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O vermelho representa nas duas línguas o colorido da face, do viso de uma pessoa quando
tomada por emoções como a vergonha, a raiva, o pudor, cujos sentimentos são assimilados à cor
da pele do indivíduo provocados pelo afluxo do sangue. Além disso, essa cor possui uma
conotação negativa quando relacionada a saldos bancários devedores ou como alerta para
situações de perigo.
O português permuta a cor vermelha pela roxa quando as expressões italianas representam um
vermelho forte e muito intenso, como em terra roxa/terra rossa e mancha roxa/macchia rossa.
O roxo possui, em português, conotações de intensidade, excesso, ansiedade, desejo e interesses
fortes.
Temos ainda a cor ruiva em português como variante da vermelha, em cabelos ruivos, por
exemplo, que em italiano é capelli rossi ou para detectar a cor avermelhada da barba de certos
homens, como barba rossa.
O rosso italiano encontra-se ligado também ao nome de Giuseppe Garibaldi, em virtude da cor
vermelha dos blusões e lenços utilizados por seus seguidores em lutas e movimentos políticos.
Grupo de pessoas que seguia Giuseppe Garibaldi, assim chamado por causa da cor vermelha
característica das camisas que usava como uniforme.
São as escórias (resíduos silicosos a partir da fusão de metais) insolúveis tóxicas derivadas da
produção de alumínio. São assim chamadas por causa da sua coloração avermelhada pela
presença de óxido de ferro.
Designação dada ao índio, por causa da cor avermelhada característica da sua pela.
VERDE (Verde)
Nos sinais de trânsito, indica permissão, passagem livre e, por extensão, legalidade como
em dare il segnale verde/ dar o sinal verde a uma pessoa em uma determionada situação. As
duas línguas registram, ainda, de modo análogo as preocupações ecológicas e ambientais como
em: Il Partito verde/ O Pardido verde, bem como em quaisquer outras expressões que não
estejam registradas em obras lexicográficas, mas que são criadas pelos seus falantes nesse
sentido.
O verde, tanto em italiano quanto em português, indica um colorido pálido no semblante de uma
pessoa em relação a um estado particular de excitação emotiva: o medo excessivo. E assim
temos: essere verde di paura/estar verde de susto, de medo. A língua italiana registra a inveja e
a raiva com a cor verde (também a cor amarela (giallo) para a inveja, a raiva e o medo), ao
passo que o português conota tais sentimentos mais frequentemente com a cor vermelha: essere
verde dalla rabbia/estar vermelho de raiva.
Para a língua italiana, o verde adquire um tom negativo nas expressões: balletti verdi (festas
orgiásticas ou encontros eróticos de adultos com jovenzinhas (os) ou homossexuais), sesso
verde (sexo praticado por menores de idade), far vedere i sorci verdi (provocar medo). Em
português, temos a cor verde representando o demônio em capa-verde. Para Arcaini e Zingarelli,
o sorriso forçado, confrateiro, expresso em português pela cor amarela: como em sorriso, riso
amarelo, em italiano consagra-se também na cor verde: ridere verde, além da amarela ridere
giallo.
Documento italiano de cor verde que comprova o seguro do carro por danos a terceiros,
obrigatório também para a circulação do automóvel no exterior.
GIALLO (Amarelo)
Uma das grandes diferenças entre o português e o italiano para a cor amarela é que esse último
ocorre principalmente com o referimento a fatos policiais, tais como libro giallo (romance
policial), un giallorosa (filme ou romance policial sentimentalista). Além disso, o italiano emprega
o amarelo para:
1. Distinguir categorias profissionais como fiamme gialle (polícia encarregada de vigiar os Alpes,
os portos, os aeroportos, e a costa);
O italiano registra a imprensa sensacionalista com a cor amarela: stampa gialla e o portugês a
formaliza com a cor marrom: imprensa marrom. Vejamos alguns exemplos:
É aquela içada em navios como sinal de doença contagiosa a bordo, indicando quarentena, ou
seja, isolamento do mesmo.
Essere raro come i cani gialli. (Ser raro como uma mosca branca)
Essa expressão faz alusão à existência de poucos exemplares desses animais; sendo empregada
em situações nas quais se quer enfatizar, justamente, algo insólito, ou difícil de encontrar.