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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP

ESCOLA DE MINAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONTROLE


E AUTOMAÇÃO E TÉCNICAS FUNDAMENTAIS

SISTEMAS TÉRMICOS – MEC114

GERAÇÃO TERMELÉTRICA PARA INDÚSTRIA QUÍMICA DE


CLORO-ÁLCALIS

DIOGO BATISTA MATTOS


FERNANDA FABRI
ISABELLA DIAS
JULIANA MAROTTA RODRIGUES
LUCAS RODRIGUES
MAKSUELL REIS
MURILO SOUSA NOGUEIRA
PAULO GOUVEA
PAULO HENRIQUE

OURO PRETO - MG
2018
ii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Setor de produção de Cloro-Álcalis ........................................................................... 2

Figura 2 - Turbina a gás .............................................................................................................. 5

Figura 3 - Ciclo aberto ................................................................................................................ 6

Figura 4 - Ciclo Fechado ............................................................................................................ 6

Figura 5 – Turbina Heavy duty .................................................................................................. 7

Figura 6 - Turbina aeroderivativa ............................................................................................... 8

Figura 7 - Caldeira de recuperação ............................................................................................. 8

Figura 8 - Turbina a Vapor ....................................................................................................... 10

Figura 9 - Turbina de ação........................................................................................................ 11

Figura 10 - Principio de Funcionamento .................................................................................. 11

Figura 11 - Principio de Funcionamento .................................................................................. 12

Figura 12 - Principio de Funcionamento .................................................................................. 12

Figura 13 - Principio de Funcionamento .................................................................................. 13

Figura 14 - Principio de Funcionamento .................................................................................. 13

Figura 15 - Principio de Funcionamento .................................................................................. 13

Figura 16 - Turbina de reação................................................................................................... 14

Figura 17 - Exemplo de uma bomba ........................................................................................ 15

Figura 18 - Esquema de uma instalação de condensação ......................................................... 16

Figura 19 - Ciclo de Carnot ...................................................................................................... 17

Figura 20 - Ciclo Rankine ........................................................................................................ 17

Figura 21 - Ciclo Brayton ......................................................................................................... 19

Figura 22 - Esquema básico do ciclo Brayton .......................................................................... 19


iii

Figura 23 - Ciclo Combinado em Série .................................................................................... 20

Figura 24 - Ciclo Combinado em Paralelo ............................................................................... 20

Figura 25 - Ciclo Combinado em Série Paralelo ...................................................................... 21

Figura 26 - Turbina a gás 6F.03 GE Power (Fonte: Catálogo de Turbinas da GE) ................. 22

Figura 27 - Especificações da turbina a gás 6F.03 GE Power (Fonte: Catálogo de Performance


Turbinas da GE) ....................................................................................................................... 23

Figura 28 - Gerador Alpha Range e Gamma Range - GE Power (Fonte: Catálogo de


Geradores da GE) ..................................................................................................................... 23

Figura 29 - Caldeira de Recuperação de Calor produzida pela Thermax Babcock & Wilcox
em Tamil Nadu, Índia. .............................................................................................................. 24

Figura 30 - Turbina a Vapor Siemens SST400 ........................................................................ 25

Figura 31 - Especificações da turbina a vapor Siemens SST-400 ............................................ 25

Figura 32 - Condensador de alta performance, Alstom Power................................................. 26

Figura 33 - Tabela de especificações gerais dos condensadores de alta performance, Alstom


Power ........................................................................................................................................ 26

Figura 34 - Bomba High Pressure Pump, Series HDP 200 Hammelmann............................... 27

Figura 35 - Bomba High Pressure Pump, Series HDP MC Hammelmann .............................. 27

Figura 36 – Ciclo Combinado .................................................................................................. 28

Figura 37 – Esquema do Ciclo Brayton ................................................................................... 29

Figura 38 – Efeito da Temperatura Ambiente .......................................................................... 31

Figura 39 – Ciclo a vapor com reaquecimento ......................................................................... 39

Figura 40 - Diagrama de Mollier .............................................................................................. 40

Figura 41 - Caldeira HRSG Modular Cleaver Broks ............................................................... 47


iv

LISTA DE TABELA

Tabela 1 – Fatores de Correção ................................................................................................ 31

Tabela 2 – Quantidades Molares .............................................................................................. 33

Tabela 3 - Calores específicos a pressão constante de algumas substâncias ............................ 33

Tabela 4 - Constantes R ............................................................................................................ 34

Tabela 5 – Ciclo Rankine ......................................................................................................... 36

Tabela 6 - Pressões e temperaturas em cada estágio do ciclo .. Error! Bookmark not defined.
v

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
1.1 Geração Termelétrica ................................................................................................. 1
1.2 Industria Química de Cloro-Álcalis ............................................................................ 1
1.2.1 Processo Produtivo ............................................................................................... 2
1.2.2 Tecnologia ............................................................................................................ 2
1.2.3 Aplicações ............................................................................................................ 2
1.2.4 Empresas do Setor ................................................................................................ 3
1.3 Aproveitamento do Subproduto Hidrogênio (H2) no Processo .................................. 3
1.4 Cinturão Verde ........................................................................................................... 4

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 4


2.1 Turbinas a gás ............................................................................................................. 4
2.1.1 Classificação das turbinas a gás ........................................................................... 5
2.2 Caldeiras de Recuperação ........................................................................................... 8
2.3 Turbinas a Vapor ........................................................................................................ 9
2.3.1 Classificação das Turbinas a Vapor ................................................................... 10
2.3.2 Quanto ao fornecimento de vapor e condições de exaustão ............................... 10
2.3.3 Quanto ao principio de funcionamento .............................................................. 11
2.3.4 Quanto à direção do fluxo .................................................................................. 14
2.4 Bomba ....................................................................................................................... 14
2.5 Trocador de Calor ..................................................................................................... 15
2.5.1 Classificação dos trocadores de calor ................................................................. 15
2.6 Condensador ............................................................................................................. 16
2.7 Ciclo Rankine ........................................................................................................... 16
2.8 Ciclo Brayton ............................................................................................................ 18
2.9 Ciclo Combinado ...................................................................................................... 19

3 ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO ............................................................................ 21

4 METODOLOGIA........................................................................................................... 22
vi

4.1 Seleção de Tecnologias ............................................................................................ 22


4.1.1 Turbina a gás ...................................................................................................... 22
4.1.2 Gerador elétrico acoplado as Turbinas ............................................................... 23
4.1.3 Caldeira............................................................................................................... 24
4.1.4 Turbina a Vapor .................................................................................................. 25
4.1.5 Condensador ....................................................................................................... 26
4.1.6 Bombas ............................................................................................................... 26
4.1.7 Trocador de Calor ............................................................................................... 27
4.2 Materiais e Métodos ................................................................................................. 28
4.2.1 Ciclo Brayton ...................................................................................................... 29
4.2.2 Caldeira............................................................................................................... 35
4.2.3 Ciclo Rankine ..................................................................................................... 36
4.2.4 Turbina a vapor ................................................................................................... 36
O valor do título encontrado não é viável para que a turbina opere. Com isso, foi
necessário realizar um reaquecimento de parte do fluido de trabalho pela caldeira. ....... 39
4.2.5 Condensador ....................................................................................................... 41
4.2.6 Bomba 1 .............................................................................................................. 41
4.2.7 Trocador de Calor ............................................................................................... 42
4.2.8 Bomba 2 .............................................................................................................. 43
4.2.9 Eficiência do Ciclo Rankine ............................................................................... 43
4.2.10 Eficiência do Ciclo Brayton ............................................................................... 44

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 45


5.1 Pressões e temperaturas ............................................ Error! Bookmark not defined.
5.2 Eficiências ................................................................ Error! Bookmark not defined.
5.2.1 Ciclo Brayton ...................................................... Error! Bookmark not defined.
5.2.2 Ciclo Rankine ..................................................... Error! Bookmark not defined.
5.2.3 Ciclo Global........................................................ Error! Bookmark not defined.
5.3 Dimensionamento da área da planta ......................................................................... 46
5.4 Dimensão da planta da Usina ................................................................................... 46

6 CONCLUSÃO................................................................................................................. 49

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 50


1

1 INTRODUÇÃO

1.1 Geração Termelétrica

O setor elétrico brasileiro tem sido objeto de forte reestruturação nos últimos anos,
devido as recentes crises energéticas, gerando um cenário incerto no Brasil em relação à
geração e oferta de energia. Uma das principais alternativas que surgiram nos últimos anos
para compensar esse déficit de energia elétrica foi o incentivo à geração descentralizada e
independente, investimentos privados para construção de pequenas centrais termelétricas e um
aumento de geração de energia utilizando a co-geração.

O ciclo combinado, utilizando uma turbina a gás e uma turbina a vapor, foi o estudado
pelo grupo para o projeto. Neste ciclo, combinam-se os ciclos Brayton e Rankine para uma
maior eficiência e uso reduzido de combustível. Outra vantagem do uso deste ciclo na central
termelétrica é a grande produção interrupta, ou seja, menos paradas programadas em um
maior período de tempo.

1.2 Industria Química de Cloro-Álcalis

Uma indústria química de cloro e álcalis utiliza esses materiais que são intimamente
relacionados, uma vez que, em um mesmo processo, são obtidos a soda cáustica e o cloro, que
como subprodutos podem gerar uma família bastante importante, como a barrilha (carbonato
de sódio), o hipoclorito de sódio, o ácido clorídrico e o dicloroetano. Especificamente, a
indústria de cloro e álcalis compreende a fabricação de três produtos de base: o hidróxido de
sódio, o cloro e o carbonato de sódio (ABICLOR, 2018).

A cadeia produtiva de cloro-álcalis está presente em todos os setores da economia, ao


mesmo tempo em que seu processo de produção emprega uma gama pequena de matérias-
primas como, sal, água e energia elétrica. Os produtos derivados desta indústria são
indispensáveis para a sociedade. O cloro é imprescindível à operação do setor de saneamento
básico, pois ele é empregado para garantir a desinfecção e potabilidade da água e no
tratamento de esgoto (ABICLOR, 2018).

Os produtos da indústria de cloro-álcalis são empregados na produção de defensivos


agrícolas, de latas de alumínio para refrigerantes e cervejas, de celulose e papel e de tecidos.
A soda cáustica também é imprescindível na elaboração de produtos de higiene, como sabões
e detergentes (ABICLOR, 2018).
2

Figura 1 - Setor de produção de Cloro-Álcalis

1.2.1 Processo Produtivo

A produção do cloro e da soda cáustica resulta da combinação de três insumos básicos


que são o sal, a água e energia elétrica (responsável pela eletrólise). A eletrólise é o processo
pelo qual as moléculas de sal e de água são quebradas e posteriormente reagrupadas em
moléculas de soda cáustica, cloro e hidrogênio. A produção resulta numa proporção fixa de
1,12 tonelada de soda cáustica para cada 1 tonelada de cloro. O hidrogênio, também
subproduto de eletrólise, e recuperado e depois utilizado como combustível ou insumo para
fabricação do ácido clorídrico. Outros produtos dessa indústria são o carbonato de sódio
(barrilha), o hidróxido de potássio (potassa cáustica), o ácido clorídrico e o hipoclorito de
sódio (ABICLOR, 2018).

1.2.2 Tecnologia

Atualmente três tecnologias por eletrólise são empregadas na produção industrial do


cloro e álcalis no Brasil: células de mercúrio, de diafragma e de membrana. Em todos os casos
os produtos são obtidos nos eletrodos (anodo e catodo) por meio da passagem de uma
corrente elétrica de alta intensidade através da salmoura que circula em uma cuba denominada
célula eletrolítica (ABICLOR, 2018).

1.2.3 Aplicações

Grande parte da produção de soda cáustica é destinada aos setores de química e


petroquímica, papel e celulose, metalurgia (especialmente do alumínio), e sabões e
detergentes. Por suas propriedades alcalinas, ela também é muito utilizada na neutralização de
poluentes ácidos. O cloro é um elemento químico que se destaca por sua elevada importância
para a saúde (ABICLOR, 2018).
3

O cloro é um elemento químico que se destaca por sua elevada importância para
saúde. Em primeiro lugar ele é fundamental no tratamento e manutenção da qualidade da
água. Além disso, o hipoclorito de sódio é m dos mais eficazes e econômicos exterminadores
de germes, sendo empregado em hospitais, residências e na indústria de alimentos para a
desinfecção. O cloro também é utilizado como insumo de diversos outros produtos. A maior
parcela vai para a produção de dicloretano (DCE), o qual é empregado na produção de
derivados vinílicos, notadamente na fabricação de resina de PVC. Outra parcela é destinada à
produção de óxido de propeno (OP), que é utilizado na fabricação de espumas. O cloro
também é consumido na forma de ácido clorídrico e de hipoclorito de sódio como insumo
pelas indústrias metalúrgica, química e petroquímica, de papel e celulose e pelas manufaturas
de produtos de higiene ou alimentos (ABICLOR, 2018).

1.2.4 Empresas do Setor

As principais empresas produtoras de cloro-álcalis no Brasil são a Braskem, a Dow


Brasil, a Unipar Carbocloro e a Solvay Indupa: juntas, representaram 91% da capacidade
instalada no país em 2013. As demais empresas que operam nesse mercado são a Canexus, a
Pan-Americana, a Produquímica Igarassu e a CMPC Celulose Riograndense. A produção é
desenvolvida em nove plantas industriais, localizadas em Pernambuco (Produquímica
Igarassu), Alagoas (Braskem), Bahia (Braskem e Dow Brasil), Espírito Santo (Canexus), Rio
de Janeiro (Pan-Americana, São Paulo (Unipar Carbocloro e Solvay Indupa) e Rio Grande do
Sul (CMPC Celulosa Riograndense), (ABICLOR, 2018).

1.3 Aproveitamento do Subproduto Hidrogênio (H2) no Processo

Como forma de neutralizar parte do CO2 emitido na queima do combustível, e


levando em conta que o H2 é um subproduto do processo, considerou-se a ideia de combinar
as duas substancias de acordo com a seguinte reação química endotérmica, gerando metano e
água, que deve acontecer em temperatura por volta de 200°C.

Reação Estequiométrica: CO2 + 4H2 -> CH4 + H2O

Evidencias experimentais, porém, comprovam que a produção de metano pode ocorrer


em baixa temperatura e a pressão atmosférica ao se utilizar catalisador do tipo Rh/y-Al2O3.

Desta forma, não só pode-se deixar o processo mais limpo, como também pode-se
recuperar parte do combustível usado na geração de energia, e usar a água no próprio
4

processo ou para outras funções dentro da planta, geando benefícios de ordens econômicas e
ambientais (JACQUEMIN, BEULS & RUIZ, 2010).

1.4 Cinturão Verde

O principal objetivo deste programa é propor a implantação de um cinturão verde no


entorno da área da UTE sudeste 1, após a conclusão das obras de forma a contribuir para o
aumento da biodiversidade local, diminuir a poluição visual, sonora e atmosférica. Também
minimiza a erosão do solo, além de ajudar na segurança, dificultando a entrada de pessoas e
animais na área da empesa (RIMA, 2011).

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Turbinas a gás

O termo turbina a gás é mais comumente empregado em referência a um conjunto de


três equipamentos: compressor, câmara de combustão e turbina propriamente dita. Esta
configuração forma um ciclo termodinâmico a gás, cujo modelo ideal denomina-se Ciclo
Brayton, concebido por George Brayton em 1870.

Este conjunto opera em um ciclo aberto, ou seja, o fluido de trabalho (ar) é admitido
na pressão atmosférica e os gases de escape, após passarem pela turbina, são descarregados de
volta na atmosfera sem que retornem à admissão.

A denominação turbina a gás pode ser erroneamente associada ao combustível


utilizado. A palavra gás não se refere à queima de gases combustíveis, mas, sim ao fluido de
trabalho da turbina, que é neste caso a mistura de gases resultante da combustão. O
combustível em si pode ser gasoso, como gás natural, gás liquefeito de petróleo (GLP), gás de
síntese ou líquido, como querosene, óleo diesel e até mesmo óleos mais pesados.
5

Figura 2 - Turbina a gás

2.1.1 Classificação das turbinas a gás

É possível classificar as turbinas a gás:

 Quanto ao ciclo

 Quanto ao numero de eixos

 Quanto a aplicação

 Quanto a transmissao de força

-Livre

-Transmissão Direta

-Transmissão por engrenagens

 Quanto a rotação

-Velocidade constante (Turbo-alternadores)

-Velocidade variável (Turbo-compressores, etc)

 Quanto a construção
6

-Leves (aeronáuticas, aeroderivativas)

-Pesadas (heavy-duty)

As principais classificações serão apresentadas a seguir.

2.1.1.1 Quanto ao ciclo

O princípio básico de funcionamento de uma turbina a gás pode ser visto nas figuras 2
e 3.

No ciclo aberto, o fluido de trabalho é comprimido pelo compressor, passando para a


câmara de combustão, onde recebe energia do combustível, aumentando sua temperatura.
Saindo da câmara de combustão, o fluido de trabalho é direcionado para a turbina, onde é
expandido, fornecendo potência para o compressor e potencia útil (LORA, 2004).

Figura 3 - Ciclo aberto

No circuito fechado, o processo de funcionamento é o mesmo do circuito aberto, a


diferença é que o fluido de trabalho permanece dentro do sistema e o combustível é queimado
fora do sistema.

Figura 4 - Ciclo Fechado


7

2.1.1.2 Quanto à aplicação

As turbinas a gás industriais se dividem em dois tipos: turbinas aeroderivativas e


Heavy Duty.

As turbinas aeroderivativas são oriundas de turbinas a gás aeronáuticas que sofrem


modificações no projeto. É mais econômico modificar projetos de turbinas a gás para fins
industriais do que projetar e desenvolver uma nova. Basicamente, essas turbinas são
constituídas de um gerador de gás de uma turbina aeronáutica e uma turbina livre ou de
potência. As turbinas a gás aeroderivativas são caracterizadas por serem mais eficientes,
possuírem alta confiabilidade, ocupar pouco espaço, ter menor relação peso/potência e ser
flexível na manutenção (LORA, 2004).

As turbinas industriais heavy duty são turbinas projetadas para a aplicação industrial
seguindo uma filosofia própria e são conhecidas pela sua robustez, flexibilidade no uso de
combustível, alta confiabilidade e baixo custo, e podem atingir uma potência de carregamento
de base cerca de 340 MW. São turbinas a gás de ciclo simples de um eixo, um compressor (a
maioria axial), uma câmara de combustão (usualmente externa ao corpo da máquina) e uma
turbina (a maioria axial) que fornece energia mecânica para o compressor e outras aplicações.
Possui larga área frontal que reduz a velocidade do ar na entrada. A razão de pressão total
destas unidades pode variar de 5 a 15. A temperatura máxima até 1290ºC em algumas
unidades. A grande aplicação das turbinas a gás industriais tem sido a geração de eletricidade
operando na base (LORA, 2004).

Figura 5 – Turbina Heavy duty

Fonte: Lora (2004)


8

Figura 6 - Turbina aeroderivativa

2.2 Caldeiras de Recuperação

Em uma central termelétrica, o calor de escape das turbinas a gás pode servir como
fonte de energia para um ciclo a vapor. A maximização da recuperação de calor acontece
combinando a geração de eletricidade com o uso de calor num processo produtivo;
denominado cogeração, e que permite uma eficiência de utilização de até 90% (baseado na
primeira lei da termodinâmica) da energia fornecida pelo combustível.

A caldeira de recuperação é basicamente, um trocador de calor em contracorrente,


composto por uma série de seções: superaquecedor, evaporador e economizador, estes são
montados geometricamente em sequência, desde a entrada do gás até sua saída, visando
maximizar a recuperação do calor dos gases e da geração de vapor.

Figura 7 - Caldeira de recuperação

Estas caldeiras podem ser classificadas, assim como as caldeiras convencionais em


aquatubulares e flamotubulares. No modelo flamotubular, os gases fluem dentro dos tubos e
transfere energia térmica para a água/vapor exteriormente. Já no modelo aquatubular, o
9

processo acontece de forma inversa, onde os gases fluem externamente aos tubos e aquecem
água/vapor contidos nos tubos.

2.3 Turbinas a Vapor

É uma máquina rotativa que consome energia térmica do vapor d´água transformando-
a em energia mecânica.

Sua maior aplicação é no acionamento de bombas, compressores e geradores de


energia elétrica. Embora inventada e conhecida há alguns séculos, seu desenvolvimento e
aplicação de forma prática se deu principalmente nas últimas décadas.

Pelo fato de apenas possuir peças com movimento de rotação, não tem o inconveniente
de desbalanceamento mecânico, como no caso das máquinas alternativas a vapor e à
combustão interna. É um equipamento mecânico que se presta muito bem para o acionamento
de máquinas que exigem torques constantes e rotações elevadas como no caso de bombas,
geradores de energia elétrica e compressores rotativos.

Como as partes lubrificadas de uma turbina são os mancais principais, o sistema


governador e as engrenagens do redutor de velocidade, não existindo nenhuma parte de
escorregamento linear como nas máquinas alternativas, o consumo de lubrificante é mínimo.
Geralmente o óleo circula no sistema de lubrificação, sendo refrigerado e filtrado, podendo
ser usado por um longo período de tempo sem necessidade de substituição. Então o custo de
lubrificação é baixo quando comparado com o de máquinas alternativas de potência
equivalente.
10

2.3.1 Classificação das Turbinas a Vapor

Figura 8 - Turbina a Vapor

As turbinas a vapor podem ser classificadas:

 Pelo fornecimento de vapor e condições de exaustão;

 Pelo princípio de funcionamento;

 Pela direção do fluxo.

2.3.2 Quanto ao fornecimento de vapor e condições de exaustão

 Turbinas de condensação: Pressão de descarga menor do que a atmosférica

É o tipo de turbina mais empregado para geração de energia e a conexão de saída de


vapor da turbina é ligada a um condensador para fazer vácuo.

 Turbinas de não condensação (ou contrapressão): Pressão de descarga superior


à atmosférica.

São amplamente utilizadas em processos fabris onde o vapor de descarga pode ser
usado para processo ou aquecimento e a pressão de saída é controlada através de uma estação
regulatória para manter-se a pressão de processo desejada.
11

2.3.3 Quanto ao principio de funcionamento

2.3.3.1 Turbinas de Ação

Nas turbinas de ação, a queda de pressão do vapor ocorre somente em peças estacionárias.
Nelas predomina a força de impulsão (figura 7 e 8) e os estágios podem ser de dois tipos:
estágio de pressão, conhecido como Rateau e estágio e velocidade, conhecido com Curtis.

Figura 9 - Turbina de ação

Figura 10 - Principio de Funcionamento


12

Figura 11 - Principio de Funcionamento

Em um estágio de ação toda a transformação de energia do vapor em energia cinética


ocorrerá nos expansores, em consequência haverá uma queda na pressão do vapor e um
aumento da velocidade. Na roda de palhetas móveis não haverá expansão (queda de pressão),
pois as palhetas móveis têm seção simétrica e que resulta em áreas de passagens constantes
para o vapor. Não havendo expansão, a velocidade do vapor em ação às palhetas móveis
ficará constante, não obstante, haverá uma queda de velocidade absoluta do vapor nas
palhetas móveis, transformando assim a energia cinética, obtida nos expansores, em trabalho
mecânico.

Figura 12 - Principio de Funcionamento

2.3.3.2 Turbinas de Reação

Em uma turbina de reação comercial teremos sempre vários estágios, colocados em


serie, sendo cada estágio constituído de um anel de expansores (também chamado de roda de
palhetas fixas), seguido de uma roda de palhetas móveis. Tanto as palhetas fixas, como as
13

palhetas móveis têm seção assimétrica, o que resulta em áreas de passagens convergentes,
para o vapor em ambas. Por esta razão, em uma turbina de reação comercial, parte da
expansão do vapor ocorrerá nas palhetas fixas e parte ocorrerá nas palhetas móveis. Nas
palhetas fixas teremos, portanto, uma expansão parcial do vapor, resultando em uma queda de
pressão e em um aumento da velocidade.

Figura 13 - Principio de Funcionamento

Figura 14 - Principio de Funcionamento

Figura 15 - Principio de Funcionamento


14

Figura 16 - Turbina de reação

Nas palhetas moveis ocorrerá o restante da expansão, resultando em uma segunda


queda de pressão e em um aumento da velocidade do vapor em relação à palheta. Entretanto,
mesmo havendo um aumento da velocidade do vapor em relação à palheta móvel, causada
pela expansão, a velocidade absoluta do vapor nas palhetas móveis cairá, pois estas atuam,
não só como expansores, mas também pelo princípio da ação, transformando a velocidade
gerada em trabalho mecânico.

2.3.4 Quanto à direção do fluxo

As turbinas podem ser de fluxo radial, axial ou helicoidal.

2.4 Bomba

As bombas hidráulicas são máquinas de fluxo, cuja função é fornecer energia para a
água, a fim de elevá-la, através da conversão de energia mecânica de seu rotor proveniente de
um motor a combustão ou de um motor elétrico. Desta forma, as bombas hidráulicas são tidas
como máquinas hidráulicas geradoras. As bombas são utilizadas, nos circuitos hidráulicos,
para converter energia mecânica em hidráulica. A ação mecânica cria um vácuo parcial na
entrada da bomba, o que permite que a pressão atmosférica force o fluido do tanque, através
da linha de sucção, a penetrar na bomba. A bomba passará o fluido para a abertura de
descarga, forçando-o através do sistema hidráulico.
15

Figura 17 - Exemplo de uma bomba

2.5 Trocador de Calor

São equipamentos usados para trocar calor entre dois fluidos com diferentes
temperaturas. Podem ter aplicações específicas com aquecimento e condicionamento de
ambiente, como: aquecedores, resfriadores, condensadores, evaporadores, torres de
refrigeração, etc.

2.5.1 Classificação dos trocadores de calor

Os trocadores de calor podem ser classificados de acordo com os processos de


transferência ou de acordo com o tipo de construção.

2.5.1.1 Classificação de acordo com processos de transferência

Nesta categoria, os trocadores de calor são classificados em:

 Contato direto

 Contato indireto

Em um trocador de contato indireto, os fluidos permanecem separados e o calor é


transferido continuamente através de uma parede, pela qual se realiza a transferência de calor.
Já o trocador de contato direto é designado como um trocador de calor de recuperação, ou
simplesmente, recuperador.

2.5.1.2 Classificação de acordo com o tipo de construção

Existem trocadores tubulares, de placas, de superfície estendida e regenerativos.

Os trocadores tubulares são construídos com tubos circulares, existindo uma variação de
acordo com o fabricante. São usados para aplicações de transferência de calor líquido/líquido
16

(uma ou com duas fases). Eles trabalham de maneira ótima em aplicações de transferência de
calor gás/gás, principalmente quando pressões e/ou temperaturas operacionais são muito altas
onde nenhum outro tipo de trocador pode operar. Estes trocadores podem ser classificados
como carcaça e tubo, tubo duplo e de espiral.

2.6 Condensador

O condensador é um trocador de calor no qual se realiza a conversão do vapor de


exaustão da turbina ao estado liquido, utilizando água como fluido de resfriamento.

A condensação ocorre quando o vapor entra em contato com a superfície dos tubos, os
quais são resfriados pela água que circula pelo interior dos mesmos, com ajuda da bomba. O
ejetor a vapor remove os gases incondensáveis do condensador e mantém um nível de vácuo
ótimo para a operação da turbina. A temperatura e a pressão do vapor e a sua pressão no
condensador dependem da temperatura e da vazão da água de resfriamento. O condensado
acumulado na parte inferior do condensador é bombeado através do sistema de aquecimento
regenerativo para a caldeira a vapor, fechando o ciclo (LORA, 2004).

Figura 18 - Esquema de uma instalação de condensação

2.7 Ciclo Rankine

O ciclo Rankine é um ciclo termodinâmico reversível que converte calor em trabalho.


O calor é fornecido por uma fonte de calor externa para uma caldeira, sendo usualmente o
17

fluido operante a água. Este ciclo gera cerca de 90% de toda a energia elétrica produzida no
mundo. O ciclo termodinâmico Rankine é fundamental subjacente dos motores a vapor.

O ciclo Rankine mostra o ciclo fechado do processo do fluído nas máquinas térmicas,
sendo geralmente utilizada nas usinas de geração elétrica a combustão de combustíveis fosseis
como o carvão, gás natural, e gasolina de forma a obter calor. O ciclo de Rankine é o que
mais se assemelha ao ciclo de Carnot.

Figura 19 - Ciclo de Carnot

Figura 20 - Ciclo Rankine

A diferença é que a eficiência de Carnot é maior, porém o ciclo de Rankine produz


mais trabalho do que de Carnot.

Ele é composto de quatro processos internamente reversíveis:

1-2 compressão adiabática reversível (isentrópica) na bomba.

2-3 aquecimento a pressão constante na caldeira.

3-4 expansão adiabática reversível (isentrópica) na turbina.


18

4-1 rejeição de calor a pressão constante no condensador.

Resumindo, podemos dizer que o rendimento de um ciclo de Rankine pode ser


aumentado pela redução da pressão na descarga da turbina, pelo aumento da pressão no
fornecimento de calor e pelo superaquecimento do vapor.

É evidente que o ciclo de Rankine tem um rendimento menor que o ciclo Carnot que
apresenta mesmas temperaturas máxima e mínima do ciclo de Rankine, porque a temperatura
média entre 2 e 2’ é menor que a temperatura durante a vaporização.

2.8 Ciclo Brayton

O ciclo Brayton é um ciclo termodinâmico no qual a adição de calor ocorre a pressão


constante, utilizado no estudo das turbinas a gás.

Ele é um ciclo ideal, uma aproximação dos processos térmicos que ocorrem nas
turbinas a gás, descrevendo variações de estado (pressão e temperatura) dos gases. O conceito
é utilizado como base didática e para análise dos ciclos reais, que se desviam do modelo ideal,
devido a limitações tecnológicas e fenômenos de irreversibilidade, como o atrito.

O ciclo do motor é nomeado após George Brayton (1830-1892), coordenador


americano que o desenvolveu originalmente para o uso nos motores de pistão, embora fosse
proposto e patenteado originalmente por John Barber, inglês em 1791[1]. Também é
conhecido como o ciclo de Joule. O ciclo de Ericsson é semelhante ao ciclo de Brayton, mas
usa calor externo e incorpora o uso de um regenerador. Há dois tipos de ciclos de Brayton,
abertos à atmosfera e usando a câmara de combustão interna ou fechado e usando trocador de
calor.

O ciclo se constitui de quatro etapas, como demonstrado em Esquema básico de


Brayton.
19

Figura 21 - Ciclo Brayton

Figura 22 - Esquema básico do ciclo Brayton

2.9 Ciclo Combinado

Em um ciclo Rankine, gera-se vapor através de uma grande diferença de temperatura.


A temperatura dos gases gerados pelo processo de combustão encontra-se na faixa de 1000 a
1300 ºC, no entanto a temperatura de vapor é 500 a 550 ºC. Combinando com um ciclo
simples de turbina a gás (ciclo Brayton) com um ciclo simples de vapor (Rankine) forma o
ciclo combinado. Quando existe a combinação de ciclos, ocorre um maior aproveitamento
energético da energia inicial do combustível. Tal aproveitamento é obtido através da “cascata
energética” de ambos os ciclos. Essa “cascata energética” se forma quando, ao invés de se
utilizar um grande diferencial de temperatura, coloca-se um ciclo Brayton, obtendo trabalho.
20

Com isso a ineficiência termodinâmica natural da troca de calor para o conceito de uma
diferença finita de temperaturas entre os fluidos é minimizada.

A eficiência térmica das centrais termelétricas a vapor com parâmetros supercríticos,


reaquecimento intermediário e com um desenvolvido sistema de regeneração, pode atingir ate
45% no melhor dos casos. Valor maior que de um ciclo a gás, com eficiência entre 36 e 39%.

O ciclo combinado pode ser em série, paralelo ou ainda em série paralelo. As figuras
abaixo mostram os esquemas.

Figura 23 - Ciclo Combinado em Série

Figura 24 - Ciclo Combinado em Paralelo


21

Figura 25 - Ciclo Combinado em Série Paralelo

Uma central em série é a que liga um ciclo Brayton com uma turbina a gás e um ciclo
a vapor através de uma caldeira de recuperação, neste caso os gases de exaustão da turbina a
gás, são utilizados para a geração de vapor em uma CR de dois níveis de pressão. Uma
característica particular desta configuração é que a vazão de volume de vapor nos estágios
finais da turbina a vapor pode ser até 70% maior em relação ao estágio de alta pressão.

Uma central em paralelo é aquela em que o combustível é utilizado para gerar o calor
para os dois ciclos. Os gases obtidos no processo de combustão transferem calor diretamente
às paredes de água colocadas na fornalha antes de se expandir na TG. A maior dificuldade que
existe nesse tipo de configuração é que é possível operar apenas com um combustível de alta
qualidade buscando garantir um funcionamento estável e prolongando da turbina a gás.

As centrais em série e paralelo são as que, sendo iguais às centrais em série,


empregam a queima de combustível adicional na CR. Como pode ser visto na figura acima,
pode-se empregar numa caldeira projetada para este fim, os gases de exaustão no lugar do ar
para a combustão de um combustível de menor qualidade, como é o caso do carvão mineral.

3 ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO

O projeto realizado teve como base as especificações a seguir:

 Potência elétrica demandada pela empresa: 180 MW

 Área da empresa: 330 mil m²; Área construída de 130 mil m².

 Combustível a ser usado: 100% CH4 (metano). Poder calorífico inferior:


50.000 kJ/kg.

 Composição volumétrica do ar: 79% N2 (nitrogênio) e 21% O2 (oxigênio).


22

 Condições do local: pressão ambiente de 101,325 kPa e temperatura média


anual de 35ºC.

 Considerações para eficiência isentrópica: compressor (75%) turbina a gás


(88%), turbina a vapor (85%).

 Temperatura de saída dos gases de combustão da chaminé da caldeira: 150ºC.

 Condições na entrada da turbina a vapor: 400ºC, 85 bar.

 Extração (sangria) de vapor: 12 bar, 60 ton/h.

 Pressão de operação do condensador: 10 kPa

4 METODOLOGIA

4.1 Seleção de Tecnologias

De acordo com os cálculos e as necessidades apresentados nas especificações do


projeto foram selecionados os seguintes equipamentos.

4.1.1 Turbina a gás

Foi escolhido um par de turbinas General Eletric 6F.03 (Conhecida também como
6FA ou PG6101FA)

Figura 26 - Turbina a gás 6F.03 GE Power (Fonte: Catálogo de Turbinas da GE)


23

Figura 27 - Especificações da turbina a gás 6F.03 GE Power (Fonte: Catálogo de Performance Turbinas da GE)

4.1.2 Gerador elétrico acoplado as Turbinas

Para a Turbina a Vapor foi selecionado o Gerador Alpha Range e para cada Turbina a
Gás foi selecionado o Gerador Gamma Range.

Figura 28 - Gerador Alpha Range e Gamma Range - GE Power (Fonte: Catálogo de Geradores da GE)
24

4.1.3 Caldeira

A caldeira selecionada foi a HRSG Modular THERMAX Babcock&Wilcox:

- Capacidade para turbinas de 1MW a 320 MW;

- Pressão de operação até 171,616 bar;

- Temperatura de Vapor até 603°C.

Figura 29 - Caldeira de Recuperação de Calor produzida pela Thermax Babcock & Wilcox em Tamil Nadu,
Índia.
25

4.1.4 Turbina a Vapor

Figura 30 - Turbina a Vapor Siemens SST400

Figura 31 - Especificações da turbina a vapor Siemens SST-400


26

4.1.5 Condensador

Figura 32 - Condensador de alta performance, Alstom Power

Figura 33 - Tabela de especificações gerais dos condensadores de alta performance, Alstom Power

4.1.6 Bombas

Para a primeira bomba, que está entre o misturador e o trocador de calor, foi
selecionada a HDP 200. E a segunda bomba, que se encontra entre o trocador de calor e a
caldeira, foi a HDP MC.
27

Figura 34 - Bomba High Pressure Pump, Series HDP 200 Hammelmann

Figura 35 - Bomba High Pressure Pump, Series HDP MC Hammelmann

4.1.7 Trocador de Calor

A partir dos cálculos realizados e da análise do projeto, viu-se a necessidade de um


Trocador de Calor com área de troca térmica de 120,33 m2.
28

4.2 Materiais e Métodos

Figura 36 – Ciclo Combinado


29

4.2.1 Ciclo Brayton

Figura 37 – Esquema do Ciclo Brayton

4.2.1.1 Combustão

[𝟏 𝑪𝑯𝟒 ] + 𝒙[𝑶𝟐 + 𝟑, 𝟕𝟔𝑵𝟐 ] → 𝒂𝑪𝑶𝟐 + 𝒃𝑯𝟐 𝑶 + 𝒄𝑵𝟐

Fazendo a estequiometria dos componentes, temos:

 Carbono:

𝑎=1

 Hidrogênios:

2𝑏 = 4 → 𝑏 = 2

 Oxigênios:

2𝑥 = 2𝑎 + 𝑏

Substituindo os valores de a e b temos:


30

2𝑥 = 2 ∗ 1 + 2

𝑥=2

 Nitrogênio:

Balanceando 𝑁2 temos:

3,76𝑥 = 𝑐

𝑐 = 7,52

Calculando o RAC através da reação estequiométrica:

(32 + 3,76 ∗ 28) 𝑘𝑔𝑎𝑟


𝑅𝐴𝐶1 = 2 ∗ = 17,16
16 𝑘𝑔𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙

Utilizando as especificações da turbina selecionada, em condição ISO:

𝑚̇𝑔 = 214,45 𝑘𝑔/𝑠

𝑃𝑜𝑡 = 71 𝑀𝑊

𝐻𝑅 = 10527 𝑘𝐽/𝑘𝑊ℎ

Esses valores foram corrigidos para as condições reais, utilizando valores do gráfico
apresentado na figura 33, fornecido pelo fabricante.
31

Figura 38 – Efeito da Temperatura Ambiente

Tabela 1 – Fatores de Correção

Fatores de Correção
Heat Rate 1,0315
Output 0,87593
Exhaust gas flow 0,92407

Assim, os valores calculados são:

𝑚̇𝑔 = 198,1668𝑘𝑔/𝑠

𝑃𝑜𝑡 = 62,191 𝑀𝑊

𝐻𝑅 = 10858,6005 𝑘𝐽/𝑘𝑊ℎ

Ou

𝑘𝐽 1 ℎ 𝑘𝑊
𝐻𝑅 = 10858,6005 × = 3,9150
𝑘𝑊ℎ 3600 𝑠 𝑘𝑊

O rendimento teórico pode ser calculado através da seguinte equação:

1
𝜂𝑡ℎ = 𝑥 100 = 33,15
𝐻𝑅

A eficiência, então, é dada por:

𝑃𝑜𝑡
𝜂𝑡ℎ =
𝑃𝑡ℎ
32

Onde,

62,191
𝑃𝑡ℎ = = 187,5854 𝑀𝑊
0,3315

A energia da combustão é dada por:

𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏 = 𝑚̇ 𝑐 ∗ 𝑃𝐶𝐼

𝐸𝑐𝑜𝑚𝑏 187,5854 𝑘𝑔
𝑚̇ 𝑐 = = = 3,7517
𝑃𝐶𝐼 50 𝑠

De acordo com a temperatura da turbina, é calculado o 𝑅𝐴𝐶2 :

𝑚𝑔̇ − 𝑚̇ 𝑐
𝑅𝐴𝐶2 =
𝑚̇𝑐

198,1668 − 3,7517 𝑘𝑔𝑎𝑟


𝑅𝐴𝐶2 = = 51,8204
3,7517 𝑘𝑔𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙

Para calcular o excesso de ar é feito:

𝑅𝐴𝐶2 51,8204
= = 301,9838%
𝑅𝐴𝐶1 17,16

Portanto, com o aumento do fluxo de ar necessário na câmara de combustão, é


necessário refazer os cálculos estequiométricos:

𝑥 = 2 ∗ (3,019838 + 1) = 8,04

Trocando o x na relação estequiométrica, tem-se:

[1𝐶𝐻4 ] + 8,04[𝑂2 + 3,76𝑁2 ] → 𝑎𝐶𝑂2 + 𝑏𝐻2 𝑂 + 𝑐𝑁2 + 𝑑𝑂2

 Carbono:
1=𝑎→𝑎=1

 Hidrogênio:
4 𝑥 1 = 2𝑏 → 𝑏 = 2

 Oxigênio:
8,04 ∗ 2 = 2𝑎 + 𝑏 + 2𝑑 = 16,08
4 + 2𝑑 = 16,08 → 𝑑 = 6,04

 Nitrogênio:
(8,04 × 2 × 3,76) = 2𝑐
𝑐 = 30,23
33

Tabela 2 – Quantidades Molares

Molécula Fração Molar Porcentagem Peso Molecular % PM


CO2 1 0,0255 44,009 1,120677362
H2O 2 0,0509 18,015 0,91749427
N2 30,23 0,7698 28,014 21,56514439
O2 6,04 0,1538 31,998 4,921515661
Σ 39,27 1 122,036 28,52483168
4.2.1.2 Compressor

Condições de entrada:

 𝑇1 = 308,15𝐾
 𝑃1 = 101,325𝑘𝑃𝑎
 𝑅𝑃 = 15

Para determinar a temperatura de saída utilizamos os procedimentos citados a seguir.

Os calores específicos foram calculados utilizado as fórmulas destacadas na tabela 3.

Tabela 3 - Calores específicos a pressão constante de algumas substâncias

Calcula-se as constantes R através da fórmula a seguir:


34

𝑅𝑢𝑛𝑖𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙
𝑅=
𝑃𝑀

Assim, obteve-se:

Tabela 4 - Constantes R

Constantes R
R univesal 8,314
R gás 0,519625
R combustão 0,29156958

Como,

̅̅̅
𝑅=𝐶 𝑝 − 𝐶𝑣

̅̅̅̅
𝐶𝑝
𝑘= 𝐶𝑣

𝑘−1
𝑇1 𝑃1 𝑘
= ( )
𝑇2 𝑃2

Utilizou-se iterações no excel para o cálculo do T2, encontrando-se o seguinte valor:

𝑇2 = 1142 𝐾

̅̅̅
A partir dos valores encontrados de 𝑇1 , 𝑇2 , e 𝐶 𝑝 , pode-se encontrar o trabalho no

compressor:

│𝑤𝐶 │ = ̅̅̅̅
𝐶𝑝(𝑇2 − 𝑇1 ) × 𝜂𝑐𝑜𝑚𝑝

│𝑤𝐶 │ = 1,075(1142 − 308,15) 𝑥 0,75

│𝑤𝐶 │ = 672,2672 𝑘𝐽/𝑘𝑔

4.2.1.3 Turbina a gás

Para os cálculos da turbina a gás operando através do ciclo Brayton, foram utilizadas
as seguintes considerações:

 Processos em regime permanente


 Fluidos de trabalho se comportam como gás perfeito
 Variação das energias cinética e potencial são desprezíveis

A temperatura no ponto 4 é determinada pelo modelo da turbina a gás:

𝑇4,𝑠 = 886,15 𝐾.
35

̅̅̅̅ através das equações mostradas na tabela xistudo. O valor da


Acha-se o valor de 𝐶𝑝
constante R encontra-se na tabela xistudo.

Como,

̅̅̅
𝑅=𝐶 𝑝 − 𝐶𝑣

̅̅̅
𝐶 𝑝
𝑘=
𝐶𝑣
𝑘−1
𝑇4 𝑃4 𝑘
= ( )
𝑇3 𝑃3

Utilizou-se iterações no excel para o cálculo do T3, encontrando-se o seguinte valor:

𝑇3 = 1708 𝐾

Considerando os valores de temperatura já citados acima e a eficiência da turbina a gás,


obtêm-se o valor real de 𝑇4 :

𝑇4 = 984,772 𝐾

̅̅̅
A partir dos valores encontrados de 𝑇3 , 𝑇4 e 𝐶 𝑝 , é possível encontrar o trabalho na

turbina:

𝐶𝑝(𝑇3 − 𝑇4 )
│𝑤𝑇𝐺 │ =
𝜂𝑡𝑢𝑟𝑏
│𝑤𝑇𝐺 │ = 988,869 𝑀𝑊

4.2.2 Caldeira

Para o cálculo da caldeira considerou-se a temperatura de entrada como sendo igual a


temperatura de saída da turbina a gás. Portanto T1 = 984,772 K.

A temperatura de saída dos gases de exaustão da caldeira foi definida como sendo T2 =
473,15 K, baseando-se nas condições de projeto.

Assim, calculou-se a energia térmica fornecida pelos gases de combustão da turbina a


gás:

𝑄̇𝐶𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 = 𝑚̇𝑔 × 𝐶
̅̅̅𝑝 (𝑇1 − 𝑇2 )

𝑄̇𝐶𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 = 198,1668 × 1,1112(984,772 − 473,15) = 112728,213 𝑘𝑊


36

4.2.3 Ciclo Rankine

Tabela 5 – Ciclo Rankine

4.2.4 Turbina a vapor

Volume de controle: Turbina a Vapor de Alta Pressão (Ponto 1 – 2)

Condições de entrada:

 𝑇1 = 400°𝐶;
 𝑃1 = 8,5 𝑀𝑃𝑎;

Condições de saída:
37

 𝑃2 = 1,2 𝑀𝑃𝑎
𝑘𝐽
 𝑠𝑙 = 2,2165 𝑘𝑔 𝐾
𝑘𝐽
 𝑠𝑣 = 6,5233 𝑘𝑔 𝐾
𝑘𝐽
 ℎ𝑙 = 798,64 𝑘𝑔 𝐾
𝑘𝐽
 ℎ𝑣 = 2784,82 𝑘𝑔 𝐾

Com estas condições, obtêm-se:

𝑠1 − 6,3634 6,2854 − 6,3634


=
8500 − 8000 9000 − 8000
𝑘𝐽
𝑠1 = 6,3244
𝑘𝑔

ℎ1 − 3138,28 3117,8 − 3138,28


=
8500 − 8000 9000 − 8000
𝑘𝐽
ℎ1 = 3128,04
𝑘𝑔

Considerando que 𝒔𝟏 = 𝒔𝟐,𝒔 , tem-se :

𝑠2,𝑠 − 𝑠𝑙
𝑥= = 95,38%
𝑠𝑣 − 𝑠𝑙

𝑘𝐽
ℎ2,𝑠 = (1 − 𝑥)ℎ𝑙 + 𝑥ℎ𝑣 = 2693,0927
𝑘𝑔

ℎ1 − ℎ2
𝜂𝑇𝑉 =
ℎ1 − ℎ2,𝑠

𝑘𝐽
ℎ2 = ℎ1 − 𝜂𝑇𝑉 (ℎ1 − ℎ2,𝑠 ) = 2745,2864
𝑘𝑔

Assim é possível obter o título real, 𝑥2 e 𝑠2 :

ℎ2 − ℎ𝑙
𝑥2 = = 0,9801
ℎ𝑣 − ℎ𝑙

𝑘𝐽
𝑠2 = (1 − 𝑥2 )𝑠1 + 𝑥2 𝑠𝑣 = 6,4376
𝑘𝑔𝐾

Volume de Controle: Turbina a Vapor de Baixa Pressão (Ponto 3 - 4)

Condições de entrada:
38

 𝑃3 = 𝑃2 = 1,2 𝑀𝑃𝑎
𝑘𝐽
 𝑠3 = 6,4376 𝑘𝑔𝐾
𝑘𝐽
 ℎ3 = 2745,2864 𝑘𝑔𝐾

Condições de saída:

 𝑃4 = 10𝐾𝑃𝑎;
𝑘𝐽
 𝑠𝑙 = 0,6493 𝑘𝑔𝐾
𝑘𝐽
 𝑠𝑣 = 8,1502 𝑘𝑔𝐾
𝑘𝐽
 ℎ𝑙 = 191,83 𝑘𝑔𝐾
𝑘𝐽
 ℎ𝑣 = 2584,7 𝑘𝑔𝐾

Considerações:

 𝑠4,𝑠 = 𝑠3
 ℎ4,𝑠 = ℎ3

Assim, temos que:


𝑠4,𝑠 − 𝑠𝑙
𝑥= = 0,7717
𝑠𝑣 − 𝑠𝑙

𝑘𝐽
ℎ4,𝑠 = ℎ𝑙 (1 − 𝑥) − 𝑥ℎ𝑣 = 2038,3540
𝑘𝑔

ℎ3 − ℎ4
𝜂𝑇𝑉 =
ℎ3 − ℎ4,𝑠

𝑘𝐽
ℎ4 = ℎ3 − 𝜂𝑇𝑉 (ℎ3 − ℎ4,𝑠 ) = 2144,3938
𝑘𝑔

Desta forma é possível obter o título real, 𝑥4 , e 𝑠4 :

ℎ4 − ℎ𝑙
𝑥4 = = 0,816
ℎ𝑣 − ℎ𝑙
39

𝑘𝐽
𝑠4 = 𝑠𝑙 (1 − 𝑥4 ) − 𝑥4 𝑠𝑣 = 6,7699
𝑘𝑔

O valor do título encontrado não é viável para que a turbina opere. Com isso, foi
necessário realizar um reaquecimento de parte do fluido de trabalho pela caldeira.

Com essa alteração no ciclo convencional, verifica-se um aumento do rendimento pelo


emprego de pressões mais elevadas, assim como se evita a umidade excessiva do vapor nos
estágios de baixa pressão da turbina a vapor.

Na figura 34, pode-se observar o diagrama T-s com efeito do reaquecimento.

Figura 39 – Ciclo a vapor com reaquecimento

Para garantir essa melhora do ciclo, utilizou-se o diagrama de Mollier para que uma
nova condição fosse emposta (h4 = 2450 kJ/kg, x4 = 0,9437 e s4 = 7,7279 kJ/kg K), como
pode ser verificado no diagrama da figura 40.
40

Figura 40 - Diagrama de Mollier

Para o cálculo do trabalho requerido pela turbina a vapor, considerou-se um gerador de


60MW com eficiência de 95%, obtendo o seguinte valor:

𝑊𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜 = 63,1579𝑀𝑊

Para o cálculo das vazões mássicas, deve-se considerar a sangria de 61,5 ton/h feita na
turbina de alta pressão, sendo 60 ton/h utilizada no processo e o restante direcionada para o
trocador de calor usado para pré-aquecimento da água de entrada na caldeira.

 𝑚1 ;
𝑡𝑜𝑛
 𝑚2 = 61,5 ;

41

 𝑚3 = 𝑚1 − 𝑚2 ;
 𝑚4 = 𝑚3 .
𝑊𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜 = 𝑚𝑒 ℎ𝑒 − 𝑚𝑠 ℎ𝑠 = 𝑚1 ℎ1 − 𝑚2 ℎ2 − 𝑚4 ℎ4
𝑊𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜 − 𝑚2 (ℎ1 − ℎ2 ) 𝑘𝑔
𝑚4 = = 83,5042
ℎ1 − ℎ4 𝑠
𝑘𝑔
𝑚1 = 𝑚2 + 𝑚3 = 100,5875
𝑠

4.2.5 Condensador

Volume de Controle: Condensador (Ponto 4 - 5)

Condições de entrada:

 𝑃4 = 10𝐾𝑃𝑎;
 𝑇4𝑆𝐴𝑇 = 45,81°C ;

Condições de saída:

 Definiu-se 𝑇5 = 40°𝐶;(tabela de água saturada)


 𝑥 = 0 (𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜);
𝑘𝐽
 ℎ5 = 167,57 𝑘𝑔

𝑄̇𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑜𝑟 = 𝑚̇4 (ℎ4 − ℎ5 )


𝑘𝑔 𝑘𝐽 𝑘𝐽
𝑄̇𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑜𝑟 = 83,5042 ∗ (2450 − 167,57 ) = 190,5925 𝑀𝑊
𝑠 𝑘𝑔 𝑘𝑔

4.2.6 Bomba 1

Volume de controle: Bomba 1 (Ponto 5 - 6)


𝑘𝑔
Foi adicionado através de um tanque de água de make up 𝑚 = 16,67 de fluido que foi
𝑠

perdido para a sangria.

Condições de entrada:

 𝑇5 = 40°C ;
 𝑃5 = 10𝐾𝑃𝑎;
kg
 𝑚5 = 100,5875 s ;
𝑚3
 𝑣𝑙 = 0,001008 𝑘𝑔 .
42

Condições de saída:

 𝑃6 = 1,2⁄0,7 = 1,71𝑀𝑃𝑎

A pressão que chega ao trocador de calor deve ser de 1,2 MPa, considerando a perda
de 30% da saída da bomba à chegada no trocador, a pressão que deve sair da bomba é 1,71
MPa.

𝑚3
𝑞 = 𝑚 ∗ 𝑣 = 100,5875 ∗ 0,001008 = 0,1014
𝑠

𝑃6 − 𝑃5 1,71 × 106 − 10 × 103


𝐻𝑚𝑎𝑛𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = = = 175,0952 𝑚𝑐𝑎
𝜌𝑔 992,2 × 9,81

𝑘𝑔
𝜌40℃ = 992,2
𝑚3

𝑃ℎ𝑖𝑑𝑟𝑎𝑢𝑙𝑖𝑐𝑎 = 𝐻𝑚𝑎𝑛𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 ∗ 𝑞 ∗ 𝜌 ∗ 𝑔 = 175,0952 × 0,0936 × 992,2 × 9,81 = 0,1728𝑀𝑊

𝑃ℎ 0,1595
𝑃𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 = = = 0,2469𝑊 = 335,6349 𝑐𝑣
𝜂 0,7

4.2.7 Trocador de Calor

Volume de Controle: Trocador de Calor (Ponto 6 - 7)

Condições de entrada:

 𝑇6 = 40℃;
𝑘𝐽
 h6 = 167,57 𝑘𝑔

Condições de saída:

 𝑇7 (𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑜) = 98°𝐶;
𝑘𝐽
 ℎ7 = 410,408 𝑘𝑔

𝑄̇𝑇𝑟𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 = 𝑚̇1 (ℎ7 − ℎ6 )


𝑄̇𝑇𝑟𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 = 100,5875 × (410,408 − 167,57) = 244,265𝑀𝑊
𝑄 = 𝑈 ∗ 𝐴 ∗ Δ𝑡

𝑊
𝑈(𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜) = 3500
𝑚2 ℃
43

𝐴 = 120,33 𝑚2

4.2.8 Bomba 2

Volume de controle: Bomba 2 (Ponto7 - 8)

Condições de entrada:

 𝑇7 = 98°C ;
 𝑃7 = 1,2 𝑀𝑃𝑎;
kg
 𝑚5 = 100,5875 s ;
𝑚3
 𝑣𝑙 = 0,001042 𝑘𝑔 .

Condições de saída:

 𝑃8 = 8,5⁄0,86 = 9,88 𝑀𝑃𝑎

A pressão que chega a turbina a vapor deve ser de 8,5 MPa, considerando a perda de
14% da saída da bomba à chegada na turbina, a pressão que deve sair da bomba é 9,88 MPa.

𝑚3
𝑞 = 𝑚 × 𝑣 = 100,5875 × 0,001042 = 0,1048
𝑠

𝑃6 − 𝑃5 9,88 × 106 − 10 × 103


𝐻𝑚𝑎𝑛𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = = = 915,93 𝑚𝑐𝑎
𝜌𝑔 966,44 × 9,81

𝑘𝑔
𝜌98℃ = 966,44
𝑚3

𝑃ℎ𝑖𝑑𝑟𝑎𝑢𝑙𝑖𝑐𝑎 = 𝐻𝑚𝑎𝑛𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 ∗ 𝑞 ∗ 𝜌 ∗ 𝑔 = 915,93 × 0,1048 × 966,44 × 9,81 = 0,9344 𝑀𝑊

𝑃ℎ 0,9344
𝑃𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 = = = 1,0865 𝑀𝑊 = 1477,28 𝑐𝑣
𝜂 0,8

4.2.9 Eficiência do Ciclo Rankine

A eficiência do ciclo Rankine é dado por:

𝑊𝑡𝑢𝑟𝑏𝑖𝑛𝑎 − 𝑊𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎
𝜂𝑅𝑎𝑛𝑘𝑖𝑛𝑒 =
𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
44

Substituindo os valores obtidos anteriormente, tem-se:

63,1579 − 0,1728 − 1,0865


𝜂𝑅𝑎𝑛𝑘𝑖𝑛𝑒 = = 0,2741
2 × 112,728

Portanto a eficiência do ciclo é:

𝜂𝑅𝑎𝑛𝑘𝑖𝑛𝑒 = 27,41%

4.2.10 Eficiência do Ciclo Brayton

Eficiência do ciclo Brayton é:

𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎
𝜂𝐵𝑟𝑎𝑦𝑡𝑜𝑛 = ( ) × 100
𝑄ℎ

Considerando a potência dada por:

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑚̇ ∗ (𝑤𝑡𝑢𝑟𝑏̇ − 𝑤𝑐𝑜𝑚𝑝 )

Sendo 𝑚̇ obtido através do calor da caldeira e temperatura de saída da chaminé:

𝑄𝑐𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
𝑚̇ =
𝐶𝑝 × (𝑇4 − 𝑇𝑠 )

𝑚̇ = 183,12 𝑘𝑔/𝑠

̇
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 183,08 × (988,9176 − 672,2672)

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 57,971 𝑀𝑊

Considerando a troca de calor dada por:


𝑃𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎
𝑄ℎ =
𝜂𝑇𝐻

62,19103
𝑄ℎ =
0,3315

𝑄ℎ = 187,585 𝑀𝑊

Logo a eficiência do ciclo será:

57,971
𝜂𝐵𝑟𝑎𝑦𝑡𝑜𝑛 = ( ) × 100
187,585

𝜂𝐵𝑟𝑎𝑦𝑡𝑜𝑛 = 30,91 %
45

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Pressões e temperaturas

Dos cálculos realizados, chegou-se aos seguintes resultados:

Tabela xistudo: Pressões e temperaturas em cada estágio do ciclo

Estágio Temperatura (K) Pressão (kPa)

Entrada do compressor 388,15 101,325

Saída do compressor 1142 1519,725

Câmara de combustão 1708

Saída da turbina a gás 984,772 8500

Saída da caldeira 473,15 8500

Saída da turbina a vapor de alta pressão - 1200

Saída da turbina a vapor de baixa pressão - 10

Saída do condensador 313,15 10

Saída da bomba 1 313,15 1200

Saída da bomba 2 371,15 8500

Trocador de Calor 371,15 1200

5.2 Eficiências

Obtiveram-se as seguintes eficiências de cada ciclo e a global:


46

5.2.1 Ciclo Brayton

Verificou-se que a eficiência calcula de 𝜂𝐵𝑟𝑎𝑦𝑡𝑜𝑛 = 30,91 % é satisfatória devido a


sua proximidade com a eficiência teórica da turbina a gás de 𝜂𝑡ℎ = 33,15 %.

5.2.2 Ciclo Rankine

Verificou-se que a eficiência de 𝜂𝑅𝑎𝑛𝑘𝑖𝑛𝑒 = 27,41% atende ao projeto pois está dentro
de uma faixa aceitável.

5.2.3 Ciclo Global

𝑊𝑡𝑣 + 𝑊𝑡𝑔 63,1579 + 2 × (62,19103)


𝜂= =
𝑄ℎ 2 × 187,585

𝜂 = 50%

5.3 Dimensionamento da área da planta

5.4 Dimensão da planta da Usina

Com os dados de catálogos obtidos temos:

 Turbina a Gás: C: 10,0m / L: 4,0m / A: 5,0m


 Turbina a Vapor: C: 14,0m / L: 8,5m / A: 5,5m
 Bomba 1: C: 0,674m / L: 0,474m / A: 1,091m
 Bomba 2: C: 1,764m / L: 0,874m / A: 1,70m

Com as necessidades do projeto:

 Trocador de Calor: 120,33 m2 de área de troca térmica

Com dados estimados, obtidos através de pesquisa, pois não havia especificado em
catálogos:
47

 Gerador da Turbina a Gás: 2,97m / L: 1,07m / A: 1,45m

(Fonte: http://www.rrmaquinas.com.br/gerador-a-diesel-trif-125-kva-380v-tdmg125se3-
toyama.html?gclid=Cj0KCQjwierMBRCHARIsAHl9i4FtMFXlIeQTUiFeK3nsdrwXBJudqR
0CfI2c88K_Hu9vxpUf2JyZJJEaAihsEALw_wcB)

 Caldeira:

Os cálculos foram feitos por comparação de acordo com a figura 40.

Figura 41 - Caldeira HRSG Modular Cleaver Broks

Estimando a altura de um homem sendo 1,8m, e comparando com as dimensões da


Caldeira se obteve os seguintes valores:

- C: 28m / L: 8m

 Condensador: 2,28m / L: 1,07m / A: 1,645m


48

Fonte: https://www.refrigeracaocacique.com.br/266/industrial/condensadores/condensador-
trineva-trv23186pne2 (Acesso: 28/01/18)

 Gerador da Turbina a Vapor: 2,97m / L: 1,07m / A: 1,45m

Fonte: http://www.rrmaquinas.com.br/gerador-a-diesel-trif-125-kva-380v-tdmg125se3-
toyama.html?gclid=Cj0KCQjwierMBRCHARIsAHl9i4FtMFXlIeQTUiFeK3nsdrwXBJudqR
0CfI2c88K_Hu9vxpUf2JyZJJEaAihsEALw_wcB (Acesso: 28/01/18)

Com os dados calculados, temos a área total da usina de 778 m2. Estimando uma área
de 400 m2 de espaçamento entre os equipamentos temos 1178 m2. Sendo menor que a área
disponível de 200.000 m2, concluímos que é possível possuir um Cinturão Verde,
viabilizando do projeto.
49

6 CONCLUSÃO

Concluiu-se que o projeto é viável levando em consideração cada equipamento


selecionado e os resultados obtidos nos cálculos realizados, porém relevando os custos.
Retificamos que foi utilizado duas turbinas a gás e duas caldeiras para atender a demanda do
projeto. Concluiu-se também que a eficiência global, apesar de baixa, está dentro do aceitável
e é maior do que a eficiência de cada ciclo separadamente. Outro fato verificado, foi a
viabilidade do uso desse projeto em relação a área necessária para construção.
50

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

[1] Frank A. Taylor (1939). «"Catalog of the Mechanical Collections Of The Division
Of Engineering"». United States National Museum Bulletin 173, United States Government
Printing Office, p. 147. Consultado em 3 de Agosto.

[2] Electo Eduardo Silva LORA (2004) “Geração Termelétrica – Vol 1”.
INTERCIENCIA.

[3] Electo Eduardo Silva LORA (2004) “Geração Termelétrica – Vol 2”.
INTERCIENCIA.

[4] Çengel, Yunus A., and Michael A. Boles (2011). Thermodynamics: An


Engineering Approach 7th ed. New York: McGraw-Hill.

[5] V. Wylen, Sonntag, C.Bornakke (8 de Junho, 2006). «Fundamentos da


Termodinâmica Clássica, Tradução da quarta edição americana».

[6] Moran & Shapiro 'Fundamentals of Engineering Thermodynamics'.

[7]http://www.dequi.eel.usp.br/~acsilva/6%20-%20Alcalis.pdf.Acessado em
19/01/2018

[8]https://www.agcchemicals.com/pt/pt/company/chemical_chain/chloralkali/index.ht
ml.ACESSADO EM 19/01/2018

[9] http://www.abiclor.com.br/. ACESSADO EM 25/01/2018

[10]http://www.hammelmann.de/en/produkte/hochdruckpumpen/uebersicht/HDP_MC
/hdp-mc.php

[11] Relatório de Impacto Ambiental, RIMA 2011. ACESSADO EM 29/01/2018


<https://iema.es.gov.br>RIMAS_2011>

[12] Catalytic production of methane from CO2 and H2 at low temperature: insight on
the reaction mechanism. ACESSADO EM 29/01/2018
https://www.sciencedirect.com/science/pii/S09205861100004165.

http://www.thehindubusinessline.com/multimedia/dynamic/03064/bgr_3064805f.jpg
(Acesso: 28/01/2018)

https://www.siemens.com/press/pool/de/pressebilder/2012/energy/oil-
gas/300dpi/EOG201202032-01_300dpi.jpg (Acesso: 28/01/2018)
51

Fonte: https://www.electricityconnect.com/upload_fichier/1439991905_alstom_heat-
exchangers-condensers.pdf. (Acessado em 28/01/2018)

https://www.electricityconnect.com/upload_fichier/1439991905_alstom_heat-
exchangers-condensers.pdf. (Acessado em 28/01/18)

http://www.hammelmann.de/en/produkte/hochdruckpumpen/uebersicht/hdp-170/hdp-
170-details.php (Acessado em 28/01/18)

http://www.hammelmann.de/en/produkte/hochdruckpumpen/uebersicht/HDP_MC/hdp
-mc.php. (Acessado em 28/01/18)

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