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UNITRI – Centro Universitário do Triângulo

Curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda


Disciplina: Antropologia Cultural
Professor: José Horácio
Alunas: Bárbara Borges Araújo
Carolina Lara Cardoso
Lilian Batista Rabelo


1 . Apresente as características da atitude filosófica e sua importância para o estudo
da Antropologia Cultural.

"Não se pode aprender filosofia. O que se pode aprender é pensar filosoficamente."


(Immanuel Kant).

Chama-se de atitude filosófica a característica inerente do ser humano de indagar,


problematizar e buscar respostas a questões sobre si mesmo e sobre sua existência. Essa
atitude é a necessidade de encontrar a verdade e compreendê-la, para que o homem
harmonize-se com seu entorno.

Pode-se dizer que a principal característica do “fazer antropológico” é a


indissociabilidade entre pesquisa empírica e reflexão. Da mesma maneira,
se relativizarmos as origens marcadamente Kantianas da noção de reflexão,
poderíamos dizer que a filosofia em geral não pode abrir mão da atitude
reflexiva na medida em que qualquer que seja a maneira que a disciplina
seja definida e qualquer que seja o seu foco de interesse privilegiado, o
exercício filosófico nunca deixará de se constituir num pensa (ou
questionar) sobre o pensamento. Seja esse apreendido através da
linguagem, das representações, das visões de mundo, ou de alguma forma
de discurso sobre a experiência (ou existência) humana. (OLIVEIRA, Luís
R. Cardoso de. Quando fazer é refletir. Brasília. 1993. p. 3.)

A atitude filosófica pode ser caracterizada por vários aspectos e alguns deles são: o espanto
– “o espanto torna o evidente em algo incompreensível” (FINK, Eugen); a dúvida – duvidar
de tudo aquilo que seja verdade adquirida; o rigor – imprecisões, contradições e
ambiguidades não são aceitáveis; e a insatisfação – busca incessante pelo saber. Tendo
como fundamentais esses aspectos, o interesse pelo estudo do homem, da cultura, da
sociedade quer seja no presente, passado e futuro, torna-se algo crítico, profundo e
substancioso.

2 . O que caracteriza a Antropologia Cultural? Quais são seus objetivos?

A antropologia cultural (ou etnologia) é apenas um ramo da Antropologia, que estuda o ser
humano enquanto produtor de cultura. É um dos cinco pólos teóricos do pensamento
antropológico contemporâneo. O fator que permite essencialmente caracterizá-la é o critério
da continuidade ou descontinuidade entre a natureza e a cultura de um lado, e entre as
próprias culturas, de outro (LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. São Paulo:
Brasiliense, 2001. p. 106.)
Traços marcantes no estudo da antropologia cultural são: o estudo dos caracteres distintivos
das condutas dos seres humanos pertencendo a uma mesma cultura; observação direta dos
comportamentos dos indivíduos, tais como se elaboram em interação com o grupo e o meio
no qual nascem e crescem; e finalmente, o estudo do social na evolução do ser humano, e
particularmente sob o ângulo dos provessos de contato, difusão, interação e aculturação.
(LAPLANTINE, p. 121-122)
O objetivo princicipal da antropologia cultural é de compreender os passos pelos quais o
homem tornou-se aquilo que é biológica, psicológica e culturalmente; o estudo dos povos.
(BOAS, Franz. Antropologia cultural. Org. Celso Castro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
p. 88)

3 . A partir do olhar (concepção filosófica) como devemos compreender o ser


humano?

De acordo com o olhar filosófico, o ser humano é simplificado em: natureza – algo que não
é de sua escolha, mas é vivido por ele (ex.: família, clima, espaço geográfico-histórico);
cultura – cada um tem sua própria cultura e suas próprias escolhas, sendo cultura o que ele
cria e produz intervindo na natureza; individualidade – unicidade, intimidade e essência
própria; sociabilidade - a coletividade, relações sociais, alteridade; livre-arbítrio –
ninguém é condicionado a algum tipo de comportamento, costumes (ex. Casamento,
trabalho, estudos); liberdade – liberdade para escolher e decidir; eticidade – determina e
avalia sua conduta em relação ao outro.
O ser humano deve ser entendido de forma diferente, buscando-se respostas para
assimilarmos o que somos a partir do espelho fornecido pelo “Outro”; uma maneira de se
situar na fronteira de vários mundos sociais e culturais, abrindo janelas entre eles, através
das quais podemos alargar nossas possibilidades de sentir, agir e refletir sobre o que, afinal
de contas, nos torna seres singulares, humanos.

4 . Como devemos entender o lugar, o papel do observador no estudo da


Antropologia Cultural?

“Ciência sem consciência não é senão uma ruína da alma.“ (François Rabelais)

O observador precisa ser cauteloso tanto no estudo da Antropologia Cultural como em


outras áreas de conhecimento. Ele não deve se dissociar do objeto de estudo, mas sim
distinguir-se, uma vez que ele como ser humano também é parte de seu estudo. De forma
alguma o observador deve ter um comportamento etnocêntrico, ou seja, não deve ter como
centro a cultura da qual é proveniente. (LAPLANTINE, p. 167 – 173)
O cientista da Antropologia deve se atentar à frase célèbre de François Rabelais citada logo
acima. O cientificismo – a validação apenas do conhecimento científico, de maneira alguma
deve ter lugar nos estudos e análises.
Pode-se concluir que o observador não deve distinguir-se do objeto, afinal “estudar o outro é
conhecer a si próprio, é o olhar no espelho.”

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