a Missa correspondente
a essa necessidade ou utilidade pastoral IG 376; nas memórias facultativas e nas férias
do tempo comum IG 377; vestes a usar IG 347.
– M. votivas: foram revistas CA (11); quando se escolhem IG 355 c; as M. votivas dos
mistérios do Senhor ou em honra da Virgem Maria ou dos Anjos ou de algum Santo
ou de Todos os Santos, podem celebrar-se, para satisfazer à piedade dos fiéis, nos
dias feriais do Tempo Comum IG 375; mas não podem celebrar-se, como votivas, as
Missas que se referem a certos mistérios da vida do Senhor e da Virgem Maria IG 375;
quando são proibidas as M. votivas IG 376; no entanto, a juízo do reitor da igreja ou
até do sacerdote celebrante, pode usar-se, nesses dias, a Missa correspondente a essa
necessidade ou utilidade pastoral IG 376; nas memórias facultativas e nos dias feriais
do tempo comum 355 c; vestes a usar IG 347.
– M. de defuntos: IG 379-385; a sua finalidade IG 379; deve ser moderado o seu uso IG
355; escolha e ordenamento das partes das M. de defuntos IG 385; vestes a usar IG
346 d, e; homilia IG 382; Comunhão eucarística IG 383.
– M. exequial: como se liga com o rito das exéquias IG 384; escolha e ordenamento das
partes da M. exequial IG 385; quando se pode celebrar a M. exequial IG 380; deve
fazer-se homilia na M. exequial IG 382.
– M. depois de recebida a notícia da morte: quando pode celebrar-se IG 381.
– M. na sepultura definitiva: quando pode celebrar-se IG 381.
– M. no primeiro aniversário: quando pode celebrar-se IG 381.
– M. «quotidianas» de defuntos: quando podem celebrar-se IG 381.
ÍNDICE ANALÍTICO 199

MISSAL
– prepara-se junto à cadeira do sacerdote IG 118 a; coloca-se no altar IG 73, 139, 178, 190,
255; o diácono serve o sacerdote no que se refere ao m. IG 171 b, 179.
MISSAL ROMANO
– o M.R. é uma prova da solicitude da Igreja para com a Eucaristia IG 1; no novo M.R., a
norma da oração (lex orandi) da Igreja está em consonância perfeita com a perene norma
de fé (lex credendi) IG 2; quer a edição do M.R. de 1570, quer a do Concílio Vaticano II
de 1970, seguem a mesma tradição chamada ‘antiga norma dos Santos Padres’ IG 6; o
M.R. de Paulo VI vem aperfeiçoar o M.R. de Pio V IG 6; o M. de 1570 pouco difere do
primeiro impresso em 1474, o qual, por sua vez, reproduz fielmente o M. do tempo de
Inocêncio III IG 7; a “norma dos Santos Padres”, que os correctores do M. de S. Pio V
se propunham seguir, encontra-se enriquecida com numerosos estudos de eruditos IG 8;
o M.R. significa um passo importante na tradição litúrgica IG 10; testemunha a unidade
dos fiéis CA (13); as adaptações no M.R. IG 15, 25; a reforma do M.R., levada a efeito no
nosso tempo, teve a preocupação de que todos os fiéis, na celebração eucarística, possam
chegar àquela plena, consciente e activa participação, que a própria natureza da Liturgia
exige e que é, para os próprios fiéis, por força da sua condição, um direito e um dever IG
386; a procura da inculturação não pretende de modo algum a criação de novas famílias
rituais, mas sim responder às exigências de determinada cultura, de tal modo, porém, que
as adaptações, quer no M.R. quer nos outros livros litúrgicos, não sejam prejudiciais à
índole própria do R. romano IG 398; o M.R., apesar da diversidade de lugares e duma certa
variedade de costumes, deve conservar-se no futuro como instrumento e sinal admirável
da integridade e da unidade do Rito romano IG 399.
– edição precedente: o valor do M.R. promulgado por Pio V CA (1); descrição dos critérios
de publicação do M. de Pio V IG 7; rito da concelebração a inserir CA (3); a revisão
e o enriquecimento do M. de Pio V eram sentidas como uma necessidade CA (2).
– nova edição: critérios de revisão do M.R. IG 8; fórmula de promulgação do M.R. CA
(14); o sacerdote deve procurar que o sentido da admonição proposta no M. seja sempre
mantido e expresso em poucas palavras IG 31; os fiéis devem obedecer às indicações
que, no decurso da mesma, lhes forem dadas pelo diácono, por um ministro leigo ou
pelo sacerdote, de acordo com o que está estabelecido no M. IG 43; deve fazer-se a
preparação prática de cada celebração litúrgica, segundo o Missal e outros livros litúr-
gicos IG 111; o sacerdote escolhe uma das Orações eucarísticas que se encontram no
M.R. ou que a Sé Apostólica tenha aprovado IG 147; o grande número de Prefácios
com que está enriquecido o M.R. tem como finalidade que os temas da acção de graças
da Oração eucarística brilhem mais plenamente IG 364; o M. apresenta formulários de
Missas e de orações que podem ser utilizados nas diversas circunstâncias da vida cristã,
pelas necessidades do mundo inteiro ou pelas necessidades da Igreja universal e local IG
368; compete à Conferência Episcopal, em primeiro lugar, preparar e aprovar, na língua
vernácula autorizada, a edição deste M.R., para que, confirmada pela Sé Apostólica, seja
utilizada nas regiões a que se destina IG 389; o M.R. deve ser editado integralmente
nas traduções vernáculas legitimamente aprovadas IG 389; pertence às Conferências
Episcopais definir as adaptações que se indicam nesta Instrução geral e no Ordinário
da Missa e que, depois de confirmadas pela Sé Apostólica, hão-de ser introduzidas no
próprio M.R. IG 390; poderão ser introduzidos no M.R., em lugar conveniente, os
Directórios ou as Orientações pastorais que as Conferências Episcopais julgarem úteis,
200 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

previamente confirmados pela Sé Apostólica IG 390; é conveniente que, ao editar o


M.R., sejam inseridas no respectivo lugar do calendário geral as celebrações próprias
de toda a nação ou duma região mais alargada IG 394; as celebrações da região ou da
diocese devem vir em apêndice particular IG 394.
«MISSALE ROMANUM»
– Constituição Apostólica: primeiro documento do novo Missal Romano CA (1-14).
MISTÉRIO, MISTÉRIOS
– de Cristo: o seu sentido e celebração no ano litúrgico MP (4-6), AL 1, 17.
– da redenção: presença do m. da redenção na celebração da Eucaristia IG 16; Deus revela
o m. da redenção nas leituras da Sagrada Escritura IG 55.
– da salvação:
– a continuidade do m. da salvação manifesta-se nas leituras da Sagrada Escritura CA (8);
Deus manifesta o m. da salvação nas leituras da Sagrada Escritura IG 55; o povo de
Deus dá graças pelo m. da salvação IG 5; acção de graças na Oração eucarística pelo
m. da salvação IG 79 a; os prefácios põem em relevo os aspectos mais salientes do m.
da salvação CA (6).
– o calendário geral contém todo o ciclo das celebrações do m. da salvação C 49; as
festas dos Santos não prevaleçam sobre as festas que comemoram os m. da salvação
MP (8).
– da Eucaristia: cf. Eucaristia.

«MISTÉRIO DA FÉ»
– aclamação antes da anamnese CA (6); depois de o sacerdote dizer: Mistério da fé, o povo
aclama, utilizando uma das fórmulas prescritas IG 151; omite-se quando nenhum fiel,
dos que participam na celebração, é capaz de responder e também nas concelebrações dos
sacerdotes, quando não estão presentes os fiéis (cf. Notitiae 5, 1969, p. 324-325).

MISTÉRIO PASCAL
– pelo m.p. Cristo realizou a obra da redenção humana e da glorificação de Deus AL 18; o
m.p. é fonte da graça divina IG 368.
– celebração no ano litúrgico: a celebração do m.p. constitui o momento «privilegiado» do
culto cristão MP (1); o m.p. celebra-se no domingo AL 4; a Quaresma prepara para a
celebração do m.p. AL 27; o m.p. é proclamado e renovado nas festas («natalícia») dos
Santos MP (7).

MODERAÇÃO
– haja m. na ornamentação do altar IG 305; no tempo do Advento ornamente-se o altar com
flores com a m. que convém à índole deste tempo IG 305; no tempo do Advento usem-se
o órgão e outros instrumentos musicais com a m. que convém à índole deste tempo IG
313; convém que as Missas para diversas circunstâncias sejam usadas com m. IG 369.

MODERAR
– pertence ao sacerdote presidente m. a palavra de Deus e dar a bênção final IG 31; compete
ao sacerdote celebrante m. as preces da oração universal IG 71, 138; ao Bispo diocesano
se confia, nesta Instrução, o encargo de m. a disciplina da concelebração IG 387.
ÍNDICE ANALÍTICO 201

MONIÇÃO, MONIÇÕES
– cf. Admonição, Convite.
MOVIMENTO LITÚRGICO
– Pio XII classificou o m.l. como sinal das disposições de Deus a respeito do tempo presente
CA (2).
MULHER, MULHERES
– o pároco pode confiar a m. leigas, mediante uma bênção litúrgica ou por nomeação tem-
porária, as funções litúrgicas que não são próprias do sacerdote ou do diácono IG 107;
ministérios da m. na celebração da Eucaristia IG 100-106. 107.
«MUNDA COR MEUM»
– antes do Evangelho IG 60, 132, 135, 262, 275 b.
MÚSICA
– que cresça a dignidade das mesmas celebrações, para a promoção da dignidade das
celebrações muito contribui a beleza da m. IG 22; além do canto gregoriano, de modo
nenhum se devem excluir outros géneros de m. sacra, principalmente a polifonia, desde
que correspondam ao espírito da acção litúrgica e favoreçam a participação de todos os
fiéis IG 41; preparação da celebração litúrgica quanto à m. IG 111; ministérios da m. na
celebração da Eucaristia IG 103.
– cf. Arte, Cântico, Canto, Instrumentos (musicais).
«MYSTERII PASCHALIS»
– Carta Apostólica MP (1-13).
NAÇÃO, NAÇÕES
– muitas festas dos Santos ficarão a ser celebradas só por uma nação particular MP (8), AL 9.;
é conveniente que, ao editar o Missal Romano, sejam inseridas no respectivo lugar do ca-
lendário geral as celebrações próprias de toda a n. ou duma região mais alargada IG 394.
NARRAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
– cf. Palavras (da instituição da Eucaristia).
NATAL DO SENHOR
– solenidade do N.S.: C 59; o Tempo do Advento termina antes das Vésperas I do N.S. AL
40; o Tempo do Natal decorre desde as Vésperas I do N.S. AL 33; na solenidade do N.S.
podem celebrar-se três Missas AL 34; é permitido celebrar ou concelebrar nesse dia mais
do que uma vez IG 204 c; neste dia às palavras «E encarnou» genuflecte-se IG 137.
– tempo do N.: AL 32-38; decorre desde as Vésperas I do N.S. até ao domingo depois da
Epifania AL 33; o que celebra o tempo do N. AL 33; vestes que se usam no tempo do N.
IG 346 a.
– domingos: C 59; domingo II depois do N. AL 36.
– dias feriais: C 59; calendário que se segue nos dias feriais do Advento, do Natal, da
Quaresma e do Tempo Pascal IG 354; Missa a escolher IG 355 b; têm colectas próprias
CA (11); Missas para diversas necessidades ou para várias circunstâncias e Missas
votivas nos dias feriais deste tempo IG 376.
– cf. também Oitava (do Natal), Vigília (do Natal).
202 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

NATALÍCIOS (dias)
– cf. Santos.
NAVETA
– prepara-se na sacristia IG 119.
NOITE PASCAL
– cf. Vigília (pascal).
NOMES DA MISSA
– celebração eucarística IG 19, 20, 21, 22, 80, 91, 94, 99, 114, 171, 350, 386; ceia pascal
IG 1; ceia do Senhor IG 3, 17, 27, 199, 203, 204, 319; fracção do pão IG 321; memorial
do Senhor IG 27, 304; Missa IG 1, 2, 3, 4, 16, 17, 27...; sacrifício eucarístico IG 2, 11,
17, 19, 27...
NORMA, NORMAS
– n. gerais: no novo Missal, a n. da oração (lex orandi) da Igreja está em consonância perfeita
com a perene n. da fé (lex credendi) IG 2, 10; nas questões litúrgicas, a Igreja particular
deve estar de acordo com a Igreja universal, não só para evitar os erros, mas também para
transmitir a integridade da fé, porque a «n. da oração» (lex orandi) da Igreja corresponde
à sua «n. da fé» (lex credendi) IG 397; a antiga n. dos Santos Padres relativamente ao
novo Missal Romano CA (8), IG 6, 8, 9; a reforma do Missal Romano, levada a efeito no
nosso tempo segundo as n. dos decretos do II Concílio do Vaticano, teve a preocupação
de que todos os fiéis, na celebração eucarística, possam chegar àquela plena, consciente
e activa participação, que a própria natureza da Liturgia exige e que é, para os próprios
fiéis, por força da sua condição, um direito e um dever IG 386; as n. litúrgicas do Concílio
de Trento foram em grande parte completadas e aperfeiçoadas pelas do II Concílio do
Vaticano IG 15; o objectivo da Instrução geral é traçar as linhas gerais por que se há-de
regular toda a celebração eucarística e expor as n. a que deverá obedecer cada uma das
formas de celebração IG 21; nas rubricas e n. da Instrução geral as palavras “dizer” ou
“proferir” devem ser entendidas como referentes quer ao canto quer à simples recitação
IG 38; observem-se atentamente as n. especiais dadas pela Instrução «A Liturgia romana
e a inculturação» IG 395; antes de se chegar às novas adaptações da liturgia, principal-
mente às mais profundas, hão-de aplicar-se plenamente as n. pastorais correspondentes ao
espírito da celebração IG 396; a n. estabelecida pelo II Concílio do Vaticano, segundo a
qual as inovações na reforma litúrgica só se devem fazer se o exigir uma verdadeira e certa
utilidade da Igreja, e procurando que as novas formas como que cresçam organicamente
das que já existem, também deve aplicar-se à inculturação do Rito romano IG 398.
– n. específicas da celebração da Eucaristia: a Igreja foi estabelecendo n. para a celebração
da santíssima Eucaristia IG 1; convém que as acções e procissões se realizem com decoro,
enquanto se executam os cânticos respectivos, segundo as n. estabelecidas para cada caso
IG 44; quando, segundo as n., uma festa é elevada ao grau de solenidade, junta-se uma
terceira leitura, que se vai buscar ao Comum IG 357; na escolha dos cânticos entre as
leituras, bem como dos cânticos de entrada, do ofertório e da Comunhão, devem seguir-se
as n. estabelecidas no capítulo que a eles se refere IG 367; as n. para a execução do cântico
do ofertório são idênticas às que foram dadas para o cântico de entrada IG 74; quanto
às Orações eucarísticas aprovadas pela Sé Apostólica, observem-se as n. estabelecidas
para cada uma delas IG 235; na escolha das Orações eucarísticas, que se encontram no
ÍNDICE ANALÍTICO 203

Ordinário da Missa, hão-de ter-se em conta algumas n. IG 365; quando os fiéis comungam
de pé, recomenda-se que, antes de receberem o Sacramento, façam a devida reverência,
estabelecida pelas n. da Conferência Episcopal IG 160; a alva nunca pode ser substituída
pela sobrepeliz, nem sequer quando, segundo as n., se usa apenas a estola sem casula ou
dalmática IG 336.
– formas de celebração: algumas n. geraisIV. Algumas normas gerais para todas as formas
de celebração da Missa IG 273-287; na Missa celebrada pelo Bispo, ou na qual ele está
presente sem celebrar a Eucaristia, observem-se as n. que se encontram no Cerimonial
dos Bispos IG 112; a Missa concelebrada, seja qual for a forma de que se revista, segue
as n. a observar comummente IG 205; nas Missas rituais devem ter-se em conta as n.
indicadas nos livros rituais e nas Missas respectivas IG 372; nas Missas de defuntos
observe-se o que deve ser observado segundo as n. do direito IG 380; no que se refere
à escolha das partes da Missa, tanto do Temporal como do Santoral, há algumas n. a
observar IG 356; em algumas celebrações que, segundo as n. dos livros litúrgicos, se
ligam à Missa, os ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo específico IG 46;
– n. gerais sobre o ano litúrgico AL 1-47, sua aprovação MP (11-12); n. universais do
calendário C 48-61, sua aprovação MP (11-12).
– Conferência Episcopal: compete à Conferência Episcopal, segundo as n. do direito, adaptar
à mentalidade e tradições razoáveis dos povos os gestos e atitudes indicados no Ordinário
da Missa IG 43; quanto ao modo de distribuir a sagrada Comunhão sob as duas espécies
aos fiéis e ao alargamento da autorização, a Conferência Episcopal pode dar n., confirmadas
pela Sé Apostólica IG 283; para que a celebração corresponda mais plenamente às n. e ao
espírito da sagrada Liturgia, nesta Instrução e no Ordinário da Missa propõem-se algumas
ulteriores adaptações, que são da competência da Conferência Episcopal IG 386; certas
adaptações que requerem maior coordenação, devem ser determinadas, segundo as n. do
direito, pela Conferência Episcopal IG 388.
– Bispo diocesano: segundo as n. do direito, compete ao Bispo regulamentar a disciplina da
concelebração em todas as igrejas e oratórios da sua diocese IG 202; o Bispo diocesano
pode definir n. para a Comunhão sob as duas espécies na sua diocese, a observar mesmo
nas igrejas dos religiosos e nos pequenos grupos IG 283; o Bispo diocesano recorrerá ao
conselho e ajuda da Comissão diocesana da sagrada Liturgia e de Arte sacra, sempre que
tenha de estabelecer n. sobre a construção, reparação e adaptação dos edifícios sagrados,
aprovar projectos de novas construções ou decidir questões de certa importância IG 291;
para que a celebração corresponda mais plenamente às n. e ao espírito da sagrada Liturgia,
nesta Instrução e no Ordinário da Missa propõem-se algumas ulteriores adaptações, que
são da competência do Bispo diocesano IG 386; pertence ao Bispo diocesano estabelecer
n. sobre a função de servir o sacerdote ao altar, sobre a distribuição da sagrada Comunhão
sob as duas espécies, e sobre a construção e ordenamento dos edifícios da igreja IG 387.
NOTÍCIAS
– n. breves no rito de conclusão IG 90 a.
OBLAÇÃO
– na celebração da Eucaristia: na Oração eucarística IG 2, IG 79 f; pela incensação quer
significar-se que a o. e oração da Igreja se elevam, como fumo de incenso, à presença de
Deus IG 75; o sentido da Oração eucarística é que toda a assembleia dos fiéis se una a
Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na o. do sacrifício IG 78; pelas intercessões
204 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

exprime-se que a o. é feita em favor da Igreja IG 79 g; o sacerdote associa a si o povo na


o. do sacrifício a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo IG 94; desde Nós Vos pedimos,
Senhor até Olhai, Senhor, para esta o. inclusive, todos os concelebrantes dizem tudo em
simultâneo IG 233.
– da Igreja: a Deus Pai, no Espírito Santo IG 79 f; a o. da Eucaristia é feita pelos fiéis IG
79 f.
– dos próprios fiéis: os fiéis devem aprender a oferecer- se a si mesmos IG 79 f, 95; for-
mem todos um só corpo, sobretudo na comum o. do sacrifício IG 96.
OBLATAS
– cf. Dons.
OBRAS
– todas as o. da vida cristã estão relacionadas com a celebração da Missa, dela derivam e a
ela se ordenam IG 16; a Igreja empenha-se em conservar as o. de arte e os tesouros que
nos legaram os séculos passados IG 289; na escolha das o. de arte a admitir na igreja,
deve procurar-se o valor artístico autêntico, que alimente a fé e a piedade e que, por outro
lado, corresponda à verdade do seu significado e aos fins a que se destina IG 289.
– o. de misericórdia: no ano litúrgico AL 1.
OCORRÊNCIA
– o. de celebrações C 60-61; o. de Vésperas C 61.
– cf. também Coincidência, Vésperas.
OFERENDAS
– cf. Dons.
OFERTAS DOS FIÉIS
– noutros tempos os fiéis ofereciam do seu próprio pão e vinho para a celebração IG 73;
além do pão e do vinho os fiéis podem oferecer dinheiro e outros dons que se dispõem fora
da mesa eucarística IG 73; os encarregados de fazer na igreja a recolha das o. exercem
uma função litúrgica IG 105; convém que a participação dos fiéis se manifeste pelas suas
o. IG 140; podem ser vários dons IG 140; onde se depõem IG 140; só o pão e o vinho
se colocam no altar IG 140.
OFERTÓRIO
– expressão usada em: «cântico do o.» IG 37 b, 74, 139, 142, 367; «ao o.» IG 118 c., 178;
«rito do o.» IG 74; «todos se sentam ao o.» IG 43; o rito do o. pode ser sempre acompa-
nhado de canto, mesmo sem procissão dos dons IG 74.
OFÍCIOS
– cf. Ministérios.
OITAVA
– do Natal: AL 12, C 59; como se ordena AL 34; a O. do Natal deve ficar livre de celebra-
ções particulares C 56 f; Missa a dizer na O. do Natal IG 355 a; Missas de defuntos que
se podem celebrar na O. do Natal IG 381.
– da Páscoa: AL 12, C 59; como se celebra AL 24; a O. da Páscoa deve ficar livre de
celebrações particulares C 56 f; na O. da Páscoa são proibidas as Missas rituais IG 372.
ÍNDICE ANALÍTICO 205

ÓLEOS (santos)
– cf. Crisma, Santos óleos.
ORAÇÃO (sentido genérico)
– da comunidade:
– em geral: a participação na mesma o. exprime a unidade dos fiéis IG 96.
– de cada fiel: o. privada dos fiéis ao Senhor, no Sacramento da Eucaristia IG 314 b.
– no ano litúrgico: AL 1.
ORAÇÃO, ORAÇÕES (sentido específico)
– adaptação das o. do Missal Romano IG 15; escolha das o. na celebração da Eucaristia IG
363; como se devem proferir as o. IG 38.
– o. presidenciais: como se proferem IG 32.
– na celebração da Eucaristia: o que são IG 30; quais são IG 30; escolha das o. presi-
denciais IG 363.
– colecta, sobre as oblatas e depois da Comunhão: foram revistas e emendadas CA
(11); estas o. devem corresponder às necessidades dos fiéis IG 352; orações para
várias necessidades nas memórias facultativas e nos dias feriais do tempo comum IG
377; escolha das o. para as várias necessidades IG 363; o. nas Missas de defuntos
IG 385.
– sobre as oblatas: IG 30, 77, 146; é sempre única IG 54; como se conclui IG 54, 77;
como se profere IG 32; todos estão de pé desde a oração sobre as oblatas até ao fim
da Missa IG 43.
– depois da Comunhão: IG 30, 89, 165, 271; é sempre única IG 54; como se conclui
IG 54, 89; como se profere IG 32.
– o. sobre o povo: IG 90 b, 167.
– orações em silêncio (do presidente)
– são ditas por ele, em seu nome pessoal, antes da leitura do Evangelho, na preparação
dos dons, e antes e depois da sua própria comunhão IG 33; em silêncio («secreto»)
IG 33; destinam-se a despertar maior atenção no sacerdote para celebrar com mais
atenção e piedade IG 33; quais são IG 132, 134, 143, 155, 156, 158, 163.
– Convite à oração (do presidente)
– antes da colecta IG 54, 127, 259; silêncio depois do convite IG 45, 127, 259; c. antes
da oração dominical IG 81; c. a dar a paz IG 154, 181, 239; c. à Comunhão eucarística
IG 84, 157, 243, 268; c. depois da Comunhão IG 165.
– cf. também Colecta, Oração eucarística.
ORAÇÃO COMUM
– cf. Oração universal.
ORAÇÃO DOMINICAL
– na celebração da Eucaristia: IG 36, 81, 152, 237, 266; é proferida por todos IG 81; os
fiéis devem saber cantá-la em latim IG 41; o sacerdote recita-a de braços abertos IG 152;
o que se pede na o.d. IG 81; a o.d. manifesta e favorece a participação activa IG 36.
ORAÇÃO EUCARÍSTICA
– importância: é oração presidencial IG 30; o que faz o sacerdote na O.E. IG 2, IG 78.
– descrição: IG 78-79; elementos principais IG 79; na O.E. faz-se a acção de graças e as
206 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

oblatas tornam-se Corpo e Sangue de Cristo IG 72; é o ponto culminante de toda a cele-
bração IG 30, 78; o que a O.E. exige IG 79 (no fim); como começa e como prossegue IG
147, 149-151; quem deve ser nomeado na O.E. IG 149; menção do Papa e dos Bispos
na O.E. IG 149; na O.E. faz-se memória dos defuntos IG 355.
– disciplina: a novidade principal da reforma está na chamada O.E. CA (6); três novos textos
de O.E. no Missal CA (6); normas para uso das O.E. IG 365; escolha entre os textos das
O.E. IG 365.
– maneira de proferir as O.E.: IG 32; o que se pode cantar nas O.E. IG 147, 218; pode ser
introduzida por uma breve admonição IG 31; função do sacerdote ao proferir a O.E. IG
78, em cada uma das partes IG 147-151; modo de proferir a O.E. nas concelebrações IG
216-236; função do diácono durante a O.E. IG 179-180; participação dos fiéis na O.E.
escutando e aclamando IG 79.
– Oração eucarística I (Cânone Romano): quando é mais oportuno utilizá-lo IG 365 a;
como se profere com canto IG 218; como se profere na concelebração IG 216-218,
219-225; como se diz a doxologia IG 236; inclinação na O.E. IG 230 c, 275 b.
– Oração eucarística II: quando é mais oportuno utilizá-la IG 365 b; quando se pode dizer
IG 365 b; como se profere com canto IG 218; como se profere na concelebração IG
216-218, 226-228; como se diz a doxologia IG 236.
– Oração eucarística III: quando é mais oportuno utilizá-la IG 365 c; como se profere
com canto IG 218; como se profere na concelebração IG 216-218, 229-231; como se
diz a doxologia IG 236.
– Oração eucarística IV: quando é mais oportuno utilizá-la IG 365 d; como se profere
com canto IG 218; como se profere na concelebração IG 216-218, 232-234; como se
diz a doxologia IG 236.
– quanto às outras O.e aprovadas, observem-se as normas estabelecidas para cada uma
delas IG 235.
ORAÇÃO DOS FIÉIS
– cf. Oração universal.
ORAÇÃO UNIVERSAL
– na celebração da Eucaristia:
– a o.u. manifesta e favorece a participação activa dos fiéis IG 36; descrição da o.u. IG
55, 69-71, 138, 264; a o.u. foi restabelecida no Ordinário da Missa CA (8); nas Missas
de defuntos IG 385.
– qual é normalmente a ordem das intenções IG 70; em celebrações especiais a ordem das
intenções pode acomodar-se às circunstâncias IG 70; compete ao sacerdote celebrante
dirigir da cadeira esta prece IG 71; ele próprio a introduz com uma breve admonição
e a conclui com uma oração IG 71; as intenções que se propõem devem ser sóbrias,
compostas com sábia liberdade e poucas palavras, e exprimam a súplica de toda a co-
munidade IG 71; são enunciadas do ambão ou de outro lugar conveniente IG 71; por
um diácono, ou por um cantor, ou por um leitor, ou por um fiel leigo IG 71; o povo,
de pé, faz suas estas súplicas, ou com uma invocação comum proferida depois de cada
intenção, ou orando em silêncio IG 71; na o.u. o diácono orienta os fiéis IG 94, profere
as intenções IG 177; as intenções podem ser proferidas pelo leitor IG 99, 197, por uma
mulher IG 107; a o.u. pode proferir-se do ambão IG 309; todos estão de pé durante a
o.u. IG 43; quem dirige a o.u. IG 71, 138, 264; de onde pode dirigir-se IG 138.
– cf. Intenções.
ÍNDICE ANALÍTICO 207

«ORAI, IRMÃOS»
– na celebração da Eucaristia: é um convite para que todos orem com o sacerdote, antes da
oração sobre as oblatas IG 77, 146; o povo levanta-se e responde ao convite IG 146; em
Portugal pode o sacerdote dizer apenas Oremos sem resposta do povo IG 146; os fiéis
estão de pé desde o convite Orai, irmãos, até ao fim da Missa, excepto nos momentos
indicados pela IGMR IG 43.

ORATÓRIO
– cf. Capela, Edifícios sagrados, Igreja (edifício).

ORDENAMENTO
– das leituras da Missa: descrição do o. das leituras da Missa CA (9); a sua finalidade CA
(10).
– da Missa: seja revisto CA (3).

ORDINÁRIO DA MISSA
– o Concílio Vaticano II determinou que o O.M. fosse revisto CA (3); alguns ajustamentos
e adaptações do O.M. IG 23; compete à Conferência Episcopal, segundo as normas do
direito, adaptar à mentalidade e tradições razoáveis dos povos os gestos e atitudes indi-
cados no O.M. IG 43; o O.M. deve ser explicado na homilia IG 65; convém que os fiéis
saibam cantar em latim algumas partes do O.M. IG 41; normas a ter em conta na escolha
das Orações eucarísticas que se encontram no O.M. IG 365; não é permitido substituir os
cânticos do O.M., por exemplo, o Cordeiro de Deus, por outros cânticos IG 366; alterações
ulteriores propostas ao O.M., que são da competência do Bispo diocesano e da Conferência
Episcopal IG 386; pertence à Conferência Episcopal definir algumas adaptações do O.M.
IG 390; muito convém, que nas regiões onde se utiliza a mesma língua, haja, na medida
do possível, a mesma versão principalmente para o O.M. IG 392; pertence à Conferência
Episcopal aprovar melodias apropriadas, sobretudo para os textos do O.M. IG 393.

«OREMOS»
– cf. Oração (Convite à).

ORGANISTA
– na celebração da Eucaristia: exerce um ofício litúrgico próprio IG 103; o o., se for sacer-
dote, pode estar ao órgão durante a liturgia da Palavra (cf. Notitiae 5, 1969, p. 405).

ÓRGÃO
– onde deve colocar-se na igreja IG 313; quando se cala IG 32; pode ser tocado suavemente
depois da homilia para ajudar à meditação (cf. Notitiae 9, 1973, p. 192); se não houver
cântico do ofertório ou não se tocar o o., o sacerdote pode, na apresentação do pão e do
vinho, dizer em voz alta as fórmulas de bênção IG 142; o o. deve ser colocado num
lugar apropriado, de modo a poder apoiar o canto e a ser bem ouvido por todos, quando
intervém sozinho IG 313; o o., antes de ser destinado ao uso litúrgico, deve ser benzido
IG 313; como se usa o o. no tempo do Advento, no tempo da Quaresma, nas solenidades
e nas festas IG 313.
208 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

ORIENTAÇÕES PASTORAIS
– poderão ser introduzidas no Missal Romano, em lugar conveniente, os o.p. que a Confe-
rência Episcopal julgue úteis IG 390.
OSTENSÓRIO
– pode ser fabricado com materiais particularmente apreciados em cada região IG 328-329.
– cf. Custódia.
PADROEIRO, PADROEIROS
– celebração:
– dos p. nos calendários particulares C 50 b, 52.
– p. principal do lugar a celebrar pelas famílias religiosas C 52 c.
– solenidade do p. principal da região, da nação ou de um território mais vasto C 59, do
lugar, da cidade C 59, da família religiosa C 59.
– festa do p. principal da região, da nação ou de um território mais vasto C 59, da província
C 59, da diocese C 59, da família religiosa C 59.
– memória do p. secundário da região C 59, do lugar C 59, da província religiosa C 59.
PAI NOSSO
– cf. Oração dominical.
PAIXÃO DO SENHOR
– a leitura da P. do Senhor pode ser feita por vários leitores IG 109.
PALA
– se for precisa, prepara-se na credência IG 118 c; o acólito ou outro ministro leigo coloca
a p. no altar IG 139, 191, 306; se for oportuno, cobre o cálice com a p. IG 142.
PALAVRA DE DEUS
– ouvindo a p.D. os fiéis exprimem a sua unidade IG 96.
– nas celebrações litúrgicas: a p.D. é proclamada de um lugar adequado IG 309.
– na celebração da Eucaristia: moderar a p.D. é função sacerdotal na celebração da Eucaristia
IG 31; a mesa da p.D. deve ser preparada com mais abundância CA (3-4); os ritos iniciais
preparam para ouvir a p.D. IG 46.
– cf. também Homilia, Leituras, Liturgia da palavra, Pregação.
PALAVRAS
– da instituição da Eucaristia na Oração eucarística IG 79 d.
– do Senhor: as p. do Senhor exprimem claramente a presença real IG 3; determinação
dessas p. CA (6); o sacerdote deve inclinar-se ao pronunciá-las IG 275 b; como se
proferem na concelebração IG 222 c, 227 c, 230 c, 233 c.
PÃO
– na última Ceia: Cristo tomou o p., pronunciou a acção de graças, partiu o p. e deu-o aos
seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei: isto é o meu Corpo» IG 72.
– na celebração da Eucaristia:
– preparação dos dons: na credência prepara-se o p. para a Comunhão do sacerdote que
preside, do diácono, dos ministros e do povo IG 118 c; na preparação dos dons, leva-
se ao altar o p., isto é, o mesmo elemento que Cristo tomou em suas mãos IG 72, 100;
ÍNDICE ANALÍTICO 209

é de louvar que o p. seja apresentado pelos fiéis IG 73; embora, hoje em dia, os fiéis
já não tragam do seu próprio p., como se fazia noutros tempos, no entanto o rito desta
apresentação conserva ainda valor e significado espiritual IG 73, 140; o p., recebido
pelo sacerdote ou pelo diácono em lugar conveniente, é depois levado para o altar IG 73;
além do p., são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à
Igreja IG 73; o diácono entrega ao sacerdote a patena com o p. que vai ser consagrado
IG 178; o acólito leva para o altar o p. e entrega-o ao sacerdote IG 190; o sacerdote,
junto do altar, recebe a patena com o p., sustentando-a, com ambas as mãos, um pouco
elevada sobre o altar IG 141; o p. é deposto sobre o altar pelo sacerdote, acompanhado
da fórmula prescrita IG 75, 140, 141; se não houver cântico do ofertório ou não se
tocar o órgão, o sacerdote pode, na apresentação do p., dizer em voz alta a fórmula de
bênção IG 142; depois de colocado sobre o altar, o p. é incensado IG 276 d.
– consagração: na consagração das oblatas o p. converte-se no Corpo de Cristo IG 72;
mediante as palavras e gestos de Cristo, realiza-se o sacrifício que o próprio Cristo
instituiu na última Ceia, quando ofereceu o seu Corpo e Sangue sob as espécies do p. e
do vinho e os deu a comer e a beber aos Apóstolos, ao mesmo tempo que lhes confiou
o mandato de perpetuar este mistério IG 79 d; se parecer oportuno, os concelebrantes
dizem as palavras da consagração com a mão direita estendida para o p. IG 223, 227,
230, 233.
– Oração dominical, fracção do p. e Comunhão: na Oração dominical pede-se o p. de cada
dia, que para os cristãos evoca principalmente o p. eucarístico IG 81; pela fracção do
p. e pela Comunhão, os fiéis, embora muitos, recebem, de um só p., o Corpo do Senhor,
do mesmo modo que os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo IG 72; o
sacerdote parte o p. eucarístico IG 83; o gesto da fracção do p. significa que os fiéis,
apesar de muitos, se tornam um só Corpo, pela Comunhão do mesmo p. da vida que é
Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo IG 83; o gesto da fracção do p.
manifesta de modo mais expressivo a força e o valor de sinal da unidade de todos em
um só p. e de sinal da caridade, pelo facto de um só p. ser repartido entre os irmãos IG
321; o sacerdote deita uma parte do p. no cálice para significar a unidade do Corpo e
do Sangue do Senhor IG 83; a invocação Cordeiro de Deus acompanha a fracção do
p., pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito
IG 83; depois o sacerdote mostra aos fiéis o p. eucarístico sobre a patena ou sobre o
cálice IG 84; o presbítero distribui aos irmãos o p. da vida eterna e com eles participa
do mesmo p. IG 93; hoje em dia, ninguém põe em dúvida os princípios doutrinais
relativos ao pleno valor da comunhão eucarística recebida apenas sob a espécie do p.
IG 14; não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o p. consagrado
IG 160; a Comunhão pode ser distribuída unicamente sob a espécie do pão IG 161;
aos fiéis que eventualmente queiram comungar só sob a espécie do p., dê-se a sagrada
Comunhão desta forma IG 284.
– o p. para a celebração: seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja utilizou sempre o p. e o
vinho com água para a celebração da Eucaristia IG 319-321, 324; o p. para celebrar a
Eucaristia deve ser só de trigo, confeccionado recentemente e, segundo a antiga tradição
da Igreja latina, p. ázimo IG 320; convém que o p. eucarístico, embora ázimo e apresen-
tando a forma tradicional, seja confeccionado de modo que o sacerdote, na Missa com
participação do povo, possa realmente partir a hóstia em várias partes e distribuí-las pelo
menos a alguns dos fiéis IG 321; não se exclui o p. em hóstias pequenas por razões de
ordem pastoral IG 321; no entanto, o gesto da fracção do p. manifesta de modo mais
210 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

expressivo a força e o valor de sinal da unidade de todos em um só p. IG 321; tenha-se


grande cuidado em que o p. destinado à Eucaristia se conserve em perfeito estado, isto
é, que o p. não se estrague ou endureça tanto que se torne difícil parti-lo IG 323.
– vasos sagrados: entre os objectos requeridos para a celebração da Eucaristia, merece
respeito particular a patena, que serve para oferecer, consagrar e comungar o p. IG 327;
para a consagração das hóstias, pode usar-se convenientemente uma patena maior, na qual
se põe o p. não só para o sacerdote e o diácono, mas também para os outros ministros
e fiéis IG 331.
– cf. também Comunhão eucarística, Celebração da Eucaristia, Fracção do pão, Fragmentos
do pão eucarístico, Hóstia.
PARAMENTOS
– cf. Vestes sagradas.
PARÓQUIA
– a comunidade paroquial representa a Igreja universal num lugar e tempo determinado IG
113.
– Eucaristia: a celebração da Eucaristia paroquial deve ser tida em grande apreço IG 113.
PARTES DA MISSA
– ritos iniciais IG 46-54; liturgia da Palavra IG 55-71; liturgia eucarística IG 72-80; rito
de conclusão IG 90.
PARTICIPAÇÃO
– nas celebrações litúrgicas em geral:
– arte sacra: o lugar destinado aos fiéis deve permitir-lhes participar nas celebrações
sagradas com a vista e com o espírito IG 311.
– na celebração da Eucaristia:
– importância: a p. activa manifesta a natureza eclesial da celebração IG 19; pela p.
consciente, activa, plena e frutuosa na Eucaristia, o povo cresce em santidade IG 5; a p.
plena, consciente e activa na celebração eucarística é uma exigência da própria natureza
da Liturgia e, para os próprios fiéis, por força da sua condição, um direito e um dever
IG 386.
– das pessoas: p. dos ministros e fiéis na Eucaristia IG 17; o povo é chamado a participar
no altar quando é convocado para a Missa IG 296; descrição da p. dos fiéis IG 96;
p. plena e activa dos fiéis na Eucaristia presidida pelo Bispo IG 112; p. de todos os
membros de uma mesma comunidade religiosa na Eucaristia conventual IG 114.
– modo: p. activa, plena e consciente IG 18; activa e plena IG 20; a reforma do Ordinário
teve em vista facilitar a p. piedosa e activa dos fiéis CA (3-4).
– como se consegue: a p. dos fiéis depende do ordenamento da Missa e da maneira como
se celebra IG 352.
– canto: a p. dos fiéis nos cânticos da celebração da Eucaristia IG 39, no canto do grupo
coral IG 104; a p. activa dos fiéis no canto é favorecida pelo grupo coral IG 103.
– lugar: o lugar da celebração da Eucaristia deve ser apto para a p. activa dos fiéis IG 288;
o lugar dos fiéis e do grupo coral há-de tornar mais fácil a p. activa IG 294.
– em cada uma das partes: partes da celebração da Eucaristia em que existe a p. activa
dos fiéis IG 34-37; p. dos fiéis no salmo responsorial IG 61, na oração universal IG
ÍNDICE ANALÍTICO 211

138; p. na Eucaristia pela Comunhão IG 383; p. mais perfeita no próprio sacrifício


pela Comunhão IG 13, IG 85; p. mais plena pela Comunhão do cálice IG 85, 282.

PÁSCOA
– solenidade da P.: no ano litúrgico AL 18; na solenidade da P. comemora-se a memória
da ressurreição do Senhor AL 1; a solenidade da P. tem «sequência» IG 64; no dia de P.
pode celebrar-se ou concelebrar-se uma segunda Missa IG 204 b.
– tempo pascal: AL 22-26; quando decorre e como se celebra AL 22.
– celebração da Eucaristia: cor das vestes a usar no tempo pascal IG 346 a; leitura dos
Actos dos Apóstolos no tempo pascal CA (9).
– domingos da P.: AL 5, 23, C 59; não são permitidas as Missas rituais IG 372; não pode
celebrar-se uma Missa apropriada, mesmo por ordem ou com licença do Bispo diocesano
IG 374; não podem celebrar-se as Missas exequiais IG 380.
– dias feriais do tempo pascal: C 59; calendário a seguir IG 354; Missa a escolher IG 355
b; as Missas dos d.f. do tempo pascal têm colectas próprias CA (11); a homilia é reco-
mendada IG 66.
– cf. também Mistério pascal, Oitava (da Páscoa), Tríduo (pascal), Vigília (pascal).

PATENA
– entre os objectos requeridos para a celebração da Eucaristia, merecem respeito particular
os vasos sagrados e, entre eles, a p. IG 327; a p. serve para oferecer, consagrar e comungar
o pão IG 327; se a p. for fabricada de metal oxidável, ou menos nobre que o ouro, nor-
malmente deve ser dourada por dentro IG 328; mas a juízo da Conferência Episcopal, a p.
também pode ser fabricada com outros materiais sólidos e que sejam, segundo o modo de
sentir de cada região, mais nobres, por exemplo, o marfim ou certas madeiras muito duras
IG 329; neste caso, dê-se preferência aos materiais que não se quebrem nem deteriorem
facilmente IG 329; para a consagração das hóstias, pode usar-se uma p. maior, na qual
se põe o pão não só para o sacerdote e o diácono, mas também para os outros ministros
e fiéis IG 331; prepara-se na credência IG 118 c; p. com pão na preparação dos dons IG
141; a hóstia consagrada é mostrada ao povo levantando-a um pouco sobre a p. ou sobre
o cálice IG 157; o sacerdote recebe a p. das mãos do diácono IG 178; durante a doxologia
o sacerdote mantém elevada a p. com a hóstia IG 180; os concelebrantes podem tirar da
p. o Corpo de Cristo IG 242; como se purifica a p. IG 163, 279; é sobre a p. que se faz a
fracção do pão IG 155; a p. pode servir para dar a comunhão IG 160; a p. pode deixar-
se no altar ou na credência e purificar-se no fim da Missa IG 163; a forma da p. IG 332;
bênção da p. IG 333; a p. na comunhão do Sangue de Cristo pelos fiéis IG 287.

PATRONO, PATRONOS
– cf. Padroeiro.

PAZ
– rito da p. na celebração da Eucaristia IG 82, 154, 181, 239, 266, 390; no rito da p. a Igreja
implora a paz e a unidade para si próprias e para toda a família humana, e os fiéis expri-
mem uns aos outros a comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de comungarem no
Sacramento IG 82; quanto ao próprio sinal com que se dá a p., a Conferência Episcopal
212 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

determinará como se há-de fazer IG 82, 390; mas é conveniente que cada um dê a paz
com sobriedade apenas aos que estão mais perto de si IG 82.
PENITÊNCIA
– as práticas de p. na Quaresma preparam para a celebração do mistério pascal AL 27;
obras de p. no ano litúrgico AL 1; as formas de p. exterior IG 15; a absolvição dada pelo
sacerdote nos ritos iniciais, carece da eficácia do sacramento da p. IG 51.
PENTECOSTES
– solenidade do P.: C 59; no ano litúrgico AL 17; o Tempo Pascal conclui-se com o domingo
do P. AL 23; cf. também Vigília (do Pentecostes).
PESSOAS DIVINAS
– inclinação da cabeça faz-se ao nomear simultaneamente as três P.D. IG 275 a.
PIEDADE
– arte: as obras de arte destinadas à igreja, devem alimentar a p. IG 289; a natureza e beleza
do lugar sagrado e das alfaias do culto devem fomentar a piedade e exprimir a santidade
dos mistérios que se celebram IG 294.
– celebrações litúrgicas:
– ano litúrgico: podem transferir-se para os domingos do Tempo Comum as celebrações
que ocorrem num dia de semana e que são de especial devoção dos fiéis C 58; nas
memórias facultativas da Virgem Maria ou dum Santo, particularmente venerada pelos
fiéis, satisfaça-se a legítima p. dos fiéis IG 355.
– cf. também Piedade (exercícios de).
PIEDADE (exercícios de)
– como devem ser: certas formas de e.p. desviavam o espírito dos fiéis dos mistérios da
redenção MP (2).
– são recomendados: e.p. espirituais e corporais no ano litúrgico AL 1.
PÍXIDE
– material da p. IG 328, 329; prepara-se na credência IG 118 c; pode servir para dar a
Comunhão IG 160; purifica-se sobre o cálice IG 163; purifica-se ao lado do altar ou na
credência IG 163.
PLANETA
– é outro nome da casula IG 119 a, 209, 337.
– cf. Casula.
PLUVIAL
– cf. Capa de asperges.
PORTA DA IGREJA
– ministros encarregados de receber os fiéis à p.i. IG 105 d.
PRECEDÊNCIA
– dos dias litúrgicos C 59.
– cf. Tabela de precedência.
ÍNDICE ANALÍTICO 213

PRECES
– da Igreja em geral: o povo de Deus faz subir até Deus as p. de toda a família humana IG
5; cf. Oração.
PRECÓNIO PASCAL
– profere-se do ambão IG 309.
PREFÁCIO, PREFÁCIOS
– importância e finalidade: descrição do p. IG 79 a; no rito romano os p. variam CA (6);
finalidade do p. IG 364; quando há p. próprios (cf. Notitiae 5, 1969, p. 323).
– reforma: aumentou o número dos p. CA (6); p. a usar na Oração eucarística II IG 365 b;
p. a usar na Oração eucarística III IG 365 c; p. a usar na Oração eucarística IV IG 365 d.
– modo de os proferir: na Missa com o povo IG 148, na concelebração IG 216.
PREGAÇÃO
– na celebração da Eucaristia a p. é função presidencial IG 66, 93; pode eventualmente ser
feita pelo diácono IG 94.
PRELADO
– fórmula com que é mencionado na Oração eucarística IG 149.
PREPARAÇÃO
– da celebração litúrgica: deve ser feita sob a orientação do reitor da igreja, segundo o Missal
e os outros livros litúrgicos IG 111, com a diligente cooperação de todos os que nela são
chamados a intervir IG 111, devendo ser ouvidos também os fiéis naquilo que lhes diz
directamente respeito IG 111; mas o sacerdote que preside à celebração conserva sempre
o direito de dispor de tudo aquilo que for da sua competência IG 111.
– da celebração da Eucaristia: IG 352; as coisas a preparar na celebração com o povo IG
117-119.
– dos dons: IG 72-75.
– do altar: IG 73; compete ao acólito IG 98.
– privada:
– dos fiéis para a Comunhão IG 84.
– do sacerdote IG 84.
PRESBITÉRIO
– grupo: participação do p. na Missa celebrada pelo Bispo IG 112; o p. concelebra com
o Bispo IG 92, 203; o p. concelebra a Missa crismal com o Bispo AL 31; cf. também
Presbítero.
– lugar: o p. é o lugar do sacerdote celebrante, do diácono e dos outros ministros IG 294;
o p. é o lugar onde sobressai o altar, donde se proclama a palavra de Deus e onde o sa-
cerdote, o diácono e os outros ministros exercem as suas funções IG 295; no p. devem
preparar-se, para a concelebração, assentos e livros para os sacerdotes concelebrantes IG
207 a; na credência, um cálice de tamanho suficiente, ou vários cálices IG 207 b; como
deve ser IG 295; a cadeira para o sacerdote celebrante e outros assentos no p. IG 310.
– na celebração da Eucaristia: os p. oferecem «in persona Christi» e presidem à celebração
da Eucaristia IG 4; participam na Eucaristia celebrando ou concelebrando com o Bispo
IG 92, 203; dirigem a celebração da Eucaristia em nome do Bispo IG 92; ofício do p.
214 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

como presidente da celebração da Eucaristia IG 93.


– o sacrário pode colocar-se ou no p., fora do altar da celebração, num lugar conveniente,
sem excluir algum altar antigo IG 315 a.
– cf. também Presbitério, Sacerdote.
PRESBÍTERO, PRESBÍTEROS
– p. e sacerdócio: a natureza do sacerdócio ministerial próprio do p., que na pessoa de Cristo
oferece o sacrifício e preside à assembleia do povo santo, ela é posta claramente em relevo
pela própria estrutura dos ritos, lugar de preeminência e função mesma do sacerdote IG
4; o sacrifício espiritual do sacerdócio real dos fiéis é consumado pelo ministério dos p.
em união com o sacrifício de Cristo, único Mediador IG 5.
– p. e liturgia: aquilo que em primeiro lugar o Bispo da diocese deve ter em vista é alimentar
o espírito da sagrada Liturgia nos p., diáconos e fiéis IG 387; os p. devem compreender
sempre profundamente o genuíno sentido dos ritos e textos litúrgicos, para que desse modo
sejam levados à celebração activa e frutuosa da Eucaristia IG 22.
– p. e celebração da Eucaristia: toda a legítima celebração da Eucaristia é dirigida pelo Bispo,
quer pessoalmente, quer pelos p., seus colaboradores IG 92; o p., em virtude do poder
sagrado da Ordem, tem o poder de oferecer o sacrifício na pessoa de Cristo IG 93.
– p. e concelebração: a concelebração está prescrita pelo próprio rito na ordenação dos p.
IG 199; deve ter-se em consideração especial a concelebração em que os p. de alguma
diocese concelebrem com o seu Bispo IG 203; recomenda-se a concelebração todas as
vezes que os p. se encontram reunidos com o seu Bispo IG 203; sempre que o Bispo está
presente na Missa com o povo reunido, convém sumamente que seja ele próprio a celebrar
a Eucaristia, associando a si os p., como concelebrantes, na acção sagrada IG 92; aceitem-
se de bom grado a concelebrar a Eucaristia, os p. que estiverem de passagem, desde que
se conheça a sua condição sacerdotal 200; convém que os p. presentes na celebração
eucarística exerçam habitualmente a função própria da sua ordem, participando como
concelebrantes, revestidos com as vestes sagradas IG 114; na concelebração presidida por
um p., o concelebrante que, na ausência de diácono, proclama o Evangelho, não pede nem
recebe a bênção do celebrante principal IG 212; a homilia também pode ser feita por um
p. que se encontre na celebração mas sem poder concelebrar IG 66; os p. que não podem
celebrar ou concelebrar podem comungar sob as duas espécies IG 283 a; na distribuição
da Comunhão, o sacerdote pode ser ajudado por outros p. eventualmente presentes IG
162; na distribuição da comunhão sob as duas espécies, na ausência do diácono o p.
ministra ao cálice IG 284 a; se for necessário, alguns p. ajudam o diácono a consumir
todo o Sangue de Cristo que sobrou IG 182; no presbitério dispõem-se também assentos
para os sacerdotes concelebrantes ou para os p. que, vestidos com a veste coral, estão na
celebração, mas não concelebram IG 310.
PRESENÇA
– de Deus: nas leituras litúrgicas Deus fala ao seu povo IG 55.
– de Cristo:
– na comunidade reunida IG 27, 50.
– nas leituras da Sagrada Escritura na Igreja IG 27, 55; Cristo anuncia o seu Evangelho
IG 29, os fiéis reconhecem que é Cristo que lhes fala no Evangelho IG 60.
– no sacrifício da Missa na pessoa do ministro IG 93.
ÍNDICE ANALÍTICO 215

– no sacrifício da Missa sob as espécies eucarísticas de forma real IG 3, por transubstanciação


IG 3; Cristo está presente de forma real, substancial e permanente sob as espécies
eucarísticas IG 27.
– dos fiéis: é ela que manifesta mais claramente a natureza eclesial da Igreja IG 19; nem
sempre se pode conseguir a p. dos fiéis na celebração IG 19.
PRESIDENTE (da celebração)
– é o sacerdote, que actua na pessoa de Cristo IG 27, 30; orações e outros elementos que
lhe pertencem IG 30, 31, 33; um só e o mesmo sacerdote deve exercer a função de p. 108;
a cadeira do sacerdote celebrante deve significar a sua função de p. da assembleia e guia
da oração IG 310.
PRIMEIRA COMUNHÃO
– cf. Comunhão eucarística.
PROCISSÃO, PROCISSÕES
– na celebração da Eucaristia: p. de entrada IG 47-48, 117, 120-121, 172, 188, 194, 210, 276;
p. para levar os dons IG 73-74; p. para a Comunhão IG 86; na p. de entrada das conce-
lebrações, os sacerdotes concelebrantes vão à frente do celebrante principal IG 210.
– vestes do sacerdote nas p. IG 341.
PROCLAMAR, PROFERIR
– como devem proferir-se ou proclamar-se os diversos textos litúrgicos IG 38.
PRÓPRIO, PRÓPRIOS
– do tempo: celebrações do P. do tempo no calendário geral C 49; o P. do tempo deve
conservar-se integralmente nos calendários particulares e terá a preeminência sobre as
celebrações particulares C 50 a.
– das Missas e dos Ofícios: é conveniente que cada diocese tenha o seu P. do Ofício e das
Missas C 51.
PURIFICAÇÃO
– dos dedos: se alguns fragmento da hóstia ficar aderente aos dedos, o sacerdote limpa os
dedos sobre a patena ou, se parecer necessário, lava-os IG 278.
– das mãos: o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar, rito que exprime o desejo de uma p.
interior IG 76.
– dos pecados: no «Pai nosso» pede-se a p. dos pecados IG 81.
– dos vasos sagrados: IG 163, 183, 192, 270, 271, 279, 286; do cálice na concelebração
246, 247, 248, 249.
– cf. também Ablução.
PURIFICADOR
– prepara-se na credência IG 118 c; coloca-se no altar IG 73, 139, 178, 190; na Comunhão
ao cálice IG 286-287; na Comunhão dos concelebrantes IG 246, 247, 248, 249; na puri-
ficação das patenas IG 279; na purificação dos vasos sagrados IG 163.
QUARESMA
– Tempo da Q.: AL 27-31; foi restaurada a celebração litúrgica da Q. MP (3); o Tempo da Q.
destina-se a preparar a celebração da Páscoa AL 27; quando decorre AL 28; as memórias
216 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

obrigatórias na Q. C 59; o Tempo da Q. deve ficar livre de celebrações particulares C 56


f; cor das vestes a usar no Tempo da Q. IG 346 d.
– celebração da Eucaristia: em vez do «Aleluia» canta-se outro cântico IG 62 a.
– domingos da Q.: AL 5, 30, C 59; não se diz «Gloria in excelsis» IG 53; são proibidas as
Missas rituais IG 372 não pode celebrar-se uma Missa apropriada, mesmo por ordem ou
com licença do Bispo diocesano IG 374; não podem celebrar-se as Missas exequiais IG
380.
– dias feriais da Q.: C 59; os dias feriais da Q. têm a preferência sobre todas as memórias
obrigatórias AL 16 b; nos dias feriais da Q. as memórias obrigatórias tornam-se memórias
facultativas AL 14; calendário a seguir IG 354; formulários a usar IG 355 a; as Missas
dos dias feriais da Q. têm colecta própria CA (11); a homilia é recomendada IG 66.
QUATRO TÊMPORAS
– pelo que ora a Igreja nas Q.T. AL 45; as Conferências Episcopais determinam o tempo
e o modo de as celebrar AL 46; a Missa a escolher AL 47; ao preparar o calendário da
nação, indiquem-se os dias das Q.T., assim como o modo de as celebrar e os textos, tendo
em vista outras determinações específicas IG 394.
QUINQUAGÉSIMA
– cf. Páscoa (tempo pascal).
RAMOS
– «Domingo de Ramos na Paixão do Senhor» AL 30; a bênção dos r. sem celebração da
Eucaristia (cf. Notitiae 10, 1974, p. 80).
REDENÇÃO
– a r. humana pelo mistério pascal de Cristo AL 18; cf. também Mistério (da redenção).
REFORMA
– litúrgica: fim da r. litúrgica CA (3).
– do Missal Romano: apareceu como necessária CA (2); foi feita em algumas das suas partes
CA (11), com o auxílio de muitos contributos CA (3-4); r. do Ordinário da Missa CA (3);
teve a preocupação de que todos os fiéis, na celebração eucarística, possam chegar àquela
plena, consciente e activa participação, que a própria natureza da Liturgia exige e que é,
para os próprios fiéis, por força da sua condição, um direito e um dever IG 386.
– do ano litúrgico: a sua finalidade MP (6); a r. do ano litúrgico deu o maior relevo ao
mistério pascal de Cristo MP (1); r. da celebração litúrgica da Quaresma MP (3).
REFRÃO
– o povo responde ao salmo responsorial com o r. IG 61, 129.
REITOR DA IGREJA
– a preparação da celebração litúrgica deve ser feita sob a sua orientação IG 111; o r.i. julga
dos ministérios a exercer pelas mulheres leigas IG 107; competência do r.i. quanto às
Missas para diversas necessidades ou para diversas circunstâncias e para as Missas votivas
IG 376.
RELIGIOSOS
– calendários e Próprios: para cada família religiosa é determinado o uso dum calendário
particular C 48; celebrações próprias no calendário religioso C 52 b; muitas festas de
ÍNDICE ANALÍTICO 217

Santos ficarão a ser celebradas só por uma família religiosa MP (8), AL 9; as famílias
religiosas veneram com culto especial os Santos que lhes são próprios C 49; os r. unem-se
à comunidade da Igreja local nalgumas celebrações C 52 c.
– participação dos r. na Missa “da comunidade” IG 114; aconselha-se a concelebração nas
Missas celebradas por ocasião de reuniões de sacerdotes r. IG 199 d; pode voltar a celebrar
para utilidade dos fiéis, quem concelebrar com o Bispo ou seu delegado por ocasião das
reuniões dos religiosos IG 204 e; o Bispo diocesano pode definir normas para a Comunhão
sob as duas espécies na sua diocese, a observar mesmo nas igrejas dos r. IG 283.
RELÍQUIAS
– r. dos Santos sob o altar que vai ser dedicado IG 302; incensam-se com três ductos do
turíbulo, as r. da santa Cruz IG 277; com dois ductos incensam-se as r. dos Santos expostas
à veneração pública, e só no início da celebração, depois da incensação do altar IG 277.
RESPONSÁVEL DA CELEBRAÇÃO
– nas celebrações litúrgicas: é conveniente que haja um r. pelo bom ordenamento das acções
sagradas nas igrejas e comunidades mais importantes IG 106; atribuições IG 106.
RESPOSTAS DOS FIÉIS
– na celebração da Eucaristia IG 35; r.f. à saudação inicial do sacerdote IG 50; na oração
universal IG 71; o povo, deve associar-se ao sacerdote, na fé e em silêncio, e também
com as intervenções previstas na Oração eucarística, isto é: as r. ao diálogo do Prefácio,
o Sanctus, a aclamação depois da consagração e a aclamação Amen depois da doxologia
final, ou ainda com outras aclamações aprovadas pela Conferência Episcopal e confirma-
das pela Sé Apostólica IG 147; na preparação das traduções, que compete à Conferência
Episcopal, tenha-se em conta o género literário das r. dos fiéis IG 392; tendo em conta
o lugar importante do canto na celebração, pertence à Conferência Episcopal aprovar
melodias apropriadas, sobretudo para as r. do povo IG 393.
– cf. Participação.
REUNIÃO, REUNIÕES
– a todos os que participam em r. de carácter pastoral é permitida a Comunhão sob as duas
espécies IG 283.
– a concelebração nas r. sacerdotais IG 199, 204 d; o significado da concelebração com o
Bispo nas r. sacerdotais IG 203; a concelebração da Missa nas r. dos Bispos IG 199.
REVERÊNCIA
– para com a Eucaristia e em toda a liturgia eucarística IG 3; a Oração eucarística deve ser
escutada pelos fiéis com r. IG 79; no fim da Missa o sacerdote com os ministros leigos,
faz a devida r. ao altar IG 169.
RITOS (Celebrações litúrgicas)
– em geral: preparação da celebração litúrgica quanto aos r. IG 111; tendo em conta o lugar
importante do canto na celebração, pertence à Conferência Episcopal aprovar melodias
apropriadas, sobretudo para os r. especiais que ocorrem durante o ano litúrgico IG 393.
– na celebração da Eucaristia: os r. da celebração eucarística foram simplificados CA (7);
mas a sua substância permaneceu CA (7).
– iniciais: descrição IG 46-54, 256-259, funções do sacerdote IG 120-127, funções do
diácono IG 172-174, funções do acólito IG 188-189, funções do leitor IG 196-198; r.i.
218 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

na concelebração IG 210-211; finalidade dos r.i. IG 46; em algumas celebrações que


se ligam à Missa, os r.i. omitem-se ou realizam-se de modo específico IG 46.
– de conclusão: descrição IG 90, funções do sacerdote IG 166-170, funções do diácono IG
184-186; r.c. na concelebração IG 250-251; quando se omitem os r.c. IG 170, 384.
– cf. também Celebração litúrgica.
RITOS (Igrejas particulares)
– os princípios que dizem respeito ao ano litúrgico podem e devem aplicar-se tanto ao R.
romano como aos outros ritos no que se refere às normas práticas que afectam todos os
outros r. AL 2.
– romano: os princípios e normas práticas do ano litúrgico dizem respeito ao R. romano
AL 2; o Calendário Romano geral é determinado para o uso de todo o T. romano
C 48; o R. romano constitui uma parte notável e preciosa do tesouro litúrgico e do
património da Igreja católica, cujas riquezas concorrem para o bem de toda a Igreja,
pelo que perdê-las seria prejudicá-la gravemente IG 397; o R. romano, no decurso dos
séculos, não só conservou usos litúrgicos originários da cidade de Roma, mas também
integrou em si, de modo profundo, orgânico e harmónico, outros elementos derivados
dos costumes e do engenho de diversos povos e de várias Igrejas particulares, tanto
do Ocidente como do Oriente, adquirindo, assim, um certo carácter supra-regional IG
397; no nosso tempo, a identidade e a expressão unitária do R. romano encontra-se nas
edições típicas dos livros litúrgicos promulgados por autoridade dos Sumos Pontífices e
nos livros litúrgicos que lhes correspondem, aprovados pelas Conferências Episcopais
para os seus territórios e confirmados pela Sé Apostólica IG 397; a norma estabelecida
pelo II Concílio do Vaticano, segundo a qual as inovações na reforma litúrgica só se
devem fazer se o exigir uma verdadeira e certa utilidade da Igreja, e procurando que
as novas formas como que cresçam organicamente das que já existem, também deve
aplicar-se à inculturação do R. romano IG 398; a procura da inculturação não pretende
de modo algum a criação de novas famílias rituais, mas sim responder às exigências de
determinada cultura, de tal modo, porém, que as adaptações, quer no Missal quer nos
outros livros litúrgicos, não sejam prejudiciais à índole própria do R. romano IG 398; o
Missal Romano, apesar da diversidade de lugares e duma certa variedade de costumes,
deve conservar-se no futuro como instrumento e sinal admirável da integridade e da
unidade do R. romano IG 399.
– orientais: aceitaram sempre uma certa variedade de Anáforas CA (6).
ROGAÇÕES
– pelo que ora a Igreja nas R. AL 45; as Conferências Episcopais determinam o tempo e o
modo de as celebrar AL 46; a Missa a escolher AL 47; ao preparar o calendário da nação,
indiquem-se os dias das R., assim como o modo de as celebrar e os textos, tendo em vista
outras determinações específicas IG 394.
RUBRICAS
– onde as r. o prevejam o celebrante pode adaptar certas admonições IG 31; nas r. e normas
da Instrução geral e do Missal, as palavras “dizer” ou “proferir” devem ser entendidas
como referentes quer ao canto quer à simples recitação, segundo os princípios enuncia-
dos IG 38; depois do acto penitencial canta-se ou diz-se o Senhor, tende piedade de nós,
segundo as r. IG 125, 258, e o Glória a Deus nas alturas IG 258; depois da leitura, que
precede imediatamente o Evangelho, canta-se o Aleluia ou outro cântico, indicado pelas
r., conforme o tempo litúrgico IG 62; a seguir à proclamação do Evangelho, o sacerdote,
ÍNDICE ANALÍTICO 219

juntamente com o ministro, diz o Símbolo, conforme as r. IG 263; segundo as r., o sacerdote
escolhe uma das Orações eucarísticas que se encontram no Missal Romano, ou que a Sé
Apostólica tenha aprovado IG 147; o sacerdote prossegue a Oração eucarística, segundo as
r. apresentadas em cada uma das Orações IG 149; em certos dias e em ocasiões especiais,
a bênção final, segundo as r., é enriquecida e expressa com a oração sobre o povo ou outra
fórmula mais solene IG 167; o pluvial, ou capa de asperges, é usado pelo sacerdote nas
procissões e outras funções sagradas, segundo as r. próprias de cada rito IG 341.
SÁBADO, SÁBADOS
– do Tempo Comum: memória facultativa de Nossa Senhora AL 15; recomenda-se de modo
particular a memória de Santa Maria no s. IG 378.
– Santo: o jejum pascal pode celebrar-se, conforme as circunstâncias, também no S. Santo
AL 20.
SACERDÓCIO
– comum: o s. real dos fiéis exerce-se na celebração da Eucaristia IG 5, IG 95; na oração
universal IG 69.
– ministerial: natureza do s. ministerial IG 4; a instituição do s. comemora-se na Quinta-
-feira Santa IG 4.
– exercício: a concelebração manifesta a unidade do s. IG 199, e mais ainda a concele-
bração do Bispo com o seu presbitério IG 203.
SACERDOTE, SACERDOTES
– nas celebrações litúrgicas: a cadeira do s. celebrante deve significar a sua função de pre-
sidente da assembleia e guia da oração IG 310; vestes do s. celebrante IG 337, 340, 341;
como profere o s. os textos IG 38.
– na celebração da Eucaristia: o s. celebrante é servidor da liturgia IG 24; algumas adaptações
são da responsabilidade do s. celebrante IG 24; o s. celebrante não pode, por sua livre
iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for na celebração da Missa IG 24; o
s. actua em nome de Cristo e representa-O IG 72; o s. actua na pessoa de Cristo IG 27,
30; o presbítero oferece o sacrifício na pessoa de Cristo IG 93; nas Missas em que não
há diácono ou outro sacerdote, é o s. celebrante que lê o Evangelho IG 59; dirige a oração
universal IG 71; ofício do s. ao proferir a Oração eucarística IG 78; o s. está presente na
distribuição da Comunhão ao cálice IG 286, 287; quando está presente, o diácono assiste
ao s. e está sempre a seu lado IG 171 a; os s. concelebrantes vão à frente do celebrante
principal IG 210.
– é lícito a cada s. celebrar a Eucaristia de modo individual, mas não ao mesmo tempo em
que, na mesma igreja ou oratório, se realiza uma concelebração IG 199; os s. que não
podem celebrar ou concelebrar podem comungar sob as duas espécies IG 283 a.
– cf. também Bispo, Presbítero.
SACRAMENTAIS
– no Leccionário para as Missas rituais, inserem-se alguns s. IG 359; pela liturgia dos s.
santificam-se os acontecimentos da vida IG 368; as Missas rituais estão ligadas à celebração
de certos s. IG 372.
SACRAMENTOS
– no Leccionário para as Missas rituais, inserem-se alguns S. IG 359; pela liturgia dos S.
santificam-se os acontecimentos da vida IG 368; as Missas rituais estão ligadas à celebração
de certos s. IG 372.
220 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– S. da iniciação cristã; cf. Iniciação cristã.


SACRÁRIO
– conforme a arquitectura de cada igreja, guarde-se o Santíssimo Sacramento no s., num
lugar de honra da igreja, adequado à oração IG 314; habitualmente, o s. deve ser único,
inamovível, feito de material sólido e inviolável, não transparente e fechado de modo que
se evite todo o perigo de profanação IG 314; convém que, antes de se destinar ao uso
litúrgico, o s. seja benzido IG 314; está mais de harmonia com a natureza do sinal que no
altar em que se celebra a Missa não esteja o s. IG 315.
– o s. pode colocar-se ou no presbitério, fora do altar da celebração, num lugar conveniente,
sem excluir algum altar antigo IG 315 a; pode colocar-se também nalguma capela adequa-
da à adoração e oração privada dos fiéis IG 315 b; junto do s. deve estar continuamente
acesa uma lâmpada especial, alimentada com azeite ou cera, com que se indique e honre a
presença de Cristo IG 316; não se esqueça tudo o que está prescrito sobre a conservação
da Santíssima Eucaristia no s. IG 317.
– cf. também Tabernáculo.
SACRIFÍCIO
– instituição: Cristo instituiu o s. do seu Corpo e Sangue na Ceia pascal IG 1; para que foi
instituído o s. eucarístico IG 17.
– cruz e Eucaristia: na celebração da Eucaristia perpetua-se o s. da cruz IG 2, IG 27; o s.
da cruz renova-se sacramentalmente IG 2; o s. da cruz torna-se presente na celebração
da Eucaristia IG 72, no altar IG 296.
– essência: a celebração da Eucaristia é s. de louvor, de acção de graças, de propiciação e
de satisfação IG 2.
– acção da Igreja:
– finalidade da oblação: por que se oferece o s. eucarístico pelos defuntos IG 379.
– sacerdotes oferentes: a unidade do s. manifesta-se na concelebração IG 199.
– cf. também Celebração da Eucaristia.
SACRISTIA
– é louvável observar o silêncio na s. IG 45; as coisas que se preparam na s. para a cele-
bração da Eucaristia IG 119; terminada a celebração da Missa, todos os ministros voltam
processionalmente à s., do mesmo modo e pela mesma ordem com que vieram IG 193;
os concelebrantes revestem-se na s. ou noutro lugar apropriado IG 209; se acaso se der-
ramar o Sangue do Senhor, lava-se com água o sítio em que tenha caído e deita-se depois
essa água no sumidoiro colocado na s. IG 280; mantenha-se o costume de construir na s.
um sumidoiro, no qual se lance a água da ablução dos vasos sagrados e dos corporais e
sanguíneos IG 334.
SACRISTÃO
– o s., que repara com diligência os livros litúrgicos, os paramentos e tudo o que é necessário
para a celebração da Missa, exerce uma função litúrgica IG 105 a.
SAGRADA ESCRITURA
– leia-se ao povo, na celebração da Eucaristia, a parte mais importante da S.E. CA (9); a
S.E. é explicada na homilia IG 65; é à S.E. que se vão buscar as leituras a ler e a explicar
ÍNDICE ANALÍTICO 221

na homilia e os salmos para cantar, e foi da sua inspiração e impulso que nasceram as
preces, as orações e os hinos litúrgicos, e dela tiram a sua capacidade de significação as
acções e os sinais IG 391.
– cf. também Leitura (da Sagrada Escritura), Palavra de Deus.
SAGRADA FAMÍLIA
– festa da S.F.: AL 6 a, 35 a.
– cf. também Família.
SALMISTA
– o s. ou cantor do salmo, do ambão ou de outro sítio conveniente, recita os versículos do
salmo IG 61; compete ao s. proferir o salmo ou o cântico bíblico que vem entre as leituras
IG 102; para desempenhar bem a sua função, é necessário que o s. seja competente na arte
de salmodiar e dotado de pronúncia correcta e dicção perfeita IG 102; o s. recita o salmo
depois da primeira leitura IG 129; antes da celebração, o s. deve saber perfeitamente quais
os textos que vão ser utilizados IG 352; o leitor pode, na falta de s., recitar o salmo entre
as leituras IG 99, 196.
SALMOS
– entre as leituras: o s. responsorial foi restaurado CA (12); o s. responsorial é parte inte-
grante da liturgia da palavra e tem grande importância litúrgica e pastoral, pois favorece a
meditação da palavra de Deus IG 37, 61, 129, 196, 261; convém que o s. responsorial seja
cantado, pelo menos no que se refere à resposta do povo IG 61; se o s. responsorial não
puder ser cantado, recita-se do modo mais indicado para favorecer a meditação da palavra
d Deus IG 61; em vez do s. que vem indicado no Leccionário, também se pode cantar ou
o responsório gradual ou um s. responsorial ou aleluiático IG 61, 63 a; o s. responsorial
profere-se do ambão IG 309, do ambão ou de outro lugar apto IG 61, o s. responsorial
é proferido pelo salmista IG 102, e pode, na falta do salmista, ser proferido pelo leitor
IG 99; todos estão sentados quando se recita o s. responsorial IG 43; o s. responsorial
corresponde a cada leitura e habitualmente toma-se do Leccionário IG 61.
– à Comunhão: IG 86.
– depois da Comunhão: IG 88, 164.
«SANGUE DE CRISTO - AMEN» (O)
– na Comunhão ao cálice IG 286.
SANGUÍNEO
– os concelebrantes comungam por intinção pondo o s. por baixo da boca IG 249; mantenha-
se o costume de construir na sacristia um sumidoiro, no qual se lance a água da ablução
dos s. IG 334.
SANTA SÉ
– cf. Sé Apostólica.
SANTIFICAÇÃO
– pelas celebrações litúrgicas: s. do dia AL 3.
– pelas celebrações litúrgicas sacerdotais: s. do mundo pela celebração da Eucaristia IG 16;
orações pela s. das obras dos homens no Missal Romano IG 15; a Oração eucarística é
oração de s. IG 78.
222 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

SANTÍSSIMA TRINDADE
– solenidade da S.T.: AL 6 c.
SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO
– cf. Corpo e Sangue de Cristo.
«SANTO» (aclamação)
– na celebração da Eucaristia IG 37 a; na concelebração IG 216; é parte da Oração euca-
rística IG 79 b; é aclamação de toda a assembleia IG 79 b.
SANTO, SANTOS
– pela liturgia da terra a Igreja espera ter parte e comunhão com os Santos, cuja memória
venera IG 318; inscrição no calendário: os S. que têm projecção universal são inscritos
no Calendário geral C 49; os nomes de alguns S. foram excluídos do Calendário universal
MP (9); os S. a inscrever no Calendário diocesano C 52 a, 53, no Calendário religioso C
52 b, 53; em que dia se devem inscrever os S. no Calendário particular C 56.
– celebração: os S. no ano litúrgico MP (7-8), AL 8, proclamam as maravilhas de Cristo, e
propõem aos fiéis oportunos exemplos a imitar MP (7); a Igreja comemora, no decurso
do ano, os dias natalícios dos Santos AL 1; nos dias natalícios dos S. a Igreja proclama e
renova o mistério pascal de Cristo MP (7); as festas do S. não devem prevalecer sobre as
festas que comemoram os mistérios da salvação MP (8); os S. que têm projecção universal
C 49; a celebração dos S. cujo corpo se guarda em determinada igreja C 52 c, 53 c; uma
única ou várias celebrações do S. nos calendários particulares C 50 b; como se celebram
os S. que figuram juntos no Calendário C 57.
– solenidades: as solenidades dos S. inscritas no calendário geral C 59; a solenidade de
S. José pode ser transferida C 56 f.
– festas: as festas dos S. inscritas no calendário geral C 59; a festa dos S. Inocentes AL
35 d; a festa de S. João, Apóstolo AL 35 c; a festa de S. Estêvão, Primeiro Mártir AL
35 b.
– na celebração da Eucaristia: Missa dos S. nas memórias facultativas e dias feriais IG 355
b, c; inclinação da cabeça ao nome dos S. na celebração da Eucaristia IG 275; dias de
alguns S. em que é mais oportuno dizer o Cânone Romano IG 365 a.
– de acordo com a antiquíssima tradição da Igreja, exponham-se à veneração dos fiéis, nos
edifícios sagrados, imagens dos S. IG 318.
– cf. também Imagens, Relíquias.
SANTORAL
– o s. do Missal Romano foi revisto CA (11); no que se refere à escolha das partes da Missa
do S., observem-se as respectivas normas IG 356
SANTOS ÓLEOS
– o Bispo procede à bênção dos s.o. na Quinta-Feira da Semana Santa AL 31.
– cf. também Crisma.
SAUDAÇÃO, SAUDAÇÕES
– do altar: com inclinação IG 275 b, no início da celebração da Eucaristia IG 49, 122, 173,
195, 211, 256, no fim da celebração IG 169, 186, 251.
– s. do povo, na celebração da Eucaristia: no início da celebração IG 46, 50, 124; s. do
ministro no início da Missa sem povo IG 256; s. do povo antes do Evangelho IG 134, 175;
ÍNDICE ANALÍTICO 223

não é oportuno saudar o povo antes da homilia, ou pedir-lhe que faça o sinal da cruz (cf.
Notitiae 9, 1973, p. 178); s. no início da Oração eucarística IG 148; no fim da celebração
IG 90 a, 167, quando se omite IG 170; omitem-se as s. na Missa sem a presença de um
ministro ou ao menos de algum fiel IG 254.
«SCHOLA CANTORUM»
– cf. Cantor, Coro, Coro litúrgico e Grupo coral.
SÉ APOSTÓLICA
– calendários, padroeiros, títulos: os calendários particulares são aprovados pela S.A. C 49;
a S.A. aprova as mudanças dos calendários particulares C 55.
SECRETA
– cf. Oração (sobre as oblatas).
SEDE
– cf. Cadeira, Cadeiras.
SEMANA
– S. Santa: destina-se a comemorar a Paixão de Cristo AL 31; o Ordo restaurado da S. Santa
foi o início da reforma do Missal Romano CA (2).
– domingo de Ramos: cf. Ramos.
– férias da S. Santa: C 59; têm preferência sobre outras celebrações AL 16; são proibidas
as Missas rituais IG 372, e algumas Missas de defuntos IG 381.
– Quinta-Feira Santa: instituição do sacerdócio IG 4; pode-se celebrar ou concelebrar
duas vezes IG 204 a; concelebração da Missa crismal IG 199, seu significado IG 203;
bênção do óleo dos catecúmenos AL 31; bênção do óleo dos enfermos AL 31; consa-
gração do crisma AL 31; concelebração da Missa vespertina IG 199, antes dela termina
a Quaresma AL 28, com ela começa o Tríduo pascal AL 19; adoração da Eucaristia IG
3; quando se pode e quando não se pode celebrar a Missa exequial IG 380.
– Sexta-Feira da Paixão do Senhor: celebra-se em toda a parte o sagrado jejum pascal
AL 20.
– cf. também Sábado (Santo).
SENHOR
– solenidades do S.: inscritas no calendário geral C 59; solenidade de Nosso Senhor Jesus
Cristo, Rei do Universo AL 6 d.
– festas do S: inscritas no calendário geral C 59; celebração das festas do S. no domingo
AL 5.
– de acordo com a antiquíssima tradição da Igreja, exponham-se à veneração dos fiéis, nos
edifícios sagrados, imagens do S. IG 318.
SEQUÊNCIA
– a s., que excepto nos dias da Páscoa e do Pentecostes é facultativa, canta-se antes do
Aleluia IG 64.
SERMÃO
– cf. Homilia, Pregação.
224 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

SERVIR
– o presbítero, ao celebrar a Eucaristia, deve s. a Deus e ao povo com dignidade e humildade
e, tanto no modo de se comportar como no de proferir as palavras divinas, procurará sugerir
aos fiéis a presença viva de Cristo IG 93; são funções próprias do diácono, na Missa, s.
na celebração do sacrifício IG 94; pode um diácono encarregar-se das partes cantadas
e outro diácono s. ao altar IG 109; os fiéis não recusem s. com alegria o povo de Deus,
sempre que forem solicitados para desempenhar algum ministério especial ou função na
celebração IG 97; pertence ao Bispo diocesano estabelecer normas sobre a função de s.
o sacerdote ao altar IG 107, 387.
SILÊNCIO
– já antes da própria celebração é louvável observar o s. na igreja, na sacristia e nos lugares
que lhes ficam mais próximos IG 45; na celebração da Eucaristia IG 45; antes da colecta
IG 54, 127, 259; pode ser oportuno observar estes momentos de s., adaptados à assembleia
reunida, no início da própria l.p., depois da primeira e da segunda leitura e após a homilia
IG 45, 56, 66, 128, 130, 136; na oração universal IG 71; os fiéis devem escutar a Oração
eucarística em s. IG 78; s. antes da Comunhão IG 84; depois da Comunhão IG 45, 88,
164, 271; antes da oração depois da Comunhão IG 165.
SÍMBOLO
– na celebração da Eucaristia IG 36, 55, 67-68, 137, 263; a sua finalidade IG 67; como se
profere o s. IG 68; os fiéis devem saber cantá-lo em latim IG 41; todos estão de pé ao S.
IG 43.
SIMPLICIDADE
– a celebração seja bela e de nobre s. IG 42; a ornamentação da igreja deve tender para a s.
IG 292; tal como para a construção das igrejas, também no que se refere a todas as alfaias
sagradas se deve buscar, com todo o empenho, aquela nobre s. que tão bem condiz com
a arte verdadeira IG 325; nobre s. dos utensílios IG 351.
SINAL, SINAIS
– a celebração da Eucaristia faz-se por s. sensíveis IG 20; a concelebração é s. da unidade
do sacerdócio e da Igreja IG 203; a atitude comum do corpo, que todos os participantes na
celebração devem observar, é s. de unidade dos membros da comunidade cristã IG 42; o
canto é s. de alegria do coração IG 39; quanto ao s. com que se dá a paz, as Conferências
Episcopais determinarão como se há-de fazer IG 82, 154; o Missal Romano, apesar da
diversidade de lugares e duma certa variedade de costumes, deve conservar-se no futuro
como instrumento e s. admirável da integridade e da unidade do Rito romano IG 399.
– o beijo como s.: em s. de veneração, o sacerdote e o diácono beijam o altar IG 49; os
concelebrantes beijam o altar em s. de veneração IG 211; o celebrante principal, jun-
tamente com o diácono, beija o altar em s. de veneração IG 251; o sacerdote beija o
livro dos Evangelhos em s. de veneração IG 175, 263, 272; nos países em que o beijo
destoa como s. de veneração, podem as Conferências Episcopais substituí-lo por outro
s., com o consentimento da Sé Apostólica IG 273.
– Comunhão sob as duas espécies como s.: o Concílio autorizou para certos casos a co-
munhão sob as duas espécies, com a qual, graças a uma apresentação mais clara do s.
sacramental, se dá aos fiéis uma ocasião oportuna para compreender mais profundamente
o mistério em que participam IG 14; a sagrada Comunhão adquire a sua forma mais
ÍNDICE ANALÍTICO 225

plena, enquanto s., quando é feita sob as duas espécies IG 281; nesta forma manifesta-se
mais perfeitamente o s. do banquete eucarístico IG 281; os sagrados pastores não deixem
de exortar os fiéis para que participem mais intensamente no rito sagrado por aquela forma
em que se manifesta de modo mais pleno o s. do banquete eucarístico IG 282.
– as coisas utilizadas na celebração são s.: a natureza de s. exige que a matéria da Eucaristia
tenha aspecto de autêntico alimento IG 321; o gesto da fracção do pão manifesta de
modo mais expressivo a força e o valor de s. da unidade de todos em um só pão e de s.
da caridade IG 321; a diversidade de funções na celebração da Eucaristia é significada
externamente pela diversidade das vestes sagradas, as quais, por isso, são s. distintivo
da função própria de cada ministro IG 335; está mais de harmonia com a natureza do s.
que no altar em que se celebra a Missa não esteja o sacrário onde se guarda a Santíssima
Eucaristia IG 315; os castiçais prescritos para cada acção litúrgica, em s. de veneração e
de celebração festiva, dispõem-se em cima do próprio altar ou em volta dele IG 307.
SINAL DA CRUZ
– na celebração da Eucaristia: no início da celebração IG 50, 124, 256; antes do Evangelho
IG 134, 175; s.c. no livro IG 175; não é oportuno, antes ou depois da homilia, convidar
os fiéis a fazer o s.c. ou saudá-los, v.g. dizendo: «Seja louvado nosso Senhor Jesus Cristo»,
nem conservar tais costumes onde eventualmente existam (cf. Notitiae 9, 1973, p. 178);
s.c. quando se impõe o incenso IG 120, 277; s.c. na incensação das oblatas IG 277; s.c.
na bênção do povo IG 167.
SÍNODO
– concelebração no S. IG 199, 204 d; significado da concelebração com o Bispo por ocasião
do S. IG 203.
SOBREPELIZ
– caso os presbíteros religiosos não concelebrem na Missa “da comunidade”, devem
apresentar-se com a veste coral própria ou com a s. sobre a veste talar IG 114; uso da s.
IG 336.
SOLENIDADE, SOLENIDADES
– sentido litúrgico:
– denominação AL 10; a celebração das s. começa na tarde do dia precedente AL 3, com
as I Vésperas AL 11; algumas s. têm Missa própria da Vigília AL 11; as principais
s. prolongam-se durante oito dias AL 12; as s. podem ser transferidas C 60; as s.
podem ser celebradas no domingo AL 5, mas os domingos do Advento, da Quaresma
e da Páscoa têm a precedência sobre todas as s. AL 5; as s. que coincidem com estes
domingos são transferidas para a segunda-feira seguinte AL 5; nalguns casos as s.
antecipam-se AL 5.
– do Senhor (em geral), de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo: cf. Senhor.
– da Anunciação do Senhor, da Ascensão do Senhor, do Sagrado Coração de Jesus, do
Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, da Epifania, do Natal, da Páscoa, da Santíssima
Trindade: cf. Anunciação do Senhor, Ascensão do Senhor, Coração de Jesus, Corpo
e Sangue de Cristo, Epifania do Senhor, Natal do Senhor, Páscoa, Trindade.
– s. da Virgem Maria, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo: cf. Maria Virgem,
Apóstolos.
– dos Santos, de S. José: cf. Santos.
226 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– próprias C 59.
– da Dedicação da igreja: cf. Igreja (edifício).
– aniversário da s. da Dedicação da igreja, do Fundador, do Padroeiro, do Título, do
Título da igreja própria: cf. Aniversário, Fundador, Padroeiro, Título.
– celebrações litúrgicas: cor das vestes em cada uma das s. IG 346.
– celebração da Eucaristia: calendário a seguir nas s. IG 353; nas s. não são permitidas
as Missas rituais IG 372; as Missas exequiais não são permitidas nas s. de preceito IG
380; hino «Glória in excelsis» nas s. de preceito IG 53; nas s. interrompe-se a leitura
contínua IG 358; nas s. diz-se o Símbolo IG 68.
– cf. também Festa (sentido comum).
SUMIDOIRO
– mantenha-se o costume de construir na sacristia um s., no qual se lance a água da ablução
dos vasos sagrados e dos corporais e sanguíneos IG 334; se acaso se derramar o Sangue
do Senhor, lava-se com água o sítio em que tenha caído e deita-se depois essa água no s.
colocado na sacristia IG 280.
TABELA
– t. de precedência dos dias litúrgicos C 59.
– cf. Precedência.
TABERNÁCULO
– conforme a arquitectura de cada igreja, guarde-se o Santíssimo Sacramento no t., num
lugar de honra da igreja, adequado à oração IG 314; habitualmente, o t. deve ser único,
inamovível, feito de material sólido e inviolável, não transparente e fechado de modo que
se evite todo o perigo de profanação IG 314; convém que, antes de se destinar ao uso
litúrgico, o t. seja benzido IG 314.
– junto do t. deve estar continuamente acesa uma lâmpada especial, alimentada com azeite
ou cera, com que se indique e honre a presença de Cristo IG 316.
– genuflexões diante do Santíssimo Sacramento no t. IG 274.
– cf. Sacrário.
TEMPO
– litúrgico: o canto de entrada deve ser em conta o t.l. IG 47; cor das vestes no t. comum
IG 346 c.
– Comum: nome e descrição AL 43; quando começa e termina AL 44.
– do Advento, do Natal, da Páscoa, da Quaresma: cf. Advento, Natal do Senhor, Páscoa,
Quaresma.
TEMPORAL
– o t. do Missal Romano foi revisto CA (11).
TERMINAÇÃO
– t. das orações nos países de língua portuguesa IG 54, 77, 89.
TEXTO, TEXTOS
– nos t. que devem ser proferidos claramente e em voz alta, quer pelo ou pelo diácono, quer
pelo leitor ou por todos, a voz deve corresponder ao género do próprio t. IG 38.
ÍNDICE ANALÍTICO 227

TITULAR
– cf. Título.
TÍTULO, TÍTULOS
– da igreja: solenidade do t. da igreja C 59.
– da família religiosa: celebração do t. a inscrever no calendário religioso C 52 b, solenidade
ou festa C 59.
TOALHA
– o altar deve ser coberto pelo menos com uma t. IG 117, 304; t. para a celebração da
Eucaristia fora do lugar sagrado IG 297.
TRACTO
– na celebração da Eucaristia IG 62 b.
– cf. Canto (antes do Evangelho).
TRADIÇÃO, TRADIÇÕES
– t. e Missal: as normas do Missal constituem mais uma prova da t. contínua e coerente do
Rito romano na celebração da Missa, não obstante a introdução de algumas inovações
IG 1; a natureza sacrificial da Missa, solenemente afirmada pelo Concílio de Trento, de
acordo com toda a t. da Igreja, foi mais uma vez formulada pelo II Concílio do Vaticano
IG 2; uma t. ininterrupta IG 6-9; ambas as edições do Missal Romano seguem a mesma
t. IG 6, tanto o Missal editado por Pio V IG 7, como o Missal de Paulo VI IG 15; o novo
Missal significa um passo de grande importância na t. litúrgica IG 10.
– t. e Igreja: a Igreja, conservando o que é antigo, isto é, o depósito da t., cumpre também o
dever de considerar e adoptar o que é novo IG 15; segundo a t. antiga da Igreja, a oração
colecta dirige-se habitualmente a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo IG 54; de acordo
com a antiquíssima t. da Igreja, exponham-se à veneração dos fiéis, nos edifícios sagrados,
imagens do Senhor, da bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos IG 318; o pão para
celebrar a Eucaristia deve ser só de trigo, confeccionado recentemente e, segundo a antiga
t. da Igreja latina, pão ázimo IG 320; no Tempo Pascal, de acordo com a t. da Igreja, em
lugar do Antigo Testamento, a leitura é tomada dos Actos dos Apóstolos IG 357; observe-
se também o princípio segundo o qual cada Igreja particular deve estar de acordo com a
Igreja universal, não só na doutrina da fé e nos sinais sacramentais, mas também nos usos
universalmente recebidos de uma ininterrupta t. apostólica IG 397.
– no que se refere aos gestos e atitudes corporais deve atender-se ao que está definido pela
Instrução geral e pela t. do Rito romano IG 42; segundo a tradição, a função de proferir
as leituras não é presidencial, mas sim ministerial IG 59; de acordo com a t. deve dar-se
preferência à memória do calendário particular IG 355; a inculturação precisa de bastante
tempo, para não contaminar repentina e incautamente a autêntica t. litúrgica IG 398.
TRADUÇÃO, TRADUÇÕES
– compete à Conferência Episcopal prestar atenção particular às t. dos textos bíblicos uti-
lizados na celebração da Missa, porque a Sagrada Escritura é a origem de tudo o que se
faz na celebração da Missa IG 391; utilize-se uma linguagem que possa ser entendida
pelos fiéis e adaptada à proclamação pública, tendo-se, porém, em conta que são diversos
os modos de falar utilizados nos livros bíblicos IG 391; nas t. convém ter em conta os
diversos géneros literários que se utilizam na Missa, tais como orações presidenciais,
antífonas, aclamações, respostas, súplicas litânicas IG 392; tenha-se bem presente que a
228 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

versão dos textos não se destina em primeiro lugar à meditação, mas antes à proclamação
ou ao canto no acto da celebração IG 392; na t. utilize-se uma linguagem adaptada aos fiéis
da região, mas dotada de nobre qualidade literária IG 392; Muito convém, que nas regiões
onde se utiliza a mesma língua, haja, na medida do possível, a mesma versão para os textos
litúrgicos, principalmente para os textos bíblicos e para o Ordinário da Missa IG 392.
TRANSLADAÇÃO
– a t. ou descoberta do corpo dos Santos é celebrada como memória facultativa nos calen-
dários particulares C 50 b.
TRANSUBSTANCIAÇÃO
– Cristo torna-Se presente na Eucaristia por t. IG 3.
TRÍDUO
– pascal: AL 17-21, C 59; ponto culminante de todo o ano litúrgico AL 18; quando se inicia
e termina AL 19; não é permitida a Missa exequial no t.p. IG 380.
TRINDADE
– solenidade da Santíssima T.: AL 6 c.
TRONO
– a cadeira do sacerdote celebrante deve evitar todo o aspecto de t. IG 310.
«TROPO»
– no «Kyrie, eleison» IG 52.
TURÍBULO
– prepara-se na sacristia IG 119; leva-se na procissão de entrada IG 100, 120 a, 276; leva-
-se na procissão com o Evangeliário IG 133, 175; o t. na incensação das oblatas IG 144,
190; o t. na incensação da hóstia e do cálice IG 179; como se põe o incenso no t. IG 277;
os ductos e ictus com o t. IG 277.
TURIFERÁRIO
– abre a procissão de entrada, caso se use incenso IG 120 a; na procissão do Evangelho IG
175.
ÚLTIMA CEIA
– instituição da Eucaristia na Ceia pascal IG 1, 2, 72, 79, 83.
– cf. também Ceia (última).
UNIDADE
– na Igreja: a Igreja é Sacramento de u. IG 92.
– edifício da igreja: a disposição geral da igreja deve formar uma u. íntima e orgânica que
manifeste de modo mais claro a u. de todo o povo santo IG 294.
– na celebração da Eucaristia:
– simbolismo da Eucaristia quanto à u. da Igreja: u. dos fiéis na celebração da Eucaristia
IG 95; pela celebração da Eucaristia os fiéis realizam a u. entre si e com Deus IG 79
f; na concelebração manifesta-se a u. do sacrifício e do sacerdócio IG 199, de todo o
povo IG 199; na concelebração do Bispo com o seu presbitério manifesta-se mais a u.
do sacerdócio e da Igreja IG 203.
ÍNDICE ANALÍTICO 229

– u. dos fiéis no Missal Romano: a u. dos fiéis é testemunhada pelo Missal Romano CA
(13); o canto de entrada favorece a u. dos fiéis IG 47; a u. dos fiéis com Cristo na
Oração eucarística IG 78; a u. dos fiéis manifesta-se na fracção do pão IG 72; a u. dos
fiéis manifesta-se no canto da Comunhão IG 86.
UNIFORMIDADE
– para se conseguir a u. nos gestos e atitudes do corpo na mesma celebração, os fiéis devem
obedecer às indicações que, no decurso da mesmo, lhes forem dadas pelo diácono, por
um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que está estabelecido no Missal IG
43.
VASOS SAGRADOS
– normas sobre os v.l. IG 327-334; os v.l. devem ser fabricados de metal nobre IG 328; a
juízo da Conferência Episcopal os v.l. podem também ser fabricados com materiais sólidos
e que sejam, segundo o sentir de cada região, mais nobres IG 329; forma dos v.l. IG 332;
bênção dos v.l. IG 333; o diácono cuida dos v.l. IG 178; os v.l. são preparados pelo acó-
lito IG 98; purificação dos v.l. IG 163, 183, 192, 270, 279, 286; pertence à Conferência
Episcopal definir os materiais a utilizar nos v. sagrados IG 390.
– cf. também Alfaias.
VELAS
– as v. colocam-se sobre o altar ou perto dele IG 117.
– na festa da Apresentação do Senhor, as v. não podem ser benzidas sem celebração da Missa
(cf. Notitiae 10, 1974, p. 80).
– cf. também Castiçais, Círios.
VERSÍCULO
– na celebração da Eucaristia: antes do Evangelho: IG 37a, 62b, 63b, 131, 132, 175, 261.
«VERSUS POPULUS»
– cf. Frente para o povo (de).
VÉU
– é louvável cobrir o cálice com um v. IG 118 c; o v. do cálice pode ser da cor do dia ou de
cor branca IG 118 c.
VÉSPERAS
– como se celebram as V. quando há coincidência C 61.
VESTE CORAL
– os presbíteros presentes na celebração eucarística sem concelebrar apresentam-se de v.c.
própria IG 114.
VESTE TALAR
– v.t. a usar com a sobrepeliz nas celebrações em que os presbíteros duma comunidade reli-
giosa não concelebram IG 114; a alva não pode ser substituída pela sobrepeliz, nem sequer
quando esta se envergar sobre a v.t. talar, quando se deve vestir a casula ou a dalmática,
nem quando, segundo as normas, se usa apenas a estola sem casula ou dalmática IG 336.
230 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

VESTES LITÚRGICAS
– normas sobre as v.l. IG 335-347; a diversidade de funções que, na Igreja, Corpo de Cristo,
os diversos membros desempenham, é significada externamente, sobretudo na celebração da
Eucaristia, pela diversidade das v.l., as quais são, por isso, sinal distintivo da função própria
de cada ministro IG 114, 335; convém que tais v.l. contribuam também para o decoro da
acção sagrada IG 335; as v.l. usadas pelos sacerdotes e diáconos assim como pelos ministros
leigos devem ser benzidas antes de serem destinadas ao uso litúrgico IG 335; pertence à
Conferência Episcopal definir os materiais, a forma e a cor das v.l. IG 390.
– os materiais das v.l. IG 343, 344; a Conferência Episcopal pode definir as adaptações
das formas da v.l. que entenda corresponder melhor às necessidades e costumes de cada
região IG 342, 390; o material e a forma é que hão-de dar beleza às v.l. IG 344.
– porquê várias cores nas v.l. IG 345; quando se podem usar várias cores IG 346-347;
ornamentação das v.l. IG 344; nos dias mais solenes podem usar-se v.l. mais ricas
mesmo que não sejam da cor do dia IG 346 g; as cores nas Missas rituais, para diversas
circunstâncias e votivas IG 347.
– a alva é a v.l. comum a todos os ministros ordenados e instituídos IG 336; casos em que é
preciso o cíngulo IG 336; como se usa a estola IG 340; quando se usa a capa de asperges
IG 341.
– as v.l. próprias de cada ministro IG 337-341; v.l. do presbítero membro de uma comunidade
religiosa IG 114, 336, 337, 340, 341; v.l. do diácono IG 336, 338, 340; os acólitos, leitores
e outros ministros leigos podem vestir a alva ou outra veste legitimamente aprovada pela
Conferência Episcopal em cada região IG 339.
– outras alfaias sagradas IG 348; aliar sempre a dignidade e a simplicidade IG 351.
– cf. Paramentos.
VESTES SAGRADAS
– cf. Vestes litúrgicas, Paramentos.
VIDA
– ano litúrgico: a celebração do ano litúrgico tem valor e eficácia sacramental para o pro-
gresso da v. cristã MP (4).
– celebração da Eucaristia: a celebração da Eucaristia é o centro de toda a v. cristã IG 16.
VIDA LITÚRGICA
– o Bispo diocesano deve promover, dirigir e velar pela v.l. da sua diocese IG 387.
VIGÁRIOS
– algumas fórmulas para nomear os V. Apostólicos na Oração eucarística IG 149.
VIGÍLIA, VIGÍLIAS
– pascal: a V. pascal foi restaurada MP (3); a restauração da V. pascal foi o início da reforma
do Missal Romano CA (2); a V. pascal é o centro do Tríduo pascal AL 19, é a mãe de todas
as santas V. AL 21; toda a V. pascal deve fazer-se durante a noite AL 21; celebração ou
concelebração na V. pascal IG 204 b; na Vigília pascal não é permitido celebrar os ritos
sagrados de modo individual IG 199.
– do Natal do Senhor: a Missa da V. do Natal celebra-se na tarde do dia 24 de Dezembro,
antes ou depois das Vésperas I AL 34.
ÍNDICE ANALÍTICO 231

VINHO
– na última Ceia: Cristo tomou o cálice, pronunciou a acção de graças, e deu-o aos seus
discípulos, dizendo: «Tomai, bebei: este é o cálice do meu Sangue» IG 72.
– na celebração da Eucaristia:
– preparação dos dons: na credência preparam-se o cálice, as galhetas com o v. e a água,
a não ser que todas estas coisas sejam trazidas pelos fiéis na procissão IG 118 c; na
preparação dos dons, leva-se ao altar o v. com água, isto é, os mesmos elementos que
Cristo tomou em suas mãos IG 72, 100; é de louvar que o v. seja apresentados pelos
fiéis IG 73; embora, hoje em dia, os fiéis já não tragam do seu próprio v., como se fazia
noutros tempos, no entanto o rito desta apresentação conserva ainda valor e significado
espiritual IG 73, 140; além do v., são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons IG
73; o acólito leva para o altar o v. e entrega-o ao sacerdote IG 190; o sacerdote vai
depois ao lado do altar, onde o ministro lhe apresenta as galhetas, e deita no cálice o v.
e um pouco de água, dizendo em silêncio: Pelo mistério desta água e deste vinho IG
142, 178; o v. destinado à Eucaristia é levado ao celebrante, que o depõe sobre o altar,
acompanhado da fórmula prescrita IG 75, 140; se não houver cântico do ofertório ou
não se tocar o órgão, o sacerdote pode, na apresentação do v., dizer em voz alta a fórmula
de bênção IG 142; depois de colocado sobre o altar, o cálice é incensado IG 276 d.
– consagração: mediante as palavras e gestos de Cristo, realiza-se o sacrifício que o próprio
Cristo instituiu na última Ceia, quando ofereceu o seu Corpo e Sangue sob as espécies
do pão e do vinho e os deu a comer e a beber aos Apóstolos, ao mesmo tempo que lhes
confiou o mandato de perpetuar este mistério IG 79 d; se parecer oportuno, os conce-
lebrantes dizem as palavras da consagração com a mão direita estendida para o cálice
IG 223, 227, 230, 233; como deve proceder o sacerdote que, depois da consagração ou
no momento da Comunhão, advertir que, no cálice, em vez de v. estava água IG 324.
– Comunhão: o diácono tem a função de distribuir a Eucaristia aos fiéis, particularmente
sob a espécie do v. IG 94; terminada a distribuição da Comunhão, o sacerdote, no altar,
consome imediatamente todo o v. consagrado que porventura tiver sobrado IG 163; o
cálice é purificado com água ou com v. e água IG 279.
– o v. para a celebração: seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja utilizou sempre o v. com
água para celebrar a Ceia do Senhor IG 319; o v. para celebrar a Eucaristia deve ser de
uvas, fruto da videira, natural e puro, quer dizer, sem mistura de substâncias estranhas
IG 322; tenha-se grande cuidado em que o v. destinado à Eucaristia se conserve em
perfeito estado IG 323.
– vasos sagrados: entre os objectos requeridos para a celebração da Eucaristia, merecem
respeito particular os vasos sagrados e, entre eles, o cálice, que serve para oferecer,
consagrar e comungar o v. IG 327.

VIRGEM MARIA
– de acordo com a antiquíssima tradição da Igreja, exponham-se à veneração dos fiéis, nos
edifícios sagrados, imagens da bem-aventurada V.M. IG 318; inclinação da cabeça ao
nome da V.M. IG 275 a.
– culto litúrgico da V.M.: Missa a escolher nas memórias facultativas da V.M. IG 355;
veneração da V.M. no ano litúrgico AL 8; festas da V.M. no ano litúrgico MP (7).
– solenidades da V.M. inscritas no calendário geral C 59.
– solenidade de Santa Maria Mãe de Deus AL 35 f.
232 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

– festas da V.M. inscritas no calendário geral C 59.


– recomenda-se de modo particular a memória de Santa Maria no sábado IG 378.

VISITA
– v. pastoral: concelebração na v. pastoral IG 204 e; significado da concelebração com o
Bispo por ocasião da v. pastoral IG 203.

VOZ BAIXA
– o Concílio de Trento condenou quem sustentasse «ser de rejeitar o uso da Igreja Romana,
de recitar em v.b. o Cânone» IG 11; o diácono, antes de proclamar o Evangelho, pede ao
sacerdote a bênção, dizendo em v.b.: A vossa bênção IG 175; as partes da Oração eucarística
proferidas simultaneamente por todos os concelebrantes, e principalmente as palavras da
consagração, que todos estão obrigados a dizer, devem ser recitadas pelos concelebrantes
em v.b., de modo a que se ouça claramente a voz do celebrante principal IG 218.
ÍNDICE GERAL
Apresentação........................................................................................ 5
Constituição Apostólica “Missale Romanum”..................................... 7

Instrução Geral do Missal Romano

Proémio
Testemunho de fé inalterável......................................................... 13
Uma tradição ininterrupta.............................................................. 16
Adaptação às novas circunstâncias................................................ 17

CAPÍTULO I

Importância e dignidade
da celebração eucarística . ....................... 21

CAPÍTULO II

Estrutura da Missa, seus elementos e suas partes


I. Estrutura geral da Missa.......................................................... 25
II. Os diversos elementos da Missa.............................................. 26
Leitura da palavra de Deus e sua explanação.................... 26
Orações e outros elementos
que pertencem à função do sacerdote........................... 26
Outras fórmulas utilizadas na celebração.......................... 27
Modos de proferir os vários textos.................................... 28
Importância do canto......................................................... 28
Os gestos e atitudes corporais........................................... 29
O silêncio........................................................................... 31
234 ÍNDICE GERAL

III. As diversas partes da Missa..................................................... 32


A) Ritos iniciais....................................................................... 32
Entrada............................................................................... 32
Saudação do altar e da assembleia.................................... 33
Acto penitencial................................................................. 33
Kýrie, eleison ................................................................... 33
Glória in excelsis............................................................... 34
Oração colecta................................................................... 34
B) Liturgia da palavra.............................................................. 35
Silêncio.............................................................................. 36
Leituras bíblicas................................................................ 36
Salmo responsorial............................................................ 37
Aclamação antes da leitura do Evangelho......................... 38
Homilia.............................................................................. 38
Profissão de fé................................................................... 39
Oração universal................................................................ 40
C) Liturgia eucarística............................................................. 41
Preparação dos dons.......................................................... 42
Oração sobre as oblatas..................................................... 43
Oração Eucarística............................................................. 43
Rito da Comunhão............................................................. 45
Oração dominical.............................................................. 45
Rito da paz......................................................................... 45
Fracção do pão................................................................... 45
Comunhão......................................................................... 46
D) Rito conclusivo................................................................... 48

CAPÍTULO III

Ofícios e ministérios na Missa


I. Ofícios da Ordem sacra........................................................... 49
II. Funções do povo de Deus........................................................ 50
III. Ministérios especiais............................................................... 51
Ministérios instituídos do acólito e do leitor..................... 51
As outras funções.............................................................. 52
IV. A distribuição das funções e a preparação da celebração........ 53
ÍNDICE GERAL 235

CAPÍTULO IV

As diversas formas
de celebração da Missa ........................... 55

I. Missa com o povo.................................................................... 56


Coisas a preparar............................................................... 56
A) AMissa sem Diácono.......................................................... 58
Ritos iniciais...................................................................... 58
Liturgia da palavra............................................................. 59
Liturgia eucarística............................................................ 61
Ritos de conclusão............................................................. 67
B) A Missa com Diácono......................................................... 67
Ritos iniciais...................................................................... 68
Liturgia da palavra............................................................. 68
Liturgia eucarística............................................................ 69
Ritos de conclusão............................................................. 71
C) Funções do Acólito............................................................. 71
Ritos iniciais...................................................................... 71
Liturgia eucarística............................................................ 72
D) Funções do Leitor............................................................... 72
Ritos iniciais...................................................................... 72
Liturgia da palavra............................................................. 73
II. Missa concelebrada................................................................. 73
Ritos iniciais...................................................................... 76
Liturgia da palavra............................................................. 76
Liturgia eucarística............................................................ 76
Modo de proferir a Oração eucarística.............................. 77
A) Oração eucarística I ou Cânone Romano............... 77
B) Oração eucarística II.............................................. 78
C) Oração eucarística III............................................. 79
D) Oração eucarística IV............................................. 79
Ritos da Comunhão........................................................... 80
Ritos de conclusão............................................................. 83
III. Missa com a participação de um só ministro........................... 83
Ritos iniciais...................................................................... 84
Liturgia da palavra............................................................. 84
236 ÍNDICE GERAL

Liturgia eucarística............................................................ 85
Ritos da conclusão............................................................. 86
IV. Algumas normas gerais
para todas as formas de celebração da Missa.................... 86
Veneração do altar e do Evangeliário...................................... 86
Genuflexão e inclinação.......................................................... 87
Incensação............................................................................... 88
Purificações.............................................................................. 89
Comunhão sob as duas espécies.............................................. 89

CAPÍTULO V

Disposição e adorno das igrejas


para a celebração da eucaristia

I. Princípios gerais...................................................................... 92
II. Disposição do presbitério para a celebração litúrgica............. 94
O altar e o seu adorno........................................................ 94
O ambão............................................................................ 96
A cadeira para o sacerdote celebrante e outros assentos... 97
III. A disposição da igreja.............................................................. 98
O lugar dos fiéis................................................................. 98
O lugar do coro e dos instrumentos musicais.................... 99
O lugar da reserva da santíssima Eucaristia...................... 99
As imagens sagradas......................................................... 101

CAPÍTULO VI

As coisas necessárias para a celebração da Missa


I. O pão e o vinho para celebrar a Eucaristia.............................. 102
II. Alfaias sagradas em geral........................................................ 103
III. Os vasos sagrados.................................................................... 104
IV. As vestes sagradas................................................................... 105
V. Outras alfaias destinadas ao uso da Igreja............................... 108
ÍNDICE GERAL 237

CAPÍTULO VII

A escolha da Missa e das suas partes


I. A escolha da Missa.................................................................. 109
II. A escolha das partes da Missa................................................. 111
As leituras................................................................................ 111
As orações............................................................................... 113
A Oração eucarística................................................................ 113
Os Cânticos.............................................................................. 114

CAPÍTULO VIII

Missas e orações para diversas circunstâncias


e Missas de defuntos

I. Missas e orações para diversas circunstâncias........................ 115


II. Missas de defuntos.................................................................. 117

CAPÍTULO IX

Adaptações que competem aos bispos


e às suas conferências . ......................... 119

Normas Gerais
sobre o Ano Litúrgico e o Calendário

Carta Apostólica “Mysterii paschalis”................................................. 127

CAPÍTULO I

O Ano Litúrgico

Título I: Os dias litúrgicos


I. O dia litúrgico em geral........................................................... 131
II. O domingo............................................................................... 132
238 ÍNDICE GERAL

III. As solenidades, as festas e as memórias.................................. 133


IV. As férias................................................................................... 134

Título II: O Ciclo do Ano


I. O Tríduo pascal........................................................................ 135
II. O Tempo Pascal....................................................................... 136
III. O Tempo da Quaresma............................................................ 136
IV. O Tempo do Natal.................................................................... 137
V. O Tempo do Advento............................................................... 138
VI. O Tempo Comum.................................................................... 139
VII. As Rogações e as Quatro Têmporas........................................ 139

CAPÍTULO II

O Calendário
Título I: O calendário e as celebrações
que nele serão inscritas...................................................... 140
Título II: O dia próprio das delebrações........................................... 142
Tabela dos dias litúrgicos por ordem de precedência.......................... 144

índices
Índice analítico..................................................................................... 147
Índice geral........................................................................................... 233

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