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Dos Impedimentos e Suspeição do Juiz - Resumo

agosto 24, 2017

Dos Impedimentos e da Suspeição do Juiz - Resumo dos artigos 144 a 148 do

Código de Processo Civil.

IMPEDIMENTO

O juiz tem o dever de oferecer garantia de imparcialidade às partes no processo.


Não basta ao juiz ser imparcial, é preciso que as partes saibam, sem dúvida, dessa
imparcialidade.

O Código de Processo Civil especifica os motivos que podem afastar o juiz da causa,
espontaneamente ou por ato das partes. São de duas ordens: os
impedimentos (art. 144, CPC/2015), que podem de fundo objetivo e a suspeição
(art. 145, CPC/2015) de fundo subjetivo, cujo reconhecimento, se não declarado de
ofício (independentemente de provocação) pelo juiz, necessita de prova.

Os impedimentos taxativamente impedem o exercício da jurisdição (aplicação do


direito pelo Juiz) contenciosa (em que há lide) ou voluntária (sem conflito),
podendo ser alegados no processo a qualquer tempo.

No impedimento há presunção absoluta de parcialidade do magistrado, enquanto


na suspeição a presunção é relativa, admitindo-se prova em sentido contrário.

Segundo o art. 144, CPC/2015 o juiz é impedido de atuar nos seguintes processos
(de jurisdição contenciosa ou voluntária):

I – em que interveio como mandatário (representante) da parte, oficiou como


perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como
testemunha;

II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;

III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro
do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;

Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando as pessoas ali


mencionadas (advogado, membro do Ministério Público ou da Defensoria) já
integravam a causa quando o juiz tomou conhecimento do processo. O Juiz veio
depois e deve sair (artigo 144, § 3º CPC).
IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,
inclusive;

V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica


parte no processo;

VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das


partes;

Herdeiro Presuntivo (que virá a herdar), donatário (que recebeu alguma coisa
por doação)

VII – em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;

Dispositivo que trata do impedimento quando a parte que figura no processo é


instituição de ensino com a qual o juiz mantém relação de emprego ou vínculo
decorrente de contrato de prestação de serviços. O Juiz pode acumular cargo de
professor conforme dispositivo da Constituição Federal (art 37, II), então quando
figura como parte no processo instituição de ensino pública ou particular em que o
Juiz é professor ele está impedido de agir.

VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;

Exemplo: se a esposa do juiz é advogada do escritório ABC Advocacia, no qual o


Dr. F também atua, se a causa estiver sendo patrocinada por este , o juiz será
considerado impedido. O Juiz tem que sair.

A extensão deste impedimento também foi aplicada aos casos em que a parte não
somente é assistida juridicamente pelo cônjuge, companheiro ou parente do juiz,
mas também quando ela figurar como cliente do escritório de advocacia em que
tais pessoas sejam integrantes (art. 144, VIII, CPC/2015).

IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

A lei impede a mudança de advogado com o intuito de provocar o impedimento do


juiz (art. 144, §2º, CPC/2015).

SUSPEIÇÃO

Quanto à suspeição, ela será verificada quando o juiz:


I – for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

II – receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois


de iniciado o processo, aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou
subministrar meios para atender às despesas do litígio;

III – quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;

IV – interessado no julgamento de causa em favor de qualquer das partes.

Afora os motivos elencados no art. 145, CPC/2015, pode o juiz declarar-se suspeito
por questão deforo íntimo (motivo particular), não estando, nessa hipótese,
obrigado a explicitar a causa da suspeição (art. 145, §1º, CPC/2015).

Os casos de impedimento ou suspeição aplicam-se a todos os magistrados (juízes,


desembargadores, ministros).

CAUSA ESPECIAL: Quando dois ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou


afins, em linha reta ou colateral, até terceiro grau, o primeiro que conhecer da
causa impede que o outro atue no processo, caso em que o segundo se escusará
(se desculpará ou se dirá impedido), remetendo o processo ao seu substituto legal
(art. 147, CPC/2015). Esses casos podem ocorrer quando um juiz atua no processo
em primeiro grau e o outro em segundo (quando o processo foi pro Tribunal).

Os motivos de impedimento e suspeição aplicam-se ao Ministério Público, aos


auxiliares da justiça (art 159 CPC) e aos demais sujeitos imparciais do processo
(jurado por exemplo - art. 148, CPC/2015).

Recusa dos impedidos ou suspeitos


Não havendo declaração de impedimento ou suspeição por parte dos impedidos ou
suspeitos (juiz, órgão do Ministério Público, escrivão, perito e qualquer outro
agente cuja atuação deva ser imparcial), eles poderão ser recusados por qualquer
das partes.

Essa recusa é manifestada das seguintes formas:

 Se o impedimento ou suspeição for do magistrado: a parte deverá alegar no


prazo de 15 (quinze) dias a contar do conhecimento do fato, em petição
fundamentada, podendo juntar documentos e rol de testemunhas (art.
146, caput, CPC/2015).
 Se o impedimento ou suspeição for dos demais agentes previstos no art.
148, CPC/2015: a parte deve se manifestar na primeira oportunidade de
falar nos autos.
Quando se trata de impedimento do juiz, se depois de recebida a petição
este reconhecer o impedimento (ou até mesmo suspeição, quando for o caso),
deverá remeter os autos imediatamente ao seu substituto legal, juiz designado pela
norma de organização judiciária para substituir o magistrado impedido ou
suspeito (art. 146, §1º, CPC/2015).

Caso contrário, determinará a autuação (forma-se um volume de processo) do


incidente em apartado e, no prazo de quinze dias, dará as suas razões,
acompanhadas ou não de documentos e rol de testemunhas. Posteriormente,
remeterá o processo ao tribunal, ficando o relator incumbido de declarar os efeitos
(suspensivo ou não) em que o incidente é recebido e a partir de quando valem ou
não os efeitos.

Se o incidente for recebido com efeito suspensivo, o processo permanecerá


suspenso até o seu julgamento, mas os pedidos de tutelas de urgência
(liminares) poderão ser requeridos ao substituto legal (art. 146, §3º, CPC/2015).

Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o


tribunal rejeitá-la-á. Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de
manifesta suspeição, condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu
substituto legal. Neste caso, pode o juiz recorrer da decisão (art. 146, §4º,
CPC/2015).

Lembrando: RELATOR – RECEBE – DECLARA OS EFEITOS (SUSPENSIVO –


suspende o processo OU NÃO – processo continua a tramitar) – JULGA – SE
ACOLHE O IMPEDIMENTO – CONDENA O JUIZ (que não se declarou) EM CUSTAS –
REMETE OS AUTOS AO SUBST.

A arguição de impedimento ou suspeição de membros do Ministério Público, Perito,

Defensor etc não segue as mesmas regras, sendo julgada pelo próprio juiz.

Por fim, não se aplica impedimento e suspeição á testemunha, a qual, sendo

impedida ou suspeita, poderá ou não ser ouvida, ou apenas como informante, sem

prestar compromisso. Lembrando que a testemunha compromissada poderá

incorrer no crime de falso testemunho.

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