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"LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA"
APRESENTAÇÃO
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disciplina é exigida. Nosso Trabalho, no entanto, pode ser de muita valia para os
estudantes de uma forma geral como leitura introdutória dos estudos referente ao ramo do
Direito Tributário.
mão de recursos didáticos. Na verdade, este Trabalho nasceu como notas de aulas de
quando iniciei lecionar neste conceituado estabelecimento de ensino. Aos poucos foi
que justificou pesquisas diárias, participação em palestras, cursos e tudo que nos levasse
no final uma Bibliografia indicada para trabalhos pedidos ao longo do Curso. Durante as
BOM ESTUDO !
1.1. Conceito
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Ao Estado, tido e havido como a mais perfeita expressão de uma sociedade politicamente
organizada, incumbe o desempenho de complexos encargos, para isso, é necessário
contar com recursos monetários em quantidade suficiente.
A ação estatal se desdobra fundamentalmente em três campos conexos: o da Receita
Pública, que compreende a coleta dos recursos monetários; o da Gestão, que é a
administração dos mesmos; e por último, o da Despesa Pública, que consiste no seu
emprego para a realização do bem comum.
Da Atividade Financeira do Estado como um todo trata o Direito financeiro, que é
normativo, dado que, o Estado só poderá agir dentro da lei e em virtude desta.
Dos três campos em que se desenvolve a Atividade Financeira do Estado apenas o da
Receita Pública assume relevância para o nosso estudo. E este campo, dado a sua
importância, é estudado por um novo ramo jurídico, o Direito Tributário. Daí concluímos
que o Direito Tributário foi destacado do Direito Financeiro, para estudar especificamente
as Receitas Públicas e a relação Fisco/Contribuinte, é uma ciência autônoma porque
possui regras específicas. Disso, restou certo que a Diferença de Direito Tributário e
Direito Financeiro é que : o primeiro regula a atividade financeira do Estado, no que
pertine à tributação; o segundo regula toda a atividade financeira do Estado (receitas não
tributárias, o orçamento, o crédito público e a receita pública) menos a que se refere à
tributação.
Os ingressos ou entradas de recursos nos cofres públicos podem ser assim classificados:
1.4. Tributação
A sociedade humana contemporânea exige de todos os seus partícipes a realização de
atividade financeira, vale dizer, o manuseio de recursos pecuniários. O fluxo de ingressos
e dispêndios, aspectos capitais do fenômeno financeiro, são traços comuns aos vários
componentes das sociedades organizadas. Tal situação decorre da utilização da moeda
como viabilizador das relações interpessoais de conteúdo econômico, como medida de
valor e, portanto, instrumento de troca por excelência.
Só o Estado, entretanto, dentre os entes participantes da comunhão social, pode, nos
marcos da legalidade, exigir recursos de terceiros para financiar sua existência e a
consecução de seus objetivos. Os demais entes - pessoas físicas e jurídicas - somente
podem obter recursos financeiros lícitos de terceiros por intermédio de obrigações, onde a
marca essencial é a participação voluntária destes terceiros, ao menos no momento da
adesão ao vínculo obrigacional formado entre as partes.
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Esta atividade, tipicamente estatal, de compulsoriamente transferir parte do patrimônio
particular para os domínios públicos denomina-se, em suas múltiplas facetas, de
tributação. Justamente por constituir, exceção ao direito de propriedade e ao direito de
livremente se obrigar, a imposição tributária encontra minudente disciplina legal. Toda
atividade estatal de exigência e arrecadação dos tributos deve ser pautada estritamente
na lei. Trata-se de garantia do contribuinte contra os excessos e desvios do Fisco.
No mundo moderno, as receitas decorrentes da tributação representam a maioria
esmagadora dos ingressos ou entradas nos cofres públicos, ressalvados casos
particulares e situações transitórias.
No Brasil existe uma brutal transferência de recursos da sociedade para o governo.
TESTES
1. Como parte das receitas públicas, pode dizer-se que os TRIBUTOS são considerados:
(a) Receita voluntária
(b) Receita de direito privado
(c) Receita derivada
(d) Receita de capital
(e) Receita originária
3. Sob o ponto de vista de sua origem e da forma de sua obtenção, as receitas públicas
são tradicionalmente classificadas em:
(a) Receitas derivadas e de capital
(b) Receitas correntes e originárias
(c) Receitas patrimoniais e originárias
(d) Receitas originárias e derivadas
(e) Receitas tributárias e industriais
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(d) Correntes
(e) De capital
c) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: Pode ser expresso em moeda
(Exemplo: reais) ou através de indexadores (Exemplos: ORTN, OTN, BTN, UFIR);
d) Que não constitua sanção de ato ilícito: As penalidades pecuniárias ou multas não se
incluem no conceito de tributo. Significa dizer que o pagamento do tributo não decorre da
infração de determinada lei. Pelo contrário, se algo é pago por descumprimento da lei não
se trata de tributo. Exemplo desta afirmação é o pagamento de multa pela não utilização
de cinto de segurança;
Entretanto, o fato gerador de um tributo pode ocorrer em circunstâncias ilícitas, embora
ele em si não seja um ilícito. Exemplos: quando uma pessoa aufere rendimentos da
exploração da prostituição ou do tráfico de entorpecentes o tributo é devido. Não será
realizada uma pesquisa da forma, ou do caminho utilizado, para percepção dos
rendimentos, apenas que existe a disponibilidade econômica, ou seja, o fato gerador do
imposto.
e) Instituída em lei: Só existe a obrigação de pagar o tributo se uma norma jurídica com
força de lei estabelecer esta obrigação. São exemplos de normas jurídicas com força de
lei: lei complementar, lei ordinária e medida provisória. Assim, um decreto (expedido pelo
Presidente da República) ou uma portaria (expedida pelo Ministro da Fazenda ou pelo
Secretário da Receita Federal) não podem criar ou instituir tributo e
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f) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: Neste tipo de
atividade, a autoridade não goza de liberdade para apreciar a conveniência ou
oportunidade de agir. A lei já estabelece minudentemente os caminhos a serem seguidos.
Portanto, a autoridade fiscal age segundo previsão legal expressa.
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contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais (sociais e
seguridade social)
O Código Tributário Nacional, assim como fez com a idéia de tributo, consagra definições
legais para as primeiras três espécies do gênero tributo. Nestes termos, encontramos nos
artigos 16, 77 e 81 da Lei de normas gerais do sistema tributário brasileiro as seguintes
definições, respectivamente:
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica.
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face
ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total
a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar
para cada imóvel beneficiado.
Vale registrar não ter o legislador constituinte, ou mesmo o da lei de normas gerais do
Sistema Tributário Nacional, fixado de forma expressa definições ou conceitos para as
duas últimas espécies de tributos (empréstimos compulsórios e contribuições especiais).
Podemos distingui-los a partir dos seguintes traços caracterizadores: o empréstimo
compulsório é um tributo qualificado pela promessa de restituição; teria natureza do
contrato, embora ditado ou coativo e as contribuições especiais que dividem-se em 1)
contribuições sociais, que se subdividem em a) contribuições de intervenção no domínio
econômico (IAA,IBC) e b) contribuições de interesse das categorias profissionais (OAB,
CFM,CFA...) e 2) contribuições de seguridade social (INSS, SESI ...).
DICA:
Assim como o conceito de tributo, é fundamental dominar os conceitos de imposto, taxa, contribuição de
melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios presentes na nossa legislação tributária.
2.5. Classificações
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competência tributária comum no campo das taxas e contribuições de melhoria (desde
que realize o serviço, obra ou exercite o poder de polícia qualquer dos entes estatais pode
criar e cobrar taxas ou contribuições de melhoria).
CONTRIBU EMPRÉSTIMO
IMPOSTO I- S CONTRIBUIÇÕES
TAXAS
S ÇÕES DE COMPULSÓRI ESPECIAIS
MELHORIA OS
federais, 1) Contribuições sociais
de polícia calamidade/gue
Divisõe estaduais (intervenção e categorias
e de - rra e
s e profissionais) e
serviço investimento
municipais 2)Seguridade
Arts. 145,
CF/88 I; Art. 145, II Art. 145, III Art. 148 Art.149 e 195
153 a 156
Arts. 16 a Arts. 77 a Arts. 81 e
CTN
76 80 82
Compe
Privativa Comum Comum União União
-tência
TESTES
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independe de uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte.
( ) O "Princípio da Legalidade" é uma característica importante do tributo.
(a) V, V, V
(b) V, V, F
(c) V, F, F
(d) F, F, F
(e) F, V, V
6. (i) O Município X criou a "taxa de instalação industrial", a ser cobrada das indústrias
que se instalassem na zona industrial por ele criada. Para incentivar a instalação de
fábricas naquele distrito industrial, previu a lei que a taxa somente seria devida quando se
iniciasse a produção, e seria de 1% do valor dos produtos que saíssem do
estabelecimento. A lei municipal não definiu expressamente o fato gerador daquele tributo.
(ii) O MunicípioY criou a "taxa de iluminação pública", cuja base de cálculo, para maior
justiça fiscal, foi graduada segundo a capacidade econômica, aferida pelo valor da
energia elétrica consumida pelo contribuinte.
(iii) O Município Z instituiu, pelo exercício do poder de polícia sobre o zoneamento de
atividades, a "taxa de localização de estabelecimentos bancários" e não definiu a alíquota
e base de calculo.
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Assinale agora qual é, respectivamente, a situação jurídica dessas três taxas.
(a) Somente duas são juridicamente válidas: a primeira e a terceira
(b) Somente são válidas as duas primeiras uma porque ligada ao poder de polícia local,
relativo ao zoneamento urbano; a outra, porque se refere à prestação de serviço público
diretamente ao contribuinte ou posto à sua disposição.
(c) Todas as três são inválidas juridicamente
(d) Todas três são juridicamente válidas
(e) Somente uma é válida, sendo inconstitucionais as outras duas
9. O art. 3º do Código Tributário Nacional define tributo como uma prestação que não
constitua sanção de ato ilícito. De tal assertiva podemos inferir que
(a) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são
tributáveis, sujeitando-se, contudo, a pesadas multas em decorrência da prática de
atividade ilícita
(b) os rendimentos advindos da exploração do lenocínio são tributáveis, porquanto não se
confunde a atividade ilícita do contribuinte com o fato tributário de auferir rendas
(c) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são
tributáveis, em conformidade do que reza a lei.
(d) as atividades ilícitas não devem ser tributadas, pois de outro modo o Estado estará
locupletando-
se com ações que ele mesmo proíbe e, assim, ferindo o princípio da estrita legalidade
(e) atividades ilícitas como a exploração do lenocínio e do jogo do bicho podem ser
tributadas, posto que a sanção de ato ilícito converte-se, pelo simples fato de sua
inobservância, em obrigação tributária principal
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11. Está correta a seguinte afirmativa
(a) a taxa deve ter por base de cálculo dimensão inerente ao serviço prestado pelo Estado
(b) as obras públicas realizadas pelo Estado, de que resulte evidente valorização dos
imóveis particulares, por ela beneficiadas, podem ser remuneradas através de Taxa de
Melhoramentos Urbanos, se instituída
(c) o fato de o indivíduo socorrer-se do Poder Judiciário para tutela de seus direitos não
se presta a servir como fato gerador de taxa
(d) a taxa, segundo seu delineamento constitucional, é modalidade tributária hábil para
servir como adicional dos impostos de menor expressão econômico-financeira, ou
insuficientemente cobrados, mesmo porque é de aplicação imperativa o princípio da
capacidade contributiva
(e) em razão da reduzida participação da taxa no valor total da arrecadação e levando em
consideração o polêmico conceito formulado pela doutrina, é facultado ao legislador optar
pela cobrança da mesma o instituir tarifas para remunerar os respectivos serviços,
indiferentemente
14. O Código Tributário Nacional exclui a definição de tributo a prestação pecuniária que
constitua sanção de ato ilícito. Isto significa que:
a) tributo e multa se confundem, segundo o CTN;
b) a multa é, por definição, um tributo;
c) a multa de trânsito é um tributo;
d) a multa por infração à legislação tributária não é tributo;
e) o pagamento de fiança é um tributo.
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(a) A União
(b) O INSS
(c) O IAPAS
(d) O INAMPS
(e) A Secretaria da Receita Federal
17. José, contribuinte do IPTU, reside em imóvel de sua propriedade, defronte a uma
praça municipal. A Prefeitura local canalizou ali um córrego, asfaltou as ruas adjacentes à
praça, arborizando-a e ajardinando-a. Por conseqüência, a casa de José aumentou de
preço. Em face do exposto, José, em razão da valorização de sua propriedade, está
potencialmente,
(a) sujeito ao pagamento de contribuição de melhoria
(b) sujeito ao pagamento apenas de IPTU
(c) sujeito ao pagamento de taxa pela utilização de serviços públicos, específicos e
divisíveis
(d) sujeito ao pagamento de taxa pelo exercício do poder de polícia
(e) livre da exigência de qualquer outro tributo, pois já é contribuinte do IPTU, e com base
na arrecadação desse tributo é que foram feitas as obras
18.Quando tem por fato gerador uma situação que independe de qualquer atividade
estatal específica relativa ao contribuinte, diz-se um "tributo não vinculado". Nesse
sentido, é "tributo não vinculado"
(a) a taxa de fiscalização
(b) a contribuição de melhoria
(c) a taxa de limpeza pública
(d) a taxa de melhoramento dos portos
(e) Impostos
JURISPRUDÊNCIA
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1. É legítima a tributação de produtos financeiros resultantes de atividades criminosas,
nos termos do art. 118, I, CTN. Com esse entendimento, a Turma indeferiu habeas corpus
em favor de acusados pela prática do crime de sonegação de imposto de renda sobre
rendimentos auferidos com a venda ilícita de cápsulas para emagrecimento compostas de
substâncias psicotrópicas. (Informativo STF. HC 77.530-RS. Relator Ministro SEPÚLVEDA
PERTENCE).
2. "De feito, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e as
contribuições de melhoria) a que se refere o artigo 145 para declarar que são
competentes para instituí-los a União, os Estado, o Distrito Federal e os Municípios, os
artigos 148 e 149 aludem a duas outras modalidades tributárias, para cuja instituição só a
União é competente: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categoria profissionais ou
econômicas". RE n.º 146.733-SP. STF. Pleno. Voto de Relator Ministro MOREIRA ALVES.
3.1. Introdução
Consta que a ordem jurídica pátria é a única possuidora de um sistema tributário
constitucional. Tal fato gera inúmeros problemas e considerações, a exemplo das
imunidades, tipicamente brasileiros.
As regras e princípios jurídico-tributários consagrados na Carta Magna funcionam como
poderosos obstáculos ou limitações ao poder de tributar. Estas restrições, dirigidas ao
Estado-Fisco, revelam-se um verdadeiro Estatuto do Contribuinte.
São tão relevantes os princípios constitucionais-tributários que a única vez em que o
Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade de uma emenda constitucional
foi justamente quando entendeu violados pelo constituinte derivado vetores fundamentais
do sistema tributário com sede na Lei Maior.
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tipicidade. O princípio está positivado no art. 150, inciso I da Constituição Federal e no art.
97, incisos I, II, III e IV do Código Tributário Nacional.
Em regra, a lei a ser utilizada é a ordinária. No entanto, em casos expressamente
previstos na Constituição Federal exige-se a lei complementar. Segundo a jurisprudência
sedimentada do Supremo Tribunal Federal, o Decreto-Lei e a Medida Provisória são
instrumentos equivalentes a lei ordinária em matéria tributária.
A Constituição Federal de 1988 admite, nos termos e limites da lei, alterações, pelo Poder
Executivo, das alíquotas dos seguintes impostos da União (art. 153, §1º):
Imposto de Importação - II
Imposto de Exportação - IE
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Convém registrar que sob a égide da Constituição Federal de 1988 não se admite a
delegação de competência para a autoridade administrativa fixar ou definir qualquer dos
elementos fundamentais para o nascimento da obrigação tributária (fato gerador abstrato
ou hipótese de incidência, base de cálculo, alíquota e contribuinte lato sensu).
Nos termos do art. 150, §6º da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda
Constitucional n.º 3/93, qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,
concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou
municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o
correspondente tributo ou contribuição.
Nota:
3.9. Imunidades
As imunidades são vedações ou proibições jurídicas absolutas, porque veiculadas pela lei
de maior força e importância do ordenamento jurídico: a Constituição. São inúmeras as
imunidades presentes na Lei Maior, a exemplo da parlamentar, da penal e da diplomática.
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No tocante às imunidades tributárias, temos uma ordem absoluta dirigida ao legislador do
tributo para não inserir na mecânica, e no raio de abrangência da tributação, as pessoas
ou bens imunizados. Neste sentido, são limitações ao exercício da competência tributária
(poder de tributar). Curiosamente, o constituinte não se utilizou da palavra "imunidade", ou
da expressão "imunidade tributária", para instituí-las especificamente. Para tanto, foram
utilizadas as mais diversas fórmulas lingüísticas ("é vedado ... instituir impostos", "não
incidirá", "independentemente do pagamento", "são isentas", entre outras).
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f) a prova da relação entre o patrimônio e a finalidade essencial cabe à entidade que se
diz imune, e não, ao Fisco.
TESTES
1. O princípio da anterioridade da lei aplica-se
(a) aos impostos sobre o comércio exterior
(b) às contribuições para seguridade social
(c) aos impostos sobre a produção e circulação
(d) ao empréstimo compulsório, instituído para atender a despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública
(e) aos impostos sobre o patrimônio e a renda
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além dos que lhe atribui a Constituição, compreendidos ou não em sua competência
impositiva, afastado o requisito da anterioridade
3. Prédio de propriedade da União não pode ser submetido à incidência do imposto sobre
a propriedade predial e territorial urbana, por força do princípio constitucional da
(a) imunidade tributária objetiva
(b) isenção tributária
(c) imunidade tributária recíproca
(d) não diferenciação tributária
(e) isonomia tributária
JURISPRUDÊNCIA
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Em se tratando de norma constitucional relativa às imunidades tributárias genéricas,
admite-se a interpretação ampla, de modo a transparecerem os princípios e postulados
nela consagrado. O livro, como objeto da imunidade tributária, não é apenas o produto
acabado, mas o conjunto de serviços
que o realiza, desde a redação, até a revisão de obra, sem restrição dos valores que o
formam e que a Constituição protege. (RE n.º 102.141-RJ. Relator Ministro CARLOS
MADEIRA
* “Em uma empresa industrial , por exemplo, isto significa dizer o seguinte: a) Faz-se o registro,
como crédito, do valor do IPI relativo às entradas de matérias-primas, produtos intermediários,
materiais de embalagem, e outros insumos, que tenham sofrido a incidência do imposto ao saírem
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do estabelecimento de onde vieram; b) Faz-se o registro, como débito, do valor do IPI calculado
sobre os produtos que saírem. No final do mês é feita a apuração. Se o débito é maior, o saldo
devedor corresponde ao valor a ser recolhido. Se o crédito é maior, o saldo credor é transferido para
o mês seguinte.”
IPVA
- A sigla ICMS abrange, pelo menos, cinco impostos diferentes: a) sobre operações mercantis; b)
sobre serviços de transporte interestadual e intermunicipal; c) sobre serviços de comunicação; d)
sobre lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos e energia elétrica; e) sobre minerais. O
primeiro, de longe, é o economicamente mais importante. Operações relativas à circulação = atos ou
negócios que impliquem mudança da posse ou da propriedade de mercadorias; mercadorias = coisas
móveis destinadas ao comércio; alíquota interna (maior) = o adquirente em outro Estado não é
“comerciante”; alíquota interestadual (menor) = o adquirente em outro Estado é “comerciante”
(pagará ao Estado de sua sede a diferença respectiva).
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(1) inter vivos = entre vivos
a. Hierarquia
Constituição Federal Arts. 145 a 156; ADCT - Art. 34
Emendas à Constituição Art. 60 da CF
Leis Complementares (1) Art. 69 da CF
Tratados e Convenções Internacionais Art. 98 do CTN
Resoluções do Senado Federal (2)
Leis Ordinárias, Delegadas, Medidas Art. 97 do CTN; Arts. 49, inciso I, 62 e 68 da CF
Provisórias, Decretos-lei e Decretos Legislativos
Decretos Art. 99 do CTN
Atos Normativos Art. 100 do CTN
Decisões com efeito normativo Art. 100 do CTN
Práticas reiteradas Art. 100 do CTN
Convênios Art. 100 do CTN
A Entidade Pública recebe sua cota, somam-se a estas os recursos próprios, monta o
bolo e em seguida divide as verbas a fim de atender os fins perseguidos pelo Poder
Público, entre outros: manutenção da ordem, prestação de serviços públicos, realização
de ações sociais nos campos da saúde, educação....
Todo o montante adquirido pela Entidade Pública é dividido para os vários setores,
apenas como exemplificação vamos citar a repartição das verbas municipais utilizadas
para atender a área de ensino público. O Art. 212 da atual Constituição Federal determina
que 25% dos impostos do município, incluindo as transferências recebidas da União e do
estado, devem ser destinados à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (M.D.E.).
Desta forma, para atender o preceito constitucional, entendemos que o município deverá
calcular 25% dos seguintes tributos e transferências: IPTU, ISSQN, ITBI, IPVA, ITR, IRRF,
ICMS, IPI Exp, FPM, IOF/ouro e receitas da Dívida Ativa de Impostos.
!
Suj. Ativo >><< Suj. Passivo
(4) ! (5)
Objeto (6)
Lei (7)
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(1) Descrição legal de um fato, ou seja, simples previsão na lei.
(2) É o fato jurídico formado pela incidência da norma (lei tributária) sobre o fato
efetivamente existente no mundo físico. Faz nascer, como eficácia jurídica própria, a
obrigação tributária (principal ou acessória). Podemos resumir da seguinte forma: é um
acontecimento no mundo físico que, se descrito na lei (hipótese de incidência), leva você
a pagar um tributo.
(3) "Liame abstrato pelo qual uma pessoa, denominada Sujeito Ativo; O Estado, ou quem
lhe fizer as vezes, fica cometida do direito, de exigir de outro sujeito, nomeado Sujeito
Passivo, designado comumente de contribuinte, uma prestação de índole tributária". Para
melhor entender, a Obrigação Tributária é um vínculo abstrato (relação jurídica), nascido
no exato instante da ocorrência do fato gerador, comportando um dever e um direito em
torno de um objeto (prestação pecuniária/tributo). Podendo ser:
Obrigação Tributária Principal Tem por objeto o pagamento de tributo “ou
(de dar) penalidade pecuniária”.
Obrigação Tributária Tem por objeto prestações positivas ou negativas
Acessória no interesse da arrecadação e/ou fiscalização.
(de fazer ou não-fazer) Decorre da legislação tributária - art. 96 do CTN.
( Para viabilizar a arrecadação e/ou fiscalização)
- O descumprimento de obrigação acessória gera uma principal, no tocante a multa.
(4) É a pessoa jurídica de direito público ou de direito privado ou mesmo pessoa física
titular do direito subjetivo de exigir a prestação pecuniária (tributo) ou a prestação não-
pecuniária .
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;
6.1. Solidariedade no Código Civil (Art. 896 parág. único) é a ocorrência de mais de um
credor, ou mais de um devedor, na mesma relação obrigacional, cada qual com direito ou
obrigado à dívida toda. Portanto no Direito Civil a solidariedade é ativa ou passiva, o que
não ocorre no Direito Tributário. Neste só existe solidariedade passiva.
Segundo o Art. 124 do CTN, a solidariedade tributária (passiva) ocorre quando:
a) as pessoas tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador
da Obrig. principal;
b) as pessoas sejam expressamente designadas por lei
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a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se
outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, a solidariedade pelo saldo;
c) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou
prejudica os demais.
- As razões práticas que justificam essas regras (art. 126 do Código Tributário Nacional)
sobre a capacidade tributária passiva são evidentes. Não fosse assim, muita gente
alegaria incapacidade jurídica, decorrente de menoridade, desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, entre outros. Ou as pessoas jurídicas alegariam falta de
arquivamento de seus atos constitutivos no Registro do Comércio, ou uma irregularidade
qualquer, para fugirem às obrigações tributárias. (...) Ocorre que a vontade é irrelevante
na formação do vínculo obrigacional tributário.”
Capacidade tributária (ativa ou passiva) é a aptidão para figurar como sujeito na relação
jurídico-tributária, portanto, titularizar direitos ou obrigações tributárias.
6.3. Domicílio Tributário é o lugar em que a pessoa física ou jurídica estabelece o centro
de suas atividades habituais. Todas as comunicações e procedimentos fiscais serão
dirigidos àquele lugar. É de suma importância a determinação domicilio tributário, pois, na
maioria dos casos, é o lugar competente para cobranças, fiscalização, execução etc..
Em princípio o contribuinte pode escolher o seu domicilio tributário, qual seja, o lugar onde
manterá suas relações com o fisco. Mas o CTN estabelece regras que limitam essa
liberdade de escolha, e estipula também regras aplicáveis na hipótese do sujeito passivo
não usar sua faculdade de escolher. Veja o que diz o Código Tributário Nacional:
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- Características básicas da figura do responsável:
a) sujeito passivo da relação tributária por expressa determinação legal;
b) não possui relação pessoal e direta com o fato gerador (não é contribuinte);
c) possui uma relação ou vinculação (não pessoal e direta) com o fato gerador;
d) pode liberar o contribuinte da obrigação tributária, pode manter a
responsabilidade do contribuinte em caráter supletivo, pode ser total ou parcial
(2) Remitente é o que praticou a remição (ato de o devedor pagar a dívida e resgatar um
bem).
(3) Sucessor a qualquer título é o que passa a ser proprietário em virtude do falecimento
do proprietário anterior.
(5) Espólio é o patrimônio de uma pessoa depois de sua morte e antes de concluído o
respectivo inventário.
- O arrematante (aquele que adquire bens em hasta pública) não é responsável, sub-roga-
se no preço.
a) fundo de comércio;
b) estabelecimento comercial;
c) estabelecimento industrial;
d) estabelecimento profissional.
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... e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma
ou nome individual:
(1) Significa que em primeiro lugar a dívida há de ser cobrada do alienante e, se este não
tiver com que pagar, será cobrada do adquirente.
2. Responsabilidade de Terceiros
- Independe:
a) da intenção do agente*; b) efetividade do ato;
c) natureza do ato; d) efeitos do ato.
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* Basta que se pratique um ato violador da legislação tributária para que ocorra a
responsabilidade por parte do agente.
- A responsabilidade é excluída:
a) pela denúncia espontânea* da infração;
... acompanhada, se for o caso:
b) do pagamento do tributo devido e dos b) do depósito da importância arbitrada
juros de mora, ou pela autoridade administrativa, quando o
montante do tributo dependa de
apuração.
* Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
TESTES
1. O nascimento da obrigação tributária dá-se com a ocorrência do (a):
a) base de cálculo;
b) fixação da alíquota;
c) fato gerador;
d) lançamento;
e) previsão abstrata em lei
7. A autoridade administrativa:
a) pode recusar o domicílio eleito quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou
fiscalização do tributo;
b) não pode recusar o domicílio eleito;
c) não deve recusar o domicílio eleito, desde que esteja dentro de seu território;
d) pode recusar o domicílio eleito, sempre que achar conveniente.
t1 Hipótese de Incidência
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!
t2 Fato >>>>>> Fato Gerador >>>>>> Obrigação Tributária
!
!
t3 Lançamento >>>>>> Crédito Tributário
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t1 = tempo 1; t2 = tempo 2 e t3 = tempo 3
- O CTN distinguiu a obrigação (art. 113) do crédito (art. 139). A obrigação é um primeiro
momento na relação tributária. Seu conteúdo ainda não é determinado e o seu sujeito
passivo ainda não está formalmente identificado. Por isto mesmo a prestação respectiva
ainda não é exigível. Já o crédito tributário é um segundo momento na relação de
tributação e depois do lançamento, o fisco poderá exigir o pagamento.
- A mudança de critério jurídico (interpretação) não pode ser utilizada para alterar
lançamento já realizado. Entretanto, se ocorreu erro de fato é possível a alteração.
- Existe autonomia relativa entre a obrigação tributária e o crédito tributário (art. 140 do
CTN). O crédito tributário como realidade formal pode ser afetado sem que o seja a sua
substância. Assim, se na constituição do crédito tributário houve erro ou ilegalidade o
crédito deve ser reformado ou anulado. Persiste, no entanto, a obrigação tributária
respectiva que não foi afetada. Pode ocorrer ainda que um crédito tributário seja
formalizado sem que tenha ocorrido o fato gerador da obrigação tributária. Neste caso
não existe obrigação, mas o crédito tributário, como realidade meramente formal, existe
(reclama, porém, sua invalidação por ausência de causa).
TESTES
1. Quando o Fisco recebe a colaboração do Contribuinte que, através de formulários,
guias, etc..., menciona os dados básicos para o lançamento, este recebe o nome de:
a) de ofício;
b) por declaração;
c) auto lançamento;
d) lançamento direto;
e) não existe esta possibilidade.
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t1 t2 t3 t4 t5
exclusão
decadência prescrição
(1) É prorrogação concedida pelo credor ao devedor, do prazo para pagamento da dívida,
de uma vez ou parceladamente.
- A União pode concedê-la quanto aos tributos de competência dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios, quando a conceda para os seus e para às obrigações
privadas.
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(4) Susta a exigibilidade pois impede a Fazenda Pública de iniciar a execução (ou nela
prosseguir).
(1) Salvo disposição em contrário, o vencimento do crédito ocorre 30 (trinta) dias depois
da data em que se considera o sujeito passivo notificado.
- Pagamento Indevido:
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i) restituição independe de prévio protesto
ii) restituição de tributos transferíveis a terceiros (repercussão): pressupõe a prova
de assunção do encargo ou autorização pelo terceiro (*)
iii) o direito de pleitear a restituição deve ser exercido no prazo de 5 (cinco) anos
iv) o direito de pleitear a restituição deve ser exercido em 2 (anos) se for utilizada a
ação anulatória da decisão administrativa
(2) Funciona como um encontro de contas. Atualmente, a Lei n.º 8383/91, em seu art. 66,
consagra hipóteses de compensação. Entre outra condições exige que os créditos a
compensar sejam da mesma espécie.
(5) A prescrição é a morte da ação que tutela o direito, pelo decurso do tempo previsto em
lei para esse fim. O direito sobrevive, mas sem proteção.
- “O CTN, todavia, diz expressamente que a prescrição extingue o crédito tributário (art.
156, V). Assim, em nosso Direito Tributário a prescrição não extingue apenas a ação, mas
também o próprio direito.”
- A Fazenda Pública tem o prazo de 5 (cinco) anos, contado da data de constituição
(definitiva) do crédito, para cobrá-lo judicialmente (ação de execução).
- O curso do prazo prescricional poder ser interrompido (apaga-se o prazo já decorrido, o
qual recomeça o seu curso) ou suspenso (paralisação do curso com retomada
considerando o prazo já decorrido).
- Interrompem a prescrição:
i) citação pessoal do devedor
ii) protesto judicial
iii) qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor
iv) qualquer ato (inclusive extrajudicial) que importe em reconhecimento do débito
pelo devedor
(6) A decadência é o fato jurídico que faz perecer um direito pelo seu não-exercício
durante certo lapso de tempo.
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(10) A decisão administrativa que produz esse efeito é a proferida em face de
impugnação, ou recurso do sujeito passivo, e que reconhecer como indevida a exigência.
(11) A decisão judicial, dando pela invalidade do lançamento, extingue o crédito tributário
desde que transite em julgado, ou seja, contra a mesma não caiba mais recurso.
O título deste capítulo sugere uma superproteção da lei em relação ao crédito formalizado
por determinada entidade pública. Nem sempre da para distinguir nitidamente uma
garantia de um privilégio. Assim, vamos considerar o seguinte: Garantias: é o meio ou
modo do fisco assegurar o direito de receber o pagamento do seu crédito. Privilégio: é a
preferência de que goza o crédito tributário nos concursos com os demais.
- Responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de
qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida,
inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade,
seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os
bens ou rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
* A Lei n.º 8.009/90 estabelece que o imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade
familiar, é impenhorável, salvo hipóteses previstas na lei. A impenhorabilidade
compreende as plantações, benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos,
inclusive de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.
Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos
suntuosos.
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- O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo de
constituição deste, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho (art.
186 do CTN).
- O art. 188 do CTN afirma que: “São encargos da massa falida, pagáveis
preferencialmente a quaisquer outros e às dívidas da massa, os créditos tributários
vencidos e vincendos, exigíveis no decurso do processo de falência.” Existem dois
entendimentos para a regra legal: 1º) seria uma reafirmação da regra do art. 186 do CTN
(preferência geral do crédito tributário com a ressalva) e 2º) [melhor] regra específica
definindo a preferência absoluta do crédito tributário, mesmo frente aos trabalhistas,
quanto a fatos geradores ocorridos depois da decretação da falência. Exemplificando:
Falência é um processo de execução coletiva, cujo objetivo é a liquidação do patrimônio
da empresa falida e o pagamento de seus credores. Pois bem, durante este processo a
"massa falida" assume obrigações (contrata/compra/vende/gera créditos tributários). Aí, a
importância do Art. 188 combinado com o 134 inc. v do CTN, colocando o síndico
responsável pelos créditos tributários constituídos no decurso do processo de falência - e
- dando privilégio absoluto, inclusive em relação aos créditos trabalhistas. Resumindo:
fatos gerados antes da decretação da falência a empresa é responsável (privilégio do
trabalhista). Para fatos gerados depois da decretação da falência a "massa falida" através
do síndico é responsável (privilégio do tributário).
- Não será concedida concordata nem declarada a extinção das obrigações do falido, sem
que o requerente faça prova da quitação de todos os tributos relativos à sua atividade
mercantil.
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- A prova de quitação de tributos faz-se necessária para apresentação de propostas em
licitação pública ou para contratar com o Poder Público.
10.1. Fiscalização
- Não prevalece ante a fiscalização tributária: sigilo comercial e sigilo bancário (com
procedimento instalado).
- Existe o dever (de sujeitos passivos e terceiros) de informar ao fisco acerca de bens,
negócios e atividades suas e de outrem. O dever de informar encontra limite no sigilo
profissional.
- Ao mesmo tempo que o Fisco tem o direito de manusear informações dos particulares
está obrigado pelo sigilo fiscal a não divulgar tais informações. A prestação de
informações à Justiça e os convênios de cooperação tributária entre os entes estatais não
afetam o sigilo fiscal.
- A fiscalização tributária pode lançar mão do auxílio da força pública (federal, estadual ou
municipal) quando vítima de embaraço, desacato ou quando necessário para efetivar
medida prevista na legislação tributária.
- A dívida regularmente inscrita goza de presunção “juris tantum” (ou relativa) de certeza e
liquidez. Esta presunção pode ser afastada, no processo autônomo de embargos à
execução, por prova inequívoca a cargo de quem a aproveite.
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10.3. Certidão Negativa
- A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra o Fisco,
responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito e juros de mora..
Cabe ainda responsabilidade criminal e administrativa (ou funcional).
TESTES
ADMINISTRATIVO
1) Conceito: o processo administrativo tributário consiste no conjunto de atos
administrativos (procedimentos) destinados à aplicação das normas materiais de Direito
Tributário à relação jurídica entre o fisco e o sujeito passivo da obrigação tributária.
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2) Consulta: consiste na comunicação formal e escrita, dirigida pelo contribuinte à
repartição competente em matéria tributária, para que preste esclarecimentos e
orientação prévia ao caso concreto, visando à garantia do correto cumprimento da
obrigação tributária perante o fisco.
6) Denúncia: em matéria tributária, é ato formal, praticado por qualquer pessoa, não
pertencente à Fazenda Pública, que consiste na comunicação, à autoridade fiscal
competente, da ocorrência de atos ou fatos que considere contrários às normas
tributárias.
EXECUÇÃO FISCAL
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3) Petição inicial: deve vir acompanhada pela Certidão da Dívida ativa, que tem
presunção de liquidez e certeza; a execução abrange o devedor e o responsável
tributário, sem que haja necessidade do nome deste figurar na Certidão de Dívida Ativa.
4) Citação: em princípio, é feita pelo Correio, com AR, podendo também ser feita pelo
Oficial de Justiça, se a Fazenda assim requerer (LEF, art. 8º).
6) Se a citação não se efetivar, mas forem encontrados bens: neste caso, se forem
encontrados bens, procede-se o arresto dos mesmos (LEF, art. 7º, III); segue o
procedimento do arresto do CPC.
7) Se a citação não se efetivar e não forem encontrados bens: se o devedor não for
encontrado e também não forem encontrados bens, suspende-se o processo (LEF, art.
40).
- Lei n.º 8.137, de 27 de dezembro de 1990 (Define crimes contra a ordem tributária,
econômica e contra as relações de consumo):
Arts. 1º e 2º: crimes praticados pelos particulares contra a ordem tributária
Art. 3º: crimes praticados por funcionários públicos contra a ordem tributária
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- Extinção da punibilidade (por pagamento antes da denúncia):
a) De 01/92 até 12/95, por força da Lei n.º 8.383/91, o recolhimento NÃO extinguia
a punibilidade.
b) A partir de 01/96, por força da Lei n.º 9.249/95, o recolhimento extingue a
punibilidade.
- A Lei n.º 8.866, de 11 de abril de 1994 estabelece que é depositário da Fazenda Pública
a pessoa que a legislação tributária ou previdenciária imponha a obrigação de reter ou
receber de terceiro, e recolher aos cofres públicos, impostos, taxas e contribuições.
- É depositário infiel, sujeito a prisão civil, aquele que não entrega à Fazenda Pública o
valor retido ou recebido no prazo e forma fixados na legislação tributária ou
previdenciária.
É uma conseqüência de não emitir nota fiscal de venda, pois quem não vende não tem
dinheiro para comprar.
APROPRIAÇÃO INDÉBITA
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A empresa desconta contribuição ao INSS do funcionário através da folha de pagamento,
e não repassa ao INSS.
Por outro lado, salvo quando é também administrador ou gerente da pessoa jurídica, o
contabilista não realiza os fatos que interferem no patrimônio social, exceto para
sistematizá-los na escrituração contábil.
Portanto, de acordo com o que vimos, o contabilista não poderá ser considerado autor,
co-autor ou partícipe, quando exerce sua profissão de acordo com os mandamentos do
Código de Ética.
Assim, se alguma informação lhe foi sonegada ou continha erros que o profissional não
deu causa, não pode vir a ser penalmente responsabilizado.
Ainda de acordo com o Código de Ética citado, o contabilista é obrigado a guardar sigilo
sobre o que souber em razão de sua funções, o que está em linha com o art. 144 do
Código Civil e art. 207 do Código de Processo Penal.
Não pode ser esquecido que a revelação de segredo, sem justa causa, é crime previsto
no art. 154 do Código Penal.
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Ademais, o art. 207 do Código de Processo Penal, garante ao contabilista o direito de
recusar-se a depor sobre assuntos relacionados com sua profissão, salvo se, desobrigado
pela parte interessada, quiser dar seu testemunho.
Por se tratar de norma de alcance geral, o art. 204 do Código de Processo Penal aplica-
se também a outros profissionais que estejam, por lei, obrigados a guardar segredo sobre
fatos relacionados com a profissão.
BIBLIOGRAFIA
2.Uma Introdução à Ciência das Finanças. Aliomar Baleeiro. Forense. 14ª Edição. 1995.
Págs. 117/121.
6. Direito Tributário. Cairon Ribeiro dos Santos. Editora Jurídica. 1ª Edição. 1997.
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Para maiores informações consulte o Site:
www.clementino.hpg.com.br
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