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CONSIDERAÇÕES FINAIS
EM LFGR, o narrador sempre sugere o sobrenatural como exceção, como algo incomum caso contrário não seria transgressão. O
narrador tenta convencer o leitor sem explicar o sobrenatural:
E este seria o fim da história, se as crianças não se sentissem na obrigação de explicar ao professor por que quatro casacos tinham
desaparecido do guarda-roupa. E o professor (um sujeito fora do comum) não lhes disse que deixassem de ser bobos ou de inventar
histórias. Acreditou. (LEWIS, 1997, p. 179)
Dessa forma, o cenário, como elemento fantástico na literatura infantil, proporciona ao leitor a experiência com a realidade e permite, por
exemplo, que a criança decodifique a seu modo, à semelhança de Lúcia que encontra em Nárnia um modo de sobreviver ao universo da
guerra.
BIBLIOGRAFIA
CANDIDO, Antonio. O discurso e a cidade. São Paulo, Duas Cidades, 1993.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil. teoria, análise, método. 7.ed., São Paulo, Moderna, 2006.
DURIEZ, Colin. Manual prático de Nárnia. Osasco/SP; Novo Século, 2005.
LEWIS, Clive Staples. Crônicas de Nárnia. O leão, a feiticeira e o guarda-roupa. Trad. Paulo Mendes Campos. São Paulo: Martins
Fontes, 1997.
___________ O problema do sofrimento. Trad. Alípio Franca. São Paulo, Ed. Vida, 2006.
ROAS, David. A ameaça do fantástico. São Paulo: Unesp, 2014.