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Gabriel Ricci Pupo – Módulo I

Tutoria – Objetivos Teóricos – Problema 1


1) Definir gasto energético basal e total e os fatores que o afetam.

Gasto energético basal: é a quantidade de energia gasta pelo organismo apenas para manter as funções vitais, ou seja,
consiste na totalidade da energia consumida estando o indivíduo acordado, mas em repouso completo, geralmente
após 12-14 horas de jejum.

• É a quantidade de energia requerida para manter processos essenciais básicos envolvidos na manutenção do
organismo vivo em funções que incluem:
o Atividade do sistema nervoso;
o Ventilação pulmonar;
o Circulação;
o Excreção renal;
o Tônus musculares;
o Secreção glandular;
o Síntese proteica e de hormônios.

Consumo de oxigênio de vários tecidos corporais em repouso para um homem de 65 kg


Percentual do metabolismo de
Órgão Consumo de O2 (ml/min)
repouso
Fígado 67 27
Cérebro 47 19
Coração 17 7
Rins 26 10
Músculo esquelético 48 19
Demais órgãos 250 100

Gasto energético total: é a soma das atividades que se fazem ao logo do dia e o gasto energético basal.

Fatores que afetam o gasto energético diário total: incluem idade, sexo, musculatura, fatores genéticos, fatores
psicológicos, uso de drogas, atividade física, termogênese induzida pela dieta, efeito calorigênico dos alimentos sobre
o metabolismo do exercício, clima e gestação.

• Idade: à medida que a pessoa envelhece o


metabolismo fica mais lento. Geralmente, é a partir dos 25
aos 30 anos de idade que essas alterações começam a
aparecer.
• Sexo: “o homem, naturalmente, tem mais massa
muscular que a mulher e, por isso, o metabolismo masculino
tem uma velocidade maior”. Assim, é perceptível que a
maioria dos homens têm mais facilidade em relação ao
emagrecimento e à definição do corpo, em comparação com
as mulheres.
o Em compensação, eles precisam da alimentação em
quantidades maiores, para suprir as necessidades diárias.
• Músculos: músculos mais vigorosos produzem mais
gasto calórico, independentemente da idade da pessoa. Isso
porque os músculos são tecidos vivos e queimam calorias 24 horas por dia, já que são feitos para trabalhar. O
tecido muscular é o que consome mais energia do organismo.
• Fatores genéticos: também podem estar relacionados ao metabolismo, uma vez que há diversas doenças
crônicas de forte componente genético capazes de influenciar diretamente o metabolismo e sua velocidade,
como hipotireoidismo (quando há deficiência na produção dos hormônios tireoidianos, fazendo com que o
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organismo trabalhe mais lentamente) ou hipertireoidismo (caracterizada pelo aumento na produção dos
hormônios da tireoide e pode levar a complicações cardíacas como insuficiência, arritmia e taquicardia), por
exemplo.
• Fatores psicológicos e o uso de drogas: situações de estresse podem prejudicar o metabolismo e causar perda
de nutrientes, fazendo com que o paciente emagreça de uma forma não saudável. O uso de drogas como as
anfetaminas, por sua vez, também causa esse efeito de aceleração metabólica e emagrecimento prejudiciais
à saúde.
• Os suplementos vendidos para acelerar o metabolismo, chamados de “termogênicos” podem causar graves
complicações. Não são recomendados e podem gerar problemas hepáticos, renais e cardíacos.
• Atividade física: em circunstâncias típicas, a atividade física é responsável por 15 a 30% do GEDT de uma
pessoa. A atividade física exerce incontestavelmente o efeito mais profundo sobre o gasto energético humano.
Os atletas de classe mundial quase duplicam seu GEDT com 3 ou 4 h de treinamento intenso. A maioria das
pessoas consegue manter taxas metabólicas 10 vezes maiores que o valor de repouso durante o exercício
contínuo com “grandes grupos musculares”, como caminhada rápida, corrida, escalada, pedalagem e natação.
• Termogênese induzida pela dieta: o consumo de alimentos em geral eleva o metabolismo energético. A
termogênese induzida pela dieta (TID; às vezes denominada efeito térmico do alimento [ETA]), consiste em
dois componentes:
o Um componente, a termogênese obrigatória (antes denominada ação dinâmica específica ou ADE),
resulta da energia necessária para digerir, absorver e assimilar os nutrientes alimentares.
o O segundo componente, ou termogênese facultativa, relaciona-se com a ativação do sistema nervoso
simpático e com sua influência estimulante sobre a taxa metabólica.
• Efeito calorigênico do alimento sobre o metabolismo do exercício: o desjejum aumenta o metabolismo em
10%, as variações no valor calórico da refeição não exercem nenhuma influência sobre o efeito térmico e a
realização da atividade física após uma refeição de 1.000 ou de 3.000 kcal produz maior gasto de energia que
o exercício sem alimento prévio.
o O efeito calorigênico do alimento sobre o metabolismo energético durante a atividade física quase
duplica o efeito térmico do alimento em repouso. Aparentemente, a atividade física amplia a TID.
• Clima: o metabolismo em repouso das pessoas que vivem em um clima tropical é, em média, 5 a 20% mais alto
que para os congêneres que vivem em áreas mais temperadas. A atividade física realizada em um clima quente
impõe também uma pequena carga metabólica adicional; isso acarreta um consumo de oxigênio cerca de 5%
mais alto, em comparação com o que acontece em um ambiente termoneutro, provavelmente decorrente do
efeito termogênico de uma temperatura central elevada. Isso poderia incluir a energia adicional necessária
para a atividade das glândulas sudoríferas e a dinâmica circulatória alterada durante o trabalho em um clima
quente.
o Os ambientes frios geralmente elevam o metabolismo energético durante o repouso e a atividade
física. A magnitude do efeito depende principalmente do conteúdo em gordura corporal do indivíduo
e da eficácia do conjunto de sua roupa para reter calor. A taxa metabólica aumenta em até cinco vezes
em repouso durante um estresse extremo induzido pelo frio, pois os calafrios geram o calor corporal
necessário para manter uma temperatura central estável.

2) Definir balanço energético e suas variantes.

Balanço energético: é o equilíbrio obtido a partir do total de energia ingerida e o total de energia gasta pelo organismo
em suas atividades diárias.

Etapa ideal ou balanço energético neutro: é quando a quantidade de calorias ingerida equivale ao gasto calórico,
mantendo o peso inalterado.

• Nesta fase consegue-se a manutenção do peso ao longo da vida ou após um emagrecimento se a pessoa se
alimentar com atenção, por necessidade de seu organismo, mastigando bem os alimentos, observando
horários, sendo que as extravagâncias ocorrem somente de vez em quando e mesmo assim, logo após faz uma
restrição nos alimentos.
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Fase dinâmica ou balanço energético positivo: acontece quando a ingestão de calorias é maior que o gasto calórico
diário, levando ao aumento de peso, em um processo que pode durar anos, se a pessoa continuamente tenta perder
peso.

• Quanto maior a diferença entre as calorias ingeridas e o gasto calórico maior o ganho de peso e quanto mais
tempo nos mantivermos com o peso acima mais difícil será a diminuição.

Balanço energético negativo: acontece quando a ingestão de calorias é menor do que o gasto calórico diário, levando
a perda de peso.

• Podemos criar este balanço energético negativo diminuindo o total das calorias ingeridas, aumentando o gasto
calórico através da atividade física, ou combinado as duas estratégias que é cientificamente comprovada ser
a forma mais eficiente e saudável para diminuirmos o peso corporal. O gasto calórico vai depender do tipo,
intensidade e duração dos exercícios.

3) Caracterizar “ATP” quanto a estrutura, funções metabólicas e os processos celulares dependentes dele.

ATP: sigla de trifosfato de adenosina, é a “moeda de troca energética da célula”, uma vez que aciona todos os processos
celulares que dependem de energia.

• A energia contida nos alimentos não é transferida


diretamente às células para a realização de um
trabalho biológico. A energia proveniente da oxidação
dos macronutrientes é recolhida e conduzida através
do composto rico em energia trifosfato de adenosina
(ATP).
• Em essência, o papel de doador de energia-receptor de
energia do ATP representa as duas principais atividades
transformadoras de energia da célula:
o Extrair a energia potencial dos alimentos e
conservá-la nas ligações do ATP.
o Extrair e transferir a energia química contida
no ATP para acionar o trabalho biológico.
• As ligações que unem os dois fosfatos mais externos
representam as ligações de alta energia, pois liberam
energia útil durante a hidrólise. A energia liberada
impulsiona as funções corporais, incluindo secreção
glandular, digestão, síntese de tecidos, função
circulatória, ação muscular e transmissão nervosa. Nos
músculos estriados esqueléticos, a energia estimula locais específicos dos elementos contráteis a ativarem os
motores moleculares que fazem com que as fibras musculares contraiam.
• Um novo composto, o difosfato de adenosina (ADP), é formado quando o ATP se combina com a água, o que
é catalisado pela enzima adenosina trifosfatase (ATPase). A reação cliva a ligação fosfato mais externa do ATP
para liberar um fosfato inorgânico e aproximadamente 7,3 kcal de energia livre ou –ΔG (i. e., energia disponível
para o trabalho) por mol de ATP hidrolisado para ADP. Raramente, mais energia é liberada quando outro
fosfato é separado do ADP.
• Em algumas reações de biossíntese, o ATP doa simultaneamente seus dois fosfatos terminais para formar um
novo material celular. A molécula remanescente, monofosfato de adenosina (AMP), só tem um grupo fosfato.
• O ATP é clivado quase instantaneamente sem a necessidade do oxigênio molecular. Essa capacidade de
hidrolisar o ATP sem oxigênio (anaerobicamente) gera transferência rápida de energia. Os exemplos de
movimentos corporais que exigem esse tipo de energia “rápida” são um “pique” (sprint)de 10 s para pegar um
ônibus, o levantamento de um objeto, uma tacada de golfe, o bloqueio no voleibol ou a realização de um
exercício com apoio de frente ou de flexão e extensão.
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• O corpo sempre procura manter um suprimento contínuo de ATP por diferentes vias metabólicas; algumas
estão localizadas no citosol (citoplasma) da célula, enquanto outras operam no interior das mitocôndrias.
• Por exemplo, o citosol contém as vias
para a produção de ATP a partir da degradação
anaeróbica de PCr, glicose, glicerol e o
arcabouço de carbono de alguns aminoácidos
desaminados. Na mitocôndria, os processos
reativos utilizam (recolhem) a energia celular
para a geração aeróbica de ATP, o ciclo do
ácido cítrico e a cadeia respiratória através da
membrana interna.

4) Caracterizar fermentação lática.

Fermentação: é um processo anaeróbio de síntese de ATP que não envolve a cadeira respiratória. Na fermentação, o
aceptor final do hidrogênio é um composto orgânico.

• A fermentação ocorre no citosol, quando a molécula de glicose é degradada em 2 piruvatos, cada um com 3
carbonos, com saldo de 2 ATP. Essa etapa é comum tanto na respiração quanto na fermentação.
• Especificamente na fermentação lática, o piruvato é transformado em ácido lático pela utilização dos íons
hidrogênio transportados pelos NADH formados na glicólise.
• Nos seres humanos, a fermentação lática é realizada por células do tecido muscular.
o Quando uma pessoa realiza atividades físicas muito intensas, há insuficiência de oxigênio para manter
a respiração celular e liberar a energia necessária.
o Nesse caso, as células degradam anaerobiamente a glicose em ácido lático, que, acumulado nos
músculos, causa fadiga.
o Cessada a atividade física, o ácido lático formado é transformado novamente em piruvato, que
continua a ser degradado pelo processo aeróbico.
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Passo-a-passo da fermentação:

1) A molécula de glicose, através da enzima hexocinase, catalisa a reação de transferência de 1 fosfato de 1 ATP
para ela, formando uma molécula de glicose 6-fosfato e 1 ADP. O objetivo dessa reação é impedir que a
molécula saia da célula, pois como o fosfato é negativo, estando ele na molécula de glicose, não se faz possível
sua passagem pela membrana plasmática.
2) A glicose 6-fosfato é catalisada pela enzima fosfoglicose isomerase a fim de convertê-la em seu isômero frutose
6-fosfato, garantindo maior simetria molecular para a divisão da molécula, uma vez que a frutose é mais
simétrica que a glicose.
3) A frutose 6-fosfato é catalisada pela enzima fosfofrutocinase e convertida em frutose 1,6-bifosfato. Nessa
reação há transferência de fosfato de um segundo ATP para a molécula a fim de deixá-la ainda mais simétrica.
4) A frutose 1,6-fosfato é dividida nos isômeros di-hidroxiacetona fosfato e gliceraldeído 3-fosfato através da
enzima aldolase.
5) A di-hidroxiacetona fosfato é convertida integralmente em gliceraldeído 3-fosfato através da enzima triose
fosfato isomerase. Essa reação só ocorre em função de todo o gliceraldeído 3-fosfato formado na reação
anterior ser consumido rapidamente, pois caso não fosse, no equilíbrio, para que acontecesse, seria necessária
muita di-hidroxiacetona fosfato.
6) O gliceraldeído 3-fosfato precisa então ser transformado em 1,3-bifosfoglicerato, na reação feita pela enzima
gliceraldeído desidrogenase pela qual entra na molécula 1 fosfato inorgânico e o NAD+ captura 1 H+
transformando-se em NADH. Como há entrada de água na reação, um H da água vai para o NAD+ e o OH- para
a molécula numa reação favorável (ΔG < 0), que depois sede lugar para a entrada do fosfato, numa reação que
a princípio não é favorável, só se tornando possível por conta do acoplamento das reações. A molécula
intermediária formada guarda energia para a entrada do fosfato. Essa reação ocorre em dobro, levando à
formação do dobro de produtos.
7) O 1,3-bifosfoglicerato é então catalisado pela enzima fosfoglicerato cinase a fim de formar 3-fosfoglicerato e
ATP, através da saída do fosfato 1 e sua ligação a um ADP. Essa reação ocorre em dobro, levando à formação
do dobro de produtos.
8) O 3-fosfoglicerato é transformado em 2-fosfoglicerato pela enzima fosfoglicerato mutase, causando repulsão
entre o fosfato e oxigênio (ambos negativos) da molécula, criando um ambiente desfavorável para sua
permanência, favorecendo a saída do fosfato. Essa reação ocorre em dobro, levando à formação do dobro de
produtos.
9) O 2-fosfoglicerato perde uma água transformando-se em fosfoenolpiruvato pela enzima enolase, causando
ainda mais repulsão e tornando inviável a presença do fosfato na molécula. Essa reação ocorre em dobro,
levando à formação do dobro de produtos.
10) Com a saída do fosfato, o fosfoenolpiruvato é por fim transformado em piruvato pela enzima piruvato cinase
e o fosfato liga-se a um ADP, formando ATP. Essa reação ocorre em dobro, levando à formação do dobro de
produtos.
11) Anaerobiamente, o piruvato será transformado mediante participação da lactato desidrogenase em lactato.
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