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Sidnei Cavassani
1 – INTRODUÇÃO:
Esses equipamentos estáticos são regulamentados pelas normas API 650 – “Welded Steel
Tanks for Oil Storage” do American Petroleum Institute (API). No Brasil, utiliza-se, também a
norma NBR 7821 – “Tanques Soldados para Armazenamento de Petróleo e Derivados”,
publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Os tanques de armazenamento, são construídos numa ampla faixa de capacidades, desde 100
barris (16 m³) até aproximadamente 550.000 barris (87.500 m³). Como o custo do barril
armazenado decresce com o aumento de capacidade do tanque, haverá, normalmente, o
interesse na construção de tanques de armazenamento com capacidade cada vez maior. Desta
forma, construções especiais, projetos mais elaborados, materiais de alta resistência mecânica
e de elevada tenacidade, permitem capacidade superior a 1.000.000 de barris (159.000 m³).
Observações:
Ø Não discriminaremos as funções específicas dos tipos de tetos citados, mas estaremos
sempre à disposição, para apresentarmos explicações com mais detalhes.
Ø Natureza do solo, sendo considerado um dos mais importantes fatores a analisar, pois uma
escolha inadequada implicará, inevitavelmente, em elevado custo de fundação para os
equipamentos estáticos.
Ø Ampliações futuras, o local escolhido deverá apresentar área suficiente para as expansões
necessárias.
Ø Segurança operacional, a área a ser ocupada pelo parque de armazenamento deverá ser de
fácil acesso, completamente limpa, desmatada e destocada. Essa área deverá sempre visar a
segurança operacional, com a máxima redução de riscos para as áreas vizinhas. Normalmente,
espera-se que a construção e montagem dos tanques, não sejam efetuadas dentro de zonas
densamente construídas e deverá ser isolada do livre acesso de pessoas e animais. Essas áreas
deverão possuir fácil acesso para equipamentos de combate à incêndio.
4 – CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO:
Ø Produto armazenado.
Ø Consumo da região.
Observação:
Ø Perdas por evaporação, ocorrerão em menor quantidade para tanques de teto fixo, onde o
aquecimento e resfriamento do espaço vapor ocorrem através da superfície metálica do
costado e teto. Obteremos uma menor quantidade de perdas por evaporação, devido ao
aquecimento e resfriamento do meio ambiente, quanto menor for a superfície de exposição
térmica, para um dado volume de líquido armazenado e mesma diferença de temperatura.
Assim, um tanque de grandes dimensões apresentará menor perda por evaporação, do que
vários tanques menores, com a mesma capacidade de armazenamento e armazenando o
mesmo volume total.
Tais relações, fixadas após simplificada análise do problema, devem ser encaradas como
primeira aproximação. A determinação definitiva das dimensões do equipamento será sempre
realizada após análise acurada dos seguintes aspectos:
Ø Altura:
Ø Diâmetro:
III. Um grande diâmetro implicará num menor volume útil para o tanque de
armazenamento.
Ø A norma NBR 7505-1 fixa os requisitos básicos para localização, disposição, construção e
segurança das instalações de armazenamento.
8 – BASES E FUNDAÇÕES:
O projeto e a construção das bases e fundações dos tanques de armazenamento devem ser
orientados de modo que os recalques máximos, absoluto e diferencial, sejam compatíveis com
a segurança do equipamento. Tais recalques, se excessivos, poderão ocasionar:
Ø Esforços elevados nos bocais e tubos conectados ao equipamento, caso não haja suficiente
flexibilidade na tubulação para acomodar os recalques.
Ø Nos casos mais frequentes de uma fundação direta com anel de concreto, o tratamento da
superfície da base do tanque será constituído de uma base drenante e de um revestimento.
Ø Os tanques de armazenamento podem ser construídos sobre 2 tipos de fundação:
I. Fundação direta:
b) Anel de concreto, onde a fundação consiste num anel de concreto centrado sob o costado
do tanque de armazenamento. A profundidade do anel de concreto, que poderá inclusive ser
estaqueado, dependerá das condições locais do solo. Devem ser previstos rebaixos para
acomodar as portas de limpeza, drenos do fundo ou qualquer outro acessório que interfira
com o anel de concreto. Recomenda-se esse tipo de fundação direta em qualquer uma das
seguintes situações:
b) Tal tipo de fundação procura distribuir a carga total do equipamento sobre uma superfície
suficientemente grande, de modo a não ocorrer um recalque excessivo.
c) Devem ser previstos os rebaixos para acomodar as portas de limpeza, drenos do fundo ou
qualquer outro acessório que interfira com a laje de concreto.
Ø Recalque uniforme, quando todos os pontos do fundo se deslocam de uma mesma distância.
Normalmente não apresenta problema caso haja flexibilidade suficiente na tubulação para
acomodar tal movimento.
Ø A quantidade mínima de pinos de referência é dada pela norma, de acordo com o diâmetro
do equipamento.
Ø Os recalques devem ser medidos durante os seguintes estágios do teste hidrostático: 0%,
25%, 50%, 75% e 100%.
Ø Os tanques de teto flutuante, devem ser enchidos até o ponto máximo de elevação do teto.
Ø Os tanques de teto fixo devem ser cheios até o topo da cantoneira de reforço da borda
superior do costado.
Ø O tempo mínimo de enchimento e esvaziamento, para cada estágio, deve ser de 2 dias.
Ø As leituras são registradas em folhas de controle de recalque. Após o término do controle de
recalques, deve ser preparado um relatório final, do qual constem as folhas de controle de
recalque, os gráficos tempo-recalque e as conclusões pertinentes.
11 – RECALQUES ADMISSÍVEIS:
Ø Qualidade do solo.
Ø Dimensões do equipamento.
Ø Recalque diferencial entre dois pontos da periferia = 38 mm. em 9.000 mm, medido ao longo
do perímetro.
Ø O recalque diferencial entre qualquer ponto da periferia da base (sob o costado do tanque) e
um ponto interno a 1150 mm de distância (medido ao longo do raio) deve ser no máximo 70
mm.
Ø O recalque em qualquer ponto da parte central da base do tanque, deve ser tal que
mantenha a declividade estabelecida pelo projeto.
12 – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:
Ø Chapas:
b) Com bordas aparadas: As bordas de laminação foram eliminadas por meio de aparamento
lateral. São normalmente utilizadas no fundo e teto de tanques de armazenamento. Para o
costado, devido as tolerâncias de montagem, haverá necessidade de esquadrejamento.
Ø Perfis estruturais:
· Devem estar de acordo com a última edição de uma das especificações listadas na norma
API 650.
Ø Tubos e forjados:
· Devem estar de acordo com a última edição de uma das especificações listadas na norma
API 650.
Ø Flanges:
· Os flanges até 24 in, inclusive, devem ter todas as dimensões conforme a norma ANSI
B.16.5 e os flanges maiores que 24 in até 42 in, inclusive, devem obedecer à norma MSS-SP-44.
Para diâmetros acima de 42 in devem seguir a norma API 605.
· Os flanges de diâmetro até 14 in, assim como as luvas, devem ser de aço forjado ASTM A
105. Para diâmetros de 16 in e acima, os flanges podem ser de chapa ASTM A 285 Gr. C, ASTM
A 515 Gr. 60 ou ASTM A 516 Gr 70, desde que devidamente calculados de acordo com o
Apêndice II do ASME, Seção VIII, Divisão I. e obedecendo aos demais requisitos das normas N-
270 e N-253.
Ø Parafusos e porcas:
· Para bocais:
a) Os parafusos e estojos devem ser de aço liga ASTM A 193 Gr. B7, dimensões conforme
ANSI B 18.2.1 e classe de ajuste 2ª da ANSI B 1.1. As porcas devem ser de aço carbono ASTM A
194 2H, dimensões conforme ANSI B 18.2.2 e classe de ajuste 2B da ANSI B 1.1.
a) Devem ser de aço carbono ASTM A 307 Gr B e ASTM A 194 2H, dimensões conforme ANSI B
18.2.1 e 18.2.2 e classes de ajuste 2A e 2B da ANSI B 1.1, respectivamente, para parafusos e
porcas.
Ø Eletrodos:
· Os eletrodos para soldagem manual a arco elétrico, de materiais com limite de resistência
à tração inferior a 80.000 psi, devem pertencer às séries E 60 ou E 70 da classificação contida
na última edição da especificação AWS A 5.1. Para materiais com limite de resistência à tração
de 80.000 psi até 85.000 psi, os eletrodos devem pertencer às séries E 80XX-CX da classificação
contida na última edição da especificação AWS A 5.5. Eletrodos básicos (baixo hidrogênio)
devem ser utilizados, obrigatoriamente, na soldagem manual a arco elétrico, nas seguintes
condições:
a) Soldagem de chapas do costado com espessura superior a 0,5 in para materiais dos grupos
I a III.
13 – PROJETO DO FUNDO:
Ø Declividade:
· Os tanques der armazenamento devem ter o fundo cônico, com caimento mínimo de
1:120 do centro para a periferia. Os tanques pequenos, com diâmetro até 6 m, podem ter o
fundo plano.
Para todas as chapas do fundo, o material deve ter, como qualidade mínima, o aço carbono
ASTM A 283 Gr. C.
As chapas anulares, devem ser da mesma especificação de material, utilizada no primeiro anel
do costado.
As chapas do fundo, devem apresentar as bordas aparadas e espessura mínima de ¼”, excluída
qualquer sobre espessura de corrosão.
A sobre espessura para corrosão, só deve ser adotada, quando o produto armazenado
provocar corrosão uniforme no fundo do equipamento e caso a corrosão seja localizada, a
proteção do fundo normalmente é realizadas por pintura ou outro tipo de revestimento anti
corrosivo adequado.
Ø Métodos de construção:
· As chapas do fundo de um tanque de armazenamento podem ser unidas por dois tipos de
juntas:
a) Juntas de topo:
As juntas soldadas de topo, são normalmente empregadas na união, entre si, das chapas
anulares. É um método praticamente não utilizado para união das chapas centrais. As chapas
devem possuir suas extremidades preparadas para solda de topo, com as bordas
paralelas ou chanfradas em V simples. Na junta de topo, soldada por um só lado, deve ser
utilizado um cobre-junta ponteado na face inferior de uma das chapas do fundo.
b) Juntas sobrepostas:
As chapas são soldadas apenas na face superior (juntas sobrepostas simples), com transpasse
mínimo, após soldagem, de cinco vezes a espessura nominal da chapa mais fina (sem
necessidade de exceder a 1”) ou de 60 mm no caso da união das chapas centrais com o anel
periférico das chapas anulares.
As chapas do fundo, sob o primeiro anel do costado, devem ser preparadas adequadamente,
com a finalidade de formar uma superfície razoavelmente lisa para apoio das chapas do
costado.
Ø Diâmetro do fundo:
· Para evitar-se a penetração de águas pluviais sob as chapas do fundo e a erosão da base
do tanque, a norma N-270 indica a utilização de um dispositivo para escoamento da água.
Ø Soldas do fundo:
As juntas sobrepostas do fundo são soldadas, somente na face superior, com solda de ângulo
integral (full-fillet weld). Define-se como solda de ângulo integral, a solda de ângulo, cuja
dimensão é igual à espessura da chapa mais fina da união. Na sobreposição de três
chapas deve ser feito o arredondamento do canto da chapa superposta.
As chapas anulares são ligadas, entre si, por solda de topo. Essa solda de topo, pode ser
realizada por um só lado (com cobre junta), ou pelos dois lados (sem cobre junta).
Todas as soldas do fundo, quando realizadas com eletrodo revestido, devem ser executadas
no mínimo em dois passes, visando obter um comportamento mais dútil, mais resistente e
evitar mordeduras. Porém, na soldagem das chapas centrais com as chapas anulares,
recomenda-se um mínimo de 3 passes.
As soldas do fundo, contendo três sobreposições (juntas sobrepostas) ou formadas por três
chapas (juntas de topo), devem estar distanciadas de, no mínimo, 12” uma da outra, e, no
mínimo, 12” do costado. Para a disposição com chapas anulares, esta última exigência deve ser
aumentada para 24”.
Ø Reforços no fundo:
14 – PROJETO DO COSTADO:
Ø O costado deve ser projetado, de modo que todos os seus anéis estejam em posição vertical,
respeitando-se as tolerâncias fixadas por norma.
a) Disposição simétrica:
Ø Tal defasagem mínima, não precisa ser aplicada nos anéis cujas espessuras foram fixadas
pelo valor mínimo estrutural de montagem.
Ø As juntas verticais do primeiro anel do costado e as juntas das chapas anulares do fundo,
devem também atender aos requisitos de distância mínima entre as juntas verticais do
costado. Não deve haver acúmulo de juntas verticais em uma mesma região do costado do
tanque.
15 – JUNTAS DO COSTADO:
Ø As juntas do costado, devem ser de topo, soldadas pelos dois lados (exceto quando utilizado
um processo especial de soldagem, como por exemplo, o arco submerso), com penetração
total e fusão completa.
Ø A face mais larga de uma junta de topo assimétrica (V ou U), pode ser dirigida para o lado
interno ou externo do costado, a critério do projetista do equipamento.
A norma API 650, ilustra as juntas verticais do costado de um tanque de armazenamento, onde
são apresentadas as preparações recomendadas, para as bordas das chapas de juntas verticais
do costado, quando utilizado o processo de soldagem com eletrodo revestido.
16 – ABERTURAS NO COSTADO:
Ø Todas as aberturas no costado, com diâmetro nominal superior a 2”, devem ser
devidamente reforçadas. A área mínima da seção transversal do reforço, não deve ser inferior
ao produto do diâmetro vertical do furo aberto no costado pela espessura requerida, à chapa
do costado, na região da abertura.
Ø A área da seção transversal do reforço será medida segundo um plano vertical que contenha
o diâmetro da abertura.
Ø O reforço da abertura, pode ser obtido empregando-se qualquer uma das seguintes soluções
ou combinações das mesmas:
b) Chapa de reforço;
OBS.:
Ø Todas as aberturas do costado exigindo reforço, tais como bocais, bocas de visita e portas de
limpeza, devem ser soldadas com penetração total na chapa do costado do tanque, exceto
quando se usa chapa inserida, caso em que se permite a penetração parcial.
Ø O item 3.7.3 do API 650, fixa o espaçamento entre as soldas periféricas de uma abertura no
costado e as soldas de topo das chapas do costado, bem como o espaçamento entre as soldas
periféricas de uma abertura no costado e a solda do costado e a solda do costado ao fundo do
equipamento.
17 – PROJETO DO TETO:
Ø Teto Flutuante.
OBS.:
Quanto a sobrecarga necessária e segundo o API 650, todos os tipos de teto e estruturas de
sustentação, devem ser projetados para suportar sua carga morta (peso próprio das chapas do
teto e da estrutura de sustentação) mais uma carga viva uniforme (homem, equipamentos e
carga de neve quando aplicável), não inferior a 120 kgf/m² (25 lb/ft²) de área projetada. O
valor da sobrecarga exigida varia consideravelmente conforme a norma de projeto adotada,
sendo:
17.1 – Materiais:
A espessura mínima das chapas do teto é de 4,75 mm. (3/16”), devendo essa espessura ser
adotada sempre que possível. Para tal espessura o material deve ser o aço carbono, de
qualidade estrutural, ASTM A 570 Gr.33 ou ASTM A 283 Gr.C, com largura mínima de 1500
mm.
Maiores espessuras podem ser requeridas aos tetos autoportantes. Havendo a necessidade de
adicionar a sobre espessura de corrosão ao valor calculado (teto autoportante) ou ao valor
nominal mínimo (teto suportado e teto flutuante).
Para chapas com espessura igual ou superior a 6,3 mm. (1/4”) o material deve ser o ASTM A
283 Gr.C com largura mínima de 2.440 mm.
Para as demais informações referentes ao projeto e construção, consultas deverão ser feitas,
diretamente nas normas específicas.
18 – BOCAIS E ACESSÓRIOS:
Ø Movimentação de produto.
As bocas de visita do costado devem ser orientadas na direção dos ventos predominantes no
local de construção do tanque. Tal procedimento visa facilitar o arejamento do equipamento
durante as paradas de manutenção.
Nos tanques de teto flutuante, para evitar a interferência durante a descida do teto e,
consequentemente, aproveitar ao m áximo a capacidade do equipamento, as bocas de visita
do costado devem ser do tipo baixo (low type) com chapas de reforço formando 90° com o
fundo do tanque.
As portas de limpeza devem ser de construção soldada e do tipo rente ao fundo (flush type).
Quando houver duas ou mais portas de limpeza no costado, duas delas devem ser
posicionadas diametralmente opostas e orientadas na direção dos ventos predominantes no
local. Havendo somente uma porta de limpeza no costado, deve-se posicionar uma boca de
visita diametralmente oposta a ela e ambos os acessórios devem ser orientados na direção dos
ventos predominantes no local.
O API 650 fixa as dimensões máximas da porta de limpeza, em função do material utilizado no
costado do equipamento.
Todos os tanques devem ter sua própria escada de acesso ao topo do equipamento, com
corrimão e terminando em uma plataforma sobre o costado.
Tanques para óleos lubrificantes, água e outros produtos não perigosos podem dispensar a
escada ao topo do costado quando, estiverem interligados por passadiços.
As escadas devem ser de preferência do tipo helicoidal. Escadas verticais do tipo marinheiro,
só são permitidas para tanques com até 6 metros de altura, sendo que acima de 1,80 m. exige-
se guarda-corpo para diminuir o risco de acidentes.
A plataforma do topo do costado, deve ser apoiada diretamente no último anel do costado, no
caso dos tanques de teto fixo.
Para os tanques de teto flutuante, a plataforma deve ser suportada por chapas de extensão do
costado e se projetar por cima do teto.
Para os tanques de teto fixo, a proteção deve ser por meio de “câmaras de espuma”, com selo
de vidro, localizadas no costado e acima do nível máximo do produto armazenado.
O número, tipo e tamanho dos dispositivos de aplicação de espuma podem ser determinados
pela Norma N-1203, que fixa as condições exigíveis para a elaboração de projetos de sistemas
fixos de combate a incêndio com água e espuma, destinados às áreas de processamento,
armazenamento e transferência de petróleo e seus derivados.
Ø Misturadores (mixers).
Ø Anéis de contraventamento.
São normalmente utilizados para conexão de acessórios do teto e podem ser flangeados ou
rosqueados.
ü Ventilação.
ü Iluminação.
O tipo de dispositivo a ser utilizado depende da forma do teto, que poderão ser:
· Respiro aberto (free vent): normalmente utilizado quando o produto armazenado tiver
ponto de fulgor igual ou superior a 38°C.
· Dispositivos de alívio de pressão: evita possíveis danos ao teto causados por pressões de
gases, anormalmente altas, desenvolvidas de vácuo sob o teto.
19 – PLACA DE IDENTIFICAÇÃO:
Em todo tanque de armazenamento deve existir uma placa de identificação, fixada ao costado
no equipamento, junto ao início da escada de acesso ao topo do costado.
20 – FOLHA DE DADOS:
21 – FABRICAÇÃO:
Ø A Norma N-1888 fixa as condições exigíveis para a fabricação executada em oficinas, bem
como para o transporte de tanques atmosféricos. Tal fabricação deve também atender às
exigências de projeto da Norma N-270, aos requisitos da Seção 4 do API 650 e visar uma
adequada montagem de acordo com a Norma N-271.
21.2 – Armazenamento de materiais:
Ø As chapas não calandradas, devem ser armazenadas sobre berços de madeira adequados
para evitar deformações.
Ø Para as chapas calandradas, quando deitadas, os berços devem ter a mesma curvatura das
chapas e a quantidade máxima de chapas, por pilha, deve ser tal que não deforme as chapas
inferiores.
Ø As chapas devem ser armazenadas, pelo menos, 20 cm. Acima do nível do solo.
Ø As peças pequenas, tais como flanges, luvas, parafusos, porcas e arruelas, devem ser
armazenadas em caixotes e em locais secos. As superfícies usinadas, devem ser protegidas
contra corrosão por meio de graxa ou outros compostos adequados. As faces dos flanges, além
da proteção citada anteriormente, devem ser cobertas com discos de madeira.
Ø A operação deve ser executada por prensagem ou outro método a frio, que não prejudique
o material.
Ø Não deve ser permitido aquecimento localizado ou o martelamento, a menos que o material
seja aquecido à temperatura de forjamento.
Ø Os defeitos encontrados, devem ser reparados por soldagem, conforme prescrito nas
Normas N-133 e N-1888.
Ø Após a execução do reparo, devem ser realizados os ensaios não destrutivos previstos na
norma N-1888.
Ø Os defeitos, devidamente reparados, são então registrados num mapa (Mapa dos Defeitos
Reparados) que permite a exatas localização dos pontos reparados no próprio equipamento.
Ø O corte e o chanfro das bordas das chapas podem ser feitos por cisalhamento (com máquina
tipo plaina, talhadeira automática, guilhotina ou tesoura mecânica) ou por oxi-corte.
Ø O cisalhamento é limitado às chapas com espessura até 3/8” in (aprox.. 10 mm.) para as
juntas de topo e até 5/8” in (aprox.. 16 mm.) para as juntas sobrepostas.
Ø As arestas das chapas cortadas a oxigênio e destinadas à soldagem, devem ser deixadas lisas,
uniformes e livres de carepas, escórias e rebarbas. Tais irregularidades devem ser removidas
com talhadeiras automáticas e/ou esmeril.
21.7 – Aberturas nas chapas para construção de acessórios e realização de tratamento térmico
de alívio de tensões:
Ø Toda abertura que exigir tratamento térmico de alívio de tensões, em conformidade com as
exigências da Norma API 650 em seu item 3.7.4, deve ser fabricada, montada, soldada, testada
e tratada termicamente na fábrica.
Ø As aberturas que não exigirem tratamento térmico de alívio de tensões, podem ser
fabricadas e realizadas no campo.
Ø Os furos das chapas de reforço, para saída dos gases de soldagem e realização do ensaio de
estanqueidade (ensaio pneumático), devem ser realizados antes da montagem das chapas de
reforço.
Ø Tais furos, após a fabricação do componente do tanque, devem ser deixados abertos e
protegidos com graxa.
Ø A Norma N-1888, exige que o ensaio de estanqueidade, citado anteriormente, seja realizado
antes do tratamento térmico de alívio de tensões.
21.8 – Soldagem:
Ø A soldagem executada deverá estar em conformidade com as Normas N-133 e N-1888.
Ø Todas as soldas provisórias, devem ser removidas após a realização de suas funções. As
superfícies sob tais soldas, devem ser adequadamente esmerilhadas e, para os materiais com
exigência de teste de impacto, obrigatoriamente inspecionadas com partículas magnéticas ou
líquido penetrante.
Ø A Norma N-1888 exige que todas as soldas existentes nos componentes tratados
termicamente para alívio de tensões, sejam inspecionadas, por meio de líquido penetrante ou
partícula magnética, antes e após a realização do tratamento térmico.
Ø Se algum reparo for necessário, sua realização deve obedecer à Norma N-133. Os ensaios
não destrutivos, previstos para a junta soldada original, devem ser igualmente repetidos.
22 – MONTAGEM:
l) Plano de registros dos resultados de ensaios não destrutivos das juntas soldadas, por
soldador.
n) Métodos de grauteamento.
OBS.:
Ø A soldagem deve ser executada de acordo com a Norma N-133 e os ensaios não destrutivos
conforme as seguintes normas:
2) Estanqueidade = N-1593.
3) Radiografia = N-1595.
5) Visual = N-1597.
7) Ultra-Som = N-1594.
Ø A Rotina Técnica de Fiscalização, relaciona todos os serviços a executar, bem como o critério
de aceitação a ser adotado, referentes ao controle da qualidade a ser empregado na
montagem e condicionamento de tanques de armazenamento, a qual está dividida em 7
capítulos:
· Documentação;
· Chapas;
· Flanges e bocais;
· Acessórios;
· Elementos estruturais;
· Consumíveis de soldagem.
2) Fundações e bases:
3) Qualificações:
4) Montagem:
· Fundo;
· Costado;
· Teto fixo;
· Teto flutuante;
· Acessórios.
5) Testes:
OBS.:
Os executantes das atividades de inspeção e/ou fiscalização, deverão montar uma planilha,
onde deverão constar, para capítulo acima acima citado, quais os serviços que serão
executados, quais os critérios que serão seguidos, normas e itens de referência e observações
gerais.
Ø O marco padrão existente na região onde o tanque está sendo construído, servirá como
referência para os serviços topográficos a serem realizados.
a) Orientação e elevação.
b) Diâmetro da base.
c) Nivelamento.
d) Declividade.
e) Dimensões da fundação (Ex.: largura do anel de concreto).
g) Impermeabilização.
Ø As chapas do fundo são arrastadas até suas posições por meio de cordas e grampos e a
colocação na posição definitiva é realizada com alavancas.
Ø Deve-se ter o máximo cuidado para não danificar a impermeabilização do fundo do tanque.
Ø A sobreposição das chapas do fundo, devem ser marcadas com tinta para facilitar sua
verificação durante a montagem. Normalmente, tal marcação é realizada a uma distância da
borda da chapa igual à sobreposição mais 20 mm.
Ø A sobreposição mínima entre as chapas da periferia e o miolo do fundo deve ser ampliada
(aprox.. 20 mm.) para compensar a contração da soldagem.
Ø As soldas entre o costado e o fundo devem ser realizadas após a soldagem das juntas
verticais do primeiro anel do costado (preferencialmente após a montagem do segundo anel) e
antes da soldagem do miolo do fundo com as chapas periféricas. A sequência tradicionalmente
adotada é a seguinte:
Ø A montagem das chapas do costado exige, além de uma boa sequência de soldagem, uma
série de cuidados adicionais:
Ø Marcação, no topo do costado, dos quatro pontos indicativos dos eixos coordenados do
equipamento.
Ø Estaiamento das colunas, as quais devem permanecer estaiadas até a montagem final do
polígono formado pelas vigas transversais. Na coluna central o estaiamento deve ser mantido
até que todas as vigas radiais estejam montadas e fixadas no polígono adjacente ou no
costado, conforme o caso.
Ø Montagem das vigas transversais e radiais. Não deve ser permitido o ponteamento das
ligações aparafusadas da estrutura de sustentação do teto.
Ø A sobreposição das chapas do teto, devem ser previamente assinalada para facilitar a
verificação durante a montagem, de forma semelhante à adotada no fundo.
Ø A sobreposição entre as chapas da periferia e o miolo do teto, deve ter um adicional (aprox..
20 mm.) para compensar a contração de soldagem.
Ø Deve ser evitada qualquer sobrecarga na estrutura, devido ao empilhamento das chapas
num mesmo local.
Ø As soldas da periferia do teto à cantoneira de topo do costado devem ser executadas antes
da soldagem do miolo com as chapas periféricas do teto.
Ø Visando a obtenção da ligação fraca, entre teto e costado, as chapas do teto não podem ser
soldadas à estrutura de sustentação.
Ø Os bocais e acessórios não interligados a tubulações podem ter suas posições ligeiramente
alteradas para evitar interferências.
Ø A estrutura provisória não deve ser soldada ao fundo do tanque e sua altura deve ser
suficiente para permitir a execução de todas as soldas previstas no teto.
Ø A sobreposição das chapas do teto deve ser assinalada previamente para facilitar a
verificação durante a montagem, de forma semelhante à adotada no fundo.
Ø A sobreposição entre as chapas da periferia e o miolo do teto deve ser ampliada (aprox.. 20
mm.) para compensar a contração de soldagem.
Ø Os tubos guias das pernas de sustentação e outros acessórios que atravessem verticalmente
o flutuador do teto pontão ou os compartimentos do teto duplo, devem ser montados e
soldados simultaneamente com a chaparia do teto para tornar menos difícil sua operação de
soldagem.
ü A Seção 7 da Norma API 650 apresenta requisitos complementares ao Código ASME Section
IX, específicos quanto à qualificação de procedimentos, de soldadores e operadores de
soldagem em tanques de armazenamento.
ü A inspeção radiográfica, deve ser realizada somente nas juntas soldadas de topo, onde foram
exigidas fusão e penetração completas. Desta forma, a inspeção radiográfica é requerida nas
soldas de topo do costado, nas soldas de topo das chapas anulares e nas soldas de topo das
conexões do tipo rente ao fundo (flush type).
ü A inspeção radiográfica não é requerida nas soldas do teto, nas soldas do fundo (miolo e
miolo com as chapas anulares), nas soldas do teto com a cantoneira de topo do costado, nas
soldas da cantoneira de topo com as chapas do costado, nas soldas do constado com o fundo e
nas soldas de acessórios.
ü A execução do ensaio radiográfico deve ser conduzida de acordo com a Norma N-1595.
ü Os critérios para o número e localização das radiografias para tanques dimensionados pelo
API 650, deverá ser observado nessa Norma com algumas ressalvas constantes na Norma N-
271 as quais deverão ser respeitadas.
ü A técnica radiográfica e avaliação dos resultados, deverá estar baseada nas determinações
da Norma ASME Boiler and Pressure Vessel Code V, “Nondestructive Examination”.
ü Na inspeção radiográfica por amostragem, a cada junta soldada examinada e rejeitada, deve-
se aumentar a amostragem conforme descrito na Norma API 650 – Item 6.1.6.
ü A execução do ensaio radiográfico deve ser conduzida de acordo com a Norma N-1595.
ü Após retirada, os corpos de prova são tratados quimicamente e examinadas pera verificação
da existência de defeitos.
ü Depois do exame, todos os cortes realizados, para a retirada dos corpos de prova, devem ser
fechados utilizando-se um procedimento devidamente qualificado.
ü Pela Norma API 650, a fiscalização de montagem tem o direito de retirar 1 corpo de prova
para cada 100 ft de solda de ângulo executada (aprox.. 30 metros).
ü A execução do ensaio por partículas magnéticas deve ser conforme a Norma N-1598.
ü Pelo API 650, o método de inspeção por partículas magnéticas deve ser realizado conforme o
item 6.2.
ü Para materiais submetidos a teste de impacto, todos os locais de soldas provisórias, após a
devida remoção, devem ser examinados por partículas magnéticas ou líquido penetrante.
ü Pelo API 650, o método de inspeção pór ultra-som deve ser realizado conforme descrito no
item 6.3.
ü A execução do ensaio por meio de líquido penetrante deve ser conforme a Norma N-1596.
ü Pelo API 650, o método de inspeção por líquido penetrante deve ser realizado conforme o
item 6.4.
· Ensaio de Estanqueidade:
· A caixa de vácuo deve ter dimensões convenientes e uma vedação adequada para
possibilitar a formação de vácuo parcial durante o ensaio, conforme descrito em 6.6 do API
650.
· É também utilizado na inspeção das soldas de ângulo das câmaras estanques dos tetos
flutuantes.
· O líquido do ensaio deve ter alto efeito de capilaridade, sendo frequentemente utilizado o
óleo diesel ou querosene.
· Caso seja necessário o uso de um revelador, este deve ser de grande eficiência de absorção
e propiciar contraste adequado para visualização das descontinuidades.
· Teste Hidrostático:
ü O emprego de água salgada não é recomendado, pois poderá provocar severa corrosão
interna do equipamento.
ü Pinos para controle de recalque, de acordo com a Norma N-1807, devem ser fixados à base
do tanque antes da realização do teste hidrostático.
ü As juntas das portas de limpeza e das bocas de visita, instaladas antes do teste hidrostático,
devem ser provisórias.
ü Para tanques de teto fixo, o enchimento deve ser realizado até 2 in (aprox.. 50 mm.) acima
da parte superior da cantoneira do topo do costado.
ü Para tanques de topo aberto, o enchimento deve ser realizado até a parte superior da
cantoneira de topo do costado ou até um vertedouro (ladrão), limitante da altura máxima de
enchimento do equipamento.
ü Nos tanques de teto flutuante o enchimento máximo não deve colocar em risco a
movimentação nem a flutuabilidade do teto do equipamento.
chapas do costado.
III. Caso somente esteja disponível água salgada, é obrigatório o uso de inibidor de
corrosão.
IV. Condição de segurança, antes e durante o teste, incluindo o fechamento dos diques
da bacia de contenção.
ü Qualquer vazamento revelado durante o teste hidrostático, deve ser reparado antes do
prosseguimento do mesmo, conforme recomendações da Norma API 650 (Section 5 – Item
5.4.4).
25.1 – Pintura:
Ø As superfícies de aço que serão pintadas devem ser inicialmente submetidas ao processo de
intemperismo, conforme determinações da Norma N-11.
Ø Tal processo visa promover o desprendimento da carepa de laminação, que são óxidos duros
e extremamente aderentes, formados durante o processo de laminação da chapa.
· Inspeção Visual:
Segundo a Norma N-5, atuando nas superfícies contaminadas através de solventes, emulsões,
desengraxantes, detergentes, água, vapor ou outros materiais e métodos físico-química.
Segundo a Norma N-9, por meio de jato abrasivo (areia molhada, areia seca, granalha de aço,
óxido de alumínio sintetizado ou outros abrasivos) ou hidrojateamento (água sob alta
pressão), retirando crostas de ferrugem, restos de carepa de laminação e deixando a superfície
a pintar com o acabamento exigido. O hidrojateamento só deve ser utilizado em serviços de
manutenção.
Ø Evidentemente, as regiões que serão soldadas (bordas das chapas), só receberão o preparo
e a aplicação do esquema de pintura no canteiro de obras. Nesse caso é fundamental o
cuidado no manuseio e transporte da chaparia pré-pintada.
Ø Quando o teto fixo for pintado internamente, a Norma N-271 exige que a estrutura de
sustentação, seja devidamente pintada antes da colocação das chapas do teto.
Ø A área central de cada chapa deve ser pintada antes da montagem, sendo as bordas
pintadas após a soldagem.
Ø O esquema de pintura interna deve ser selecionado pela Norma N-1201, levando-se em
conta o tipo de tanque de armazenamento (teto fixo ou flutuante), o ambiente corrosivo, o
produto armazenado e a temperatura de armazenamento.
· Fundo:
· Todo o interior:
Somente nos tanques de armazenamento de água e de lastro de navios.
Ø Anodos de magnésio são utilizados apenas quando o produto armazenado for água doce.
26 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Ø API 650 – “Welded Steel Tanks for Oil Storage” do American Petroleum Institute (API);
Ø NBR 7821 – “Tanques Soldados para Armazenamento de Petróleo e Derivados”;