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Prof.

Vitor Gustavo de Amorim


E-mail: vitoramorim@ifsp.edu.br
Horário de Atendimento

Quarta-feira – 11h35 às 12h35

Sala 12 – Mezanino - Bloco J


• Aulas: terças-feiras e quartas-feiras das 8h às
9h40;

• Tolerância para presença: 15 minutos;

• Tolerância para saída das aulas: 15 minutos;

• Máximo de faltas permitidas: 19.


• O que é Álgebra? O que se estuda em Álgebra I?

• Do que trata a teoria Matemática conhecida


como Teoria dos Números ou Aritmética?

• Quais são suas aplicações?

• Qual o seu papel no curso de Licenciatura?


A conjectura de Collatz – um problema instigante.
• Escolha um número natural 𝑛 não nulo;
• Se 𝑛 for par, divida-o por 2; se 𝑛 for ímpar, calcule
3𝑛 + 1;
• Com o resultado, repita o procedimento até obter
o número 1.
13 → 40 → 20 → 10 → 5 → 16 → 8 → 4 → 2 → 1
42 → 21 → 64 → 32 → 16 → 8 → 4 → 2 → 1
A conjectura de Collatz – um problema instigante.
• É possível afirmar que qualquer que seja o natural
𝑛 escolhido inicialmente, o procedimento acima
sempre resultará em 1?
• Esse problema é conhecido, entre outros nomes,
como Conjectura de Collatz e é um problema em
aberto na Teoria dos Números.
A conjectura de Collatz – Informações curiosas.
• Para número 8192 são suficientes 13 passos para
se obter o número 1;
• Já para o 27, são necessários 111 passos,
alcançando o número 9232 pelo caminho;
• Computadores já testaram números até as
proximidades de 6.000.000.000.000.000.000 e
todos satisfizeram a conjectura de Collatz.
Alguns Problemas em Aberto na Teoria dos Números
• Conjectura de Collatz;
• Conjectura de Goldbach;
• Hipótese de Riemann;
• Conjectura dos primos gêmeos;
• Conjectura de Legendre;
• Conjetura dos primos 𝑛2 + 1;
• O último Teorema de Fermat (Resolvido!).
Algumas Aplicações da Teoria dos Números
• A Criptografia RSA;
• Códigos de barras;
• Bases binárias, hexadecimais e computação;
• Sistemas de calendários;
• Diversas áreas da Matemática como Álgebra,
Probabilidade, Combinatória entre outras.
A disciplina aborda os aspectos fundamentais da
teoria dos números, apresentando seus principais
resultados sobre os números inteiros, as equações
diofantinas e as congruências. Contribui com a
compreensão dos aspectos básicos da estrutura
abstrata do conjunto dos números inteiros
fundamentais para a docência de matemática no
Ensino Básico e desenvolve métodos de investigação
em Matemática através da teoria elementar dos
números.
• Fundamentação axiomática do conjunto dos
números inteiros;
• Princípio da indução finita;
• Divisibilidade: algoritmo da divisão, MDC e o
algoritmo de Euclides, MMC, teorema
fundamental da aritmética;
• Equações diofantinas lineares;
• Distribuição dos números primos;
• Congruências;
• Resolução e sistemas de congruências lineares;
• Teoremas de Fermat, Euler e Wilson;
• Relações de equivalência e os anéis ℤ𝑚 ;
• Complementos: Axiomas de Peano; construção
dos conjuntos ℕ, ℤ e ℚ; bases da criptografia
RSA.
• Entrega de exercícios resolvidos – Nota de 0 a 10
com peso de 20%.
• Resolução de exercícios em aula – Nota de 0 a 10
com peso de 20%.
• Prova escrita P1 – Nota de 0 a 10 com peso de
30%.
• Prova escrita P2 – Nota de 0 a 10 com peso de
30%.
• MILIES, C. P.; COELHO, S. P. Números: uma
introdução à matemática. 3ª ed. São Paulo:
EdUSP, 2001.

• HEFEZ, A. Aritmética. 1ª ed. Rio de Janeiro: SBM,


2013. (Coleção PROFMAT).

• LANDAU, E. Teoria Elementar dos Números. Rio de


Janeiro: Ciência Moderna, 2002.
• DOMINGUES, H. H.; IEZZI, G. Álgebra Moderna. 4ª ed.
São Paulo: Atual, 2003.
• HEFEZ, A. Curso de Álgebra. vol.1. 3ª ed. Rio de
Janeiro: SBM, 2002. Coleção Matemática Universitária.
• FERREIRA, J. A construção dos números. 3ª ed. Rio de
Janeiro: SBM, 2013.
• MUNIZ NETO, A. C; Tópicos de matemática
elementar – teoria dos números. Vol. 5. Rio de Janeiro:
SBM, 2012.
• SCHEINERMAN, E. R. Matemática discreta: uma
introdução. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
“Ninguém aprende Matemática ouvindo o professor em sala
de aula, por mais organizadas e claras que sejam suas
preleções, por mais que se entenda tudo que ele explica.
Isso ajuda muito, mas é preciso estudar por conta própria
logo após as aulas, antes que o benefício delas desapareça
com o tempo. Portanto, você, leitor, não vai aprender
Matemática porque assiste aulas, mas porque estuda. E
esse estudo exige muita disciplina e concentração: estuda-se
sentado à mesa, com lápis e papel à mão, prontos para
serem usados a todo momento. Você tem de interromper a
leitura com frequência, para ensaiar a sua parte: fazer um
gráfico ou diagrama, escrever alguma coisa ou
simplesmente rabiscar uma figura que ajude a seguir o
raciocínio do livro, sugerir ou testar uma ideia.
Às vezes você tem de escrever uma fórmula, resolver uma
equação ou fazer um cálculo que verifique que alguma
afirmação do livro está mesmo correta. Por isso mesmo não
espere que o livro seja completo, sem lacunas a serem
preenchidas pelo leitor; do contrário, esse leitor será
induzido a uma situação passiva, quando o mais importante
é desenvolver as habilidades para o trabalho independente,
despertando a capacidade de iniciativa individual e
criatividade. Você está fazendo progresso realmente
significativo quando sentir que está conseguindo aprender
sozinho, sem a ajuda do professor; quando sentir que está
realmente ‘aprendendo a aprender’(...). De nada adianta
estudar a teoria sem se dedicar também na resolução de
exercícios propostos.
Muitos desses exercícios são complementos da teoria e não
podem ser negligenciados, sob pena de pouco proveito nos
estudos. E ao fazer os exercícios propostos, dê-se ao
trabalho de redigir a demonstração, a resolução, enfim, o
que for necessário redigir. Isso lhe ajudará muito a
adquirir competência em expressar suas ideias por escrito
ou oralmente. E não é admissível que um professor (ou
futuro professor) tenha dificuldades em redigir uma
definição, um teorema ou uma demonstração, ou
expressar-se oralmente. Mas, mais do que isso, redigir o
que se aprende, ler e reler, são auxiliares valiosos no
aprendizado. Redija, leia e releia o que escreveu,
procurando sempre melhorar o seu trabalho.”
“Deus criou os números naturais; todo o resto é
trabalho do homem.”

Leopold Kronecker

“A Matemática é a rainha das ciências e a teoria dos


números é a rainha das matemáticas.”
Carl Friedrich Gauss
Exemplo Introdutório 1 – Uma propriedade
conhecida dos números inteiros afirma que se 𝑛 ∈ ℤ,
então 𝑛2 ≥ 0.

• Essa propriedade é verdadeira para todos os


números inteiros? Por quê?

• Essa afirmação precisa ser provada?

• Todas as afirmações matemáticas precisam ser


provadas?
Exemplo Introdutório 1 – Vamos dividir sua
demonstração em dois casos:
𝑖 𝑛≥0
𝑛 ≥ 0 ⇒ 𝑛 ⋅ 𝑛 ≥ 0 ⋅ 𝑛 ⇒ 𝑛2 ≥ 0

𝑖𝑖 𝑛 ≤ 0
2
𝑛 ≤ 0 ⇒ −𝑛 ≥ 0 ⇒ −𝑛 ≥ 0 ⇒ 𝑛2 = −𝑛 2
≥0
A demonstração apresentada para a propriedade
tomou como base quatro pressupostos:
1. Uma desigualdade não se altera quando
multiplicada nos seus dois membros por um número
não negativo;
2. O produto de qualquer inteiro por zero é zero.
3. O oposto de um número não positivo é não
negativo.
4. O quadrado de um número inteiro é igual ao
quadrado do seu oposto.
• Assim, para validar essa demonstração, seria
necessário demonstrar a validade desses quatro
pressupostos;

• Por sua vez, a demonstração desses quatro


pressupostos deve se basear em outros
pressupostos;
• Para que essa cadeia de raciocínio tenha um
limite, é necessário estabelecer algumas
propriedades que seriam tomadas como ponto de
partida, admitidas como verdadeiras sem
demonstração;

• Essas afirmações são chamadas de axiomas.


Axiomas ou Postulados são afirmações matemáticas
aceitas sem demonstração, como um consenso inicial
para uma teoria.

Exemplo 2 – Abaixo, temos dois axiomas da


Geometria Euclidiana e da Teoria dos Números
Naturais, respectivamente.
Por dois pontos dados pode-se traçar uma única reta.

O sucessor de um número natural também é um


número natural.
Um Sistema Axiomático é um conjunto de axiomas
tomado como ponto de partida para o
desenvolvimento de uma teoria. Para que uma teoria
axiomática seja aceita, é necessário que o conjunto
de axiomas tenha três características: Consistência,
Completude e Independência.

1) Consistência – Não pode haver contradições entre


os axiomas nem entre suas consequências.
Exemplo 3 – Não se pode criar um axioma que
afirme que “todo número inteiro admite inverso
multiplicativo inteiro”, pois isso levaria à
contradições na teoria.

2) Completude – Toda teoria deve ser deduzida


logicamente do conjunto de axiomas ou de suas
consequências.

Exemplo 4 – Não é possível demonstrar a


propriedade do exemplo 1 sem o primeiro
pressuposto, que será dado por um axioma.
3) Independência – Deve ser impossível deduzir um
axioma do conjunto a partir dos outros ou de suas
consequências.

Exemplo 5 – Um axioma que afirmasse que “o


quadrado de todo número inteiro é não negativo”
seria inútil.

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