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RESUMO
ABSTRACT
The present study sought to raise the theoretical concept on economic development in view of
the various schools of economic thought over the years. We developed a study based on the
main exponents of each school in their respective periods, with the theoretical knowledge in
economics as the framework for analysis and comparisons between the various views
presented by each school. Importantly, each school has formulated his thoughts on growth
and economic development based on its historical reality experienced in their respective
period which shows that some limitations or re literally cannot be regarded as a theoretical
error, considering that in economics it is constant change and alternation.
1. INTRODUÇÃO
Essa polarização sugere que as desigualdades regionais aumentem, pois forma-se inicialmente
um oligopólio, na qual essas indústrias motrizes irão naturalmente crescer mais que a media
nacional até que atinge um ponto máximo, para declinar em seguida, quando se inicia o
processo de despolarização. O pólo de crescimento se torna um pólo de desenvolvimento
quando provocar transformações estruturais e expandir o produto e emprego onde se localiza.
Para Ignacy Sachs (2004) o estudo do desenvolvimento econômico não pode ser estudado sem
sua relação com a sustentabilidade. Assim sendo, para Sachs é necessário conceituar
desenvolvimento sustentável acrescentando as dimensões de sustentabilidade ambiental e
sustentabilidade social considerando fatores como: social, ambiental, territorial, econômico e
político para tais análises. Conforme Sachs, desenvolvimento econômico, social e ambiental se
inter relacionam: “(…) Outras estratégias, de curto prazo, levam ao crescimento ambiental
destrutivo, mas socialmente benéfico, ou ao crescimento ambiental benéfico, mas socialmente
destrutivo” (SACHS, Ignacy. 2004, p 14).
Atualmente o estudo das ciências econômicas é divido em períodos ao qual cada período com
seus respectivos pensadores ganham o nome de Escola de Pensamento Econômico. Cada
escola formulou suas teorias baseadas na realidade vivida em cada período, e
conseqüentemente o estudo e a abordagem do crescimento e desenvolvimento econômico
estava atrelada ao período histórico de cada escola.
A história do pensamento econômico pode ser dividida, grosso modo, em três períodos: Pré-
moderno (grego, romano, árabe), Moderno (mercantilismo, fisiocracia) e Contemporâneo (a
partir de Adam Smith no final do século XVIII). A análise econômica sistemática tem se
desenvolvido principalmente a partir do surgimento da Modernidade. No período mais antigo
o estudo da economia se fundia com a filosofia, porém após a segunda revolução industrial a
economia ganhou status de ciências econômicas independente.
Nesse trabalho será realizada uma breve discussão dos principais modelos de crescimento e
desenvolvimento na ótica das diversas escolas de pensamento econômico que surgiram ao
longo da historia do próprio pensamento econômico. Lembrando que como em economia
tudo está em constante transformação, por essa se tratar de uma ciência social, o conceito de
“erro teórico” não subsiste, ou seja, o que ocorre são as limitações de cada modelo.
2. METODOLOGIA
O método dialético também foi utilizado para a discussão dos resultados do trabalho. A
dialética (do grego διαλεκτική) era, na Grécia Antiga, a arte do diálogo, da contraposição e
contradição de idéias que leva a outras idéias. Por esse motivo tem-se como tese a afirmação
ou situação inicialmente dada. A antítese é uma oposição à tese. Do conflito entre tese e
antítese surge a síntese, que é uma situação nova que carrega dentro de si elementos
resultantes desse embate. A síntese, então, torna-se uma nova tese, que contrasta com uma
nova antítese gerando uma nova síntese, em um processo em cadeia infinito.
Nesse mesmo período surge uma teoria de oposição que ganhou o nome de fisiocracia. Tendo
como maior ícone o também economista francês François Quesnay (1694-1774), a fisiocracia é
considerada a primeira escola de pensamento econômico científica. Para os fisiocratas as
bases do crescimento e conseqüentemente o desenvolvimento econômico estava baseado na
terra, ou seja, Baseavam-se na economia agrária, identificando na terra a fonte única de
riqueza: uma semente é capaz de gerar mil, os recursos nela se reproduzem.
Contrapondo as idéias liberais de Smith, Georg Friedrich List (1789-1846) que era defensor do
intervencionismo propunha um crescimento econômico não baseado no livre comércio e na
mao invisível de Smith, mas sim baseado no fortalecimento das empresas locais, ou seja, para
List não se poderiam desenvolver a economia se o mercado já estivesse ocupado por empresas
de países estrangeiros economicamente mais avançados. Para tal List propunha um
protecionismo, mesmo que temporário, para que o mercado interno se fortalecesse e assim
desenvolvesse a economia.
Joseph Alois Schumpeter (1883-1850) pode ser um dos maiores estudiosos sobre o
desenvolvimento econômico na escola do período neoclássico. O pensamento econômico de
Schumpeter parece ter sido bastante influenciado por Marx e pelas descobertas que marcaram
época na história econômica. Sua teoria do desenvolvimento econômico se baseia na inovação
e no desenvolvimento tecnológico – o agente empreendedor. Para Schumpeter, o capitalismo
desenvolvia-se em razão de sempre estimular o surgimento dos empreendedores, isto é, de
capitalista ou inventores extremamente criativos – os inventores – que eram os responsáveis
por todas as ondas de prosperidade que o sistema conhecia.
John Maynard Keynes (1883-1946) pode ser considerado o segundo maior “divisor de águas na
economia”. O próprio Keynes não se importou em formular uma teoria para o
desenvolvimento econômico, haja vista que seus esforços se encontravam numa solução para
a crise capitalista vivida pelos ingleses após 1929.
O modelo dos economistas Roy F. Harrod (1900-1978) e Evsey Domar (1914-1997) foram os
primeiros a utilizarem os pilares da teoria keynesiana. Considerado um modelo de crescimento
exógeno, o modelo de Harrod-Domar diz que o crescimento e desenvolvimento de uma
economia podem ser explicados pelo nível de poupança e pela produtividade do capital. Suas
implicações são que o crescimento depende da quantidade de trabalho e capital; mais
investimento leva à acumulação de capital, que gera crescimento econômico.
O modelo Harrod-Domar foi muito utilizado para explicar os ciclos econômicos e teve seu auge
no período do pós-guerra, sendo rebatido pelo modelo de Robert Solow.
Rostow ao levar em consideração os fatores históricos passados para formular sua teoria do
desenvolvimento argumenta que o nacionalismo característico da condição pós-colonial se
constituiu como um obstáculo sério à intrusão estrangeira, tornando assim necessárias novas
estratégias para que o capital e o seu modo de produzir pudessem continuar articulando essa
parte do mundo, egressa do colonialismo, à sua expansão, desde então sob novas formas,
entre as quais talvez a principal se faça em torno do “desenvolvimento”, promovido
especialmente como parte de acordos e empréstimos mediados internacionalmente e
conforme projetos apresentados pelos próprios países.
Segundo Todaro (1997), Rostow aponta para esse “desenvolvimento” e se concentra no tema
do crescimento econômico onde sua grande preocupação é com a necessidade de dispor de
uma ideologia que seja capaz de manter o domínio econômico, político, ideológico e cultural,
do capital sobre o mundo pós-colonial.
Mas o modelo de crescimento endógeno mais popular é do economista Paul Romer (1955),
que torna endógeno o progresso tecnológico ao introduzir a busca por novas idéias por
pesquisadores interessados em lucrar a partir de suas invenções. O modelo de Romer busca
explicar o porquê e como os países avançados exibe um crescimento econômico sustentado.
Seu modelo é sustentado pela premissa de que as descobertas que podem ser usadas por
diversas pessoas ao mesmo tempo possui uma característica pública.
Romer assume que o Produtor Interno Bruto (PIB) real por pessoa cresce porque as escolhas
que as pessoas fazem na busca de lucros e que o crescimento pode persistir indefinidamente.
Nesse modelo existe também o papel das externalidades, que devem ser consideradas como
influenciadoras no modelo.
Amartya Kumar Sen (1933) desenvolveu um modelo de crescimento que veio abrir um novo
conceito de desenvolvimento para uma determinada nação. Segundo o próprio Sen:
O desenvolvimento pode ser encarado como um processo de alargamento das liberdades reais
de que uma pessoa goza. A tônica nas liberdades humanas contrasta com perspectivas mais
restritas de desenvolvimento, que o identificam com o crescimento do produto nacional bruto,
com o aumento das receitas pessoais, com a industrialização, com o progresso tecnológico, ou
com a modernização social. Considerar o desenvolvimento como expansão das liberdades
substantivas orienta as ações para os fins que tornam o desenvolvimento algo importante,
mais do que para os meios que desempenham papéis de relevo. (SEN, 2000, p. 6).
Considerava que as medidas para desenvolver um país devem ser analisadas caso a caso,
mediante a exploração dos recursos locais para conseguir os melhores resultados. Impor uma
estrutura doutrinal uniforme sem considerar as circunstâncias locais era, segundo ele, uma
receita para o desastre. Em sua obra “Saída, Voz e Lealdade” de 1970, Hirschman estuda e
interação da soberania do consumidor e a concorrência empresarial existente no mercado.
É nesse cenário que Ignacy Sachs (1927) elaborou seu modelo de crescimento econômico com
o viés da sustentabilidade tanto social quanto ambiental. Sachs faz a união entre todas as
variáveis de crescimento e desenvolvimento econômico adicionando também o bem-estar
social e sua relação com a preservação ambiental. Ele defende que os aspectos do
desenvolvimento econômico devem ser estruturados em fatores sociais, ambientais,
territorial, econômico e político.
O surgimento dos modelos endógenos revela que existem as potencialidades regionais e locais
para o ponta pé inicial para a corrida ao desenvolvimento econômico. Tais modelos
verificaram as expectativas racionais dos consumidores, os estímulos as inovações através do
aumento da lucratividade como forma de estimular o desenvolvimento. Um olhar no passado
para prever e realizar um futuro com mais solidez e consistência para se evitar erros no futuro.
Por fim, modelos, mas abrangentes como de Sen e Sachs onde são analisada diversas variável
macroeconômicas como renda, emprego, inflação e taxa de juros, mas também fatores como
liberdade social através do acesso digno a segurança, saúde, educação, cultura, lazer, esporte,
etc. A harmonia entre o homem e a natureza que provém todos os recursos necessários para
que a espécie humana mantenha a sua plena existência. O estudo do crescimento e
desenvolvimento econômico é basicamente a união das diversas teorias propostas ao longo
dos anos, sendo sempre importante ressaltar que o período em que se insere determinada
sociedade é que determinará qual delas é mais adequada para cada caso.
Referencias
ARAÚJO, Carlos Roberto Vieira. História do Pensamento Econômico: Uma Abordagem
Introdutória. São Paulo: Atlas, 1998, 158 p.
ELLERY Jr, Roberto, e GOMES, Victor. Modelo de Solow, Resíduo de Solow e Contabilidade do
Crescimento. São Paulo: MAKRON Books, 2000. 848 páginas.
SCHUMPETER. Joseph Alois. Capitalismo, Socialismo e Democracia. (Editado por George Allen e
Unwin Ltd., traduzido por Ruy Jungmann). — Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1961,
488 p.
SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras,
2000, 409 p.