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1 INTRODUÇÃO

A história da medicina nuclear se confunde com as descobertas da física nuclear, no


final do século XIX e, cientistas das diversas áreas de química, física, medicina, farmacologia
e engenharia contribuíram para o seu desenvolvimento. Os expoentes mais significativos
foram George Hevesy (1885-1966), Pierre Curie (1865-1906) e Marie Curie (1867-1934). Em
1950, o primeiro mapeador retilíneo foi construído por Benedict Cassen. O primeiro scanner
de corpo inteiro foi desenvolvido pelo físico H. Anger, em 1951. O refinamento e a
sofisticação da medicina nuclear começaram na década de 70, com a utilização de cristais de
diâmetros maiores, com a introdução da técnica da tomografia computadorizada, por George
Hounsfield e com a técnica de emissão tomográfica, proposta por David Kuhll, em 1971. No
final dos anos 70, gama câmara do tipo SPECT (Single-Photon Emission
ComputerTomography) são desenvolvidas por R. Jaszczak e, em 1971, Ter-Pogossian
desenvolve as câmaras PET (Positron Emission Tomography) (CASTRO-JR, 2000) .
A medicina nuclear é a área da medicina onde são utilizados os radioisótopos e
técnicas de física nuclear, tanto em diagnose como em terapias e estudo de doenças. A lista de
indicações clínicas em medicina nuclear está aumentando, em virtude dos avanços nos
processos de imagens digitais e da existência de radiosótopos mais eficazes (BONTRAGER,
2006). A riqueza da capacidade diagnóstica da medicina nuclear reside na diversidade dos
radiofármacos disponíveis. Aproximadamente 95% dos radiofármacos são empregados com o
propósito de diagnóstico, sendo o restante usado em terapêutica. Em certo sentido, os
melhores são aqueles que retratam a fisiologia do sistema em estudo (THRALL, 2005).
Na medicina nuclear a imagem do corpo é obtida de dentro para fora, de forma
dinâmica, e possibilita a reconstrução computadorizada da anatomia seccional
(BONTRAGER, 2006). Os radiotraçadores, geralmente na forma de radiofármacos
complexos, são administrados internamente. A imagem médica é baseada na interação da
energia com os tecidos biológicos. A natureza da informação disponível em cada modalidade
é determinada pela natureza dessas interações (THRALL, 2005). Radioisótopos administrados
a pacientes “passam” a emitir suas radiações do órgão alvo (CARDOSO, 2003).
O iodo radioativo (I-131) foi o primeiro radiofármaco de importância clínica utilizado
em medicina nuclear (THRALL, 2005). O iodo, radioativo ou não, é absorvido pelo
organismo humano preferencialmente pela glândula tireóide, onde se concentra. O iodo-131,
por apresentar características ideais para aplicação em medicina, emissor de radiação β-,
obtido por fissão, com 364 keV de energia γ principal, além de ter 8,1 dias de meia-vida
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física, também pode ser usado em terapia para eliminar lesões, identificada nos
radiodiagnósticos da tireóide, aplicando-se, nesse caso, uma dose maior do que a usada nos
diagnósticos (CARDOSO, 2003).
O controle de qualidade dos radiofármacos marcados com iodo é importante para
reduzir a irradiação indesejada na tireóide, que é uma região bastante radiossensível
(THRALL, 2005). Nestes exames, a irradiação da pessoa é inevitável, mas deve-se cuidar
para que ela seja a menor possível, sendo a mesma suficiente para ser detectada externamente,
nunca excessiva (OKUNO, 1998). Para o mapeamento da tireóide, os radionuclídeos mais
usados são o iodo-131 e o iodo-123 na forma de iodeto de sódio, e o tecnécio-99 metaestável
na forma de pertecnetato de sódio. Os mapas podem fornecer informações sobre o
funcionamento da tireóide, seja ela hiper, normal ou hipofuncionante, além de detectar
tumores (OKUNO, 1998).
A tireóide localiza-se anteriormente à traquéia, no pescoço, tem forma de borboleta,
pesa normalmente em torno de 30g e é composta por lobos laterais, direito e esquerdo, unidos
conectados por uma massa de tecido, chamada istmo. Os hormônios produzidos por ela são a
tiroxina, a triiodotironina e a calcitonina. Eles ativam a respiração celular, aumentam a
freqüência dos batimentos cardíacos e os estímulos nervosos e ajustam o controle de peso do
corpo. O funcionamento da tireóide influi muito no comportamento das pessoas e depende de
como o iodo é por ela absorvido (CARDOSO, 2003). Os hormônios tireoidianos regulam a
utilização de oxigênio e o metabolismo basal, o metabolismo celular, o crescimento e
desenvolvimento (TORTORA, 2002).
Atualmente, utilizam-se métodos preliminares e complementares à cintilografia na
avaliação da tireóide, tais como o controle das dosagens séricas de hormônios tireoidianos,
além da ultra-sonografia e estudos citológicos obtidos pelo método de punção por agulha fina
(PAAF). Todos estes procedimentos têm obtido resultados também satisfatórios, auxiliando
bastante na prevenção e/ou detecção precoce de nódulos benignos e carcinomas tireóideos,
afastando a realização de cirurgias desnecessárias, oferecendo assim uma melhor qualidade de
vida ao paciente.
O presente estudo objetiva avaliar a aplicabilidade do procedimento de cintilografia
(SPECT), com a sua tecnologia de obtenção de imagem, na investigação das disfunções da
glândula tireóide, bem como suas vantagens ou desvantagens em relação a outros métodos
existentes. E justifica-se pelo alto índice de acometimentos tireóideos disfuncionais na
população brasileira e mundial.

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