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Contabilidade
e Custos
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Contabilidade e Custos,
parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autôno-
mo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as)
uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5
1 CONTABILIDADE: NATUREZA, IMPORTÂNCIA E FINALIDADE............................... 7
1.1 Contabilidade de Custos................................................................................................................................................8
1.2 Objetivos..............................................................................................................................................................................9
1.3 Campos de Aplicação.....................................................................................................................................................9
1.4 Princípios Contábeis Aplicados a Custos..............................................................................................................12
1.5 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................13
1.6 Atividades Propostas....................................................................................................................................................14
2 CUSTOS DIRETOS................................................................................................................................. 15
2.1 Definição...........................................................................................................................................................................15
2.2 Materiais Diretos............................................................................................................................................................16
2.3 MOD....................................................................................................................................................................................17
2.4 Avaliação de Estoque...................................................................................................................................................19
2.5 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................25
2.6 Atividades Propostas....................................................................................................................................................26
3 CUSTOS INDIRETOS............................................................................................................................ 27
3.1 Definição...........................................................................................................................................................................27
3.2 Custos Indiretos de Fabricação (CIFs)....................................................................................................................27
3.3 Centro de Custos............................................................................................................................................................29
3.4 Outros Custos..................................................................................................................................................................34
3.5 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................35
3.6 Atividades Propostas....................................................................................................................................................36
Caro(a) aluno(a),
A contabilidade é uma ciência que utiliza uma série de técnicas para manter um controle perma-
nente do patrimônio da empresa. Com ela, temos uma eficiente ferramenta para a geração de informa-
ções gerenciais, fiscais, econômicas e financeiras de uma entidade.
As entidades com fins lucrativos, como indústria, comércio e serviços, precisam apurar, em decor-
rência das normas contábeis e fiscais, os respectivos custos, para apurarem o resultado.
A contabilização dos custos é realizada com auxílio de informações extracontábeis, como controles
de estoques, rateios de custos indiretos, horas de produção etc. Todos esses elementos originam a “con-
tabilidade de custos”, que possui como finalidade a solução de problemas de avaliação dos estoques das
empresas. À medida que o tempo foi passando, as técnicas foram evoluindo e a contabilidade de custos
passou a gerar informações para a tomada de decisões gerenciais.
Esta apostila e a disciplina como um todo buscam apresentar uma definição da contabilidade de
custos e suas principais aplicações. Além disso, são propostos alguns exercícios para fixação dos concei-
tos.
Todos os exemplos aqui demonstrados são exemplos meramente ilustrativos. Em situações reais,
deve-se verificar a adequação dos cálculos à efetiva realidade contábil da empresa.
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CONTABILIDADE: NATUREZA,
1 IMPORTÂNCIA E FINALIDADE
Bens
PATRIMÔNIO = Direitos
Obrigações
Atenção
Empresa é uma unidade de produção que parte dos proprietários quanto de possíveis inves-
resulta da combinação de fatores da produção, tidores.
tais como: a natureza, o trabalho e o capital, sen- A contabilidade abrange todas as entidades
do constituída para o desenvolvimento de uma econômico-administrativas, até mesmo as pes-
atividade econômica. soas de direito público, como a União, os estados,
Uma das finalidades da contabilidade é for- os municípios etc. Para um melhor entendimento,
necer informações sobre o patrimônio, ou seja, é dividida em áreas, o que não as torna matérias
informações de ordem econômica e financeira diferentes, uma vez que tratam do mesmo assun-
que irão facilitar a tomada de decisões, tanto por to: o patrimônio. Assim, ela pode ser dividida em:
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Áreas da Contabilidade
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Contabilidade e Custos
1.2 Objetivos
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Custos
matéria-prima consumida;
mão de obra produtiva;
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Propaganda e publicidade.
Impostos sobre vendas. Faturamento e cobrança.
Receitas de vendas Custos das vendas. Aluguéis e depreciação de imóveis,
Fretes e comissões. móveis e utensílios.
Despesas gerais de vendas.
Propaganda e publicidade.
Impostos sobre serviços. Faturamento e cobrança.
Receitas de serviços Custos dos serviços prestados. Aluguéis e depreciação de imóveis,
Comissões. móveis e utensílios.
Despesas gerais de vendas.
Perdas Desperdícios
São considerados perdas os gastos anor- São os gastos originados dos processos pro-
mais ou involuntários que não geram um novo dutivos ou de geração de receitas e que podem
bem ou serviço e, muito menos, receitas. Saiba ser descartados sem prejuízo da qualidade ou
que esses gastos não possuem nenhuma relação quantidade de bens, serviços ou receitas gerados.
com as operações da empresa e, normalmente, No mundo globalizado em que vivemos, manter
ocorrem de fatos não previstos. Exemplos: desperdício é sinônimo de prejuízo, visto que ele
não pode ser repassado para os preços. Veja al-
vazamentos de materiais; guns exemplos:
material com prazo de validade venci-
do; cargos intermediários de chefia e su-
paralisação por falta de insumos; pervisão desnecessários;
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Os princípios contábeis podem ser concei- novos fatos socioeconômicos ou outros fatores e
tuados como premissas básicas acerca dos fenô- pontos de vista, um princípio poderá ser modifi-
menos e eventos contemplados pela Contabilida- cado, para atender às inovações ocorridas na vida
de; premissas que são a cristalização da análise e empresarial.
observação da realidade econômica, social e ins- Os princípios contábeis, como disciplinado-
titucional (EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP, res, por meio da escrituração dos fatos e transa-
1998). ções, na elaboração de demonstrativos, devem
Os princípios contábeis servem de suporte permitir aos demais usuários fixar padrões de
aos postulados, procurando delimitar e posicio- comparabilidade e credibilidade, em função do
nar a profissão em relação à realidade social, eco- conhecimento dos critérios adotados na elabora-
nômica e institucional. Em função da evolução ção dessas demonstrações.
da técnica contábil, modificações na legislação,
Atenção
Com base nas Resoluções nos 750/93 e 774/94 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que dispõem sobre
os Princípios Fundamentais de Contabilidade no Brasil, selecionaram-se os seguintes princípios relacionados à
contabilidade de custos:
Princípio da Realização da Receita
Art. 9º
[...]
§ 3º As receitas consideram-se realizadas:
I - nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme
de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer
pela fruição de serviços por esta prestados; [...]. (CFC, 1993).
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Atenção
Caro(a) aluno(a),
contabilidade de custos;
contabilidade bancária;
contabilidade pública.
Demos ênfase à contabilidade de custos, bem como aos seus princípios. A contabilidade de custos
trata dos gastos incorridos na produção de bens e serviços, e tem aplicação em empresas em que se faz
necessário o controle dos gastos inerentes à produção de bens e serviços. Podemos dividir a contabilida-
de de custos em:
contabilidade de serviços;
contabilidade industrial.
indústria;
comércio;
prestadoras de serviços;
empresas extrativas de recursos naturais (minerais, florestais, pesqueiras, agropastoris etc.).
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Abordamos, ainda, o conceito de gastos e sua classificação. Saiba que os gastos ocorrem a todo
instante dentro de uma empresa e devem ser definidos como consumo genérico de bens e serviços,
podendo ser classificados em:
investimentos;
custos;
despesas;
perdas ou desperdícios.
Os princípios contábeis também foram tratados neste capítulo e eles podem ser conceituados
como premissas básicas acerca dos fenômenos e eventos contemplados pela contabilidade.
Estamos quase terminando este capítulo, mas, antes, vamos verificar se você fixou bem os conteú-
dos descritos anteriormente, elaborando com muita atenção as atividades propostas a seguir, lembran-
do que, ao final desta apostila, você encontrará as respectivas soluções.
1. O que é contabilidade? Como podemos constituir o capital inicial de uma empresa? Indique as
operações mais comuns que movimentam o patrimônio das empresas.
2. Defina empresa e indique três documentos que servem de suporte para os registros contábeis.
3. Em seu entendimento, o que seria a gestão de uma empresa? Qual é o papel da escrituração?
4. Defina contabilidade de custos e indique seus principais objetivos. Quais são seus principais
campos de aplicação?
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2 CUSTOS DIRETOS
2.1 Definição
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Vamos comentar os principais custos dire- para cada unidade fabricada, for utili-
tos: zada uma embalagem, nos custos de
produção de cada unidade, haverá um
matérias-primas: é possível controlar gasto equivalente ao custo de uma em-
o custo, por exemplo, com a utilização balagem;
de uma planilha que irá identificar a MOD: é equivalente às horas de mão de
quantidade consumida por lote ou uni- obra que foram identificadas para cada
dade fabricada (quilograma, metro cú- produto, ou seja, podemos realizar um
bico, metro); controle do tempo que um operário le-
embalagens e outros materiais dire- vou para a fabricação de um produto e
tos: de maneira similar ao que ocorre que irá representar a MOD. Em outras
com as matérias-primas, o custo desta palavras, os encargos trabalhistas e pre-
modalidade pode ser identificado em videnciários da MOD vão representar os
cada lote ou unidade produzida. Se, custos diretos.
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2.3 MOD
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TOTAL 17.870,00
Nota: * O vale-transporte e o PAT devem ser contabilizados como custos pelos seus valores totais, diminuindo-se o valor re-
cuperado em folha, em contas distintas: uma para registrar o valor total do custo e outra, de natureza credora, para registrar
o valor dos reembolsos ocorridos para a empresa pelos trabalhadores.
Valoração Unitária
Exemplo:
CENTRO DE CUSTO TOTAL MOD (R$) HORAS DE ATIVIDADES CUSTO HORA (R$)
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mantidos para venda no curso dos ne- a valoração pelo custo médio de entra-
gócios; da;
em processo de produção para poste- a valoração pelo custo de aquisição
rior venda no curso dos negócios; mais recente (conhecida como PEPS);
constituídos de materiais ou suprimen- a valoração pelo custo de aquisição
tos a ser consumidos no processo de mais antigo (conhecida como Último a
produção ou na prestação de serviços Entrar, Primeiro a Sair – UEPS).
que constitua exploração de negócios
da entidade. A seguir, veja o detalhamento de tais méto-
dos de valoração.
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Observe-se que, a cada entrada, o custo Dentro desse procedimento, o estoque é re-
médio variou, mas a baixa (saída) foi efetivada presentado pelos mais recentes valores de aqui-
num único lote, alterando, dessa forma, o Custo sição ou produção, apresentando, dessa forma,
da Mercadoria Vendida (CMV). uma relação mais próxima com o custo de repo-
No exemplo 1, o CMV será de R$ 1.539,13 sição.
+ R$ 2.838,51 + R$ 1.190,79 + R$ 572,70 = R$ No PEPS, o efeito da flutuação do custo de
7.681,91. No exemplo 2, será de R$ 7.690,91. A aquisição sobre os resultados é significativo, pois
diferença entre 1 e 2 (R$ 9,00) está nos estoques as saídas são confrontadas com os custos mais
finais. antigos, podendo gerar, num ambiente de custos
O custo médio ponderado é o método con- crescentes, um maior lucro contábil. Ao contrá-
sagrado, tanto pela legislação fiscal quanto pelas rio, se os custos forem decrescentes (ambiente
normas contábeis, para valoração dos estoques. em que os preços tendem a cair), o método PEPS
pode resultar num lucro menor. Na estabilidade
de preços, há pouca variação de lucro, em relação
PEPS
ao método de custeio pela média.
Vamos exemplificar utilizando a mesma
Com base nesse método, também conheci- movimentação que apresentamos no custo mé-
do como First In, First Out (FIFO), apura-se o custo dio. Pelo PEPS, a avaliação do CMV ficaria:
em base histórica. À medida que ocorrem as saí-
das, a baixa no estoque é realizada a partir das pri-
meiras compras, o que equivale ao raciocínio de
que consumimos primeiro as primeiras unidades
adquiridas/produzidas, ou seja, a primeira unida-
de a entrar no estoque é a primeira a ser utilizada
no processo de produção ou a ser vendida.
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Como se observa nessa movimentação, os conclui-se que o lucro da empresa, no período, foi
estoques finais pelo método PEPS foram de R$ maior em R$ 190,91, em relação ao custo médio,
1.900,00 (se fosse pelo custo médio, o estoque fi- em decorrência da utilização do método PEPS.
nal seria de R$ 1.709,09). O CMV foi de R$ 7.500,00
(pelo custo médio, seria de R$ 7.690,91). Portanto,
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UEPS
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Contabilidade e Custos
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, abordamos a definição e algumas características dos custos diretos. Vimos que os
custos diretos estão ligados a cada tipo de bem ou função de custo e são aqueles diretamente incluídos
no cálculo dos produtos, sem que seja necessário fazer rateios ou estimativas.
Exemplos de custos diretos:
matérias-primas consumidas;
MOD;
serviços subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços.
Também foi trabalhado o conceito de materiais diretos. Saiba que, sempre que adquirirmos as
matérias-primas, componentes, subprodutos e produtos acabados ou em processo, estes devem ser ava-
liados pelo seu custo de aquisição ou produção, de acordo com a sua documentação de compra ou de
produção, com a devida dedução de todos os impostos pagos na aquisição e que resultem em créditos
efetivos a ser abatidos dos impostos a pagar sobre as saídas de produtos tributados por esses mesmos
impostos.
Exemplos de materiais diretos:
matéria-prima;
material de embalagem;
produtos intermediários;
outros materiais aplicados na produção.
Tratamos também do conceito de MOD, que é a soma de todos os fatores diretamente associados
ao pessoal de produção na indústria. Por último, trabalhamos os conceitos de estoques, que são ativos
tangíveis ou aplicações de recursos, visando à sua obtenção:
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Agora que terminamos este capítulo, vamos verificar se você fixou bem os conteúdos descritos
anteriormente, elaborando com muita atenção as atividades propostas a seguir, lembrando que, ao final
desta apostila, você encontrará as respectivas soluções.
1. O que diz o Parecer Normativo CST nº 6/79 com relação ao método de valoração de estoque ao
custo médio?
3. Considerando uma indústria, informe os valores considerados na formação dos custos para:
a) materiais diretos;
b) MOD.
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3 CUSTOS INDIRETOS
3.1 Definição
MOI;
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Exemplo:
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Exemplo: contabilização de custos de ma- Observa-se que os custos diretos são atri-
nutenção de equipamentos do setor de acaba- buídos diretamente aos produtos e os custos in-
mento: diretos devem antes ser alocados (distribuídos)
pelos vários centros de custos, para só então ser
D – Manutenção – Acabamento (Custo de transferidos aos produtos. Tal processo indireto
Produção) de transferência sucessiva dos custos, primeiro
nos centros de custos da empresa e, após, sobre
C – Fornecedores (Passivo Circulante)
os produtos, denomina-se rateio de custos indi-
R$ 1.000,00 retos.
Um critério bastante simples de rateio é di-
Rateio dos CIFs vidir o valor dos CGFs por determinado padrão
comum na fábrica. Esse padrão pode ser:
Os CIFs, se analisados individualmente, têm
pouca identificação direta com o produto, em ter- número de horas de mão de obra apli-
mos de mensuração efetiva. Entre eles, podem ser cada (base “hora/homem”);
citados: manutenção de equipamentos, deprecia- número de horas de atividades do ma-
ção, seguros, vigilância, aluguéis, energia elétrica, quinário fabril (base “hora/máquina”);
pró-labore do diretor de produção etc. metragem quadrada existente no setor
Devem-se atribuir os custos indiretos ao etc.
processo de produção, entre as diversas unidades
operacionais autônomas, denominadas “centros
de custos”, que constituem a menor unidade de
acumulação de custos na empresa.
Exemplo: CGF no mês: R$ 1.000.000,00. Distribuição entre os diversos centros de custos, segundo
critério de “horas/máquinas”:
Numa empresa com poucos centros de cus- rios departamentos, cada um contendo seus res-
tos e com relativa simplicidade de produção, é pectivos centros de custos, o rateio precisa aten-
fácil alocar os custos indiretos por um único crité- der a uma correspondência mais casual.
rio de rateio, como exemplificado anteriormente, Os custos indiretos são, pois, setorizados,
seja em horas/máquinas, horas/homens ou outro comumente por meio de um instrumento que
critério simples, porém, numa indústria com vá- denominamos “mapa de localização de custos”.
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• depreciação e manutenção;
• mão de obra indireta;
• material indireto;
• custos gerais.
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Entretanto, os seguintes custos foram apurados, tendo que ser distribuídos entre os centros respec-
tivos utilizando critério de rateio, pois não podem ser identificados especificamente:
Pró-labore R$ 10.000,00
Água R$ 1.000,00
Seguros R$ 900,00
Vigilância R$ 2.100,00
TOTAL R$ 31.100,00
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Pró-Labore 10.000,00 1.108,80 1.455,31 970,20 1.247,40 1.524,60 1.094,94 762,30 1.178,10 658,35
INSS Pró-Labore 2.000,00 221,76 291,06 194,04 249,48 304,92 218,99 152,46 235,62 131,67
Salários
7.000,00 776,16 1.018,71 679,14 873,18 1.067,22 766,46 533,61 824,67 460,85
Supervisores
Encargos
5.100,00 565,49 742,20 494,80 636,18 777,55 558,42 388,77 600,83 335,76
Supervisores
TOTAL MOI R$ 24.100,00 2.672,21 3.507,28 2.338,18 3.006,24 3.674,29 2.638,81 1.837,14 2.839,22 1.586,63
Energia Elétrica R$ 3.000,00 354,33 472,44 425,20 295,28 685,05 330,71 165,36 212,61 59,02
Água 1.000,00 130,04 161,44 152,47 134,53 170,40 103,14 67,26 53,81 26,91
Seguros 900,00 117,04 145,29 137,22 121,08 153,36 92,83 60,54 48,42 24,22
Vigilância 2.100,00 273,10 339,01 320,18 282,51 357,85 216,59 141,26 113,00 56,50
TOTAL Outros R$ 4.000,00 520,18 645,74 609,87 538,12 681,61 412,56 269,06 215,23 107,63
Após tais alocações, teremos o seguinte resumo de alocação de CGFs, por centro de custo:
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Depreciação 2.850,00 450,00 650,00 300,00 250,00 700,00 150,00 100,00 50,00 200,00
Manutenção 1.510,00 250,00 300,00 150,00 100,00 400,00 120,00 110,00 30,00 50,00
MOI 24.100,00 2.672,21 3.507,28 2.338,18 3.006,24 3.674,29 3.638,81 1.837,14 2.839,22 1.586,63
Energia
3.000,00 354,33 472,44 425,20 295,28 685,05 330,71 165,36 212,61 59,02
Elétrica
Outros 4.000,00 520,18 645,74 609,87 538,12 681,61 412,56 269,06 215,23 107,63
TOTAL 35.460,00 4.246,72 5.575,46 3.823,25 4.189,64 6.140,95 3.652,08 2.481,56 3.347,06 2.003,28
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São aqueles cujos valores têm pequena ou São custos que são fixos numa determinada
nenhuma relação com o volume de produção da faixa de produção, mas variam se há uma mudan-
empresa. ça nessa faixa.
Exemplos: Exemplos:
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Caro(a) aluno(a),
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os custos indiretos ao processo de produção, entre as diversas unidades operacionais autônomas, de-
nominadas “centros de custos”, que constituem a menor unidade de acumulação de custos na empresa.
Numa empresa com poucos centros de custos e com relativa simplicidade de produção, é fácil
alocar os custos indiretos por um único critério de rateio. Os custos indiretos são, pois, setorizados, comu-
mente por meio de um instrumento que denominamos “mapa de localização de custos”.
O critério de rateio adotado para alocação no mapa de custos é o seguinte:
Saiba que, além dos custos diretos e indiretos, temos outros tipos. São eles:
custos fixos: são aqueles cujos valores têm pequena ou nenhuma relação com o volume de
produção da empresa. Exemplos: aluguel de imóveis utilizados na produção de bens e servi-
ços; MOI (supervisores e gerentes de produção); pró-labore do diretor de produção; honorários
de vigilância das instalações produtivas etc.;
custos semifixos: são custos que são fixos numa determinada faixa de produção, mas variam
se há uma mudança nessa faixa. Exemplos: remuneração por meta de produtividade dos em-
pregados; horas extras do controle de qualidade, para lotes de produção que extrapolarem
o limite de análise em período normal; manutenção preventiva para atender à demanda de
utilização de horas de máquinas e equipamentos;
custos variáveis: são aqueles cujos valores alteram-se em função do volume de produção ou
atividades. Exemplos: matéria-prima consumida; serviços de terceiros, remunerados por peça
aplicada em unidades produzidas; material de embalagem nos produtos acabados;
custos primários: compreendem a soma da matéria-prima e da MOD e não são incluídos no
custo primário dos demais custos diretos;
custos de transformação: também chamados custos de conversão, compreendem a soma de
todos os custos de produção, exceto os relativos a matérias-primas.
Agora que terminamos este capítulo, vamos verificar se você fixou bem os conteúdos descritos
anteriormente, elaborando com muita atenção as atividades propostas a seguir, lembrando que, ao final
desta apostila, você encontrará as respectivas soluções.
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SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE
4 CUSTOS
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4.1 CPV
Saiba mais
CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF
Composição dos custos de produção, segundo o §
Sendo que: 1º do art. 13 do Decreto-Lei nº 1.598/77
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Contabilidade e Custos
Com esse sistema, podemos ter uma visão de medidas de redução e melhoramento de pro-
mais ampla dos custos por meio de uma criteriosa cessos, ajudando, assim, as empresas a ficar cada
análise das atividades executadas dentro da em- vez mais eficientes e lucrativas. Ainda, ele permite
presa, relacionando-as com os objetos de custos. aos gerentes uma atuação eficaz sobre o compor-
O ABC possui como principal fundamento buscar tamento dos custos da organização.
o princípio da causa/ação, ou seja, rastrear e iden- Basicamente, o processo consiste em atri-
tificar o agente causador do custo, para lhe impu- buir os custos às atividades e, em seguida, ocorre
tar o valor. a atribuição dos custos das atividades aos pro-
Martins (2003, p. 87), informa que o ABC “é dutos. Para isso, é preciso rastrear os custos que
uma metodologia de custeio que procura redu- cada atividade causou, atribuindo-lhes valores, e
zir sensivelmente as distorções provocadas pelo finalmente é feita uma verificação dos portadores
rateio arbitrário dos custos indiretos.” Com ele, os finais de custos, que realizarão o consumo dos
custos ficam claramente identificados e são alvos
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serviços das atividades; só então é feita a atribui- maior facilidade para as empresas de
ção dos custos definidos. serviços, devido às dificuldades na
Conforme Eller (2000, p. 82), “o Custeio Ba- identificação de seus custos, gastos e
seado em Atividades parte da premissa de que as despesas;
diversas atividades desenvolvidas geram custos e redução de rateios arbitrários;
que os produtos consomem essas atividades.” Por atende aos princípios fundamentais de
sua vez, Nakagawa (2001, p. 42) conceitua ativi- contabilidade;
dade “como um processo que combina, de forma necessita de constantes revisões de
adequada, pessoas, tecnologias, materiais, méto- controles internos, proporcionando,
dos e seu ambiente, tendo como objetivo a pro- assim, uma melhor visualização dos flu-
dução de produtos.” xos dos processos;
Caro(a) aluno(a), para estudar o sistema melhor identificação dos itens que es-
ABC, devemos pensar em todos os processos de tão consumindo mais recursos;
produção e nas atividades envolvidas, seja de um
o custo de cada atividade, em relação
produto ou um serviço. As prioridades para a atri-
aos custos totais da entidade, é identi-
buição de custos para as atividades são:
ficado;
grande flexibilidade de implantação em
alocação direta: é feita quando temos
vários setores empresariais;
uma identificação objetiva dos itens
dos custos de algumas atividades; gera informações para gestão econô-
mica, custo de oportunidade e custo de
rastreamento: é feito por meio de uma
reposição, possibilitando, assim, o fim
alocação que se baseia na relação de
ou até mesmo a redução das atividades
causa e efeito entre a ocorrência da ati-
que não agregam valor ao produto.
vidade e a geração de custos;
rateio: é feito quando não existe a pos-
sibilidade de utilizar a alocação direta e Principais desvantagens:
o rastreamento.
implantação com altos gastos;
Para realizar a implementação do ABC, de- implantação e avaliação de altos níveis
vemos analisar cuidadosamente todo o sistema de controles internos;
de controle interno da entidade. Caso esse pro- constante revisão e manipulação de um
cedimento seja deixado de lado ou seja feito de grande número de dados;
maneira pouco criteriosa, podemos inviabilizar a reorganização da empresa para realizar
aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz. a implantação do sistema;
Para efeito comparativo, vamos, agora, problemas de aceitação e envolvimen-
apresentar as vantagens e desvantagens da apli- to dos empregados da empresa e pro-
cação do método ABC. blemas com a integração das informa-
ções entre departamentos;
Principais vantagens: falta de mão de obra qualificada;
necessidade de procedimentos pa-
por meio da redução do rateio, são for- drões;
necidas à gerência informações mais não é aceito pelo Fisco;
confiáveis; maior preocupação em gerar informa-
ções estratégicas do que em usá-las.
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ABC
UNIDADES
PRODUTOS CUSTOS UNITÁRIOS (R$) CUSTOS TOTAIS (R$)
PRODUZIDAS
Mesa 259,27 104 26.964,06
Cadeiras 188,94 86 16.248,84
Aparadores 218,85 10 2.188,50
Total 45.401,40
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Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, abordamos o sistema de acumulação de custos, que é a maneira que os custos são
repassados aos produtos fabricados. Saiba que o fato de a contabilidade apurar os custos de cada centro
não significa que sua tarefa está concluída, pois o objetivo da contabilidade de custos é valorar os esto-
ques e, também, determinar o CPV.
Basicamente, o esquema de trabalho na apuração dos custos é:
Então, para formar o valor do custo de cada produto, devemos utilizar um critério específico e coe-
rente (regular), de acordo com uma metodologia lógica, racional. Existem dois sistemas básicos de pro-
dução: o sistema de produção por encomenda e o sistema de produção contínua.
Outro tema abordado neste capítulo foi o ABC, que possui como principal fundamento buscar o
princípio da causa/ação, ou seja, rastrear e identificar o agente causador do custo, para lhe imputar o va-
lor. Com esse sistema, podemos ter uma visão mais ampla dos custos, por meio de uma criteriosa análise
das atividades executadas dentro da empresa, relacionando-as com os objetos de custos.
Basicamente, o processo consiste em atribuir os custos às atividades e, em seguida, ocorre a atri-
buição dos custos das atividades aos produtos. Para isso, é preciso rastrear os custos que cada atividade
causou, atribuindo-lhes valores, e finalmente é feita uma verificação dos portadores finais de custos, que
realizarão o consumo dos serviços das atividades; só então é feita a atribuição dos custos definidos.
As prioridades para a atribuição de custos para as atividades são:
alocação direta;
rastreamento;
rateio.
Para realizar a implementação do ABC, devemos analisar cuidadosamente todo o sistema de con-
trole interno da entidade. Caso esse procedimento seja deixado de lado ou seja feito de maneira pouco
criteriosa, podemos inviabilizar a aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz.
As demandas do mercado, cada vez mais competitivo, devem pesar na decisão de implantação do
sistema ABC, visto que os custos de implantação e acompanhamento, o recurso humano necessário, os
produtos envolvidos, as necessidades dos gestores etc. devem ser analisados para que se dimensionem
as vantagens e desvantagens para cada instituição.
Agora que terminamos este capítulo, vamos verificar se você fixou bem os conteúdos descritos
anteriormente, elaborando com muita atenção as atividades propostas a seguir, lembrando que, ao final
desta apostila, você encontrará as respectivas soluções.
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5 CUSTOS NAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS
Devemos saber que a execução de subem- “Os serviços devem ser registrados não só
preitada ou locação de serviços de terceiros é pelo seu ‘faturamento’ pela contabilidade de cus-
registrada como custo de serviços pelo seu valor tos”, mas pela sua efetiva utilização. Veja o exem-
total incorrido. plo a seguir: certa empresa subcontratou parte
da execução com terceiros. O contrato estabelece
Dicionário que ela pague R$ 400,00 por tarefa concluída. No
final do mês, verificou-se que os seguintes servi-
Subempreitada: cessão que faz a outrem o em- ços estavam em andamento e que as seguintes
preiteiro da sua empreitada ou de parte dela.
tarefas contratadas com terceiros foram incorri-
das:
Realizamos o rateio quando executamos
dois ou mais serviços, lembrando que devemos serviço X – incorreu em 40 tarefas com
nos basear no contrato ou, se este for omisso terceiros;
quanto ao valor de cada serviço, nas horas totais serviço Y – incorreu em 80 tarefas.
aplicadas em cada serviço.
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Devemos contabilizar, de acordo com a con- Algumas distorções no custo dos serviços
tabilidade de custos, com base no contrato de su- vão aparecer devido à contabilização pelo “re-
bempreitada com terceiros, os seguintes dados: gime de caixa” ou por ocasião do faturamento.
Sendo assim, a contabilidade de custos precisa
1. Pela aplicação de subempreitadas para ter controles próprios para apropriar adequada-
o serviço X: R$ 400,00 x 40 tarefas = R$ mente os contratos de locação ou de mão de obra
16.000,00. com terceiros.
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Exemplo:
TOTAL 35.740,00
Atenção
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Valoração Unitária
Contabilização
MOI;
energia;
depreciação;
manutenção das instalações em que os
serviços são executados;
custo da direção;
outros.
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Exemplo:
Saiba mais
Podemos calcular o custo de serviços ven- Sfi = Saldo Final dos Serviços em Anda-
didos em determinado período pela seguinte fór- mento.
mula:
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2. Transferência da MOD:
D – Serviços em Andamento (Estoques)
C – Transferência – MOD (Conta de Custo) R$ 300.000,00
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, abordamos a contabilidade de serviços, que trata dos gastos incorridos na presta-
ção de serviços. Nela, os custos podem ser representados por:
serviços de terceiros;
materiais diretos;
MOD;
custos gerais de serviços.
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1. Qual é a diferença dada ao tratamento dos valores considerados na formação dos custos dos
materiais diretos aplicados nos serviços?
3. Calcule o lucro bruto de uma sociedade anônima que, de acordo com sua contabilidade, possui
os seguintes dados:
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
Capítulo 1
1. Contabilidade é uma ciência que utiliza uma série de técnicas para manter um controle per-
manente do patrimônio da empresa. O capital inicial de uma empresa poderá ser constituído
somente por dinheiro, somente por bens (casa, carro, mobiliários etc.) ou parte em dinheiro e
parte em bens. As operações mais comuns que movimentam o patrimônio das empresas são
as compras, as vendas, os pagamentos e os recebimentos.
2. Empresa é uma unidade de produção que resulta da combinação de fatores da produção, tais
como: a natureza, o trabalho e o capital, sendo constituída para o desenvolvimento de uma
atividade econômica. Os três documentos que servem de suporte para os registros contábeis
são as notas fiscais, as duplicatas e as notas promissórias.
4. A contabilidade de custos pode ser definida como um conjunto de registros específicos, basea-
dos em escrituração regular (contábil), apoiados por elementos de suporte (planilhas, rateios,
cálculos, controles) e utilizados para identificar, mensurar e informar os custos das vendas de
produtos, mercadorias e serviços. Os principais objetivos da contabilidade de custos poderiam
ser assim resumidos:
permitir a avaliação dos estoques, para atendimento das legislações comercial e fiscal;
apurar o custo dos produtos/serviços vendidos (no caso das empresas comerciais, o CMV);
dar suporte à tomada de decisões gerenciais no tocante à fixação do preço de venda;
atender à necessidade de controles e informações específicos (como para o atendimento
à legislação fiscal);
embasar orçamentos e projeções financeiras.
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5. Gastos podem ser definidos como o consumo genérico de bens e serviços, podendo ser clas-
sificados em: custos, despesas ou perdas ou desperdícios. Os custos são gastos relativos aos
recursos (bens e serviços) consumidos na produção de outros bens e serviços. As despesas são
gastos associados aos bens e serviços utilizados no processo de geração de receitas e manu-
tenção de negócios da empresa; podem ser diretas ou indiretas e estão ligadas à realização
de receitas. São considerados perdas os gastos anormais ou involuntários que não geram um
novo bem ou serviço e muito menos receitas. Já os desperdícios são os gastos originados dos
processos produtivos ou de geração de receitas e que podem ser descartados sem prejuízo da
qualidade ou quantidade de bens, serviços ou receitas gerados.
Capítulo 2
1. De acordo com o Parecer Normativo CST nº 6/79, não é incompatível com o método – e, por-
tanto, aceitável do ponto de vista fiscal – que as saídas sejam registradas unicamente no fim de
cada mês, desde que avaliadas ao preço médio que, sem considerar o lançamento de baixa, se
verificar naquele mês.
3.
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Exemplo:
DESCRIÇÃO VALOR (R$)
Salário do pessoal do centro de custo de montagem 10.000,00
Salário do pessoal do centro de custo de montagem – INSS (encargo da empresa) 2.800,00
Salário do pessoal do centro de custo de montagem – FGTS 850,00
Salário do pessoal do centro de custo de montagem – provisão de férias e 13º salário 2.670,00
Salário do pessoal do centro de custo de montagem – vale-transporte 750,00
Salário do pessoal do centro de custo de montagem – PAT 800,00
TOTAL 17.870,00
Capítulo 3
1. Indireto é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de
custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são apropriados aos portadores fi-
nais, mediante o emprego de critérios predeterminados e vinculados a causas correlatas, como
MOI, rateada por horas/homem da MOD; gastos com energia, com base em horas/máquinas
utilizadas etc.
2. Também denominados CGFs ou, ainda (de forma inapropriada), “despesas indiretas de produ-
ção”, compreendem aqueles custos incorridos no processo de fabricação, mas não identifica-
dos diretamente a cada unidade produzida. Exemplos: MOI, energia, depreciação e manuten-
ção dos edifícios, instalações, máquinas e equipamentos, custo da direção e administração da
fábrica e outros vinculados ao processo produtivo.
3. São eles:
custos fixos: são aqueles cujos valores têm pequena ou nenhuma relação com o volume
de produção da empresa. Exemplos: aluguel de imóveis utilizados na produção de bens e
serviços; MOI (supervisores e gerentes de produção); pró-labore do diretor de produção;
honorários de vigilância das instalações produtivas etc. Tais custos ocorrerão independen-
temente do nível de atividade;
custos semifixos: são custos que são fixos numa determinada faixa de produção, mas va-
riam se há uma mudança nessa faixa. Exemplos: remuneração por meta de produtividade
dos empregados; horas extras do controle de qualidade, para lotes de produção que ex-
trapolarem o limite de análise em período normal; manutenção preventiva para atender à
demanda de utilização de horas de máquinas e equipamentos;
custos variáveis: são aqueles cujos valores alteram-se em função do volume de produção
ou atividades. Exemplos: matéria-prima consumida; serviços de terceiros, remunerados por
peça aplicada em unidades produzidas; material de embalagem nos produtos acabados.
Os custos variáveis aumentam na medida em que aumenta a produção.
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Capítulo 4
2. É a maneira que os custos são repassados aos produtos fabricados. Basicamente, o esquema de
trabalho na apuração dos custos será:
determinar os custos diretos e contabilizá-los aos respectivos centros;
fazer o rateio dos custos indiretos e transferi-los aos centros de custos;
transferir os custos assim determinados (1 e 2), incluindo os custos de materiais diretos,
para os produtos.
Essa transferência será debitada à conta específica de estoques de produtos em elaboração e
creditada à conta de transferência de custos (no subgrupo das contas de centro de custos). Pos-
teriormente, os produtos que forem concluídos serão transferidos para o estoque de produtos
acabados.
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3. As demandas do mercado, cada vez mais competitivo, devem pesar na decisão de implantação
do sistema ABC, visto que os custos de implantação e acompanhamento, o recurso humano
necessário, os produtos envolvidos, as necessidades dos gestores etc. devem ser analisados
para que se dimensionem as vantagens e desvantagens para cada instituição.
Capítulo 5
1. A diferença é que, em determinados serviços, não se credita o ICMS (ou o IPI) da aquisição dos
referidos materiais, porque a prestação de serviços não será tributada por tais impostos, mas,
se for (por ser faturada como mercadorias e não serviços), deve ser deduzida do custo e conta-
bilizada em conta de ICMS (ou IPI) a Recuperar.
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REFERÊNCIAS
HORNGREN, C. T.; FOSTER, G.; DATAR, S. M. Contabilidade de custos. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
LEONE, G. S. G.; LEONE, R. J. G. Curso de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2010.
MEGLIORI, E. Custos: análise e gestão. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
OLIVEIRA, L. M.; PEREZ JÚNIOR, J. H. Contabilidade de custos para não contadores. São Paulo: Atlas,
2000.
PEREZ JÚNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G. Gestão estratégica de custos. São Paulo: Atlas, 1999.
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