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28/09/2017 Joaquim Guedes, arquiteto | aU - Arquitetura e Urbanismo

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Joaquim Guedes, arquiteto
POR GILBERTO BELLEZA
Edição 174 - Setembro/2008

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O trágico falecimento de Joaquim Guedes causou, como ele


gostaria, uma série de polêmicas. Mas um ponto foi consensual
entre todos: sua capacidade intelectual e produção arquitetônica
foram marcantes no panorama cultural brasileiro.

Seu velório, realizado no saguão da sede na rua Maranhão


da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
de São Paulo, foi visitado por vários de seus colegas e por
uma grande quantidade de ex-alunos, todos de alguma
forma marcados por sua atuação como professor dessa
instituição por quase toda sua vida profissional. Essa
homenagem feita pela FAUUSP, corrige a ausência de
homenagem, quando de sua aposentadoria, como
professor titular - o primeiro professor titular de projeto
oriundo da própria FAU. DESTAQUES DA LOJA PINI
Guedes em frente ao fórum de Itapira em foto da
década de 60

Formado em 1954, Guedes se orgulhava de uma de suas primeiras obras, a residência de seu
pai, onde explorava com afinco o racionalismo dos espaços e da construção para abrigar uma
grande família. Nesse projeto já é possível captar a pesquisa de novas soluções
arquitetônicas que marcaram toda sua trajetória.

Já em 1955, projeta a Igreja da Vila Madalena, em São Paulo, uma obra que, apesar de estar
muito descaracterizada hoje, ainda expõe inovações da época, como o altar central, a
expressão estrutural, e o concreto aparente. Vale a pena salientar que essa foi uma das
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primeiras obras, se não a primeira, a explorar a linguagem do concreto aparente, Cadastre-se e escolha os informes gratuitos
característica marcante da produção paulista. Nesse projeto, desenvolve uma colaboração
com Guedes o arquiteto Flavio Império; logo em seguida, Sergio Ferro também colabora com
Joaquim Guedes. Assim teve início uma linhagem de várias gerações de colaboradores de
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grande competência que encontraram em seu escritório um espaço para desenvolverem seu
talento.

A convivência em sociedade com Carlos Milan (1927-1964) foi muito importante para ambos.
De um lado, Milan com sua influência inicial de formação mackenzista da arquitetura norte- Aplicativos
americana, e do outro lado Guedes, no convívio com Vilanova Artigas e toda uma discussão
de produção arquitetônica desse período.

É de se destacar dessa época a produção do Concurso de Brasília e as casas D'Elboux (1962,


Milan) e Cunha Lima (1958, Guedes) que, produzidas individualmente, explicitam a influência
que cada um teve no trabalho do outro e a identidade que essas obras assumiram dentro do
panorama da arquitetura brasileira. Guedes confidenciou uma vez que a sua grande

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preocupação com o detalhe foi oriunda do convívio com Milan, com quem compartilhou muita
Revista AU (Editora PI…
amizade, tornando-se compadres. 96.990 curtidas

A casa Cunha Lima mereceria um capítulo à parte em sua obra, pois marca uma nova linha
de atuação com a estrutura explicitada de maneira bastante crua, aparente e inovadora. É Curtir Página Comprar agora
uma das primeiras obras apoiada em quatro pilares, solução que se tornou bastante usual na
produção arquitetônica paulista. Seja o primeiro de seus amigos a curtir isso.

A influência de Le Corbusier em sua obra se dá de maneira mais direta no Fórum de Itapira


(1959) e na casa Costa Neto (1961). Nas duas, a cobertura traz uma releitura de Ronchamp.
Essa influência se acentua principalmente na sua produção de residências em abóbadas
cerâmicas, onde novas soluções são buscadas no sentido de explorar a linguagem do
concreto e do tijolo cerâmico. Da casa Costa Neto vale a pena salientar um exemplo de
permanente pesquisa arquitetônica, com a solução dos caixilhos em montantes de concreto.
A evolução disso se dá na inserção do vidro temperado diretamente na estrutura ou na
alvenaria, dando ao vidro, mesmo transparente, um importante papel na conformação
volumétrica da arquitetura.

Essas soluções resultam da pesquisa construtiva feita por Guedes que, na seqüência de sua
divulgação, foram incorporadas por várias gerações de arquitetos. Essa pesquisa também é
resultado de sua primeira atividade didática na FAUUSP como professor de construção.

O afastamento da linha de Artigas se acentua em seu projeto para o Instituto de Matemática


da USP (1963) que, não construído, marcava uma nova fase, com influência da produção
aaltiana.

A residência Francisco Landi (1965), que obtém o 1o Prêmio Governador do Estado no 17o
Salão Paulista de Arte Moderna, em 1968, expõe melhor essa nova visão da arquitetura, com
uma residência em tijolo cerâmico e estrutura em pórticos de concreto aparentes, além de
cobertura em telha ondulada de fibrocimento. Essa casa denota uma nova visão dentro da
produção arquitetônica paulista e brasileira, e explicita mais uma vez a preocupação de
Guedes com o sistema construtivo e a racionalidade da obra. Toda casa foi modulada na
dimensão da telha ondulada, para permitir um correto arremate da telha com seus beirais e a
estrutura de concreto.

A residência Perseu Pereira (1967) radicaliza a influência de Aalto com uma obra que se
utiliza da fôrma de maneira bastante racional, sem perda do rigor lógico quanto à sua
organização e construção, conforme a definição do júri que lhe outorgou o Prêmio Rino Levi,
conferido pelo IAB-SP.

A residência Liliana Guedes (1968) no Morumbi, em São Paulo, retoma a linguagem dos
quatro pilares e da forma pura, quebrada por amplas abas de concreto que a protegem da
insolação, transformando o estar em amplo terraço. De novo, a racionalização da construção
se explicita com a estrutura toda modulada na dimensão da fôrma de Madeirit para evitar
perdas de material.

Seus trabalhos de urbanismo são um retrato de sua produção como arquiteto de edificações.
Para ele, a citação "a casa como cidade, a cidade como casa" era mais do que verdadeira,
tanto que não admitia o termo urbanista junto ao título de arquiteto. Para ele o urbanismo
era algo inerente ao arquiteto e não podia ser dissociado.

Dentre suas produções urbanas, destaca-se Caraíba, no interior da Bahia, cujos traçado
urbano e edifícios foram todos projetados por Guedes e sua equipe como resultado de uma
rigorosa pesquisa de campo e da racionalização dos espaços, da construção e dos materiais.
Essa obra merece uma grande publicação, mostrando todos seus edifícios e toda cidade.
Porém, a única publicação mais ampla dessa obra foi feita pela revista Construção, da PINI,
na década de 80.

Vale a pena também salientar que Guedes levou ao extremo a racionalização da construção
já no processo de projeto de Caraíba, em que os desenhos executivos eram agrupados por
categorias de serviço na obra (alvenaria, estrutura, caixilhos, acabamentos) de maneira que,
para cada categoria, era produzido um desenho no qual constavam somente as informações
necessárias a essa etapa de trabalho.

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Nas residências Beer (1975) e Mariani (1978), a linguagem do tijolo aparente é retomada de
maneira diferente e aparece até mesmo como revestimento da estrutura, que é explorada e
explicitada com um desenho diferenciado do tijolo, denotando a verdade estrutural mesmo
quando revestida. Nessas obras, já se aponta sua visão crítica ao uso indiscriminado do
concreto aparente pela arquitetura paulista e brasileira.

Em sua proposta para a recuperação do Tuca (Teatro da Universidade Católica de São


Paulo), finalizado em meados dos anos 90, Guedes busca, por meio da racionalidade da
proposta, recuperar a história desse importante espaço cultural. As paredes queimadas foram
deixadas aparentes, para mostrar que, mesmo dentro de seu radicalismo construtivo, há
espaços para poéticas que marcam a arquitetura.
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Marta Cristina
No site casapacaembu.com encontra-se uma das casas assinadas pelo Joaquim
Guedes e a publicacao realizada na revista acropole 1961.
Curtir · Responder · 8 de agosto de 2016 09:40

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