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Disciplina: Matemática
Unidade Temática: Módulo de um número real
Tema: definição do módulo
propriedades
Objectivos:
aplicar as propriedades da função modular na resolução de problemas da vida real.
Comparar funções modulares com números reais.
Determinar os elementos característicos de uma função modular.
Meios de ensino: Giz, Apagador, Quadro e papel quadriculado.
Duração da aula: 90 minutos.
Data: 23 e 24 de Janeiro de 2017
Metodologia: Elaboração conjunta e método independente.
FUNÇÃO MODULAR
O módulo (ou valor absoluto) de um número real 𝒙, que se indica por |𝒙|, é definido da seguinte
𝒙, 𝒔𝒆 𝒙 > 𝟎
maneira: |𝒙| = { 𝟎, 𝒔𝒆 𝒙 = 𝟎
−𝒙, 𝒔𝒆 𝒙 < 𝟎
Então:
Se 𝒙 é positivo ou zero, |𝒙| é igual ao próprio 𝒙.
Exemplos: | 2 | = 2 ; | 1/2 | = 1/2 ; | 15 | = 15
O módulo de um número real é sempre positivo ou nulo. O módulo de um número real nunca é
negativo.
Interpretação geométrica do módulo.
Professor: João Matangue Arone Matemática 12a Classe Trimestre I 2017 Página 1
Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
O módulo de um número real a representa, num eixo real, a distância entre o ponto a e a
origem do sistema coordenado. Vamos representar a distância por 𝒅. Assim sendo: |𝒂| = 𝒅(𝟎; 𝒂).
Os números que distam a unidades da origem são – 𝒂 𝒆 + 𝒂.
Exemplo: |𝟑| = 𝒅(𝟎; 𝟑); os números que distam 3 unidades de 𝟎 são −𝟑 𝒆 + 𝟑. Por isso
|−𝟑| = 𝟑 𝒆 |+𝟑| = 𝟑 .
O módulo |𝒙 − 𝒚| representa a distância entre os pontos 𝒙 𝒆 𝒚 situados no eixo das abcissas. Isto
é, |𝒙 − 𝒚| = 𝒅(𝒙; 𝒚). Exemplo1: |𝟒 − 𝟔| = 𝒅(𝟒; 𝟔) = 𝟐; Exemplo2: |𝟑 + 𝟕| = 𝒅(𝟑; −𝟕) = 𝟏𝟎.
Propriedades
Decorrem da definição as seguintes propriedades:
I. |𝑥| ≥ 0, ∀ 𝑥 ∈ ℝ
II. |𝑥| = 0 ⟺ 𝑥 = 0
III. |𝑥| ∙ |𝑦| = |𝑥𝑦|, ∀ 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ
IV. |𝑥|2 = 𝑥 2 , ∀ 𝑥 ∈ ℝ
V. |𝑥 + 𝑦| ≤ |𝑥| + |𝑦|, ∀ 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ
VI. |𝑥 − 𝑦| ≥ |𝑥| − |𝑦|, ∀ 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ
Toda a equação que contiver a incógnita em um módulo num dos membros será chamada
equação modular. Dada a equação modular, | 𝒙 | = 𝒂, então, 𝒙 = 𝒂 ou 𝒙 = −𝒂.
Exemplos:
a) | 𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 | = 𝟏
b) | 𝒙 + 𝟖 | = | 𝒙𝟐 − 𝟑 |
c) |𝒙 + 𝟏| = 𝟒
1) Resolver a equação | 𝒙 | = 𝟑
Resolução: 𝒙 = 𝟑 ou 𝒙 = −𝟑
2) Resolver a equação | 𝒙 − 𝟏 | = 𝟐
Resolução: 𝒙 − 𝟏 = 𝟐 ou 𝒙 − 𝟏 = −𝟐; isto é, 𝒙 = 𝟑 ou 𝒙 = −𝟏
3) Resolver a equação | 𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 | = 𝟔.
Resolução: Temos que analisar dois casos:
Caso1: 𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 = 𝟔
Caso2: 𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 = −𝟔
4) Resolver a equação | 𝒙 − 𝟔 | = | 𝟑 − 𝟐𝒙 |.
Resolução: Temos que analisar dois casos:
Caso1: 𝒙 − 𝟔 = 𝟑 − 𝟐𝒙
Caso2: 𝒙 − 𝟔 = −(𝟑 − 𝟐𝒙)
Resolvendo o caso1: 𝒙 − 𝟔 = 𝟑 − 𝟐𝒙 ⟹ 𝒙 + 𝟐𝒙 = 𝟑 + 𝟔 ⟹ 𝟑𝒙 = 𝟗 ⟹ 𝒙 = 𝟑
Resolvendo o caso2: 𝒙 − 𝟔 = −(𝟑 − 𝟐𝒙) ⟹ 𝒙 − 𝟐𝒙 = −𝟑 + 𝟔 ⟹ −𝒙 = 𝟑 ⟹ 𝒙 = −𝟑
Professor: João Matangue Arone Matemática 12a Classe Trimestre I 2017 Página 2
Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Resposta: 𝑺 = {−𝟑, 𝟑}
5) Resolver a equação |𝒙 + 𝟏| = 𝟑𝒙 + 𝟐.
𝟐
Resolução: devemos ter inicialmente 𝟑𝒙 + 𝟐 ≥ 𝟎 ⟹ 𝒙 ≥ − 𝟑 para que seja possível a
𝟐
igualdade. Digamos, domínio da expressão 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ: 𝒙 ≥ − 𝟑}.
𝒙 + 𝟏 = 𝟑𝒙 + 𝟐
𝟐
Supondo 𝒙 ≥ −𝟑 temos: |𝒙 + 𝟏| = 𝟑𝒙 + 𝟐 ⟹ { 𝒐𝒖 ⟹
𝒙 + 𝟏 = −(𝟑𝒙 + 𝟐)
𝟏
𝒙 + 𝟏 = 𝟑𝒙 + 𝟐 𝒙 = −𝟐
𝟏 𝟑
{ 𝒐𝒖 ⟹ { 𝒐𝒖 Resposta: 𝑺 = {− 𝟐}. O resultado, 𝒙 = − 𝟒 é menor que 𝒙 =
𝟑
𝒙 + 𝟏 = −𝟑𝒙 − 𝟐 𝒙=− 𝟒
𝟐
− 𝟑 por isso não faz parte da solução, (não convém).
Se | 𝒙 | > 𝒂 (com 𝒂 > 𝟎) significa que a distância entre 𝒙 e a origem é maior que a, isto é,
𝒙 deve estar à direita de a ou à esquerda de – 𝒂 na recta real, ou seja: | 𝒙 | > 𝒂 ⟺ 𝒙 >
𝒂 𝒐𝒖 𝒙 < −𝒂.
Algumas inequações modulares resolvidas:
𝑺 = {𝒙 𝑰𝑹 | − 𝟐 < 𝒙 < 𝟐}
𝑺 = {𝒙 𝑰𝑹 | 𝟐 < 𝒙 < 𝟒}
3) Resolver em ℝ a inequação | 𝒙 + 𝟔 | ≥ 𝟑.
Resolução: | 𝒙 + 𝟔 | ≥ 𝟑 ⟹ 𝒙 + 𝟔 ≥ 𝟑 𝒐𝒖 𝒙 + 𝟔 ≤ −𝟑 ⟹ 𝒙 ≥ −𝟑 𝒐𝒖 𝒙 ≤ −𝟗
Professor: João Matangue Arone Matemática 12a Classe Trimestre I 2017 Página 3
Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
𝑺 = {𝒙 𝑰𝑹 |𝒙 ≥ −𝟑 𝒐𝒖 𝒙 ≤ −𝟗}
4) Resolver em ℝ a inequação 𝟐𝒙 − 𝟕 + |𝒙 + 𝟏| ≥ 𝟎.
𝒙 + 𝟏 𝒔𝒆 𝒙 ≥ −𝟏
Resolução: notando que |𝒙 + 𝟏| = { devemos então, considerar dois
−𝒙 − 𝟏 𝒔𝒆 𝒙 < −𝟏
casos:
Caso1: se 𝒙 ≥ −𝟏, temos: 𝟐𝒙 − 𝟕 + |𝒙 + 𝟏| ≥ 𝟎 ⟹ 𝟐𝒙 − 𝟕 + 𝒙 + 𝟏 ≥ 𝟎 ⟹ 𝟑𝒙 − 𝟔 ≥ 𝟎 ⟹
𝒙 ≥ 𝟐. A solução S1 é, 𝑺𝟏 = {𝒙 ∈ ℝ: 𝒙 ≥ −𝟏} ∩ {𝒙 ∈ ℝ: 𝒙 ≥ 𝟐} = {𝒙 ∈ ℝ: 𝒙 ≥ 𝟐}.
Construímos a tabela:
𝒙 ]−∞; 𝟎[ [𝟎; 𝟑[ [𝟑; +∞[
|𝟐𝒙 − 𝟔| = −𝟐𝒙 + 𝟔 −𝟐𝒙 + 𝟔 𝟐𝒙 − 𝟔
|𝒙| = −𝒙 𝒙 𝒙
|𝟐𝒙 − 𝟔| − |𝒙| = −𝒙 + 𝟔 −𝟑𝒙 + 𝟔 𝒙−𝟔
−𝒙 + 𝟔 𝒔𝒆 𝒙 < 𝟎
|𝟐𝒙 − 𝟔| − |𝒙| = {−𝟑𝒙 + 𝟔 𝒔𝒆 𝟎 ≤ 𝒙 < 𝟑
𝒙 − 𝟔 𝒔𝒆 𝒙 ≥ 𝟑
EXERCÍCIOS
Professor: João Matangue Arone Matemática 12a Classe Trimestre I 2017 Página 4
Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Função modular
Funcão módulo do tipo 𝒚 = |𝒇(𝒙)| e 𝒚 = 𝒇(|𝒙|)
Funcão módulo do tipo 𝒚 = |𝒇(𝒙)|
Chamamos de função modular a função f(x) = |x| definida por:
Passo 1: Traça o gráfico da função 𝒚 = 𝒇(𝒙)
Passo 2: constrói o gráfico de 𝒇(𝒙) = |𝒙|através de uma simetria em relação ao eixo das
abcissas para os pontos de ordenada negativa.
x y=f(x)
-1 1
-2 2
0 0
1 1
2 2
Professor: João Matangue Arone Matemática 12a Classe Trimestre I 2017 Página 5
Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Dado um número natural 𝒏, chama-se factorial de 𝒏 ao produto dos 𝒏 primeiros números naturais,
com 𝒏 ≠ 𝟏. O factorial de 𝒏 representa-se por 𝒏!.
𝒏! – lê-se: “𝒏 factorial” ou “ factorial de 𝒏”. Em especial, 𝟏! = 𝟏 𝒆 𝟎! = 𝟏 e em geral: 𝒏! =
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 − 𝟐)(𝒏 − 𝟑) …x𝟏. Mas também, 𝒏! = 𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 − 𝟐)!; (𝒏 − 𝟏)! = (𝒏 − 𝟏)(𝒏 −
𝟐)(𝒏 − 𝟑)! , (𝒏 + 𝟐)! = (𝒏 + 𝟐)(𝒏 + 𝟏)𝒏!.
Exemplos: 1) 𝟐! = 𝟐. 𝟏 = 𝟐 ; 𝟑! = 𝟑. 𝟐. 𝟏 = 𝟔; 𝟒! = 𝟒. 𝟑. 𝟐. 𝟏 = 𝟐𝟒; 𝟔! = 𝟔. 𝟓. 𝟒. 𝟑. 𝟐. 𝟏 = 𝟕𝟐𝟎;
(𝑛 − 3)! = (𝑛 − 3)(𝑛 − 4)(𝑛 − 5)(𝑛 − 6)!
2) Calcular os seguintes factoriais:
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
𝑨𝒏
𝒑
𝑪𝒏𝒑 = 𝒑!
Exemplos: Calcule as seguintes combinações:
𝟕! 𝟕! 𝟕 ∗ 𝟔 ∗ 𝟓 ∗ 𝟒! 𝟕 ∗ 𝟔 ∗ 𝟓
𝑪𝟕𝟑 = = = = = 𝟕 ∗ 𝟓 = 𝟑𝟓
(𝟕 − 𝟑)! 𝟑! 𝟒! 𝟑! 𝟒! ∗ 𝟑 ∗ 𝟐 ∗ 𝟏 𝟔
𝟖! 𝟖! 𝟖 ∗ 𝟕 ∗ 𝟔 ∗ 𝟓! 𝟖 ∗ 𝟕 ∗ 𝟔
𝑪𝟖𝟓 = = = = = 𝟖 ∗ 𝟕 = 𝟓𝟔
(𝟖 − 𝟓)! 𝟓! 𝟑! 𝟓! 𝟓! ∗ 𝟑 ∗ 𝟐 ∗ 𝟏 𝟔
A turma da 121 quer eleger, entre seis alunos, uma comissão de quatro alunos para organizar uma
festa. De quantas maneiras diferentes pode ser feita a escolha da comissão?
A ordem na escolha dos elementos não determina necessariamente, uma comissão diferente da
outra. Trata-se de escolher grupos de quatro alunos. É um problema da combinação de seis
𝟔! 𝟔! 𝟔∗𝟓∗𝟒! 𝟑𝟎
elementos agrupados 4 a 4. 𝑪𝟔𝟒 = (𝟔−𝟒)!𝟒! = 𝟐!𝟒! = 𝟐∗𝟏∗𝟒! = 𝟐 = 𝟏𝟓
Binómio de Newton
Já conhecemos, por exemplo, o desenvolvimento do quadrado de uma soma. (𝑥 + 𝑦)2 = 𝑥 2 +
2𝑥𝑦 + 𝑦 2 . Vamos agora estudar uma fórmula simples que nos permite escrever o desenvolvimento
de qualquer binómio de expoente natural, (𝑥 + 𝑦)𝑛 .
Nota:
Para 𝒏 = 𝟎, (𝑥 + 𝑦)0 = 𝟏.
Para 𝒏 = 𝟏, (𝑥 + 𝑦)1 = 𝟏𝒙𝟏 + 𝟏𝒚𝟏 .
Para 𝒏 = 𝟐, (𝑥 + 𝑦)2 = 𝟏𝑥 2 𝑦 0 + 2𝑥1 𝑦1 + 1𝑥 0 𝑦 2 = 𝟏𝑥 2 𝑦 0 + 2𝑥 2−1 𝑦 2−1 + 1𝑥 2−2 𝑦 2
Analisando os expoentes do 𝑥 e do 𝑦, nota-se que:
Os expoentes de 𝑥 decrescem da esquerda para direita
Os expoentes de 𝑦 crescem da esquerda para direita
Os coeficientes são 𝑪𝟐𝟎 , 𝑪𝟐𝟏 , 𝑪𝟐𝟐 .
Quer dizer que podemos escrever, para 𝒏 = 𝟐.
(𝑥 + 𝑦)2 = 𝐶02 𝑥 2 𝑦 2−2 + 𝐶12 𝑥 2−1 𝑦 2−1 + 𝐶22 𝑥 2−2 𝑦 2
De uma maneira geral, para um binómio de expoente 𝑛 ∈ ℕ qualquer, teremos a fórmula conhecida
por fórmula de Newton ou Binómio de Newton.
(𝑥 + 𝑦)𝑛 = 𝐶0𝑛 𝑥 𝑛 𝑦 𝑛−𝑛 + 𝐶1𝑛 𝑥 𝑛−1 𝑦1 + 𝐶2𝑛 𝑥 𝑛−2 𝑦 2 + ⋯ + 𝐶𝑛−1
𝑛
𝑥1 𝑦 𝑛−1 + 𝐶𝑛𝑛 𝑥 0 𝑦 𝑛
𝑛
Ou, usando a notação de somatório: (𝑥 + 𝑦)𝑛 = ∑ (𝑛𝑝) 𝑥 𝑝 𝑦 𝑛−𝑝
𝑝=0
Exemplo: (𝑥 + 𝑦)3 = 𝐶03 𝑥 3 𝑦 3−3 + 𝐶13 𝑥 3−1 𝑦1 + 𝐶23 𝑥 3−2 𝑦 2 + 𝐶33 𝑥 3−3 𝑦 3
(𝑥 + 𝑦)3 = 𝑥 3 + 3𝑥 2 𝑦 + 3𝑥1 𝑦 2 + 𝑦 3
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Triângulo de Pascal
Coloquemos os números 𝑪𝒏𝒑 em sucessivas linhas, formando um triângulo equilátero.
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
… … … … … … … … … … …
PRIMEIRA AULA
A história da teoria das probabilidades, teve início no século XVII, com Pascal e Fermat, nos jogos
de cartas, dados e roleta (jogos de azar). Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos
de azar no estudo das probabilidades. A teoria de probabilidade permite que se calcule a chance de
ocorrência de um número em um experimento aleatório.
1. Experimento Aleatório
Um experimento ou fenómeno, é aleatório se a sua realização depende inteiramente do acaso.
2. Espaço amostral
Espaço amostral ou simplesmente espaço de acontecimentos é o conjunto de todos os resultados
possíveis de um experimento ou fenómeno aleatório. A letra que vamos usar para representar o
espaço amostral, é S.
Exemplo1: Na queda de uma moeda lançada ao ar, apenas pode verificar-se dois resultados
distintos: cara (K) ou coroa (C).
O conjunto dos resultados é S = {𝒄𝒂𝒓𝒂, 𝒄𝒐𝒓𝒐𝒂}.
Exemplo2: Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral,
constituído pelos 12 elementos:
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, C1, C2, C3, C4, C5, C6}
b.1) A ou B ocorrem;
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
b.2) B e C ocorrem;
b.3) Somente B ocorre.
3. Acontecimento contrário
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Acontecimento certo relativo a uma prova é aquele que se verifica sempre que se realiza a prova.
Exemplo1: No lançamento de uma moeda, << sair cara ou coroa >> é um acontecimento certo.
Exemplo2: No lançamento de um dado com faces numeradas de 1 a 6, << sair número menor que
7>> é um acontecimento certo.
7. Acontecimento impossível
Acontecimento impossível relativo a uma prova é aquele que nunca se verifica, sempre que se
realiza a prova.
Exemplo1: No lançamento de um dado com faces numeradas de 1 a 6, << sair número 8 >> é
acontecimento impossível.
Exemplo2: Na queda de uma moeda lançada ao ar, << sair cara e coroa >> é um acontecimento
impossível.
8. Acontecimentos disjuntos
SEGUNDA AULA
1. Conceito de probabilidade
Se em um fenómeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade
de ocorrer um evento A, segundo a lei de Laplace é:
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras diferentes
dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%.
Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos elementares
têm probabilidades iguais de ocorrência.
Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um evento A é
sempre:
2. Propriedades Importantes
̅ são eventos complementares, então: 𝐏(𝐀) + 𝐏(𝐀
2.1. Se A e 𝐀 ̅ ) = 𝟏.
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Exemplo1: Se dois dados, azul e branco, forem lançados, qual a probabilidade de sair 5 no azul
ou 3 no branco?
Considerando os eventos:
A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6
B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6
Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, temos:
⋕(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, temos:
P(A∪ B) =P(A) +P(B) -P(A ∩ B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
SEGUNDO TRIMESTRE
ESCOLA JOÃO XXIII
Atendendo que uma sucessão tem domínio ℕ, a sua representação gráfica é sempre um conjunto de
pontos isolados.
Exemplo: Considera a seguinte fórmula geral: 𝑈𝑛 = 2𝑛 − 1 e vamos representar o seu gráfico.
𝑛 1 2 3 4 …
𝑈𝑛 = 2𝑛 − 1 1 3 5 7 …
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
𝟏
Quando 𝒏 ⟶ +∞, 𝑼𝒏 ⟶ 𝟐
Conceito de limite
Diz-se que uma sucessão 𝑼𝒏 tende para um número 𝒂 (ou tem por limite 𝒂), se à medida que o
índice 𝒏 tende para infinito, a sucessão converge para o valor 𝒂.
Simbolicamente escreve-se: lim 𝑈 = 𝑎 se e só se 𝑈 − 𝑎 ⟶ 0, quando 𝑛 ⟶ +∞.
𝑛 𝑛
𝑛⟶+∞
𝒏 𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝟗 𝟏𝟎 𝟗𝟗 𝟗𝟗𝟗𝟗𝟗 𝒏
Exemplo 2:𝑼𝒏 = 𝒏+𝟏 ; os seus termos são: 𝟐 ; 𝟑 ; 𝟒 ; 𝟓 ; … ; 𝟏𝟎 ; 𝟏𝟏 ; … ; 𝟏𝟎𝟎 ; … ; 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎 ; … ; 𝒏+𝟏
𝒏
Escreve-se 𝑼𝒏 ⟶ 𝟏 quando 𝒏 ⟶ +∞ou 𝐥𝐢𝐦 (𝒏+𝟏) = 𝟏
𝒏⟶+∞
Uma sucessão que não tem limite diz-se sucessão divergente.
Uma sucessão não pode ter mais que um limite
O limite de uma sucessão constante é a própria constante.
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Limite de um produto
𝐥𝐢𝐦 (𝑼𝒏 ∗ 𝑽𝒏 ) = 𝐥𝐢𝐦 𝑈𝒏 ∗ 𝐥𝐢𝐦 𝑉𝒏
𝒏⟶+∞ 𝒏⟶+∞ 𝒏⟶+∞
Limite de um quociente
𝑼 𝐥𝐢𝐦 𝑼𝒏
𝐥𝐢𝐦 ( 𝑽𝒏 ) = 𝒏⟶+∞ ; desde que 𝐥𝐢𝐦 𝑉𝒏 ≠ 𝟎
𝒏⟶+∞ 𝒏 𝐥𝐢𝐦 𝑽 𝒏 𝒏⟶+∞
𝒏⟶+∞
Limite de um radical
𝐥𝐢𝐦 𝒂√𝑈𝒏 = 𝒂√ 𝐥𝐢𝐦 𝑈𝒏
𝒏⟶+∞ 𝒏⟶+∞
Em geral:
Se o grau do numerador for maior que o grau do denominador, o limite é +∞;
Se o grau do numerador for menor que o grau do denominador, o limite é zero;
Se o numerador e o denominador têm o mesmo grau, o limite é o quociente dos coeficientes
dos termos de maior grau.
2𝑛2 +1
Exemplo1: lim ( ) = +∞, O numerador tem maior grau que o denominador.
𝑛⟶+∞ 𝑛+4
𝑛3 +2
Exemplo2: lim (𝑛5 +1) = 0, O numerador tem menor grau que o denominador.
𝑛⟶+∞
8𝑛2 +6 8
Exemplo3: lim ( ) = = 2, O numerador e o denominador têm o mesmo grau.
𝑛⟶+∞ 4𝑛2 +4𝑛+1 4
Indeterminações
Ao procurarmos o limite de uma sucessão, pode surgir-nos um símbolo de indeterminação somente
como um valor aparente, tornando-se necessário determinar o verdadeiro valor do limite, dizendo-se
para o efeito que temos que levantar a indeterminação.
𝟎 ∞
Veja algumas indeterminações: [ ] ; [ ] ; [𝟎. ∞]; [∞ − ∞]; [𝟏∞ ]; [∞𝟎 ]; [𝟎𝟎 ]
𝟎 ∞
𝟔𝒏+𝟏
Exemplo1: Calcule 𝐥𝐢𝐦 (𝟐𝒏+𝟑)
𝒏⟶+∞
𝟔𝒏+𝟏 𝟔∗∞+𝟏 ∞
Resposta: 𝐥𝐢𝐦 (𝟐𝒏+𝟑) = 𝟐∗∞+𝟑 = [∞], é uma indeterminação. Vamos levantar a indeterminação
𝒏⟶+∞
𝟏 𝟏 𝟏
𝒏(𝟔+ ) (𝟔+ ) (𝟔+ ) 𝟔+𝟎
𝒏 𝒏 +∞
colocando 𝒏 em evidência: 𝐥𝐢𝐦 𝟑 = 𝐥𝐢𝐦 𝟑 = 𝟑 = 𝟐+𝟎 = 𝟑
𝒏⟶+∞ 𝒏(𝟐+ ) 𝒏⟶+∞ (𝟐+ ) (𝟐+ )
𝒏 𝒏 +∞
𝟓𝒏𝟐 +𝒏+𝟔
Exemplo2:Resolve 𝐥𝐢𝐦 (𝟑𝒏𝟐 +𝟑𝒏+𝟏)
𝒏⟶+∞
5𝑛2 +𝑛+6 5∗∞+∞+6 ∞
Resposta: lim = 3∗∞+3∗∞+1 = [∞], é uma indeterminação. Vamos levantar a
𝑛⟶+∞ 3𝑛2 +3𝑛+1
Indeterminação colocando 𝒏𝟐 em evidência:
1 6 1 6 1 6
𝑛2 (5 + 𝑛 + 2 ) (5 + 𝑛 + 2 ) (5 + + +∞) 5 + 0 + 0 5
lim 𝑛 = lim 𝑛 = +∞ = =
3 1 3 1 3 1
(3 + 𝑛 + 2 ) (3 + +∞ + +∞) 3 + 0 + 0 3
𝑛⟶+∞ 2 𝑛⟶+∞
𝑛 (3 + 𝑛 + 2 )
𝑛 𝑛
Limite notável:
𝟏 𝒏
𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + ) = 𝒆
𝒏⟶+∞ 𝒏
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Este limite aplica-se para indeterminações do tipo [𝟏∞ ]. Em sequência disto, se 𝐥𝐢𝐦 (𝑈𝑛 )𝑏𝑛
𝒏⟶+∞
produz uma indeterminação do tipo [𝟏∞ ], o cálculo do limite é dado por:
𝐥𝐢𝐦 (𝑼𝒏 −𝟏)∗𝒃𝒏
𝐥𝐢𝐦 (𝑼𝒏 )𝒃𝒏 = 𝒆𝒏⟶+∞
𝒏⟶+∞
𝟑𝒏+𝟏 𝟐𝒏
Exemplo: Calcule 𝐥𝐢𝐦 ( )
𝒏⟶+∞ 𝟑𝒏
𝟑𝒏+𝟏 𝟐𝒏 𝟑𝒏 𝟏 𝟐𝒏 𝟏 𝟐𝒏 𝟏 𝟐∗∞
Resposta: 𝐥𝐢𝐦 ( ) = 𝐥𝐢𝐦 (𝟑𝒏 + 𝟑𝒏) = 𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + 𝟑𝒏) = (𝟏 + 𝟑∗∞) = [𝟏∞ ], é
𝒏⟶+∞ 𝟑𝒏 𝒏⟶+∞ 𝒏⟶+∞
uma indeterminação. Vamos levantar a indeterminação usando a fórmula dada a cima: 𝐥𝐢𝐦 (𝟏 +
𝒏⟶+∞
𝟏 𝟐𝒏 𝐥𝐢𝐦 (𝟏+
𝟏
−𝟏)∗𝟐𝒏
𝟏
𝐥𝐢𝐦 ( )∗𝟐𝒏
) = 𝒆𝒏⟶+∞ 𝟑𝒏 =𝒆 𝒏⟶+∞ 𝟑𝒏 =
𝟑𝒏
𝟐𝒏 𝟐
𝐥𝐢𝐦 ( ) 𝟐𝒏 𝟐
=𝒆 𝒏⟶+∞ 𝟑𝒏 = 𝒆 , Sendo que 𝐥𝐢𝐦
𝟑 =𝟑.
𝒏⟶+∞ 𝟑𝒏
Sucessão infinitamente pequena e sucessão infinitamente grande
Se 𝑈𝑛 ⟶ 𝑎 𝑒 𝑉𝑛 ⟶ +∞, então 𝐥𝐢𝐦 (𝑈𝒏 ∗ 𝑉𝒏 ) = +∞
𝒏⟶+∞
𝑈𝒏
Se 𝑈𝑛 ⟶ 𝑎 𝑒 𝑉𝑛 ⟶ 0, então 𝐥𝐢𝐦 = +∞
𝒏⟶+∞ 𝑽𝒏
𝑈𝒏
Se 𝑈𝑛 ⟶ 𝑎 𝑒 𝑉𝑛 ⟶ +∞, então 𝐥𝐢𝐦 =𝟎
𝒏⟶+∞ 𝑽𝒏
𝑈𝒏
Se 𝑈𝑛 ⟶ +∞ 𝑒 𝑉𝑛 ⟶ 0, então 𝐥𝐢𝐦 = +∞
𝒏⟶+∞ 𝑽𝒏
Se 𝑈𝑛 ⟶ 𝑎 𝑒 𝑉𝑛 ⟶ +∞,então 𝐥𝐢𝐦 (𝑈𝒏 + 𝑉𝒏 ) = +∞
𝒏⟶+∞
Ou seja: 𝒂𝟐 − 𝒂𝟏 = 𝒂𝟑 − 𝒂𝟐 = 𝒂𝟒 − 𝒂𝟑 = 𝒂𝟓 − 𝒂𝟒 = ⋯ = 𝒂𝒏+𝟏 − 𝒂𝒏 = 𝒅
Exemplo: Considera a sucessão: {𝟒; 𝟕; 𝟏𝟎; 𝟏𝟑; 𝟏𝟔; … },
é uma P.A porque 7 − 4 = 3; 10 − 7 = 3; 13 − 10 = 3; 16 − 13 = 3; …a razão 𝒅 = 3.
Termo geral de uma Progressão aritmética
Seja 𝒂𝟏 ; 𝒂𝟐 ; 𝒂𝟑 ; 𝒂𝟒 ; 𝒂𝟓 ; 𝒂𝟔 ; … ; 𝒂𝒏 …Uma progressão aritmética de razão 𝒅, então:
𝑎2 = 𝑎1 + 𝑑
𝑎3 = 𝑎2 + 𝑑 = 𝑎1 + 𝑑 + 𝑑 = 𝑎1 + 2𝑑
𝑎4 = 𝑎3 + 𝑑 = 𝑎1 + 2𝑑 + 𝑑 = 𝑎1 + 3𝑑
𝑎5 = 𝑎4 + 𝑑 = 𝑎1 + 3𝑑 + 𝑑 = 𝑎1 + 4𝑑
…
…
𝒂𝒏 = 𝒂𝒏−𝟏 + 𝒅 = 𝒂𝟏 + (𝒏 − 𝟏)𝒅
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Resolução:𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑑
𝑎 = 𝑎1 + (20 − 1)𝑑 𝑎 = 𝑎1 + 19𝑑 𝑎 + 19𝑑 = 94 𝑎1 = 94 − 19𝑑
{ 20 ⟹ { 20 ⟹{ 1 ⟹{
𝑎5 = 𝑎1 + (5 − 1)𝑑 𝑎5 = 𝑎1 + 4𝑑 𝑎1 + 4𝑑 = 4 94 − 19𝑑 + 4𝑑 = 4
… 𝑎1 = 94 − 19 ∗ 6 𝑎1 = −20
{−15𝑑 = −90 ⟹ { ⟹{
𝑑=6 𝑑=6
𝒂𝟏𝟐 = 𝑎1 + 11𝑑 ⟹ 𝑎12 = −20 + 11 ∗ 6 = −20 + 66 ⟹ 𝒂𝟏𝟐 = 46
Exemplo1: Achar a soma dos 15 primeiros termos de uma P.A, de razão 𝑑 = 3 e o primeiro termo
𝑎1 = 2.
𝑛
Resolução: 𝑆𝑛 = [2𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑑] ∗ 2
15 15 15
𝑆15 = [2 ∗ 2 + (15 − 1)3] ∗ = (4 + 14 ∗ 3) ∗ = 46 ∗ = 23 ∗ 15 = 345
2 2 2
Exemplo2: Achar a soma dos 6 primeiros termos da sucessão 𝑎𝑛 = 2𝑛 + 1.
Resolução: 𝑎𝑛+1 = 2(𝑛 + 1) + 1 = 2𝑛 + 3 𝑒 𝑎𝑛+1 − 𝑎𝑛 = 2𝑛 + 3 −(2𝑛 + 1)
𝑎𝑛+1 − 𝑎𝑛 = 2𝑛 + 3 − 2𝑛 − 1 = 2, Logo é uma P.A de razão 𝑑 = 2;𝑎1 = 2 ∗ 1 + 1 = 3
𝑛 6
𝑆𝑛 = [2𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑑] ∗ ⟹ 𝑆6 = [2 ∗ 3 + (6 − 1) ∗ 2] ∗
2 2
𝑆6 = [6 + 10] ∗ 3 = 60
NB: Cada termo de uma progressão aritmética é igual à média dos termos adjacentes.
𝐴𝑛−1 + 𝐴𝑛+1
𝐴𝑛 =
2
Progressão geométrica(𝑷. 𝑮)
Consideremos a seguinte sucessão 𝒂𝒏 = {𝟐; 𝟒; 𝟖; 𝟏𝟔; 𝟑𝟐; 𝟔𝟒; … },
4 8 16 32 64
Vemos que 2 = 2; 4 = 2; 8 = 2; 16 = 2; 32 = 2; … isto é, é constante o quociente entre um termo e
o seu antecedente; o número 2 chama-se razão da sucessão.
Uma sucessão 𝒂𝒏 de termos não nulos, diz-se uma progressão geométrica (𝑷. 𝑮) se existe um
𝒂𝒏+𝟏
número real 𝒒 tal que = 𝒒, ∀𝒏 ∈ ℕ, 𝒒 ∈ ℝ.
𝒂𝒏
Professor: João Matangue Arone Matemática 12a Classe Trimestre I 2017 Página 20
Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
A expressão 𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 . 𝒒𝒏−𝟏 , Chama-se termo geral da progressão geométrica porque permite obter
qualquer termo da progressão
Exemplos:
1) Achar o quinto termo de uma PG, se 𝑎1 = 6 𝑒 𝑞 = 3
𝟑𝒏
𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 . 𝒒𝒏−𝟏 ⟹ 𝒂𝒏 = 𝟔. 𝟑𝒏−𝟏 = 𝟔. = 𝟐. 𝟑𝒏 , este é o termo geral da PG.
𝟑
𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 . 𝒒𝒏−𝟏 ⟹ 𝒂𝟓 = 𝟔. 𝟑𝟓−𝟏 = 𝟔. 𝟑𝟒 = 𝟔. 𝟖𝟏 = 𝟒𝟖𝟔 𝒐𝒖
𝒂𝒏 = 𝟐. 𝟑𝒏 ⟹ 𝒂𝟓 = 𝟐. 𝟑𝟓 = 𝟒𝟖𝟔
2) Encontrar 𝑎12 de uma PG, sabendo que 𝑎3 = 4 𝑒 𝑎15 = 16384
Da expressão 𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 . 𝒒𝒏−𝟏 , vem 𝒂𝟑 = 𝒂𝟏 . 𝒒𝟑−𝟏 = 𝒂𝟏 . 𝒒𝟐 = 𝟒 𝒆
𝒂𝟏𝟓 = 𝒂𝟏 . 𝒒𝟏𝟓−𝟏 = 𝒂𝟏 . 𝒒𝟏𝟒 = 𝟏𝟔𝟑𝟖𝟒
𝟒
𝒂𝟏 . 𝒒𝟐 = 𝟒 𝒂𝟏 = 𝒒𝟐 −−−− −−−−
{ 𝟏𝟒 ⟹ {𝟒 ⟹ {𝒒𝟏𝟐 = 𝟒𝟎𝟗𝟔 ⟹ {𝒒 = 𝟏𝟐√𝟒𝟎𝟗𝟔 ⟹
𝒂𝟏 . 𝒒 = 𝟏𝟔𝟑𝟖𝟒 ∗ 𝒒𝟏𝟒 = 𝟏𝟔𝟑𝟖𝟒
𝒒𝟐
𝟒
𝒂𝟏 = 𝟐𝟐 = 𝟏
{ , Dai 𝒂𝟏𝟐 = 𝒂𝟏 . 𝒒𝟏𝟏 = 𝟏. 𝟐𝟏𝟏 = 𝟐𝟎𝟒𝟖
𝒒=𝟐
Propriedades de uma PG
Os produtos dos termos equidistantes dos extremos de uma PG finita são iguais ao produto
dos extremos.
Na PG: 𝒂𝟏 ; 𝒂𝟐 ; 𝒂𝟑 ; 𝒂𝟒 ; 𝒂𝟓 ; 𝒂𝟔 .
𝒂𝟐 ∗ 𝒂𝟓 = 𝒂𝟏 ∗ 𝒂𝟔 ; 𝒂𝟑 ∗ 𝒂𝟒 = 𝒂𝟏 ∗ 𝒂𝟔 ; 𝒂𝟐 𝟐 = 𝒂𝟏 ∗ 𝒂𝟑
Exemplo:
𝒂𝒏 = {𝟏; 𝟐; 𝟒; 𝟖; 𝟏𝟔; 𝟑𝟐}
𝒂𝟐 ∗ 𝒂𝟓 = 𝒂𝟏 ∗ 𝒂𝟔 ⟹ 𝟐 ∗ 𝟏𝟔 = 𝟏 ∗ 𝟑𝟐 𝒆 𝒂𝟑 ∗ 𝒂𝟒 = 𝒂𝟏 ∗ 𝒂𝟔 ⟹ 𝟒 ∗ 𝟖 = 𝟏 ∗ 𝟑𝟐
𝒂𝟐 = 𝒂𝟏 ∗ 𝒂𝟑 ⟹ 𝟐𝟐 = 𝟏 ∗ 𝟒
𝟐
Cada termo de uma PG de termos positivos é igual à média geométrica dos termos
adjacentes.
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Quando não se tem nada, náo há nada a perder. (Bob Dylan, poeta e cantor americano).
Exemplo:
𝒂𝒏 = {𝟑; 𝟔; 𝟏𝟐; 𝟐𝟒; 𝟒𝟖; 𝟗𝟔}
𝑎2 = √𝑎1 ∗ 𝑎3 ⟹ 6 = √3 ∗ 12 = √36 ; 𝑎3 = √𝑎2 ∗ 𝑎4 ⟹ 12 = √6 ∗ 24 = √144
𝑎4 = √𝑎3 ∗ 𝑎5 ⟹ 24 = √12 ∗ 48 = √576
Soma dos 𝒏 primeiros termos de uma PG finita
Seja 𝒂𝟏 ; 𝒂𝟐 ; 𝒂𝟑 ; 𝒂𝟒 ; 𝒂𝟓 ; 𝒂𝟔 ; … ; 𝒂𝒏 uma PG finita de razão 𝒒.
𝟏−𝒒𝒏 𝒒𝒏 −𝟏
A soma dos 𝒏 primeiros termos é dada por: 𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 ∗ ou 𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 ∗
𝟏−𝒒 𝒒−𝟏
Exemplos:
1) Achar a soma de seis primeiros termos de uma PG, sabendo que 𝑎1 = 3; 𝑞 = 2.
𝒒𝒏 −𝟏 𝟐𝟔 −𝟏 𝟔𝟒−𝟏
Resposta: 𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 ∗ ⟹ 𝑺𝟔 = 𝟑 ∗ =𝟑∗ = 𝟑 ∗ 𝟔𝟑 = 𝟏𝟖𝟗
𝒒−𝟏 𝟐−𝟏 𝟏
2) Achar 𝒂𝟏 𝑒 𝒂𝟓 , Sabendo que 𝑞 = 3 𝑒 𝑆5 = 121
𝟑𝟓 −𝟏 𝟐𝟒𝟑−𝟏 𝟐𝟒𝟐
Resposta: 𝑺𝟓 = 𝒂𝟏 ∗ 𝟑−𝟏 = 𝒂𝟏 ∗ 𝟐 = 𝒂𝟏 ∗ 𝟐 = 𝒂𝟏 ∗ 𝟏𝟐𝟏 ⟹ 𝑺𝟓 = 𝒂𝟏 ∗ 𝟏𝟐𝟏 = 𝟏𝟐𝟏
⟹ 𝒂𝟏 = 𝟏 e 𝒂𝟓 = 𝑎1 ∗ 𝑞 4 = 1 ∗ 34 ⟹ 𝒂𝟓 = 81
Professor: João Matangue Arone Matemática 12a Classe Trimestre I 2017 Página 22